Você está na página 1de 57

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SOL NASCENTE

Departamento de saúde
Curso: Cardiopneumologia

Seminário em Cardiopneumolgia
INTEGRANTES
 1-Joaquina V. Chitumba
 2-Maria Madalena
 3-Pedro Muzala
 4-Elena de Lourdes de Oliveira
 5-Eliana Jeremias Manuel
TEMA:
 Tamponamento cardíaco & Pericardite
constritiva
DEFINIÇÃO
 O tamponamento cardíaco é um síndrome
causado por um aumento da pressão
intrapericardica secundaria a acumulação de
líquido na cavidade pericárdica,
caracterizada por uma elevação das pressões
intracardiacas com limitação progressiva do
preenchimento diastólico ventricular, uma
alteração do balanço diastólico entre ambos
os ventrículos e finalmente redução do
volume sistólico e gasto cardíaco.
 O tamponamento pode aparecer com
derrames de pequena quantia (250ml), si se
origina com rapidez em uma cavidade de
rigidez aumentada. Se o derrame se
desenvolve de forma lenta, podem acumular
volumes muito importantes sem
tamponamento, porem uma vez que o
pericárdio alcança seus limites máximos de
distensibilidades pequenas quantidades de
líquido podem produzi-los.
CAUSAS MAIS FREQUENTES

 Pericardites idiópaticas agudas


 Neoplásias
 Tuberculose
 Trauma e purulenta
CAUSAS MENOS FREQUENTES

 Qual quer causa de pericardite aguda ou


crónica.
FISIOPATOLOGIA

O incremento progressivo do líquido


pericardíco em conjunto com o aumento da
pressão intrapericardica dão origem a um
grupo de transtornos hemodinámicos que se
são:
 Diminuição do volume de ejecção- ao
aumentar a pressão intrapericardica chega a
um momento em que as pressões igualam-se,
a pressão média da aurícula direita e a
pressão diastólica de ambos os ventrículos
inclusível chega a ser maior. Quando isso
acontece haverá uma caída dos volumes de
preenchimento diastólico de ambos os
ventrículos e por conseguinte a caída do
volume ventricular esquerdo e do gasto
cardíaco, se estabelece então o denominado
Tamponamento Cardíaco Descompensado
 Alteração do retorno venoso sistémico e do
preenchimento cardíaco- a grande pressão
intrapericardica, igual ou superior a da
aurícula direita faz com que o componente
diastólico precoce do retorno venoso
sistémico seja abolido.
 Colapso da aurícula e ventrículo direito- esse
colapso só ocorre na protodiástole e se associa
a uma caída ligeira do gasto cardíaco sem
hipotensão. Quando a pressão intrapericardica
se iguala ou for maior que a pressão media da
aurícula direita e das pressões diastolicas de
ambos os ventrículos, o colapso ocupa toda a
diastóle e o preenchimento do ventrículo
direito só ocorre durante a contração
auricular, há caída dos volumes diastolicos e
por conseguinte do gasto cardíaco.
 Pulso paradoxo- em condições normais durante a
inspiração a pressão arterial sistólica pode diminuir até 10
mmhg. No tamponamento cardíaco existe uma
acentuação deste fenomento fisiológico com um descenso
inspiratório da pressão arterial maior que 10mmhg. Seu
mecanismo não é perfeitamente conhecido e pode
resultar em multifactorial, de maneira esquemática pode
dizer-se que o incremento do retorno venoso durante a
inspiração causa um aumento nas dimensões do ventrículo
direito com diminuição relativa do ventrículo esquerdo
por achatamento e deslocamento da parede
interventricular até este último. Isto dará lugar a redução
da pressão diastolica do ventrículo esquerdo, com caída
do fluxo aórtico e da pressão arterial sistólica
QUADRO CLÍNICO

