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Sumário
PORTUGUÊS .............................................................................................................................. 4
Ortografia................................................................................................................................................................ 4
Palavras com S .................................................................................................................................................. 4
Palavras com SS ............................................................................................................................................... 4
Palavras com Ç ................................................................................................................................................. 5
Palavras com Z.................................................................................................................................................. 5
Palavras com X ................................................................................................................................................. 6
Palavras com CH .............................................................................................................................................. 6
Palavras com G ................................................................................................................................................. 7
Palavras com J................................................................................................................................................... 7
Palavras com E .................................................................................................................................................. 8
Palavras com I ................................................................................................................................................... 8
Palavras com H ................................................................................................................................................. 9
Expressões Recorrentes em Provas de Concurso................................................................................ 9
O Uso das Letras Maiúsculas e Minúsculas ......................................................................................... 12
Acentuação........................................................................................................................................................... 13
Proparoxítonas ............................................................................................................................................... 13
Paroxítonas ...................................................................................................................................................... 13
Oxítonas ............................................................................................................................................................ 14
Monossílabas Tônicas .................................................................................................................................. 14
Acentos Diferenciais ..................................................................................................................................... 15
Regra dos Hiatos I/U .................................................................................................................................... 15
Regra dos Hiatos OO e EEM ..................................................................................................................... 16
Regra dos Ditongos Abertos ÉI, ÉU, ÓI ................................................................................................. 16
Trema ................................................................................................................................................................. 16
Uso do Hífen ................................................................................................................................................... 16
Formação das Palavras..................................................................................................................................... 22
Noção de Estrutura das Palavras ............................................................................................................. 22
Formação das Palavras ................................................................................................................................ 23
Classes de Palavras ............................................................................................................................................ 26
Artigo ................................................................................................................................................................. 26
Substantivo ...................................................................................................................................................... 28
1
Apostila Pré-Edital: SEMSA
2
Apostila Pré-Edital: SEMSA
3
PORTUGUÊS
Ortografia
Palavras com S
Palavras correspondentes a verbos terminados em "verter", "andir", "pelir", "ender" →
converter/conversão, expandir /expansão, repelir/repulsão, suspender/suspensão,
compreender/compreensão.
I Palavras que derivam de verbos com radical terminado em: D, ND, RT, PEL, RG e CORR.
• (D) colidir/colisão, aludir/alusão, persuadir/ persuasão.
• (ND) ascender/ascensão, compreender/compreensão (regra do "ender"),
suspender/ suspenso (regra do "ender").
• (RT) divertir/diversão, inverter/inversão (regra do "verter").
• (PEL) expelir/expulsão (regra do "pelir").
• (RG) emergir/emersão, imergir/imersão.
• (CORR) discorrer/discurso, concorrer/concurso.
II Sufixos "ês", "esa", "isa" indicando título, profissão ou origem: burguês/burguesa,
marquês/marquesa, poetisa, japonês/japonesa, francesa, inglesa.
III Sufixos OSO e OSA: gostoso, formoso, apetitosa, vaidosa, amistoso, bondosa, brilhoso.
Atenção! "Gozo" e derivados são palavras grafadas com Z (gozar, gozado).
IV Palavras terminadas em "ase", "ese", "ise", "ose": frase, osmose, crise, síntese,
catequese, sacarose, apoteose.
V Após ditongo (com som de Z): coisa, pausa, deusa, lousa, aplauso, maisena.
Atenção! Ditongo é o encontro de dois sons vocálicos (vogais) numa mesma sílaba.
VI Conjugação dos verbos "querer" e "pôr" (e derivados): quisera, quis, quiseram, pus,
pusera, propusera.
Atentem para estas palavras, pois são muito recorrentes nas provas de concursos e NÃO SÃO
GRAFADAS COM X: estendido, esplêndido, esterno (osso).
Externo = algo que está fora, que vem de fora e Esterno = osso do corpo humano.
Palavras com SS
Substantivos derivados de verbos terminados em: ceder, primir, meter, cutir, gredir, mitir.
(ceder) - retroceder/retrocesso, conceder/concessão, exceder/excesso.
Atenção! A palavra "exceção" não é grafada com ss.
(primir) - imprimir/impressão, deprimir/depressão.
(meter) - intrometer/intromissão, prometer/promessa.
(cutir) - repercutir/repercussão.
4
Apostila Pré-Edital: SEMSA
(gredir) - agredir/agressão.
(mitir) - demitir/demissão.
Palavras em que o prefixo termina em vogal e a palavra é iniciada por S: ressurgir (re +
surgir), assimétrico (a + simétrico), pressentimento (pré + sentimento), minissaia (mini +
saia).
Palavras com Ç
I Não se usa Ç antes de E e I, apenas existindo: ÇA, ÇO, ÇU.
II Palavras de origem árabe, africana, indígena, italiana: cachaça, açúcar, açaí, babaçu,
Iguaçu, Moçambique, caçula, açoite, muçarela, maçom, muçum.
III Palavras que derivam de outras com "to" no radical: atento/atenção, correto/correção,
exceto/exceção, direto/direção, isento/isenção.
IV Palavras que derivam do verbo "ter": abster/abstenção, reter/retenção, ater/atenção,
conter/contenção.
V Palavras que derivam de substantivos terminados em "tor": produtor/ produção,
trator/tração, infrator/infração, redator/redação.
VI Palavras que derivam do verbo torcer: torcer/torção, distorcer/distorção.
Atenção! Para melhor fixação, é interessante que o aluno elabore frases empregando palavras
cuja ortografia gera dúvida para ele. Lembrando que não vale só criar, tem que fixar a escrita
das palavras mais complicadas!
Exemplos:
Ele era a exceção e tudo que falava tinha repercussão, atingindo a classe burguesa.
Há perigo de recessão?
Palavras com Z
I Substantivos abstratos que derivam de adjetivos, com sufixo "EZ" ou "EZA”: gentil
(adjetivo)/gentileza, límpido (adjetivo)/limpidez, tímido (adjetivo)/timidez, ácido
(adjetivo)/acidez, pobre (adjetivo)/pobreza, triste (adjetivo)/tristeza,
frio(adjetivo)/frieza.
II Palavras que derivam de outras com Z no radical: revezar/revezamento,
deslizar/deslize, cruzar/cruzamento, paz/apaziguar.
III Verbos terminados em "izar" que derivam de palavra sem S no radical:
hospital/hospitalizar (hospitalização), ameno/amenizar (amenização),
concreto/concretizar (concretização), útil/utilizar (utilização), legal/legalizar
(legalização).
IV Boa parte dos verbos terminados em "ir", "er" e "uzir": fazer, cozer (sentido de
cozinhar), reproduzir, abduzir, jazer, deduzir, conduzir, luzir.
5
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Atenção! Quando a palavra tiver sufixo "inho (a)" e derivar de alguma outra que tenha S no
radical: a grafia deve ser feita com S!
Exemplos: lápis (tem S no radical) /lapisinho, mesa (tem S no radical) / mesinha, parafuso (tem
S no radical) / parafusinho, casa (tem S no radical) / casinha.
Palavras com X
Geralmente após ditongo: feixe, caixa, frouxo, seixo, eixo, baixo. Exceções: recauchutar,
guache.
I Em boa parte das palavras, após a sílaba "EN": enxame, enxugar, enxoval, enxada,
enxofre, desenxabido. Exceções: preencher/encher/enchente (derivam de cheio),
encharcar, enchova (também chamada de anchova), enchumaçar (deriva de
enchumaço).
II Após a sílaba "ME": mexerico, mexicano, mexilhão, mexer.
III Exceções: mecha (de cabelo).
IV Após as sílabas "GRA", "BRU", "LA", "LI", "LU": graxa, bruxa, laxante, lixa, lixo, luxo,
luxação.
V Algumas palavras de origem africana, indígena, árabe, etc.: xampu, Xangai, abacaxi,
xadrez, oxalá, xarope, enxoval, xaveco, xeque-mate, xerife, xucro, xingar.
Dica! Atentem para estas palavras, pois são muito recorrentes nas provas de concursos e
NÃO SÃO GRAFADAS COM X: estendido, esplêndido, esterno (osso). Não
confundir! Externo = algo que está fora, que vem de fora / Esterno = osso do corpo
humano.
Palavras com CH
I Palavras começadas com "CHAM" e "CHO": chocalho, chocolate, choupana, chaminé,
champanha, chamuscado, chope. Exceção: xampu.
II Palavras derivadas de cognatas (que tem radical idêntico) com CH: chinelo/chinelada,
chifre/chifrada, chave/chaveiro, charco/encharcar, piche/pichação, encher/enchente.
III Palavras com o sufixo "ACHO", "ICHO", "UCHO", "ACHÃO": gaúcha, riacho, gorducho,
barbicha, bonachão, esguicho. Atenção! Taxar: sentido de atribuir taxa, imposto.
Exemplo: A taxa de juros aumentou 10% neste mês. / Tachar: sentido de censurar, expor
defeito, acusar, atribuir "tacha". Exemplo: Maria tachou João de mentiroso.
6
Apostila Pré-Edital: SEMSA
É interessante que o aluno tenha em mente a grafia das seguintes palavras: bochecha,
cheque, inchado, chacina, chuchu, chantagem, chimpanzé, cochilo, deboche, salsicha,
chácara, cachimbo, charque, charuto, pechincha.
Palavras com G
I Palavras terminadas em "AGEM", "IGEM", "UGEM", "EGE", "OGE": paisagem, garagem,
vertigem, fuligem, ferrugem, herege, bege, paragoge, doge. Exceções: pajem,
lambujem, laje (lajem).
Cuidado!!! Viagem (substantivo) é grafada com G (exemplo: Fiz uma excelente viagem
no verão.) / Viajem (verbo) é grafado com J (exemplo: É preciso que elas viajem hoje).
II Palavras terminadas em "ÁGIO", "ÉGIO", "ÍGIO", "ÓGIO", "ÚGIO": sufrágio, naufrágio,
adágio, colégio, egrégio, litígio, vestígio, relógio, refúgio, subterfúgio.
III Boa parte das palavras iniciadas por "A": ágil, agiota, agouro, agente (!!!), agitar, agir.
Exceções: palavras que derivam de outras com J no radical → ajeitar (vem da palavra
"jeito", grafada com J), ajuizar (vem da palavra "juízo", grafada com J).
Cuidado! A palavra "agente" tem sentido de pessoa que desempenha função ou
cargo (pode associar ao "agente secreto") - Exemplo: O agente fiscalizou o setor
ontem.
IV A expressão "a gente" é de uso cotidiano e tem sentido de plural (nós) - Exemplo: A
gente quer tomar sorvete amanhã!
V Verbos terminados em "GER" ou "GIR": eleger, convergir, fingir, constranger, aspergir,
fugir, infringir (transgredir, violar), infligir (aplicar pena, castigo).
VI Nas palavras "gestão", "gerir" e as que daí derivarem: gestor, digestão, ingestão,
sugerir, sugestão, indigestão.
VII Palavras que derivam de outras com G no radical: tingir/tingido, gelo/gelado,
rígido/rigidez.
Palavras com J
I Palavras que derivam de outras com J no radical: granja/granjeiro,
lisonja/lisonjeiro/lisonjeado, jeito/ajeitar, gorja/gorjeta, canja/canjica, laje/lajedo,
loja/lojista, anjo/anjinho. Cuidado com a palavra "angélico", que deriva de anjo,
mas é grafada com G!
II Palavras de origem indígena, africana, árabe: jirau, jiboia, jerimum, manjericão, alforje,
jequitibá, beiju.
III Verbos que terminam em "JAR" e em "JEAR": arranjar, viajar, despejar, despejei, viajei,
bocejei, bocejar, granjeio, granjeias, granjear, granjeiam.
É importante que o aluno tenha em mente a grafia das seguintes palavras: azulejo, projétil,
ojeriza, manjedoura, gorjear, trejeito, enjeitado, cervejeiro, caranguejo, caranguejeira,
jejum, berinjela.
7
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Palavras com E
I Palavras com o prefixo "ante" (indicando anterioridade): antessala, antebraço,
antevéspera, antedata, anteontem. Cuidado! Não confundir com o prefixo "anti" (com
"i") que indica contrariedade! Abordaremos esta situação no tópico "Palavras com i".
II Na conjugação dos verbos, no presente do Indicativo e do Subjuntivo: (macete do
MARIO).
M A R I O: MEDIAR - ANSIAR - REMEDIAR - INCENDIAR - ODIAR
Ao conjugar algum desses verbos: acrescer a letra E antes do I em todas as formas,
exceto nas pessoas "NÓS" e "VÓS"!
O ideal é seguir a conjugação do verbo ODIAR: Eu odeio, Tu Odeias, Ele Odeia, Nós
Odiamos (sem a letra E), Vós Odiais (sem a letra E), Eles Odeiam.
III Alguns verbos, no presente do Indicativo, terminados em "IR" (pessoas que recebem a
vogal "e": TU, ELE, ELES):
Exemplo: Partir → Eu parto, Tu partes, Ele parte, Nós partimos, Vós partis, Eles partem.
Exemplo: Dormir → Eu durmo, Tu dormes, Ele dorme, Nós dormimos, Vós dormis, Eles
dormem.
IV Verbos terminados em "OAR" ou em "UAR", conjugados no presente do Subjuntivo
(todas as pessoas recebem a vogal "e"):
Exemplo: Magoar → Que eu magoe, Que tu magoes, Que ele magoe, Que nós
magoemos, Que vós magoeis, Que eles magoem.
Exemplo: Pontuar → Que eu pontue, Que tu pontues, Que ele pontue, Que nós
pontuemos, Que vós pontueis, Que eles pontuem.
V Em palavras com ditongos nasais: "ÃE(s)" ou "ÕE(s)": mães, anões, capitães, vilões,
aldeães.
Palavras com I
I Palavras com o prefixo "anti" (sentido de contrariedade, de oposição): anticristo,
antipatia, antirrábico, antídoto, antissepsia.
II Verbos terminados em "AIR", "OER" ou "UIR", conjugados no presente do Indicativo
(pessoas que recebem a vogal "i": TU e ELE):
Exemplo: Atrair → Tu atrais, Ele atrai. Exemplo: Roer → Tu róis, Ele rói. Exemplo:
Possuir → Tu possuis, Ele possui.
III Quando acrescentamos o sufixo "DADE" a uma palavra terminada em "EO", trocamos
a vogal "O" pela vogal "I":
Exemplos: espontâneo/ espontaneidade, instantâneo/ instantaneidade, idôneo/
idoneidade.
IV Em verbos terminados em "EAR", no modo Imperativo, no presente do Indicativo e no
presente do Subjuntivo, acrescentamos a letra "I" depois da letra "E", exceto nas
pessoas "NÓS" e "VÓS".
Exemplo: Pentear → Eu penteio, Tu penteias, Ele penteia, Nós penteamos, Vós
penteais, Eles penteiam
8
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: Recear → Eu receio, Tu receias, Ele receia, Nós receamos, Vós receais, Eles
receiam.
Palavras com H
Vale destacar que a letra H, por não reproduzir som, pode gerar algumas dúvidas quanto ao
seu uso na escrita de certas palavras. Assim, vamos dar algumas regras que facilitarão a vida
do concurseiro neste quesito!
I - Em todas as conjugações do verbo haver: houve, hei, haveria, haveis, hemos, haverão,
hão, havia.
III - No substantivo Bahia, mas as palavras que dele derivam não seguem a grafia com H,
vejamos: baiano, baiana, baianidade.
V - No início ou fim de algumas interjeições (classe gramatical que exprime emoção): Há!
Ah!, Heim?, Hum!, Hehehe...
VI - No início de certas palavras por questões etimológicas (origem das palavras): hoje
(origem latina, hodie), hesitar, horizonte, hebraico, hábil, habitar, hipótese.
Cuidado!!!! A palavra "harmonia" é grafada com H, entretanto o mesmo não ocorre com
"desarmonia" (prefixo des). O mesmo ocorre com os prefixos "ex", "sub", "re", "in", "cos", que
dispensam tanto o hífen, quanto a letra H na formação das palavras, vejamos: haver/reaver,
herdeiro/coerdeiro, humana/subumana (sub-humana).
Por fim, é interessante ter em mente a grafia das seguintes palavras: homilia, hóquei,
hortênsia, hediondo, haxixe, híbrido, homérico.
A palavra mal com L deve ser empregada quando tiver o sentido oposto ao de bem.
9
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Por que: equivalente a "por que motivo", "por qual razão". Pode também significar "pelo qual"
e ainda ser empregado em frases interrogativas diretas. Exemplo: Por que você faltou à aula?
(frase interrogativa direta)
Exemplo: Não sei por que você age assim. (por qual motivo)
Exemplo: A situação difícil por que passamos será resolvida. (pela qual) Porquê: representa
Por quê: empregado no final de frases e antecedido por ponto final, de exclamação, de
interrogação.
Onde X Aonde
Onde: indica localização com ideia estática. Pode ser advérbio ou pronome relativo (pode ser
substituído por "em que").
Ao Encontro de X De Encontro a
Ao encontro de: ideia de concordância, ser favorável. Dica! Lembrar de "A" de "a favor".
Agente X A Gente
Agente: pessoa que atua, opera ou faz algo. Dica! Lembrem do 007 (agente secreto) e do
agente de saúde.
10
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A Fim X Afim
A fim: ideia de finalidade, objetivo.
Mas X Mais
Mas: conjunção que indica contrariedade, oposição.
Exemplo: Na medida em que fazíamos uma dieta rígida, perdíamos peso rapidamente.
Há X A
Há: quando empregado com sentido de existir ou de tempo decorrido.
A: nas demais situações. Isso mesmo, não sendo caso de emprego do "Ha", utilizamos o "A".
Pode, inclusive, indicar tempo futuro ou distância.
Ao Nível de X Em Nível de
Ao nível de: sentido de "à mesma altura".
11
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A Fora x Afora
A fora (separado): → locução adverbial empregada em conjunto com a expressão "a dentro",
opondo-se a ela.
Afora (junto): → pode ser advérbio ou preposição. Se for advérbio, terá sentido de "ao longo
de", "para o lado de fora". Se for preposição, terá sentido de "à exceção de". Exemplo: Pela
estrada afora, eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha (advérbio).
• Nas palavras que designam os pontos cardeais. Exemplos: norte, sul, nordeste. - Nas
palavras monossílabas que ligam títulos de obras, congressos, conferências.
Letras Maiúsculas
• No início de frases, de períodos, de citações diretas.
Exemplos: Joana, Londres, Brasil, Marte, Mar Vermelho, Mickey Mouse, Nação, Pátria,
Estado, Igreja Católica. Saturno.
• As palavras "Estado", "Pátria", "Nação" só são grafadas com inicial maiúscula quando
empregadas com sentido de entidade.
12
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• Em nomes de festividades.
Os nomes que designam cursos e disciplinas podem ser escritos ou não com inicial maiúscula.
Vejamos alguns exemplos: Letras (letras), Língua Portuguesa (língua portuguesa), Biologia
(biologia).
Acentuação
Proparoxítonas
As palavras proparoxítonas são aquelas cuja sílaba forte é a antepenúltima. A regra é simples:
se é proparoxítona, é acentuada!
Perceberam que é simples? Basta identificar a sílaba tônica, se ela coincidir com a
antepenúltima da palavra: acento nela!
Paroxítonas
As palavras paroxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima. Agora a decoreba vai
começar (é o jeito! rs...), pois não acentuamos todas as palavras paroxítonas. Vamos às
regrinhas!
• ÃO, ÃOS
As palavras paroxítonas terminadas em ÃO, ÃOS são acentuadas. Vejamos:
Exemplos: órgão, órgãos, órfão, bênção, bênçãos.
• ON(s)
As palavras paroxítonas terminadas em ON(s) são acentuadas!
Exemplos: elétron, elétrons, próton, prótons.
• UM/UNS
Também acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em UM/UNS. Vejamos:
13
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• PS
As palavras paroxítonas terminadas em PS são acentuadas!
Exemplos: fórceps, bíceps, tríceps, quadríceps. (*Dica: lembrem de músculos ou de
academia.)
• U(s), I(s)
As palavras paroxítonas terminadas em U(s) ou I(s) são acentuadas.
Exemplos: júri, júris, vírus, lápis, táxi.
• Ditongo oral
As palavras paroxítonas terminadas em ditongo oral (som oral, pronunciado apenas
pela boca) devem ser acentuadas. Vejamos:
Exemplos: história, imóveis, jóquei, túneis.
As palavras paroxítonas terminadas em ENS não são acentuadas: hifens, polens, abdomens.
As palavras item e itens não são acentuadas!!!!
Prefixos paroxítonos terminados em R ou I não são acentuados: super, mini, anti, inter. Vale
destacar que, se esses prefixos forem transformados em substantivos, o acento deverá ser
empregado: a míni, o hiper, a máxi.
Oxítonas
As palavras oxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a última. Acentuamos as oxítonas
terminadas em: A(s), E(s), O(s), EM (ens). Vejamos:
Monossílabas Tônicas
As palavras formadas por uma única sílaba (tônica) são acentuadas quando terminadas em:
A(s), E(s) ou O(s). Exemplos: pó, pá, só, pé, má, mês.
Atenção!!! As formas verbais tônicas e monossilábicas terminadas em "A", "E" ou "O" seguidas
de "lo(s)" ou "la(s)" são acentuadas!
Exemplo: dá-lo (verbo dar), pô-lo (verbo pôr), fê-lo (verbo fazer).
Os monossílabos tônicos terminados em "A(s), E(s), O(s)" são acentuados, mas isto não quer
dizer que só os monossílabos acentuados são tônicos. Vejamos: dor, mal e trem são palavras
monossilábicas e também tônicas, entretanto, não levam acento por terminarem com R, L e
M.
São monossílabos tônicos: substantivos (fé, dor, trem, sol), adjetivos (só, má), advérbio (mal,
já, bem), pronomes (eu, tu, ele, mim, ti, nós, vós, meu , teu), verbos (dá, pôr), numerais (três).
14
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Acentos Diferenciais
Algumas palavras são acentuadas para que sejam diferenciadas de outras e isto acontece com
a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR. Vejamos:
Percebam que, neste caso, a acentuação visa distinguir a terceira pessoa do singular (ELE/ELA
sem acento) da terceira pessoa do plural (ELES/ELAS com acento).
A forma verbal PÔDE (pretérito perfeito do Indicativo) é acentuada para ser diferenciada de
PODE (presente do Indicativo). Vejamos:
Eu pude
Tu pudeste
Ele pôde
Nós pudemos
Vós pudestes
Eles puderam
A forma verbal PÔR é acentuada para não ser confundida com a preposição POR, vejamos:
Atenção! A vogal tônica deve ser a segunda do hiato (ocorre hiato quando temos duas vogais
juntas, mas em sílabas diferentes).
15
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Assim, palavras como: raiz (ra-iz), juiz (ju-iz), cair (ca-ir) não são acentuadas, pois a vogal (i ou
u) não está sozinha na sílaba, nem acompanhada pelo S, mas por outra consoante.
Quando o hiato for seguido de NH na sílaba seguinte, não deve ser acentuado! Exemplo:
rainha, (ra-i-nha), campainha (cam-pa-i-nha), moinho (moi-nho).
Quando o hiato (i/u) for formado por vogais iguais, não deve ser acentuado! Exemplo: xiita
(xi-i-ta), vadiice (va-di-i-ce).
Com o advento do Novo Acordo Ortográfico: paroxítona com ditongo decrescente seguido
de hiato (i ou u) = sem acento! Exemplo: feiura, baiuca, bocaiuva. Quando o ditongo for
crescente o acento permanece!
Exemplo: Guaíra.
Exemplo: ideia, plateia, paranoia, estreia, jiboia, geleia, epopeia, heroico (lembrando que
"herói" continua acentuado por ser oxítona terminada em ditongo aberto).
Trema
Mantido apenas na escrita de nomes próprios estrangeiros e de adjetivos derivados de nomes
estrangeiros (Müller, "obra mülleriana"), o trema foi abolido da escrita das demais palavras.
Vejamos:
Uso do Hífen
Quando o segundo termo começar com H, USE HÍFEN. Exemplos: anti-higiênico, super-
homem, semi-hospitalar, extra-humano, sobrehumano, sub-hepático.
1. Quando o prefixo terminar com a MESMA LETRA que inicia a palavra, USE HÍFEN.
Exemplos: sub-base, anti-inflamatório, micro-ondas, micro-organismo, autoobservação,
contra-ataque, super-resistente, inter-regional.
16
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Algumas palavras formadas pelos prefixos "DES" e "IN" perderam o H: desumano (des +
humano), inábil (in + hábil).
No caso dos prefixos PRE - PRO – CO – RE (todos sem acento), sempre haverá aglutinação
com o segundo elemento, mesmo que o prefixo termine com a mesma letra que inicia a
palavra seguinte.
3. Nas formações que envolvem PRÉ, PÓS, PRÓ, RECÉM, BEM, EX, SEM, ALÉM, AQUÉM,
SOTA/SOTO, VICE/VIZO, USE HÍFEN:
1. Com o prefixo "MAL", se o segundo termo começar com VOGAL, H ou L, USE HÍFEN:
Porta-retrato é uma palavra escrita com hífen porque “porta” não é prefixo, mas uma forma
do verbo “portar”.
5. Quando o prefixo TERMINA com uma VOGAL e o segundo termo começa com VOGAL
DIFERENTE, NÃO USE O HÍFEN:
17
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Crase
Regra Geral
Sem dúvida, um dos assuntos mais perguntados em sala de aula é a crase. Muitas dúvidas são
levantadas pelos alunos, que consideram esse tópico bastante difícil. O que quero mostrar a
vocês é que a crase é um fenômeno linguístico que pode ser facilmente identificado.
Apresento, a seguir, um quadro resumo que consegue sintetizar muito bem esse meu
raciocínio. Vejamos:
• À = A + A
Preposição Artigo
• ÀS = A + AS
Preposição Artigo
• ÀQUELE(S) AQUELE(S)
• ÀQUELA(S) A + AQUELA(S)
• ÀQUILO Preposição AQUILO
Veja bem, para haver crase, é necessário fazer uma soma: soma-se a preposição “a” -
solicitada pela regência de um verbo ou de um nome - com o artigo definido “a” ou “as” -
solicitado por uma palavra feminina.
Veja também o terceiro exemplo, em que ocorre a fusão da preposição “a” com o “a” inicial
dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo.
Observe a frase:
Fomos à piscina.
A forma verbal “fomos” solicita a regência da preposição “a” – fomos a algum lugar. Além
disso, o substantivo feminino “piscina” solicita o artigo definido “a”. A soma da preposição “a”
com o artigo “a” resulta na forma “à”.
Para termos certeza de que ocorre a crase, podemos nos utilizar de alguns artifícios:
>> Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer a forma “ao”
ou “aos” diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase.
Respondi às perguntas.
18
Apostila Pré-Edital: SEMSA
>> Substituir a preposição “a” por “para”. Se aparecer “para a”, ocorre a crase:
Fui à Holanda.
>> Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão “voltar da”,
é porque ocorre a crase.
Iremos a Curitiba.
Voltaremos de Curitiba.
Iremos à Bahia.
Voltaremos da Bahia.
Conforme foi explicado, se não houver a preposição “a” ou o artigo “a”, não ocorrerá crase.
Veja que tudo não passa de consequência do quadro resumo. Diante disso, podemos concluir
que não há crase: a) antes de verbo
Passeamos a cavalo.
Entenda porque senhora, senhorita e dona aceitam crase. Observemos a frase “Entregaram
o convite à senhora”. Se substituirmos “senhora” por “senhor”, teremos “Entregaram o convite
ao senhor”. Dessa forma, se “senhor” solicita artigo definido, “senhora” também o deverá
solicitar. O artigo solicitado por senhora se contrai com a preposição
solicitada pela forma verbal Entregaram, resultando na forma “à” d) antes
de pronomes em geral:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
O que está errado nessa frase, professor? Prestem atenção! Temos a preposição “a”, solicitada
pela regência da forma verbal “Referi-me” (quem se refere, se refere a algo). Porém, não temos
a presença do artigo “a”, uma vez que o substantivo feminino “cenas” é plural. Se este solicitar
artigo, solicitará o definido plural “as”.
Imaginemos um enunciado da CESPE assim redigido: “As duas frases acima estão corretas do
ponto de vista gramatical e mantêm o mesmo sentido”. E aí, CERTO ou ERRADO?
Olhem só: corretas do ponto de vista gramatical elas estão, mas não possuem o mesmo
sentido, não. Na construção “Referi-me a cenas de terror”, a ausência do artigo “as” (a forma
“a” é apenas preposição) dá a entender que se trata de cenas de terror quaisquer. Já na
construção “Referi-me às cenas de terror”, a presença do artigo definido “as” especifica as
cenas de terror, dando a entender que não se trata de quaisquer cenas.
A crase é facultativa
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Casos Especiais
Quando a palavra “casa” é empregada no sentido de “lar” e não vem especificada, não ocorre
a crase. Se, por sua vez, houver especificação da casa, haverá crase.
O mesmo ocorre com a palavra “terra”, no sentido de “terra firme”. Só haverá crase se vier
especificada.
Não há crase diante do pronome relativo “que”. Para se certificar disso, substitua “nação” por
“país”. Teremos a construção “Este é o país a que me refiro”. Veja que não houve alteração da
forma “a que”. É sinal de que não há crase. ii) Esta é a nação à qual me refiro.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Substituindo “nação” por “país”, teremos a construção “Este é o país ao qual me refiro.”. O
fato de aparecer a forma “ao qual” é sinal de que ocorre crase, resultado da contração da
preposição “a” com o pronome relativo “a qual”.
AFIXOS: aparecem antes ou depois do radical, alterando sua composição. São os prefixos e
sufixos.
DESINÊNCIA: indica como a palavra está flexionada, pode ser nominal ou verbal.
DESINÊNCIA VERBAL: revela a pessoa (1ª, 2ª ou 3ª), o tempo (presente, pretérito...), o modo
(Indicativo, Subjuntivo, Imperativo) e número (singular ou plural).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: compr- o (a desinência deste verbo nos permite afirmar que ele está conjugado na
primeira pessoa do singular, no presente do Indicativo).
Exemplo: compra-se (a desinência deste verbo nos permite afirmar que está conjugado no
pretérito imperfeito do Subjuntivo e no singular, mas a pessoa deve ser identificada pelo
contexto, pois pode ser primeira ou terceira: eu comprasse ou ele/ela comprasse.
VOGAL TEMÁTICA: aparece após o radical ligando-o aos sufixos ou à desinência. Pode ser
nominal ou verbal.
Quando o verbo tem vogal temática A - dizemos ser de 1ª conjugação (amAr, cantAr, pulAr)
Quando o verbo tem vogal temática E - dizemos ser de 2ª conjugação (vivEr, esquecEr, bebEr)
Quando o verbo tem vogal temática I - dizemos ser de 3ª conjugação (partIr, sorrIr, aplaudIr)
Na prática:
A palavra café termina com vogal tônica, por isso ela é atemática: sem vogal temática.
Atenção! O sufixo "mente", na maioria dos casos, indica que a palavra é advérbio de modo.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Atenção! Podemos retirar apenas o prefixo ou apenas o sufixo, a palavra continuará existindo
na Língua Portuguesa.
• Percebam que não existe "abenço", nem "bençoar", a mesma situação é verificada nos
outros exemplos.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA: ocorre quando palavra é formada por redução, e não por
acréscimo.
Exemplos: comprar → compra, beijar → beijo, pescar → pesca, fugir → fuga, dançar→ dança
Fique de olho! Em regra, quando o substantivo expressar ação (compra, pesca, beijo, fuga,
dança), ele será palavra derivada e o verbo será a palavra primitiva, como mostram os exemplos
acima.
sufixação). arquivo → arquivar (arquivar deriva de "arquivo" por sufixação). telefone → telefonar
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA: a palavra em si não sofre alteração, o que muda é sua classificação
morfológica e seu sentido, ou seja, para constatarmos este tipo de derivação precisamos
analisar a palavra em cada contexto. Vejamos:
COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO: ocorre quando unimos duas palavras ou radicais, sem
alteração fonética.
Exemplos: lobisomem (lobo + homem), embora (em + boa + hora), planalto (plano + alto),
fidalgo (filho + de + algo).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Hibridismo: Ocorre quando as palavras são formadas por elementos de línguas diferentes,
vejamos:
Classes de Palavras
Artigo
O ARTIGO é empregado, principalmente, para determinar ou individualizar um nome. Assim,
podemos afirmar com quase certeza que após um artigo teremos um substantivo. O artigo
ainda serve para identificar o gênero (masculino ou feminino) e o número (singular ou plural)
dos substantivos.
O aluno foi ao shopping (artigo definido, o autor sabe qual aluno foi ao shopping).
Um aluno foi ao shopping (artigo indefinido, o autor não sabe qual aluno foi ao shopping).
Os artigos podem ser combinados com as preposições: a, de, por, em. preposição
A/O = NA, NO preposição EM+ artigo UM/UMA = NUM, NUMA preposição POR
Cuidado para não confundir artigo com pronome oblíquo. O pronome oblíquo substitui
objetos diretos e acompanha um verbo. O artigo acompanha substantivos! Vejamos:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Cuidado para não confundir o artigo indefinido "um" com o numeral "um":
Um livro estava guardado na estante (artigo indefinido, ideia de "um livro qualquer").
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: Esta é a professora cujo livro foi bem vendido. ► Exemplo: Esta
mês:
Exemplo: Ela não frequenta festas por causa da religião que segue.
