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PACIENTE CRÍTICO

Choque e Falência Multissistêmica

Choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatóriode fornecer oxigênio aos tecidos, lavando
a disfunção orgânica. É fundamental o seu reconhecimento precoce para que a haja a correção, assim como é fundamental
tratar a causa de base.

NOTA!!!
Classificaçã o do choque
O choque pode ser mais bem definido como uma condição e quem a perfusão tecidual é inadequada para liberar
Do ponto de vista convencional, o processo fisiopatológico subjacente primário e o distúrbio subjacente são empregados
oxigênio e nutrientes para sustentar os órgãos vitais ea função celular
para classificar o estado de choque. Tipos de choques:

CHOQUE HIPOVOLÊMICO que ocorre quando existe uma diminuição no volume


intravascular
CHOQUE CARDIOGÊNICO que acontece quando o coração apresenta uma
capacidade de bombeamento prejudicado;ele pode ser
originário de um evento coronário ou não-coronário.
CHOQUE SÉPTICO Que é causado por uma infecção
CHOQUE NEUROGÊNICO que é causado por alterações no tônus do músculo liso
vascular,devido a lesão do sistema nervoso ou
complicações associadas aos medicamentos,como a
anestesia epidural, causando uma hipovolemia relativa
CHOQUE ANAFILÁTICO que é causado por uma reação de hipersensibilidade,
produzindo uma vasodilatação sistêmica avassaladora e a
hipovolemia.
CHOQUE DISTRIBUTIVO , VASOGÊNICO , CIRCULATÓRIO neurogênico, anafilático e séptico Independente da causa
e VASOPLÊGICO: inicial do choque são comuns a todos os tipos de choques;
as respostas fisiológicas de hipoperfusão dos tecidos,
hiper metabolismo e ativação da resposta inflamatória

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Respostas hemodinâ micas
Os três principais componentes do sistema circulatório:

1. O volume sanguíneo
2. A bomba cardíaca
3. E a vasculatura

Ambos devem responder efetivamente aos sistemas de feedback neurais,químicos e hormonais complexos para
manter uma PA adequada e por fim, perfundir os tecidos orgânicos. A pressão arterial (PA) é regulada através de uma
complexa interação dos sistemas de feedback. Essa relação pode ser expressa por cálculos hemodinâmicos. O débito
cardíaco é determinado pelo volume sistólico (a quantidade de sangue ejetada na sístole) e pela freqüência cardíaca.

Aperfusãotecidual e aperfusão orgânica dependem


DÉBITO da pressão arterial média(PAM) ou pressão média em que o
CARDÍACO
sangue se move através da vasculatura.A PAM deve exceder a 65 mmHg para as células receberem o oxigênio e os
nutrientes necessários para metabolizar aDC= VOLUME
energia SISTÓLICO X
em quantidades FREQUÊNCIA
suficientes para sustentar a vida.
CARDÍACA
Ao avaliar a perfusão tecidual, a enfermeira
Valorobserva
PRESSÃO se há alterações
ARTERIAL
de referência: 5L/min no nível de consciência, sinais vitais
MÉDIA
(incluindo a pressão de pulso), débito urinário, pele e valores laboratoriais.
𝑷𝑨 𝒔𝒊𝒔𝒕ó𝒍𝒊𝒄𝒂+(𝟐𝒙 𝑷𝑨 𝒅𝒊𝒂𝒔𝒕ó𝒍𝒊𝒄𝒂)
PAM= bem com o volume sistólico ou a quantidade de sangue ejetada do coração
A pressão de pulso correlaciona-se
𝟑
com a sístole.A pressão de pulso é calculada subtraindo-se a medição Diastólica da medição sistólica; a diferença é pressão
de pulso A pressão de pulso diminuída Valor de referência:
ou estreitada é umIdeal 70 a 80
indicador mmHg
mais precoce do choque que uma queda na PA
sistólica. A pressão de pulso estreitada ou diminuída, uma indicação precoce do volume sistólico diminuído.

PRESSÃO DE PULSO

PP= PA sistólica – PA diastólica

Valor de referência: Ideal 30 a 40 mmHg

< 20 mmHg caso grave

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ESTÁ GIOS DO CHOQUE

ESTÁGIO COMPENSATÓRIO – No estágio compensatório do choque, a PA permanece nos limites normais. A


vasoconstrição, o aumento da frequência cardíaca e o aumento da contratilidade do coração contribuem para a
manutenção do débito cardíaco adequado. Isso resulta da estimulação do sistema nervoso simpático e da subsequente
liberação de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina). Os clientes apresentam a resposta com frequência descrita como
de “luta ou fuga”. O corpo desvia sangue de órgãos, tais como a pele, os rins e o sistema digestório para o cérebro, o
coração e os pulmões para assegurar o suprimento sanguíneo adequado para esses órgãos vitais. Como resultado, a pele
pode estar fria e pálida, os sons intestinais são hipoativos e o débito urinário diminui em resposta à liberação de
aldosterona e ADH.

ESTÁGIO PROGRESSIVO – No segundo estágio do choque, os mecanismos que regulam a PA não conseguem mais
compensar, e a PAM cai abaixo dos limites normais. Os clientes estão clinicamente hipotensos; isto é definido com uma
PA sistólica inferior a 90 mmHg ou uma diminuição na PA sistólica de 40 mmHg do valor basal em diante. O cliente
apresenta sinais de declínio do estado mental

ESTÁGIO IRREVERSÍVEL OU REFRATÁRIO– O estágio irreversível (ou refratário) do choque representa o ponto no
continuum do choque no qual a lesão dos órgãos é tão grave que o cliente não responde ao tratamento e não consegue
sobreviver. Apesar do tratamento, a PA permanece baixa. A disfunção renal e hepática, composta pela liberação de
toxinas teciduais necróticas, cria uma acidose metabólica fulminante. O metabolismo anaeróbico contribui para uma piora
da acidose láctica. As reservas de ATP estão quase totalmente esgotadas, e os mecanismos para o armazenamento de
novos suprimentos de energia foram destruídos. A disfunção do sistema respiratório compromete a oxigenaçãoe a
ventilação adequadas, apesar do suporte ventilatório mecânico, e o sistema cardiovascular é ineficaz na manutenção de
uma PAM adequada para a perfusão. Quando a disfunção de múltiplos órgãos progride até a insuficiência completa dos
órgãos, a morte é iminente. Esta disfunção pode ocorrer como uma progressão no continuum do choque. (Smeltzer & Bare,
2016)

MANIFESTAÇÕ ES CLÍNICAS NOS ESTÁ GIOS DE CHOQUE

ACHADO COMPENSATÓRIO PROGRESSIVO IRREVERSÍVEL


PRESSÃO ARTERIAL NORMAL SISTOLICA <80-90 MMHG REQUER SUPORTE
FARMACOLÓGICO
FREQUÊNCIA CARDÍACA >100 BPM >150 BPM ERRÁTICA OU ASSISTOLIA
ESTADO RESPIRATÓRIO >20 INCURSÕES/MIN RESPIRAÇÕES RÁPIDAS E REQUER INTUBAÇÃO
SUPERFICIAIS
PELE FRIA E PEGAJOSA MOSQUEADA E PETÉQUIAS ICTÉRICA
DÉBITO URINÁRIO DIMINUIDO 0,5 ML/KG/H ANÚRICO, REQUER DIÁLISE
ESTADO MENTAL CONFUSÃO LETARGIA INCONSCIENTE
EQUILIBRIO ACIDO-BÁSCIO ALCALOSE RESPIRATÓRIA ACIDOSE METABOLICA ACIDOSE PROFUNDA

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CHOQUE HIPOVOLÊ MICO
O choque hipovolêmico é o tipo de choque mais comum, caracteriza-se por um volume intravascular diminuído, O
choque acontece quando existe uma redução no volume intravascular em torno de 15% a 25%,o que representa uma
perda de 750 a 1.300mL de sangue em uma pessoa de 70Kg. O choque pode ser causado por perdas de líquido
externas,como na perda sangüínea traumática,ou por deslocamento de líquidos internos,como na desidratação
grave,edema grave ou ascite.

