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Anatomia – Pormenores Importantes do 1º

semestre (atualizada)

Sofia Prada
Traduzido para a Terminologia Anatómica por:
Pedro Pereira

2018
Introdução:
Esta sebenta foi muito usada para dar aqueles toques finais quando o resto da matéria já
está sabida (ou quase) e merecia, na minha opinião, uma atualização para a Terminologia
Anatómica. Isto não seve para estudar a matéria a fundo, apenas como revisão dos
pormenores mais minuciosos, mas que podem fazer a diferença na nota. Tentei não mudar
apenas coisas como passar “interno” para “medial” ou “unguis” para “lacrimal”, mas
também completar e corrigir mesmo alguns aspetos que estavam menos bem (muitas vezes
com base em PPTs de professores usados em aula teórica).
Qualquer coisa, podem sugerir alterações para o mail: pedroopereira@campus.ul.pt
Bom estudo!

Conteúdo
Cabeça e Pescoço ................................................................................................................................................... 3
Fissura Orbitária Superior (ou Fenda Esfenoidal) ............................................................................................... 3
Porus Crotaphitico-Buccinatorius de Hyrtl ......................................................................................................... 4
Fossa Pterigoideia ............................................................................................................................................... 4
Inserções nos processos pterigoides .................................................................................................................. 4
Botoeira Retro-condiliana de Juvara .................................................................................................................. 5
Fossa Infra-Temporal (também denominada Pterigo-maxilar) .......................................................................... 6
Cavidades orbitárias ........................................................................................................................................... 9
Fissura orbitária inferior ................................................................................................................................... 12
Canal de Dorello ............................................................................................................................................... 15
Nervo Vidiano ................................................................................................................................................... 16
Ramalhete de Riolan ......................................................................................................................................... 16
Diafragma Estiloideu ......................................................................................................................................... 17
Forâmen Lácero ................................................................................................................................................ 18
Forâmen Jugular ............................................................................................................................................... 18
Charneira do Occipital ...................................................................................................................................... 19
Inervação do ECM e do Trapézio ...................................................................................................................... 19
Inervação motora dos músculos da cavidade orbitária .................................................................................... 19
Inervação língua................................................................................................................................................ 19
Triângulo de Beclard e Triângulo de Pirogoff ................................................................................................... 19
Canal de Wharton ............................................................................................................................................. 20
Espaço Supraesternal de Burns ........................................................................................................................ 20
Espaço Supraclavicular ..................................................................................................................................... 21
Tronco ................................................................................................................................................................... 22
Arcada de Douglas ............................................................................................................................................ 22
Canal Torácico................................................................................................................................................... 23
Triângulo de Hesselbach ................................................................................................................................... 23
Membro Superior ................................................................................................................................................. 24
Inserções na clavícula ....................................................................................................................................... 24
Pontos Fracos da Articulação Gleno-Umeral .................................................................................................... 24
Gânglio de Virchow-Troisier ............................................................................................................................. 25
Coifa dos Rotadores .......................................................................................................................................... 25
Círculo Peri-Escapular de Massé ....................................................................................................................... 25
Espaço Omo-umeral (ou escápulo-umeral) ...................................................................................................... 26
Ligamento Transverso de Gordon-Brodie......................................................................................................... 28
Canal Braquial ................................................................................................................................................... 28
Goteira Radial do Úmero .................................................................................................................................. 28
Goteiras Bicipitais Profundas ............................................................................................................................ 29
Arcada de Struthers .......................................................................................................................................... 30
Rede Peri-Articular do Cotovelo ....................................................................................................................... 30

1
M Venoso da Prega Cotovelo ........................................................................................................................... 31
Goteira epitrocleo-olecraniana......................................................................................................................... 32
Fossa Cubital ..................................................................................................................................................... 32
Goteira do radial “do pulso” ............................................................................................................................. 32
Canal Cárpico .................................................................................................................................................... 33
Canal de Guyon ................................................................................................................................................. 34
Tabaqueira Anatómica ...................................................................................................................................... 34
Quiasma Tendinoso de Camper ........................................................................................................................ 35
Inervação membro superior ............................................................................................................................. 35
Inervação mão .................................................................................................................................................. 36
Membro Inferior ................................................................................................................................................... 38
Triângulo de Scarpa .......................................................................................................................................... 38
Espaço retro-inguinal ........................................................................................................................................ 39
Bainha Femoral ................................................................................................................................................. 39
Ligamento Falciforme de Allan Burns ............................................................................................................... 41
Escavado Popliteu ............................................................................................................................................. 42
Rede Peri-Rotuliana do Joelho .......................................................................................................................... 44
Pata de Ganso ................................................................................................................................................... 44
Canal Társico ..................................................................................................................................................... 45
Articulação de Chopart e de Lisfranc ................................................................................................................ 46
Articulação Coxo-Femoral vs Articulação Gleno-Umeral ................................................................... 47
Tipos de articulações importantes ............................................................................................................ 47
Músculos Digástricos .................................................................................................................................... 47

2
Cabeça e Pescoço
Fissura Orbitária Superior (ou Fenda Esfenoidal)
Corresponde ao espaço compreendido entre a raiz inferior da
pequena asa e o bordo anterior e extremidade inferior da grande asa.
É dividida pelo anel de Zinn (azul), sendo que será atravessada
por:
- dentro do anel de Zinn:
- Ramos supeior e inferior do nervo Oculomotor (ou motor
ocular comum) (III)
- nervo Abducente (ou motor ocular externo) (VI)
- ramo Nasociliar do nervo oftálmico (V1)
- raiz simpática do gânglio ciliar
- fora do anel de Zinn:
- nervo Troclear (ou patético) (IV)
- ramos lacrimal e frontal do nervo oftálmico (V1)
- veia oftálmica superior
- veia oftálmica acessória

