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Natasha Frigeri

Trombose Vascular Profunda: com estudos de fluxo com Doppler, por


comprometimento do fluxo venoso.
O teste tem sensibilidade > 90% e
especificidade > 95% para a trombose
TVP nos membros inferiores, na maioria das
vezes, resulta de; das veias femoral e poplítea, porém é
menos preciso para trombose das veias
 Retorno venoso prejudicado (p. ex., em ilíacas ou da panturrilha.
pacientes imobilizados)
 Lesão ou disfunção endotelial (p. ex.,  Vários estudos comparativos
após fratura nas pernas)
revelam que a acurácia da
 Hipercoagulabilidade
venotomografia e da
TVP nos membros superiores na maioria das ultrassonografia com doppler é
vezes resulta de: equivalente no diagnóstico de
trombose venosa profunda.
 Lesão endotelial decorrente de cateteres
venosos centrais, marca-passos ou uso de
drogas injetáveis.  A ultrassonografia é mais bem
aceita em função do menor custo e
A TVP do membro superior ocasionalmente ocorre por não expor o paciente à radiação
como parte da síndrome da VCS ou resulta de ionizante.
estado hipercoagulável ou compressão da veia
subclávia no desfiladeiro torácico. A compressão
pode ser decorrente de primeira arco costal normal,
acessória ou feixe fibroso (síndrome do desfiladeiro
torácico) ou acontecer durante atividade vigorosa de
um braço (trombose de esforço ou síndrome de
Paget Schroetter, que responde por 1 a 4% dos casos
de TVP do membro superior).
D-DÍMERO:
Geralmente, a trombose venosa profunda começa
nas cúspides das valvas venosas. Os trombos O dímero d é um subproduto da
consistem em trombina, fibrina e hemácias, com fibrinólise e a elevação dos seus níveis
relativamente poucas plaquetas (trombo vermelho);
sem tratamento, os trombos podem se propagar no sugere existência e lise recente de
sentido proximal ou migrar para os pulmões. trombos. A sensibilidade e
especificidade dos testes de
Diagnostico: dímero D são variáveis; no entanto, a
maioria é sensível e não específica.
 Ultrassonografia
Apenas os testes mais precisos devem
 Às vezes, exame com dímero d
ser utilizados. Por exemplo, um teste
 Quadro clinico
 altamente sensível é o ELISA, que tem
 Ultrassonografia sensibilidade de cerca de 95%.
A ultrassonografia identifica trombos
por visualização direta do contorno Se a probabilidade pré-teste de TVP
venoso e demonstração da for baixa, esta pode ser excluída com
compressibilidade anormal da veia ou, segurança em pacientes com um nível
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normal de dímero d em um teste teste for elevada, ou quando os