Exemplo: Ter um Salvador Dalí em casa não é para qualquer pessoa (ideia de "ter um quadro
de").
Substantivo
O SUBSTANTIVO é uma das classes mais importantes para a construção de orações
(juntamente com o verbo) e tem por função nomear os seres: pessoas, objetos, animais,
lugares, fenômenos, sentimentos, personagens da ficção.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Além do vastíssimo número de substantivos existentes em nossa língua, a maioria das palavras
de outras classes gramaticais também podem se tornar substantivos! O "fenômeno" é
chamado de substantivação:
Exemplo: O olhar dela fascina a todos (normalmente, a palavra "olhar" é classificada como
verbo, entretanto, no exemplo, funciona como substantivo).
Exemplo: O invejoso não gosta de elogiar outras pessoas (a palavra "invejoso" geralmente é
classificada como adjetivo, entretanto, no exemplo, funciona como substantivo).
Substantivos Coletivos
Servem para designar grupos de uma mesma espécie, vejamos alguns:
Alcateia - de lobos
Arquipélago - de ilhas
Arsenal - de armas
Cáfila - de camelos
Cardume - de peixes
Constelação - de estrelas
Enxame - de abelhas
Elenco - de atores
Feixe - de lenha
Frota - de navios
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Matilha - de cães
Ramalhete - de flores
Vara - de porcos
Substantivos Concretos: servem para designar todos os substantivos que não forem ações,
qualidades, emoções, sentimentos.
Exemplos: fada, pedra, floresta, Deus, alma, estrela, céu, cadeira, luz, estrada, Saci.
Atenção!!! Os afixos são morfemas (pequenas partículas) que transformam palavras primitivas
em derivadas, podendo ser: prefixo (adicionado no início da palavra - Exemplo: ilegal), sufixo
(adicionado no final da palavra - Exemplo: pedreira).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Substantivos invariáveis: lápis (é invariável quando for palavra simples e quando for parte de
palavra composta), o porta-lápis/ os porta-lápis.
Pronomes invariáveis: ninguém (é invariável quando for palavra simples e quando for parte
de palavra composta), a maria-ninguém / as marias-ninguém.
Dica que Resolve Boa Parte das Questões de Plural dos Substantivos
Substantivo
Adjetivo VARIAM
Numeral
Essas são as classes que variam, ou seja, flexionam quando aparecem em substantivos
compostos pluralizados: Couve-flor → Couves-flores
S S
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Como a palavra "couve-flor" é composta por dois substantivos (S de SAN), ambos variam
quando a palavra é pluralizada.
Primeiro-ministro → Primeiros-ministros
N S
Como a palavra "primeiro ministro" é composta por "primeiro" (numeral - N de SAN) e por
"ministro" (substantivo - S de SAN), ambos variam quando a palavra é pluralizada.
Amor-perfeito → Amores-perfeitos
S A
"Beija" é verbo (não está dentro do grupo SAN), logo não varia.
Adjetivo
Quando precisamos descrever um objeto, uma pessoa, um local, com certeza, empregamos
algum adjetivo. Assim, se quisermos definir essa classe gramatical com apenas uma palavra, a
mais ideal será "caracterizador", pois o adjetivo tem por função principal exatamente isto:
atribuir características aos seres.
Os adjetivos podem modificar substantivos (a maioria), numerais, pronomes e orações
completas.
É preciso guardar a situação do adjetivo qualificando uma oração inteira, pois é recorrente
em provas de concurso. Assim, vamos dar mais exemplos:
O que podemos perceber com os exemplos acima? Observem os adjetivos destacados. Eles
permanecem invariáveis!!!!
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Adjetivação
A palavra "adjetivação" pode fazer referência a uma técnica estilística empregada por alguns
autores (uso de adjetivos em excesso para enfatizar algo) ou à transformação de substantivos
em adjetivos (mais importante para as provas de concurso).
A palavra "laranja" normalmente faz menção à fruta (substantivo), mas no exemplo acima, foi
empregada como adjetivo que modifica o substantivo "calça". Exemplo: João tem um jeito
moleque de andar.
Na frase acima, a palavra "moleque" é um adjetivo que caracteriza o "jeito" de andar do João,
qualificando o substantivo "jeito". Entretanto, normalmente, "moleque" é uma palavra
empregada como substantivo.
Na frase acima, a palavra "pastel", normalmente empregada como substantivo, é adjetivo que
caracteriza o tom da parede.
Locuções Adjetivas
A locução adjetiva é a reunião de duas ou mais palavras com valor de um adjetivo, vamos aos
exemplos:
Percebam que boa parte das locuções adjetivas podem ser substituídas por um único adjetivo.
Entretanto, o fato de algumas não poderem ser convertidas em adjetivo, não tira delas a
classificação de "locução adjetiva".
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Vejam só algumas locuções que não podem ser convertidas em um único adjetivo: caixa de
papelão, pessoa sem caráter, palhaço sem graça, ideia sem pé nem cabeça, chão de
cimento.
Exemplo: A preocupação com questões simplórias deve ser evitada (o adjetivo "simplórias"
está no plural - e no feminino - para concordar com "questões").
Exemplo: Ele é um bom menino (o adjetivo "bom" está no singular - e no masculino - para
concordar com "menino").
Adjetivos Compostos
Os adjetivos compostos flexionam com base em algumas regras:
O falso profeta gritava para a multidão (o adjetivo "falso" foi empregado com sentido de
impostor).
O profeta falso gritava para a multidão (o adjetivo "falso" com sentido de desleal, mentiroso).
Joana é uma nova pessoa (o adjetivo "nova" foi empregado com sentido de renovada).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Joana é uma pessoa nova (o adjetivo "nova" foi empregado com sentido de jovem, de pouca
idade).
Ele era um senhor delegado (o adjetivo "senhor" foi empregado com sentido de excelente,
ótimo).
Ele era delegado senhor (o adjetivo "senhor" foi empregado com sentido de pessoa de meia-
idade).
A mulher pobre vestia azul (o adjetivo "pobre" foi empregado com sentido de pessoa com
pouco dinheiro).
A pobre mulher vestia azul (o adjetivo "pobre" foi empregado com sentido de coitada, digna
de pena).
FENÔMENO DA NATUREZA: o próprio nome define do que trata. Exemplo: chover, trovejar,
amanhecer, escurecer.
Vale destacar que os verbos que indicam ação e fenômeno da natureza, normalmente, ocupam
função de núcleo de predicado verbal ou de predicado verbo-nominal.
Exemplo: Ia andando, está chorando, vai fugir, comecei a ler (sim, pode haver uma preposição
entre o verbo auxiliar e o verbo principal).
Ele está cantando todas as sextas (locução verbal com sentido de "continuidade da ação de
cantar").
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Ando meio desligado, eu nem sinto meus pés no chão... (indica estado do sujeito).
Ando devagar, porque já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais... (indica ação
de andar do sujeito).
Um? Dois? Resposta: DOIS! Estamos diante de um recurso linguístico chamado "zeugma". É a
omissão de um termo, já mencionado, para evitar repetições cansativas e desnecessárias.
Facilmente identificamos o verbo "tenho" no primeiro trecho, mas no segundo trecho, o verbo
"ter" aparece de forma implícita (zeugma).
Assim, não podemos enxergar o verbo "ter" no segundo trecho, mas "sentimos" que ele está
lá pelo contexto. Vejamos:
Terminações Verbais:
AR - verbos de primeira conjugação.
É o modo verbal que exprime ação que provavelmente ocorrerá ou ocorreu. Ao empregá-lo, o
autor trabalha com palpáveis possibilidades de materialização da ação verbal.
• Presente: pode exprimir fato que ocorre no momento da fala, fato habitual, verdade
absoluta, fato atemporal, fato iniciado e que perdura até o momento da fala.
Exemplo: Vejo uma luz forte no céu (fato que ocorre no momento da fala).
Exemplo: Tropas militares buscam vítimas do desastre desde ontem à noite (fato iniciado e
que perdura até o momento da fala).
Exemplo: Um terço das mulheres sofre violência doméstica no mundo (verdade absoluta).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: Ele partiu ontem à noite (fato ocorrido e concluído antes do momento da fala).
Exemplo: Quem nasceu para ser pobre, o ouro se torna em cobre (fato atemporal, comum em
ditados populares).
Exemplo: Aprendi a diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma (fato passado, cujos
efeitos perduram até o presente).
Exemplo: Eu estudava na sala, quando a vizinha chegou (fato passado simultâneo a outro
fato).
Exemplo: Quando a professora entrou na sala estávamos brincando com bolinhas de papel
(fato passado não concluído, expresso por locução verbal).
Exemplo: Quando o juiz apitou, a bola já entrara na rede. (fato passado anterior a outro fato
passado)
• Futuro do Presente: exprime fato certo futuro, posterior ao momento da fala. Pode
ainda indicar futuro incerto, quando empregado em questionamentos.
Exemplo: A professora disse que seríamos aprovados (fato posterior hipotético a outro
passado).
Esclarecendo mais! Na frase acima, a professora "disse" (fato passado) que seríamos
aprovados (fato hipotético posterior à ação de "dizer").
B) Subjuntivo
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
É o modo verbal que expressa dúvida, incerteza. O autor trabalha com chances mais remotas
de concretização das ações verbais.
• Pretérito Imperfeito: expressa hipótese, condição, desejos. Pode ainda formar orações
subordinadas condicionais com o verbo da oração principal no futuro do pretérito.
C) Imperativo
É o modo verbal empregado para exprimir ordem, pedido, sugestão. Temos o Imperativo
afirmativo e o Imperativo negativo.
Falamos sobre os modos verbais (Indicativo, Subjuntivo e Imperativo), mas ainda temos as
FORMAS NOMINAIS que exercem função de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio) em
alguns contextos.
É a forma nominal que expressa o significado geral (vago, indefinido) de um verbo, geralmente
com comportamento de substantivo.
Percebam que na frase acima o sentido é o de: "A vida é melhor que o sonho". Assim, os verbos
no infinitivo comportam-se como substantivos.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Futuro do Subjuntivo: compõe orações iniciadas por "quando" (sentido temporal) ou "se"
(sentido condicional).
Infinitivo: compõe orações normalmente iniciadas por preposição (de, para, a) com sentido
de declaração.
Exemplo: Passando no concurso, comprarei um carro zero (ação anterior a outra: primeiro,
passa no concurso, depois, compra o carro).
Exemplo: Estava ouvindo a música que você fez para mim (compondo locução verbal).
O chamado "gerundismo" é condenado pelas bancas, então, não usem expressões como:
Vou estar enviando os documentos sexta à tarde. NÃO USEM! NÃO USEM!!
O orçamento vai estar sendo providenciado. PERIGO, PONTOS IMPORTANTES PODEM SER
PERDIDOS POR CAUSA DO GERUNDISMO!!
A construção ideal é:
Muitas vezes, esta forma nominal se parece com um adjetivo. Ocorre nas locuções verbais da
voz passiva, de tempos compostos e nas orações reduzidas.
Exemplo: Você foi o aluno escolhido para a homenagem (sentido de "que foi escolhido", pode
ser considerado adjetivo ou verbo no particípio).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: Se ela tivesse financiado teríamos construído uma linda casa (locução verbal de
tempo composto).
*Atenção! Nem todos os verbos têm o particípio terminado em -DO e alguns verbos têm duas
formas corretas de particípio. Vejamos:
A) Regulares
São aqueles que seguem um padrão (modelo) regular: radical e desinência não sofrem
alteração. A maior parte dos verbos enquadra-se nesta classificação, vejamos:
Perceberam que há um padrão em todas as pessoas do singular e do plural? Por isso são
chamados de regulares.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
B) Irregulares
São aqueles que não seguem um modelo, havendo alteração do radical ou das desinências.
Vejamos:
REQUERER CABER MEDIR
C) Anômalos
D) Defectivos
ABOLIR
PRESENTE INDICATIVO PRESENTE SUBJUNTIVO
Eu ------------------------------- Eu ----------------------------------
Tu ------------------------------- Tu ----------------------------------
Ele ------------------------------ Ele ---------------------------------
Percebam que o verbo abolir é conjugado apenas na primeira e na segunda pessoa do plural
e que não há conjugação para o presente do Subjuntivo. Vejamos outro
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: EXAURIR
5) Verbos Importantes
A) Intermediar Indicativo:
Negativo: não intermedeies tu, não intermedeie ele, não intermediemos nós, não intermedieis
vós, não intermedeiem eles.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
B) Ver
Indicativo:
Presente: Eu vejo, Tu vês, Ele vê, Nós vemos, Vós vedes, Eles veem
Pretérito Perfeito: Eu vi, Tu viste, Ele viu, Nós vimos, Vós vistes, Eles viram
Pretérito Imperfeito: Eu via, Tu vias, Ele via, Nós víamos, Vós víeis, Eles viam
Pretérito Mais-Que-Perfeito: Eu vira, Tu viras, Ele vira, Nós víramos, Vós víreis, Eles viram
Futuro do Presente: Eu verei, Tu verás, Ele verá, Nós veremos, Vós vereis, Eles verão
Futuro do Pretérito: Eu veria, Tu verias, Ele veria, Nós veríamos, Vós veríeis, Eles veriam
Subjuntivo:
Presente: Eu veja, Tu vejas, Ele veja, Nós vejamos, Vós vejais, Eles vejam
Pretérito Imperfeito: Eu visse, Tu visses, Ele visse, Nós víssemos, Vós vísseis, Eles vissem
Futuro: Eu vir, Tu vires, Ele vir, Nós virmos, Vós virdes, Eles virem Imperativo:
Afirmativo: vê tu, veja ele, vejamos nós, vede vós, vejam eles
Negativo: não vejas tu, não veja ele, não vejamos nós, não vejais vós, não vejam eles
C) Vir
Indicativo:
Presente: Eu venho, Tu vens, Ele vem, Nós vimos, Vós vindes, Eles vêm
Pretérito Perfeito: Eu vim, tu vieste, Ele veio, Nós viemos, Vós viestes, Eles vieram
Pretérito Imperfeito: Eu vinha, Tu vinhas, Ele vinha, Nós vínhamos, Vós vínheis, Eles vinham
Pretérito Mais-Que-Perfeito: Eu viera, Tu vieras, Ele viera, Nós viéramos, Vós viéreis, Eles
vieram
Futuro do Presente: Eu virei, Tu virás, Ele virá, Nós viremos, Vós vireis, Eles virão
Futuro do Pretérito: Eu viria, Tu virias, Ele viria, Nós viríamos, Vós viríeis, Eles viriam
Subjuntivo:
Presente: Eu venha, Tu venhas, Ele venha, Nós venhamos, Vós venhais, Eles venham
Pretérito Imperfeito: Eu viesse, Tu viesses, Ele viesse, Nós viéssemos, Vós viésseis, Eles
viessem
Futuro: Eu vier, Tu vieres, Ele vier, Nós viermos, Vós vierdes, Eles vierem Imperativo:
Afirmativo: vem tu, venha ele, venhamos nós, vinde vós. venham eles
Negativo: não venhas tu, não venha ele, não venhamos nós, não venhais vós, não venham eles
D) Pôr
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Indicativo
Presente: Eu ponho, Tu pões, Ele põe, Nós pomos, Vós pondes, Eles põem
Pretérito Perfeito: Eu pus, Tu puseste, Ele pôs, Nós pusemos, Vós pusestes, Eles puseram
Pretérito Imperfeito: Eu punha, Tu punhas, Ele punha, Nós púnhamos, Vós púnheis, Eles
punham
Pretérito Mais-Que-Perfeito: Eu pusera, Tu puseras, Ele pusera, Nós puséramos, Vós puséreis,
Eles puseram
Futuro do Presente: Eu porei, Tu porás, Ele porá, Nós poremos, Vós poreis, Eles porão
Futuro do Pretérito: Eu poria, Tu porias, Ele poria, Nós poríamos, Vós poríeis, Eles poriam
Subjuntivo:
Presente: Eu ponha, Tu ponhas, Ele ponha, Nós ponhamos, Vós ponhais, Eles ponham
Pretérito Imperfeito: Eu pusesse, Tu pusesses, Ele pusesse, Nós puséssemos, Vós pusésseis,
Eles pusessem
Futuro: Eu puser, Tu puseres, Ele puser, Nós pusermos, Vós puserdes, Eles puserem
Imperativo:
Afirmativo: põe tu, ponha ele, ponhamos nós, ponde vós, ponham eles.
Negativo: não ponhas tu, não ponha ele, não ponhamos nós, não ponhais vós, não ponham
eles.
Correlação Verbal
Correlação verbal é uma forma de dizer que os verbos devem estar harmônicos no período
(e no texto também).
Dá para sentir que a frase está sem lógica? A pessoa, afinal, tem dinheiro ou não? Comprou a
Ferrari e não tem dinheiro? Como assim? O verbo "tivesse" está conjugado no pretérito
imperfeito do Subjuntivo (indica hipótese/possibilidade) e o verbo "comprei" no pretérito
perfeito do Indicativo (indica fato passado certo). Por isso, o emprego desses tempos e modos
verbais em um mesmo período provocam uma "confusão semântica".
O verbo "compraria" (futuro do pretérito do Indicativo) indica, neste caso, fato que poderia
ocorrer, dependendo de certa condição: ter dinheiro.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Essa "dupla" de verbos funciona muito bem na construção de períodos compostos e sempre
aparece em provas de concurso: pretérito imperfeito do Subjuntivo + futuro do pretérito
do Indicativo.
Tanto o verbo "bebeu" quanto o verbo "ofereceu" estão no pretérito perfeito do Indicativo e,
obviamente, combinam: as duas ações (beber o café e oferecer o café) ocorreram no passado.
A lógica nos diz que primeiro Dona Florinda ofereceu e depois Girafales bebeu, mas para que
isso fique claro, a construção ideal é:
A ação de oferecer o café ocorreu no passado ANTES da ação de beber, que também
aconteceu no passado.
Essa frase poderia ser escrita de mais alguma forma? Sim, olhem só:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Mais importante do que decorar as "duplas" que apresentamos acima, é captar a essência da
correlação verbal: harmonia semântica, período com sentido lógico, sem incoerências.
Pronome
Breve Introdução
Os pronomes são palavras que funcionam como um nome e podem ser empregados para
indicar posse, para substituir ou fazer referência a um nome, para indicar indefinição ou
aproximação, para demarcar as pessoas do discurso, entre muitas outras funções.
Temos dois tipos de pronome:
Pronome substantivo: substitui um substantivo.
Exemplo: Ele comprou uma casa (o pronome "ele" substitui o nome que identifica o
comprador da casa - o sujeito).
Pronome adjetivo: acompanha um substantivo.
Exemplo: João comprou esta casa (o pronome "esta" acompanha o substantivo
"casa").
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Embora muito comum, a construção acima está ERRADA. Os pronomes retos não devem
exercer a função de objeto direto ou indireto.
Atenção!!! Especialmente para prova escrita: evite o uso do pronome "EU", pois ele transmite
uma forte ideia de subjetividade, de arrogância (eu sei, eu recomendo, eu afirmo) e retira do
texto o caráter de impessoalidade, importante para dissertações.
O pronome "vós" praticamente não é mais usado em nossa língua (ressalvandose registros
muito formais). Foi substituído por "vocês" (pronome de tratamento).
Quando empregarmos a expressão "a gente" (forma coloquial), o verbo deve ser conjugado
na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
1ª pessoa do singular me
2ª pessoa do singular te
O verbo "ajudar" é transitivo direto (quem ajuda, ajuda alguém), assim o pronome "o" funciona
como objeto direto.
O verbo "enviar", nesta oração, é transitivo direto e indireto (quem envia, envia algo a alguém).
"Flores" é objeto direto, "lhe" é objeto indireto.
Os pronomes me, te, se, vos, nos podem ocupar função de objeto direto ou de objeto
indireto.
O verbo "pedir", nesta oração, é transitivo direto e indireto (quem pede, pede algo a alguém).
"Paciência" é o objeto direto e "me" é objeto indireto.
O verbo "chamar", nesta oração, é transitivo direto (quem chama, chama alguém). O "me"
funciona, portanto, como objeto direto.
Em regra, não devemos empregar pronomes retos quando acompanhados por preposição.
Entretanto, quando o pronome tiver função de sujeito, então faremos uso dele. Vejamos:
Exemplo: Esta viagem é para eu aproveitar. (Percebam que "eu" é sujeito do verbo
"aproveitar", assim, devemos empregar o pronome reto de acordo com o padrão culto
escrito.) Não devemos usar→ Esta viagem é para mim aproveitar.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: Ela deu o presente para eu desembrulhar. (Percebam que "eu" é sujeito do verbo
"desembrulhar", assim devemos empregar o pronome reto de acordo com o padrão culto
escrito.) Não devemos usar → Ela deu o presente para mim desembrulhar.
Percebam que o pronome "mim" não é sujeito da frase, tanto que pode ser deslocado: Estar
com você é importante para mim.
Assim, a dica é esta: se o pronome puder ser deslocado ou suprimido, sem problemas,
dentro da oração é porque ele não funciona como sujeito!
→ Quando os pronomes oblíquos "a(s), o(s)" acompanharem verbos terminados em som nasal
(am, em, ão, õe), serão transformados em: na(s), no(s), vejamos:
Exemplo: A rotina será mais fácil quando colocarem o garoto na escola. / A rotina será mais
fácil quando colocarem-no na escola.
Pronomes de Tratamento
São pronomes empregados diante de certa formalidade no discurso (tratamento cortês),
representando a segunda ou a terceira pessoa, mas sempre flexionando em terceira pessoa.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: Vocês perceberam se Sua Alteza ficou satisfeita? (Falando sobre a princesa com
outras pessoas).
Pronomes Possessivos
São aqueles que restabelecem relação de posse entre seres e pessoas do discurso.
Exemplo: Maria encontrou Joana em sua casa (na casa de Maria ou na casa de Joana?)
Exemplo: Pedro marcou um encontrou com José em seu restaurante (no restaurante de
quem?).
Pronomes Indefinidos
Fazem referência aos seres de modo indefinido, vago, impreciso.
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
algum, alguma, alguns, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, tudo, nada, ninguém,
todo(s), toda(s), bastante, bastantes, pouco(s), pouca(s), alguém, algo, outrem,
qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uns, uma, umas, certo(s), quem,
certa(s)
Atenção! A palavra "bastante" pode ser classificada como advérbio (invariável) ou como
pronome indefinido (variável). Vejamos: A casa estava bastante depreciada. (Advérbio)
As casas estavam bastante depreciadas. (Advérbio)
Fizemos bastantes festas este ano. (Pronome indefinido)
Uma dica para identificar quando a palavra "bastante" é pronome indefinido: substitua
a palavra por "muito(a)" e veja se ela precisa ser flexionada; se precisar, é porque é pronome!
Vejamos:
As casas estavam bastante depreciadas. → trocar "bastante" por "muito" → As casas estavam
muito depreciadas.
Fizemos bastantes festas este ano. → trocar "bastante" por "muito" → Fizemos muitas festas
este ano.
51
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Percebam que a palavra "muito" flexionou no feminino plural, assim, estamos diante de um
pronome indefinido.
Pronomes Interrogativos
São aqueles empregados na formulação de questionamentos diretos (com ponto de
interrogação) ou indiretos. São eles: quem, qual, que, quanto.
Quero saber quanto custa uma viagem para Miami (pergunta indireta).
Pronomes Demonstrativos
São aqueles que indicam a posição (temporal ou espacial) dos seres num discurso.
Exemplo: Este livro está muito velho (o livro está próximo do falante).
→ Esse, essa, isso: referem-se a seres próximos da pessoa que escuta ou a seres um pouco
distantes.
Exemplo: Essa menina deve estar doente (a menina está mais próxima do ouvinte).
→ Aquele, aquela, aquilo: referem-se a seres distantes da pessoa que fala e da pessoa para
quem se fala.
Exemplo: Aquele cachorro me mordeu (o cachorro está distante das pessoas do discurso).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
→ Este, esta e isto: presente, passado próximo, futuro (dentro de um espaço determinado de
tempo).
Exemplo: Este é o momento mais importante. (presente)
Exemplo: Essa festa ficou na memória. (passado recente) Exemplo: Esses dias
Exemplo: Naquele tempo, todos andavam à noite nas tranquilas ruas (tempo distante).
Pronomes Relativos
Após abordarmos diversos tipos de pronome, chegamos ao mais importante (no sentido de
"despencar" em provas de concurso). Assim, toda atenção aos pronomes relativos!
Percebam que o verbo "precisar" pede a preposição "de". Assim, ela deve ser empregada antes
do pronome relativo. Sabendo disso, a construção "Este é o conselho que precisávamos" está
incorreta. A) O uso do QUE:
Exemplo: O homem que ganhou na Mega-Sena está em Dubai (...o qual ganhou...).
Exemplo: A maçã que compraram no supermercado sábado apodreceu (...a qual compraram).
Atenção! O pronome relativo "que" só deve ser antecedido por preposição monossilábica,
vejamos:
53
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Percebam que a preposição "sobre" tem mais de uma sílaba, assim não devemos empregar o
pronome "que" diante dela, mas o pronome "qual". B) O uso de QUEM:
Geralmente antecedido pela preposição "a", exceto quando o verbo ou um nome exigir outra.
Exemplo: O garoto por quem me apaixonei era mais velho que eu (preposição "por" exigida
pelo termo "apaixonei"). C) O uso do CUJO:
Empregado para indicar noção de posse, geralmente entre dois de nomes: antecedente
(possuidor) e consequente (possuído).
Outro detalhe: esse pronome concorda com o termo "possuído", ou seja, com o termo
consequente!!
Exemplo: João Pessoa, cujas praias são lindas, é um ótimo destino de férias (no plural para
concordar com "praias").
Exemplo: Maria, cuja filha passou no concurso, está feliz (no singular para concordar com
"filha").
Exemplo: Ele parabenizou o professor cujo livro vendeu milhares de cópias (no singular para
concordar com "livro").
O "cujo" não deve ser substituído por outro pronome relativo, pois só ele tem esse sentido
possessivo. Se trocarmos o "cujo" por outro pronome "dará errado", vejamos:
Exemplo: Ele é o homem cujo filho morreu.
D) O uso de ONDE:
O pronome "onde" deve ser empregado para indicar lugar (repetindo, pois é comum erro
neste aspecto!), assim as construções abaixo estão ERRADAS:
Exemplo 1: Estamos vivendo um momento onde as pessoas não pensam umas nas outras".
ERRADO!
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
"Momento" não é uma palavra que indica lugar. Assim, o ideal é: Estamos vivendo um
momento NO QUAL as pessoas não pensam umas nas outras. Exemplo 2: Essa é uma situação
onde precisamos ter cautela. ERRADÍSSIMO!
"Situação" não é lugar! A construção correta é: Essa é uma situação EM QUE precisamos ter
cautela.
Cuidado para não se confundir no uso de ONDE e do AONDE. Vejamos as diferenças entre
estas palavras:
vais?
E) O uso do QUANTO:
Pronome variável (quanto, quantos, quanta, quantas), geralmente empregado após "tudo",
"todo" e "tanto".
COMO:
Advérbio
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Breve Introdução
Quando falamos em advérbio, a palavra que devemos ter em mente é CIRCUNSTÂNCIA. Esta
classe gramatical tem por função, especialmente, expressar algum aspecto (modo, intensidade,
causa, finalidade, tempo, dúvida) que amplia ou modifica o sentido das palavras.
Vale enfatizar que os advérbios podem ser satélite (modificar/ampliar o sentido) de:
• Verbo (a maioria)
• Outro advérbio
• Adjetivo
• Uma oração inteira
Por fim, sintaticamente os advérbios exercem, na maioria das vezes, função de ADJUNTO
ADVERBIAL!
Mal, bem, depressa, devagar, pior, melhor, outrossim (sentido de "do mesmo modo"), à
vontade, ao contrário, especialmente, generosamente, igualmente e muitos outros advérbios
terminados em "mente".
especialmente feliz.
B) Intensidade
Bastante, mais, meio, nada, todo, tanto, muito, demasiadamente, totalmente, quase.
C) Afirmação
Com certeza, sim, certo, certamente, indiscutivelmente, sem dúvida, realmente, positivamente.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
D) Negação
F) Tempo
Agora, amanhã, ontem, antes, depois, entrementes (sentido de "enquanto isso"), jamais, breve,
à noite, à tarde, de manhã, imediatamente, atualmente, geralmente, semanalmente,
esporadicamente, de vez em quando.
G) Dúvida
• Instrumento: Ele mantou a vizinha a tiros. /Ele batia pregos com o martelo do avô.
• Ordem: Primeiro, vamos estudar!
• Preço: A bolsa vermelha custou caro.
• Medida: A parede tem três metros.
Numeral
É a classe gramatical que confere aspecto numérico aos seres, seja de quantidade, seja de
posição (ordem numa sequência).
Classificação
Cardinais: Indicam quantidade, medida, contagem de algo.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Embora não haja menção à flexão de grau dos numerais, na linguagem coloquial podemos
encontrar o seguinte: segundona, umazinha, trintão. Vejamos:
B) Para designar decretos, leis, portarias e outros textos legais: ordinais até o nono e, a
partir daí, números cardinais. Vejamos:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
São invariáveis (não sofrem flexão de gênero, número ou grau), mas podem unirse a
outras palavras (contração), estabelecendo com elas relação de concordância em
número e/ou em gênero.
Exemplos de Contração
de + a = da em + uma =
numa por + a = pela em + o
= no em + aquele = naquele
em + isto = nisto a + aquele
= àquele a + aquela = àquela
de + uma = duma
a + a = à (crase: preposição "a" + artigo "a")
Classificação
As preposições podem ser classificadas em essenciais ou acidentais. Vejamos como estas
nomenclaturas funcionam:
gramatical, independentemente de contexto. a, após, contra, desde, em, para, por, perante,
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
B) Acidentais: Palavras que pertencem a outras classes gramaticais, mas classificadas como
preposições por causa do contexto em que estão inseridas. mediante, como, durante, visto,
inclusive, mesmo, que.
Mesmo confiante, errou uma questão da prova por nervosismo (sentido concessivo, oposição).
As funções do A:
Vejamos:
Quando o "a" for empregado para determinar um substantivo (indicando o gênero feminino),
terá função de artigo. Vejamos:
Exemplo: Estou empolgado para conhecer a casa nova dos meus avós.
Quando o "a" for empregado para substituir um substantivo anteposto (já mencionado), terá
função de pronome oblíquo. Vejamos:
Exemplo: A criança brincava feliz. Todos a viram no parque (o "a" substitui o termo "criança.)
Exemplo: A caixa estava na calçada e sumiu. Acho que alguém a pegou (o "a" substitui o termo
"caixa").
Quando o "a" for invariável e estabelecer relação de subordinação entre termos, terá função
de preposição. Vejamos:
60
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Percebam que o "a" está no singular - invariável - diante da palavra "festas" (plural), logo fica
fácil concluir que não se trata de artigo.
Percebam que o "a" está no feminino diante de uma palavra masculina (pé), assim, por não
haver concordância, fica simples concluir que se trata de uma preposição.
Locuções Prepositivas
As locuções prepositivas são um conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição,
terminadas em preposição essencial.
Exemplos:
Lugar: dentro de, em cima de, defronte de, em frente a, em torno de.
Não confundir as expressões "de encontro a" (sentido de oposição) e "ao encontro de"
(sentido de estar de acordo).
Exemplo: As ideias de João vão ao encontro das defendidas pelo grupo (estar de acordo,
favorável a).
As preposições podem apresentar sentidos diferentes de acordo com o contexto em que estão
inseridas. Apresentaremos agora uma lista de valores que podem ser atribuídos a preposições
essenciais.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
A:
DE:
COM:
ATÉ:
EM:
PARA:
POR:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
SOB:
Valor de tempo: Tudo era mais difícil sob o domínio daquele ditador Valor de lugar:
Veja se a pergunta encaixa na frase: nasci para quê? Nasci com que objetivo? Nasci com que
finalidade? Para ser feliz!! Assim, a preposição "para", nessa frase, tem sentido de FINALIDADE.
Algumas vezes, entretanto, a preposição "para" pode assumir outro sentido (direção e tempo,
por exemplo), como dissemos acima.
Provavelmente, na maioria das assertivas desta questão, a preposição "para" terá sentido de
finalidade e apenas uma trará um sentido diferente. Vejamos: Alternativa "B": “Cada saída é a
entrada para algum outro lugar.” (Tom Stoppard) SENTIDO: direção.
Alternativa "A": “Você tem que parar para mudar de direção.” (Erich Fromm) SENTIDO:
finalidade.
TESTANDO: Parar para quê? Parar com que finalidade? Com que objetivo? Parar para mudar
de direção!
As perguntas "com que finalidade?", "com que objetivo?" não se encaixam neste caso.
Percebam que a preposição "para" é utilizada para indicar a direção: para algum outro lugar!
Alternativa "C": “O sol nasce para todos serem felizes, mas a maioria prefere dormir um pouco
mais.” (E. T. Wanke)
SENTIDO: finalidade
TESTANDO: Qual a finalidade do "nascer do sol"? O sol nasce com que objetivo? Para todos
serem felizes!
Alternativa "D": “Se o que você está fazendo for engraçado, não há necessidade de ser
engraçado para fazê-lo.” (Charles Chaplin)
SENTIDO: finalidade
TESTANDO: Não há necessidade de ser engraçado para quê? Qual a finalidade? Qual o
objetivo? Para fazê-lo!