3
Porus Crotaphitico-Buccinatorius de Hyrtl
Espaço entre o bordo lateral do buraco oval e o ligamento inominado
de Hyrtl (espessamento da aponevrose pterigo-temporo-maxilar). O
ligamento de Hyrtl está entre o bordo posterior da lâmina lateral do
processo pterigoide do esfenoide e a saliência atrás do buraco oval.
É atravessado por ramos terminais do tronco terminal anterior do
nervo mandibular (V3): (ant -> post)
- n. temporo-bucal (entre feixes do m. pterigoideu lat)
- n. temporal profundo médio (entre m. pterigoideu lat e grande
asa do esfenoide)
- n. temporo-masseteriano (entre m. pterigoideu lat e tecto da
fossa infratemporal)

Fossa Pterigoideia
Corresponde a face posterior dos processos pterigoides e é formada
pela face lateral da lâmina medial e pela face medial da lâmina lateral.
A nível supero-medial tem a fosseta escafoideia, onde se insere o
tensor do véu palatino, que também se insere/forma a parede medial da
fossa. Na parede lateral e no fundo da fossa insere-se o pterigoideu
medial. O limite lateral da fossa corresponde ao bordo posterior das
asas, sendo que a extremidade inferior do bordo posterior da asa medial
tem a inserção do tensor do véu palatino e o bordo posterior da asa
lateral tem a espinha de civinini e tem a inserção da aponevrose
interpterigoideia.

Inserções nos processos pterigoides

M. tensor do véu palatino – fosseta escafoideia (p. sup-med


fossa pterigoideia) + parede med da fossa pterigoideia + extremidade inf
do bordo post da asa medial
M. petrigoideu lateral – face lateral do processo pterigoide (limite
med da fossa infratemporal)

4
M. pterigoideu medial – parede lateral + fundo da fossa pterigoideia

Aponevrose interpterigoideia (bordo ant) – bordo post da lâmina


lateral

Sobre a aponevrose interpterigoideia:


- separa os m. pterigoideus
- 4 bordos, sendo que o posterior é livre e limita com o colo do
condilo do maxilar inferior a botoeira retrocondiliana de Juvara
(anteriormente)
- tem 2 partes:
1. parte posterior= ligamento esfeno-maxilar (ou esfeno-
mandibular) (da espinha do esfenoide até à espinha de spix). Este
ligamento vai ter um prolongamento até à cisura de Glasser chamado
ligamento timpano-maxilar.
2. parte anterior – dividida em duas partes pelo ligamento
ptérigo-espinhoso (da espinha do esfenoide até à espinha de Civinini). A
parte inferior é fina e a parte superior dá passagem aos vasos e nervos
dos musculos tensor do véu palatino, pterigoideu medial e do martelo.
- Externamente (lateralmente) à aponevrose interpterigoideia:
aponevrose pterigo-temporo-maxilar (da grande asa do esfenoide até
parte superior da lâmina lateral do processo pterigoide). O seu bordo
superior espessa-se e forma o ligamento inominado de Hyrtl.

Botoeira Retro-condiliana de Juvara


Espaço que permite a comunicação entre a fossa infra-temporal
(ant) e a região parotidea (post).
Limites:
Med – ligamente timpano-maxilar (prolongamento espessamento
posterior da aponevrose interpterigoideia, ou seja, prolongamento do
ligamento esfeno-maxilar)
Lat – ramo ascendente da mandíbula

5
Ant – bordo posterior da aponevrose interpterigoideia + côndilo da
mandíbula.
É atravessada por: (NVA, sup para inf)

- nervo auriculo-temporal, terminal do tronco terminal posterior


do mandibular (V3) [para trás]
- veia maxilar interna [para trás]
- artéria maxilar interna [para a frente]

Fossa Infra-Temporal (também denominada Pterigo-maxilar)


É um espaço em forma de piramide triangular com base lateral e
vértice medial.
O seu conteúdo é:
-m pterigoideus med e lat
-aponevrose interpterigoideia
-a. Maxilar int
-v. maxilar int
-nervo maxilar (V2) -
nervo mandibular (V3)

É limitada por:
-Ant: tuberosidade do maxilar superior + região geniana
-Post: região parotidea
-Med: processo pterigoide + faringe
-Lat: ramo ascendente da mandíbula + masséter
-Sup: grande asa esfenoide + região temporal
-Inf: (virtual) plano horizontal tangente ao bordo inf do
maxilar sup Tem 3 paredes, 1 vértice e 1 base.
Parede anterior
Vai ser formada medial e superiormente pela maxila (desde a
fissura orbitária inferior à tuberosidade da maxila) e medial e
inferiormente pelo ligamento pterigo-maxilar (bordo inf da lâmina
medial do processo pterigoide até bordo alveolar mandibular), pelo
musculo constritor superior da faringe e pelo musculo bucinador.

6
Comunica com a cavidade orbitária através da fissura orbitária
inferior.

Parede superior
É constituida pela parte inferior horizontal da grande asa e tem
dois segmentos, um medial e um lateral.
O segmento medial é formado pela parte zigomática da face
exocraniana da grande asa e pela superficie plana subtemporal da
escama do temporal. Está separado da fossa temporal pela crista
esfeno-temporal.
O segmento lateral é ocupado pelo buraco ou canal zigomático
que permite a comunicação com a região temporal. É limitado por:
medialmente pela crista esfeno-temporal, lateralmente pela arcada
zigomática, posteriormente pelo condilo do processo zigomatica e
anteriormente pelo osso zigomático.

Parede lateral (ou Base)


Vai ser formada pela face medial do ramo ascendente da
mandíbula, sendo que superiormente existe uma chanfradura
sigmoideia que permite a comunicação com a região massetriana.