 O quadro clínico é caracterizado por


apresentar uma tríade sintómatica como:
 Hipotensão arterial sistólica
 Marcada elevação da pressão venosa
sistémica e
 Diminuição da actividade cardíaca.
 A enfermidade pode manifestar-se de forma
brusca e mortal, como é o caso das feridas
cardíacas penetrantes, traumatismos e
procedimentos cardíacos invasivos ou de
forma lenta e progressiva com diminuição
marcada da pressão arterial e do gasto
cardíaco, frio , taquicardia, sudoração e
tapneia, alteração do estado geral,
ingurgitação jugular e presença de pulço
paradoxal.
 O tamponamento de baixa pressão alude o
tamponamento leve em que a pressão
intrapericardica aumenta desde seu nível
ligeiramente subiatmosferico as cifras
superiores a 5 à 10mmhg, em alguns casos
coexiste hipovolemia.
 Como consequência a PVC é normal ou
ligeiramente elevada, sem afetação da
pressão arterial e não existe pulco paradoxo.
Os pacientes se encontram assintomáticos ou
apresentam uma ligeira debilidade e
dispneia.
 A ecocardiografia ajuda a estabelecer o
diagnostico. Tanto as manifestações
hemodinámicas, como as clínicas melhoram
depois da pericardiocintese
EXAMES COMPLEMENTARES

 RX do toráx - o resultado pode ser normal se o


tamponamento for secundário a um hemopericardio
agudo ou apresentar um aumento marcado da silhueta
cardíaca com o resto dos sinais radiológicos referidos
na pericardite com derrame.
 ECG- Com frequência haverá diminuição de voltagem
resumido em:
 ECG de baixa amplitude, não visto em todos os casos
 Em grandes derrames haverá diminuição de voltagem
da onda P
 Alteração eléctrica
 Alterações do seguimento ST e da onda T ( Inflamação
miocardica, isquémia, elevadas consentrações de K no
líquido pericardico)
 ECO- Quantifica a magnitude do derrame e
permite obter indícios de sua respectiva causa. O
sinal ecocardiografico mais valioso e que resiste
a prova do tempo é o colapso diastólico das
cavidades cardíacas direitas.
 O tamponamento é um síndrome clínico que deve
decidir-se por certos achados nas cabeceiras do
paciente, se tem observado que os sinais
ecocardiograficos de tamponamento pode
preceder as manifestações clínicas de modo que
em alguns casos o colapso auricular e ventricular
direito pode ser precursor de tamponamento
mais que uma manifestação desse problema.
 Outros sinais ecocardiograficos que significa
afetação hemodinámica no tamponamento é a
dilatação da veia cava inferior com presença
de contraste espontaneo em seu interior e
perda do colapso inspiratório desta.Com o
doppler se complementa e se confirma no
tamponamento a repercursão do ciclo
respiratório sobre os fluxos intracardiacos, já
que no se produz um aumento excessivo da
velocidade do fluxo direitos (Tricuspide e
pulmonar) e uma redução excessiva dos fluxos
esquerdas (mitral e aórtico).
TRATAMENTO

Diante de um enfermo com síndrome clínico de


tamponamento cardiaco confirmado ou não por
ecocardiograma, a conducta imediata será a
pericardiocintese.
Enquanto se prepara esta, se realizará uma expansão
de volume intravascular mediante a administração
de líquidos por via intravenosa, já que desta
maneira se atrasa o deterioro hemodinamico.

