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= ISPSN =
Curso de licenciatura em Cardiopneumologia
Seminário em Cardiopneumologia II
4º Ano
GRUPO Nº 3
TEMA: Shock
INTEGRANTES DO GRUPO
1- Helena de Oliveira
2- Jorge Chilulo Bulica
3- Florença Canganjo
4- Eduina Gaspar
5- Guinaldete Tulinomwene
CONCEITO
O shock é uma insuficiência circulatória aguda e progressiva,
potencialmente reversível, que condiciona uma hipóxia dos tecidos, o
que provoca um metabolísmo anaeróbio com produção de acidose
láctica, dano e morte celular.
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA
1. Shock hipovolémico:
a) Por perdidas externas:
- Sangue: Hemorragias;
- Plasma: Queimaduras e lesões exudativas;
- Água:
• Via intestinal: Vômitos e diarreia;
• Via renal: Cetoacidoses, coma hiperosmolar não cetósico, diabetes
insípido e uso excessivo de diuréticos.
CONT.
b) Por secuestro interno (terceiro espaço):
- Fracturas;
- Ascite;
- Oclusão intestinal;
- Hemotórax;
- Hemoperitoneo.
2. Shock Cardiogénico
a) Miopático (Função sistólica diminuida):
- Infarto agudo do miocárdio;
- Miocardiopatia dilatada;
- Depressão miocárdica em shock séptico.
b) Mecânico:
- Estenose e insuficiência mitral;
- Trombo ou mixoma auricular;
- Defeitos do sépto interventricular;
- Obstrução da saída da ejecção ventricular (estenose aórtica, estenose
subaórtica hipertrófica idiopática, hipertrofia septal assimétrica).
c) Arritmias.
3. Shock obstrutivo extracardíaco
- Tamponamento cardíaco;
- Pericardite constritiva;
- Embolísmo pulmonar (massivo);
- Hipertensão pulmonar grave;
- Coartação ou dissecação aórtica;
- Pneumotórax a tensión, asma bronquial, ventilação mecânica com
pressão excessiva e tumores comprensivos da cava.
4. Shock distributivo
Distributivo
Sépsis N/B N/A Baixa Baixa Baixa Baixa
Legenda: PVC: Pressão venosa central; PMAP: Pressão média da artéria pulmonar; PEAP: Pressão
de enclavamento da artéria pulmonar; PAM: Pressão arterial média; IC: Índice cardíaco (gasto
cardíaco em L/min)/(superficie corporal em m²); RVS: Resistência vascular sitêmica; N/A: Normal ou
alta; N/B: Normal ou baixa.
TRATAMENTO
As medidas gerais que se podem aplicar em todos os shocks são as
seguintes:
1. Permeabilizar as vias aéreas;
2. Manter o paciente em decúbito supino e posição horizontal para
garantir a perfusão cerebral e abriga-lo para evitar a perda de calor;
3. Manter uma sonda nasogástrica de tipo Levine (aberta) no estômago e
não administrar por ela alimentos nem medicamentos. Realizar a
profilaxia da broncoaspiração;
4. Realizar a abordagem venosa profunda para a vigilância hemodinâmica,
a obtenção de amostras sanguíneas e administração de medicamentos;
5- Administrar oxigénio húmido para aumentar sua disponibilidade no sangue
e avaliar mediante oxímetro de pulso as variações da oxigenação arterial;
6- Manter um catéter vesical e medir a diurese horária (normal 1-1,5 mL/kg
de peso/h);
7- Não administrar medicamentos por via oral ou intramuscular;
8- Investigar a causa do shock por meio dos antecedentes do enfermo, o
exame físico e os exames complementares;
9- Alcalinizantes;
10- Cuidados pulmonares;
11- Diuréticos.
SHOCK HIPOVOLÉMICO
Resulta fundamental identificar sua causa e aumentar o retorno venoso
ao coração por meio de:
- Cristaloides:
* Solução salina (Cloreto de sódio a 0,9%);
• Solução salina hipertónica (Cloreto de sódio a 3-7,5%);
• Solução Dextro-Ringer;
• Solução glicofisiológica.
- Coloides sintéticos:
• Dextranes: 40 (Peso molecular de 40 000 Da) a 10% frasco de 500 mL e 70
(Peso molecular de 70 000 Da) a 6%, frasco de 400 mL;
• Gelatinas;
• Almidones hidroxietilados (hidroxietil –starch);
• Fluosal DA: 20%.
- Produtos do plasma:
• Albumina humana a 10 e 20 %;
• Plasma humano.
Sangue: Nunca deve usar-se com objectivo de restituir com ela o volume total
perdido. Resulta útil combina-la com soluções hidroeletrolíticas e coloidais de
forma total, que constitua um terço do volume total que se deva administrar.
Estas medidas so resultam eficazes quando se se elimina a causa
desencadeante por meios cirúrgicos ou tratamento adequado da
enfermidade causal.
SHOCK CARDIOGÉNICO
De acordo com a sua causa se requerem medidas específicas. Entre os
medicamentos vasoactivos que se podem utilizar neste tipo de shock,
se encontram:
1. Vasodilatadores: Nitroglicerina (1-3 ug/kg/min) e Nitroprussiato de
sódio (0,8-8,0 ug/kg/min). Ambos se administram em venocclise.
2. Adrenérgicos:
-Isoproterenol;
-Dobutamina;
-Dopamina;
DOSES E EFEITOS DAS DROGAS
ADRENÉRGICAS
Drogas Doses intravenosas (ug/kg/min) Efeitos
Adrenalina 0,005-0,02 β
Epinefrina > 0,02 α+β
0,03 β
Noradrenalina (Levophed)
0,03-0,08 α+β
> 0, 08 α
0,5-2 Dopa
> 2-5 α + Dopa
Dopamina (Dopamín) > 5-10 β
> 10-20 α