Parede medial
Vai ser óssea apenas no limite anterior, uma vez que vai ser
constituída pelo fundo dos processos pterigoides. A lâmina lateral vai
separar as inserções dos dois pterigoideus e a lâmina medial vai
relacionar-se com a laringe.
No resto da sua extensão, relaciona-se com a parede lateral da
faringe. Apresenta a fissura pterigo-maxilar através da qual vai
comunicar com a fossa pterigo-palatina

7
*NOTA do tradutor:
Fossa Pterigo-Maxilar (Nómina Fran)=Fossa Infratemporal (TA)
Transfundo da fossa Pterigo- Maxilar= fossa Pterigo-palatina

A fossa infratemporal comunica com a pterigo-palatina através da


fenda pterigo-maxilar, que se estende entre o processo pterigoide e a
tuberosidade do maxilar superior. Esta fenda é fechada a nível inferior
pelo processo piramidal do palatino (post) e pela tuberosidade da maxila
(ant).
Fossa pterigo-palatina
Corresponde a um prolongamento da fossa infratemporal.
The main contents of the pterygopalatine fossa are the third part of the maxillary artery, the
maxillary nerve and many of its branches, and the pterygopalatine ganglion

É atravessado por:
-nervo maxilar (V2)
-nervo vidiano
-gânglio esfenopalatino
-artéria esfeno-palatina.

Parede anterior
É formada pela parte medial da tuberosidade da maxila.

8
Parede posterior
É formada pela face anterior do processo pterigoide. Possui o
foramen redondo, pelo qual passa o nervo maxilar , e o canal
Vidiano, pela qual passa o nervo com o mesmo nome. Possui
também o canal palato-vaginal (pelo qual passam: Ramo faríngeo da
artéria maxilar e veia satélite, ramo faríngeo do nervo maxilar (V2) e ramos eferentes do gânglio
ptérigo-palatino)

Parede medial
É formada pela lâmina vertical do palatino e apresenta, na parte
superior, o buraco esfeno-palatino, que permite a comunicação com as
fossas nasais.
Parede lateral
Fissura pterigo-maxilar (abre na fossa infratemporal.)
Parede Superior
Está dirigida para cima e relaciona-se com:
-ant: cavidade orbitária através da fissura orbitária inferior
-post: grande asa do esfenoide

Cavidades orbitárias
São duas cavidades que contem o aparelho da visão que estão
localizadas de cada lado das fossas nasais, inferiormente ao andar
anterior da base do crânio e superiormente ao maciço facial.
Tem a forma de uma pirâmide quadrangular, tendo 4 paredes, 4
bordos, 1 vértice e 1 base.

9
Parede superior ou abobada da órbita
É formada pela parte horizontal do frontal, anteriormente, e pela
pequena asa do esfenoide, posteriormente.
Tem forma triangular, com base anterior, e apresenta:
-ant-lat: fosseta lacrimal
-ant-med: fosseta troclear (tróclea do m oblíquo superior)
-post: sutura fronto-esfenoidal

Parede inferior ou pavimento da órbita


Separa cavidade orbitária do seio maxilar infrajacente.
É formada:
-ant-lat: processo orbitário do zigomático
-ant-med: processo piramidal maxila
-post: processo orbitário palatino.

Apresenta:

-suturas entre maxila e zigomático e entre maxila e palatino


-goteira (sulco) infraorbitária(o) (vasos e nervos infra-orbitários)

Parede medial
É formada por, de ant->post:
-processo ascendente maxilar
-lacrimal
-lamina papirácea do etmoide
-face lateral do corpo do esfenoide.
Apresenta:
-as suturas verticais entre os ossos
-goteira lacrimal (ant)
-cristas lacrimais, uma anterior ou maxilar e outra posterior ou
lacrimal.

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Parede lateral
É formada por:
-post: face orbitária da face exocraniana da grande asa
-ant-inf: processo orbitário zigomático
-ant-sup: processo orbitário + fosseta lacrimal frontal
Apresenta:
-sutura esfeno-zigomática
-orifício do canal zigomático-orbital

Base
Tem uma forma quadrilátera e está orientada para
baixo/frente/fora. Tem como limites:
-sup: arcada orbitária do frontal, que apresenta as chanfraduras
supra-orbitária e frontal medial
-inf-med: maxilar superior
-inf-lat: zigomático
-lat: zigomático

-med: crista lacrimal anterior

Vértice
Corresponde à extremidade medial da Fissura Orbitária Superior.

Bordo Sup-med
É formado pela sutura entre frontal e:
-processo ascendente maxilar superior
-lacrimal – forma processo orbitário medial do frontal
-lámina papiracea do etmoide – forma canais etmoidais anterior r
posterior.
Posteriormente tem o canal óptico.

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Bordo Sup-lat
É formado por:
-ant: fosseta lacrimal
-post: fissura orbitária superior

Bordo Inf-med
É formado por:
-ant: orifício superior do canal lacrimo-nasal
-post: suturas entre maxilar sup e lacrimal e etmoide e sutura
esfeno-palatina.

Bordo Inf-lat
É formado por:
-1/4 ant: processo orbitario zigomático
-3/4 post: fenda esfeno maxilar (fissura orbitária inferior)

Fissura orbitária inferior


Permite a comunicação entre a fossa infratemporal e
pterigopalatina com as cavidades orbitarias.
É limitada por:
-sup: grande asa esfenoide
-inf: maxila
-ant-sup: processo orbitário do zigomático
-ant-inf: espinha zigomática da maxila

Fossas nasais
São duas cavidades localizadas de cada lado da linha média, entre
as cavidades orbitárias e que estão separadas por um septo sagital.
Relacionam-se:
-sup: cavidade craniana
-inf: cavidade bucal
-ant: cavidades do nariz
-post: faringe.

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Têm 4 paredes e 2 orifícios.
Parede lateral
É formada por 6 ossos:
-maxila: processo ascendente
-lacrimais: posteriormente à maxila, superiormente ao corneto
inferior e anterior e inferiormente às massas laterais do etmoide -
corneto inferior: entre a crista trubinal inf do maxilar superior e a
crista turbinal inf do palatino
-palatino: porção vertical. Anteriormente ao processo pterigoide
do esfenoide, posteriormente ao corneto inferior e ao maxilar superior
-etmoide: massas laterais. Superiormente ao maxilar superior,
anteriormente ao corpo do esfenoide e post-medial ao lacrimal
-esfenoide: face medial da lâmina medial do processo pterigoide.
Parte mais recuada da parede
Tem ainda 3 cornetos constantes, o inferior, o médio e o superior,
sendo que os dois últimos são etmoidais. Pode ainda ter um corneto de
Santorini e um de Zuckerkandl.
Cada corneto apresenta um meato entre a sua face lateral e a parede
lateral das fossas nasais. Para o meato inferior drena o canal lacrimo
nasal. Para o meato médio drenam os seios maxilar e frontal e as
células etmoidais anteriores. Para o meato superior drenam o seio
esfenoidal e as células etmoidais posteriores.