Deve evitar-se o emprego de diúreticos e


vasodilatadores. A evacuação do derrame pode
fazer-se por pericardiocintese percurtanea,
pericardiotomia ou pericardiectomia.
A Pericardiocentesis: Consiste na aspiracão por
agulha do conteúdo na cavidade pericárdica.
Trata-se de uma tecnica sencilla, que
apresenta importantes limitaciões, tanto no
que diz respeita a sua eficacia diagnóstica
como nos riscos que são encontrados.
Podendo realizar-se com duas finalidades:
 1. Diagnóstica: não de forma rutinaria, só
quando se suspeita de uma pericarditis
purulenta, tuberculosa o um quilopericardio.
 2. Terapéutica: para aliviar os sintomas do
taponamento cardiaco.
 Hoje há controvérsia sobre a prática de
pericardiocentese versus drenagem cirúrgica
com biópsia. Em geral, a pericardiocentese é
aceita apenas em caso de emergência por
tamponamento cardíaco descompensado,em
todas as outras situações a drenagem
cirúrgica é preferida com biópsia associada,
por ser mais segura e eficaz.
TÉCNICA
Deve ser realizada por pessoal experiente e
uma vez que há presença de grandes
quantidades de fluido no pericárdio por
ecocardiografia Será feito em uma sala
adequada, equipada com equipamento
completo de ressuscitação cardiopulmonar,
com monitorização eletrocardiográfica
contínua do paciente.
Existem várias vias de acesso, embora na maioria
delas a abordagem subxifóide às vezes é
preferida.

A punção é realizada com monitoração


eletrocardiográfica (conectando o eletrodo do
ventrículo esquerdo do ECG à agulha) ou com
monitoramento ecocardiográfico. Este último dá
mais liberdade ao médico do que pratica o
procedimento e maior segurança para o
paciente, pois conhecendo a localização do
líquido existem melhores opções para introduzir
a agulha.
 Ele procederá da seguinte forma:
 1. Coloque o paciente em decúbito dorsal com o tronco elevado
 20-30°.
 2. Desinfete e infiltre a área circundante com anestesia local o
processo xifóide.
 3. Localize o ponto de punção (abaixo do processo xifóide,1 cm à
esquerda, no canto esquerdo desta).
 4. Punção com aspiração contínua em ângulo de 20-30º com o
plano frontal, com orientação por ecocardiografia e
Monitoramento de ECG para elevação de ST, que indicaria que o
epicárdio está sendo tocado.
 5. Pode ser benéfico inserir um cateter através da agulha na
cavidade pericárdica, evitando danos à cavidade pericárdica,
pericárdio e facilitar a drenagem contínua e determinação da
pressão intracardíaca.

PERICARDITE CONSTRITIVA
 Conceito
É um espessamento fibroso, denso e aderente
do pericárdio, que causa restrição ao enchimento
diastólico do coração pela compressão crônica do
mesmo. Geralmente afeta a todo pericárdio
simetricamente, embora excepcionalmente
espessamento pericárdico localizado é
encontrado. O processo geralmente se inicia com
um episódio de pericardite aguda com deposição
de fibrina, reabsorção do derrame e posterior
espessamento e fibrose do pericárdio, com fusão
de suas lâminas e calcificação em estágio
crônico.
ETIOLOGIA
Atualmente, a maioria dos casos de pericardite constritivas
são de causa desconhecida e alguns são atribuídos à
pericardite viral que pode ter passado despercebida.

