Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2015
Assistência de Enfermagem
ao Paciente Grave em
Situações de
Choque Circulatório
Choque: definições
Anormalidade do sistema circulatório que resulta
em perfusão orgânica e oxigenação tecidual
inadequadas.
Inadequada perfusão tecidual (oxigenação) em
nível celular, levando ao metabolismo anaeróbio e
à perda da produção de energia necessária à vida e
a produção de ácido lático.
Estado de hipoperfusão celular generalizada na
qual a liberação de oxigênio no nível celular é
inadequada para atender às necessidades
metabólicas.
ATLS - Advanced Trauma Life Support. 2007.
PHTLS – Prehospital Trauma Life Support. 7ª ed. 2011.
(MORTON, 2008; DIAS, 2002; KNOBEL, 2004)
CHOQUE
É uma condição clínica caracterizada pela
incapacidade do sistema circulatório em fornecer
O2 e nutrientes aos tecidos de forma a atender suas
necessidades metabólicas resultando em
Hipóxia
Baixa oferta de nutrientes;
Reduzida depuração de substâncias tóxicas;
Maior ação das toxinas;
Redução dos mecanismos de defesa;
Comprometimento de múltiplos órgãos;
Efeito danoso da terapêutica (antibióticoterapia).
QUADRO CLÍNICO GERAL
Sinais de hipoperfusão tecidual (hipotensão,
taquicardia, pulso fraco, pele fria e pegajosa, sudorese, mucosas
descoradas e secas, palidez, cianose e enchimento capilar lento);
Oligúria (diurese menor 0,5 ml/Kg/h)
Hipotermia;
Alteração do equilíbrio ácido-base (acidose
metabólica, aumento lactato sérico);
Alterações respiratórias (superficial, rápida e irregular);
Alterações gastrintestinais (sede, náuseas e vômitos);
Alterações neurosensoriais (alteração nível de
consciência);
VOLUME CIRCULANTE
(baixo nível de fluido corporal)
BOMBA CARDÍACA
EFICIENTE
(falha no mecanismo que bombeia o
sangue)
SISTEMA CIRCULATÓRIO
EFETIVO
(alteração na resistência da parede
vascular)
Choque: entendendo a anatomia e
função cardíaca
Coração:
- Estrutura;
- Pequena e grande
circulação;
- Pré-carga e Pós-carga;
- Contratilidade miocárdica.
Guyton AC, Hall JE. Tratado de fisiologia médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
PHTLS – Prehospital Trauma Life Support. 7ª ed. 2011.
Quadro cardiocirculatório
desfavorável
Hipotensão Baixo Débito
Arterial Cardíaco
Condição de baixo
Metabolismo tecidual
Grande
Resistência VASOCONSTRIÇÃO
Arterial Sistêmica
Choque Cardiogênico
Hipovolêmico
Distributivo
IAM
Hemorragia Miocardiopatias
Desidratação Arritmias
Sequestro de líquidos Falência de bomba Séptico
Neurogênico
Choque Anafilaxia
Obstrutivo Embolia Pulmonar
Tamponamento Cardíaco
Pneumotórax hipertensivo
Perfusão tecidual inadequada,
Manifesta-se
isquemia e disfunção de órgãos.
Classificação dos Estados de CHOQUE
quanto ao ESTÁGIO EVOLUTIVO
Choque Compensado / Estágio
inicial Não Progressivo: caracterizado por
mecanismos compensatórios (aumento da FC e contratilidade cardíaca,
vasoconstrição venosa e arterial), PA mantida, normalmente não
oligúrico, porém, em acidose metabólica, com má perfusão
tecidual podendo apresentar confusão mental ou inconsciência.
A reversão do quadro no início é mais efetiva.
Choque Descompensado / Fase
Progressiva: caracterizado por falência dos
mecanismos compensatórios e com aumento da disfunção
orgânica (renal, cardiovascular, metabólica pulmonar e neurológica).Distúrbios
metabólicos e circulatórios mais pronunciados com ativação da
resposta inflamatória e imune.
Choque Irreversível / Estágio Final:
lesão celular e tecidual grave, caracterizado por uma falha de
resposta cardiovascular à infusão de volume e de drogas
vasoativas. (KNOBEL, 2005; MORTON, 2008)
IMPORTANTE !!!
O diagnóstico e o tratamento dos estados de choque,
em fase precoce possibilitam uma reversão mais
efetiva, quanto menor o número de disfunções
orgânicas.
Diminuição da Perfusão
Manifestações Clínicas:decorrentes
Anêmica
das alterações da perfusão sistêmica (baixa Hb)
Estagnante
(baixo fluxo)
Choque descompensado
Risco de morte
Classes do CHOQUE HEMORRÁGICO
segundo o Comitê de trauma do
Colégio Americano de Cirurgia
FR 14 – 20 20 - 30 30 - 40 > 35
Débito Urinário > 30 ml/h 20 – 30 ml/h 5 – 15 ml/h Negligível
(ml/h)
Status Mental / Ansioso Agitado Confuso Letárgico
Consciência
Reposição Cristalóides Cristalóides Crist./Col. Crist./Col.
Volêmica Colóides Hem. DVA Hem. DVA
TRATAMENTO
•Ressuscitação
Os sinais clínicos referentes vigorosa por fluidos,
à ativação dos mecanismos tendo como
de compensação se manifestam parâmetro principal
rapidamente: hipotensão a medida da PVC para
arterial, aumento da FC, pulso estabilização
filiforme, extremidades frias e cianose hemodinâmica.
e alteração do nível de consciência.