Alternativa "E": “Se não podemos encerrar nossas diferenças, pelo menos podemos ajudar a
tornar o mundo seguro para assegurar a diversidade.” (John Kennedy)
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
SENTIDO: finalidade
TESTANDO: Tornar o mundo seguro para quê? Qual o objetivo? Qual a finalidade? Para
assegurar a diversidade!
Assim, a letra "B" é a CORRETA, pois apenas nela a preposição "para" tem sentido de
direção/destino.
Conjunção
Breve Introdução
Conjunção é, basicamente, um conectivo que liga orações, estabelecendo uma relação
(adversativa, explicativa, concessiva, alternativa) entre elas. Vale destacar que quase todas as
conjunções possuem sentido próprio, exceto as chamadas "conjunções integrantes".
Conjunções Coordenativas
A) Aditivas
Como o próprio nome já diz, são aquelas que, em regra, indicam ideia de adição, de soma.
Vejamos:
E, NEM, NÃO SÓ...COMO TAMBÉM, NÃO SÓ...COMO AINDA, BEM COMO, NEM...NEM,
TAMPOUCO, NÃO SOMENTE...SENÃO AINDA.
Mais importante do que ter todas as conjunções aditivas em mente, é observar o sentido das
orações. Vejamos:
Exemplo: Nadou, nadou, e morreu na praia. / Nadou, nadou, mas morreu na praia.
Percebam que o período acima traz ideia adversativa, pois quando pensamos em alguém
nadando, morrer na praia não é o resultado esperado. Há, então, uma quebra de expectativa.
Assim, não basta identificar a função padrão da conjunção e marcar "cegamente" a assertiva,
é preciso atenção ao contexto.
B) Adversativas
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
C) Alternativas
D) Explicativas
E) Conclusivas
POIS (depois do verbo), LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISSO, ASSIM.
Conjunções Subordinativas
A) Integrantes
São aquelas que introduzem orações subordinadas substantivas, não tendo valor semântico
próprio.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Como descobrimos que uma conjunção é integrante? Basta tentarmos substituir a oração
iniciada pela conjunção (que achamos ser integrante) por "isto". Se funcionar, ela é integrante.
Vejamos: Exemplo: Ela avisou que faltará amanhã.
Percebam que é possível substituir "que faltará amanhã" por "isto": Ela avisou isto. Assim, "que"
é conjunção integrante.
B) Causais
PORQUE, VISTO QUE, QUE, JÁ QUE, POIS, PORQUANTO, UMA VEZ QUE, COMO.
C) Concessivas
São conjunções que exprimem ideia de contrariedade/oposição a uma ideia, sem impedir a
sua realização. São elas:
D) Comparativas
TAL QUAL, COMO, ASSIM COMO, QUAL, TAL E QUAL, TANTO... COMO, COMO SE, QUAL.
Exemplo: Amou daquela vez como se fosse a última.
E) Conformativas
São conjunções que expressam a conformidade de um fato com outro. Expressam maneira,
acordo. Vejamos:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
F) Condicionais
São conjunções que introduzem uma hipótese ou condição para ocorrência da ideia
apresentada pela oração principal. São elas:
SE, CASO, SALVO SE, CONTANTO QUE, A NÃO SER QUE, DESDE QUE, EXCETO SE, A
MENOS QUE.
Exemplo: Não irei à praia neste domingo, a não ser que faça um sol muito bonito.
G) Consecutivas
H) Proporcionais
I) Finais
J) Temporais
QUANDO, ASSIM QUE, ANTES QUE, ENQUANTO, CADA VEZ QUE, LOGO QUE, AGORA QUE,
SEMPRE QUE, MAL (com sentido de "logo que").
Exemplo: Cada vez que vou ao shopping, gasto mais do que devo.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Interjeição
Interjeição: classe gramatical invariável que expressa emoções, sensações. Muitas vezes, o
autor prefere o uso de interjeições, para expressar sentido exclamativo ou apelativo, ao
emprego de estruturas mais elaboradas. Exemplos: ai, aff, bis, ui, droga, hum, psiu, puxa.
O Oh! de espanto... Se comportou como um santo! O Ih! de pessimismo e medo, pensou que
a cachaça era um brinquedo!
O Ai! teve um dedo pisado... Num rock agitado! O Opa! esbarrou no bolo... E se misturou
num rolo!
O Bis! com o jeito que sempre quis... Pediu mais uma música feliz! O Hip, Hip, Urra... Levou
uma surra!
Pois, ele esbarrou no Ui! mal-humorado, que, por sorte, não estava armado! O Poxa! ficou
assustado ... E saiu da festa calado!
O poema emprega muitas interjeições, não é? Quando olhamos rapidamente, afirmamos que
sim, o poema parece estar repleto de interjeições. Entretanto, o que temos é o emprego de
palavras originalmente classificadas como interjeição, com função de substantivo:
SUBSTANTIVAÇÃO DAS INTERJEIÇÕES. Percebam que antes de cada "interjeição" temos
artigos definidos que transformam em substantivo palavras de outras classes gramaticais.
Vejamos:
"O Opa! esbarrou no bolo..." - O artigo definido "o" substantivou a interjeição "Opa!".
Parecia "na cara" a resposta, não é? Cuidado! As bancas adoram induzir os candidatos ao erro.
O Valor da Interjeição:
As interjeições podem ser empregadas para expressar diversos sentidos. Vejamos:
Medo: OH! Uh! Cruzes! Ui!
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo: Ui! acho que vi um fantasma! (A interjeição "ui" tem sentido de "que medo").
Alegria: Oba! Iupi! Viva!
Exemplo: Vamos viajar nas férias, viva! (Percebam que a interjeição "viva" tem sentido de "que
bom").
Contrariedade: Puxa! Raios! Ora! Hum! (A interjeição "puxa" tem sentido de "estou
contrariado" ou de "estou chateado").
Dor: Ai! Ui!
Exemplo: Ai! minhas costas! (A interjeição "ai" tem sentido de "que dor").
Exemplo: Psiu! nada de contar a ela sobre a festa! (A interjeição "psiu" tem sentido de "fique
calado").
Exemplo: Muito bom o discurso. Bravo! (A interjeição "bravo" tem sentido de "muito bem",
"apoiado").
Assim, após a apresentação dos exemplos, podemos concluir que as interjeições são
empregadas com sentido apelativo ou exclamativo e substituem construções linguísticas mais
complexas.
Vale destacar que a interjeição é uma classe gramatical invariável em gênero, em número e
em grau, entretanto não é difícil, especialmente em diálogos que refletem a linguagem
coloquial, lermos: xauzinho, oizinho, bravíssimo, obrigadinho.
Locução Interjetiva
A locução interjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras com sentido de interjeição.
Vejamos: Ave Maria! Meu Deus! Ora bolas! Ai de mim! Que pena! Que alívio! É isso aí!
Exemplo: Ora bolas, ele nunca me ligou e ainda diz que eu sumi.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
A) A interjeição, muitas vezes, funciona como uma frase, pois sozinha expressa sentido
completo. Vejamos:
Exemplo: Silêncio!
Exemplo: Socorro!
Exemplo: Ajudem! O prédio está em chamas. (A palavra "ajudem" normalmente é forma verbal
de "ajudar").
Pontuação
Questão de Pontuação
Todo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a própria vida: que
viva em ponto de exclamação
(dizem: tem alma dionisíaca); viva em ponto de interrogação
(foi filosofia, ora é poesia); viva equilibrando-se entre vírgulas e sem
pontuação (na política): o homem só não aceita do homem que use
a só pontuação fatal:
que use, na frase que ele vive o inevitável ponto final.
João Cabral de Melo Neto
O emprego correto dos sinais de pontuação garante que a mensagem chegue ao destinatário
(o leitor) do exato modo que o interlocutor pretende que ela chegue. Assim, um sinal errado
pode gerar grande confusão.
"João, pegue aquele livro para mim!" (Ordem grosseira definida pelo ponto de
exclamação).
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Como não temos o recurso da entonação na escrita, devemos tomar cuidado ao empregar
sinais de pontuação para que as mensagens transmitam com veracidade aquilo que queremos.
O ponto também é utilizado em abreviações: adj. (adjetivo), març. (março), etc. (et cetera).
Ponto de Interrogação
O ponto de interrogação, como o próprio nome diz, indica um questionamento.
Exemplo: Você foi mesmo aprovado no concurso?! (Pergunta com sentido de admiração).
Exemplo: Pedro bebeu muito, poderia dirigir daquele modo? (Pergunta retórica: o interlocutor
elabora um questionamento já sabendo a resposta ideal).
Ponto de Exclamação
O ponto de exclamação é utilizado para denotar admiração, surpresa, empolgação.
Dois Pontos
O sinal de dois pontos pode ser utilizado para:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Travessão
O travessão é um sinal frequentemente utilizado em narrações, descrições e em diálogos.
Exemplo: - Você é boba, Rose! Por que você fez isso? (Jack Falando)
Exemplo: A imagem de minha avó – mulher honesta, trabalhadora – não sai da minha cabeça.
Parênteses
Os parênteses são utilizados para:
Exemplo: A China (país mais populoso do mundo) foi o destino escolhido para nossa próxima
viagem. Incluir dados bibliográficos.
Exemplo: “Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar
Morto, 1936).
Aspas
Com frequência, empregamos as aspas em citações, mas existem outras ocasiões em que elas
podem ser usadas. Vejamos:
Exemplo: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (Antoine de Saint
Exupéry)
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo tirado de prova da FUNDEP/2016: Nada mais ofensivo para o velho do que dizer
que ele tem “cabeça de jovem”.
Reticências
As reticências marcam a suspensão lógica de um enunciado, vejamos algumas situações de
uso desse sinal de pontuação:
- Cale-se, Jussara!
Ponto e Vírgula
O ponto e vírgula é um sinal que indica uma pausa maior que a pausa da vírgula e serve para:
Separar orações coordenadas que guardam relação semântica não unidas por
conjunção.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Vírgula
Agora falaremos sobre a indispensável vírgula!
Está ERRADO: A fábrica alemã de calçados de couro legítimo, fechou as portas ontem.
sujeito verbo
Está CERTO: A fábrica alemã de calçados de couro legítimo fechou as portas ontem.
verbo predicativo
VTD O.D
6) Se ela separar locução verbal de voz passiva do agente da passiva Está ERRADO:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
7) Se a oração coordenada sindética aditiva estiver ligada por "e" ou por "nem"
Entendendo que a estrutura acima é a "normal", qualquer termo que aparecer no meio dela
causando interrupção, em regra, será demarcado por vírgulas. Também demarcaremos com
vírgula termos que aparecerem em posições "anormais" (deslocados).
No exemplo acima, "filho do professor" é um aposto explicativo que "surgiu" entre o sujeito e
o verbo, interrompendo a ordem normal da oração e, por isso, isolado por vírgulas.
adjunto adverbial
Agora temos o adjunto adverbial "no coral" em uma posição "atípica", perceberam? Na
primeira frase ele apareceu no final (posição ideal) e agora aparece antecipado. Quando esse
tipo de deslocamento ocorrer, poderemos (ou deveremos) empregar a vírgula. No caso de
adjuntos adverbiais longos (três palavras ou mais) a vírgula é obrigatória, quando os adjuntos
adverbiais forem curtos (exemplo em análise), a vírgula é facultativa.
Usamos a vírgula:
1) Para separar apostos e vocativos. Exemplo: Amor, estou muito cansada.
vocativo
Aposto
2) Para separar termos de uma enumeração (os termos possuem mesma função
sintática).
Exemplo: Chiquinha, Seu Madruga, Quico e Dona Florinda são meus personagens favoritos da
turma do Chaves.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
predicativo do sujeito
Exemplo: O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil
compreensão. (Exemplo retirado do Manual de Redação da Presidência da República)
Como explicamos no início desse tópico, o adjunto adverbial normalmente aparece no final da
oração, assim, o deslocamento dele pode (ou deve) ser marcado por vírgula. Vejamos:
adverbial
Adjunto adverbial
A vírgula empregada após o pronome "ela" indica elipse (omissão) do verbo "estudar", pois
a frase tem o seguinte sentido: Eu estudo francês, ela estuda inglês.
Exemplo: Acordava às sete horas da manhã, tomava um banho demorado, estudava por três
horas.
Exemplo: Nadou tanto, e morreu na praia. (sentido de → Nadou tanto, mas morreu na praia.)
Exemplo: Correu muito, e não alcançou o ônibus. (sentido de → Correu muito, mas não
alcançou o ônibus.)
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
(portanto, por isso, logo, assim, pois (depois do verbo) Exemplo: Aquele
Exemplo: O Brasil, que é um país tropical, é procurado por turistas do mundo inteiro.
or. adj. explicativa
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Classificação do Sujeito
a) Sujeito Determinado
Se, numa oração, é possível apontar para um termo (palavra ou expressão) que funcione como
sujeito da forma verbal, dizemos que o sujeito é determinado.
Exemplo:
Alguém esteve aqui a nossa procura.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Muitos poderiam pensar que o sujeito fosse indeterminado, pelo fato de “Alguém” não
identificar com precisão a identidade da pessoa. Não confunda as coisas. Como não sabemos
a identidade da pessoa, elegemos ser sujeito da oração um pronome indefinido. É o pronome
indefinido “Alguém” o termo que desempenha o papel de sujeito. Não devemos, dessa forma,
pensar o sujeito como sendo uma pessoa, um objeto, mas sim um termo.
Sujeito Oculto: é o sujeito que não está explícito na frase, mas pode ser determinado (pela
desinência verbal ou pelo contexto)
Exemplo:
Corri como um louco (sujeito oculto: eu).
Carla e Maria estão doentes. Entretanto, insistiram em vir à aula (sujeito oculto: Carla e
Maria).
b) Sujeito Indeterminado:
Se, numa oração, NÃO é possível apontar um termo que funcione como sujeito, dizemos que
se trata de um sujeito indeterminado.
É muito importante que destaquemos os casos de indeterminação do sujeito, a saber:
1º caso - Com verbo na terceira pessoa do plural (desde que o sujeito não tenha sido
especificado anteriormente):
Exemplos:
Bateram à porta.
Roubaram meu carro!
Quando, de forma genérica, proferimos frases como as acima, estamos indeterminando o
nosso sujeito. Não é possível afirmar quem bateu à porta ou quem, exatamente, roubou o
carro. Alguns até poderiam questionar: não seria possível afirmar que o sujeito é “eles”, já que
o verbo está flexionado na 3ª pessoa do plural (“Eles bateram à porta” e “Eles roubaram meu
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
carro”)? Veja bem: é possível mesmo assegurar que o sujeito seja uma terceira pessoa do
plural? A resposta é não. O agente da ação poderia muito bem ser uma terceira pessoa do
singular, por que não?
O emprego do verbo na 3ª pessoa do plural é, portanto, uma estratégia para não tornar
possível a identificação do agente da ação verbal. Isso pode se dar por não conhecermos
propriamente o agente ou, então, por não desejarmos explicitá-lo. Na frase “Falaram mal de
mim!”, você até pode saber quem é(são) a(s) pessoa(s) que está(ão) fofocando sobre você,
mas você preferiu não identificar logo de cara o sujeito da ação verbal, criando suspense e
gerando desconforto na(s) pessoa(s) fofoqueira(s).
Só tomem cuidado para não tirar conclusões precipitadas. Mesmo o verbo estando na 3ª
pessoa do plural, muitas vezes é possível determinar o sujeito. Veja um exemplo:
“Ganso e Jadson foram decisivos na vitória do São Paulo sobre o Vasco da Gama. Muito
acionados durante toda a partida, deram importantes passes e fizeram desarmes precisos.”
Observe que, pelo contexto, é possível identificar os sujeitos das formas verbais “deram” e
“fizeram” – Ganso e Jadson. Dessa foram, temos um sujeito determinado composto.
Exemplos:
Discutiu-se o fato.
> verbo “discutir” é transitivo direto > voz passiva sintética > sujeito paciente: “o fato”.
> “se” partícula apassivadora > equivale à construção “Foi discutido o fato”.
Desconfiou-se do fato.
> verbo “desconfiar” é transitivo indireto > sujeito indeterminado (2º caso) > “se” índice de
indeterminação.
Observe o que ocorre quando se emprega o plural “fatos”:
Discutiram-se os fatos.
> verbo concorda com o sujeito paciente “os fatos” – Foram discutidos os fatos.
80
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Além disso, como não há pessoa, o jeito é impor uma pessoa ao verbo. E a escolhida foi, mais
uma vez, a 3ª pessoa do singular!
Objeto Direto (OD) é o complemento que se liga diretamente (sem preposição) a um verbo
transitivo.
Exemplos:
Amo minha namorada.
VTD OD
(quem ama, ama alguém).
Ela viu-me triste.
VTD OD (quem vê, vê alguém)
82
Apostila Pré-Edital: SEMSA
83
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplos:
Pergunte ao verbo transitivo indireto: “(verbo + prep.) o quê?” ou “(verbo + prep.) quem?”
Exemplos:
Exemplo:
Exemplos:
Direto Preposicionado
Algumas vezes, o objeto direto vem precedido de preposição. Isso ocorre em função de
recursos estilísticos ou para evitar ambiguidade e não por exigência do verbo.
Exemplos:
Não bebo dessa água.
VTD OD prep.
(quem bebe, bebe alguma coisa)
O filho o pai ofendeu.
VTD
84
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Correções:
Ao filho o pai ofendeu.
OD prep.
ou
O filho ao pai ofendeu. OD
prep.
Os pronomes o, a, os, as, quando exercem função de objeto, são sempre objeto direto.
Os pronomes lhe, lhes, quando exercem função de objeto, são sempre objeto indireto.
Os demais pronomes pessoais oblíquos podem ser objetos diretos ou indiretos, de acordo
com a frase.
Exemplos:
Eu a encontrei na escola.
OD VTD
VTDI OI OD
Viu-me na reunião.
VTD OD
Adjunto Adverbial
Adjunto Adverbial é o termo que indica uma circunstância em que ocorre o processo verbal
ou o termo que intensifica o adjetivo, o verbo ou o advérbio. Trata-se de uma função adverbial,
isto é, desempenhada por advérbios (e locuções adverbiais).
Exemplos:
85
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Agente da Passiva
Exemplos:
Note que o agente da passiva é introduzido pela preposição “por”. No entanto, devemos
tomar o devido cuidado para não tirar conclusões precipitadas. Observe, por exemplo, a
seguinte frase:
Muitas pessoas diriam que o termo “pela Rodovia BR 116” desempenha função sintática de
agente da passiva. Trata-se de uma conclusão precipitada, pois não é a Rodovia BR 116 que
faz a ação de transportar. Ela é, na verdade, a via pela qual se faz o transporte. Portanto, o
termo “pela Rodovia BR 116” é adjunto adverbial.
86
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Resposta: Quem atropela, atropela alguém. Trata-se de um verbo transitivo direto, cujo objeto
direto é “dois pedestres”.
Resposta: Temos um adjunto adverbial de lugar - “na calçada” - e um de causa – “Por excesso
de velocidade”;
I. Adjuntos Adnominais
II. Predicativos
III. Complementos Nominais
IV. Apostos
Trata-se de funções sintáticas que modificam termos tanto no sujeito quanto no predicado.
Adjunto Adnominal
87
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Os adjuntos adnominais, de fato, fazem parte do mesmo termo sintático que tem o
substantivo como núcleo. Para confirmar isso, observe que, quando substituímos esse termo
por um pronome substantivo, tanto o núcleo quanto os adjuntos adnominais são substituídos.
Exemplo:
Nossa amizade vai superar todos os obstáculos.
= Ela vai superá-los.
Os pronomes pessoais oblíquos podem exercer função de adjunto adnominal, quando
substituem um pronome possessivo.
Observe:
Exemplo:
Ele roubou-me o relógio = Ela roubou o meu relógio.
> OD: o relógio;
> Núcleo do OD: relógio
> Adjuntos Adnominais: me (= meu), o
Predicativo
O predicativo pode ser do sujeito ou do objeto. Dizer de quem é o predicativo não é tão
complicado, pois basta verificar quem é modificado (se sujeito ou objeto). Difícil é afirmar
que é predicativo. Por isso, precisamos definir de uma forma muito precisa esse termo.
Podemos assim fazer definindo o predicativo como um termo que caracteriza um nome
(núcleo do sujeito ou do objeto) tendo um verbo como intermediário. Essa observação é muito
importante: há intermediação de verbo.
Exemplos:
88
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Observe que “triste” caracteriza “ela”, tendo o verbo “estar” como intermediário. O termo
“triste” é, portanto, um predicativo do sujeito “Ela”. Não se trata de uma característica
intrínseca e sim de um estado momentâneo.
Observe que “perplexas” caracteriza “pessoas”, tendo o verbo “sair” como intermediário. O
termo “perplexas” é, portanto, um predicativo do sujeito “As pessoas”. Não se trata de uma
característica intrínseca e sim de um estado circunstancial.
Já na frase II, o adjetivo “difícil” também modifica o substantivo “questão”, mas intermediado
pelo verbo “considerar”. Veja bem, “difícil” não é uma característica intrínseca de “questão”. Ela
assim foi considerada. Trata-se, portanto, de um predicativo do objeto “questão”.
Observe:
89
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Isso nos prova que o adjunto é intrínseco ao nome, ao contrário do predicativo, que se liga
ao nome por intermédio do verbo.
A pergunta parece meio esquisita, mas faz todo sentido se analisarmos do ponto de vista
sintático.
Logo, o comerciante da frase I tem mais chances de sofrer um ataque cardíaco, pois está
frequentemente preocupado.
Resumindo:
Complemento Nominal
Observe:
Nós amamos nossa família.
90
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Outros exemplos:
Observações:
i) Distinção entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal
> O adjunto adnominal sempre se refere a substantivos, enquanto o complemento nominal
pode referir-se a substantivos, adjetivos e advérbios.
> Quando o complemento nominal se refere a substantivos, geralmente são substantivos
abstratos.
> O complemento nominal sempre é um termo composto, iniciado por preposição. Assim,
adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e artigos não podem ser complementos
nominais.
> O adjunto adnominal dá a ideia de um termo ativo, enquanto o complemento nominal dá
a ideia de um termo passivo.
91
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplos:
O respeito dos pais é importante.
> Adjunto Adnominal: dos pais.
O respeito aos pais é importante.
> Complemento Nominal: aos pais.
Observe que, na primeira frase, os pais respeitam (os pais são o agente da ação verbal) e, na
segunda, os pais são respeitados (os pais são o alvo da ação verbal). > Assim como o adjunto
adnominal, o complemento nominal também faz parte de outro termo sintático.
Exemplo:
Discutimos o investimento em saúde.
> OD: o investimento em saúde.
> Núcleo do OD: investimento.
> Complemento Nominal: em saúde.
> Adjunto Adnominal: o.
ii) O complemento nominal relaciona-se a nomes (substantivos, adjetivos, advérbios),
enquanto o objeto indireto (complemento verbal) relaciona-se a verbos. Observe:
Necessito de apoio.
> Verbo: necessito.
> OI: de apoio.
Tenho necessidade de apoio.
> Substantivo: necessidade.
>Complemento Nominal: de apoio.
A seguir, resumem-se as principais características do adjunto adnominal, complemento
nominal e objeto indireto.
Adjunto Adnominal
Termo simples ou composto
Modifica substantivos (concretos ou abstratos)
Agente da ação expressa pelo nome (Termo Ativo)
Complemento Nominal
Termo composto
Complementa substantivos abstratos, adjetivos e advérbios
Alvo da ação expressa pelo nome (Termo Passivo)
Objeto Indireto
Termo simples (pronome oblíquo) ou composto
Complementa verbos
Aposto
Aposto é o termo que retoma o termo anterior da frase, explicando-o, desenvolvendo-o ou
resumindo-o ou especificando-o.
Exemplo:
Castro Alves, o poeta dos escravos, é um grande representante do romantismo brasileiro.
92
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Na oração anterior, “o poeta dos escravos” exerce função de aposto, pois retoma o termo
anterior, Castro Alves, explicando-o.
Classificação do Aposto
O aposto é classificado de acordo com sua relação com o termo ao qual se refere. a)
Explicativo: explica o termo a que se refere.
Ontem, domingo, o comércio abriu excepcionalmente.
> Aposto: domingo.
Minha avó, senhora muito religiosa, vai sempre à missa.
> Aposto: senhora muito religiosa.
Observações
O termo ao qual o aposto se refere pode ter qualquer função sintática.
Exemplos:
O Brasil, maior país da América Latina, possui grandes fontes naturais.
> Núcleo do Sujeito: Brasil.
> Aposto: maior país da América Latina.
93
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Observe:
Amamos o Brasil, nossa terra.
> OD: o Brasil.
> Aposto: nossa terra.
Observe a diferença:
A cidade de São Paulo concentra grande parte da atividade econômica brasileira
> Aposto: de São Paulo.
Na primeira frase, pode-se substituir o núcleo do sujeito, “cidade”, por seu aposto,
“São Paulo”. Na segunda frase, entretanto, não se pode substituir “clima” por “Fortaleza”. O
termo “de Fortaleza”, nesse caso, não é aposto, mas adjunto adnominal.
Predicado verbal é aquele cujo núcleo significativo é um verbo. Para ser núcleo do predicado,
o verbo deve indicar uma ação. Verbos que indicam ações são ditos verbos significativos ou
verbos nocionais.
Exemplos:
Os homens trabalhavam muito.
Predicado Verbal
Chove muito nesta época do ano.
Predicado Verbal
Predicado Nominal
Predicado nominal é aquele cujo núcleo significativo é um nome (substantivo ou adjetivo).
Este nome atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, sendo chamado de predicativo do
sujeito.
Exemplos:
Ela é muito bonita.
Predicado Nominal
Predicativo do Sujeito: muito bonita
94
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Nos exemplos acima, observe que o verbo não indica uma ação, isto é, não é significativo. Sua
única função é ligar o sujeito à sua característica. Tais verbos são chamados verbos de ligação.
Principais verbos de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, parecer, andar,
continuar, etc.
Predicado Verbo-Nominal
Exemplos:
O dia amanheceu ensolarado.
Predicado Verbo-Nominal
Núcleo verbal: amanheceu (verbo que indica ação).
Núcleo nominal: ensolarado (predicativo do sujeito).
Eu estudei preocupado.
Predicado Verbo-Nominal
Núcleo verbal: estudei (verbo que indica ação).
Núcleo nominal: preocupado (predicativo do sujeito).
Vocativo
Vocativo é o termo utilizado para nomear o interlocutor a quem se dirige a palavra.
Exemplos:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
“Meu canto de morte, guerreiros, ouvi.” (“I - Juca Pirama”, Gonçalves Dias) Vocativo:
guerreiros.
Sujeito: oculto (vós).
As orações que compõem o período composto podem relacionar-se por coordenação ou por
subordinação.
Ocorre coordenação quando as orações, chamadas de orações coordenadas, são
independentes sintaticamente. Mas, professor, o que quer dizer independentes
sintaticamente? Significa que uma oração não é função sintática de outra.
Exemplo:
Ele saiu / e voltou. > Período Composto por Coordenação
Coordenada Coordenada
Ocorre subordinação quando uma oração, chamada de oração subordinada, exerce uma
função sintática em outra oração, chamada de oração principal.
Exemplo:
Ela pediu / que eu fosse ao seu encontro. > Período Composto por Subordinação
Principal Subordinada
Note que a oração “que eu fosse ao seu encontro” é um objeto direto da oração principal “Ela
pediu”. Esta oração, portanto, é a principal, ao passo que a outra é a subordinada. Há períodos
compostos em que os dois processos se verificam.
Exemplo:
Eu soube / que ele viria / e arrumei a casa.
(1) (2) (3)
A oração (2) é subordinada à oração (1). A oração (1) e a oração (3) são coordenadas. Portanto,
o período é composto por coordenação e subordinação.
Oração Subordinada Substantiva
Orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem função sintática típica de
substantivo, isto é, função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, aposto ou
complemento nominal.
As orações subordinadas substantivas desenvolvidas normalmente são introduzidas pelas
palavras que ou se, denominadas conjunções integrantes.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Oração subjetiva é aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
Exemplo:
É necessária a sua presença.
Sujeito
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
> Uma maneira fácil de identificar orações subordinadas substantivas é substituí-las por algum
pronome substantivo (isso, algo, algum, etc.).
Exemplo:
Esperamos que você se comporte. = Esperamos isso.
que você se comporte = isso oração substantiva
Quem tem boca vai a Roma. = Alguém vai a Roma.
Quem tem boca = Alguém oração substantiva
Tenho dúvidas de que isso aconteça. = Tenho dúvidas disso.
de que isso aconteça = disso
oração substantiva
> As conjunções integrantes “que” e “se” transmitem valores semânticos distintos.
Observe:
Não sabíamos que o estado dele era grave.
> já se tem certeza da gravidade do estado dele.
Não sabíamos se o estado dele era grave.
> há dúvidas quanto à gravidade do estado dele.
Exemplo:
As pessoas mentirosas não me agradam.
Adjetivo
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
100
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• Sujeito:
• Objeto Direto:
• Objeto Indireto:
• Predicativo:
• Complemento Nominal:
• Agente da Passiva:
• Adjunto Adverbial:
“Cujo” estabelece uma relação de posse entre o antecedente e o termo que especifica. Sua
função principal é de adjunto adnominal. Em alguns casos, pode ser também complemento
nominal.
Adjunto Adnominal:
O autor cujos livros admiro fez uma palestra ontem.
Orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem função de adjunto adverbial,
estabelecendo uma circunstância em que se passa a ação verbal expressa na oração principal.
Exemplo:
102
Apostila Pré-Edital: SEMSA
ii. A classificação das conjunções deve ser feita de acordo com o seu sentido na frase. A
mesma conjunção pode ter classificação diferente em frases diferentes, em função do papel
que desempenha. Assim, os quadros apresentados são apenas uma referência.
Exemplo:
Como estava chovendo, não pude ir ao show (como = causal).
Fiz tudo como havíamos combinado (como = conformativo).
Um período composto por coordenação é constituído por duas ou mais orações coordenadas.
Orações coordenadas são aquelas que independem sintaticamente umas das outras.
As orações coordenadas dividem-se em sindéticas e assindéticas.
Orações coordenadas assindéticas são aquelas que não são ligadas por conjunção.
Exemplo:
Os cães ladram, a caravana passa.
Orações coordenadas sindéticas são aquelas ligadas por conjunção.
Exemplos:
Eu estive em sua casa, mas não o vi.
As conjunções que introduzem as orações coordenadas sindéticas são chamadas de
conjunções coordenativas.
104
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Conjunções coordenativas
São aquelas que relacionam termos de mesmo valor e função.
a) Aditivas:
Ele trabalha / e estuda.
A criança não sorriu / nem chorou.
b) Adversativas:
Eu gosto de carne, / mas ela não.
Chegarei hoje. / Entretanto, não sei o horário.
c) Alternativas:
Ora chove, / ora bate sol.
Fale, / ou cale-se de uma vez.
d) Conclusivas:
Ele estudou. / Portanto, foi aprovado.
Moro longe. / Logo, preciso ir embora cedo.
e) Explicativas.
Ele estudou, / pois queria aprender.
Fiquem quietos, / que ele está doente.
i) A conjunção pois será explicativa se vier antes do verbo e conclusiva se vier depois do verbo.
Apresse-se, pois preciso ir embora. (explicativa) Você precisa
descansar. Durma, pois. (conclusiva) ii) Nem sempre a
conjunção “e” terá caráter aditivo.
Observe:
Jogou os noventa minutos e não fez um gol sequer (valor adversativo).
Acordou tarde e perdeu a hora da entrevista (valor consecutivo).
105
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Pontuação
Ponto final
O ponto final é um dos sinais que marcam fim de período e o que assinala a pausa de máxima
duração. É muito importante que saibamos demarcar o final de uma frase.
A incapacidade de reconhecer o que seja uma frase simples leva à produção de frases
fragmentadas, siamesas e “centopeicas”.
Frases Fragmentadas
Este erro de escrita - um dos mais primários - consiste em pontuar uma oração subordinada
ou uma simples locução como se fosse uma frase completa.
A primeira frase de ambas as construções é completa. Por que podemos afirmar isso? Trata-
se de um enunciado completo, com sujeito e predicado. Já a segunda parte de ambas as
construções não se constitui como frase, pois representa termos subordinados, sem os
respectivos termos principais. Trata-se de um “pedaço” de frase, não de uma frase completa.
Daí o nome frase fragmentada.
106
Apostila Pré-Edital: SEMSA
4. O trecho “Quando vi na calçada uma nota de cinquenta.” não é uma frase completa,
pois se trata de uma oração subordinada sem a respectiva oração principal.
5. Se o verbo iniciar por uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio),
também deve haver, no período, uma oração principal que complete o sentido da
oração subordinada reduzida.
Frases Siamesas
Outro erro primário são as frases siamesas – duas frases completas, escritas como se fossem
uma só. Este erro nasce, como o anterior, da incapacidade de determinar o que seja
exatamente uma frase completa.
Enquanto as frases fragmentadas separam o que não deveria ser separado, as frases siamesas
(assim denominadas por sua analogia com irmãos xifópagos) unem o que não deveria ser
unido. Ou seja, frases distintas, que possuem enunciado completo, são apresentadas como se
fossem uma só, por não haver elemento de ligação entre elas, como sinais de pontuação ou
conectivos.
Na sua forma mais grosseira, as duas frases simples são reunidas sem nenhum sinal entre elas:
ERRADO: O doutor ficou desanimado teria de passar outra noite em claro.