sensível. Assim, um teste negativo para resultados da ultrassonografia forem
dímero d pode identificar os pacientes anormais e a suspeita de TVP for
com baixa probabilidade de TVP e que baixa. O índice de complicação é de
não necessitam de ultrassonografia. No 2%, principalmente em virtude de
entanto, um resultado positivo não é alergia ao agente de contraste.
específico, porque os níveis podem
estar elevados por outras condições
(p. ex., doenças hepáticas, trauma,
gestação, fator reumatoide positivo,
inflamação, cirurgia recente, câncer);
mais testes são necessários.
Se a probabilidade pré-teste de TVP
for moderada ou elevada, o teste para RESUMINDO:
dímero D pode ser feito ao mesmo
tempo que a ultrassonografia dúplex. TVP é a coagulação do sangue em uma
Um resultado positivo de ultrassom veia profunda de um membro (em geral
confirma o diagnóstico, de panturrilha, coxa) ou pelve. É a
causa principal de EP. Decorre de
independentemente do nível de condições que comprometem o retorno
dímero d. Se a ultrassonografia não venoso, acarretando disfunção ou lesão
revelou evidência de TVP, um nível endotelial ou provocando
normal de dímero d ajuda a excluir hipercoagulabilidade. Pode ser
TVP. Os pacientes com nível elevado assintomática ou acarretar dor e edema
do membro; embolia pulmonar é uma
de dímero d podem ter que repetir a
complicação imediata. O diagnóstico é
ultrassonografia em alguns dias ou feito por história e exame físico, e é
realizar novos exames de imagem, confirmado por testes objetivos,
como venografia, dependendo da tipicamente com ultrassonografia
suspeita clínica. dúplex. Testes de d-dímero são usados
quando há suspeita de TVP; um
resultado negativo ajuda a excluir TVP,
enquanto um resultado positivo é
inespecífico e requer testes adicionais
 Venografia para confirmar a TVP. O tratamento
envolve o emprego de anticoagulantes.
A venografia com contraste era o O prognóstico é geralmente bom, com
exame definitivo para o diagnóstico de tratamento adequado e imediato. As
TVP, mas tem sido amplamente complicações em longo prazo incluem
substituídas por ultrassonografia, que insuficiência venosa, com ou sem a
não é invasiva, é disponibilizada mais síndrome pós-flebítica.
rapidamente e tem quase a mesma
acurácia para detecção de TVP. Pode-
Tromboembolismo Pulmonar:
se indicar venografia quando os
Depois que a trombose venosa
resultados da ultrassonografia forem
profunda se desenvolve, o coágulo
normais, mas a presunção de TVP pré-
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pode se deslocar e se mover pelo  Êmbolos pulmonares pequenos e


sistema venoso e coração direito para restritos aos territórios
se alojar nas artérias pulmonares, segmentares e subsegmentares
da artéria pulmonar, podem
ocluindo parcial ou totalmente um ou
provocar áreas de hemorragia
mais vasos. alveolar e resultar em
hemoptise, dor torácica
As consequências dependem do ventilatório-dependente e
tamanho e do número de êmbolos, pequeno derrame pleural.
condição subjacente dos pulmões, grau
de funcionamento do ventrículo direito  Êmbolos pulmonares maiores
e/ou múltiplos podem
(VR) e habilidade do sistema
determinar elevação súbita da
trombolítico intrínseco corporal de resistência vascular pulmonar a
dissolver os coágulos. A morte ocorre um nível intolerável ao
em decorrência de uma falha no ventrículo direito. Muitos deles
ventrículo direito. resultam em morte súbita,
enquanto outros se manifestam
Pequenos êmbolos podem não ter por síncope e/ou hipotensão
nenhum efeito fisiológico agudo e arterial sistêmica que pode
muitos podem iniciar a lise evoluir para choque.
imediatamente e desaparecer em horas
 O distúrbio hemodinâmico
ou dias. Êmbolos maiores podem costuma ocorrer quando se
desencadear aumento reflexo da estabelece a oclusão de 30% a
ventilação (taquipneia), hipoxemia por 50% do leito vascular pulmonar.
desequilíbrio de ventilação/perfusão
(V/Q) e baixo teor de oxigênio no
sangue venoso misto como resultado
do baixo débito cardíaco, atelectasia
decorrente da hipocapnia alveolar e
anormalidades no surfactante e
aumento na resistência vascular
pulmonar causado pela obstrução
mecânica e vasoconstrição.

A lise endógena reduz a maioria dos Sinais e sintomas :


êmbolos, mesmo aqueles de tamanho
moderado, e as alterações fisiológicas
diminuem no decorrer de horas ou dias.  Dispneia aguda
Alguns êmbolos resistem à lise e  Dor pleurítica no tórax
podem se organizar e persistir.
 Tosse
Classificação:  Hemoptise
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OBS: Em pacientes idosos, o primeiro - Os achados radiográficos na


sintoma pode ser estado mental TEP podem ser classificados
alterado. conforme a presença ou não de
infarto pulmonar.
Ademais, com menos frequência, os
pacientes desenvolvem hipotensão,
hiperfonese da segunda bulha (B 2)
decorrente da intensificação do TROMBOEMBOLISMO
componente pulmonar (P 2) e/ou PULMONAR SEM INFARTO:
estertores ou sibilos. Na presença de
insuficiência ventricular direita, veias
jugulares internas distendidas e
impulso do ventrículo direito podem
ser evidentes, e galope do ventrículo
direito (terceira bulha cardíaca [B 3]),
com ou sem regurgitação tricúspide,
pode ser audível.
Febre, quando presente, geralmente é
baixa, a menos que causada por uma
doença subjacente.

