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CHOQUE

M.V. Denise Cristina Lopes de Macedo


Especializada em Patologia Geral e Clínica
CHOQUE
 ETIMOLOGIA
 do francês “Choc”: parada
cirurgião francês Le Dran em 1737  forte impacto por armas de
fogo
 do inglês “Shock”: parada
médico inglês Clarke em 1743- ’ súbita deterioração das
condições clínicas do paciente após um grande trauma '
 scoc: sacudida
CHOQUE
 ETIMOLOGIA
 CHOQUE CIRCULATÓRIO

 Choque é a via final comum de diversos


eventos clínicos potencialmente fatais, tais
como hemorragia grave, traumas ou
queimaduras extensas, embolia pulmonar
maciça ou septicemia. “
(Robbins- Patologia Básica- 8ª ed.)
CHOQUE
CHOQUE
 ETIMOLOGIA
 CHOQUE CIRCULATÓRIO
 CONCEITO
 O choque circulatório é caracterizado pela incapacidade do sistema
circulatório fornecer oxigênio e nutrientes para suprir as necessidades
metabólicas dos tecidos.
 OU SEJA...
CHOQUE
 ETIMOLOGIA
 CHOQUE CIRCULATÓRIO
 CONCEITO
 Incapacidade do sistema circulatório em manter uma
perfusão adequada aos tecidos
 Desequilíbrio da relação entre metabolismo e
hemodinâmica.
 Caracterização:
 Hipotensão (nem todos os pacientes com hipotensão
encontram-se em estado de choque)
 Hipoperfusão- Sinais de perfusão tecidual inadequada
CHOQUE
 ETIMOLOGIA
 CHOQUE CIRCULATÓRIO
 PATOGÊNIA
CHOQUE
 ETIMOLOGIA
 CHOQUE CIRCULATÓRIO
 CAUSAS BÁSIAS
 Hipodinâmicos ( DC e  RVS)
 Diminuição da capacidade de bombear do coração
 Insuficiência
cardíaca
 Infarto agudo do miocárdio

 Diminuição do retorno venoso


 Diminuição do volume sanguíneo
 Vasodilatação generalizada principalmente venosa)
 Obstrução ao fluxo sanguíneo, prejudicando oretorno
venoso
CHOQUE
 ETIMOLOGIA
 CHOQUE CIRCULATÓRIO
 CAUSAS BÁSIAS
 Hipodinâmicos ( DC e  RVS)
 Alteração na distribuição sanguínea
 sepse, anafilaxia sistêmica, distúrbios neurogênicos
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 HIPOVOLÊMICO
 CARDIOGÊNICO
 OBSTRUTIVO
 DISTRIBUTIVO
 SÉPTICO
 NEUROGÊNICO
 ANAFILATICO
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue,
plasma ou líquidos extracelulares;
 CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica;
 CHOQUE OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do
fluxo sangüíneo.
 CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do
tônus vascular. Dividido em:
 CHOQUE NEUROGÊNICO;
 CHOQUE ANAFILÁTICO;
 CHOQUE SÉPTICO.
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 HIPOVOLÊMICO
 ↓ volume intravascular
 Ex: sangramento volumoso, perda líq. (diarréia,
vômito,queimadura extensa), pancreatite, peritonite,
pleurite
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 HIPOVOLÊMICO
 ↓ volume intravascular
 Ex: sangramento volumoso, perda líq. (diarréia,
vômito,queimadura extensa), pancreatite, peritonite,
pleurite
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 HIPOVOLÊMICO - PATOGÊNIA
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 CARDIOGÊNICO
 Limitação primária no desempenho cardíaco
 Ex: Insuficiência aguda do miocardio, miocardiopatia
dilatada, arritmia, regurgitação mitral aguda
HEMORRAGIA
 DEFINIÇÃO:
 B) Classificação e Nomenclatura :
 INTERNAS
 Hemorragias Cavitárias: Hemotórax, Hemoperitôneo,
Hemopericárdio
HEMORRAGIA
HEMORRAGIA
HEMORRAGIA
HEMORRAGIA
 Persistência do arco aórtico direito
HEMORRAGIA
 Persistência do arco aórtico direito
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 OBSTRUTIVO
 Bloqueio mecânico ao fluxo sg. na circulação pulmonar ou
sistêmica
 Ex: hipertensão pulmonar por embolia maciça, vôlvulo
intestinal.
GANGRENA
 .