FATORES DE RISCO PARA O CHOQUE HIPOVOLÊ MICO


EXTERNOS INTERNOS
PERDA DE LIQUIDOS DESLOCAMENTO DE LIQUIDOS
TRAUMA HEMORRAGIA
CIRURGIA QUEIMADURAS
VOMITOS ASCITE
DIARREIA PERITONITE
DIURESE DESIDRATAÇÃO
DIABETES INSÍPIDO

PRINCIPAIS CAUSAS DE CHOQUE HIPOVOLÊMICO:

 Desidratação
 Hemorragia
 Sequestro de líquidos

CLASSIFICAÇÃ O DO CHOQUE HIPOVOLÊ MICO


CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV
PERDAS VOLÊMICAS <15% 15-30% 30-40% >40%
EM %
PERDAS VOLÊMICAS <750 750-1500 1500-2000 >2000
EM ML
FREQUÊNCIA <100/MIN >100/MIN >120/MIN >140/MIN
CARDÍACA
PRESSÃO ARTERIAL SEM ALTERAÇÕES SEM ALTERAÇÕES HIPOTENSÃO HIPOTENSÃO
ENCHIMENTO SEM ALTERAÇÕES REDUZIDO REDUZIDO REDUZIDO
CAPILAR
FREQUÊNCIA <20/MIN 20-30/MIN 30-40/MIN >35/MIN
RESPIRATÓRIA
DEBITO URINÁRIO >30 20-30 5-20 DESPREZÍVEL
(ML/H)
NIVEL DE POUCO ANSIOSO ANSIOSO ANSIOSO-CONFUSO CONFUSO-LETÁRGICO
CONSCIÊNCIA
REPOSIÇÃO CRISTALOIDES CRISTALOIDES CRISTALOIDES+CH CRISTALOIDES+CH
VOLÊMICA
SEGUNDO: SOUSA, R. M. C.; CALIL, A. M.; PARANHOS, W. Y.; MALVESTIO, M. A. Atuação no trauma – uma abordagem
para a enfermagem. Pag,422)

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FISIOPATOLOGIA

Diminuição do volume vascular Diminuição do Diminuição da perfusão tissular


Diminuição do Diminuição do
retorno venoso volume sistólico débito cardíaco

TRATAMENTO
As principais metas no tratamento do choque hipovolêmico são:

 Restaurar o volume intravascular para reverter a sequência dos eventos levando a perfusão tecidual inadequada.

No mínimo duas veias calibrosas são puncionadas para estabelecer o acesso para a administração de líquido. Se um
cateter intravenoso não puder ser inserido rapidamente, um cateter intraósseo pode ser utilizado para o acesso no
esterno, nas pernas, nos braços ou na pelve para facilitar a rápida reposição do líquido

 Reposição de líquido e sangue:

A solução de lactato de ringer e a solução de cloreto de sódio a 0,9% são os líquidos cristaloides isotônicos comumente
utilizados. Se a hipovolemia ocorrer primariamente por causa de perda sanguínea, o American College of Surgeons (2008)
recomenda a administração de 3 mℓ de solução cristaloide para cada mililitro de perda sanguínea estimada. Essa é
denominada a regra de 3:1.

Os colóides (albumina,hetamido,dextrana) também podem ser utilizados. a dextrana não está indicada quando a causa do
choque for hemorragia; Soluções de hetamido ou dextrana não são indicadas para a administração de líquido, porque
esses agentes interferem na agregação plaquetária Os hemoderivados são uma alternativa entretanto, existe um risco
infeccioso e reacional, por isso será utilizado somente em casos sintomáticos

 Reposição volêmica agressiva:

A Pré-carga deve ser aumentada, visto que quase sempre há hipovolemia absoluta ou relativa. A quantidade inicial de
fluidos deve ser de pelo menos 20mL/Kg e deve ser monitorizada pela diminuição da taquicardia, melhora do volume
urinário e do nível de consciência (segundo: M. Herlon; S. Ricardo. Emergências clínicas: Choque e hipotensão; pag. 83).

SOLUÇÕES CRISTALOIDES

Cristaloides Infundidos em grandes volumes e de forma rápida diminuem a


Sf 0,45% e sg 5%
hipotônicos osmolalidade plasmática.

Cristaloides Embora seja referida como isotônico o ringer é levemente


Ringer e sf0,9%
isotônicos hipotônico.
Existem vários estudos promissores de que em pacientes cirúrgicos e
Cristalóides
em trauma , enfatizando seus efeitos na expansão volêmica e anti- Sf 3% e sf 7%
hipertônicos
inflamatória

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Excesso de cristaló ides no doente grave:
 Inibição da Motilidade intestinal Redução da capacidade de cicatrização de feridas
 O acúmulo em tecido pulmonar predispõe o paciente á infecção do trato respiratório e ao edema pulmonar
(cardiogênico e não cardiogênico)

Excesso de cristaló ides no trauma:


 Aumento da pressão abdominal
 síndrome de compartimento abdominal

Soluçõ es coloides

ALBUMINA
Principal colóide natural ,contribui com aproximadamente 80% da pressão oncótica normal.
HUMANA
São derivados de Glicopeptinas, modificados pela substituição de moléculas naturais de
amido por radicais hidroxietil.Levam a redução de agregação plaquetária, ação direta na
SOLUÇÕES DE
redução do fator Von willebrand,fator VIII, firmeza do coágulo, oque acarreta aumento do
AMIDOHIDROXIETIL
tempo de protrombina e do tempo de
tromboplastina
Na maioria derivam de colágeno bovino.têm peso mlecular relativamente baixo, o que leva a um
SOLUÇÕES DE
baixo grau de expansão .
GELATINAS
Resulta da hidroxilação de polissacarídeos de fonte bacteriana, com soluções queapresentam
SOLUÇÕES DE
vários pesos moleculares,sendo os dois mais conhecidos o Dextran-40,diminuem a adesão
DEXTRAN
plaquetária e induzem fibrinólise

Redistribuir o volume de líquidos

 A posição de trendelenburg modificada é recomendada no choque hipovolêmico. A elevação das pernas promove
o retorno venoso
 Elevação dos mmii em um ângulo de aproximadamente 20°,os joelhos ficam retos,o tronco fica horizontal e a
cabeça fica ligeiramente elevada
 Corrigir a causa subjacente da perda de líquido o mais rapidamente possível

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TERAPIA FARMACOLÓ GICA

Quando a administração de líquidos falha em reverter o choque hipovolêmico,então os mesmos medicamentos fornecidos
na choque cardiogênico são empregados,porque o choque hipovolêmico não-revertido progride para insuficiência
cardiogênica.