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Parede medial ou septo das fossas nasais É
formada por 2 ossos e uma cartilagem:
-vomer: parte mais posterior
-lamina perpendicular do etmoide: anteriormente ao vomer
-cartilagem do septo nasal: parte ant-inf do septo das fossas nasais

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Parede superior ou abóbada das fossas nasais
Tem a forma de uma concavidade que olha para as fossas nasais.
É constituida por 4 segmentos, que são, de anterior para posterior:
-Segmento anterior ou fronto-nasal= ossos nasais + espinha nasal
do frontal
-Segmento etmoidal ou horizontal= lamina crivada do etmoide +
processo etmoidal da face superior do corpo do esfenoide
-Segmento esfenoidal anterior= face anterior do corpo do esfenoide -
Segmento esfenoidal inferior= face inferior do corpo do esfenoide

Parede inferior ou pavimento das fossas nasais


É formada:
-ant: processo palatino da maxila
-post: lamina horizontal do palatino
Apresenta, anteriormente, o orifício do canal palatino anterior,
onde passam nervos e vasos naso-palatinos.

Orifício anterior das fossas nasais


É limitado inferior e lateralmente pelo bordo anterior do maxilar
superior e superiormente pelos ossos nasais.

Orifícios posteriores das fossas nasais ou choanas ou coanas


É limitado por:
-med: bordo posterior do vómer
-lat: lâmina medial processo pterigoide
-sup: bordo posterior das asas do vómer + corpo esfenoide
-inf: bordo posterior lamina horizontal palatino

Canal de Dorello
No bordo superior do rochedo do temporal, anteriormente à
chanfradura que se relaciona com o nervo trigémio (V), existem um
entalhe que juntamente com o ligamento petroesfenoidal de Gruber
delimita o Canal de Dorello.

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É atravessado pelo nervo abducente ou motor ocular externo (VI).
Nervo Vidiano
=nervo grande petroso superficial + nervo grande petroso
profundo + plexo peri-carotídeo.
Percorre o canal vidiano e termina no gânglio pterigopalatino. Faz
inervação da mucosa faríngea e da glândula lacrimal.

Ramalhete de Riolan
É um conjunto de 5 estruturas (3 músculos e 2 ligamentos) que se
inserem na processo estiloide do temporal:
- M. estilo-hioideu: face post-lat do processo, perto da base
- M. estilo-faríngeo: bordo med da base do processo
- M. estilo-glosso: face ant-lat do processo, perto do vértice
- Lig. estilo-maxilar: bordo lateral do processo, perto do vértice
- Lig. estilo-hioideu: vértice
IMP: vértice é mais anterior, inferior e lateral do que a base.

Ordem de ant->post:
1. lig estilo-hioideu
2. lig estilo-maxilar + m estilo-glosso (ponto mais post e sup)
3. m estilo-faringeo
4. m estilo-hioideu

Ordem med->lat:
1. m estilo-faringeo
2. m estilo-glosso + m estilo-hioideu + lig estilo-maxilar
3. lig estilo-hioideu

Ordem inf->sup:
1. lig estilo-hioideu
2. lig estilo-maxilar
3. m estilo-glosso
4. m estilo-hioideu + m estilo-faringeo (nascem +/- ao mesmo
nível)

16
Diafragma Estiloideu

É constituído por:
- ventre posterior do m. digástrico
- 3 m. do ramalhete de riolan (m. estilo-hioideu, m. estilo-faringeo
e m. estilo-glosso)
- 2 ligamentos do ramalhete de riolan (lig. estilo-hioideu, lig.
estilo-maxilar)
- M. esterno-cleido-mastoideu (depende dos autores)

Vai dividir o espaço maxilo-faringeo em duas partes: uma pré-


estiloideia e outra retro-estiloideia.
O espaço retro-estiloideu corresponde à parte posterior do espaço
maxilo-faringeo e é atravessado por:
- artéria carótida interna
- artéria carótida externa
- veia jugular interna

17
- IX, X, XI e XII
O espaço pré-estiloideu está subdividido em: região parotídea
(post-ext) e região paraamigdalina.
A região parotídea localiza-se na parte lateral e posterior do
espaço pré-estiloideu e tem como limite posterior o diafragma estiloideu.
É atravessada por:
- glândula parótida
- veia jugular externa
- artéria carótida externa
- VII (não inerva a parótida!!! mas atravessa-a)
- nervo aurículo-temporal

Forâmen Lácero
Entre bordo anterior do rochedo do temporal e a extremidade
posterior da grande asa do esfenoide.

Forâmen Jugular
Entre chanfradura da fossa jugular da face post-inf do rochedo do
temporal e a parte anterior do processo jugular do bordo lateral das
massas laterais do occipital.

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Septo fibroso=ligamento petro-occipital
Charneira do Occipital
Corresponde à união entre a cabeça e o pescoço e apresenta 6
planos de ligamentos:
-1º plano: lig longitudinal anterior
-2º plano: lig antlanto-occipitais e lig atlanto-axiais anteriores
-3º plano: lig occipito-odontoides
-4º plano: lig cruciforme
-5º plano: ligs occipito-axiais (da membrana tectória)
-6º plano: lig longitudinal posterior

Inervação do ECM e do Trapézio


Inervação sensitiva: plexo cervical
Inervação motora: XI

Inervação motora dos músculos da cavidade orbitária


III – Oblíquo inferior, recto superior, recto inferior, recto medial
e levantador da pálpebra
IV – Oblíquo superior
VI – Recto lateral

Inervação língua
Sensitiva: mandibular V3 (2/3 ant) + glossofaríngeo IX (1/3 post)
Motora: hipoglosso (XII)
Sensorial:
-base da língua + epiglote: X
-1/3 post língua : IX
-2/3 ant língua : VII (chorda tympani, ramo do facial)

Triângulo de Beclard e Triângulo de Pirogoff


O triângulo de beclard é limitado por:
-post: bordo posterior do hioglosso
-sup: ventre post do digástrico
-inf: hioide

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É atravessado por XII e artéria lingual.