O infarto pulmonar costuma ser


caracterizado por dor torácica  AUMENTO DO DIÂMETRO
(principalmente pleurítica) e, DA ARTÉRIA PULMONAR
ocasionalmente, hemoptise. PRINCIPAL (Sinal de
Fleischer): mais relacionado ao
A hipertensão pulmonar TEP maciça.
tromboembólica crônica acarreta sinais  OLIGOEMIA REGIONAL
e sintomas de insuficiência cardíaca (Sinal de Westermark):
direita, incluindo dispneia durante o hipertransparência pulmonar
esforço, fadiga fácil e edema periférico, devido à hipoperfusão difusa,
o qual se desenvolve no decorrer de com redirecionamento do fluxo
meses a anos. sanguíneo.
 PERDA DE VOLUME: a
ACHADOS DE IMAGEM:
redução volumétrica de um dos
Radiografia de tórax: lobos inferiores pode ser
caracterizada pela elevação da
- As manifestações radiográficas hemicúpula frênica.
de TEP aguda demonstram  ATELECTASIAS
baixas sensibilidade e LAMINARES: secundárias à
especificidade. elevação do diafragma, inibição
da ventilação.
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multifocal e preferencialmente nas


regiões pulmonares inferiores.

O infarto pode ter configuração


cuneiforme na periferia do pulmão,
com base contígua à pleura,
denominada “corcova de Hampton”.

Nesse caso acima possível


observar o sinal de Fleischer,
apontado pela seta azul. E o
sinal de Westermark, com
hipertransparencia pulmonar na
base do pulmão. “CORCOVA DE HAMPTON”

 DERRAME PLEURAL:

Já nessa imagem vemos uma


perda de volume nos lobos
inferiores.

 Consolidação pulmonar:

Em cerca de 35% a 55% dos pacientes


com TEP agudo. Pode ser a única
manifestação de TEP na radiografia de
tórax. O volume costuma ser pequeno.

 ANGIOTOMOGRAFIA
Causada por hemorragia ou infarto, COMPUTADORIZADA:
geralmente tem apresentação
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É o padrão ouro para o manejo do TEP


agudo.

Possibilita a identificação de êmbolos e


de anormalidades parenquimatosas.

 DEFEITO DE
ENCHIMENTO PARCIAL:

Imagem intravascular hipodensa


central ou marginal, circundada pelo
meio de contraste.

Angiotomografia Computadorizada e
os achados parenquimatosos:

CONSOLIDAÇÃO: habitualmente de
configuração triangular ou de aspecto
em cone, com a base relacionada com a
superfície pleural, correspondendo ao
“EMBOLO EM SELA” sinal de Hampton, secundário à
presença de hemorragia ou infarto
distal ao êmbolo.

 DEFEITO DE
ENCHIMENTO
COMPLETO:

Imagem endoluminal de baixa


densidade ocupando toda a secção
arterial, esta geralmente com diâmetro
aumentado.
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A imagem a cima demonstra sinais de INDICAÇÃO: pacientes que não


consolidação pulmonar. podem ser submetidos ao material de
contraste iodado.

DESVANTAGENS DA RM:

 requer tempo mais longo de


execução;
 acesso mais limitado para os
pacientes;
 não descarta anormalidades
pulmonares;
 inacessível para pacientes que
Apresenta sinais de infarto pulmonar, usam marca-passo cardíaco e
onde a seta aponta. dispositivos implantados;
 sala de RM desfavorável para
Oligomia: área localizada de
pacientes instáveis.
hipoatenuação.

Atelectasia Laminar: opacidades


lineares.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:
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Seta está apontando para um embolo


em sela.

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