No entanto, o acompanhamento clínico prospectivo de


pacientes após um primeiro surto de pericardite aguda
mostra que a evolução para pericardite constritiva
crônica é muito rara após pericardite viral
(aproximadamente 1% dos casos), embora seja bastante
frequente após uma pericardite purulenta (30-40%).
Nesses casos, a constrição geralmente se estabelece de
forma aguda ou subaguda, razão pela qual esses
pacientes requerem pericardiectomia dentro de alguns
meses após o episódio agudo.
 Por muito tempo, a tuberculose foi e
continua estando ainda em países
subdesenvolvidos, as mais forma comum de
pericardite constritiva. Isso evolui para
constrição crônica em 30-50% dos casos,
apesar da tratamento e uma maior
frequência de constrição foi descrita
pericárdico naqueles pacientes que
apresentam tamponamentono curso da
doença.
 Outras causas comuns são: cirurgia parada
cardíaca prévia (29%) radioterapia
mediastinal (30%). Já com menos frequência,
a insuficiência renal crônica é tratada com
hemodiálise, doença do tecido conjuntivo,
infiltração neoplásica (câncer pulmão,
mama, doença de Hodgkin e linfomas).
FREQUÊNCIA
Pode aparecer dos 2 aos 75 anos de idade,
geralmente entre o dia 3 e 5º. décadas de
vida. predomina no sexo masculino na
proporção de 3:1.
ANATOMIA PATOLÓGICA
O pericárdio apresenta-se muito denso e fibroso e
sua espessura aumenta até 5-10 mm e às vezes
mais. Em um terceiro ou quarto parte dos casos
é coberta por calcificações e torna-se em um
shell real devido à extensão destes. O processo
afeta uma ou ambas as lâminas do pericárdio, as
que aderem, Portanto, a cavidade pericárdica
geralmente é completamente obliterada. O
coração pode ter tamanho normal ou reduzido,
comatrofia de suas fibras musculares e sem
alterações vasculares. Ele O fígado é grande,
congestionado e fibroso e, em alguns casos, há
uma verdadeira cirrose cardíaca.
FISIOPATOLOGIA
Pericárdio espessado, fibrótico e rígido dificulta o
enchimento das câmaras cardíacas durante a diástole. a
constrição artéria pericárdica é geralmente simétrica,
resultando em elevação e equilíbrio de pressões nas
quatro câmaras cardíacas e de pressão capilar pulmonar.
No início da diástole, porque o volume intracardíaco é
pequena e não limitada pelo pericárdio, e a pressão veia
venosa é elevada, ocorre um enchimento muito rápido, o
que cessa abruptamente quando o volume intracardíaco
atinge o limite de capacidade do pericárdio não
complacente. Portanto, A maior parte do enchimento dos
ventrículos ocorre durante a protodiástole, que origina
uma morfologia típica das pressões ventrículo em dip-
plateau ou raiz quadrada. O sinal de Kussmaul está
presente e o pulso paradoxal, embora com menor
frequência.
A diminuição Ou enchimento diastólico
desencadeia mecanismos compensatórios,
como taquicardia e aumento da pressão
venosa sistémica pela retenção renal de
sódio e água (redução da secreção de fator
natriurético atrial). Se o enchimento
diastólico parecer muito diminuída, o volume
sistólico e o débito cardíaco diminuem ou a
contratilidade dos ventrículos geralmente é
normal.
QUADRO CLÍNICO
As manifestações clínicas da pericardite constritiva
dependem fundamentalmente do grau de elevação
da pressão de enchimento das cavidades cardíacas,
num coração com capacidade limitada a aumentar
o débito da constrição pericárdica. O quadro clínico
geral é semelhante ao da insuficiência cardíaca
direita, especialmente aquela produzida por
estenose tricúspide, mas a ascite é mais precoce e
mais manifestado que edema de membros
inferiores. Esta pintura pode se desenvolver
lentamente ao longo dos anos, então o diagnóstico
geralmente é feito em ocasiões em que o paciente
tem de ir a uma consulta médica.
A dispnéia geralmente aparece com esforço e
salva relação com a congestão venosa capilar
(hipertensão pulmonar passiva); Está presente
em quase 100% de todos os pacientes.
Em alguns casos pode haver dispneia paroxística
noturna, embora a pressão venocapilar
raramente ou nunca se eleve acima suficiente
para atingir valores que causam edema agudo
do pulmão. Dispnéia em repouso causada por
devido a extensos derrames pleurais ou