ERRADO Aceitei de bom grado o emprego poderia pescar todos os dias.
Se colocarmos uma vírgula entre as frases, apenas atenuamos a gravidade do erro:
ERRADO: O doutor ficou desanimado, teria de passar outra noite em claro.
ERRADO: Aceitei de bom grado o emprego, poderia pescar todos os dias.
Há diversas maneiras de corrigir esse problema:
107
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Frases Centopeicas
Assim como a centopeia tem muitas patas, a frase apresenta muitas orações, resultando num
período longo demais, cansativo, confuso. Uma só oração principal apresenta inúmeras
orações subordinadas, o que torna difícil a leitura do texto, que se torna mais suscetível a
falhas.
Mas professor, o que seriam períodos curtos? Não há uma regra, mas o fato é que o período
deve ser desmembrado em outros mais curtos, dando um melhor entendimento à informação.
Sugere-se que um período seja composto por, no máximo, 3 ou 4 orações. Veja bem, é só
uma sugestão, não se trata de uma regra. Vejamos um exemplo:
Contrariando a ideia de que adolescente só pensa em “rock”, é rebelde por índole, desconhece
a realidade socioeconômica de seu país e só dá seu voto de confiança aos modismos
internacionais, a nova Constituição Brasileira resolve apostar, ainda que de forma inibida, na
capacidade da juventude e no seu potencial de discernimento, dando-lhe o direito de votar, o
que, para uns, é um passo precipitado dos constituintes, pois, aos dezesseis anos, nenhum jovem
possui senso político à altura de opinar sobre questões que afligem o seu país, e, para outros
(talvez para a maioria), a decisão demonstra a valorização de ideias novas, de credibilidade a
um público que, apesar da pouca idade, tem visão crítica das mazelas mais graves da sociedade
em que vive.
Veja o tamanho dessa frase! Trata-se de um período gigantesco, composto por 15 orações
(observe as formas verbais destacadas em vermelho)!!! Se analisarmos bem, está tudo correto
do ponto de vista gramatical, mas a redação poderia ser mais clara, com frases menores, de
mais fácil leitura.
Observe como a “quebra” da frase centopeica em menores torna a leitura mais agradável:
Contrariando a ideia de que adolescente só pensa em “rock”, é rebelde por índole, desconhece
a realidade socioeconômica de seu país e só dá seu voto de confiança aos modismos
internacionais, a nova Constituição Brasileira resolve apostar, ainda que de forma inibida, na
capacidade da juventude e no seu potencial de discernimento, dando-lhe o direito de votar.
Para uns, é um passo precipitado dos constituintes, pois, aos dezesseis anos, nenhum jovem
possui senso político à altura de opinar sobre questões que afligem o seu país. Já para outros
(talvez para a maioria), a decisão demonstra a valorização de ideias novas, de credibilidade a
um público que, apesar da pouca idade, tem visão crítica das mazelas mais graves da sociedade
em que vive.
Vírgula
A vírgula é o sinal que indica uma pequena pausa na leitura. É o sinal de pontuação que mais
gera dúvida entre os alunos. Seu uso não pode, de forma alguma, ser pautado pela pausa oral.
Por favor, não adotem esse critério, de pontuar com base nas pausas da respiração. Se assim
fosse, cada um pontuaria de um jeito, não havendo um padrão único.
108
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Usa-se a vírgula:
109
Apostila Pré-Edital: SEMSA
110
Apostila Pré-Edital: SEMSA
b) Subordinadas Adjetivas
Usa-se a vírgula para isolar orações adjetivas explicativas. Já as restritivas não são separadas
por vírgula.
Observação:
111
Apostila Pré-Edital: SEMSA
c) Subordinadas Adverbiais
Sempre é correto o uso da vírgula entre as subordinadas adverbiais e a oração principal.
Quando estão deslocadas (no início ou no meio do período), a vírgula torna-se
obrigatória.
Observação:
Para as subordinadas reduzidas, valem as mesmas normas das demais orações subordinadas.
112
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Observações:
b) Admite-se o uso da vírgula para separar orações iniciadas pela conjunção e aditiva, quando
os sujeitos forem diferentes.
Ponto-e-vírgula
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Vimos que a separação de termos oracionais se dá, quando necessário, por meio da vírgula.
Vimos que a separação entre orações subordinadas e oração principal se dá, quando
necessário, por meio da vírgula.
Utiliza-se o ponto-e-vírgula
Seria equívoco empregar simplesmente uma vírgula no lugar do ponto-e-vírgula, pois a pausa
maior não pode dar lugar a uma pausa menor.
Algumas alternativas se apresentam ao uso do ponto-e-vírgula.
Vejamos:
A pausa menor pode dar espaço para uma pausa maior, com as devidas alterações. Isso
significa que o ponto-e-vírgula pode ceder espaço para o ponto final.
114
Apostila Pré-Edital: SEMSA
b) Antes de citações
115
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Usa-se os parênteses
a) para isolar comentários de caráter explicativo, reflexivo ou opinativo. Exemplo:
Vivemos uma época de restrições às liberdades individuais (e, por acaso, já fomos livres um
dia?)
Usa-se as aspas
a) para isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias,
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplo:
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.
116
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Concordância significa acordo. E entre quem é esse acordo? No caso da concordância verbal,
sujeito e verbo têm que entrar em acordo. No caso da nominal, a concordância deve se dar
entre substantivo e adjetivo.
Parece simples, não é mesmo? Trata-se das regras gerais de concordância. Vamos enunciá-
las:
Concordância Verbal
Sujeito e verbo devem concordam em número e pessoa.
Concordância Nominal
Substantivo e adjetivo devem concordam em gênero e número.
117
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Quando a relação é 1:1 - 1 núcleo de sujeito para 1 verbo ou 1 substantivo para 1 adjetivo -,
não é difícil compreender o conceito de concordância, embora seja necessário prestar
bastante atenção nas construções frasais.
Concordância Verbal
Sujeito Simples (Casos Especiais de Concordância)
a) Vossa Senhoria preocupou-se (se preocupou) com meu estado de saúde.
Pronome de Tratamento (3ª pessoa)
Trata-se da concordância com pronomes de tratamento. Independentemente se o pronome
de tratamento é de 2ª pessoa (Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Santidade, etc.), ou de
3ª pessoa (Sua Senhoria, Sua Excelência, Sua Santidade, etc.), a flexão verbal se dará sempre
em 3ª pessoa. Às vezes, o camarada quer falar “bonito” e profere uma pérola do tipo “Vossa
Senhoria se preocupastes...”. Cuidado, moçada!
b)
118
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Outros exemplos:
A concordância com a expressão “Mais de um”, no entanto, pode gerar dúvidas. O aluno pode
pensar: se é mais de um, então o verbo deve ficar no plural, ok? Não é bem assim. O verbo
deve ficar necessariamente no singular, concordando com o numeral “um”. É o que
ocorre na frase I.
E por que na 2ª frase o verbo se encontra flexionado no plural? Porque há na forma verbal
“cumprimentaram-se” a ideia de reciprocidade (cumprimentaram-se = cumprimentaram uns
aos outros).
Resumindo: A expressão “Mais de um” exige que a forma verbal fique no singular. Se houver a
Na primeira frase, a concordância se dá via regra geral. Não há outra possibilidade. O verbo
“votou” concorda em número e pessoa com a expressão partitiva “maioria”.
Outros exemplos:
119
Apostila Pré-Edital: SEMSA
f)
> Se o substantivo não vier precedido de artigo, o verbo fica no singular. É o caso da frase II.
> Se o substantivo for precedido de artigo, o verbo vai para o plural. É o caso da frase I.
g)
Outros exemplos:
Alguns de nós chegaram/chegamos hoje.
Nenhuma de nós ouviu a notícia. h)
> Se o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo concordará em número e pessoa com o
antecedente deste pronome. É o caso das frases I e III.
> Se o sujeito for o pronome QUEM, o verbo poderá concordar com este na 3ª pessoa do
singular ou com o seu antecedente. É o caso das frases II e IV.
120
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Isso ocorre, pois o pronome “QUE” não possui pessoa, forçando o verbo a concordar com o
antecedente. Já o pronome “QUEM” possui pessoa – 3ª do singular -, dando ao verbo as duas
opções de concordância.
i)
j)
São duas as possibilidades de concordância com o verbo auxiliar “parecer”: ou ele se flexiona
e o infinitivo não varia; ou ele não varia e o infinitivo é flexionado.
k)
121
Apostila Pré-Edital: SEMSA
l)
Quando o sujeito composto se posiciona após o verbo ou este concorda no plural ou com o
núcleo mais próximo.
m)
Comentários:
Se o sujeito for formado de segunda e terceira pessoas do singular, o verbo pode ir para a 2ª
ou 3ª pessoa do plural.
Exemplo:
n)
I O diretor ou o gerente podem assinar o contrato.
(não ocorre exclusão)
> Se não houver ideia de exclusão o verbo vai para o plural. É o caso da frase I.
o)
Com as expressões “um e outro”, “nem um nem outro”, “nem... nem...”, o verbo se flexiona
no singular ou concorda com o núcleo do sujeito mais próximo. Também se admite a
concordância no plural.
p)
Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do
singular. É o caso das frases I, III e IV.
Observe que, em III, “ganhar” e “perder” são substantivos, pois são antecedidos de artigo.
Formam, assim, núcleos de um sujeito composto. Se o sujeito for formado de infinitivos
antônimos, o verbo pode ir para o plural.
Exemplo:
Sujeito Oracional
Núcleos Antônimos
Concordância Nominal
Mesmo que você desconheça a regra, é capaz de o seu ouvido não deixar você errar a
concordância. Vamos a elas! a)
123
Apostila Pré-Edital: SEMSA
> O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. É o caso da
frase II. É o caso das frases II e III.
b)
> Se houver verbo de ligação, o adjetivo acompanha o verbo. Se este ficar no singular, o
adjetivo fica no singular também, concordando com o substantivo mais próximo; se este ficar
no plural, o adjetivo fica no plural, prevalecendo o masculino se os gêneros dos substantivos
forem diferentes.
c)
d)
I É necessário organização.
II É necessária a organização.
Já na frase II, observe que o substantivo “organização” é determinado pelo artigo definido “a”,
o que faz variar a expressão “É necessária”.
Outros exemplos:
Cerveja é bom!
124
Apostila Pré-Edital: SEMSA
e)
Nas frases I e II, “bastante” é advérbio, permanecendo invariável. Já nas frases III e IV,
“bastantes” funciona como pronome adjetivo, concordando com os substantivos “razões” e
“motivos”.
Para saber se empregamos a forma “bastante” ou “bastantes”, basta substituirmos por “muito”
ou “muito(a)(s)”. Se “muito” variar, empregamos a forma plural “bastantes”.
f)
Nas frases I e II, faz-se a concordância do adjetivo “anexo” com os substantivos a que se
referem. O mesmo raciocínio é válido para o adjetivo “incluso”. Devemos atentar para a
expressão invariável “em anexo”.
g)
Na frase I, emprega-se o advérbio “Só” (= somente), que assume forma invariável. Na frase II,
emprega-se o adjetivo “sós” (= sozinhos), que concorda com o substantivo em número.
Concordância Do Verbo "Ser"
O verbo SER se comporta diferentemente dos outros verbos. Trata-se de um verbo anômalo,
sem padrão algum de radical. As regras de concordância do verbo SER lhe são peculiares e
seguem uma lógica bem diferente, pois ora o verbo SER concorda com o sujeito, ora concorda
com o predicativo.
a) Se o verbo SER está entre duas “coisas”, a concordância se dá com a “coisa” plural.
125
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplos:
Tua vida são essas ilusões.
(“coisa”) (“coisa”)
Essas vaidades são o seu segredo.
(“coisa”) (“coisa”)
Exemplos:
Você é suas decisões.
(pessoa) (coisa)
Seu orgulho são os velhinhos.
(coisa) (pessoa)
Exemplos:
O professor sou eu.
O escolhido és tu.
e) Quando aparece nas expressões é muito, é pouco, é bastante o verbo SER fica no
singular, quando indicar quantidade, distância, medida.
Exemplo:
Dez reais é pouco para irmos ao cinema.
Vinte mil reais é muito para um profissional recém-formado.
126
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A sintaxe de regência estuda as relações de dependência das palavras nas orações e das
orações no período. Ela divide-se em nominal (estuda o regime dos substantivos, adjetivos e
advérbios) e verbal (estuda o regime dos verbos).
Regência Nominal
Não recomendo um estudo desse assunto muito pautado pelo “decoreba”. Acho
perda de tempo. É muito mais fácil “dialogar” com o nome, verificando qual sua
demanda. Por exemplo, tomemos o adjetivo “receoso”. Quem está receoso, está
receoso de algo. E por aí vai. Na verdade, o que vai requerer maior atenção é a
regência verbal, com alguns casos que fogem do uso cotidiano.
Regência Verbal
Trata-se da relação de subordinação existente entre um complemento (palavra regida) e a
palavra cujo sentido é completado. Neste caso é o verbo, que tem seu sentido completado
por outro termo.
Há alguns verbos que não podemos deixar de saber suas regências. Estou selecionando a
seguir os principais verbos, dando atenção àquelas regências que fogem do uso que fazemos
no cotidiano.
ASPIRAR
Exemplo:
VTD OD
127
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo:
VTI OI
ASSISTIR
Exemplo:
VTD OD
Exemplo:
VTI OI
Exemplo:
OI VTI Sujeito
Exemplo:
128
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CHAMAR
Exemplos:
VTD OD
VTI OI
idiota.
VTI OI Predicativo
Note que, nos dois últimos casos, o predicativo pode vir regido da preposição de.
ESQUECER - LEMBRAR
VTD OD
(Verbo não-pronominal)
VTI OI
(Verbo pronominal)
Observação:
vividas
Veja que o verbo “esquecer” foi empregado como pronominal. Dessa forma, é necessária a
inserção da preposição “de”, que deve ser posicionada antes do pronome relativo “que”.
IMPLICAR
VTD OD
VTD OD
Algumas gramáticas mais modernas até admitem a presença da preposição “em”, fazendo
menção ao uso coloquial. Porém, o que notamos nas bancas é o emprego tradicional do verbo
implicar. Repetindo: transitivo direto, no sentido de resultar, acarretar.
Exemplo:
VTI OI
OBEDECER E DESOBEDECER
Obedecia ao mestre.
VTI OI
VTI OI
130
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplos:
PERDOAR E PAGAR
Exemplos:
VTD OD
VTD OD
VTI OI
VTI OI
Exemplos:
Perdoei -lhe a ofensa.
VTDI OI OD
(pessoa) (coisa)
Paguei -lhe a dívida.
VTDI OI OD
(pessoa) (coisa)
PREFERIR
Diferentemente da linguagem coloquial, este verbo não se constrói com a locução do que, e
sim com a preposição a.
131
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo:
QUERER
VTD OD
Juro que quero muito a você. (= Juro que lhe quero muito)
VTI OI
VISAR
Exemplo:
VTD OD
VTI OI
132
Apostila Pré-Edital: SEMSA
complexidade: o que importa é que a mensagem seja transmitida da forma pretendida pelo
autor.
Falamos aqui em compreensão e em interpretação de textos, mas essas expressões são
sinônimas? Não!
A compreensão engloba aquilo que está no texto, aquilo que foi dito explicitamente pelo
autor. Quando o comando da questão pedir a compreensão, encontraremos algo assim:
“o autor afirma que…”, “o texto informa que…”, “segundo o autor”, “segundo o texto”, “o
narrador diz que…”.
A interpretação vai além, englobando o que é dito nas entrelinhas pelo autor. Quando o
comando da questão pedir interpretação, encontraremos algo assim:
“podemos deduzir que”, “a leitura do texto nos permite concluir que…”, "Depreende-se
que…”, “Infere-se que…”, “a intenção do autor é…”, “subentende-se que…”.
Para que essa diferença fique mais clara, vamos dar um exemplo:
TEXTO: Joana parecia reluzente enquanto cantarolava (Como dissemos, o texto pode ser
formado por poucas palavras).
Compreensão do texto: Joana aparentava ter um brilho próprio enquanto cantava.
CORRETO (Reluzente é sinônimo de brilhar, transmitir luz. Cantarolar e cantar têm
basicamente o mesmo sentido).
Interpretação correta do texto: Joana parecia feliz enquanto cantava.
CORRETO.
(O texto não fala diretamente que Joana parecia feliz, mas usa o termo “reluzente”, geralmente
empregado para qualificar pessoas felizes. Assim, o que estamos fazendo é uma inferência:
tirando uma conclusão a partir da leitura e não apenas compreendendo).
Interpretação errada do texto: Joana parecia preocupada enquanto cantarolava. ERRADO.
(O texto não dá margem para que digamos que Joana parecia preocupada, assim, não
podemos “viajar” e concluir o que quisermos. Devemos nos ater ao que é indicado pelo autor,
realizar uma interpretação autorizada pelo texto. Reluzente não é um termo que indica
preocupação).
133
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Confiar e desconfiar
Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela
como a usura. Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança
costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando
a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial.
Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela,
calamo-nos, não damos o passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre o que
teremos perdido, por não ousar.
O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que
lamentarmos o que deixamos de fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se
contradiz. Mas nesse capítulo da desconfiança eu arrisco: quando confiar é mais perigoso e mais
difícil, parece-me valer a pena. Falo da confiança marcada pela positividade, pela esperança,
pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a
confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O desconfiado pode
até contar vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas ao dizer isso, com os pés chumbados
no chão da cautela temerosa, o desconfiado lembra apenas a estátua do navegante que foi ao
mar e voltou consagrado. As estátuas, como se sabe, não viajam nunca, apenas podem celebrar
os grandes e ousados descobridores.
“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação
conciliatória, que manda ganhar abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o
verdadeiro e radical desafio.
O título já nos dá uma boa dica sobre o tema principal do texto e, durante a leitura, tiramos a
prova de que ele realmente gira em torno da confiança (com ênfase na desconfiança e no que
ela pode acarretar). A sugestão é que o candidato destaque o que entender como
fundamental para a compreensão/interpretação: o tema, as ideias principais, verbos,
conectivos.
Vejamos:
Confiar e desconfiar
Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela
como a usura. Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A
desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da
descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência
essencial.
134
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por
cautela, calamo-nos, não damos o passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre
o que teremos perdido, por não ousar.
O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que
lamentarmos o que deixamos de fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se
contradiz. Mas nesse capítulo da desconfiança eu arrisco: quando confiar é mais perigoso e
mais difícil, parece-me valer a pena. Falo da confiança marcada pela positividade, pela
esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o confiante se vê
malogrado, a confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu.
O desconfiado pode até contar vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas ao dizer isso, com
os pés chumbados no chão da cautela temerosa, o desconfiado lembra apenas a estátua do
navegante que foi ao mar e voltou consagrado. As estátuas, como se sabe, não viajam nunca,
apenas podem celebrar os grandes e ousados descobridores.
“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação
conciliatória, que manda ganhar abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o
verdadeiro e radical desafio.
Com os destaques, percebemos que o autor defende a confiança, alegando que ela pode
proporcionar experiências que não ocorreriam/seriam travadas se desconfiássemos em
excesso. Vejamos: "A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura,
da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? −
uma experiência essencial."
Percebem que o autor defende o ponto de vista dele e apresenta argumentos a fim de
convencer o leitor?
135
Apostila Pré-Edital: SEMSA
lado de cada parágrafo, que ajudem na hora da interpretação (os trechos sublinhados já
facilitarão a resolução de quase todas as questões).
Assim, vamos resumir com nossas palavras o conteúdo do texto “Confiar e desconfiar” já
analisado:
Resumo do texto: O texto fala sobre confiar e desconfiar, com ênfase na desconfiança. O
autor mostra-se contrário ao ato de desconfiar excessivamente, alegando que tal cautela pode
impedir o homem de ter experiências fundamentais. Defende a confiança e a ousadia,
fazendo-se valer do ditado popular: melhor se arrepender do que fez do que lamentar o que
não fez.
Essa técnica também é conhecida como paráfrase, sendo muito útil para facilitar a
compreensão e a interpretação textual.
No texto “Confiar e desconfiar”, o autor defende que a desconfiança pode travar o indivíduo
e impedir que viva experiências essenciais. Se uma questão da prova afirmar que a pessoa
desconfiada sempre acaba arrependida, poderemos marcá-la como correta? NÃO! Em algum
momento o texto fala que a desconfiança é certeza de arrependimento ou de erro? NÃO!
Então, não devemos “viajar” e acrescentar ideias que não existem!
Cuidado com palavras e expressões como “sempre”, “nunca”, “certamente”, “sem exceções”,
“absolutamente”, “certeza”, pois elas podem ser indício de armadilha da banca! Quando o
comando da questão trouxer palavras assim, cuidado redobrado!
Reduzir
Enquanto alguns candidatos “viajam” (extrapolam) com frequência, outros têm a mania de
reduzir o conteúdo do texto a um aspecto, a uma única ideia dentre as várias abordadas pelo
autor. A redução ou particularização indevida ocorre quando nos apegamos a um único
elemento verdadeiro do texto e deixamos de lado muitos outros, necessários para a
compreensão correta do conjunto.
Vamos contar uma rápida "historinha" para que a ideia de redução fique bem fixada na cabeça
de todos.
136
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Historinha: Sabem quando convivemos com alguém, sempre fazemos tudo certo, mas aí
erramos uma vez e a pessoa se apega àquele erro e só fala nele? A criatura basicamente
esquece tudo de bom que fizemos antes, nos reduz ao erro que comentemos. A ideia é por
aí... Reduzir é limitar o conteúdo do texto a um único aspecto, quando existem vários
outros.
No texto “Confiar e desconfiar”, o autor enfatiza que desconfiar pode ser ruim para o indivíduo
e apresenta argumentos a fim de convencer o leitor sobre esse ponto de vista. Entretanto, não
podemos reduzir o texto apenas a esse ponto, quando estão presentes outros elementos
como “a confiança nem sempre nos leva ao sucesso” (trecho que fala sobre confiar: “Falo da
confiança marcada pela positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade.
Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a confiança terá valido o tempo que durou,
a qualidade da aposta que perdeu”).
Contradizer
A contradição ocorre quando afirmamos algo que contraria a informação oferecida pelo
texto. Assim, só podemos contradizer o autor se o comando da questão pedir claramente:
caso contrário, nunca devemos contradizer o que há no texto!
Podemos afirmar que no texto “Confiar e desconfiar” o autor preza a cautela como
direcionamento para uma boa vida? NÃO!! De jeito nenhum!! De onde saiu essa ideia??
O texto inteiro fala sobre confiar, ousar e indica que a desconfiança (cautela) pode
impedir/travar experiências essenciais para o indivíduo, então, como afirmar que o autor preza
a cautela? Infelizmente, quem erra questões como essa, geralmente leu rapidamente o texto
ou "olhou por cima" pedaços soltos do texto na hora de responder. Vejam como:
Confiar e desconfiar
Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela
como a usura. Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança
costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando
a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial.
(...)
No primeiro parágrafo, o autor começa falando sobre o senso comum e cita: “Desconfiar é
bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como
a usura.” Entretanto, quem leu um pouco mais, no mesmo parágrafo, já observou a posição
do autor no trecho: “Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A
desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da
descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência
essencial.”
137
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Estão vendo o perigo de ler apenas pedaços aleatórios do texto? A banca sabe dessa
mania, por isso, recorrentemente, cria “pegadinhas”, utilizando, nos comandos das questões,
expressões do próprio texto, mas em ideias contraditórias para que erremos!
Neste caso está mais fácil, pois a informação dada pelo comando da questão e a ideia do
autor estão no mesmo parágrafo. Entretanto, isso pode acontecer com trechos mais distantes
do texto, então: LEIAM O TEXTO TODO, SEMPRE.
Operadores Argumentativos
Para que as ideias estejam adequadamente concatenadas dentro do texto, fazemos uso dos
chamados operadores argumentativos: elementos linguísticos, geralmente invariáveis, que
ligam as orações estabelecendo relação entre as ideias e indicando o “tom” pretendido pelo
autor.
Caso o autor queira indicar uma contradição, pode fazer uso da conjunção “embora”. Vejamos:
“Embora tenha chovido muito, a temperatura permaneceu elevada”. Percebem que a
conjunção liga as ideias indicando que há contradição entre elas?
O que podemos inferir a partir da leitura? A conjunção “ou”, empregada dessa maneira, indica
alternância e exclusão. Assim, fica claro que só poderemos fazer uma das duas atividades: ou
estudar ou ir ao shopping. Teremos que escolher entre as atividades e, ao escolher uma, não
poderemos fazer a outra no mesmo momento.
Apresentaremos agora alguns desses operadores com seus respectivos valores semânticos.
Operadores que indicam contradição, oposição de ideias: mas, porém, todavia, entretanto,
por mais que, ao contrário, mesmo que, embora, ainda que, a despeito de.
Operadores que indicam conclusão, consequência: logo, portanto, assim, então, de modo
que, por isso, por conseguinte, de maneira que, em vista disso, pois (quando usado depois do
verbo).
Operadores que indicam causa: porque, que, porquanto, senão, por causa de, por razão de,
em decorrência de, posto que.
Operadores que indicam condição, probabilidade, hipótese: caso, se, desde que, a não ser
que, exceto se, a menos que.
Operadores que indicam tempo: assim que, logo que, quando, depois de, depois que, mal
(Exemplo: Ela mal chegou, fez confusão), antes de, antes que.
138
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Operadores que indicam finalidade: com o fim de, a fim de que, com o intuito de, para que,
para, com o propósito de.
Operadores que indicam adição de ideias: e, não só, como também, nem (com sentido de
“e não”), além de, ainda, também, mas também.
2) Caso esbarre numa dessas palavras desconhecidas, tente descobrir o significado com
base no contexto, sem desespero. A interpretação do texto não está “perdida” por causa de
uma palavra mais complicada.
3) Leia o texto inteiro! Nada de ler pedaços aleatórios apenas para buscar a resposta
das assertivas! Já falamos sobre isso, mas não custa enfatizar, pois é muito importante a leitura
atenta e completa do texto alvo das questões. O texto é um “todo significativo” e assim deve
ser lido e visualizado.
4) Destaque os pontos importantes do texto para facilitar a busca por respostas. Caso
queira, anote palavras-chave nas laterais de cada parágrafo.
“não podemos inferir que” - pede a ideia que contradiz o texto, que não pode ser concluída
a partir da leitura, que extrapola o texto.
“podemos inferir que” - pede a ideia defendida pelo texto, que pode ser concluída a partir
dele.
"constitui paráfrase do trecho" - pede que identifiquemos a assertiva com mesmo conteúdo
do trecho, mas escrito em outras palavras.
139
Apostila Pré-Edital: SEMSA
6) Evite responder as questões sem ir ao texto, por mais que já o tenha lido por completo.
Assegure-se de que a resposta está lá, em algum trecho!
7) Quando a questão pede a ideia principal, geralmente ela pode ser encontrada no início
do texto (primeiro ou segundo parágrafo). A conclusão do texto também deve trazer
informações que confirmam a ideia principal.
9) Não "converse" com o autor. A banca quer saber apenas a opinião dele, então, não
acrescente pensamentos próprios ao responder as questões, foque naquilo que é "dito" no
texto, nas ideias apresentadas e apenas nisso.
10) Cuidado com assertivas que começam corretas. Leia-as até o fim, pois às vezes a
"pegadinha" está apenas no final delas.
140
Apostila Pré-Edital: SEMSA
RACIOCÍNIO LÓGICO
Introdução
Análise Pela Tabela Verdade e Métodos Dela Derivados
Exemplo de argumento:
O argumento lógico afirma que o conjunto de premissas tem como consequência uma
determinada conclusão.
Acima, temos duas premissas (Quem ganha na loteria fica rico; Mark Zuckerberg é rico).
Estamos dizendo que essas duas premissas acarretam na nossa conclusão. Por isso, o que
temos acima é um argumento.
Ele será válido quando o fato de as premissas serem verdadeiras garantir que a conclusão
também seja.
Ele será inválido quando o fato de as premissas serem verdadeiras não for suficiente para que
a conclusão também seja. Por sinal, o argumento dado no exemplo acima é inválido.
Vamos neste momento retomar a seguinte frase que dissemos no início do capítulo:
Eu destaquei a palavra "consideramos" e isso não foi à toa. O destaque tem um motivo que
certamente passa despercebido na primeira vez em que estudamos o conceito de validade de
um argumento.
Para analisar a validade de um argumento, a gente supõe, considera, toma como pressuposto,
que as premissas sejam verdadeiras. Fazemos isso independente de quão maluca ou absurda
seja a premissa. Isso serve unicamente para analisarmos a validade do argumento.
Em outras palavras, para a gente pouco importa se, no mundo real, as premissas são de fato
verdadeiras ou não.
Para fazer a análise do argumento, nós simplesmente consideramos que todas as premissas
são verdadeiras. Sempre! Não interessa qual seja a premissa!
Mas observem que isso é tão somente um pressuposto, uma consideração. Simplesmente
consideramos as premissas verdadeiras, só para fins de análise do argumento.
No entanto, jamais afirmamos que elas são de fato verdadeiras. A tarefa de avaliar se uma
premissa é realmente verdadeira é das outras ciências (física, química, biologia etc).
141
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Por fim, se não for possível que todas as premissas sejam simultaneamente verdadeiras, então
o argumento é inconsistente. Um argumento inconsistente é, também, válido. Como no
argumento inconsistente não existe linha da tabela verdade em que as premissas são
verdadeiras e a conclusão é falsa, então ele é considerado válido. Não falaremos mais sobre
argumentos inconsistentes porque nunca vi as bancas cobrando isso.
Consideramos as premissas verdadeiras. Se isso fizer com que a conclusão também seja V, o
argumento é válido.
Se for possível termos premissas verdadeiras mais conclusão falsa, o argumento é inválido.
Exemplo:
Considere o seguinte argumento.
Se o Papa Pio XII nasceu em Roma, então ele é italiano.
O Papa Pio XII é italiano.
Conclusão: O Papa Pio XII nasceu em Roma.
Muito bem, agora vamos ao que ocorre no mundo real. Se vocês pesquisarem na internet
verão o Papa de fato era italiano e de fato nasceu em Roma. Logo, ambas as proposições
simples, "p" e "q", são verdadeiras.
Assim, tomando o que ocorre no mundo real, todas as premissas são verdadeiras, bem como
a conclusão.
Resposta: NÃO
Para a lógica pouco importa o que ocorre no mundo real. Temos apenas que analisar se as
premissas suportam a conclusão.
142
Apostila Pré-Edital: SEMSA
No caso acima, o argumento está mal construído. As premissas não suportam a conclusão, ou
seja, é um argumento inválido. Isto ocorre porque simplesmente saber que o Papa é italiano
e que quem nasce em Roma é Italiano não nos dá certeza de que o Papa tenha nascido em
Roma. Ele poderia muito bem ter nascido em Florença, Veneza, ou qualquer outra cidade da
Itália.
Na linha 3, em amarelo, temos um caso em que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão
é falsa. Trata-se do caso em que o Papa não teria nascido em Roma, mas seria sim italiano.
Repetindo: para a gente pouco importa o que de fato ocorre no mundo real. Pouco importa
se o grande Papa Pio XII era de fato italiano ou não, nem se nasceu de fato em Roma ou não.
O que ocorre no mundo real ilustra apenas uma situação possível, apenas a linha 1 da tabela.
Mas existem 3 outras linhas da tabela que devem ser analisadas.
Cada linha da tabela verdade corresponde a uma valoração. Valoração é o conjunto de valores
lógicos atribuídos a cada proposição simples. O mundo real corresponde a uma das valorações
possíveis. Mas a lógica não se restringe a isso. A lógica tem que avaliar todas as valorações
possíveis, ou seja, avaliar a tabela verdade inteira.
Isso ocorre porque a lógica se interessa apenas pela forma do argumento. Qualquer
argumento com o formato
p→qp→q
q–q_
pp
será inválido. Pois sempre será possível achar um caso em que as premissas são V e a
conclusão é F.
143
Apostila Pré-Edital: SEMSA
p→qp→q
p–p_
qq
Usamos um traço horizontal para separar premissas e conclusão.
No mundo real, sabemos que Machado nasceu no Rio de Janeiro. Logo, a segunda premissa é
falsa, bem como a conclusão.
Resposta: NÃO
Mais uma vez, pouco importa o que ocorre no mundo real. O mundo real corresponde a uma
única linha da tabela verdade, a uma única valoração. Na lógica nossa tarefa é olhar a tabela
inteira, considerando todas as valorações possíveis.
O mundo real representa a linha 4 (em que Machado não é paulista e nem nasceu em SP).
Mas vejam que, no único caso em que as premissas são verdadeiras, a conclusão também é.
Trata-se da linha 1, destacada em amarelo.
Novamente, para a lógica só interessa a forma do argumento. A lógica nos diz que qualquer
argumento com o formato
p→qp→q
p–p_
qq
será válido.
Trago agora duas questões. Uma em que a banca, felizmente, deu o gabarito acertado. Outra
em que a banca infelizmente forneceu um gabarito equivocado.
(Cespe. Agente de Polícia Federal) Uma noção básica da lógica é a de que um argumento é
composto de um conjunto de sentenças denominadas premissas e de uma sentença
144
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Com base nessas informações, julgue o item que se segue. Toda premissa de um argumento
válido é verdadeira.
Resolução:
A lógica de argumentação cobrada em concursos é uma lógica formal. Ela avalia a estrutura
do argumento, ou seja, a sua forma.