Quando a causa subjacente da hipovolemia é a desidratação os medicamentos também são administrados para reverter a
causa da desidratação.por exemplos, a insulina é administrada a desidratação secundária a hiperglicemia,a desmopressina
(DDAVP) é administrada para o diabetes insípidos,os agentes antidiarréicos para a diarréia e os medicamentos
antiémeticos para o vômito.

CHOQUE CARDIOGÊ NICO

O choque cardiogênico ocorre quando a capacidade do coração para se contrair e bombear o sangue está prejudicada e o
suprimento de oxigênio é inadequado para o coração e para os tecidos.

Causas do choque cardiogênico:

 Coronariano: lesão do miocárdio


 Não-coronariano: hipoxemia grave, acidose, hipoglicemia, hipocalcemia, pneumotórax hipertensivo

CHOQUE OBSTRUTIVO
É definido como choque que ocorre em consequência a uma obstrução mecânica ao débito cardíaco. As causas mais
comuns de choque obstrutivo incluem o Tamponamento Cardíaco, tromboembolismo Pulmonar e Pneumotórax
hipertensivo.

MANIFESTAÇÕ ES CLÍNICAS

Os pacientes em choque cardiogênico podem experimentar a dor da angina e desenvolver arritmias e instabilidade
hemodinâmica. Ao exame físico é comum o achado de vasoconstrição Periférica e oligúria. O débito cardíaco está
diminuído e as pressões de enchimento das câmaras cardíacas estão aumentadas.

o Alterações da consciência
o Extremidades frias e mal perfundidas

Entretanto devemos documentar disfunções miocárdicas e excluir hipovolemia.

 Hipotensão (PAS <90mmHg por pelo menos 30 minutos)

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 índice cardíaco reduzido (<2,2L/min./m²) na presença de uma pressão
de capilar pulmonar elevada (>15mmHg)

TAMPONAMENTO PERICÁ RDICO


 Dispneia
 Fadiga
 Dor torácica
 Ortopneia

Na presença de grandes derrames pode causar:

 Tosse
 Disfagia
 Rouquidão

Sinais específicos:
PULSO DE KUSSMAUL

Hipotensão Arterial com presença de pulso paradoxal, que é a diminuição maior que 10- 15mmHg da PAS associado a inspira

SINAL DE KUSSMAUL

Aumento da PVC com a inspiração associado a distensão venosa de jugulares.

TRÍADE DE BECK

Distensão venosa de jugulares, hipotensão e abafamento das bulhas cardíacas.

TRATAMENTO
Consiste em realizar a Pericardiocentese, drenagem cirúrgica ou por punção do pericárdio.

FISIOPATOLOGIA

No choque cardiogênico, o débito cardíaco, que é uma função do volume sistólico e da frequência cardíaca, está
comprometido. Quando o volume sistólico e a frequência cardíaca diminuem ou se tornam erráticos, a PA cai e a perfusão
tissular fica reduzida. O suprimento de sangue para os tecidos e órgãos e para o próprio músculo cardíaco é inadequado,
resultando em comprometimento da perfusão tissular. Uma vez que o comprometimento da perfusão tissular influencia o
coração e prejudica sua capacidade de bombeamento, o ventrículo não ejeta totalmente seu volume de sangue durante a
sístole. Como resultado, há acúmulo de líquido nos pulmões. Essa sequência de eventos pode ocorrer rapidamente ou ao
longo de um período de dias.

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Diminuição da contratilidade cardiaca

Diminuição do volume sistólico e do débito cardíaco

Congestão pulmonar
Diminuição da perfusão
Diminuição
tissular sistêmica
da perfusão tissular coronaria

MANIFESTAÇÕ ES CLÍNICAS

Os pacientes em choque cardiogênico podem experimentar a dor da angina e desenvolver arritmias e instabilidade
hemodinâmicas

TRATAMENTO
As metas do tratamento do choque são:

 Limitar o comprometimento adicional do miocárdio e preservar o miocárdio saudável


 Melhorar a função cardíaca ao aumentar a contratilidade cardíaca e ou diminuir a pós- carga ventricular.

Umas das necessidades do choque é tratar as necessidades de oxigenação do músculo cardíaco para garantir sua
capacidade continuada de bombear o sangue para outros órgãos. No caso choque cardiogênico coronário, o paciente pode
precisar de terapia trombolítica, angioplastia, cirurgia de enxerto de by-pass da artéria coronária, terapia com bomba por
balão intra- órtico ou algumas combinações desses tratamentos.

No caso de choque cardiogênico não coronário, as intervenções concentram-se na correção da causa subjacente, como a
substituição de uma válvula cardíaca defeituosa, a correção de uma arritmia, a correção da acidose e dos distúrbios
eletrolíticos, ou o tratamento do pneumotórax hipertensivo

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INÍCIO DO TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA

 Fornecer oxigênio suplementar:Nos estágios iniciais do choque, é administrada suplementação de oxigênio por
cânula nasal (2 a 6 ℓ /min) para alcançar uma saturação de oxigênio superior a 90%. O monitoramento da
gasometria arterial, da oximetria de pulso e do esforço ventilatório ajuda a determinar se o cliente necessita de
um método de administração de oxigênio mais agressivo (incluindo ventilação mecânica).
 Controlar a dor torácica: Sulfato de morfina IV Se um cliente se queixar de dor torácica, é administrada morfina IV
para o alívio da dor. Além de aliviar a dor, a morfina dilata os vasos sanguíneos. Isso reduz o esforço cardíaco por
meio da diminuição da pressão de enchimento cardíaco (pré-carga) e da redução da pressão contra a qual o
músculo cardíaco precisa ejetar sangue (pós-carga). A morfina também alivia a ansiedade do cliente.
 Fornecer o suporte de líquido selecionado
 Administrar os medicamentos vasoativos: - Administração de medicamentos vasoativos (restaurar e manter o
débito cardíaco adequado: DOPAMINA, DOBUTAMINA e NITROCLICERINA). No choque cardiogênico coronário, os
objetivos da terapia com medicamento vasoativo são melhorar a contratilidade cardíaca, diminuir a pré-carga e a
pós-carga ou estabilizar a freqüência cardíaca.
 Controlar a frequência cardíaca com medicamentos ou implementando um marcapasso trans torácico ou IV
 Implementar o suporte cardíaco mecânico (terapia de contra pulsação por balão intra- órtico, sistemas de
assistências ventricular ou by-pass cardiopulmonar extra corpóreo