diminuição da capacidade vital como
consequência de uma elevação considerável do
diafragma por ascite.
Fadiga fácil é um sintoma menos evidente, mas perda
de peso é comum, principalmente em casos de
pericarditentuberculose ativa. Distúrbios
digestivos, anorexia, tensãoaparecem dores
abdominais e até dores devido ao aumento da
volume abdominal de ascite, bem como elementos
de hipertensão portal, como vasinhos
(telangiectasias), eritema palmar que tornam
necessário estabelecer um diagnóstico meticuloso
diferencial. É característico que esse quadro clínico
se estabeleça insidiosa e progressivamente.Ao
exame físico, chama a atenção o ingurgitamento
acentuado. jugular, às vezes com distensão das
veias frontais. Ele análise da distensão
venosa jugular fornece dados valiosos semiologia para o
diagnóstico de pericardite constritiva, e suaprincipais
características são:‒ Colapso rápido “e” profundo que em
ritmo sinusal confere ao pulso jugular um movimento em
forma de W ou M.‒ Não diminui ou desaparece com inspiração
profunda, mas aumenta (sinal de Kussmaul). ‒ Em constrições
severas, as jugulares podem ficar imóvel com o paciente em
decúbito supino. O latejar da ponta geralmente diminui ou
desaparece, e em alguns casos apresenta retração sistólica
(sinal inconstante). A percussão do embotamento cardíaco
revela um coraçãopequeno.Na ausculta, as bulhas cardíacas
são abafadas. Nos pacientes sem calcificação pericárdica, um
ruído pode aparecer ou estalo do pericárdio, que é um som
ou fenômeno acústico protodiastólico (0,06-0,12 s do 2º som)
de baixa frequência; ouvido na borda esternal esquerda e no
ápice, e confuso às vezes com um terceiro.
, ruído ou com clique mitral. sua génese é contestada e
acredita-se que seja devido à distensão do pericárdio em
fim da fase de enchimento ventricular rápido, a um som
intracardíaco em relação às mudanças hemodinâmicas
súbitas, ou ambas as causas. A pressão arterial é
geralmente baixa, especialmente sistólica e a venosa
aumentada, geralmente mais do que eminsuficiência
cardíaca congestiva. Pulso pode estar presente paradoxal
em 20-40% dos casos e tempo de circulação é prolongado. A
hepatomegalia congestiva é precoce e às vezes é associada
à esplenomegalia. Ascite, sinal cardinal da doença,
também é precoce e marcante; aparece rapidamente após
a evacuação e muitas vezes dificulta a palpaçãohepática.
Também é discordante dos edemas de membros inferiores,
que são de pequena magnitude. A icterícia é comum e
reflete disfunção hepática devido a congestão venosa,
capaz de produzir cirrose se persistir por muito
tempo. Também é comum nesses pacientes a
deterioração de seu estado geral, com
caquexia e perda demassa muscular.
EXAMES COMPLEMENTARES
 ‒ Radiologia: Na maioria dos casos, a silhueta
cardíaca é aumentada por derrame e espessamento
pericárdio ou crescimentos pré-existentes. às vezes
eu seiObservar alargamento do pedículo vascular
devido à dilatação da veia cava superior. Um fato
importante em radiologia é a presença de
calcificações veias pericárdicas (Fig. 57.5), que
geralmente estão localizadas nas cavidades direitas
e no sulco atrioventricular. Ocorrem em 50% dos
casos, embora sua presença não é específica para
constrição pericárdica. O derrame pleural também
é frequente. em até 70% dos pacientes; geralmente
é bilateral ou estar localizado no lado direito.
 Dados laboratoriais: Anemia normocítica e
normocrômica leve, característica das doenças
Crônicas. Também pode haver sinais de disfunção
hepático (hiperbilirrubinemia, transaminases elevadas
e hipoproteinemia).‒ Eletrocardiograma: Geralmente
há baixa voltagem dos complexos QRS e inversão ou
achatamento dos ondas T difusas. sinais de crescimento
fone de ouvido esquerdo. A fibrilação atrial é
encontrada em uma alta porcentagem de casos (30-
50%).‒ Ecocardiografia: Tanto bidimensional como no
modo M, o pericárdio espessado pode ser encontrado e
densas e calcificações, se existirem. um sinal de A
constrição do modo M é o achatamento do movimento
telediastólico médio da parede livre do ventrículo
esquerda.
 Também pode haver movimento paradoxal do septo. Outra
