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Patologia Geral

Prof. Dr. Luis Ricardo Peroza


▪ Se referem ao aumento local do volume sanguíneo.
❖Hiperemia:

É o aumento do fluxo sanguíneo


▪ Resultante da dilatação arteriolar
O sinal clínico é o eritema (vasos com sangue oxigenado).

▪ Ex.: Músculo esquelético durante o exercício ou nos locais da inflamação.


❖Congestão

É a redução do fluxo sanguíneo em um tecido

▪ Sistêmica (insuficiência cardíaca) ou local (obstrução venosa isolada).


▪ Vermelho escuro ao azul (cianose)
É o distúrbio hemodinâmico agudo e sistêmico caracterizado pela
incapacidade do sistema circulatório de manter a pressão arterial em nível
suficiente para garantir a perfusão sanguínea ao organismo.

Hipóxia sistêmica
▪ É a via final comum para vários acontecimentos clínicos potencialmente letais:
Hemorragias graves, traumas extensos ou queimadura, um amplo infarto do miocárdio, a
embolia pulmonar grave e a sepse microbiana.

▪ É caracterizado por:
Hipotensão sistêmica, devido a redução do débito cardíaco ou pela redução do volume de
sangue.

▪ Consequências:
Perfusão tecidual deficiente e a hipóxia celular.
❖Choque cardiogênico: Surge da insuficiência cardíaca, especialmente do
ventrículo esquerdo, que resulta em incapacidade do coração bombear o sangue
para circulação sistêmica.
❖Choque hipovolêmico: Resulta de um débito cardíaco baixo devido a perda do
volume sanguíneo ou plasmático. Ex.: Perda cutânea (queimaduras graves), perda
de líquidos para o meio externo (hemorragia grave, vômitos e diarreia).
❖Choque séptico: Resulta da vasodilatação e do acúmulo sanguíneo periférico
como componente de uma reação imunológica sistêmica a uma infecção
bacteriana ou fúngica.
▪ Menos frequente podemos encontrar:
▪ Choque decorrente de lesão espinal (choque neurogênico) – como resultado da
perda do tônus muscular.
▪ O choque anafilático – vasodilatação sistêmica e aumento da permeabilidade
vascular causada pela liberação rápida de histamina, causando queda na pressão
arterial.
▪ É uma área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento arterial.
▪ Nos EUA – 40% dos óbitos são causados por doenças cardiovasculares e na
maioria delas atribuídas ao infarto do miocárdio ou cerebral.
▪ Infarto pulmonar – infarto intestinal – necrose isquêmica das extremidades
(gangrena).
▪ Quase todos os infartos resultam de oclusão arterial trombólica ou embólica.
▪ Causas incomuns incluem torção dos vasos (ex.: torção testicular), ruptura
traumática ou compressão vascular por edema.
▪ Também conhecido como “ataque cardíaco” consiste na morte do músculo
cardíaco resultante de isquemia grave prolongada.

▪ Consiste em uma área de necrose isquêmica de uma região do miocárdio causada


por isquemia prolongada.
▪ Incidência e fatores de risco:
o O IM pode ocorrer em qualquer idade, mas sua frequência eleva-se com o
aumento da idade e na presença de fatores que predispõem à aterosclerose.
o Negros e brancos são igualmente afetados. Homens tem maior risco de
sofrer um IM do que as mulheres.
o As mulheres estão mais protegidas durante o período reprodutivo. No
entanto, com a diminuição do estrogênio na menopausa.
▪ Manifesta-se classicamente com dor precordial com características de
– opressão, pontada ou queimadura – podendo irradiar para os
membros superiores, pescoço e abdome. Além disso, pode
apresentar palidez, dispneia e taquicardia.

▪ O eletrocardiograma é fundamental para diagnóstico de IM.


▪ Outro dado muito valioso para o diagnóstico é a elevação sérica das proteínas de
células musculares cardíacas, que alcançam o sangue após destruição da
membrana plasmática por necrose.
▪ Dosagem da troponina é muito utilizadas na prática médica.
▪ Visam reduzir ou impedir os danos causados pela obstrução coronariana. São
utilizados agentes trombolíticos, angioplastia coronariana transluminal percutânea
por balão (com ou sem stent) e tratamento cirúrgico.
❖Trombolíticos – devem ser administrados nas primeiras horas. Consequências:
hemorragias e pequenos sangramentos. Em 30% dos casos não ocorre lise do
trombo e pode haver reoclusão por nova trombose.
❖Angioplastia transluminal percutânea por balão – reestabelece o fluxo sanguíneo
por alterar a morfologia da placa ateromatosa.
O balão faz compressão da placa e a ruptura do ateroma; a camada média é estirada
aumentando a luz do vaso. O stent consiste em uma malha metálica e resistente que se
expande após ser solta no interior da artéria, impedindo que o vaso sofra retração.
❖Intervenções cirúrgicas – são anastomoses entre a aorta e as artérias coronárias
por meio de pontes de veia safena, ou anastomoses entre artéria torácica e as
coronárias.
▪ As artérias pulmonares recebem todo o débito cardíaco
direito (sangue venoso de todo o organismo) dentro de um
sistema que se estreita progressivamente a medida que se
aproxima dos alvéolos pulmonares.
▪ Partículas
sólidas, liquidas ou gasosas trafegando na
corrente sanguínea (êmbolos) podem causar embolia
pulmonar.
❖Tromboembolia Pulmonar (TEP)
▪ Grande número de casos assintomáticos – taxas baixas de necropsia.
▪ A incidência aumenta progressivamente com a idade.
▪ Em 80% dos casos de TEP, os trombos são formados em veias profundas dos
membros inferiores (trombose venosa profunda – TVP). Menos frequente a
formação de trombos no coração direito (ex.:endocardite infecciosa, arritmias
cardíacas e na doença de Chagas).
▪ Os trombos formam-se quase sempre no contexto:
o Hipercoagulabilidade sanguínea – condições hereditárias - ou adquiridas (gravidez, câncer,
anticoncepcionais hormonais, obesidade, etc.).
o Outras causas: obstrução vascular local, imobilização prolongada no leito.

o Lesão endotelial.
▪ A prevenção da TVP é a melhor maneira de prevenir a embolia pulmonar.
▪ Em algumas situações é recomendada a administração de anticoagulantes por
períodos prolongados.
▪ Medidas preventivas de TVP:
o Deambulação precoce após cirurgias, movimentação dos membros inferiores em pacientes
acamados e alguns casos, meias compressivas.

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