Drogas utilizadas

 DOBUTAMINA: catecolamina sintética com inotropismo sem alterar o cronotropismo. Promove aumento do fluxo
urinário através da melhora do débito cardíaco. Por não ativar receptor alfa l não mantém a pressão arterial,
podendo inclusive reduzir a pressão diastólica, o que exige a sua suspensão se o paciente se tomar hipotenso. A
dose é de 2,5- 10 ug/kg/min, e as características farmacocinéticas são semelhantes as da dopamina.
 DOPAMINA: catecolamina ativadora de receptores alfa l, beta l e dopaminérgicos. Determina vasoconstrição nos
órgãos não vitais e dilatação do leito renal e coronariano, além de atividade inotrôpica positiva sem atividade
cronotrópica. Estes efeitos seletivos são dose dependente, isto é, de 2-5 ug/kg/min há aumento do fluxo
sanguíneo renal e coronariano e de 5-10 ug/kg/min inotropismo. Doses maiores aumentam a freqüência cardíaca
e contraem os vasos renais.
 NORADRENALINA: Catecolamina natural com potente efeito constritor venoso e arterial (alfa dependente) e
modesto efeito inotrópico positivo (beta1 dependente) . A noradrenalina aumenta, predominantemente, a
pressão arterial pela elevação da resistência vascular sistêmica e pode não melhorar, ou até diminuir, o débito
cardíaco, Pode ser útil no choque cardiogênico por infarto agudo do miocárdio, porque aumenta a pressão na raiz
da aorta, melhorando a perfusão coronária.

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CHOQUE CIRCULATÓ RIO

O choque circulatório, também denominado choque distributivo, ocorre quando o volume intravascular fica
represado nos vasos sanguíneos periféricos. Essedeslocamento anormal do volume intravascular causa hipovolemia
relativa, pois não há retorno de sangue suficiente para o coração, o que leva à perfusão tissular inadequada. A capacidade
de contração dos vasos sanguíneos ajuda no retorno do sangue para o coração. O tônus vascular é determinado pelos
mecanismos regulatórios centrais, como na regulação da PA, e pelos mecanismos regulatórios centrais, como nas
demandas teciduais de oxigênio e nutrientes. Portanto, o choque circulatório pode ser causado por perda do tônus
simpático ou pela liberação de mediadores bioquímicos das células, que causam vasodilatação.

Os mecanismos variados que levam à vasodilatação inicial no choque circulatório fornecem a base para a
subclassificação adicional do choque em três tipos: séptico, neurogênico e anafilático. Estes subtipos de choque
circulatório causam variações na cadeia fisiopatológica de eventos e são explicados separadamente aqui. Em todos os tipos
de choque circulatório, a dilatação arterial e venosa maciça promove “represamento” periférico do sangue.

A dilatação arterial reduz a resistência vascular sistêmica. Inicialmente, o débito cardíaco pode estar alto, por causa
da redução da póscarga (resistência vascular sistêmica) e do aumento do esforço do músculo cardíaco para manter a
perfusão, apesar da vasculatura incompetente. O “represamento” do sangue na periferia resulta em diminuição do
retorno venoso, a qual leva à redução do volume sistólico e do débito cardíaco. A diminuição do débito cardíaco, por sua
vez, provoca queda da PA e, por fim, redução da perfusão tissular.

CHOQUE SÉ PTICO
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ELABORADOS PELO CONSENSO DE ESPECIALISTAS

 bacteremia: é a presença de bactéria viável na corrente sanguínea.


 infecção: trata-se da resposta inflamatória decorrente da presença de um agente microbiano ou da detecção
deste em tecidos estéreis.
 sepse: sepse: disfunção orgânica com perigo a vida causada por uma resposta desregulada a infecção; todos os
casos de sepse devem ser considerados como doença grave, de forma que a expressão “sepse grave” deve ser
abolida
 definição clínica infecção suspeita ou documentada, acompanhada de um aumento agudo de 2 ou mais pontos no
escore sofa;
 choque séptico: pacientes que apresentam acentuadas anormalidades circulatórias, celulares e metabólicas e
associadas com maior risco de morte do que a sepse isoladamente

1
DEFINIÇÃ O CLÍNICA:

 ”Choque séptico passou a ser definido como presença de hipotensão com necessidade de vasopressores para
manter pressão arterial média ≥ 65mmHg associada a lactato ≥ 2mmol/L, após adequada ressuscitação volêmica.(
hiperlactatemia é um componente necessário, se disponível, para a definição de choque septico)
 SÍNDROME DA DISFUNÇÃO ÓRGÂNICA: disfunção orgânica para preenchimento do critério de sepse o aumento
em 2 pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) como consequência da infecção.

Importante!!!!!

A presença dos critérios da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS)não é mais necessária para a definição.

“quick SOFA” (qSOFA). Trata-se de uma ferramenta a ser utilizada a beira do leito para identificar rapidamente pacientes
adultos com maior probabilidade deter desfechos clínicos desfavoráveis, se eles apresentarem infecção.

Assim, trata-se de uma ferramenta apenas para triagem, que procura identificar pacientes graves, e que não deve ser
utilizada para definição de sepse. O qSOFA fornece um alarme que significa “não perca tempo, se você ainda não fez nada,
por favor aja agora com rapidez”.

Ele é positivo quando o paciente apresenta pelo menos dois dos critérios clínicos a seguir:

 Frequência respiratória > 22/incursões por minuto


 Alteração do nível de consciência (escore segundo a Escala de Coma de Glasgow inferior a 15)
 Pressão arterial sistólica de < 100mmHg

NÃO MAIS SE USA SEPSE “GRAVE”, MAS APENAS “SEPSE”. SEPSE É SEMPRE GRAVE.

1
SOFA ESCORE NA AVALIAÇÃ O DA INCIDÊ NCIA DE DISFUNÇÃ O ORGÂ NICA
SOFA ESCORE 0 1 2 3 4
RESPIRAÇÃO
PaO2/FiO2 >400 <400 <300 <200 <100
A)
COAGULAÇÃO
PLAQUETAS >150 <150 <100 <50 <20
10³/mm
DOPAMINA >15
DOPAMINA>5 OU
OU EPINEFRINA
HIPOTENSÃO DOPAMINA≤5 OU EPINEFRINA≤ 0,1
>0,1
CARDIOVASCULAR PAM >70 PAM <70 DOBUTAMINA OU
OU
B) QUALQUER DOSE NOREPINEFRINA
NOREPINEFRINA
≤0,1
>0,1
FÍGADO
BILIRRUBINA <1.2 1.2-1.9 2.0-5.9 6.0-11.9 >12.0
MG/DL
SNC
ESCALA DE >14 13-14 10-12 6-9 <6
COMA
DE GLASGOW
RENAL
CREATININA OU <1.2 1.2-1.9 2.0-3.4 3.5-4.9 <500 >5OU <200
DÉBITO URINÁRIO
A) COM SUPORTE VENTILATÓRIO B) AGENTES ADRENÉRGICOS ADMINISTRADOS POR PELO MENOS 1 HORA
(DOSES EM G/KG/MIN)