descoberta característica no modo M é a abertura precoce
dos sigmoides pulmonares. No modo bidimensional, um
ventrículo esquerdo é visto de dimensão normal e função
sistólica, circundada por pericárdio denso, dilatação do
átrio esquerdo e da veia cava inferior com contraste
espontâneo em sua dentro. Os achados do ultrassom
Doppler são atualmente os mais importantes, pois
mostram as alterações das velocidades de fluxo
transmitral e transtricuspídeo durante a inspiração e
expiração.‒ Cateterismo cardíaco: Fornece um padrão
hemodinâmico que traduz o distúrbio fisiopatológico
característico da constrição pericárdico Algumas dessas
alterações são:• Elevação e equalização (diferença de 5-8
mmHg) das pressões diastólicas nas quatro cavidades
cardíaco.
Morfologia da curva de pressão no átrio direito com seio
proeminente “y” e seio “x” preservado.• A pressão sistólica do
ventrículo e artéria direitos pulmão estão elevados.• O débito
cardíaco e o volume sistólico podem ser normal ou baixo.• Em
casos menos óbvios, ligeiros ou duvidosos, existem para
descartar constrição cardíaca oculta; para é muito útil realizar,
durante o estudo hemodinâmica, uma manobra de sobrecarga
de fluidos rápido (500 mL de solução salina em 5 min) com o
qual equalização de pressão é evidente. enchimento
biventricular, permitindo o diagnóstico diferencial com outras
doenças cardíacas que podem ter manifestações
hemodinâmicas semelhantes. Em casos claros ou envolvimento
hemodinâmico grave,sobrecarga hídrica seria contra-indicada.‒
CT e MRI: Eles são úteis no diagnóstico desta condição, porque
permitem identificar o espessamento do pericárdio, a presença
de calcificações, a distensão do veia cava inferior e a
configuração sinuosa do septo interventricular
DIAGNÓSTICO
No diagnóstico positivo deve-se suspeitar em
paciente com ingurgitamento venoso jugular
conspícuo, ascite, hepatomegalia, edema de
membros inferiores de pequena magnitude
(discordantes com o ascite) e derrame
pleural. O diagnóstico é confirmado com
exames complementares.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Deve ser feito principalmente com as seguintes condições:
‒ Cirrose hepática: caracterizada por grande ascite e
edema leve. A história e os sinais de insuficiência
hepática e hipertensão portal permitem fazer a
diferença.
‒ Regurgitação tricúspide: acompanhada de pulso venoso
cervical e hepático, e sopro de regurgitação no foco
tricúspide. Insuficiência cardíaca global: às vezes pode
oferecer dificuldades diagnósticas, mas a história, o
exame físico, radiológico e eletrocardiograma
esclarecerão as dúvidas.
‒ Cardiomiopatia restritiva: sua diferenciação clínica com
pericardite constritiva é muito difícil e na maioria casos
é necessário recorrer ao cateterismo cardíaco e biópsia
endomiocárdica para estabelecer a diferença
-Cor pulmonale crônico: Quase sempre uma
doença avançada do parênquima pulmonar
ea pressão venosa diminui durante a
inspiração Ou seja, o sinal de Kussmaul é
negativo.
PREVISÃO
 A pericardite constritiva é uma doença
progressiva, que não reverte
espontaneamente. Uma pequena minoria de
pacientes evoluem por muitos anos com
sintomas da doença e pode ser controlada
com dieta, baixo teor de sal e uso prudente
de diuréticos, mas a maioria segue um curso
progressivo, com muitos sintomas e requer
tratamento cirúrgico. Com este último, a
sobrevivência para 5 anos varia entre 75-85%.
A mortalidade operatória é cerca de 10%.
TRATAMENTO
Estabelecido o diagnóstico de pericardite
constritiva crônica, resta o único tratamento
adequado, cirúrgico: pericardiectomia.
Em pacientes com sintomas leve sem
repercussões hemodinâmicas importantes,
em idosos ou portadores de outras doenças
associados que contraindicam a intervenção,
ou tratamento médico
Para evitar constrição em alguns casos de
pericardite inespecífico em que o quadro
clínico evolui para uma rápida deficiência, é
necessário operar logo que tenha sido
estabelecido o diagnóstico definitivo e antes
que o saco seja obliterado pericárdio, fibrose
e extensas calcificações ocorrem e
irreparáveis, ou aparecem sinais de
insuficiência hepática