Premissa 1:a→ba→b
Premissa 2:aa
Conclusão: bb é válido. Por que ele é válido? Por causa de sua estrutura, de sua forma.
Se as premissas forem V, isso nos garante com 100% de certeza que a conclusão também é V.
É isso que torna o argumento válido.
Não me interessa o conteúdo das proposições "a" e "b". Só me preocupo com a forma.
Posso fazer:
Assim, é perfeitamente possível termos um argumento válido que tenha premissas falsas.
Exemplo:
Gabarito: errado
A tarefa de avaliar a veracidade das proposições é das outras ciências: química, física, biologia,
matemática, etc. Elas estudam o mundo. A lógica de argumentação avalia a forma.
O argumento acima é válido por conta de sua forma. Se partirmos do pressuposto de que suas
premissas são verdadeiras, veremos que a conclusão necessariamente também é verdadeira. É
isso que o torna válido.
Quem se preocupa com a veracidade das premissas é a correção. Um argumento válido que
possua premissas verdadeiras é dito correto.
145
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Agora uma questão em que a banca pisou na bola. Trata-se também de uma questão do Cespe,
cobrada no concurso do Bacen 2013.
Havia um grande argumento, chamado de argumento "2". Uma de suas premissas era a
proposição Q3. O item a ser julgado é:
O item foi dado como certo pela banca. Mas, pelo que vimos até aqui, deveria ser dado como
falso.
No gabarito definitivo a questão foi dada como CERTA, com a seguinte justificativa:
O conteúdo do item está correto, pois, se o argumento 2 for válido, então a proposição Q3 será
verdadeira.
Como já vimos, o fato de um argumento ser válido não tem absolutamente nada a ver com a
veracidade ou falsidade das proposições que o compõem. A banca pisou na bola.
Verdade e falsidade podem ser predicados das proposições, nunca dos argumentos. Do mesmo
modo, propriedades de validade ou invalidade só podem pertencer a argumentos dedutivos, mas
nunca a proposições. Existe uma conexão entre validade ou invalidade de um argumento e a
verdade ou falsidade de suas premissas e conclusão, mas essa conexão de modo nenhum é
simples. Alguns argumentos válidos contém apenas proposições verdadeiras, como, por exemplo:
Mas um argumento pode conter exclusivamente proposições falsas, e apesar disso, ser
válido, como, por exemplo:
Este argumento é válido porque, se suas premissas fossem verdadeiras, sua conclusão também
teria que ser verdadeira, mesmo no caso em que, de fato, fossem todas falsas. Por outro lado, se
refletirmos sobre o argumento:
Vemos que, embora suas premissas e sua conclusão sejam verdadeiras, o raciocínio não é válido.
146
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Fechando a questão, o fato de um argumento ser válido não nos ajuda absolutamente em
nada na hora de determinar se suas premissas são V ou F. Nada podemos garantir sobre isso.
Portanto, a questão está ERRADA.
O que a lógica de argumentação nos diz é o seguinte. Num argumento válido, supondo que
as premissas são V, então a conclusão necessariamente é V também. Mas determinar se as
premissas são de fato verdadeiras não é um trabalho da lógica, sim das outras ciências, como
química, física, matemática, etc.
2 – identifique as linhas em que todas as premissas são verdadeiras (pois só esses casos nos
interessam, lembrem-se de que sempre consideramos premissas verdadeiras)
3 – verifique se, nas linhas indicadas no item “2”, a conclusão também é verdadeira. Se for, o
argumento é válido. Se não for, o argumento é inválido.
É importante dizer que, durante a prova, você deve evitar analisar um argumento pela tabela
verdade, pois é o meio mais demorado. Certo?
Apesar disso, é muito importante sabermos muito bem como funciona a análise pela tabela
verdade, porque isso é simplesmente a base de todas as demais técnicas que aprenderemos.
Assim, veremos exemplos simples, por mim elaborados, para entender o funcionamento da
técnica.
Exemplo 1:
Resolução:
Aqui não nos interessa saber se as premissas são de fato verdadeiras. Pouco importa se, de
fato, está chovendo. Pouco importa se, realmente, quando chove, o rio enche. Vamos sempre
partir do pressuposto de que as premissas são verdadeiras. Dado que elas são verdadeiras,
temos que analisar se a conclusão também é.
147
Apostila Pré-Edital: SEMSA
O símbolo
Agora, vamos analisar apenas as linhas em que as premissas são verdadeiras (pois, para gente,
as premissas sempre são tomadas como verdadeiras).
A linha destacada em vermelho é a única em que todas as premissas são verdadeiras. Nessa
linha, a conclusão também é verdadeira. Logo, o argumento é válido, pois sempre que todas
as premissas são verdadeiras, a conclusão também é.
De outro modo: o fato de as premissas serem verdadeiras garante a que a conclusão também
seja.
Dito de outra maneira: partindo-se das informações que “Se chover o rio enche”, e que “chove”,
podemos concluir que “o rio enche”.
Pronto.
148
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo 2
Considere o seguinte argumento:
Primeira premissa: Se chover, o rio enche.
Segunda premissa: Não chove.
Conclusão: O rio não enche.
Nas linhas destacadas em vermelho, todas as premissas são verdadeiras. Em uma dessas linhas,
de fato, a conclusão também é verdadeira (ver última linha).
Contudo, na penúltima linha, as duas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa. Ou seja,
existe um caso em que as premissas são verdadeiras e a conclusão não é, o que faz com que
o argumento seja inválido.
Ou ainda: o fato de as premissas serem verdadeiras não garante que a conclusão também seja.
149
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Ou seja: sabendo que “se chover o rio enche”, e sabendo que “não chove”, não podemos
concluir que “o rio não enche”.
Basta um único caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa para que o argumento
seja inválido.
Exemplo 3
Nela, as duas premissas são verdadeiras, mas a conclusão é falsa. Ou seja, existe um caso em
que temos premissas verdadeiras e conclusão falsa. Logo, o argumento é inválido. O fato de
as premissas serem todas verdadeiras não garante que a conclusão também seja.
Exemplo 4
150
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo 1:
Premissas:
Resolução:
Pronto.
151
Apostila Pré-Edital: SEMSA
O que fazer?
Bom, para ganharmos tempo, só vamos montar as linhas em que todas as premissas são
verdadeiras.
É muito caso para gente analisar! São muitas as situações que tornam a premissa acima
verdadeira. Isso não ajuda muito a gente.
Acima temos um conectivo “e”. Há um único caso em que a proposição composta com a
conjunção é verdadeira: quando as duas parcelas são verdadeiras.
Logo, o único caso em que a proposição acima é verdadeira é quando Beatriz vai ao boliche e
Suelen vai ao shopping.
Portanto, para que a terceira premissa seja verdadeira, devemos ter, obrigatoriamente:
b: Verdadeiro
s: Verdadeiro.
Isso já facilita muito as coisas. Se fôssemos fazer uma nova tabela verdade, atentando para a
restrição acima (de que b e s devem ser verdadeiras), o número de linhas já diminuiria muito.
Vejam:
Para construir a tabela acima, formamos todas as combinações de valores lógicos para “p”, “m”
e “c”.
Para “b” e “s” aí nem precisamos nos preocupar, pois são sempre verdadeiras.
Fizemos assim porque todas as premissas devem ser verdadeiras. E a única forma de a terceira
premissa ser verdadeira é se “b” e “s” forem verdadeiras.
153
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Ok, a tabela-verdade agora ficou bem menor. Mas não vamos preenchê-la ainda. Vamos tentar
reduzir ainda mais.
Temos um “ou”. Para que seja verdadeiro, pelo menos uma das parcelas deve ser verdadeira.
A primeira parcela, esta nós já sabemos alguma coisa sobre ela. Vimos que Suelen vai ao
shopping (“s” é verdadeiro).
A primeira parcela do “ou” diz que Suelen não vai ao shopping. Portanto, a primeira parcela
da disjunção é falsa.
Logo, para que a disjunção seja verdadeira, a segunda parcela será verdadeira. Ou seja,
acabamos de concluir que Pedro não vai ao porto (ou seja, “p” é falso).
p: Falso
Repetindo: o único modo de a quarta premissa ser verdadeira é se “p” for falso.
A segunda parcela do “ou” é falsa. Isto porque nós já vimos que Pedro não vai ao porto.
Deste modo, para que o “Ou” seja verdadeiro, a primeira parcela deve ser verdadeira.
Muito bem, agora nossa tabela verdade fica ainda mais reduzida:
154
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A segunda parcela deste condicional é verdadeira (já vimos que Cláudia vai ao cinema). Com
isso, automaticamente, o condicional será verdadeiro, independente do valor lógico da
primeira parcela.
Assim, não interessa o valor lógico de m. Qualquer que seja, a primeira premissa será
verdadeira.
Deste modo, não conseguimos excluir mais linhas da nossa tabela verdade. Ela ficará da forma
como vimos acima.
Ora, nós fomos retirando todos os casos que tornavam as premissas falsas. Logo, nos casos
restantes, todas as premissas são verdadeiras.
Com esta técnica, em vez de montarmos 32 linhas, montamos apenas 2. Isso facilita muito as
coisas. Nas questões típicas de prova, veremos a banca traz enunciados em que é necessário
montar uma única linha.
Vejam que a resolução da questão mais parece uma brincadeira de caça ao tesouro. Vamos
descobrindo determinada pista, em seguida precisamos ver onde usá-la para descobrir a
próxima pista.
155
Apostila Pré-Edital: SEMSA
(Esaf) Ana é prima de Bia, ou Carlos é filho de Pedro. Se Jorge é irmão de Maria, então Breno
não é neto de Beto. Se Carlos é filho de Pedro, então Breno é neto de Beto. Ora, Jorge é irmão
de Maria. Logo: e) Ana é prima de Bia e Carlos não é filho de Pedro
Resolução:
Este tipo de exercício é muito comum em provas de concurso. Repete, e muito. Este é o caso
clássico de utilização da técnica 1.
Tudo o que o enunciado traz deve ser tomado como verdadeiro (são premissas!). Partindo
destas premissas, a qual conclusão podemos chegar?
Como dissemos, é um tipo de questão bem típico! Um enunciado cheio de nomes, para tentar
deixar você confuso. São várias pessoas, parece que o enunciado não acaba e você não sabe
por onde começar.
Já que a ideia é deixar as pessoas cansadas e confusas, geralmente (mas não sempre) a banca
coloca a primeira informação a ser usada no final do enunciado. É isso mesmo. A proposição
simples, que é a mais fácil de ser analisada, é justamente a última premissa.
E, no caso da Esaf, tem-se até o hábito de iniciar a frase com a expressão “Ora”.
Vejam:
Vamos começar.
As premissas são:
Isto nos é fornecido de cara pelo enunciado. É uma proposição simples. É, portanto, a mais
simples de ser analisada. Por isso começamos com ela. Nada de disjunções, de condições
necessárias ou suficientes. Já sabemos, de cara, que Jorge é irmão de Maria.
O efeito disso é o seguinte. Se fôssemos fazer uma tabela verdade completa, abrangendo
todas as possibilidades para as premissas, teríamos que analisar tanto as linhas que consideram
que Jorge é realmente irmão de Maria, quanto aquelas que consideram que não é.
Na técnica que estamos estudando, nem perdemos tempo analisando as linhas em que Jorge
não é irmão de Maria. Por quê? Porque a quarta premissa já nos garante de cara que ele é sim
irmão de Maria. Ou seja, ganhamos tempo.
156
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Continuando.
Precisamos saber onde usar esta informação. Só existe uma outra premissa em que temos algo
sobre Jorge e Maria. É a segunda premissa:
Trata-se de uma premissa. Como qualquer premissa, esta proposição deve ser verdadeira!!!
Quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso. Ou seja, quando temos V/F, nessa
ordem.
A quarta premissa já nos garantiu que a primeira parte deste condicional é verdadeira (V).
Só existe uma outra premissa que fala de Breno e Beto. É terceira premissa:
Sabemos que Breno não é neto de Beto. Foi o que concluímos anteriormente.
Se (Carlos é filho de Pedro), então (Breno é neto de Beto)
(F)
O consequente é falso. Pergunta: o antecedente pode ser verdadeiro? Não, não pode, se não
teríamos V/F, nessa ordem, e esta premissa seria falsa.
Se o consequente é falso, o antecedente também deve ser falso, para que o condicional seja
verdadeiro.
157
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Vamos continuar com nossa “caça ao tesouro”. Temos que saber onde usar esta conclusão. Ela
aparece também na primeira premissa:
Para que este “ou” seja verdadeiro, ao menos uma das suas parcelas tem que ser verdadeira.
Sabemos que a segunda parcela é falsa (Carlos não é filho de Pedro). Disso podemos concluir
que a primeira parcela deve ser verdadeira, ou seja, “Ana é prima de Bia”.
Conclusão: Jorge é irmão de Maria. Breno não é neto de Beto. Carlos não é filho de Pedro. Ana
é prima de Bia.
Gabarito: E
Geralmente, a premissa fácil virá precedida da palavrinha “Ora”. E, geralmente, será a última
premissa fornecida.
Lembrando: quando digo “premissas fáceis”, estou me referindo àquelas que contenham:
proposições simples; proposições compostas com conectivo “e”.
As bancas ainda facilitam as coisas porque, nestes casos, elas costumam fazer com que haja
uma única linha da tabela verdade em que todas as premissas sejam verdadeiras. Com isso, o
probleminha vira uma espécie de “caça ao tesouro”.
Sempre assim: descobrimos uma informação e temos que identificar onde utilizá-la, para
obtermos a próxima informação.
(Esaf) Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou Júlio é justo, ou Beto é
bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é bondoso, ou Homero é honesto.
Logo,
Resolução:
• h: Homero é honesto.
• j: Júlio é justo
• b: Beto é bondoso.
Todas as proposições compostas do enunciado são consideradas verdadeiras (são premissas!).
158
Apostila Pré-Edital: SEMSA
O que fazer?
Seria ótimo não perdermos tempo com as linhas em que as premissas são falsas.
Só que agora isso será um pouco mais trabalhoso do que antes, justamente porque não temos
mais premissas fáceis.
Mas, para não perdermos tanto tempo, vamos economizar nas colunas!!! Nesta situação,
vamos fazer uma “tabela verdade modificada”.
É uma tabelinha informal, simplificada. Seria uma tabela em que colocamos apenas as
proposições simples envolvidas. Só isso. Não importa que as premissas e a conclusão não
sejam representadas.
A vantagem é economizarmos nas colunas. Vamos fazer menos colunas. Só fazemos as colunas
das proposições simples.
159
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Assim:
Esta foi a primeira informação. Sabemos que ela é verdadeira, pois todas as informações do
enunciado são tomadas como verdadeiras (são premissas!).
Nesta frase acima temos um “ou”. Qual a única situação em que um “ou” é falso? Quando as
duas parcelas são falsas. No caso, quando Homero for honesto e Júlio não for justo.
Ora, se esta situação (Homero honesto; Júlio não justo) faz com que a frase acima seja falsa,
então temos que excluir esta hipótese porque isso iria contra o que está dito no enunciado.
Portanto, vamos riscar as linhas em que esta combinação aparece (Homero honesto e Júlio
não justo).
Temos conectivos “ou”. Qual a única situação em que uma proposição com o conectivo “ou” é
falsa? Quando todas as “parcelas” são falsas.
Neste caso, a proposição é falsa quando: Homero não é honesto; Júlio não é justo; Beto não é
bondoso.
160
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Outra vez um conectivo “ou”. Temos duas parcelas (a primeira referente a Beto, a segunda
referente a Júlio). Qual a única situação em que uma proposição com “ou” é falsa? Quando as
duas parcelas são falsas. No caso, a frase será falsa quando: Beto não for bondoso; Júlio for
justo.
Por fim, esta informação é falsa quando Beto é bondoso e Homero não é honesto. Precisamos
excluir as linhas que trazem esta combinação.
Ou seja, a única linha da tabela verdade que torna todas as premissas verdadeiras é aquela em
que Homero é honesto, Júlio é justo e Beto é bondoso.
161
Apostila Pré-Edital: SEMSA
É importante saber que essa técnica pode levar a erros. Caso o argumento lógico apresente
mais de uma linha da tabela verdade em que todas as premissas são verdadeiras, a técnica do
chute pode nos levar a uma resposta errada.
(Esaf) Três meninos, Pedro, Iago e Arnaldo, estão fazendo um curso de informática. A
professora sabe que os meninos que estudam são aprovados e os que não estudam não são
aprovados. Sabendo-se que: se Pedro estuda, então Iago estuda; se Pedro não estuda, então
Iago ou Arnaldo estudam; se Arnaldo não estuda, então Iago não estuda; se Arnaldo estuda
então Pedro estuda. Com essas informações pode-se, com certeza, afirmar que:
Resolução:
Só que existem argumentos que não apresentam premissas “fáceis”. Nós ficamos sem ponto
de partida. É aí que entra o chute.
Você chuta alguma coisa e vê se consegue fazer com que todas as premissas sejam
verdadeiras. Se você não conseguir, o seu chute deu errado. Você precisa alterar seu chute.
Premissas:
162
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Temos um condicional em que a segunda parcela é falsa. Para que o condicional seja
verdadeiro, a primeira parcela deve ser falsa. Logo, Arnaldo não estuda.
O antecedente é verdadeiro. Para que o condicional seja verdadeiro, o consequente deve ser
verdadeiro.
Temos um condicional com antecedente verdadeiro e consequente falso. Logo, esta premissa
é falsa.
Só chegamos a um absurdo porque nosso chute inicial foi errado. Precisamos altera-lo.
1 Pedro estuda
Da primeira premissa, temos que Iago estuda.
1 Pedro estuda
2 Iago estuda
O fato de Pedro estudar já garante que a segunda premissa seja verdadeira.
Temos:
O consequente é falso. Para que o condicional seja verdadeiro, o antecedente também deve
ser falso. Logo, Arnaldo estuda.
1 Pedro estuda
2 Iago estuda
3 Arnaldo estuda
Como Arnaldo estuda e Pedro estuda, a quarta premissa é verdadeira.
Pronto!
Achamos a linha da tabela verdade em que todas as premissas são verdadeiras. É nesta linha
que a conclusão deve ser analisada.
163
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Todas as alternativas fazem afirmações sobre ser ou não ser aprovado. O enunciado disse que
quem estuda é aprovado e que quem não estuda é reprovado.
Gabarito: A
Qual seu grande problema? É que ela pode induzir a erros, quando houver mais de uma linha
da tabela verdade em que todas as premissas são verdadeiras.
Exemplo 1:
Premissas:
Conclusão:
Resolução:
Agora vamos tentar fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras.
Vamos para a segunda premissa. Temos um “ou exclusivo”. A segunda parcela é verdadeira.
Para que a conjunção exclusiva seja verdadeira, a primeira parcela deve ser falsa.
Ok, já achamos a linha da tabela verdade em que todas as premissas são verdadeiras. É a linha
em Cláudia vai ao cinema, Amanda não vai ao armazém e Bia vai ao boliche.
164
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Certo???
Errado!!!
Ela se presta a identificar uma linha da tabela verdade em que as premissas são verdadeiras.
Mas não garante que seja a única.
Neste exemplo, há outra situação em que todas as premissas são verdadeiras. É o caso em que:
Amanda vai ao armazém, Bia não vai ao boliche e Cláudia não vai ao cinema. Neste caso, a
conclusão é falsa. Ou seja, há um caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa. Logo, o
argumento é inválido.
Premissas:
Já vimos em outra seção que este é um argumento inválido. Vou repetir apenas o finalzinho
da solução. Montando apenas as linhas da tabela verdade em que as premissas são
verdadeiras:
Assim, só montamos as linhas que interessam: só aquelas em que todas as premissas são
verdadeiras.
165
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Em algumas situações, uma boa forma de analisar o argumento é procurando justamente pela
linha da tabela verdade que “fura” o argumento, a linha que o torna inválido.
Simples.
Segundo passo: tentamos fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras.
Se conseguirmos, então nós achamos a linha que fura o argumento. Nós achamos a linha que
torna o argumento inválido.
Se não conseguirmos, é porque esta linha não existe. Logo, o argumento é válido.
Por isso nós dizemos que a análise é de “baixo para cima”. Porque partimos da conclusão (que
fica embaixo) e vamos para as premissas (que ficam em cima).
Temos:
Premissas:
166
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A primeira parcela do condicional é verdadeira. A segunda parcela deverá ser verdadeira, para
que o condicional seja verdadeiro. Portanto, Cláudia vai ao cinema.
Para que a conjunção seja verdadeira, as duas parcelas devem ser verdadeiras.
A primeira parcela da disjunção é falsa. Para que a proposição composta seja verdadeira, sua
segunda parcela tem que ser verdadeira. Portanto, Pedro não vai ao porto.
A primeira parcela da conjunção é verdadeira. Isso faz com que a premissa seja verdadeira.
Pronto.
Conseguimos!
Nós partimos da conclusão. Forçamo-la a ser falsa. E mesmo assim conseguimos que as
premissas fossem verdadeiras. Nós localizamos a linha da tabela verdade que torna o
argumento inválido.
167
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Esta técnica da análise “de baixo para cima” é útil quando a conclusão só apresenta um caso
de falso. Isso ocorre quando a conclusão é:
Mais um exemplo:
e) Se Magnólia foi obrigada a associar-se, então Roberto não tem plena liberdade de
associação.
Resolução:
168
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Isso mesmo. Iremos de “baixo para cima”. Partiremos da conclusão. Faremos com que a
conclusão seja falsa. Caso, fazendo com que a conclusão seja falsa, achemos uma situação em
que todas as premissas sejam verdadeiras, então o argumento é inválido. Ou seja, estamos
justamente determinando a linha da tabela verdade em que as premissas são verdadeiras e a
conclusão é falsa.
Repetindo:
Letra A.
Conclusão: Roberto não é brasileiro e Roberto não tem plena liberdade de associação.
Nessa nossa tática de ir de “baixo para cima”, a pior alternativa para analisarmos é a letra A.
Nela, nós temos um “e”. Queremos forçar o caso em que a conclusão é falsa. Só que há três
linhas da tabela verdade do “e” que fazem com que a proposição composta seja falsa. É muito
caso para analisar.
Letra B.
Queremos forçar a conclusão a ser falsa. Temos um “se... então”. Ele só é falso quando a
primeira parcela é verdadeira e a segunda é falsa. Logo:
1 Roberto é brasileiro
2 Carlos não interpretou corretamente a legislação
Vamos agora tentar fazer com que as premissas sejam verdadeiras.
Primeira premissa:
Queremos que o condicional seja verdadeiro. Sabemos que a primeira parcela é verdadeira,
pois Roberto é brasileiro. Logo, para que o condicional seja verdadeiro, a segunda
parcela deve ser verdadeira.
1 Roberto é brasileiro
2 Carlos não interpretou corretamente a legislação
3 Roberto tem plena liberdade de associação
Vamos para a segunda premissa:
Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
169
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Temos um “ou”. A primeira parcela é falsa (ver conclusão 3). Logo, para que a premissa seja
verdadeira, a segunda parcela deve ser verdadeira. Ou seja, Magnólia foi obrigada a associar-
se.
1 Roberto é brasileiro
2 Carlos não interpretou corretamente a legislação
3 Roberto tem plena liberdade de associação
4 Magnólia foi obrigada a associar-se
Terceira premissa:
Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
Outro condicional. A primeira parcela é verdadeira (ver conclusão 2). A segunda parcela é falsa
(ver conclusão 4). Logo, a terceira premissa é falsa.
Ou seja, não atingimos nosso objetivo. Não conseguimos achar um caso em que a conclusão
é falsa e todas as premissas são verdadeiras. Logo, esse é o argumento válido.
Sejam a e b duas premissas. Seja c a conclusão. O argumento pode ser escrito assim:
Nesse condicional, nós temos um “e” unindo as premissas. E o consequente (segunda parcela)
é a conclusão do argumento.
Se o argumento for válido, então esse condicional é uma tautologia. E vice-versa. Se esse
condicional for uma tautologia, o argumento é válido. Dizemos que o argumento é válido se
e somente se o condicional a ele associado é tautológico.
O argumento
Isso pode ser entendido da seguinte forma. Nas linhas da tabela-verdade em que pelo menos
uma das premissas é falsa, o condicional é verdadeiro, de cara (pois seu antecedente é falso).
E essas linhas pouco importam para gente, pois, dentro de um argumento, só nos interessam
as linhas da tabela verdade em que as premissas são verdadeiras.
170
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Ok, agora vamos para as linhas da tabela-verdade em que todas as premissas são verdadeiras.
Nessas linhas, se a conclusão também for verdadeira, então o argumento é válido. E, além
disso, o condicional a ele associado também assume o valor lógico verdadeiro, o que faz dele
uma tautologia.
Caso contrário, se, em pelo menos uma das linhas em que as premissas são verdadeiras, a
conclusão for falsa, o argumento será inválido. Além disso, o condicional a ele associado não
será mais uma tautologia.
O conceito de condicional associado a um argumento válido pode ser utilizado para identificar
tautologias.
Resolução:
p: João é alto
q: Guilherme é gordo
E todas as alternativas trazem condicionais. O condicional tautológico será aquele que pode
ser associado a um argumento válido.
1ª - João é alto
A segunda parte é um “ou”: João é alto (p) ou Guilherme é gordo (q) = p∨qp∨q
A ligação entre a primeira parte e a segunda é feita por um condicional.
Vejamos: se João é alto (p), então João é alto (p) ou Guilherme é gordo (q)
p→(p∨q)p→(p∨q)
Este condicional pode ser associado ao seguinte argumento:
Premissa: pp
Conclusão: p∨qp∨q
171
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Notem que se “p” for verdadeiro (premissa verdadeira), isso já garante, automaticamente, que
“p∨qp∨q” é verdadeiro (conclusão verdadeira).
Ou seja, o argumento é válido. Logo, o condicional associado é tautológico.
Gabarito: A
Acontece que esse condicional aí de cima é equivalente a outro condicional. Ele é equivalente
a:
E agora vem o grande detalhe. Este condicional que obtivemos pode ser associado ao seguinte
argumento:
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
172
Apostila Pré-Edital: SEMSA
e) Se Magnólia foi obrigada a associar-se, então Roberto não tem plena liberdade de
associação.
Resolução:
Vamos testá-las.
Premissas:
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
Conclusão:
Para testar a validade desse argumento, podemos contar com a premissa adicional. Basta
tomar o antecedente da conclusão como premissa.
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
Agora ganhamos uma premissa simples, fácil de ser analisada. Trata-se da “Premissa adicional”.
Ela já nos permite saber, de cara, de imediato, que Roberto é brasileiro. Agora temos um ponto
de partida para analisar as demais premissas.
Ou seja, a técnica 5 só serve para nos dar um ponto de partida. Tendo esse ponto de partida
(uma premissa “fácil”), podemos aplicar a técnica 1:
173
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Sabemos que a primeira parcela é verdadeira (ver conclusão 1). Logo, a segunda parcela
também deve ser verdadeira.
1 Roberto é brasileiro
2 Roberto tem plena liberdade de associação
Vamos para a segunda premissa.
- Roberto não tem plena liberdade de associação (F) ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
Temos um “ou”. Sabemos que sua primeira parcela é falsa (pois Roberto tem plena liberdade
de associação). Para que o “ou” seja verdadeiro, a segunda parcela deve ser verdadeira. Logo,
Magnólia foi obrigada a se associar.
1 Roberto é brasileiro
2 Roberto tem plena liberdade de associação
3 Magnólia foi obrigada a se associar
Vamos para a terceira premissa.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se (F).
Temos um condicional. A segunda parcela é falsa. Logo, a primeira parcela deve ser falsa, para
que o condicional seja V. Portanto, Carlos interpretou corretamente a legislação.
1 Roberto é brasileiro
2 Roberto tem plena liberdade de associação
3 Magnólia foi obrigada a se associar
4 Carlos interpretou corretamente a legislação
Ou seja, realmente podemos concluir que Carlos interpretou corretamente a legislação. A
alternativa está correta.
Letra C.
A conclusão apontada é:
Premissas:
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
174
Apostila Pré-Edital: SEMSA
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação (V), então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
Temos um condicional em que a primeira parcela é verdadeira. Para que o condicional seja
verdadeiro, a segunda parcela deve ser verdadeira.
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se (F).
Temos um “ou” em que a segunda parcela é falsa. Para que o “ou” seja verdadeiro, a primeira
parcela deve ser verdadeira.
É um condicional em que a segunda parcela é falsa. Logo, a primeira parcela deve ser falsa,
para que a proposição composta seja verdadeira.
A letra D não apresenta uma conclusão do tipo "condicional" (se p, então q). Logo, não
podemos usar a 5ª técnica.
E) Se Magnólia foi obrigada a associar-se, então Roberto não tem plena liberdade de
associação.
Outra vez, temos uma conclusão na forma de um condicional. Podemos utilizar a técnica da
“premissa adicional”.
Premissas:
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
175
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Conclusão:
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se (F).
Temos um condicional em que a segunda parcela é falsa. Logo, a primeira parcela deve ser
falsa, para que o condicional seja verdadeiro.
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se (V).
Primeira premissa.
Como não sabemos que se Roberto tem ou não liberdade de associação, então há várias
formas de a primeira premissa ser verdadeira. Temos os seguintes casos:
176
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Muito bem. Nas regras de inferência temos o seguinte. Temos um conjunto de argumentos
válidos, tidos como básicos, de uso corrente. Utilizamos estes argumentos para verificar se
outros argumentos são, também, válidos.
Para concurso, na maior parte das vezes, não interessa saber quais são esses argumentos
básicos, nem ver exemplos detalhados de sua utilização. O que nos interessa é aproveitar a
ideia por trás das regras de inferência.
A ideia é: combinar duas ou mais premissas para formar outras, mais simples de serem
analisadas.
Exemplo de questão:
(Esaf) Márcia não é magra ou Renata é ruiva. Beatriz é bailarina ou Renata não é ruiva. Renata
não é ruiva ou Beatriz não é bailarina. Se Beatriz não é bailarina então Márcia é magra. Assim,
Resolução:
Montamos uma tabela com todas as possibilidades e vamos riscando as situações que
contradizem o enunciado.
177
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Posso excluir os casos em que Márcia é magra e Renata não é ruiva (pois esta combinação
tornaria falsa a proposição acima).
Excluo casos em que Beatriz não é bailarina e Renata é ruiva (novamente, é a hipótese que
tornaria falsa a proposição acima).
Temos um conectivo “ou”. Ele só é falso quando as duas parcelas são falsas. No caso, a
proposição é falsa quando Renata é ruiva e Beatriz é bailarina.
178
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Repare que, olhando na tabela as informações que ainda não foram riscadas, já sabemos sobre
Márcia (não é magra) e Renata (não é ruiva), só nos falta saber de Beatriz.
Agora temos um condicional. Qual a única situação em que um condicional é falso? Quando
o primeiro termo é verdadeiro e o segundo é falso (V/F).
Podemos separar a frase em duas “parcelas”. A primeira se refere a Beatriz; a segunda é sobre
Márcia. Quando Beatriz não é bailarina, a primeira parte é verdadeira. Quando Márcia é magra,
a segunda parte é falsa. Primeiro termo verdadeiro e segundo termo falso faz com que a frase
acima seja falsa.
Gabarito: A
Vamos refazer a questão, agora usando a técnica 6. Observem como é muito mais rápido:
Relembrando o enunciado:
Márcia não é magra ou Renata é ruiva. Beatriz é bailarina ou Renata não é ruiva. Renata não é
ruiva ou Beatriz não é bailarina. Se Beatriz não é bailarina então Márcia é magra. Assim,
179
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Nova resolução:
Nesta nova solução, vamos combinar premissas para chegar em proposições mais simples (que
é a ideia das regras de inferência).
As premissas são:
Uma delas afirma que Beatriz é bailarina. A outra afirma que Beatriz não é bailarina.
Não nos interessa qual das duas premissas erra sobre Beatriz.
O que interessa é isso: uma das premissas apresenta uma parcela falsa (a parcela que fala sobre
Beatriz).
Assim, a outra parcela deve ser verdadeira, para que a disjunção seja verdadeira.
Pronto. Isso já pode ser concluído. Já sabemos que Renata não é ruiva. Essa é a única forma
de fazer com que as premissas 2 e 3 sejam verdadeiras ao mesmo tempo.
Olha só como foi mais rápido: não precisou de tabela, não precisou de chute inicial, de nada.
Por outro lado, não tem receita de bolo. Foi necessário um pouco de “jogo de cintura” para
perceber que era possível combinar as premissas 2 e 3.
Bom, já sabendo que Renata não é ruiva, podemos analisar as demais premissas.
A segunda parcela do “ou” é falsa. Logo, a primeira parcela deve ser verdadeira.
180
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A segunda parcela do condicional é falsa. Para que o condicional seja verdadeiro, a primeira
parcela deve ser falsa.
Beatriz é bailarina.
Pronto. Descobrimos que Renata não é ruiva, Márcia não é magra e Beatriz é bailarina. Isso
sem precisar de chute para ser testado. Sem precisar de tabela. É bem mais rápido.
Mas, por outro lado, não tem “receita de bolo”, esse é o problema.
O essencial é apenas que o candidato entenda a "ideia" de combinar premissas para obter
proposições mais fáceis de serem analisadas. São raras as questões que efetivamente solicitam
o conhecimento das regras de inferência propriamente dita.
No entanto, como é possível a cobrança, vale a pena passar rapidamente por tais regras. Além
disso, é inegável que o candidato que saiba as regras de inferência tem vantagem competitiva
sobre os candidatos que não sabem.