FASES DO CHOQUE SÉ PTICO

 Débito cardíaco alto com vasodilatação sistêmica


 Pa dentro dos limites normais ou paciente pode estar hipotenso,mas responsivo
aos líquidos
 Taquicardia
HIPERDINÂMICA  Hipertermia com a pele ruborizada e quente
 Freqüência respiratória elevada
 Débito urinário pode permanecer normal ou diminuir
 Glicose sérica e a resistência a insulina aumentada
 Náuseas, vômitos e diarreias podem estarpresente
 O sistema cardiovascular começa a falhar
 Pa não responde aos agentes vasoativos e áreanimação com líquidos
 Sinais de lesão em órgãos são visíveis(insuficiência renal,hepática e pulmonar)
 Pele fria a pálida
HIPODINÂMICO  Temperatura normal ou abaixo do normal
 Freqüência cardíaca permanece rápida
 Freqüência respiratória permanece rápida
 Diurese ausente

1
MANIFESTAÇÕ ES DE HIPOPERFUSÃ O

Sistema nervoso central: Alteração do nível de consciência ,quadro confusionais ,agitação e etc.
Sistema cardiocirculatório Hipotensão arterial, tempo de enchimento capilar lentificado,extremidades frias ,
elevação dos níveis de lactato (> 2 mmol/l)
Pele Pele pegajosa, fria, livedo reticular e etc.
Sistema digestório/fígado Estase, hipomotilidade ,elevação de enzimas hepáticas ,alteração da
funçãohepática
Rins Oligúria (débito urinário < 0,5ml/kg/h) por mais de duas horas consecutivas, elevação de
escórias nitrogenadas, lesão renal aguda, necrose tubular aguda
Sistema hematológico
Plaquetopenia, alargamento dos tempos de coagulação ,tendências á diástese
hemorrágicas e etc
(Segundo: M. Herlon. Emergências clínicas: Sepse na Emergência; pag. 99)

TRATAMENTO

PACOTE DE CUIDADOS DAS 3 HORAS

O primeiro pacote deve ser implementado nas primeiras três horas, incluindo coleta de lactato sérico e de hemocultura,
antes da administração de antibioticoterapia, seguido da administração de antibióticos de amploespectro e da
administração de cristaloides para reposição volêmica em pacientes hipotensos ou com lactato aumentado

PACOTE RESSUSCITAÇÃO (PRIMEIRAS 6 HORAS)

Trata-se da adequada ressuscitação durante as seis horas iniciais, quando frequentemente o paciente
apresenta hipotensão e lactato aumentado.
Metas:
 Pressão venosa central (PVC): 8 a 12 mmHg
 PAM ≥ 65mmHg
 débito urinário ≥ 0,5 mL/Kg/h
 Saturação venosa mista (Svo²) > 70%
 Hematócritos < 30% recomenda-se a transfusão sanguínea (concentrado de Hemácias)
 Reposição volêmica com colóide ou cristalóide.iniciar com 100ml de cristalóide ou 300ml- 500ml de colóide,
durante a reposição monitorar a PVC cuja a meta é de 8-12mmHg.
 Vasopressores: o uso de vasopressores tem como objetivo restaurar a perfusão tecidual e manter um
fluxo sanguíneo adequado as tecidos.tendo como parâmetro a PAM.

1ª escolha: Noradrenalina ou Dopamina

2ª escolha;epinefrina,fenilepinefrina e vasopressina

1
Caso a Svo² não alcançar os avanços necessários, o uso de Dobutamina é necessário, nessa fase é importante a
mensuração do lactato sérico (VALOR: 0,7 – 2,3 mmol/L) (sangue arterial), essencial para o diagnóstico de sepse grave, por
ser um marcador de hipoperfusão tecidual. (Segundo. Renata; W. Iveth. 2011, p. 424)

FASE DE MANUTENÇÃ O (PRIMEIRAS 24 HORAS)

 Controlar Rigorosamente a glicemia capilar: manter <150mg/dL, pacientes hiperglicêmicos devem receber
insulina endovenosa contínua, com controle de glicemia capilar no máximo 2 horas.
 Utilização de baixas doses de corticosteroides: trabalhos publicados recentemente demonstraram que baixas
doses reduziram o risco de morte em pacientes com choque séptico que desenvolveram insuficiência Adrenal.
 Instituir estratégia ventilatória protetora: utilizar ventilação mecânica com 6mL/Kg de volume corrente quando o
paciente está em SARA e a uma pressão de platô inferior a 30 cm H²o
 Utilizar Drotrecogina Alfa (ativada): (antitrombótico, anti-inflamatório e pró-fibrinolítico) é indicada para
pacientes com disfunções múltiplas de órgãos, induzida pela sepse, com alto risco de mortalidade.

CONTRAINDICAÇÕ ES:
 sangramento interno ativo
 Acidente vascular cerebral hemorrágico recente
 Cirurgia intracraniana
 traumatismo craniano
 Inotrópicos: Administração de Dobutamina em pacientes com disfunção miocárdica costuma apresentar bons
resultados quando em baixo débito cardíaco.
 Hemocomponentes : Hemoglobina <7g/dL a transfusãodehemácias énecessária para aumentar a oferta de
oxigênio aos tecidos.
 Sedação e analgesia: redução diária de sedação, diminui a incidência de Pneumonia associada a ventilação
mecânica (PAVm)
 Profilaxia de tromboembolismo venoso (TVP): Administração de heparina não fracionada de 2-3 vezes ao dia a
não ser que haja distúrbios de coagulação.

RECOMENDAÇÕ ES SURVIVING SEPSIS 2018


A mudança mais importante na revisão é que os pacotes de 3h e 6h foram combinados em um único de “1 hora” com a
intenção clara de iniciar as etapas da abordagem o mais rápido possível

PACOTE DE 1 HORA

 Medir o nível de lactato. Medir novamente se lactato inicial maior que 2 mmol/L
 Obter hemoculturas antes de iniciar antibioticos
 Iniciar antibioticos de amplo espectro
 Ressuscitação volemica com 30 ml/Kg de cristaloide para hipotensão ou lactato >4 mmol/L
 Iniciar vasopressores se paciente hipotenso durante ou após ressuscitação volêmica para manter PAM >65 mmHg

1
MEDIR O NÍVEL DE LACTATO
Aumentos no nível sérico de lactato podem refletir a hipóxia tecidual, aceleração da glicólise aeróbica causada pelo excesso
de estimulação beta-adrenérgica ou outras causas associadas a piores desfechos.

Se o lactato inicial estiver elevado (> 2 mmol/L), ele deve ser medido novamente dentro de 2 a 4 horas para guiar a
ressuscitação para normalizar o lactato em pacientes com níveis elevados de lactato como um marcador de hipoperfusão
tecidual.

OBTER HEMOCULTURAS ANTES DOS ANTIBIÓ TICOS


A coleta de hemoculturas é um passo chave na abordagem da sepse. Deve ser feita antes da administração dos
antibióticos, tendo em vista que a esterilização de culturas pode ocorrer em poucos minutos da primeira dose de um
antimicrobiano apropriado. Devem ser colhidos pelo menos dois conjuntos (aeróbico e anaeróbico). É importante ressaltar
que a administração de antibioticoterapia adequada não deve ser retardada para obter hemoculturas.