O triângulo de pirogoff é limitado por:


-ant: bordo posterior do milohioideu
-sup: XII
-inf: tendão intermediário digástrico + ventre post
digástrico
É atravessado por artéria lingual.

Canal de Wharton
Entre hioglosso, genioglosso e sublingual. Passa o XII.

Espaço Supraesternal de Burns


Espaço compreendido entre os folhetos médio (insere-se no bordo
posterior da incisura jugular) e superficial (insere-se no bordo anterior
da incisura) da fáscia cervical profunda.

As suas paredes são:

-Ant: folheto superficial da Fáscia Cervical Profunda + tecido celular


subcutâneo + pele + gânglio linfático
-Post: lâmina pré-traqueal do folheto médio da FCP
-Inf: incisura jugular
-Lat. Bordo anterior do ECM e sua união com o folheto médio da FCP
De cada lado, tem fundo de saco de Gruber, posteriormente ao
ECM e ao longo da clavícula, onde penetra o segmento horizontal da
veia jugular anterior.

20
Contém:
-tecido celulo-adiposo
-gânglios supra-esternais
-2 veias jugulares anteriores e a
anastomose entre elas (chamado arco
jugular).

Espaço Supraclavicular

Existe também, lateralmente ao músculo


esternocleidomastoideu, entre o folheto superficial da FCP e a
porção superficial lâmina pretraqueal do folheto médio da FCP,
um espaço supraclavicular limitado inferiormente pela
clavícula, onde se inserem os dois folhetos, e lateralmente pela
aderência anterior ao músculo trapézio, desde a lâmina
pretraqueal ao folheto superficial; medialmente o espaço
prolonga-se profundamente ao músculo
esternocleidomastoideu, até ao bordo medial deste.

21
Tronco
Arcada de Douglas
Linha real, também chamada linha arcuata, que corresponde à
mudança da bainha dos grandes rectos do abdómen.

22
Canal Torácico
É a via de drenagem linfática das zonas abaixo do diafragma.
Corresponde à união do tronco intestinal (linfa do território mesentérico
superior) com os troncos lombares esquerdo e direito (formados pela
união de gânglios lombo-aórticos). A união pode ocorrer de duas formas:
65% casos – acima do diafragma, ou seja, a união do tronco intestinal
com o tronco lombar esquerdo ocorre no abdómen, mas o tronco lombar
direito só se junta na cavidade torácica;
35% casos – abaixo do diafragma, ou seja, unem-se os três troncos no
abdómen. Neste caso, o canal torácico vai apresentar uma dilatação
conhecida por Cisterna de Pecquet.
Recebe: tronco braquial esquerdo, tronco jugular esquerdo e tronco
bronco-mediastínico.
O canal torácico termina no angulo venoso chamado ângulo de Pirogoff
esquerdo (entre veia subclávia esquerda e veia jugular interna).

Triângulo de Hesselbach
Também chamado de triângulo inguinal, é uma região da parede
abdominal cujos limites são:
-Med: M. grande recto do abdómen
-Sup-lat: Vasos
epigástricos
inferiores (Lig de
Hasselbach)
-Inf. Ligamento
inguinal (por vezes
referido por ligamento
de Poupart)
Pode causar
hérnias inguinais
(superiormente ao
ligamento inguinal)
diretas.

23
Membro Superior
Inserções na clavícula
Face Superior:
-Ant-lat: M. deltoide
-Ant-med: M. peitoral maior
-Post-lat: M. trapézio
-Post-med: M. esternocleidomastoideu (ECM)

Face Inferior:
-Ant-lat: M. deltoide
-Ant-med: M. peitoral maior
-Post-lat: M. trapézio
-Post-med: ECM, mas muito perto da ext med
-Goteira do subclávio: M. subclávio

Pontos Fracos da Articulação Gleno-Umeral


Forame oval de Weitbrecht
Espaço triangular com base lateral entre ligamentos gleno-
umerais superior e médio. A base relaciona-se com o tendão do
musculo subescapular.

24
Através dele, a cavidade articular comunica com a bolsa serosa
subescapular.
Forâmen Subcoracoideu ou de Rouviere
Espaço triangular com base medial entre ligamentos gleno-
umerais médio e inferior. A base relaciona-se com a chanfradura
glenoideia.
Através dele, a cavidade articular comunica com a bolsa serosa
subcaracoideia.

Gânglio de Virchow-Troisier
É um gânglio linfático localizado na fossa supraclavicular esquerda
que recebe a linfa da cavidade abdominal. Quando aumentado, indica
cancro no abdómen, nomeadamente cancro do estômago que se espalhou
pelos vasos linfáticos da para-esofágica de Santos Ferreira. Por isso é
considerado um gânglio sentinela.

Coifa dos Rotadores


Conjuntos de músculos que estabiliza a articulação do ombro.
Músculo Inserções Ação
Supra- -fossa supra-espinhosa -rotação lateral do braço
-parte sup tubérculo
espinhoso maior -abdução do braço
Infra- -fossa infra-espinhosa -rotação lateral do braço
-parte méd tubérculo
espinhoso maior -abdução do braço
Pequeno -bordo axilar omoplata -rotação lateral do braço
-parte inf tubérculo
Redondo maior -abdução do braço
Sub- -fossa infra-escapular -rotação medial do braço
escapular -tubérculo menor -adução do braço

Círculo Peri-Escapular de Massé


As artérias escapular dorsal (ramo da artéria subclávia),
supraescapular (ramo da artéria subclávia) e circunflexa escapular