Regras de inferência são argumentos válidos tidos como “básicos”, de uso corrente. São
também chamados de argumentos fundamentais. Eles são utilizados para executar passos ao
longo da verificação da validade de um argumento maior.
Não existe consenso entre os autores sobre quais são as regras de inferência. Alguns usam um
conjunto menor de regras. Outros usam um conjunto menor.
1 – Regra da adição:
p−−p_
p∨qp∨q
2 – Regra de simplificação:
(p∧q)−−−−−−(p∧q)_
pp
3 – Regra da conjunção.
pp
q−−−q_
p∧qp∧q
4 - Dupla negação:
¬¬p−−−−¬¬p_
pp
5 – Regra Modus Ponens
pp
(p→q)−−−−−−(p→q)_
qq
181
Apostila Pré-Edital: SEMSA
p→qp→q
¬q−−¬q_
¬p¬p
7 – Regra do Silogismo Disjuntivo
p∨qp∨q
¬q−−¬q_
pp
8 – Regra do Silogismo Hipotético
p→qp→q
q→r−−−−−q→r_
p→rp→r
9 - Condicionais para Bicondicional:
p→qp→q
q→p−−−−−q→p_
p↔qp↔q
10 - Bicondicional para condicionais:
p↔q−−−−−p↔q_
p→qp→q
Não vou ficar colocando a demonstração da validade de todos esses argumentos. Apenas para
exemplificar, vejamos a Modus Tollens.
Na única linha em que todas as premissas são verdadeiras, a conclusão também é. Logo, o
argumento é válido.
Vocês observaram que tratamos as regras de inferência com certo "descaso" porque, para
resolver questões de prova (é nosso interesse), de fato não precisamos tanto assim delas.
Embora o candidato que tenha conhecimento de tais regras esteja à frente dos demais, o fato
é que as questões de prova geralmente não são tão profundas assim a ponto de exigir o
conhecimento das regras de inferência. A grande maioria das questões fica em argumentos
mais simples, que dispensam esse tipo de técnica.
Contudo, em concursos na qual é cobrada lógica num nível mais avançado, onde é exigido o
conhecimento do cálculo de predicados de primeira ordem, precisamos ver técnicas bem mais
avançadas para análise de argumentos lógicos. Neste contexto, finalmente as regras de
inferência vêm para a posição de "destaque" que realmente merecem.
Ou seja, elas têm sua importância. Mas, para o nível básico destes capítulos que estamos
estudando, que, aliás, é o nível exigido em 99,99% dos concursos, podemos ir bem sem elas.
182
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A ideia aqui é partir das premissas e chegar até a conclusão. Então o trabalho é facilitado
se houver premissa com um único caso de valor lógico V. Exemplos:
1
- houver premissas que são proposições simples
- houver premissas que são conjunções
Pode ser aplicada sempre. Mas a ideia aqui é meio que fazer uma tabela verdade,
simplificada, mas ainda assim uma tabela. Então se o argumento tiver muitas proposições
simples, essa tabela vai ficar grandona, com muitas linhas.
2
Resultado: recomendo usar a técnica se as premissas tiverem 2 ou 3 proposições simples
diferentes. No máximo 4. Se passar disso, a técnica fica bem demorada, pois teremos um
baita de um tabelão para montar.
3 Pode ser usada sempre, mas é sujeita a erros.
A ideia aqui é partir da conclusão e chegar até as premissas. Deste modo, nosso trabalho
será facilitado quando a conclusão tiver uma única linha da tabela verdade com valor F.
Exemplos:
4
- a conclusão for um condicional
- a conclusão for uma disjunção
- a conclusão for uma proposição simples
Resumo do capítulo
Obs.: as premissas são apenas consideradas verdadeiras. Não interessa o que ocorre no mundo
real. Apenas trabalhamos com as valorações em que as premissas são V, e verificamos se a
conclusão é V também.
A tarefa de verificar se, no mundo real, elas são de fato V, é das outras ciências (biologia,
química, engenharia, etc.).
Verifique as linhas em que todas as premissas são V. Se, em todas estas linhas, a conclusão for
V também, o argumento é válido.
Do contrário, é inválido.
183
Apostila Pré-Edital: SEMSA
1ª Técnica: É a técnica da caça ao tesouro. Elimine as linhas que tornam as premissas falsas.
Isso será facilitado se houver premissas fáceis (com um único caso de verdadeiro). Exemplo:
- como o número de colunas será reduzido, você pode optar por colocar frases em vez de
letras.
3ª Técnica: Chute inicial: chute alguma coisa, para ter um ponto de partida.
Cuidado: a técnica pode conduzir a erros, se houver mais de uma linha da tabela verdade em
que todas as premissas são verdadeiras.
4ª técnica:
Uma sentença aberta é uma sentença que possui pelo menos uma variável e que não pode
ser julgada em V ou F (uma definição mais precisa de fórmulas abertas é estudada dentro de
lógica de primeira ordem).
Exemplo:
x+3>5x+3>5
Se eu pedisse para você julgar isso em V ou F, o que você diria?
Você concorda que não dá para afirmar que isso é V e nem que é F? Afinal de contas, se não
sabemos quanto vale x, não tem como saber se x+3x+3 vai dar maior que 5 ou não. Como não
é possível julgar isso em V ou F, então x+3>5x+3>5 não é uma proposição.
184
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Existe algum número xx, pertencente ao conjunto dos números reais, tal que x+3>5x+3>5
Agora mudou tudo, concorda? Afinal de contas, está "na cara" que agora estamos diante de
uma frase que é verdadeira. Se já conseguimos julgar em V ou F, então agora sim estamos
diante de uma proposição.
O resultado final foi que conseguimos transformar a sentença aberta em uma proposição. Isso
foi possível com o uso da expressão "existe algum". Este "existe algum", ou, resumidamente,
"algum", é chamado de quantificador. Os quantificadores são geralmente indicados por
palavras como: todo, algum, nenhum, alguém, ninguém.
• Todo A é B
• Nenhum A é B
• Algum A é B
Quando uma questão de prova trouxer um argumento que contenha proposições desse tipo,
a gente não conseguirá resolver usando as tabelas verdade. É que a tabela verdade não
consegue captar adequadamente o tipo de relação entre conjuntos que está expresso nas
proposições categóricas.
Para dar conta do recado, a análise de argumento passa a ser feita por meio do que chamamos
de diagramas lógicos. Um diagrama lógico nada mais é que um desenho esquemático dos
conjuntos envolvidos.
Significa que o conjunto dos cachorros está dentro (está contido) do conjunto das coisas que
latem. Deste modo:
A ideia é sempre essa. Sempre que nos disseram que “Todo X é Y” significa que o conjunto
dos X está contido no conjunto dos Y. Ou, dizendo de forma um pouco diferente: o conjunto
dos cachorros é um subconjunto do conjunto das coisas que latem.
Reparem que este quantificador apenas nos indica que um conjunto está contido no outro.
Mas ele nada afirma sobre a existência de elementos dentro dos conjuntos. Nada impediria
que os conjuntos vermelho e preto fossem ambos vazios.
185
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Eu sei que isso pode parecer estranho, pois nós sabemos que, na vida real, existem sim
cachorros e existem sim animais que latem. Mas, dentro da lógica, não podemos pressupor a
existência de elementos em cada conjunto, a menos que a questão assim nos garanta.
Isso nos dá certeza de que não há dragões fora do conjunto das coisas que voam:
É a região cinza da figura acima. Nesta aula, vamos usar a cor cinza para indicar que não há
elementos na região.
Vou repetir porque é muito importante: a frase "todo dragão voa" nos diz que a região cinza
acima não possui elementos. É exatamente isso fará com que o conjunto dos dragões esteja
contido no conjunto das coisas que voam.
Agora, simplesmente dizer que “todo dragão voa” não nos dá certeza de que existem dragões,
nem de que existam coisas que voam. Deste modo, nas regiões em amarelo, não sabemos se
há ou não elementos.
Esta proposição em especial foi utilizada porque, no mundo real, de fato, não há dragões. O
que não te impediu de julgar a proposição acima em V ou F, dependendo de qual história em
quadrinhos, desenho animado ou filme você assista
Todo A é B:
Este quantificador também nos traz algumas incertezas. Vejam como fica o desenho:
186
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Quando dizemos que alguns brasileiros falam espanhol, nós temos a certeza que os dois
conjuntos se tocam. E mais que isso: na intersecção, há pelo menos um elemento. Ou seja,
existe pelo menos uma pessoa que é brasileira e, além disso, fala espanhol.
Isso nos dá a certeza de que, na região marcada com um (X) na figura abaixo, existe pelo
menos uma pessoa:
Não sabemos se há brasileiros que não falam espanhol (região 1 da figura). Também não
sabemos se há pessoas que falam espanhol e não são brasileiras (região 2 da figura).
O diagrama é quase o mesmo. A única coisa que muda é a “região de incerteza”. Agora, temos
certeza de que existem brasileiros que não falam espanhol. É a região marcada com um (X) ma
figura abaixo:
Não temos certeza se há pessoas que são brasileiras e falam espanhol (região 1). Também não
sabemos se há pessoas que não são brasileiras e falam espanhol (região 2).
187
Apostila Pré-Edital: SEMSA
O "nenhum" segue a mesma regra do "todo". Isso porque o "nenhum" nada mais é que o
quantificador "todo" com um "não" embutido. Em outras palavras, dizer que "nenhum A é B"
é o mesmo que falar que "todo A não é B".
Neste exemplo, estamos afirmando que o conjunto dos dragões não apresenta intersecção
com o conjunto dos dinossauros.
Assim:
A única certeza que temos é que não há intersecção entre os conjuntos. É a região cinza da
figura acima. Pintamos de cinza para indicar ausência de elementos.
Contudo, simplesmente dizer que “nenhum dragão é dinossauro” não garante qualquer coisa
sobre a existência de elementos dentro do conjunto dos dragões (região 1 da figura), ou dentro
do conjunto dos dinossauros (região 2). Não temos certeza se existem dragões. Nem se
existem dinossauros. Apenas temos certeza de que não há dragões que também sejam
dinossauros.
Esta proposição em especial foi utilizada porque, no mundo real, atualmente, não existem
dinossauros. Também não existem dragões. Mas nada disso te impediu de julgar a proposição
acima como V. O que não significa, de modo algum, que estejamos afirmando a existência de
qualquer um destes dois tipos de criatura.
Nesta primeira explicação, deixei em amarelo as regiões de incerteza, para poder chamar
melhor a atenção para elas.
Nos exercícios, para não sobrecarregar muito as imagens, vou deixar as “regiões de incerteza”
em branco, em vez de amarelo. Só quando eu quiser chamar a atenção para alguma região de
incerteza em particular, aí eu pinto de amarelo, ok?
188
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Então, para relembrar todos os desenhos, vamos ver mais alguns exemplos.
Exemplos
Resolução:
A região com um (X) é aquela em que temos certeza de que há algum elemento. Nas demais,
não temos certeza.
Só temos certeza de que não há elementos na intersecção. Por isso, pintamos com cinza para
indicar a ausência de elementos na região.
189
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Só temos certeza de que há elementos na intersecção. Por isso marcamos com um (X). Nas
demais regiões, em branco, não sabemos se há elementos.
Só sabemos que não existem santistas fora do conjunto vermelho. Por isso a região foi pintada
com cinza, para indicar a ausência de elementos.
Resumindo:
• “todo” e “nenhum” só nos dão certeza sobre regiões cinzas (em que não há elementos)
• “algum” só nos dá certeza sobre região com (X) – ou seja, região que contém um
elemento.
O quantificador "algum" é chamado de quantificador existencial. Pois ele garante a existência
de elementos em determinada região do diagrama
As proposições do tipo "Todo A é B", "Nenhum A é B", "Algum A é B" e "Algum A não é B" são
chamadas de proposições categóricas.
Vamos fazer a negação? Para tanto, basta pensarmos: quando é que isso é falso?
190
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Essa proposição será falsa quando nem todo brasileiro falar espanhol. Ou ainda, quando
houver ao menos um brasileiro que não saiba falar espanhol.
Outro exemplo:
Vamos fazer a negação? De novo, basta pensar: quando é que isso é falso?
Essa proposição será falsa quando não houver brasileiro que fale espanhol. Isso pode ser dito
de duas maneiras:
É claro que o resumo acima, envolvendo algum, todo e nenhum, aplica-se, por analogia, a
todos/alguém/ninguém.
O diagrama fica:
Na hora de fazer a negação, o que fazemos? Simplesmente afirmamos que há sim elementos
na região cinza, assim:
191
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Agora mudemos de exemplo. Vamos analisar a proposição: algum brasileiro fala espanhol. O
diagrama fica:
Na hora de negar a proposição, o que vai ocorrer? Vamos afirmar que não existem elementos
na intersecção.
• trocamos o tipo de quantificador (se era universal, trocamos por existencial. Se era
existencial, trocamos por universal)
• trocamos a frase afirmativa por negativa, ou vice-versa.
Exemplos:
Todo A não é B
Trocamos o existencial pelo universal (todo)
Algum A é B =
A frase original está na afirmativa, substituímos por uma negativa (não)
Nenhum A é B (?)
Nenhum A é B
Trocamos o universal pelo existencial (algum)
= Algum A é B
A frase original está na negativa, substituímos por uma afirmativa (não )
Todo A não é B (?)
192
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo:
Esta frase nos garante que, sempre que estivermos diante de um paulista, ele obrigatoriamente
será brasileiro. Mas o contrário não é garantido: o fato de estarmos diante de um brasileiro
não nos dá certeza de que a pessoa é paulista.
Você concorda que, se alguém estiver dentro do conjunto vermelho, ele obrigatoriamente
estará no conjunto preto? Isso é bem lógico, já que um conjunto está dentro do outro.
Todo A é B
Se um elemento é A, então é B.
4) QUADRO DE OPOSIÇÕES
(*) Observação: em toda esta seção vamos supor que os conjuntos são não vazios, blz? É a única
forma de não cairmos na Falácia Existencial.
O que nós estudamos na seção anterior já é suficiente para você matar 99,99% das questões
de prova.
Contudo, tem sempre aquele 0,01% que gosta de cobrar "nomes", "classificações" e coisas do
tipo. É para essas questões que estou abrindo esta seção específica. Esta seção tem péssima
relação custo benefício. Eu sugiro que você pule tudo o que vem a seguir, e só volte
futuramente para ler se se deparar com alguma questão da sua banca cobrando este
tema.
193
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Proposição
Nome Comentários Símbolo
categórica
universal temos o quantificador universal e estamos
Todo S é P A
afirmativa afirmando algo
Nenhum S é P
universal estamos usando o quantificador universal e
= E
negativa estamos negando algo
Todo S não é P
particular estamos usando o quantificador existencial e
Algum S é P I
afirmativa estamos afirmando algo
Usamos esses símbolos que estão na última coluna para montar o chamado "quadro de
oposições".
Nós já sabemos que a negação de "Todo S é P" é dada por "Algum S não é P". Ou seja, "A" e
"O" são contraditórias, pois quando uma é V a outra é F. Quando uma é F, a outra é V. Elas
obrigatoriamente têm valores lógicos opostos.
Já sabemos também que a negação de "Nenhum S é P" é dada por "Algum S é P". Ou seja, "E"
e "I" também são contraditórias.
Mas imagine o seguinte caso. Suponha que apenas Brasil, Argentina e Uruguai tenham vencido
a copa do mundo, e que os demais países (Paraguai, Chile, Peru, Venezuela, etc) não tenham
vencido.
Daí a primeira afirmação será F, pois nem toda seleção sul americana terá sido campeã. E a
segunda também será F, pois algumas foram sim campeãs.
Ou seja, tais proposições nem sempre apresentam valores lógicos opostos, já que é possível
que ambas sejam falsas. Neste caso, dizemos que elas são contrárias.
194
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Próximo exemplo:
Se soubermos que "Toda criança que come muito doce é obesa", então podemos concluir que
"Alguma criança que come doce é obesa". A primeira proposição garante a segunda.
De mesma forma, se soubermos que "Nenhuma criança que joga futebol é obesa", então
podemos concluir que "alguma criança que joga futebol não é obesa".
Quando temos um argumento lógico formado por duas premissas e uma conclusão, em que
todas são proposições categóricas, estamos diante de um silogismo categórico.
No silogismo categórico de forma padrão, temos exatamente três termos, e cada termo
aparece duas vezes.
Na conclusão temos:
• sujeito = elefante
• predicado = animal
O sujeito da conclusão é chamado de termo menor. O predicado é o termo maior. Para lembrar
disso, basta lembrar que o conjunto dos elefantes está contido no conjunto de todos os
animais.
O termo mamífero aparece apenas nas premissas, e é chamado de termo médio. Para lembrar
disso, basta ver que ele está no meio entre os outros dois, assim:
Apesar de ser algo básico, dar uma definição precisa e exata de "proposição" é bem
complicado. Aliás, é interessante como isso é frequente em matemática: definir precisamente
conceitos básicos é, em geral, uma tarefa ingrata.
Para um primeiro contato com a matéria, é bem melhor ficarmos com uma definição
"imprecisa". Vamos então definir proposição como um enunciado que pode ser julgado em V
ou F.
Exemplo:
Sim, certamente sim. Você consegue sem dúvidas dizer que estamos diante de um enunciado
verdadeiro. Deste modo, se é possível julgar em V ou F, então estamos diante de uma
proposição. No caso, uma proposição verdadeira.
É muito comum "batizarmos" as proposições por letras do alfabeto. Poderíamos, por exemplo,
representar a proposição acima pela letra R:
196
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Estas características de verdadeiro (V) e falso (F) são chamadas de valores lógicos da
proposição. No exemplo que vimos acima, dizemos que a proposição R tem valor lógico
verdadeiro.
• uma proposição só pode ser julgada em V ou F. Não existe uma terceira opção.
• uma proposição só pode assumir um valor lógico. Ou é verdadeira, ou é falsa. Não dá
para ser V e F ao mesmo tempo.
Exemplo:
A gente até pode não saber se a lei Eusébio de Queirós foi assinada mesmo em 1850 ou não.
Concorda?
Agora, o simples fato de não sabermos isso, não nos impede de afirmar que estamos diante
de uma proposição.
Por quê?
Ou é verdade que a lei Eusébio de Queirós foi assinada em 1850 (proposição verdadeira), ou
é falso que a lei foi assinada naquele ano (proposição falsa).
E mais: não podemos ter as duas situações simultaneamente. É impossível que a lei tenha sido
assinada em 1850 e, além disso, não tenha sido assinada em 1850.
Acima vimos o que é uma proposição. Agora precisamos também saber aquilo que não é
proposição.
Não são proposições as perguntas, exclamações, pedidos, ordens, desejos, opiniões, pois tudo
isso não pode ser julgado em V ou F.
Exemplo:
Essa ordem você não julga em V ou F. Uma ordem só pode ser obedecida ou desobedecida,
mas não julgada.
O mesmo vale para tudo o que mencionamos acima: exclamações, desejos, opiniões,
conselhos, pedidos etc.
Também não é proposição a frase que contenha uma variável. Frases com variáveis são
ditas sentenças abertas. Estudaremos isso com mais detalhe em outro capítulo.
197
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Exemplo:
x−5=0x−5=0
Não dá para julgar esta sentença em verdadeiro ou falso, simplesmente porque não é possível
descobrir o valor de x. Se x valer 5, de fato, x−5=0x−5=0.
“x” é uma variável, pode assumir inúmeros valores. Sendo variável, temos então uma sentença
aberta. Logo, não é proposição.
Aqui cabe uma observação: é possível transformar uma sentença aberta em proposição,
utilizando os quantificadores. Tal matéria não é estudada neste capítulo.
Como não veio a informação completa, ou seja, como não sabemos o que José teria dito, não
temos como julgar isso em V ou F.
Se supusermos que a frase é verdadeira, concluiremos que ela é falsa. Se supusermos que ela
é falsa, concluiremos que ela é verdadeira. Em síntese, nunca conseguimos julgá-la.
Não são proposições: perguntas, exclamações, pedidos, ordens, sentenças abertas (aquelas
com variáveis), expressões de sentimento/desejo/opinião, frases incompletas, frases
contraditórias, enfim, tudo o que não for possível julgar em V ou F.
Fechando o capítulo, os conceitos que vimos recebem nomes especiais que, contudo, não
costumam cair em provas.
198
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Ele não pode ir com bandeira do Palmeiras e camisa do Corinthians. Ele não pode ser
"contraditório", usando cores dos dois clubes ao mesmo tempo. Do contrário, corre sério risco
de apanhar, qualquer que seja o lado da arquibancada que escolher para sentar. Se alguém se
junta à torcida do Palmeiras vestindo camisa do Corinthians, vai apanhar. Se alguém se junta
à torcida Corinthians com bandeira do Palmeiras, apanha também.
Ou seja, ele não pode ser corintiano e palmeirense ao mesmo tempo. Princípio da não-
contradição.
Mas veja que nada impede João de, na verdade, ser torcedor do Vila Nova Futebol Clube, time
da capital goiana. João na verdade está visitando São Paulo, e apenas quis ir assistir a um
clássico paulista, sem na verdade torcer por nenhum dos dois. Ele torce para um terceiro time.
Logo, João irá com a camisa vermelha do Vila Nova.
Considere ainda que se trata da última rodada do campeonato brasileiro, que o Flamengo já
está bem posicionado na tabela, não corre risco de rebaixamento, e não briga mais por vagas
na Taça Libertadores. Contudo, o Santos briga para não ser rebaixado. Caso o Santos vença,
se mantém na primeira divisão e, com isso, rebaixa o Fluminense (estamos descartando a
hipótese de tapetão, evidentemente).
Neste caso, certamente todo o estádio estará numa torcida só. Santistas e flamenguistas
estarão juntos, assistindo ao Flamengo fazer corpo mole para ser derrotado. Não será absurdo
ver pessoas com camisas do Flamengo, agitando bandeiras do Santos, e vice-versa. Ou seja,
neste caso, um torcedor pode usar camisa de um time, mas bandeira do outro. Não se aplica
o princípio da "não contradição".
199
Apostila Pré-Edital: SEMSA
3) Considere agora que Alberto vai o Mineirão, assistir ao clássico Cruzeiro x Atlético.
Suponha ainda que ele seja natural de BH, e que em BH a rivalidade chegou a tal ponto que,
ou você é amigo, ou é inimigo. Se não é atleticano, é cruzeirense. Nada de ficar em cima do
muro.
• terceiro excluído: ou você é Atlético ou é Cruzeiro, sem terceira opção (sem torcedor
do Vila Nova)
• não contradição: nem pense em ir para o estádio com camisa do Atlético e bandeira
do Cruzeiro
Exemplo:
P: Pedro é alto
A proposição “Pedro é alto”, simbolizada pela letra “P”, é uma proposição simples.
Outro exemplo:
Q: Pedro é rico
A proposição “Pedro é rico”, simbolizada pela letra “Q”, é outra proposição simples.
200
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Quando juntamos duas ou mais proposições simples, formamos uma proposição composta.
• “e”
• “ou”
• “se... então”
• “ou... ou”
• “se, e somente se”
Na tabela abaixo relacionamos cada conectivo com seu "nome" e seu símbolo:
Além disso, é importante saber que existe a negação, cujos possíveis símbolos são:
∼∼
¬¬
Tem gente que tem dificuldade de diferenciar os símbolos do “e” e do “ou”.
Bom, a dica é a seguinte. Observem a letra “e”, escrita lá no caderno de caligrafia (lembram
dele?):
Observem a letra “e”. Ela parece mais com qual dos símbolos?
Neste primeiro contato com a matéria, vale a pena ter uma noção do que indica cada
conectivo.
201
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Conjunção (e)
Indica que uma coisa ocorre e uma segunda coisa também ocorre. Ou seja, ambas ocorrem.
Se eu digo: "Meu irmão mora em Campinas e meu pai mora em Goiânia", estou querendo dizer
que estas duas coisas ocorrem.
Na verdade, o que caracteriza o conectivo "e" é mais a ideia de que duas coisas ocorrem, e
não propriamente a palavrinha "e". Exatamente por esse motivo o nome técnico para este
conectivo é "conjunção", pois ele me indica que duas coisas ocorrem conjuntamente.
Para melhor entendimento, considere a seguinte frase: "Fui à praia, mas esqueci o protetor
solar".
Apesar de não contemplar a palavrinha "e", nós estamos sim diante de uma proposição
composta pela conjunção, pois o sentido é o de que as duas coisas ocorreram:
1) eu fui à praia
2) eu esqueci o protetor.
Podemos reescrever a frase assim: Fui à praia e esqueci o protetor solar.
Exemplo. O técnico da seleção brasileira faz a convocação e seleciona, entre outros atletas, os
atacantes Romário e Ronaldo.
Na véspera do jogo ele esconde a escalação, mas garante que pelo menos um dos dois
atacantes estará no time titular, assim:
Então pode ser que só o Romário seja titular. Ou só o Ronaldo. Ou ambos, Romário e Ronaldo.
O que importa é que pelo menos um deles estará na equipe titular. Sempre que estivermos
diante da ideia de que pelo menos uma coisa acontece, temos o conectivo "disjunção".
Aqui vale o mesmo recado que demos para o caso da conjunção. O interessa é a ideia passada
pelo conectivo, e não propriamente a palavrinha usada.
Exemplo:
Acima temos o duplo "ou", indicado por "ou...ou". Esse "ou" duplo geralmente é usado para
representar a disjunção exclusiva. No entanto, sabemos que é possível que só chova, é possível
só faça sol e é possível que chova e faça sol.
Como estamos diante de um cenário em que pelo menos uma das coisas ocorre, novamente
temos a disjunção inclusiva, ainda que tenhamos usado o "ou...ou".
Eu adoro esse exemplo de "sol e chuva, casamento de viúva", pela simplicidade e pelo apelo
do ditado popular. Mas só fazendo justiça: o exemplo não é meu. Ele foi retirado do livro
Introdução à Lógica, do Cezar Mortari.
202
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Condicional ("se...então")
Ele nos diz que, quando uma primeira coisa ocorre, a segunda também ocorre.
A frase nos informa que, sempre que chove (sempre que a primeira coisa ocorre), o chão fica
molhado (uma segunda coisa ocorre também).
Contudo, o conectivo não nos dá garantia alguma quanto à "volta". Ou seja, só saber que o
chão está molhado não nos permite concluir que tenha chovido. O chão pode muito bem ter
sido molhado por outro motivo. Alguém pode ter aberto uma mangueira. Ou podemos estar
com vazamento na tubulação. Ou podemos ter jogado um balde de água.
• o condicional afirma que ocorre a ida, assim: p→qp→q (quando "p" ocorre, "q"
também ocorre)
• o condicional não dá garantia alguma de que a volta ocorra. Ou seja, não temos como
afirmar que sempre que "q" ocorra "p" também ocorrerá
Exemplo: Marcos está querendo paquerar Ana. Haverá uma festa. Marcos está em dúvida se
vai ou não. Mas, se Ana for, ele com certeza também vai, pois não vai perder a oportunidade
de paquerá-la.
Assim:
Ou seja:
• Se virmos Ana na festa, concluímos que Marcos também está lá, pois vale a ida:
Ana →→ Marcos
• Se virmos Marcos na festa, não podemos concluir que Ana esteja lá. Não vale a volta
(Marcos →→ Ana). Marcos pode muito bem ter decidido ir à festa paquerar alguma
outra menina.
Como para todos os demais conectivos, o que caracteriza o condicional não é propriamente a
presença da palavra "se... então". É a presença da ideia de que, sempre que "p" ocorre, "q"
também ocorrerá.
Exemplo:
Se p, então q.
203
Apostila Pré-Edital: SEMSA
(Cespe) Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma proposição que deve ser
julgada se, do ponto de vista lógico, é equivalente à
proposição “Se for autorizado por lei, então o administrador detém a competência para
agir”.
52 Quando for autorizado por lei, o administrador terá a competência para agir.
53 Sempre que for autorizado por lei, o administrador deterá a competência para agir.
54 Desde que seja autorizado por lei, o administrador detém a competência para agir.
55 O administrador detém a competência para agir, pois foi autorizado por lei.
Observe que todos os itens acima, apesar de não apresentarem a expressão "se... então", dão
exatamente a mesma ideia: sempre que ocorre a autorização por lei, a competência para agir
existirá. Logo, em todos eles temos o mesmo condicional. Todos eles estão CERTOS.
p→qp→q
O termo que vem antes da setinha (p) é chamado de antecedente. O termo que vem depois
da setinha (q) é chamado de consequente.
O duplo "ou" geralmente é usado para nos indicar que apenas uma das duas coisas ocorre: ou
só a primeira ou só a segunda.
2 - o Brasil é eliminado.
Mas, diferente da disjunção inclusiva, estudada anteriormente, aqui só uma das duas coisas
pode ocorrer. Por isso o conectivo é chamado de disjunção exclusiva, pois a ocorrência de
uma coisa exclui a ocorrência da outra.
Ele nos indica que duas coisas andam de mãos dadas. Quando uma ocorre a outra também
ocorre, e vice-versa.
Exemplo: Dois eventos são independentes se, e somente se, a probabilidade da intersecção for
igual ao produto das probabilidades.
204
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Como exemplo, suponha que Ana e Clara sejam amigas inseparáveis. Haverá uma festa e elas
só vão se forem juntas, de modo que podemos dizer que:
• Estamos na festa e vemos que Ana está lá. Já podemos concluir que Clara também
estará (pois se Ana está, Clara também está, ou seja, vale a ida: Ana→→Clara)
• Estamos na festa e vemos que Clara está lá. Já podemos concluir que Ana também está
(pois se Clara está, Ana também está, ou seja, vale a volta: Clara →→Ana
• Verificamos que Clara não está na festa. Já podemos concluir que Ana também não
está. Ou seja: não Clara →→ não Ana
• Verificamos que Ana não está na festa. Já podemos concluir que Clara também não
está. Ou seja: não Ana →→ não Clara
Notem que o bicondicional "amarra" suas duas parcelas. No caso acima, "amarramos" Ana e
Clara, de modo que vale a "ida" e vale a "volta". Ou seja, sabendo o que ocorre com Ana
concluímos o que ocorre com Clara e vice-versa.
Para praticarmos, vejamos um exemplo de questão de prova. O exercício a seguir foi elaborado
pelo Cespe para o concurso do STF:
Q: O país é próspero.
Considere também que os símbolos “∨∨”, “∧∧”, “→→” e “¬¬” representem os conectivos
lógicos “ou”, “e”, “se ... então” e “não”, respectivamente.
Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
1. A proposição “Nesse país o direito é respeitado, mas o cidadão não se sente seguro” pode
ser representada simbolicamente por P∧(¬R)P∧(¬R)
2. A proposição “Se o país é próspero, então todos os trabalhadores têm emprego” pode ser
representada simbolicamente por Q→SQ→S.
3. A proposição “O país ser próspero e todos os trabalhadores terem emprego é uma
consequência de, nesse país, o direito ser respeitado” pode ser representada simbolicamente
por (Q∧R)→P(Q∧R)→P
Resolução.
Primeiro item.
Temos:
205
Apostila Pré-Edital: SEMSA
As duas parcelas são unidas pela palavrinha, “mas”, que acrescenta uma informação. Ela tem
um papel análogo ao do “e”. É como se afirmássemos que o direito é respeitado e o cidadão
não se sente seguro.
Além disso, vemos que a segunda parcela apresenta uma negação. Ainda não estudamos a
negação, mas fiquem com a informação de que ela é representada pelo símbolo ¬¬
Portanto, a proposição mencionada pode ser representada por:
P∧(¬R)P∧(¬R)
Item certo
Segundo item.
A sentença é:
Em símbolos:
Q→SQ→S
Item certo
Terceiro item.
A proposição é:
“O país ser próspero e todos os trabalhadores terem emprego é uma consequência de, nesse
país, o direito ser respeitado”.
((O país ser próspero) e (todos os trabalhadores terem emprego)) é uma consequência de,
(nesse país, o direito ser respeitado).
Se (nesse país, o direito é respeitado), então ((o país é próspero) e (todos os trabalhadores têm
emprego)).
P→(Q∧S)P→(Q∧S)
Não foi essa a simbologia indicada pelo enunciado. Item errado.
Para revisarmos tudo o que foi visto até aqui e fixarmos o conteúdo, preparei uma bateria de
exercícios resolvidos no vídeo abaixo:
Negação (não)
206
Apostila Pré-Edital: SEMSA
P: Eu fui ao cinema
~~P
Isso nos leva de volta à proposição original. Ou seja, negar duas vezes é o mesmo que afirmar.
Isto porque duas negações seguidas se anulam:
~~P = P
Um cuidado que devemos ter é onde "enfiar o não". Não dá para colocar a negação em
qualquer lugar. A proposição inicial afirma que algo ocorre. Quando fazemos a negação
dizemos o contrário disso: esse algo não ocorre.
A questão da prova vai tentar te confundir, dizendo que a negação seria algo como: Eu comprei
uma camisa não branca.
Vejam que deslocamos o "não". Antes ele atuava sobre o verbo da oração (forma correta).
Agora colocamos o "não" dentro do objeto direto (forma incorreta).
Reparem a diferença:
• Eu não comprei uma camiseta branca: me diz que a camiseta branca não foi comprada.
Só isso. Não tenho como saber se alguma outra coisa foi de fato comprada, pois a frase
não afirmar isso. Só sei a respeito da camiseta branca - ela não foi comprada.