ADMINISTRAR ANTIBIÓ TICOS DE AMPLO ESPECTRO


Deve-se iniciar terapia empírica de amplo espectro com um ou mais antimicrobianos intravenosos para cobrir todos os
patógenos prováveis deve ser iniciada imediatamente. Após a identificação da sensibilidade dos patógenos, os antibióticos
podem ser descalonados (por isso, a hemocultura é passo chave).

ADMINISTRAR FLUIDO INTRAVENOSO


A ressuscitação volêmica precoce e eficaz é crucial para a estabilização da hipoperfusão tecidual induzida pela sepse ou
choque séptico. Deve-se começar imediatamenteapós oreconhecimento deum paciente com sepsee/ou hipotensão
elactato elevado, e completado dentro de 3 horas de reconhecimento. A terapia de escolha a princípio é com solução
cristaloide, tendo em vista ausência de qualquer benefício claro após a administração de coloide comparado com soluções
cristaloides nos subgrupos combinados de sepse (sem contar que albumina é muito cara).

APLIQUE VASOPRESSORES
Se a pressão arterial não for restabelecida após a ressuscitação fluídica inicial, os vasopressores devem ser iniciados dentro
da primeira hora para atingir a pressão arterial média (PAM) de ≥ 65 mmHg. Esta é uma das principais mudanças nos
pacotes, pois anteriormente os vasopressores entravam apenas no pacote de 6h. Porém, a restauração urgente de uma
pressão de perfusão adequada para os órgãos vitais é uma parte fundamental da ressuscitação. Isso não deve ser
atrasado.

TERAPIA NUTRICIONAL:

A suplementação nutricional deverá ser iniciada dentro das primeiras 24 horas depois da admissão na UTI. As alimentações
enterais são preferidas á via parenteral por causa do risco de infecção iatrogênica associada aos cateteres

CHOQUE NEUROGÊ NICO

O choque neurogênico culmina na má perfusão tecidual pela perda súbita do tônus vascular. Tônus vascular é um estado
de ligeira contração mantido nos vasos sanguíneos pelo sistema nervoso autônomo, e é crucial para a manutenção da PA e
da PEC. A perda desse tônus de forma sistêmica causa dilatação das arteríolas - diminuição da RVP -, e das vênulas -
diminuindo o retorno venoso. Esse desequilíbrio hemodinâmico causa o choque, semelhante ao anafilático e ao séptico.

1
O choque neurogênico ocorre devido à injúria no centro vasomotor no sistema nervoso central. Tal injúria pode ser
proveniente de anestesia geral profunda (por excessiva depressão do centro vasomotor), uso de drogas ou fármacos que
deprimem o sistema nervoso central, anestesia espinhal (por bloqueio da descarga simpática acima da medula espinhal)
ou por lesão cerebral difusa que cause paralisia vasomotora (MARSON et al., 1998).

ETIOLOGIA
Perda de controle autonômico por:

 Lesões medulares
 Trauma Raquimedular
 Traumatismo Craniano
 Anestesia regional
 Lesão do sistema nervoso
 Uso de drogas e ainda, estados de hipoglicemia
 Efeito depressor de medicamento

MANIFESTAÇÕ ES CLÍNICAS
No choque neurogênico, o sistema simpático não é capaz de responder aos estressores corporais. Portanto, as
características clínicas do choque neurogênico são os sinais de estimulação parassimpática:

 Alerta, orientado e lúcido, porém sem reflexos


 Arreflexia (paralisia)
 Enchimento capilar - Normal
 Coloração da pele - Rosada
 Pele seca e quente em lugar de pele úmida e fria
 Hipotensão
 Bradicardia

TRATAMENTO
O tratamento consiste restaurar o tônus simpático,quer através da estabilização de uma lesão requimedular,quer no caso
da anestesia espinhal,através do posicionamento apropriado do paciente.

ASSISTÊ NCIA DE ENFERMAGEM


 Manter cabeceira elevada a pelo menos 30°, quando o paciente recebe uma anestesia espinhal ou epidural.
 Na suspeita de lesão requimedular o choque pode ser evitado imobilizando-se cuidadosamente o paciente
para evitar também o comprometimento da medulaespinhal.
 Aplicar meias de compressão elástica e elevar os pés no leito.

1
CHOQUE ANAFILÁ TICO

É uma resposta sistêmica a uma reação de hipersensibilidade. Ocorre após exposição a uma substância a que a
pessoa é extremamente sensível. vasodilatação disseminada causada pela liberação de substancias decorrentes de uma
crise alérgica (histamina e bradicinina)desencadeada por reações mediadas pela imunoglobulinas-E (IgE)

Pode ocorrer após injeção de vacinas, drogas, penicilinas, ferrão de abelha e substâncias que contenham iodo, usadas
como meio de contraste para exames radiológicos, pode surgir em minutos e ser fatal O choque anafilático e considerado
distributivo, secundário a modifcação do tônus vascular. Possui também importante componente hipovolêmico,
caracterizado pelo aumento da permeabilidade vascular com extravasamento de liquido para o terceiro espaço, ativação
do sistema renina-angiotensina e liberação de catecolaminas, com efeitos clínicos variáveis. Alguns pacientes exibem
elevações anormais da resistência

MANIFESTAÇÕ ES CLÍNICAS
A anafilaxia apresenta três características de definição

 Início agudo dos sintomas


 Dois ou mais sintomas, que incluem comprometimento respiratório, redução da PA, desconforto GI e irritação
de tecido cutâneo ou mucoso
 Comprometimento cardiovascular desde minutos até horas após a exposição ao antígeno.
 Edema e prurido nos olhos, ouvidos, espirros e ansiedade. Em segundos pode ocorrer: edema de face, mãos e
outras partes do corpo.
 Dificuldade respiratória;
 Cianose;
 Edema de laringe;
 Náuseas, vômitos;
 Dor abdominal;
 Diarréia;
 Taquicardia ou bradicardia;
 Queda da pressão sanguínea;
 Palidez;
 Perda da consciência.
 Em casos extremos a morte pode ocorrer 5 à 10 minutos, após o surgimento da reação.

TRATAMENTO
O tratamento requer a remoção imediata do antígeno, a administração de medicamentos restauram o tônus vascular e o
fornecimento do suportede emergência dasfunções básicas de vida.

 Epinefrina: é administrada por sua ação vasoconstritora;


 A difenidramina: é administrada para reverter os efeitos da histamina,reduzindo a permeabilidade dos vasos
 Albuterol: reverter os broncoespasmos induzido pela histamina

1
Questõ es
1. ( IFB - 2017 - IFB - Professor - Enfermagem Segurança do Trabalho) Assinale a opção que preenche corretamente
a lacuna do texto abaixo. O ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da
perda de sangue, de plasma ou de água perdida em diarreia e vômito.
a) Choque hipovolêmico.
b) Choque anafilático.
c) Choque cardiogênico.
d) Choque séptico.
e) Choque neurogênico.

2. (IBGP - 2017 - CISSUL - MG – Enfermeiro) Uma equipe de Suporte Avançado de Vida do SAMU está atendendo uma
vítima de mergulho em águas rasas com traumatismo raquimedular e com quadro de choque neurogênico, dos
achados semiológicos abaixo. Assinale aquele achado que MELHOR caracteriza o quadro e permite a diferenciação
clínica dos demais tipos de choque.
a) Taquicardia.
b) Pele fria e úmida.
c) Bradicardia.
d) Hipotensão.