25
(ramo da subescapular, que por sua vez é ramo da artéria axilar)
contribuem para a formação de um círculo arterial periescapular
(conhecido por “círculo de Massé” por algures autores). Para além deste
círculo, existem ramos anastomóticos que, ao atravessar os músculos
intercostais externos, estabelecem uma comunicação entre os ramos
das artérias torácica superior, tóraco-acromial, torácica lateral e
subescapular aos das artérias intercostais e torácica interna. Existem
também anastomoses entre as artérias umerais circunflexas e a artéria
tóraco-acromial (superiormente) e a artéria braquial profunda
(inferiormente)

Espaço Omo-umeral (ou escápulo-umeral)

Espaço criado por:


- Lat: úmero
- Sup-med: M. teres menor
- Inf-lat: M. teres maior

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É atravessado pelo tendão da porção longa do tricipete braquial,
que o divide em dois espaços:

1. Triângulo omo-tricipital (=espaço axilar medial)

É limitado por:
-Sup: m. subscapular (anteriormente) e teres menor (posteriormente)
-Inf: m. teres maior
-lat: tendão da porção longa do m. tricipete braquial
É atravessado pelas artérias escapulares circunflexas e veias satélite.

2. Quadrilatero umero-tricipital ou de Velpau (=espaço axilar lateral)

É limitado por:
-Sup: m. subescapular
(ant) + cápsula
glenoumeral+m. teres
menor (post)
-Inf: m. teres maior + m.
latíssimo do dorso
-Lat: úmero (colo cirúrgico)
-Med: tendão da porção
longa do tricipete braquial

É atravessado por:
n axilar, artéria
circunflexa umeral
posterior e veias satélites.

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Triangulo úmero-tricipital (não faz parte do espaço
escapulo-umeral)
3 na imagem anterior.
Limitado por:
-Sup: m. grande redondo
-Med: porção longa do m. tricipete braquial
-Lat: úmero
É atravessado por: nervo radial, artéria umeral profunda e veias
satélite.

Ligamento Transverso de Gordon-Brodie


É o ligamento que transforma a goteira bicipital num canal.

Canal Braquial
O canal braquial/umeral é uma bainha fibrosa forma pelo
revestimento aponevrótico do músculo coraco-braquial e do músculo
bicípite braquial anteriormente, pela aponevrose do m. braquial e septo
intermuscular medial posteriormente, e pela fáscia braquial
medialmente.
Limites:
- Ant: m. coraco-braquial (sup) e m. bicipete braquial (inf)
- Post: septo intermuscular (sup) e m. braquial ant (inf)
- Med: fáscia braquial

- artéria braquial
- veias satélite
- nervo mediano
- nervos cubital e cutâneo medial do antebraço [numa parte]

Goteira Radial do Úmero


Ou goteira de torção, está presente na face posterior do úmero e
forma um canal osteomuscular que tem como limites:

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- Sup-Lat: Porção lateral do tríceps
- Inf-med: Porção medial do tríceps
- Ant: úmero
- Post: porção longa do tricipete
braquial

- É atravessada por:
- nervo radial (inf-int à artéria umeral profunda)
- vasos umerais profundos.

Goteiras Bicipitais Profundas


Medial
Sulco por onde desce a artéria braquial e sobe a artéria recorrente
cubital anterior.
Limitado por:
- Lat: tendão do m. bicípite braquial
- Med: m. pronador teres (grupo muscular epicondiliano medial)
- Post (=profundamente). M. braquial
- Ant: aponevrose que reforça expansão aponevrótica do bicipete
braquial
A veia mediana basílica (ou mediana cubital) encontra-se nesta região
mas superficialmente à aponevrose.
Lateral

Limitado por:
- Lat: m. braquiorradial e extensores radiais (curto e longo)
- Med: tendão do bíceps braquial e músculo braquial

- Atravessado por:
- ramo anterior da artéria umeral profunda
- artéria recorrente radial anterior
- veia mediana cefálica (supra aponevrótica)
- nervo cutâneo lateral do antebraço (terminal do músculo-cutâneo)
- nervo radial

29
Arcada de Struthers
Entre a face medial do úmero e a epitróclea
(epicôndilo medial) pode existir um ligamento
inconstante, o ligamento de Struthers, que
delimita então um espaço, a arcada de Struthers.
Pela arcada passa o nervo mediano, que pode ser
comprimido, causado um síndrome supra-
condiliano.
The arcade of struthers should not be confused with
the rare (1%) unrelated anatomic structure, the ligament of
struthers (which is seen in association with a supracondylar
process and can result in median neuropathy in the arm). The arcade of Struthers is a
fibrous or fáscial sheet located in the distal third of the medial aspect of the humerus. It
is formed by a thickening of the deep investing fáscia of the distal part of the arm, by
superficial muscular fibers of the medial head of the triceps, and by attachments of the
internal brachial ligament (which is a relatively long, longitudinal ligament originating
from the region of the coracobrachialis tendon).
The arcade of Struthers should not be confused with the ligament of Struthers .
The arcade of Struthers , present in approximately 70% of studied specimens, is located
at the medial intermuscular septum, and can cause compression of the ulnar nerve. The
ligament of Struthers , in contrast, is rare, occurring in only 1%, and consists of a
ligament or extension of the pronator teres muscle from the medial epicondyle to an
(anomalous) supracondylar process. The ligament of Struthers is a possible site of
compression of the median nerve.
Nota: Nem sei de onde isto veio, deixo como estava

Rede Peri-Articular do Cotovelo


A nível da face lateral da articulação, temos a rede arterial peri-
epicondiliana lateral que é formada pela anastomose entre os dois
ramos da artéria umeral profunda (ant e post) com as duas artérias
recorrentes radiais (a ant é colateral da artéria radial e a post é ramo da
artéria interóssea posterior, ramos da interóssea comum, colateral da
artéria cubital)
A nível da face medial da articulação, temos a rede arterial peri-
epitrocleana (epitróclea=epicôndilo medial) que é formada pela
anastomose das artérias colaterais superior e inferior (ramos da artéria

30
braquial, sendo que a inferior tem dois ramos, um anterior e um
posterior) com as duas artérias recorrentes cubitais (ant e post, ramos
da recorrente cubital, colateral da artéria cubital)
Entre as duas faces existem anastomoses transversais, quer a
nível da face anterior como da posterior. Uma dessas anastomoses é
providenciada pela ramificação supra-olecraniana do ramo posterior da
artéria colateral medial inferior.
Nota: As descrições variam de acordo com a bibliografia, havendo
também algumas variações anatómicas. Aconselha-se o estudo destas
redes anastomóticas pelo documento do Dr. João Cavaco.