•Ressuscitação cárdio-
respiratória.
•Suporte e reversão
A causa é frequentemente
das disfunções
evidenciada orgânicas.
•Drogas vasoativas.
Complicações associadas ao
Choque Hipovolêmico
Disfunção ACIDOSE
Falência de Celular METABÓLICA
Múltiplos Órgãos Progressiva
Terapia de reposição volêmica (aumento da pré-carga ventricular, o DC e a oferta de O 2
tecidos)
TRATAMENTO
Expansão CHOQUE
Plasmática
HIPOVOLÊMICO
Soluções Cristalóides (SF e RL)
Soluções Coloidais (Plasma, Albumina, Dextran)
.Valvulopatias
. Doença pericárdica
. Miocardiopatias onde a reserva
miocárdica vai se esgotando
progressivamente
. Arritmias
. Situações metabólicas (acidose)
.Rejeição pós-transplante cardíaco
nç ã o . Embolia Pulmonar (obstrução ao fluxo)
A t e
Situações que mimetizam o Choque Cardiogênico: tamponamento cardíaco,
embolia pulmonar maciça, pneumotórax hipertensivo.
Pneumotórax Hipertensivo à esquerda com desvio da área cardíaca a direita.
Paciente apresentou como sinais e sintomas arritmia cardíaca e enfisema subcutâneo
tóraco-abdominal extenso, sinais de choque (diminuição do DC, hipotensão).
Fisiopatologia
Perda da massa
muscular ventricular Hipotensão Provoca
Hipoperfusão
F.C., Vasoconstrição das áreas
reflexa, retenção de miocárdicas
Na e água Consumo ainda viáveis
Miocárdico
de O2
S.N. Autônomo
Renina –Angio- Agravamento
Mecanismos
Tensina – da função
Compensatórios
Aldosterona ventricular
Manifestações Clínicas
Caracteriza-se por:
baixo D.C. - baixa P.A. –hipóxia tecidual estagnante
Palidez e Sudorese
Sinais e Sintomas
Confusão Mental
de baixo débito
cardíaco, Perfusão periférica
associados a graus Oligúria
variáveis de Taquicardia e
congestão Taquisfigmia
pulmonar Hipotensão Arterial
Dispnéia
Arritmias
Diagnóstico
Avaliar quadro clínico.
Eletrocardiograma para confirmar o IAM.
Ecocardiograma - complicações mecânicas
de um IAM.
Monitorização Invasiva permite o diferencial
com outras situações de baixo débito.
Exames Laboratoriais: CPK-MB (creatina
fosfocinase) TROPONINA I – fazem a leitura da
necrose miocárdica.
TRATAMENTO DO CHOQUE CARDIOGÊNICO
Medidas para o restabelecimento da perfusão coronariana (trombolíticos;
angioplastia percutânea e até cirurgia cardíaca);
Em torno de 80%
Choque Anafilático
DISTRIBUTIVO OU VASOGÊNICO
VASOPLÉGICO ou VASOGÊNICO
Fungos e vírus
Fisiopatologia do Choque Séptico
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO
ci o so
c
i nf e ão
ce sso v aç
OP
ro Ati Resposta
Sistema de defesa
Inflamatória
Ativação das celulares,
imunológicos Generalizada com
endotoxinas maior liberação de
(lipopolissacarídeos) e humorais
(Citocinas e mediadores
ão
eraç Neutrófilos) inflamatórios
L ib
r e inas
u la toc
c
as er.ci
V
s ão
o li b
• Aumento da Permeabilidade Le ent
m
Capilar au
• Hipotensão
• Danos ao endotélio vascular
• Alteração dos fatores de
coagulação
• Vasodilatação sistêmica.
Quadro Clínico
Variáveis Gerais:
. Febre (temperatura central > 38 C)
. Hipotermia (temperatura central < 36 C)
. Taquicardia (FC > 90 bpm)
. Taquipnéia (FR > 20 irpm)
. Alteração neurológica
. Edema significativo ou balanço hídrico positivo (>20
ml/Kg em 24 horas)
. Hiperglicemia (glicemia > 120 mg/dl) ausência de diabetes.
Quadro Clínico
Variáveis Inflamatórias:
. Hiperlactemia
. Redução do enchimento capilar
Quadro Clínico
Variáveis de Disfunção Orgânica
. Oligúria aguda (DU < 0,5 ml/Kg/h por pelo menos 2 horas)
Deposição de fibrina
Plaquetas
Fatores de coagulação
Trombose
Hemorragia
Ocorrência Simultânea
Metabólicas: incapacidade progressiva
de utilizar a glicose, proteínas e gorduras
como fonte energética, ocorrendo
gradativamente a falência dos órgãos.
Acidose lática;
Cristalóides e Colóides;
Monitorizar eletrocardiograma;
Peso: 80 Kg 1 ml = 20 gotas
1,6μg/gta x 16gts/min =
25,6μg/gta/min.
25,6μg/gta/min = 0,32μg/Kg/min
80 Kg
DOBUTAMINA
Tem efeito inotrópico pela estimulação dos receptores
beta-1 com ações variáveis na PAM.
Atentar-se quanto:
Presença expressão facial;
Agitação;
Taquicardia, sudorese, hipertensão e piloereção
(sinais de ativação simpática).
DAVID, Cid Marcos. Medicina intensiva - AMIB. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
KNOBEL, Elias. Condutas no paciente grave. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1998.