3. (FEPESE - 2017 - SES-SC – Enfermeiro) O choque pode ter várias classificações. Assim, segundo a etiologia, é
chamado de distributivo, obstrutivo, cardiogênico e hipovolêmico. Relacione as colunas abaixo:

COLUNA 1 CHOQUE COLUNA 2 DESCRIÇÃO

( ) É caracterizado pela falência do coração como bomba cardíaca, pela diminuição da força de
1. CHOQUE
contração, diminuição do débito cardíaco e aumento da pressão venosa central, gerando a má
DISTRIBUTIVO
perfusão tecidual.

2. CHOQUE ( ) Ocorre devido à alteração da tonicidade da parede do vaso, provocando seu relaxamento,
OBSTRUTIVO levando à hipotensão.

3. CHOQUE ( ) O pneumotórax hipertensivo, o tromboembolismo pulmonar e a dissecção da aorta são


CARDIOGÊNICO fatores que predispõem e levam à queda do débito cardíaco.

4. CHOQUE
( ) Pode ocorrer por diarreia de difícil controle, poliúria, queimaduras extensas e desidratação.
HIPOVOLÊMICO

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

a) 2 • 1 • 3 • 4
b) 2 • 4 • 3 • 1
c) 3 • 1 • 2 • 4
d) 3 • 2 • 1 • 4
e) 4 • 3 • 2 • 1

1
4. (CESPE - 2018 - EBSERH - Enfermeiro - Terapia Intensiva Pediátrica)Tendo em vista que choque é a situação clínica
resultante do desequilíbrio entre a oferta de oxigênio e nutrientes e a demanda metabólica dos tecidos, julgue o
próximo item, relativo a esse assunto. O choque hipovolêmico caracteriza-se por volume intravascular insuficiente
relativamente ao espaço vascular. Os sinais clínicos desse tipo de choque são: bradicardia, pressão arterial normal
(choque compensado) ou diminuída (choque descompensado), aumento da pressão de pulso, pulsos finos, tempo
de enchimento capilar prolongado (> 2 s), pele fria, pálida ou marmórea; diaforese; alteração do estado mental e
oliguria.

a) Certo
b) Errado

5. (NUCEPE - 2019 - FMS – Enfermeiro) O choque cardiogênico ocorre, quando a capacidade do coração de contrair e
bombear o sangue está comprometida e o suprimento do oxigênio é inadequado para o coração e os tecidos. O
enfermeiro precisa conhecer a fisiopatologia do choque para melhor planejar o seu cuidado. Fazem parte os
eventos, EXCETO:
a) Diminuição da contratilidade cardíaca.
b) Diminuição do volume sistólico e do débito cardíaco.
c) Congestão pulmonar.
d) Diminuição da perfusão coronariana.
e) Aumento da perfusão tissular sistêmica.

6. (AOCP - 2018 - Prefeitura de Belém - PA – Enfermeiro)O objetivo primário no tratamento deste tipo de choque
consiste em melhorar a função miocárdica. As arritmias devem ser tratadas prontamente. É necessário ser
cauteloso ao iniciar volume e a dobutamina pode ser usada. Esse tratamento refere-se a qual tipo de choque?
a) Choque anafilático.
b) Choque hipovolêmico.
c) Choque distributivo.
d) Choque obstrutivo.
e) Choque cardiogênico.

7. (UFLA - 2018 - UFLA – Enfermeiro) De acordo com Smeltzer e Bare (2011), o choque hipovolêmico consiste em um
conjunto de sintomas provocados por uma diminuição aguda do volume de sangue intravascular a tal nível que
não é possível manter a perfusão tissular, ou seja, a quantidade de sangue dentro do sistema vascular é
insuficiente para manter um fluxo de sangue adequado ao abastecimento nutricional e de oxigênio das células.
Diante do exposto, marque a alternativa que apresenta os sinais e sintomas mais característicos do início de um
quadro de choque hipovolêmico.
a) Palidez cutânea, aumento da frequência respiratória, aumento da frequência cardíaca e diminuição do
débito urinário.
b) Diminuição da frequência cardíaca, aumento da frequência respiratória, aumento do débito urinário e pele fria.
c) Aumento do débito urinário, hipotensão, palidez cutânea e aumento da frequência cardíaca.
d) Diminuição da frequência respiratória, pele fria, hipotensão e palidez cutânea.

2
8. (IADES - 2019 - AL-GO - Enfermeiro do Trabalho) É atribuição do Enfermeiro conhecer as características do choque
hipovolêmico associado à perda sanguínea e saber classificá-las. Qual é a porcentagem de perda de volume
circulante que ainda mantém os sintomas clínicos óbvios em pacientes saudáveis?
a) Mais de 40%
b) 16 a 30%
c) 28%
d) 35%
e) 15%

9. (CESPE - 2018 - EBSERH - Enfermeiro - Terapia Intensiva Pediátrica) Tendo em vista que choque é a situação clínica
resultante do desequilíbrio entre a oferta de oxigênio e nutrientes e a demanda metabólica dos tecidos, julgue o
próximo item, relativo a esse assunto. A vítima de choque anafilático apresenta vasodilatação sistêmica, aumento
da permeabilidade capilar com hipovolemia relativa e vasoconstricção pulmonar. Nesse caso, os sinais e sintomas
incluem agitação, náuseas e vômitos, urticária, angioedema, desconforto respiratório com estridor ou sibilos,
hipertensão e bradicardia.
a) Certo
b) Errado

10. (CESPE - 2018 - EBSERH - Enfermeiro - Terapia Intensiva) Com referência ao choque séptico, julgue o item que se
segue. O escore qSOFA tem os seguintes componentes: rebaixamento de nível de consciência, frequência
respiratória igual ou superior a 22 irpm e pressão arterial sistólica inferior a 100 mmHg.
a) Certo
b) Errado

11. (IBADE - 2017 - IABAS - Enfermeiro I – Plantonista) Paciente deu entrada no serviço de emergência com sinais de
choque. Estava lúcido e orientado, apresentando arreflexia, pele rosada e seca, pressão arterial = 100x60 mmHg,
frequência cardíaca = 50 bpm e enchimento capilar < 2 segundos. Esses sinais e sintomas são sugestivos do
seguinte tipo de choque:
a) neurogênico.
b) anafilático.
c) cardiogênico.
d) hipovolêmico.
e) séptico.

12. (COTEC - 2019 - CISRUN - MG – Enfermeiro) O choque hipovolêmico, também conhecido como choque
hemorrágico, acontece quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração deixe de ser
capaz de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos do corpo
e colocando a vida em risco. São sinais e sintomas do choque:
a) Frequência cardíaca menor do que 100 bpm.
b) Enchimento capilar menor do que 2 segundos.
c) Pressão arterial sistólica menor que 90 mmHg.

2
d) Frequência respiratória menor do que 10 irpm.
e) Pele pálida, quente e com sudorese intensa.