• Eu comprei uma camiseta não branca: me diz que comprei uma camiseta de outra cor
(azul, verde, rosa, sei lá). E a frase não me dá absolutamente nenhuma informação sobre
a tal da camiseta branca, não sabemos se ela foi ou não comprada.
No exemplo acima ficou mais clara a diferença. Mas o que vai cair na sua prova é algo mais
sutil, assim:
Na primeira frase (forma correta), tenho a informação de que o atendimento preferencial não
me foi dado. Posso nem ter sido atendido.
Na segunda frase (incorreta), tenho a informação de que fui sim atendido, e foi pelo
atendimento não preferencial.
207
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Observe que, para a negação, dissemos que basta incidir o "não" sobre o verbo da frase. Na
verdade, só dissemos isso para facilitar o entendimento da matéria. Mas isso não é uma
verdade universal.
Exemplo:
Se eu quisesse negar isso colocando um "não" junto do verbo ficaríamos com "Todo
flamenguista não é sofredor", o que está completamente errado. Então aqui temos um exemplo
em que colocar a negação junto do verbo é totalmente incorreto.
Esse tipo de frase é chamado de proposição categórica, e é estudado com mais detalhe em
outro capítulo.
Em todo caso, só para não ficarmos sem resposta, uma das possíveis maneiras de negar a
proposição acima seria:
Afirmamos que, para negar uma proposição, basta colocar o "não" junto do verbo.
Embora esta seja a situação mais comum, ela não vale sempre.
Exemplo de caso em que isso não vale: negação de proposições categóricas. São proposições
do tipo:
Todo A é B.
Algum A é B.
Nenhum A é B.
Algum A não é B.
Palavras Contrárias
Deixemos as proposições categóricas de lado, e vamos nos concentrar nos casos mais simples.
Exemplo:
A negação ficaria:
Depende do contexto.
208
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Porque a proposição P nos diz que "João foi aprovado". A sua negação tem que nos indicar
que isso não ocorreu, ou seja, que João não foi aprovado.
Suponha que o João em apreço seja João Cabral de Melo Neto, grande poeta recifense. Pelo
que se sabe, ele nunca prestou concurso algum para a Receita Federal. Assim, podemos de
fato afirmar que ele "não foi aprovado na Receita", afinal, nunca prestou qualquer concurso.
Mas seria errado dizer que ele foi reprovado, pois, para ser reprovado, no mínimo ele deveria
ter se inscrito para fazer a prova, o que não ocorreu.
Neste contexto, só há duas opções: ou ele foi aprovado, ou foi reprovado. Não tem outra
possibilidade. Assim, dentro deste contexto, a banca poderia muito bem querer que a gente
considere uma segunda forma de reescrever a negação, assim:
Esta seria uma segunda forma de escrever a negação. Ela também é válida, dependendo do
contexto.
Exemplo.
(só vale se, pelo contexto, as únicas possibilidades forem acordar cedo ou acordar tarde)
Proposição
Como fazer para negar Negação
original
Quando é que isso não ocorre? Ou seja, quando é que duas coisas não são
iguais?
3=43=4 3≠43≠4
Resposta: quando elas forem diferentes entre si.
Então para negar uma igualdade, basta expressar a desigualdade.
Quando é que isso não ocorre? Para que isso não ocorra, ππ não pode ser
π>3π>3 maior do que 3. Logo, ele pode ser menor do que 3 ou igual a 3. Ou seja, π≤3π≤3
substituímos "maior que" por "menor ou igual"
209
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Observem que eu resolvi batizar de proposição "Q" a primeira proposição, aquela que tem a
palavrinha "não". Nada me impede de fazer isso, eu batizo as proposições do jeito que eu
quiser.
Feito isso, para eu negar "Q", eu preciso dizer que algo não acontece. Ficaria assim:
Resumo: é perfeitamente possível temos uma proposição do tipo ~Q, em que aparece o sinal
"~", e a frase representada não tenha a palavrinha "não".
Sobre o assunto "negação", gravei a bateria de exercícios resolvidos abaixo, para certificar de
que todo mundo acompanhou a leitura até aqui.
O foco agora é apenas ter uma noção de como as questões caem em prova e como você tem
que responder. E vou me limitar a falar apenas superficialmente sobre a resolução que eu
entendo correta.
No meu entender, ambas passam exatamente a mesma ideia. Se a ideia é exatamente a mesma,
ambas deveriam ser simbolizadas do mesmo jeito. A meu ver, nos dois casos temos
proposições compostas.
210
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Seja "p" a proposição "Pedro é alto". Seja "q" a proposição "José é alto". As duas sentenças
acima seriam simbolizadas por:
p∧qp∧q
No entanto, há questões de prova que se baseiam na quantidade de orações que temos. No
primeiro caso, temos um único verbo, uma única oração:
Deste modo, há questões que consideram que isso é uma proposição simples que apresenta
um sujeito composto.
Para ser uma proposição composta, deveríamos ter duas orações, que é o caso de "Pedro é
alto e José é alto".
O Cespe entende que, se a frase for uma oração simples, com sujeito composto, ela representa
uma proposição simples.
PP QQ P∧QP∧Q
V V V
V F F
F V F
F F F
O que isto significa?
Significa que, quando P for verdadeiro e Q também for verdadeiro, a proposição composta “P
e Q” também será verdadeira (ver linha 1 da tabela).
Quando P for verdadeiro e Q for falso, a proposição composta “P e Q” será falsa (linha 2 da
tabela).
Quando P for falso e Q for verdadeiro, a proposição composta será falsa (linha 3).
PP QQ P∨QP∨Q
V V V
V F V
F V V
F F F
211
Apostila Pré-Edital: SEMSA
PP QQ P→QP→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Para resolver os exercícios, você ainda precisa saber que, no condicional “se P, então Q”, as
proposições simples recebem nomes especiais.
P é o antecedente.
Q é o consequente.
PP QQ P↔QP↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V
Tabela verdade do conectivo “ou... ou”
PP QQ P∨−−QP∨_Q
V V F
V F V
F V V
F F F
Eu não vou passar nenhuma regrinha, nenhum macete de como decorar tudo. Neste caso,
acho que é muito mais proveitoso, em vez de simplesmente decorar tudo, tentar entender a
ideia por trás de cada conectivo. Para tanto, eu vou colocar exemplos que dispensam a tabela
verdade, ok?
Exemplo 1:
João vai viajar. Antes de pegar a estrada, passou na oficina para que fosse feita uma revisão
nos freios e na suspensão de seu carro.
No dia seguinte, João vai à oficina buscar seu carro. Em cada uma das situações abaixo, como
João classificaria o atendimento da oficina?
212
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Resolução:
O que João quer é realizar uma viagem segura. Ele só estará seguro se os dois itens
mencionados forem checados. Não adianta nada estar com os freios bons e a suspensão ruim.
João continuará correndo risco de acidente. Da mesma forma, não é seguro ele viajar com a
suspensão em ordem se os freios não estiverem ok.
Deste modo, a única situação em que João vai aprovar o atendimento da oficina será na letra
“a”, em que os dois itens são checados. Em qualquer outra hipótese, o atendimento terá sido
falho.
João só estará satisfeito com o atendimento quando os dois itens forem checados
(suspensão e freios). Ele só estará satisfeito com o atendimento quando for checado o
freio e for checada a suspensão.
Analogamente, uma proposição com o conectivo “e” só será verdadeira quando todas as suas
“parcelas” forem verdadeiras. Ou ainda, quando todos os seus termos forem verdadeiros.
Daí dá até para entender o nome do conectivo. A proposição composta só será verdadeira se
suas parcelas forem conjuntamente verdadeiras.
Existe apenas uma situação em que a proposição composta pelo conectivo “e” é verdadeira:
quando todas as proposições simples são verdadeiras.
Exemplo 2:
Hoje é feriado e Maria quer fazer um almoço especial. Para tanto, incumbiu José, seu marido,
de ir comprar a “mistura”.
Como eles moram numa cidade pequena, Maria sabe que muitos estabelecimentos comerciais
estarão fechados (ou seja, José pode ter dificuldades para “cumprir sua missão”).
Por isso ela deixou opções para ele: José pode comprar carne ou peixe.
Em cada uma das situações abaixo, como Maria avaliaria o cumprimento da tarefa de José?
Resolução:
A ideia de Maria é ter algo pra fazer de almoço. Se o José comprar qualquer um dos dois itens
(peixe ou carne), terá cumprido sua tarefa com êxito e Maria poderá fazer o almoço.
Assim, nas letras “a” e “b”, Maria ficará satisfeita com José, tendo em vista que ele comprou
pelo menos uma das duas opções de mistura. O almoço estará garantido.
Na letra “c” José teve, igualmente, êxito. Comprou ambos: peixe e carne. Maria não só poderá
fazer o almoço de hoje como também já poderá planejar o almoço do dia seguinte.
Só na letra “d” é que Maria ficará insatisfeita com seu marido. Na letra “d”, José voltou para
casa de mãos abanando. José voltou sem nada e o almoço ficou prejudicado.
213
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Neste exemplo, José precisava comprar a carne ou o peixe. Isto significa que ele precisava
comprar pelo menos um dos dois. Poderia ser só a carne, só o peixe, ou ambos, carne e peixe.
A única situação em que José não cumpre sua tarefa é aquela em que ele não compra nada:
nem carne nem peixe.
Analogamente, uma proposição com o conectivo “ou” só será falsa se todas as suas “parcelas”
forem falsas (ou ainda: se todas as proposições simples que a compõem forem falsas).
Disso dá para entender o nome do conectivo: a proposição composta será verdadeira ainda
que as proposições simples sejam disjuntamente (ou separadamente) verdadeiras.
A proposição composta pelo conectivo “ou” só será falsa quando todas as proposições simples
forem falsas.
Exemplo 3:
Augusto contratou um seguro de carro. O seguro protegia contra batidas. Assim, se Augusto
bater o carro, então a seguradora paga a indenização.
Resolução
Na letra “a”, temos a situação normal de contrato. Augusto bateu o carro e a seguradora pagar
a indenização. A seguradora cumpriu com seu papel e Augusto ficará satisfeito com o serviço
prestado pela seguradora.
Na letra “b”, Augusto bateu novamente o carro. A seguradora deveria pagar o seguro. Deveria,
mas não o fez. Augusto certamente ficará insatisfeito com a seguradora, podendo acionar o
Procon, a justiça, etc.
Na letra “c”, temos uma situação até meio irreal. Augusto nem bateu o carro e a seguradora
está dando dinheiro para ele. Ô seguradora boa, hein! Podemos pensar que se trata de um
prêmio, ou desconto, alguma vantagem. Seria a situação em que as seguradoras premiam bons
clientes. Na letra “c”, novamente o Augusto ficará satisfeito com o atendimento da seguradora.
Muito satisfeito, por sinal.
Na letra “d”, Augusto não bate o carro e a seguradora não paga a indenização. Augusto tem o
direito de ficar insatisfeito? Não, não tem. A seguradora não tinha obrigação de pagar
indenização nenhuma. Afinal de contas, Augusto não bateu o carro.
Na letra “d”, Augusto não tem motivo algum para dizer que a seguradora prestou um mal
serviço. Portanto, ele, não tendo motivos concretos para fazer uma avaliação negativa, diria
que a Seguradora presta um bom serviço (ou seja, presume-se que seja uma boa empresa, até
prova em contrário).
Observe a situação inicial. Temos exatamente uma frase com “se... então”.
214
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Vamos dividir esta frase em duas “parcelas”. A primeira parcela se refere a Augusto bater o
carro. A segunda se refere à seguradora pagar a indenização.
A única possibilidade de Augusto ficar insatisfeito ocorre quando a primeira “parcela” acontece
(ou seja, quando ele bate o carro) e a segunda “parcela” não acontece (ou seja, quando a
seguradora não paga a indenização).
De modo análogo, uma proposição: se “p”, então “q”, só é falsa quando “p” é verdadeiro e “q”
é falso.
Para quem tiver interesse, disponibilizei um vídeo sobre o conectivo condicional no meu canal
do YouTube:
Como os alunos costumam ter um pouco de dúvidas neste conectivo condicional, vejamos
outro exemplo.
Exemplo 4:
Júlia, hoje pela manhã, disse à sua amiga: hoje, se fizer sol, eu vou ao clube.
Ao final do dia, temos as situações descritas abaixo. Em cada uma delas, avalie se Júlia disse a
verdade ou se Júlia mentiu.
Resolução:
Na letra “a” fez sol. E Júlia disse que, se fizesse sol, ela iria ao clube. Como ela de fato foi ao
clube, então ela disse a verdade.
Na letra “b”, novamente, fez sol. E Júlia disse que, se fizesse sol, ela iria ao clube. Como ela não
foi ao clube, ela mentiu.
Nas letras “c” e “d”, não fez sol. Ora, Júlia não prometeu nada para o caso de não fazer sol. O
compromisso dela era apenas para o caso de fazer sol. Ela assumiu um compromisso de,
fazendo sol, ir ao clube.
Ora, se não fez sol, então Júlia está liberada de seu compromisso. Ela não prometeu nada caso
chovesse, ou ficasse nublado.
Portanto, não interessa o que ela tenha feito nas letras “c” e “d”. Você não pode dizer que ela
mentiu.
Novamente, a única situação em que dizemos que Júlia mente ocorre quando a primeira
parcela acontece (ou seja, faz sol) e a segunda não acontece (Júlia não vai ao clube).
215
Apostila Pré-Edital: SEMSA
De modo análogo, uma proposição com o conectivo “se... então” só é falsa quando a primeira
proposição for verdadeira e a segunda for falsa.
E, não custa relembrar: vimos que a primeira parcela recebe o nome de antecedente, e a
segunda parcela recebe o nome de consequente.
Um condicional só será falso se sua primeira parcela for verdadeira (antecedente verdadeiro)
e sua segunda parcela for falsa (consequente falso).
• Antecedente verdadeiro
• Consequente falso
Num condicional, o "se" aponta para o antecedente. O "somente se" aponta para o
consequente.
Veja que em todas as situações o antecedente é "chove" e o consequente é "o chão fica
molhado".
Exemplo 5:
Inácio é um veterinário. Num dado dia, ele recebe dois cães, gravemente feridos (Alfa e Beta,
ambas vítimas de atropelamento). Os dois precisam de pronto atendimento. Do contrário, irão
falecer.
Inácio não tem outros veterinários para lhe auxiliar, só tendo condições de atender a um dos
cães por vez. Avalie o comportamento de Inácio nas situações abaixo.
216
Apostila Pré-Edital: SEMSA
c) Inácio tenta atender os dois ao mesmo tempo. Acaba não conseguindo atender nenhum
dos cães de forma adequada e ambos morrem.
Resolução:
Na letra “a”, Inácio agiu corretamente. Ele não teria como atender os dois cães. Ele escolheu o
cão Alfa e o salvou. Era o máximo que ele poderia fazer naquelas condições. Pelo menos um
dos cães foi salvo. Na letra “a”, dizemos que Inácio agiu de forma adequada, dadas as restrições
que ele tinha.
Pelo mesmo raciocínio, na letra “b” também dizemos que Inácio agiu de forma adequada. Ele
só teria condições de salvar um cão. Ele escolheu Beta e o fez.
Na letra “c” Inácio não foi um bom profissional. Tentou atender aos dois cães, o que ele já
sabia que não seria possível. Consequentemente, nenhum cão foi atendido de forma adequada
e ambos morreram.
Na letra “d” Inácio também agiu de forma inadequada. Ao não atender nenhum dos cães, ele
simplesmente não salvou Alfa nem Beta (quando era possível salvar um dos dois).
Podemos dizer que ou Inácio atende Alfa ou Inácio atende Beta. As únicas formas de ele agir
corretamente são quando ele atende só o Alfa ou só o Beta. Dividindo a frase em duas partes,
teríamos: primeira parte – atender Alfa; segunda parte – atender Beta.
De modo análogo, uma proposição com o conectivo “ou ... ou” só é verdadeira quando um
termo é verdadeiro e o outro é falso. Qualquer outra situação implica em proposição falsa.
É muito importante saber diferenciar a disjunção exclusiva (ou ... ou) da disjunção inclusiva
(ou).
Na disjunção exclusiva, se os dois termos são verdadeiros, temos uma proposição falsa. É só
lembrar do exemplo do Inácio. Inácio deveria atender ou Alfa ou Beta. Quando as duas parcelas
acontecem (ou seja, quando ele atende os dois cães), aí ele não agiu de forma satisfatória (pois
ambos, Alfa e Beta, morrem).
Podemos pensar que uma única proposição simples deve ser verdadeira (exclusividade), para
que a proposição composta seja verdadeira. Assim como um dos cães deveria ter exclusividade
de atendimento, para que Inácio fosse considerado um bom veterinário.
217
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Uma proposição composta pelo conectivo “ou...ou” (disjunção exclusiva) só será verdadeira
se uma proposição simples for verdadeira e a outra for falsa.
Exemplo 6:
Rosa foi ao médico, pois está sentindo dores. O médico faz alguns exames, para ver se ela está
doente ou não, e, se necessário, receita um medicamento.
Como Rosa avaliaria a qualidade do médico em cada uma das hipóteses abaixo?
Resolução.
Na letra “a”, Rosa estava realmente doente. O médico detectou a doença e receitou um
remédio. É exatamente o que se espera de um bom médico. Nesta situação, Rosa diria que seu
médico realizou um bom atendimento.
Na letra “b”, Rosa estava doente. O médico, contudo, não detectou a doença e não receitou
remédio algum. Para Rosa, ele certamente não foi um bom médico.
Na letra “c”, Rosa não estava doente. Ainda sim o médico receitou um remédio. Sabemos que
os remédios não podem ser usados indiscriminadamente, quando a pessoa está saudável. A
medicação desnecessária pode causar diversos efeitos negativos. Deste modo, na letra “c” Rosa
diria que se trata de um médico ruim, que receitou remédios desnecessariamente.
Na letra “d”, Rosa não estava doente. O médico percebeu isso e não receitou remédio algum.
Talvez só tenha recomendado descanso, repouso, algo do gênero. Mas agiu corretamente, ao
não prescrever nenhuma medicação. Foi um bom médico.
Podemos dizer que o médico deve receitar um remédio se e somente se Rosa estiver doente.
Separando a frase acima em duas parcelas, temos: primeira parcela – o médico receita o
remédio; segunda parcela – Rosa está doente.
Caso uma das parcelas ocorra e a outra não, então ele será um médico ruim.
De forma análoga, uma proposição com o conectivo “se e somente se” só será verdadeira
caso os dois termos sejam verdadeiros ou caso os dois termos sejam falsos.
Se um dos termos for verdadeiro e o outro for falso, então a proposição com “se e somente
se” será falsa.
Uma proposição composta pelo conectivo “se, e somente se” (bicondicional) só será
verdadeira se ambas as proposições simples tiverem valores lógicos iguais.
218
Apostila Pré-Edital: SEMSA
No condicional p→qp→q nós usamos uma das duas expressões: "se", ou "somente se".
Assim:
Se p, então q
p, somente se q
O "se" aponta para o antecedente. O "somente se" aponta para o consequente. Logo, usamos
ou o "se", ou o "somente se", mas não ambos. As duas proposições acima são iguais entre si.
No bicondicional p↔qp↔q, usamos "se" e "somente se" na mesma proposição. Isso nos indica
que cada uma das parcelas é, ao mesmo tempo, antecedente e consequente. É isso que justifica
termos "um condicional para cada lado", ou ainda, um bicondicional.
Ficamos com:
Que quer dizer que dois condicionais ocorrem ao mesmo tempo, assim:
(p∧q)→r(p∧q)→r
Resolução.
Vamos começar pela proposição “p”. Ela pode ser verdadeira ou falsa.
Fixado o valor lógico de p, vamos para q. Em cada uma das situações acima, podemos
ter q sendo verdadeiro ou falso.
219
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Uma forma sistemática de abranger todos eles são assim. Para a proposição r, trocamos o valor
lógico de linha em linha.
Ok, agora vamos para a proposição q. Vamos alternando os valores lógicos de duas em duas
linhas.
220
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Observem que:
Esta é uma forma sistemática de abranger todos os casos possíveis. No fundo no fundo,
simplesmente transformamos o diagrama em uma tabela.
E isso ajuda a lembrar que a tabela-verdade de uma proposição composta por n proposições
simples terá 2n2n linhas.
Exemplo: se a proposição for composta por 2 proposições simples, ela terá 22=422=4 linhas.
Se a proposição for composta por 3 proposições simples, a tabela verdade
terá 23=823=8 linhas.
Se a proposição for composta por 4 proposições simples, a tabela verdade
terá 24=1624=16 linhas.
Viu? Vai sempre dobrando (4, 8, 16, 32, ...)
Uma proposição composta por “n” proposições simples terá tabela verdade
contendo 2n2nlinhas
Agora que já conseguimos relacionar todas as combinações de valores lógicos para p,
q e r, podemos continuar montando a tabela verdade.
A proposição composta é:
(p∧q)→r(p∧q)→r
Os parênteses nos indicam que devemos, primeiro, fazer o “e”.
221
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Em qualquer outro caso, ou seja, quando pelo menos uma das parcelas é falsa, a conjunção
será falsa (em vermelho o que preenchemos agora, em azul o que já havia sido preenchido).
1ª parcela: p∧qp∧q
2ª parcela: rr
O condicional só é falso quando a primeira parcela é verdadeira e a segunda é falsa.
222
Apostila Pré-Edital: SEMSA
P∧(Q∨R)P∧(Q∨R)
(P∧Q)∨R(P∧Q)∨R
Na primeira delas, o “ou” tem prioridade, por causa dos parênteses. Primeiro fazemos “Q ou
R”. Depois, pegamos o resultado disso e fazemos a conjunção com P.
Há situações em que os parênteses são omitidos. Neste caso, temos que saber a ordem de
precedência entre os conectivos. A ordem é:
Nunca vi um material escrito que, nesta relação, me indicasse em que posição está o conectivo
“ou...ou”.
Muito bem, e para que é que a gente precisa dessa ordem de precedência?
Quando a frase está escrita em linguagem comum (em vez da utilização da simbologia lógica),
não há como colocar parênteses para indicar qual conectivo deve ser feito primeiro. Neste
caso, seguimos a ordem acima indicada.
Como exemplo, segue uma proposição que a Esaf trouxe para ser julgada em V ou F, no
concurso do MPOG 2009:
Temos um “e” e um “ou”. Seguindo a ordem de precedência, primeiro fazemos o “e”. Depois
fazemos o “ou”. Colocando parênteses, ficaria assim:
223
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Observem que a segunda parcela do “ou” é verdadeira. Isto já é suficiente para que a
proposição inteira seja verdadeira.
Observe a proposição.
Se p, então q.
A palavrinha “Se” começa com “S”. E suficiente também começa com “s”.
Essa nomenclatura pode confundir muita gente. Esse “necessário” e “suficiente” não tem nada
a ver com o uso rotineiro de tais palavras. Vocês não podem associá-los a uma relação de
causa e consequência.
pp qq p→qp→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Como nossa proposição composta é verdadeira, vamos ignorar a segunda linha.
224
Apostila Pré-Edital: SEMSA
- em todas as linhas em que Q é falso, P também é; logo, para que P seja verdadeiro, é
necessário que Q também seja (embora isso não seja suficiente).
Muito bem, faça mentalmente o seguinte experimento. Acenda uma vela, e em seguida
envolva-a com um copo de vidro (grande o suficiente para comportar toda a vela). Em instantes
a vela se apaga, a combustão é interrompida.
Isso ocorre porque o O2 que havia ao redor da vela é consumido, e o copo impede a entrada
de mais O2.
Então veja que, sem O2, nada feito, nada de combustão. Ou seja, o O2 é condição
necessária para a combustão.
Assim vemos que a condição necessária é aquela sem a qual algo não ocorre.
Mudemos de exemplo.
Brasil x Argentina
Alemanha x Inglaterra
225
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Sabemos que nos jogos olímpicos os três primeiros colocados ganham medalha. Os demais
nada ganham.
Vocês concordam que, se o Brasil vencer a Argentina, ele já garante uma medalha? Pois, no
pior caso, ele perderia a final e assim seria medalha de prata.
Não! Seria perfeitamente possível perder a semifinal, ir para a disputa de 3º lugar, vencer, e aí
ser medalhista de bronze.
Suponha que Brasil e Alemanha tenham vencido os seus jogos, e tenham ido para a final:
Brasil x Alemanha
Vencer a final é condição suficiente para ganhar a medalha de ouro, concordam? Pois, na
presença desta condição (vencer a final), garantimos o resultado (medalha de ouro).
Por outro lado, também é uma condição necessária. Pois, na ausência desta condição (não
vencemos a final), o resultado não ocorre (não ganhamos a medalha de ouro).
Assim, dizemos que vencer a final é condição necessária e suficiente para ganhar a medalha
de ouro.
1) Chove (p)
226
Apostila Pré-Edital: SEMSA
(p∧q)→(p∨q)(p∧q)→(p∨q)
Se você montar a tabela verdade deste condicional, verá que é uma tautologia.
Neste caso, dizemos que as duas proposições compostas têm uma relação de implicação. Ou
seja, p∧qp∧q implica em p∨qp∨q. A relação de implicação é representada pelo símbolo ⇒⇒
(p∧q)⇒(p∨q)(p∧q)⇒(p∨q)
Sejam AA e BB duas proposições compostas. Se o condicional A→BA→B for uma tautologia,
dizemos que AA implica em BB. Ou ainda, ambas têm uma relação de implicação. Em
símbolos: A⇒BA⇒B
Contradição é uma proposição composta cuja tabela verdade só apresenta valores lógicos F,
independente dos valores lógicos das proposições que lhe dão origem.
Exemplo: p∧(¬p)p∧(¬p).
A tabela-verdade desta proposição composta fica:
Há uma contingência quando não temos nem uma tautologia nem uma contradição, ou seja,
quando a tabela-verdade apresenta alguns verdadeiros e alguns falsos, a depender do valor
das proposições que dão origem à sentença em análise.
Exemplo: p↔qp↔q
O bicondicional pode ser tanto verdadeiro (quando suas duas parcelas são ou ambas
verdadeiras ou ambas falsas) quanto falso (quando uma parcela é verdadeira e a outra é falsa).
Com isso, o “se, e somente se” não é nem uma tautologia, nem uma contradição. É uma
contingência.
227
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Equivalências Lógicas
Existem algumas proposições compostas que apresentam tabelas verdades idênticas. Quando
isso acontece, dizemos que as proposições envolvidas são equivalentes.
Em outras palavras, duas proposições compostas são equivalentes quando apresentam sempre
o mesmo valor lógico, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que
as compõem.
Principais Equivalências
É possível construirmos inúmeras equivalências lógicas. Para concursos, quatro delas são
especialmente importantes:
• ¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)
• ¬(p∨q)≡(¬p)∧(¬q)¬(p∨q)≡(¬p)∧(¬q)
• (p→q)≡(¬p)∨q(p→q)≡(¬p)∨q
• (p→q)≡(¬q→¬p)(p→q)≡(¬q→¬p)
As duas primeiras equivalências são chamadas de “Leis de Morgan”.
Para entendermos por que é que duas proposições diferentes são ditas equivalentes, vamos
mostrar que ¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)
Para comprovar que estas duas proposições são equivalentes, basta fazer as respectivas
tabelas verdades.
228
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Primeira Equivalência:
¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)
Para negar uma proposição composta pelo “e”, nós negamos cada parcela e trocamos o "e"
por um "ou".
Exemplo: A negação de “Pedro é alto e Júlio é rico” é “Pedro não é alto ou Júlio não é rico”.
Vamos fazer passo a passo. Vejam que a primeira frase acima começa com "não é verdade
que". Logo, estamos fazendo uma negação. Estamos negando a proposição "Pedro é alto e
Júlio é rico", que é composta pelo conectivo "e".
Aqui cabe uma observação. Tem muita gente que confunde as coisas.
Tem aluno que pensa que “Pedro é alto e Júlio é rico” é equivalente a “Pedro não é alto ou
Júlio não é rico”. Isso está errado!!!
229
Apostila Pré-Edital: SEMSA
PP QQ P∧QP∧Q ¬(P∧Q)¬(P∧Q)
V V V F
V F F V
F V F V
F F F V
PP QQ ¬P¬P ¬Q¬Q ¬P∨¬Q¬P∨¬Q
V V F F F
V F F V V
F V V F V
F F V V V
Basta comparar as duas colunas em vermelho acima. Elas são totalmente opostas. Quando
uma é V a outra é F, e vice-versa.
O equívoco dos alunos ocorre por tentarem montar a equivalência com as proposições erradas.
A equivalência vale para as últimas colunas de cada tabela. Só quando comparamos a última
coluna da primeira tabela (¬(P∧Q)¬(P∧Q)) com a última coluna da segunda tabela
((¬P)∨(¬Q)(¬P)∨(¬Q)) é que obtemos valores lógicos iguais sempre.
Para deixar mais claro o equívoco, vamos analisar uma série de exemplos:
a) A proposição de partida é:
Em vermelho temos a expressão "não é verdade que". Ela nos indica que estamos fazendo uma
negação. Estamos negando uma proposição composta pelo conectivo "e" (vide conectivo
destacado em azul).
Foi exatamente isso o que trouxe a letra "a". Portando, as duas proposições apresentadas são
sim equivalentes.
230
Apostila Pré-Edital: SEMSA
b) A proposição de partida é:
Em vermelho temos a expressão "não é verdade que". Ela nos indica que estamos fazendo uma
negação. Estamos negando uma proposição composta pelo conectivo "e" (vide conectivo
destacado em azul).
A alternativa errou ao não trocar o conectivo. Ela manteve o conectivo "e", o que está errado:
Com isso concluímos que as duas proposições dadas na letra "b" não são equivalentes.
c) A proposição de partida é:
Em vermelho temos a expressão "não é verdade que". Ela nos indica que estamos fazendo uma
negação. Estamos negando uma proposição composta pelo conectivo "e" (vide conectivo
destacado em azul).
A alternativa até fez a troca do conectivo. Mas esqueceu de negar cada parcela. Vejam:
Como a alternativa não negou cada parcela, as proposições apresentadas não são
equivalentes.
d) A proposição de partida é:
Pedro é alto e Gustavo é magro.
Observem que a alternativa negou cada parcela e trocou o conectivo por "ou", resultando em:
Pedro não é alto ou Gustavo não é magro.
Logo, as duas proposições dadas são equivalentes.
ERRADO!!!
Só podemos fazer a equivalência quando tivermos uma negação da proposição composta pelo
"e". A proposição de partida deveria começar com algo como "não é verdade que". Assim:
Se a gente não tem essa negação incidindo sobre a proposição composta pelo "e", nada feito,
não podemos usar a equivalência.
Segunda Equivalência:
Outra equivalência lógica importante é:
231
Apostila Pré-Edital: SEMSA
¬(p∨q)≡(¬p∧¬q)¬(p∨q)≡(¬p∧¬q)
Para negar um “ou” lógico, nós negamos cada parcela e trocamos o “ou” por um “e”.
Vejam que esta segunda equivalência é muito parecida com a primeira que vimos, o raciocínio
é bastante similar.
Terceira Equivalência:
(p→q)≡(¬p)∨q(p→q)≡(¬p)∨q
Podemos trocar um condicional por um "ou". Basta negar a primeira parcela e manter a
segunda.
Exemplo: Dizer que “Se os juros baixam então eu compro um carro novo” é o mesmo que dizer
(em termos lógicos) que “Os juros não baixam ou eu compro um carro novo”.
Quarta Equivalência:
(p→q)≡(¬q→¬p)(p→q)≡(¬q→¬p)
Podemos inverter a ordem das parcelas de um condicional, desde que façamos as negações.
Exemplo: Dizer “Se baixam os juros então a inflação sobe” é o mesmo que dizer, em termos
lógicos, que “Se a inflação não sobe então os juros não baixam”.
Lembram daquela propaganda que aparece toda hora na televisão? As frases ditas são:
É claro que a ideia da propaganda é reforçar, ao máximo, que bebida e direção não combinam.
Mas, em termos lógicos, não seria necessário que as duas frases fossem ditas. Isto porque elas
são equivalentes!!!
Olhem só:
232
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Temos:
O grande problema deste exemplo é que, como as frases estão no formato imperativo (uma
ordem para não dirigir), não seriam proposições.
Mas acho que podemos ignorar este problema. Afinal de contas, a propaganda é algo ótimo
para ajudar a lembrarmos da equivalência.
Outras Equivalências:
Partindo de duas equivalências já vistas, podemos chegar a uma nova equivalência.
Partimos de:
¬(p→q)¬(p→q)
Dentro dos parênteses, trocamos o condicional por um "ou". Assim:
¬(¬p∨q)¬(¬p∨q)
Agora aplicamos a Lei de Morgan:
p∧(¬q)p∧(¬q)
Com isso, chegamos a mais uma equivalência:
¬(p→q)≡(p∧(¬q))¬(p→q)≡(p∧(¬q))
Em palavras: para negar um condicional, basta manter a primeira parcela, negar a segunda, e
trocar o conectivo por "e".
(p↔q)≡(¬p↔¬q)(p↔q)≡(¬p↔¬q)
(p↔q)≡(p→q)∧(q→p)(p↔q)≡(p→q)∧(q→p)
233
Apostila Pré-Edital: SEMSA
pp qq p↔qp↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
A proposição composta só é V quando suas duas parcelas têm valores lógicos iguais, o que só
ocorre nas linhas 1 e 4.