M Venoso da Prega Cotovelo


É formado por:
- veia basílica do antebraço
- veia mediana basílica
- veia mediana cefálica
- veia cefálica do antebraço.

31
Goteira epitrocleo-olecraniana
Sulco entre epitróclea (epicôndilo medial) e o olecrâncio, onde
passa o nervo cubital (ou ulnar) e onde termina a artéria recorrente
cubital posterior.

Fossa Cubital
Espaço a nível da prega do cotovelo cujos limites são:
-Sup – linha que une o epicôndilo à epitróclea
-Lat –braquiorradial coberto pela aponevrose do bíceps braquial
-Med – pronador teres

Goteira do radial “do pulso”


É a goteira por onde passa a artéria radial.
É limitada por:
-Med: tendão do m. flexor radial do carpo
-Lat: tendão do m. braquiorradial
-Post: m quadrado pronador

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Canal Cárpico
É um canal osteofibroso formado pelos ossos do carpo
posteriormente e pelo retináculo dos flexores anteriormente.
Limites:
• Parede anterior: retináculo dos flexores;
• Parede posterior: maciço cárpico (goteira anterior);
• Parede lateral: tubérculo do escafoide; tubérculo do trapézio;
• Parede medial: pisiforme; hâmulo do hamato (apófise unciforme
do unciforme).
Conteúdo:
- 4 tendões do m. flexor comum superficial (+ ant)
- 4 tendões do m. flexor comum profundo (+ post)
- 1 tendão do m. flexor próprio do 1º dedo (+ lat)
- 1 tendão do m. flexor radial do carpo (controverso na literatura)
- nervo mediano (e vasos satélites)

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Canal de Guyon
É formado por:

▪ Parede anterior: expansão do retináculo dos extensores; expansão do


tendão do flexor cubital do carpo;
▪ Parede posterior: retináculo dos flexores;
▪ Parede medial: pisiforme
É atravessado por artéria cubital e nervo cubital (nervo sempre
mais medialmente).

Tabaqueira Anatómica
Limites:
• Limite ântero-lateral: tendões dos músculos longo abdutor do 1º
dedo (anteriormente) e curto extensor do 1º dedo (posteriormente);
• Limite póstero-medial: tendão do longo extensor do 1º dedo.

Conteúdo:
Artéria radial;
▪ Veias satélites;
▪ Artéria principal do 1º dedo;
▪ Veias satélites;
▪ Ramo arterial cárpico dorsal da artéria radial;
▪ Veias satélites;
▪ Tendão do longo radial (longo extensor radial do carpo);
▪ Tendão do curto radial (curto extensor radial do carpo).
▪ Podemos palpar a apófise estiloideia do rádio, a superfície convexa
articular do escafoide, trapézio e base do 1º metacárpico

34
Quiasma Tendinoso de Camper
É formado pela bifurcação do tendão do m. flexor superficial dos
dedos que se insere a nível do segundo metacarpo. Ele bifurca-se para
deixar passar o tendão do m. flexor profundo dos dedos. Assim, o
superficial também é considerado o perfurado e o profundo é o
perfurante.

Inervação membro superior

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Inervação mão
A inervação da mão é feita por três nervos: mediano, cubital e
radial.
O nervo mediano, através do ramo palmar mediano, inerva a
eminência tenar e a parte lateral da palma da mão. Através dos seus
terminais, inerva a face palmar do 1º, 2º e 3º dedos, a metade lateral da
face palmar do 4º dedo, a face dorsal da 2ª falange do 1º dedo, a face

36
dorsal da 2ª e 3ª falanges do 2º e 3º dedos e a metade lateral da face
dorsal da 2ª e 3ª falanges do 4º dedo.
O nervo cubital, através do ramo cutâneo dorsal da mão, inerva a
face dorsal do 5º dedo, a face dorsal da 1ª falange do 4º dedo e a
metade medial da face dorsal da 1ª falange do 3º dedo. Através dos seus
terminais inerva a parte medial da palma da mão, a face palmar do 5º
dedo, a metade medial da face palmar do 4º dedo e a face dorsal da
metade medial da 2ª e 3ª Flanges do 4º dedo.
O nervo radial, pelo seu ramo terminal anterior, inerva a
eminência tenar, a face dorsal do 1º dedo, a face dorsal da 1ª falange do
2º dedo e a metade lateral da face dorsal da 1ª falange do 3º dedo.

37
Membro Inferior
Triângulo de Scarpa

Limites:
• Limite superior: ligamento inguinal;
• Limite lateral: bordo medial do músculo sartório;
• Limite medial: bordo lateral do músculo adutor longo;
• Ápex: ponto onde o sartório alcança o adutor longo;
• Pavimento: formado lateralmente pelos músculos ilíaco e psoas maior;
formado medialmente pelos músculos pectíneo e adutor longo.
• Parede anterior ou tecto: fáscia lata.

38
Atravessado por (Lat ->Med):
- Nervo femoral
- Artéria femoral
- Veia femoral

Espaço retro-inguinal
É o espaço que se encontra posteriormente ao ligamento inguinal (mais
propriamente à fita iliopúbica de Thompson)
Vai possuir um compartimento lateral neuromuscular (contendo o
músculo psoas ilíaco e o nervo femoral) e um compartimento medial
vascular, separados pelo arco iliopectíneo
Este compartimento vascular vai constituir a bainha femoral:

Bainha Femoral

• Compartimento lateral: Contém Artéria femoral, aplicada ao


arco iliopectíneo e separada da veia por um septo fibroso
• Compartimento intermédio: Contém a Veia femoral entre 2
septos fibrosos

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• Compartimento medial, chamado CANAL FEMORAL (ou canal
de Anson e MacVay): Contém o gânglio linfático inguinal
profundo superior de Cloquet, onde frequentemente ocorrem
hérnias femorais.