13. (CONSULPAM - 2019 - Prefeitura de Quadra - SP – Enfermeiro) Paciente em atendimento pré-hospitalar por
Equipe do SAMU, é diagnosticado com choque hipovolêmico classe II. De acordo com esta classificação, marque a
alternativa correta, de acordo com os parâmetros para a mesma:
a) Quantidade de sangue perdido < 750 mL (< 15%); Frequência cardíaca < 100 bpm; Frequência ventilatória 14-20;
PA arterial normal; SNC/estado mental ansiedade discreta.
b) Quantidade de sangue perdido 1500-2000mL (30- 40%); Frequência cardíaca 120-140 bpm; Frequência
ventilatória 30-40; PA arterial diminuída; SNC/estado mental ansiedade, confusão.
c) Quantidade de sangue perdido 750-1500mL (15- 30%); Frequência cardíaca 100-120 bpm; Frequência ventilatória
20-30; PA arterial normal; SNC/estado mental ansiedade leve.
d) Quantidade de sangue perdido > 2000mL (> 40%); Frequência cardíaca > 140 bpm; Frequência ventilatória >35;
PA arterial diminuída; SNC/estado mental confusão, letargia.

14. (UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2018 - UFAL – Enfermeiro) JLC, 34 anos, sexo masculino, vítima de trauma provocado
por arma de fogo na região abdominal. Levado para a Unidade de Saúde da Família, necessita do primeiro
atendimento para, então, ser transportado até a unidade de referência. Ao exame físico, o enfermeiro detectou
que os ferimentos de JLC podem representar risco de ocorrência de choque hipovolêmico, uma vez que o
sangramento pode estar oculto numa avaliação inicial. Sabe-se que esse tipo de choque requer cuidados
imediatos, os quais o enfermeiro precisa ter em mente para atendimento. São sinais de choque hipovolêmico:
a) taquicardia, cianose, pele fria e úmida.
b) bradicardia, pele rosada, seca e quente.
c) taquicardia, enchimento capilar preservado e cianose.
d) pele seca, hipertensão e enchimento capilar preservado.
e) bradicardia, hipotensão e enchimento capilar preservado.

15. (FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN – Enfermeiro) O choque é uma condição clínica que pode ser definida
como uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório fornecer oxigênio e nutrientes aos
tecidos, de forma a atender as suas necessidades metabólicas. Os tipos de choque classificados como distributivos
são:
a) séptico e cardiogênico.
b) anafilático e hipovolêmico.
c) anafilático, séptico e neurogênico.
d) anafilático, séptico e cardiogênico.

2
16. (CESPE - 2018 - EBSERH - Enfermeiro - Área: Urgência e Emergência) Acerca do choque e da reposição volêmica,
julgue o item que se segue. Na classificação do choque hipovolêmico, a classe IV aplica-se a vítimas que
apresentem perda sanguínea de 750 mL a 1.500 mL e frequência cardíaca de 100 bpm a 120 bpm.
a) Certo
b) Errado

17. (IF-TO Prova: IF-TO - 2019 - IF-TO - Técnico em Enfermagem) O choque é uma condição com risco de vida em razão
das diversas causas subjacentes. Caracteriza-se pela perfusão tissular inadequada que, quando não tratada,
resulta em morte celular. O choque pode ser classificado por etiologia e pode ser descrito como: choque
hipovolêmico, choque cardiogênico, choque circulatório ou distributivo e choque obstrutivo. Para facilitar a
análise dos sinais e sintomas, o choque é separado por estágios: compensatório, progressivo e irreversível. São
sinais e sintomas do choque no estágio progressivo:
a) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (>150 bpm); respirações rápidas e superficiais; estertores;
ausência de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; consciente; com acidose metabólica.
b) Pressão sistólica (>80-90 mmHg); batimentos cardíacos (<150 bpm); respirações rápidas e superficiais; estertores;
presença de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; letárgico e com acidose metabólica.
c) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (>150 bpm); respiração normal; sem estertores; presença
de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; letárgico e com acidose metabólica.
d) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (<150 bpm); respirações rápidas e superficiais; estertores;
ausência de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; letárgico e com acidose metabólica.
e) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (>150 bpm); respirações rápidas e superficiais; estertores;
presença de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; letárgico e com acidose metabólica.

18. (COSEAC- UFF 2018) Em relação ao choque hipovolêmico, avalie se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas
a seguir:
I Quando 30% do volume circulante é perdido, os pacientes geralmente começam a apresentar os sinais iniciais do
choque: bradicardia, hipotensão e ansiedade.
II Perda sanguínea excedendo 40% do volume total circulante do corpo ameaça a vida de maneira imediata e se
manifesta como um paciente mentalmente alterado, hipotenso e oligúrico.
III Uma advertência importante sobre o choque é que a pressão sanguínea e a frequência cardíaca podem ser
indicadores pouco confiáveis em pacientes que recebem betabloqueadores.

As afirmativas I, II e III são, respectivamente:


a) V, F e F.
b) F, V e F.
c) V, V e F.
d) F, V e V.
e) V, V e V.

2
19. (UFF-COREMU-2019) Com relação ao choque, é correto afirmar que:
a) No choque hipovolêmico, ocorrem distúrbios que causam obstrução mecânica ao fluxo sanguíneo através
do sistema circulatório central.
b) No choque distributivo, ocorre perfusão e oxigenação inadequadas aos órgãos e tecidos, graças à falência da
bomba cardíaca por uma disfunção miocárdica.
c) No choque obstrutivo, ocorre a redução absoluta e geralmente súbita do volume sanguíneo circulante em
relação a capacidade do sistema vascular.
d) No choque séptico, ocorre a fase hiperdinâmica ou "quente" em que o paciente fica hipertérmico, com
pele quente e avermelhada, aumentando as frequências cardíaca e respiratória.

20. (RESIDÊNCIA ENFERMAGEM- UERJ- 2019) O choque é uma síndrome em que observa-se desequilíbrio entre a
oferta e o consumo do oxigênio tecidual e celular, podendo ser classificado de acordo com seu padrão
hemodinâmico. Partindo dessa premissa, a correlação entre classificação e causa que está correta é:
a) distributivo – hipotireoidismo
b) distributivo – lesões valvares
c) cardiogênico – hipertireoidismo
d) cardiogênico – pneumotórax hipertensivo

21. (CONSULPLAN- 2018- ENFERMEIRO) O Ministério da Saúde lançou, em 2016, um Protocolos de Suporte Básico de
Vida. De acordo com estes, marque a alternativa que apresenta dois sinais e sintomas de choque:
a) Pressão arterial aumentada (PAS≥90mmHg) e nível de consciência alterado.
b) Enchimento capilar < 2s e frequência cardíaca diminuída.
c) Frequência respiratória alterada (< 8 ou > 28 mrm) e Coloração pele Pálida ou cianótica.
d) Temperatura da pele aumentada e Enchimento capilar > 2 seg.

2
Gabarito
1. A 2. C 3. C
4. B 5. E 6. E
7. A 8. E 9. B
10. A 11. A 12. C
13. C 14. A 15. C
16. B 17. E 18. D
19. C 20. A 21. D

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