Tromboelismo pulmonar
Tromboelismo pulmonar
Embolia pulmonar
Substância transmitida pelo sangue se aloja em um ramo da artéria pulmonar e obstrui o fluxo
sanguíneo
Sólidos – trombo, neoplasia, fragmentos da medula óssea (fratura)
Líquidos – gordura, líquido amniótico (que tenha entrado na circulação materna após a ruptura
das membranas no momento do parto)
Gasosos – ar (acidentalmente injetado durante infusão, mergulho)
Etiologia e patogênese
A maioria das embolias pulmonares resultam de trombos que surgem a partir de trombose venosa
profunda (TVP) nos membros inferiores ou superiores
Os efeitos na circulação pulmonar estão relacionados com a obstrução mecânica da circulação
pulmonar e os reflexos neuro-humorais que causam vasoconstrição. A obstrução do fluxo sanguíneo
pulmonar provoca:
Broncoconstrição (contração do músculo liso presente na parede brônquica levando a redução
da passagem de ar pelas vias aéreas) reflexa na área afetada
Perda de ventilação
Comprometimento das trocas gasosas
Perda de surfactante alveolar (líquido que reduz a tensão superficial dentro do alvéolo
pulmonar, prevenindo o colapso durante a expiração)
Podem se desenvolver hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca direita quando sucede
vasoconstrição maciça por causa de um grande êmbolo
Dentre os fatores fisiológicos que contribuem para o desenvolvimento de TV, destaca-se a Tríade de
Virchow
Estase venosa – proteínas plasmáticas ficam mais aglomeradas podendo se agregar
Lesão endotelial – ativa agregação plaquetária e coagulação
Hipercoagulabilidade – aumento da formação de trombos
Deficiência de proteínas plasmáticas que inibem formação de trombos – antitrombrina
Uso de contraceptivos e reposição hormonal aumentam coagulação
Câncer – células tumorais produzem substâncias que promovem coagulação
Interações imunológicas com células cancerosas liberam citocinas capazes de provocar
dano endotelial
Manifestações clínicas
Depende do tamanho e da localização da obstrução
Dor torácica, dispneia e aumento da frequência respiratória são os sinais e sintomas mais frequentes
Infarto pulmonar muitas vezes causa dor pleurítica que muda com a respiração – mais grave na
inspiração e branda na expiração
Hipoxemia como resultado do comprometimento das trocas gasosas
Existência repetida de pequenos êmbolos reduz gradualmente o tamanho do leito capilar pulmonar
resultando em hipertensão pulmonar
Pessoas com embolia moderada frequentemente apresentam dificuldade respiratória acompanhada de
dor pleurítica, apreensão, febre baixa e tosse produtiva com expectoração de sangue
Taquicardia para compensar diminuição da oxigenação e o padrão de respiração é rápido e superficial
Embolia maciça: apresentam colapso repentino, dor subesternal no tórax, choque e, as vezes, a perda
de consciência
O pulso é rápido e fraco, a P.A é baixa, as veias do pescoço se mostram distendias e a pele
cianótica e diaforética
Frequentemente é fatal
Diagnóstico
Deve-se basear em sinais e sintomas clínicos, determinações de gasometria sanguínea, estudos de
trombose venosa, teste da troponina, dímero D, radiografias de pulmão e TC helicoidais do tórax
Exames laboratoriais e radiológicos são úteis na exclusão de outras condições
O ECG pode ser usado para detectar sinais de sobrecarga do VD, uma vez que os êmbolos podem
aumentar a resistência vascular pulmonar
Como a maioria dos êmbolos se origina de uma TVP, estudos venosos são utilizados como diagnósticos
iniciais
Ultrassonografia com compressão do membro inferior
Pletismografia de impedância
Venografia com contraste
Teste com dímero D – medição da concentração plasmática de Dímero – D, produto da degradação da
fibrina
Níveis de troponina – mais altos devido ao estiramento do VD por um grande infarto pulmonar
Câmara gama de cintilação – digitaliza os vários segmentos do pulmão para verificar o fluxo sanguíneo
e a distribuição do gás radiomarcado
Angiotomografia computadorizada helicoidal – administração de um agente de contraste radiológico
por via intravenosa; é sensível para a detecção de êmbolos nas artérias pulmonares proximais
Angiografia pulmonar – maior precisão, porém muito invasivo; passagem de um cateter venoso através
do coração direito e na artéria pulmonar sob fluoroscopia
Tratamento
Prevenção de TVP e do desenvolvimento de tromboelismo
Terapia trombolítica com ativador de plasminogênio tecidual para pessoas com êmbolos múltiplos ou grandes
Utilização de fármacos anticoagulantes – heparina e varfarina