É a bainha fibrosa formada pela aponevrose femoral em torno dos vasos


femorais. Prisma triangular que sofre torção, a face anterior a nível
superior, torna-se medial a nível inferior.

Orifício superior:
▪ Limitado anteriormente pelo ligamento inguinal, lateralmente pela fita
ílio-pectínea, medialmente pelo ligamento lacunar de Gimbernat,
posteriormente pelo ligamento pectíneo de Cooper;
Orifício inferior:
▪ Hiato adutor, compreendido entre os feixes médio e inferior do músculo
adutor magno.

Tem 3 segmentos:
Segmento superior (bainha femoral propriamente dita):
▪ Inicia-se no orifício superior do compartimento vascular retro-inguinal,
termina ao nível do ponto de drenagem da veia grande safena na femoral;
paredes semelhantes ao triângulo femoral e orifício superior da bainha
femoral;
Segmento médio ou intermédio:
▪ Limitado lateralmente pelo vasto medial; medialmente pelo adutor
longo; anteriormente pelo sartório.
Segmento inferior ou canal dos adutores de Hunter:
▪ Limitado ântero-lateralmente pelo septo intermuscular medial e vasto
medial; posteriormente (posteromedialmente) pela fáscia do adutor magno e
pelo adutor longo; medialmente (ântero-medialmente)
pelo sartório.
▪ Parede medial reforçada por fáscia subsartorial ou vasto-adutora
de Hunter.

40
Ligamento Falciforme de Allan Burns
Também pode ser chamado ligamento falciforme ou ligamento de
Iley.
O bordo lateral da fáscia cribiforme tem um espessamento que
corresponde ao ligamento falciforme de Allan Burns. Tem uma
concavidade supero-medial. A extremidade superior ou lateral termina a
nível do anel crural. A nível da extremidade inferior ou medial passa
profundamente à crossa da grande veia safena, terminando quando se
fundo com a aponevrose do musculo pectíneo. (ligamento adere à túnica
exterior da grande veia safena – não é realmente um orifício da fáscia)

41
Escavado Popliteu

Limites:
• Limite súpero-lateral: Bíceps femoral;
• Limite súpero-medial: Semimembranoso, tendão do semitendinoso,
sartório, grácil;
• Limite ínfero-lateral: Porção lateral do gastrocnémio e músculo
plantar;
• Limite ínfero-medial: Porção medial do gastrocnémio;
• Parede anterior ou pavimento:
Constituída superiormente pelo triângulo popliteu do fémur, pelo
ligamento popliteu oblíquo, mais inferiormente pela face posterior da tíbia
proximal, recoberta pelo músculo popliteu e sua fáscia;
• Parede posterior ou tecto:
Fáscia popliteia profunda (fáscia muscular).

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Atravessado por: (Med -> lat)
- Artéria poplítea
- Veia poplítea

- Nervo tibial

- Nervo Fibular (peroneal) comum

43
Rede Peri-Rotuliana do Joelho
Existe uma complexa rede anastomótica perirotuliana, à semelhança
daquelas presentes na região coxofemoral, periescapular e no cotovelo. São
vários os vasos envolvidos, a saber: artérias geniculares superiores, média e
inferiores, ramos da artéria popliteia; artéria genicular descendente da
artéria femoral; ramo descendente da artéria femoral circunflexa lateral,
ramo da artéria femoral profunda; artérias recorrentes tibiais anterior e
posterior, ambas ramos da artéria tibial anterior; artéria peroneal
circunflexa, ramo da artéria tibial posterior. A artéria recorrente tibial
medial, ramo do tronco tibioperoneal, também participa na constituição
desta rede perirotuliana, anastomosando-se com ramos arteriais da face
medial do côndilo medial da tíbia.

Pata de Ganso
Corresponde à inserção de 3 músculos da coxa na face medial da
extremidade superior da tíbia.
Os músculos são, de anterior para posterior:
-Costureiro (1)
-Grácil(2)
-Semi-tendinoso (3)

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1 2 3

Canal Társico
É uma canal, localizado medialmente à articulação tibio-tarsica,
cujos limites são:
- medial: ligamento anular medial (retinaculum dos flexores)
- lateral: goteira calcaneana
- anterior: maléolo medial da tíbia
- posterior: calcâneo

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É atravessado por: (ant ->post)
- m. tibial posterior
- m. longo flexor comum dos dedos
- pedículo vásculo-nervoso (de anterior para porterior (med para
lat): veia tibial posterior, artéria tibial posterior e nervo tibial posterior)
- m. longo flexor do 1º dedo

Articulação de Chopart e de Lisfranc


A articulação mediotársica ou (tarsal transversa )de Chopart subdivide o pé
em retropé e mediopé. É formada pelas articulações entre o tálus e o
navicular e entre o calcâneo e o cubóide.

A articulação tarsometatársica de Lisfranc subdivide o pé em mediopé e


antepé. É formada pelas articulações entre os três cuneiformes e os três
primeiros metatarsos (1º, 2º e 3º) e entre o cubóide e os dois metatarsos
laterais (4º e 5º).

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Articulação Coxo-Femoral vs Articulação Gleno-Umeral

Coxo-femoral Gleno-umeral
0 pontos fracos 2 pontos fracos
Cabeça 2/3 esfera Cav glenoideia ¾ vezes menor do que cabeça
Debrum cotiloideu é do úmero
mais profundo do Debrum glenoideu é menos profundo do que o
que o glenoideu cotiloideu
Ligamento redondo Não tem ligamento redondo

Tipos de articulações importantes

Esquindileses Gonfartroses
Dentes
Esfeno-vomeriana média
Costo-condrais

Músculos

Músculos Digástricos

-Digástrico
-Oblíquo Superior (órbita)
-Omo-Hioideu
-Occipito-frontal
-Semi-Espinhoso da cabeça
-Diafragma
-Reto abdominal (poligástrico)
-Feixes profundos do flexor comum superficial dos dedos (ver Quiasma de
Camper)

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