Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CORAÇÃO
Origem do enfarte agudo do miocárdio - prévia lesão coronária estenótica, ocluíndo o tronco
comum da coronária esquerda. Estavam igualmente ocluídos os seus ramos - descendente
anterior e circunflexa.
A oclusão do tronco comum da coronária esquerda corresponde a uma das variantes mais
graves do enfarte do miocárdio.
A libertação de placa de ateroma é a circunstância potencialmente mais perigosa, uma vez que é
de maior dimensão. Assim, poderá ocluir o lúmen arterial numa região de maior calibre.
• Quanto maior o número de derivações do ECG em que haja este sinal de enfarte no traçado
elétrico, maior a área de extensão do enfarte
• Não é, habitualmente, o meio mais precoce para diagnóstico do enfarte agudo de miocárdio. O
marcador bioquímico mais precoce e seguro de destruição do miocárdio é a subida da
concentração das troponinas no sangue periférico (ou CK-MB)
Sintomatologia:
• Dor epigástrica, por enfarte na face inferior do coração (no caso de estenose da coronária
direita)
Se a sintomatologia da dor coronária for reversível com mudança de posição, pode conclui-se
que se trata de angina de peito (angor), uma isquemia transitória do miocárdio.
Nestas situações, a placa de ateroma está presente e há estenose. No entanto, não se verifica
formação de coágulo aderente à placa de ateroma nem libertação da placa de ateroma.
Não se recorre a angioplastia / instalação de stents, uma vez que nestes doentes é muito comum
haver estenosamentos múltipos das artérias coronárias.
• Trombólise
• Cateterismo coronário
Notas:
Síndrome de Dressler:
• Ingurgitamento das veias jugulares, devido à dificuldade de retorno venoso ao coração (bem
como inversão diastólica do movimento da aurícula direita)
• Pulso paradoxal - baixa excessiva da pressão sistólica durante a inspiração (>10 mmHg). É
possível auscultar os batimentos cardíacos, mas não é possível palpar o pulso radial
O ruído de fricção pericárdica é um ruído típico das pericardites mais comuns (de volume
diminuto, com atrito entre os dois folhetos de pericárdio inflamados), semelhante ao amarrotar de
papel.
No entanto, em situações de derrame extenso (como é o caso), este som não pode ser
auscultado.
Caso o derrame seja diminuto e não se manifeste por sinais clínicos, a atitude mais correta é não
intervir, apenas seguindo a doente periodicamente.
Nestes casos de pericardite, a posição mais confortável para o doente é sentado e inclinado para
diante. A dor acentua-se quando o mesmo se encontra em pé ou deitado.
Para além disso, era possível verificar-se uma elevação segmento ST em todas as derivações do
ECG, permitindo diagnóstico de pericardite. Num enfarte, pelo contrário, nem todas as
derivações do ECG mostram esse sinal.
Caso houvesse alguma alteração na dimensão ou densidade que justificasse, fazer-se-ia cirurgia.
Poliarterite Nodosa:
• Etiologia desconhecida, mas muitas vezes associada a infeções pelo vírus da Hepatite B e vírus
da hepatite C
Neste caso, o doente apresentava vasculite das artérias coronárias, com grave deformação da
estrutura da parede ao longo de toda a sua extensão. Assim, não havia indicação para
tratamento por angioplastia ou cirurgia.
Do mesmo modo, não era indicado o transplante cardíaco, dada a elevada extensão de doença
extracardíaca.
• Neste caso, a origem da artéria coronária direita era a mesma da artéria coronária esquerda -
seio de valsalva da valva posterior esquerda
• Como tal, o trajeto da coronária direita fazia-se inicialmente entre a aorta e o tronco pulmonar,
zona muito estreitada, com consequente estenose da porção inicial e isquemia coronária
• Anel metálico - diminui o diâmetro anormalmente dilatado do orifício valvular, sem substituição
da válvula (normalmente em ouro)
• Válvula mecânica - favorece a formação de trombos junto à prótese valvular, bem como a
infeção valvular e miocardite infecciosa, pelo que o doente necessita de realizar terapêutica
anticoagulante e controlo periódico da coagulação. No entanto, tem vida útil de décadas, não
necessitando substituição
• Válvula biológica (porco) - não favorece a formação de trombos junto à prótese valvular, pelo
que não necessita de terapêutica anticoagulante (apenas anti-agregante plaquetário, como
ácido acetilsalicílico - aspirina) nem controlo periódico da coagulação. No entanto, tem vida útil
de apenas aproximadamente 10 anos, pelo que apenas se aplica a doentes > 65 anos
O controlo periódico da coagulação, realizado em doentes com válvula mecânica, faz-se a partir
do INR - Internacional Normalized Ratio:
• Quanto mais elevado o tempo de protrombina, maior o período de tempo necessário para o
sangue conseguir coagular. Assim, o valor do INR varia diretamente com a dose de
medicamento coagulante
• “Bibasilar crackles” - som na base dos pulmões, que pode ser associado a insuficiência
cardíaca
Assim, o doente corria risco de AVC, caso os trombos se desprendessem, originando êmbolos
que poderiam ocluir as carótidas.
• Trombo séptico
Verificou-se que a válvula estava infetada, tendo o doente falecido no bloco pós-operatório.
• Som do tipo “rodado”, audível e facilmente identificável à auscultação na parede torácica junto
à ponta do coração
No caso em estudo, há dilatação muito marcada da aorta ascendente, pelo que impede
confluência dos folhetos da válvula aórtica, com insuficiência aórtica.
Há, portanto, refluxo diastólico. Este, por sua vez, diminui acentuadamente a resistência arterial
periférica. Resulta em pressão diastólica baixa.
Anomalia de Ebstein
• Válvula tricúspide inserida abaixo da posição normal, especialmente folhetos septal e posterior
(raramente anterior)
• Normalmente acho ocasional, uma vez que não possui habitualmente compressão das
estruturas vizinhas
• Neste doente, porém, havia compressão traqueal com dispneia. Situações de dupla crossa da
aorta podem também estar associadas a compressão do esófago