Fonte: Imagem cedida – Dr Renato Dalcin Segala e Dr Raphael Grillo


CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 DISTRIBUTIVO
 Inadequação entre a demanda tecidual e a oferta de O2
 Ex:
 I. choque séptico,
 II.choque neurogênico
 III. Choque anafilatico
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 DISTRIBUTIVO
 I. CHOQUE SÉPTICO
 CONCEITOS
 Infecção: Resposta inflamatória tecidual à presença de microorganismo.
 Bacteremia: Presença de Bactéria no sangue.
 LPS (lipopolissacarídeos)
 Sepse: Resposta sistêmica à infecção.
 Choque séptico: Sepse com hipotensão
 Caracterização do Choque séptico humano: Temperatura: < 36 C
ou > 38 C , FC > 90 bat/min , FR > 22 , Leucócitos < 4000 (
leucopenia ) ou > 12000 ( leucocitose ).
CHOQUE
CHOQUE
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 DISTRIBUTIVO
 I. CHOQUE SÉPTICO
 PATOGÊNIA
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 DISTRIBUTIVO
 Inadequação entre a demanda tecidual e a oferta de O2
 Ex: choque séptico, choque neurogênico (TRM, TCE),
anafilaxia
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 DISTRIBUTIVO
 II. CHOQUE NEUROGÊNICO
 Pode ser induzido por trauma
 Trauma no SNC, eletrocussão, medo ou estresse
emocional
 DESCARGA AUTONÔMICA → VASODILATAÇÃO
PERIFÉRIA → ACÚMULO DE SANGUE VENOSO →
HIPOPERFUSÃO
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 DISTRIBUTIVO
 III. CHOQUE ANAFILÁTIO
 Hipersensibilidade do TIPO I generalizada
 Causas: exposição a insetos ou alérgenos de plantas, fármacos ou
vacinas
 A interação com uma substancia alérgena estimulante com
IMUNOGLOBULINA E –ligada aos mastócitos resulta em
degranulação e liberação de histamina e outros vasoativos
 VASODILATAÇÃO→AUMENTO DE PERMEABILIDADE VASCULAR
→ HIPERTENSÃO → HIPOPERFUSÃO TECIDUAL
CHOQUE
 CLASSIFICAÇÃO
 DISTRIBUTIVO
 III. CHOQUE ANAFILÁTIO
 CONCEITOS
CHOQUE
 DIAGNÓSTICO
 CLÍNICO
 Hipotensão arterial:
 Sinais e sintomas de hipoperfusão tecidual
 Hipotensão, taquicardia, palidez, sudorese, prostração, ansiedade,
oligúria, anúria
CHOQUE
 FASES DO CHOQUE
 1ª. Fase - NÃO PROGRESSIVA
 2ª. Fase - PROGRESSIVA
 3ª. Fase - IRREVERSÍVEL
CHOQUE
 FASES DO CHOQUE
 1ª. Fase - NÃO PROGRESSIVA
 precoce e reversível
 mecanismos compensatórios ainda estão intactos
 não há lesão tissular
 sistema circulatório preservado
CHOQUE
 FASES DO CHOQUE
 1ª. Fase - NÃO PROGRESSIVA
 precoce e reversível
 mecanismos compensatórios ainda estão intactos
 não há lesão tissular
 sistema circulatório preservado
CHOQUE
 FASES DO CHOQUE
 2ª. Fase - PROGRESSIVA
 inicia-se o desarranjo celular microvascular
 ainda possível a reversão do quadro
 existência de disfunção de um ou mais órgãos.
 necessidade de terapia
CHOQUE
2ª. Fase –
PROGRES-
SIVA
CHOQUE
 FASES DO CHOQUE
 3ª. Fase - IRREVERSÍVEL
 fase tardia
 lesões teciduais estabelecidas e a evolução para o
óbito é inevitável.
 alterações vasomotoras, interação endotélio-
neutrófilos, deformidade nos eritrócitos,
modificações na despolarização celular,
bradiarritmias e falência multiorgânica.
CHOQUE
 MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
 Reflexos barorrecpetores
 Estimulo simpático- (aumento de força de contração
miocárdica e vasoconstrição arteriolar – aumento da
resistência periférica vascular)

 Resposta isquêmica do SNC


 Estimulo simpático
CHOQUE
 MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
 Sistema renina-angiotensina-aldosterona
 Vasoconstrição
 Retenção de água e sódio

 Liberação de ADH
 Vasoconstrição
 Retenção renal de água
 Estimulo do centro da sede
CHOQUE
 MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
 1) Forma hiperdinâmica
 É encontrada no início do choque
 Quando não há transtorno na macrocirculação
 Na tentativa de compensar há taquicardia e retenção de
liquídos pelos rins
 Se a causa não for eliminada estes mecanismos se esgotam
e paciente inicia a forma hipodinâmica
CHOQUE
 MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
 2) Forma hipodinâmica
 1) Fase compensada
 Inicialmente queda da pressão arterial pela redução da volemia
 Adrenalina – vasoconstrição periferia (diminuição fluxo sanguíneo)
 Aumento da reabsorção de água - Edema Aumento do metabolismo
anaeróbio e queda do pH sanguíneo
 2) Fase descompensada
 Intensidade e duração da acidose são importantes no prognóstico
 Acidose paralisa a musculatura dos vasos arteriais – mais saida de
líquidos
 Hipovolemia se agrava e viscosidade sanguínea aumenta
 Hipoperfusão – falência multipla dos órgãos
CHOQUE
 LESÕES MORFOLÓGICAS
 FALÊNCIA MULTIPLA DOS ÓRGÃOS
 Coração
 Rins
 Pulmões
 Instestinos
 Fígado
 SNC
 Adrenais
CHOQUE
 LESÕES MORFOLÓGICAS
 COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA
 É a formação múltipla de microtrombos em capilares,
arteríolas e vênulas .
 FATORES PREDISPONENTE DA CID:
 Agentes infecciosos (Septicemia) - endotoxinas
 Vírus com tropismo pelos endotélios
 Complexo Antígeno-Anticorpo
 Destruição tecidual (traumatismo extenso, queimaduras)
 Toxinas e venenos
 Neoplasias malignas podem iniciar a C.I.D.
REFERÊNCIAS LITERÁRIAS
 McGAVIN, M. D.; ZACHARY, J. F. Bases da Patologia em Veterinária. 5. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
 DIJK, J. E. Van. Atlas colorido de patologia veterinária. 2. ed. Editora: Elsevier, 2008.
 Jubb, Kennedy & Palmer’s Pathology of Domestic Animals. 5th ed., London: Saunders Ltd.
 DM VET – Diagnóstico em Medicina Veterinária

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