Em geral, medidas pré-
operatórias são necessárias seguinto:
 repouso no leito por várias semanas,
 ingestão sódio mínimo,
 administração de proteína na
hipoproteinemia grave,
 diuréticos e paracentese para suprimir
derrames pleurais ou abdominais
importantes.
CONTRA INDICAÇÃO
 Os digitálicos não são indicados nos casos
clássicos sem lesão valvular oumiocárdio,
nem alteração da função ventricular.
 Se houver infecção tuberculosa ativa do
pericárdio, a operação deve ser adiada para
realização de quimioterapia específica
durante 4 semanas.Após a operação, o
paciente deve seguir uma dieta baixo teor de
sódio e usar diuréticos, se necessário, até
desaparecem ascite, edema e distensão
venosa jugular. Ou a convalescença pode ser
rápida e o paciente recebe alta em 4-6
semanas.
PERICARDITE CONSTRITIVA SUBAGUDA
FIBROELÁSTICO. PERICARDITE
EFUSIVA-CONSTRUTIVO
Em oposição à pericardite constritiva crónica
“clássica”, existe uma forma de pericardite
constritiva em que a constrição é exercida por um
pericárdio que não é completamente rígido e
inextensível, mas um tanto elástico. Esta forma de
pericardite constritiva “fibroelástica” tem
caracteristicamente uma apresentação subaguda no
curso evolutivo de alguns pericardite inflamatória.
 Existem alguns elementos distintivos desta forma de
pericardite constritiva, como a presença de um certo
grau de derrame pericárdico à tensão e constrição
do coração por pericárdio espessado. Compartilham
algumas características de derrame pericárdico
crônico, causando compressão, e constrição
pericárdica. Pode ser devido a tuberculose, episódios
casos múltiplos de pericardite aguda idiopática,
radiação e trauma precordial penetrante Ele tem um
pulso venoso jugular na forma de XY ou Xy (isto é,
com colapso sistólico acentuado) ao contrário da
morfologia xY clássica da pericardite crônica com
pericárdio rígido e possível pulso arterial paradoxal,
que é muito raro na pericardite constritiva crônica.
 A pericardite constritiva fibroelástica representaria
portanto, uma forma de doença pericárdica
intermediária entre tamponamento e constrição
clássica da pericardite constritiva subaguda.A
pericardite efusivo-constritivo é aquele que melhor
representa uma situação intermediária entre as duas
síndromes de compressão cardíaca que são
tamponamento e constrição clássica. Esses pacientes
apresentam um quadro de tamponamento cardíaco
com derrame pericárdico profusa, distensão venosa
jugular, colapso “x” predominante em pulso venoso
jugular e pulso arterial paradoxal. Após a
pericardiocentese (que não melhora
substancialmente os sintomas do paciente)
 o ingurgitamento venoso jugular persiste e o
formato do pulso venoso jugular muda para um
colapso “y” proeminente, destacando os sinais de
constrição. O diagnóstico de pericardite efusivo-
constritiva podesuspeitar pela correta interpretação
clínico-semiológica desses dados, que também é
auxiliada pelos registros de Ecodopplercardiografia.
No entanto, seu diagnóstico precisorequer a prática
de pericardiocentese com registro de pressões
intrapericárdica e intracavitária antes e depois de
pericardiocentese. Na maioria dos pacientes, a
doença progride para a forma crônica constritiva,
Ressecção Pericárdio visceral e parietal extenso é
eficaz.

Você também pode gostar