Se negarmos as duas parcelas ao mesmo tempo, elas trocam de valor, mas não mudamos o
fato de, nas linhas 1 e 4, elas permanecerão com valores iguais. Oras, onde tínhamos V/V,
passaremos a ter F/F. Onde tínhamos F/F, passaremos a ter V/V. Portanto, justamente nas
linhas 1 e 4 os valores lógicos das parcelas continuarão iguais entre si, o que dá o mesmo
resultado. Vejam:
A segunda equivalência também não é tão difícil de guardar. Ela nos diz que um bicondicional
vale por dois condicionais. Assim:
(p↔q)≡(p→q)∧(q→p)(p↔q)≡(p→q)∧(q→p)
Isso explica o fato de o símbolo do bicondicional ser uma seta dupla, para os dois sentidos.
Vale a ida (p antecedente, q consequente) e vale a volta (q antecedente, p consequente). Tudo
ao mesmo tempo. Por isso ficamos com a conjunção de dois condicionais.
234
Apostila Pré-Edital: SEMSA
INFORMÁTICA
Conceitos Gerais de Informática e Introdução
O computador não é constituído apenas pelo hardware. Para que este possa fazer algo de útil,
torna-se necessária a existência de um componente de natureza lógica conhecido como
software (programa), que é intangível. O software dá vida à máquina e ela pode armazenar,
processar e recuperar dados, imprimir um texto, acessar a Internet, reproduzir uma música,
entre outras coisas.
Existem softwares que cuidam desde o gerenciamento do hardware até a realização de tarefas
como, por exemplo, edição de texto. Dessa forma, os softwares podem ser divididos em duas
grandes categorias: softwares de sistema e softwares aplicativos.
Softwares de sistema: responsável pelo gerenciamento e gestão do hardware. Além disso, faz
a interface entre o hardware e o usuário do sistema. Nessa categoria, podemos citar como
exemplo:
Sistema operacional: o software mais importante dessa categoria, pois trabalha para
coordenar todas as atividades do computador e os recursos de hardware.
Softwares aplicativos: permite executar tarefas específicas do usuário. Como, por exemplo,
editar texto, editar imagens, criar uma apresentação, navegar na Internet, etc.
Atualmente, podemos também incluir mais uma nova categoria: software como serviço. Este
é um tipo de software disponibilizado pela Internet, onde o usuário não precisa instalar o
software no seu computador. Basta utilizar o navegador de Internet para executá-lo. O
software como serviço faz parte da computação em nuvem. Exemplos: Google Drive, Dropbox,
Gmail, Facebook, etc.
235
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A maioria dos softwares é publicado sob uma licença que define os direitos e obrigações do
usuário e do desenvolvedor do produto. As licenças podem ser classificadas como proprietária
ou livre.
A licença proprietária define que para usar o software o usuário precisa de uma licença de uso
(que geralmente é paga). Além disso, não é permitido redistribuir ou modificar o software. Já
a licença livre, permite que o usuário tenha acesso ao código fonte do programa e que ele
possa utilizar, copiar, estudar, alterar e redistribuir sem restrições.
Freeware: software proprietário disponibilizado para uso gratuito. Entretanto, mesmo sendo
gratuito, o usuário não pode fazer modificações.
Trial ou Demo: software disponibilizado para teste com apenas algumas funções. Nesse tipo
de distribuição, o usuário faz uma espécie de “test-drive” para saber se o software atende as
suas necessidades.
Quando estudamos sobre “software”, aprendemos que a maioria dos softwares é publicada
sob uma licença e que essa licença é um acordo legal entre o usuário e o desenvolvedor do
software que diz quais são os direitos e obrigações de ambas as partes. As licenças podem ser
divididas em dois tipos: proprietária e livre.
A licença proprietária define que o para usar o software, o usuário precisa de uma licença de
uso (que geralmente é paga). Veja que a definição é simples de entender. Já a licença livre
precisa de um cuidado maior, pois temos duas linhas de pensamento sobre esse tema e isso
pode gerar confusões sobre determinados termos.
Provavelmente você já ouviu falar em software livre ou software de código aberto. Apesar da
similaridade dos termos, cada um carrega uma definição distinta.
O termo “software livre” foi criado pela Free Software Foundation (FSF – ou, em português,
Fundação Software Livre) e é utilizado para qualquer programa de computador que pode ser
usado, copiado, estudado e redistribuído com algumas restrições. A palavra-chave aqui é
“liberdade”. Dessa forma, o software é considerado livre quando atende quatro tipos de
liberdade (definida pela FSF) para os utilizadores do software:
236
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A liberdade nº 2 pode causar uma certa estranheza, pois ela afirma que um software livre
pode ser vendido. Mas, como foi dito anteriormente, a ideia central do software livre é a
liberdade. Por isso, pouco importa se você comprou ou adquiriu gratuitamente um software
livre, o que importante é ter a liberdade de usar, copiar, estudar e redistribuir.
Quando baixamos um software livre, uma licença de software livre é anexada ao programa.
Veja algumas licenças de software livre:
2. Código fonte: o programa deve incluir seu código fonte e deve permitir a sua distribuição.
Se o programa não for distribuído com seu código fonte, deve haver algum meio de se obter
o mesmo.
4. Integridade do autor do código fonte: a licença pode restringir o código fonte de ser
distribuído em uma forma modificada apenas se a licença permitir a distribuição de arquivos
patch (de atualização) com o código fonte para o propósito de modificar o programa no
momento de sua construção. A licença deve explicitamente permitir a distribuição do
programa construído a partir do código fonte modificado. Contudo, a licença pode ainda
requerer que programas derivados tenham um nome ou número diferentes do programa
original.
5. Não discriminação contra pessoas ou grupos: a licença não pode ser discriminatória
contra qualquer pessoa ou grupo de pessoas.
6. Não discriminação contra áreas de atuação: a licença não deve restringir qualquer pessoa
de usar o programa em um ramo específico de atuação. Por exemplo, ela não deve proibir que
o programa seja usado em uma empresa, ou de ser usado para pesquisa genética.
237
Apostila Pré-Edital: SEMSA
programa é extraído desta distribuição e usado ou distribuído dentro dos termos da licença
do programa, todas as partes para quem o programa é redistribuído devem ter os mesmos
direitos que aqueles que são garantidos em conjunção com a distribuição de programas
original.
9. Licença não restrinja outros programas: a licença não pode colocar restrições em outros
programas que são distribuídos juntos com o programa licenciado. Isto é, a licença não pode
especificar que todos os programas distribuídos na mesma mídia de armazenamento sejam
programas de código aberto.
10. Licença neutra em relação a tecnologia: nenhuma cláusula da licença pode estabelecer
uma tecnologia individual, estilo ou interface a ser aplicada no programa.
O software de código aberto tenta ser mais flexível que o software livre. No caso das licenças
de código aberto, por exemplo, grandes empresas de software proprietário criaram uma
licença para código aberto e passaram a desenvolver software de código aberto. Veja abaixo
algumas licenças:
Os dois termos, software livre e código aberto, descrevem quase a mesma categoria de
software. Dessa forma, quase todo software de código aberto é um software livre. Entretanto,
existe uma diferença de ideias e princípios entre os dois movimentos.
Apesar dessa diferença, os dois movimentos não são “inimigos”. O movimento software livre,
por exemplo, considera que o inimigo é o software proprietário (não-livre). Assim, cada
movimento tem sua importância.
Liberdade para estudar e adaptar um programa: o código pode ser modificado e adaptado
as necessidades do usuário/empresa.
Baixo custo: geralmente não se paga por licença de software; o suporte pode ser oferecido
por várias empresas e não apenas pela empresa que desenvolveu o software, isso aumenta a
concorrência e, consequentemente, o preço do suporte diminui.
238
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Desvantagens:
Mudança de cultura: a mudança para esse tipo de software pode gerar resistência,
principalmente, em uma empresa.
Teste de software: o software proprietário tende a ser mais testado antes de ser lançado no
mercado.
Hardware
Processador (CPU) e Arquitetura de Computador
O hardware é a parte física do computador, sem ele não é possível executar os algoritmos de
um programa (software). Dessa forma, para que um software seja útil, em algum momento o
hardware terá que executá-lo. Basicamente tudo que podemos "tocar" é considerado
hardware. Por exemplo: monitor, placa-mãe, disco rígido, mouse, teclado, etc.
239
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• Hardware
• Unidade Central de Processamento (UCP) - composta por uma unidade de controle
(UC), uma unidade lógica e aritmética (ULA), registradores (pequenas memórias) e um
contador de programa.
• Memória.
• Dispositivos de Entrada e Saída (E/S).
• Processamento sequencial de instruções
• Contém um único caminho entre a memória e a unidade de controle (UC).
De um ponto de vista
genérico, a maioria
dos computadores
atualmente utiliza
esse modelo.
A arquitetura de Von
Neumann também foi
adaptada com a
adição
do barramento de
sistema que é
responsável por
interligar os outros
componentes para
que seja possível
transmitir dados.
Além de existir outras melhorias na arquitetura de Von Neumann, existem também outros
modelos de computação diferentes.
240
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Processador
O processador é considerado o cérebro do computador, pois controla todas as operações e o
seu funcionamento. Isto é, executa de fato as instruções de um programa. O processador
também é conhecido como CPU (Central Processing Unit) ou UCP (Unidade Central
de Processamento).
Como podemos perceber, praticamente tudo que é feito por um computador precisa do
envolvimento do processador. Dessa forma, o processador precisa se comunicar com a
memória e dispositivos de entrada e saída. Para fazer isso, o processador utiliza "palavras".
Uma "palavra" é um conjunto de bits e o seu tamanho impacta no potencial de cálculo e
precisão das operações do processador. Atualmente, a maioria dos processadores utiliza
palavras de 32 bits ou 64 bits. Assim, se você ouvir a expressão "processador de 32 bits / 64
bits", significa qual é o tamanho da "palavra" utilizada pelo processador para se comunicar.
241
Apostila Pré-Edital: SEMSA
RISC x CISC
Um processador pode ser classificado como RISC (Reduced Instruction Set Computing)
ou CISC (Complex Instruction Set Computing) de acordo com o número de instruções
suportadas.
O processador CISC possui um número maior de instruções, mas a execução de cada uma
delas é mais lenta. Enquanto o processador RISC possui um número menor de instruções,
mas que são otimizadas para executar mais rápido.
Além dessa diferença quanto ao número de instruções, existem outras características que
distinguem os dois tipos de processadores:
O termo "volátil" aparece com frequência quando estamos falando de memória e em muitas
questões de concurso que abordam o assunto. Por isso, grave bem o que significa "volátil" e
"não volátil".
Memória Primária
Sua principal função é conter as informações necessárias para o processador num determinado
momento, sem elas o computador não pode funcionar. Nesse grupo temos a memória RAM,
memória ROM e a memória cachê.
242
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A memória RAM (Random Access Memory ou, em português, Memória de Acesso Aleatório)
é do tipo volátil e é onde os dados e programas são carregados para serem usados pelo
processador. Os dados podem ser escritos ou lidos a partir de qualquer posição da memória
pois o tempo para realizar essas operações é o mesmo em qualquer parte da memória. Por
essa razão a memória RAM tem o nome de "acesso aleatório". Dependendo da capacidade
de reter energia, a memória RAM pode ser classificada como memória estática (Static RAM –
SRAM) e memória dinâmica (Dynamic RAM – DRAM).
Já a memória RAM estática, é utilizada como memória cache. A memória cache é uma
pequena quantidade de memória que fica entre o processador e a memória RAM dinâmica.
Pelo fato da memória RAM dinâmica ser uma memória lenta, isso pode ser um gargalo para o
processador. Dessa forma, um circuito especial chamado "controlador de cache" transfere
blocos de dados muito utilizados da memória RAM para a memória cache. Assim, no próximo
acesso do processador, este consultará primeiro a memória cache, que é bem mais rápida,
permitindo o processamento de dados de maneira mais eficiente.
A memória RAM é do tipo volátil e é onde os dados e programas são carregados para serem
usados pelo processador.
A memória ROM (Read Only Memory) é do tipo não volátil e as informações armazenadas
podem ser lidas, mas não podem ser alteradas. Esse tipo de memória, por exemplo, já vem
instalada de fábrica na placa-mãe do computador com informações básicas para o
243
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Existem vários tipos de memória ROM que se diferenciam pelo método de escrita dos dados
e pelo número de vezes que podem ser reescritas:
Memória Secundária
A principal função da memória secundária é armazenar os dados permanentemente. Ou seja,
quando precisamos armazenar dados que estavam na memória RAM, utilizamos a memória
secundária. Assim, esse tipo de memória é do tipo não volátil. Outra característica da memória
secundária é que o processador não pode acessá-la diretamente e, por isso, programas e
dados armazenados precisam ser carregados na memória principal para serem tratados pelo
processador. São mais lentas que as memórias principais, mas tem uma capacidade de
armazenamento muito superior.
Podemos citar como exemplos de memória secundária: disco rígido (HD), dispositivos ópticos
(CD, DVD), dispositivos de memória flash (pendrive, cartão de memória, discos SSD), etc.
O disco rígido, que também pode ser chamado de Hard Disk (HD), Hard Disk Drive (HDD) ou
winchester (termo em desuso atualmente), é o dispositivo de armazenamento mais importante
de um computado moderno. Se analisarmos do ponto de vista do usuário, o disco rígido é o
componente mais importante de um computador. Talvez venha a cabeça que o processador é
o componente mais importante pelo fato dele ser responsável por realizar todas as tarefas,
mas se o processador parar de funcionar, basta substitui-lo por outro. Diferentemente do disco
rígido, se este queimar o usuário pode perder todos os seus dados.
244
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Por dentro da caixa do disco rígido, dois componentes se destacam: os discos magnéticos e
as cabeças de leitura.
245
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• Memória Terciária
• Memória Virtual
Memória Terciária
Memória Virtual
Para que um programa seja executado, é preciso carregá-lo na memória principal (RAM) do
computador. Mas o que acontece quando acaba o espaço da memória física? É nesse cenário
que aparece a memória virtual. Essa técnica utiliza a memória secundária (disco rígido, por
exemplo) para armazenar os dados da memória RAM quando ela está cheia.
246
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Mas não se engane pensando que o trabalho do barramento é ser apenas o "caminho". É
preciso lembrar que existem vários componentes querendo se comunicar. Por isso, o
barramento de um computador é subdividido em três e cada um tem a seguinte função:
247
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• teclado
• mouse
• scanner.
Nos dispositivos de saída, a comunicação é realizada máquina → usuário. Indica uma saída
de dados que foi processada pelo computador. Essa saída pode ser recebida por um usuário
ou por outro dispositivo. Exemplos:
• monitor
• impressora
• fone de ouvido.
Já os dispositivos de entrada e saída, realizam uma comunicação nos dois sentidos (usuário
↔ máquina). Exemplo:
Windows
Windows 7
O Windows é o sistema operacional mais utilizado em computadores pessoais e foi
desenvolvido pela Microsoft. Sabendo que o Windows é responsável por gerenciar a utilização
do hardware pelos programas aplicativos, ou seja, fazer a interface entre o software e o
hardware. Vamos conhecer as particularidades desse sistema operacional.
Nesse material, será abordado a versão Windows 7. Os requisitos mínimos de hardware para
rodar esse sistema operacional são:
A Barra de Tarefas é aquela barra que, por padrão, fica na parte inferior da tela. Essa barra
está quase sempre visível para o usuário e nela encontramos o menu Iniciar, a barra de
ferramentas e a área de notificação.
249
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Painel direito - esse painel dá acesso a pastas, arquivos, configurações e recursos mais usados.
Os links exibidos são:
No lado direito do botão "Iniciar", podemos colocar atalhos de programas que utilizamos com
frequência. Ao clicar com o botão direito sobre um desses atalhos, é exibida uma lista de
250
Apostila Pré-Edital: SEMSA
atalhos. No caso do Internet Explorer, por exemplo, é exibido algumas páginas visitadas
recentemente, a opção "Iniciar Navegação InPrivate" e "Abrir nova guia".
Em algumas situações, um ícone da área de notificação pode exibir uma pequena janela para
informar algo.
Desktop
O Desktop (ou Área de Trabalho) é um espaço onde o usuário pode abrir janelas, colocar
arquivos, pastas, programas, atalhos, gadgets e outros elementos gráficos.
O atalho é um link para um arquivo que está armazenado em outro local. Por exemplo, o
navegador Internet Explorer está no caminho C:\Program Files (x86)\Internet Explorer\, para
não ter que "percorrer" todo esse caminho para abrir o Internet Explorer, torna-se conveniente
criar um atalho no desktop. Ou seja, o atalho só aponta o caminho do arquivo original. Se
deletarmos o atalho, nada acontecerá com o arquivo original.
251
Apostila Pré-Edital: SEMSA
252
Apostila Pré-Edital: SEMSA
253
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Para excluir um arquivo sem enviar para a Lixeira, ou seja, excluir permanentemente, o usuário
seleciona o arquivo, pressiona as teclas Shift + Delete e, por fim, clica no botão "Sim" para
confirmar a ação.
254
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Excluir um arquivo sem enviar para a Lixeira (excluir permanentemente): o usuário seleciona
o arquivo e pressiona as teclas Shift + Delete.
Janela
A palavra "Windows" significa "Janelas" em inglês. Esse nome foi atribuído ao sistema
operacional da Microsoft porque sempre que um programa, arquivo ou pasta é aberto, ele
exibido em uma janela.
255
Apostila Pré-Edital: SEMSA
4 - Botão Maximizar: esse botão (ou clicar duas vezes na barra de título) altera
o tamanho da janela para que ela ocupe a tela inteira. Para retornar o tamanho
anterior da janela, basta clicar no botão Restaurar (ou clicar duas vezes na barra de título).
A outra forma de alternar entre as janelas abertas é utilizando a tecla de atalho Alt + Tab ou
Alt + Esc.
256
Apostila Pré-Edital: SEMSA
(Para exibir essas opções, basta clicar com o botão direito do mouse em uma área vazia da
barra de tarefas)
• Cascata
• Lado a lado
257
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• Empilhadas
Windows Explorer
O Windows oferece
várias ferramentas para
o usuário interagir e
monitorar o sistema. A
mais cobrada em provas
de concursos é, sem
dúvidas, o Windows
Explorer. Este é um
gerenciador de arquivos
e pastas.
Área 1 - Barra de
ferramentas: a maioria
dos botões exibidos
nessa área mudam de
acordo com o contexto,
isto é, se selecionarmos
uma imagem, serão exibidos botões que disparam ações relacionadas com o tipo de arquivo
imagem. Por exemplo, o botão Visualizar. Se for selecionado um atalho, o botão Abrir será
exibido.
Entretanto, existem três botões no canto direito da tela que são fixos. São os botões "Alterar
modo de exibição", "Painel de Visualização" e "Obter Ajuda".
O botão "Alterar modo de exibição" ( ) muda a forma como os ícones são exibidos para
258
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Lista;
Detalhes;
Lado a lado; e
Conteúdo.
O modo de exibição "Detalhes" é o que mostra mais informações (nome, data de modificação,
tipo e tamanho) sobre os arquivos.
O botão "Obter Ajuda" ( ) abre a janela "Ajuda e Suporte do Windows" onde o usuário pode
ter acesso a mais informações sobre o funcionamento e as ferramentas do Windows. Esse
botão pode ser acionado por meio da tecla de atalho F1.
Embora a maioria das tarefas, que podem ser feitas sobre um arquivo ou diretório, esteja
disponível na barra de ferramentas, o menu clássico do Windows XP (que por padrão fica
oculto) pode ser exibido pressionado a tecla Alt.
Área 2 - Botões da navegação: nessa área temos o botões voltar, que retorna ao último local,
e o botão Avançar, que vai para o próximo local.
259
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Por exemplo, você possui uma pasta com diversos materiais de estudo
(português, raciocínio lógico, informática, administração, etc) em PDF. Mas
você pretende estudar para um concurso que só cairá português, raciocínio
lógico e informática. Dessa forma, pode-se criar uma biblioteca chamada
"Concurso X" e informar ao Windows os arquivos ou pastas que devem ser incluídos na nova
biblioteca. Assim, você tem um local específico para acessar os arquivos que precisa.
Área 5 - Caixa de pesquisa: realiza a pesquisa de um arquivo que esteja em alguma pasta ou
biblioteca. À medida que você digita o que está procurando, o conteúdo da pasta ou biblioteca
é filtrado. A pesquisa abrange o nome, conteúdo e propriedades do arquivo. Para mover o
cursor para a caixa de pesquisa, pode-se digitar a tecla de atalho F3 ou Ctrl + E.
Área 6 - Painel de visualização: exibe o conteúdo da maioria dos arquivos (imagem, arquivo
de texto, mensagem de e-mail, etc) sem precisar abri-lo. Esse painel pode ser acionado por
Área 7 - Painel de detalhes: exibe as propriedades mais comuns (autor, data de alteração,
tamanho, etc) de um arquivo selecionado.
No Windows Explorer, os arquivos e pastas podem ser movimentados por meio de “arrastar
e soltar”. Nesse caso, é preciso ficar atento, pois essa operação tem resultados diferentes
quando é executada em uma mesma unidade e entre unidades diferentes.
Mesma unidade: o arquivo é movido. Ou seja, se “arrastar e soltar” um arquivo que está em
C:/Pasta1/ para C:/Pasta2/, então, no final da ação, somente a pasta destino terá o arquivo. É
como se o arquivo tivesse sido recortado (Ctrl + X) e colado (Ctrl + V). Entretanto, se
realizarmos essa ação e pressionarmos a tecla Ctrl, o arquivo é copiado.
Unidades diferentes: o arquivo é copiado. Ou seja, se “arrastar e soltar” um arquivo que está
em C:/Pasta1/ para Y:/Pasta2/, então, no final da ação, as duas pastas terão o arquivo. É como
260
Apostila Pré-Edital: SEMSA
se o arquivo tivesse sido copiado (Ctrl + C) e colado (Ctrl + V). Entretanto, se realizamos essa
ação e pressionarmos a tecla Shift, o arquivo é movido.
Mesma unidade
• Regra - o arquivo é movido.
• Exceção - pressionando a tecla Ctrl o arquivo é copiado.
Unidades diferentes
• Regra - o arquivo é copiado.
• Exceção - pressionando a tecla Shift o arquivo é movido.
A ação "arrastar e soltar" também permite criar um atalho na pasta destino, basta pressionar
(e manter pressionada) a tecla Alt. Assim, o arquivo continua na pasta de origem e a pasta
destino fica com um atalho desse arquivo. Nessa caso, não existe diferença se o arquivo é
movido na mesma unidade ou entre unidades diferentes.
Painel de Controle
261
Apostila Pré-Edital: SEMSA
No modo de exibição
clássico, os ícones são
exibidos de um modo
parecido com as
versões anteriores do
Windows. Para mudar
para esse modo de
exibição, basta clicar
em "Categoria" no
canto superior direito
da tela e escolher
ícones grandes ou
pequenos.
Como o modo de
exibição por
categoria é o
padrão, vamos
trabalhar com ele
ativado, passando
por cada categoria e
destacando as
ferramentas mais
importantes.
Firewall do Windows:
ajuda a impedir que
hackers ou programas mal-intencionados obtenham acesso ao computador pela Internet ou
por uma rede.
262
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Windows Update:
verifica se há
atualizações de
software e driver. Além disso, o usuário configurar como as atualizações serão realizados no
computador.
Felizmente, o Windows
permite que você "volte no
tempo" com a Restauração
do Sistema. Quando algum evento de sistema significativo vai ocorrer, como, por exemplo, a
instalação de um programa ou um driver de dispositivo, o Windows cria um ponto de
restauração. Esse ponto de restauração salva informações sobre arquivos e configurações do
computador.
Os pontos de restauração também são criados automaticamente a cada sete dias se nenhum
outro ponto de restauração tiver sido criado ou manualmente pelo usuário.
263
Apostila Pré-Edital: SEMSA
264
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Usuário Padrão – pode utilizar a maioria dos softwares e alterar configurações do sistema que
não afetem outros usuários ou a segurança do computador.
Por questões de segurança, o Windows recomenda criar uma conta padrão para cada
usuário. Dessa forma, o computador fica mais protegido contra alterações que podem afetar
outros usuários e o seu funcionamento.
265
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Personalização: Altera
as imagens, as cores e
os sons do
computador. Ao clicar
no item, é possível
alterar o tema (opções
de personalização pré-
definidas) utilizado
pelo computador. Além
disso, pode-se cada
opção do tema
individualmente por
meio dos botões que
aparecem na parte
inferior da janela.
Para facilitar a leitura, podemos ajustar o zoom aplicado na tela, utilizar a ferramenta Lupa (que
aumenta apenas parte da tela) ou a ferramenta ClearType. Esta vem ativada por padrão no
Windows 7 e é uma tecnologia que tem como função aperfeiçoar a qualidade de leitura do
texto em monitores LCD, telas de notebook, telas de Pocket PC e monitores de tela plana.
266
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Dispositivos e Impressoras:
exibe e gerencia dispositivos,
impressoras e trabalhos de
impressão. Esse item possui uma ferramenta importante que costuma cair em provas
de concursos chamada Gerenciador de Dispositivos.
267
Apostila Pré-Edital: SEMSA
268
Apostila Pré-Edital: SEMSA
cd ou chdir - acessar e
mudar o diretório corrente.
cls – limpa a tela do prompt de comando e, com isso, comandos digitados anteriormente não
aparecem.
mkdir ou md – cria um diretório. Exemplo: C:\>mkdir Tec cria uma pasta chamada “Tec” no C:.
copy – copia um ou vários arquivos de uma pasta para outra. A sintaxe do comando é copy
origem destino. Por exemplo, copy C:\cespe.txt D:\Bancas.
269
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Windows 10
O Windows 10 é um sistema operacional desenvolvido pela Microsoft. Responsável por
gerenciar a utilização do hardware pelos programas aplicativos, ou seja, fazer a interface entre
o software e o hardware. Para instalar o Windows 10 em um computador é preciso ter os
seguintes requisitos mínimos de hardware:
Barra de Tarefas
270
Apostila Pré-Edital: SEMSA
A ação "Bloquear" bloqueia a tela do computador. Esse bloqueio também pode ser feito por
meio da tecla de atalho Tecla do Windows + L. Isso evita que alguém use o seu computador
ou veja o que estiver na tela enquanto você não está por perto.
271
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Suspender
272
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Na segunda coluna do menu Iniciar, temos um espaço para o usuário organizar seus aplicativos
e locais favoritos. É possível ajustar a posição do aplicativo e o tamanho e colocá-los em grupo.
273
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Na barra de
ferramentas pode
colocar atalhos para
programas que
utilizamos com
frequência.
274
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Desktop
O ícone pode assumir qualquer tipo de imagem, o Windows permite até que o usuário altere
o ícone padrão que representa uma pasta, por exemplo.
O atalho é um link para um arquivo que está armazenado em outro local. Por
exemplo, o navegador Google Chrome está no caminho C:\Program Files
(x86)\Google\Chrome\Application, para não ter que "percorrer" todo esse caminho para abrir
o Chrome, torna-se conveniente criar um atalho no desktop. Ou seja, o atalho só aponta o
caminho do arquivo original. Se deletarmos o atalho, nada acontecerá com o arquivo original.
Quando clicamos com o botão direito do mouse em uma área vazia do desktop, um menu é
exibido.
275
Apostila Pré-Edital: SEMSA
276
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Lixeira
Para excluir um arquivo sem enviar para a Lixeira, ou seja, excluir permanentemente, o usuário
seleciona o arquivo, pressiona as teclas Shift + Delete e, por fim, clica no botão "Sim" para
confirmar a ação.
Excluir um arquivo enviando para a Lixeira: o usuário seleciona o arquivo e pressiona a tecla
Delete ou clica com o botão direito do mouse no arquivo e clica na opção "Excluir". Esse é o
caso mais comum e é possível recuperar o arquivo da Lixeira.
277
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Excluir um arquivo sem enviar para a Lixeira (excluir permanentemente): o usuário seleciona
o arquivo e pressiona as teclas Shift + Delete.
Explorador de Arquivos
O Windows oferece várias ferramentas para o usuário interagir e monitorar o sistema. A mais
cobrada em provas de concursos é, sem dúvidas, o Explorador de Arquivos (mais conhecido
como "Windows Explorer"). Este é um gerenciador de arquivos e pastas e pode ser aberto por
meio da tecla de atalho Tecla do Windows + E. Ao abrir o Explorador de Arquivos, o usuário
entra no local "Acesso rápido". Este local exibe as pastas usadas com frequência e os arquivos
usados recentemente. Na imagem abaixo é exibido o local "Área de Trabalho".
278
Apostila Pré-Edital: SEMSA
• Arquivo
• Início - nessa aba é possível realizar operações básicas como copiar, colar, criar uma
nova pasta e ver as propriedades do item selecionado.
279
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Área 2 - Botões da navegação: nessa área temos o botões Voltar (retorna ao último local), o
botão Avançar (vai para o próximo local), o botão Locais recentes e o botão subir um nível.
Área 3 - Barra de endereços: exibe o caminho da pasta atual. Além disso, é possível inserir ou
selecionar um local (clicando no nível desejado)
Área 4 - Caixa de pesquisa: realiza a pesquisa de um arquivo que esteja em alguma pasta. A
medida que você digita o que está procurando, o conteúdo da pasta é filtrado. A pesquisa
abrange o nome, conteúdo e propriedades do arquivo. Para mover o cursor para a caixa de
pesquisa, pode-se digitar a tecla de atalho F3 ou Ctrl + E. Ao acessar a caixa de pesquisa, a aba
de contexto "Pesquisar" aparece e é possível configurar como a pesquisa será feita.
Área 5 - o conteúdo da pasta e os resultados de uma pesquisa são exibidos. É possível habilitar
dois painéis:
280
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Mesma unidade: o arquivo é movido. Ou seja, se “arrastar e soltar” um arquivo que está em
C:/Pasta1/ para C:/Pasta2/, então, no final da ação, somente a pasta destino terá o arquivo. É
como se o arquivo tivesse sido recortado (Ctrl + X) e colado (Ctrl + V). Entretanto, se
realizarmos essa ação e pressionarmos a tecla Ctrl, o arquivo é copiado.
Unidades diferentes: o arquivo é copiado. Ou seja, se “arrastar e soltar” um arquivo que está
em C:/Pasta1/ para Y:/Pasta2/, então, no final da ação, as duas pastas terão o arquivo. É como
se o arquivo tivesse sido copiado (Ctrl + C) e colado (Ctrl + V). Entretanto, se realizamos essa
ação e pressionarmos a tecla Shift, o arquivo é movido.
Mesma unidade:
• Regra - o arquivo é movido.
• Exceção - pressionando a tecla Ctrl o arquivo é copiado.
281
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Unidades diferentes:
• Regra - o arquivo é copiado.
• Exceção - pressionando a tecla Shift o arquivo é movido.
A ação "arrastar e soltar" também permite criar um atalho na pasta destino, basta pressionar
(e manter pressionada) a tecla Alt. Assim, o arquivo continua na pasta de origem e a pasta
destino fica com um atalho desse arquivo. Nesse caso, não existe diferença se o arquivo é
movido na mesma unidade ou entre unidades diferentes.
282
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Vamos analisar cada uma das opções da janela Configurações e ver o que é possível fazer em
cada uma.
283
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Personalização - nessa
opção é possível
configurar uma imagem e
cor de destaque da tela de
fundo e da tela de
bloqueio; alterar o tema
usado; ajustar o que será
exibido no menu Iniciar.
284
Apostila Pré-Edital: SEMSA
285
Apostila Pré-Edital: SEMSA
O Windows utiliza o Prompt de Comando para interpretar os comandos digitados pelo usuário.
Em provas de concurso, esse tema não é muito cobrado. Geralmente as questões se
concentram na interface gráfica do Windows. Mas é importante saber que existe esse tipo de
interface e que ele pode ser usado. Por essa razão, segue alguns comandos básicos do Prompt
de Comando:
cls – limpa a tela do prompt de comando e, com isso, comandos digitados anteriormente não
aparecem.
mkdir ou md – cria um diretório. Exemplo: C:\>mkdir Tec cria uma pasta chamada “Tec” no C:.
286
Apostila Pré-Edital: SEMSA
rename ou ren – renomeia o nome de um arquivo. Exemplo: ren cespe.txt esaf.txt renomeia o
arquivo “cespe.txt” para “esaf.txt.
copy – copia um ou vários arquivos de uma pasta para outra. A sintaxe do comando é copy
origem destino. Por exemplo, copy C:\cespe.txt D:\Bancas.
Linux e Unix
O Linux começou a ser desenvolvido pela iniciativa de um finlandês chamado Linus Torvalds.
Ele desenvolveu, do zero, o núcleo (kernel) do sistema operacional baseado em um outro
sistema operacional chamado UNIX. Daí o nome Linux (Linus' UNIX).
O Linux possui como principais características ser livre, pouco vulnerável a vírus e consumir
poucos recursos da máquina.
Uma das razões do Linux ser pouco vulnerável a vírus é o modo como os privilégios de conta
são atribuídos. No Linux, um usuário não é criado como "root" (usuário que tem todos os
privilégios do sistema), dessa forma, se o computador for infectado por um vírus, então não
será possível danificar o sistema. Pois é necessário ter acesso como "root" para isso. Mas isso
não significa que o Linux é imune a vírus.
Além disso, o Linux é pouco visado por pessoas que desenvolvem softwares maliciosos.
Diretórios do Linux
287
Apostila Pré-Edital: SEMSA
/home - Diretórios dos arquivos pessoais dos usuários. Cada usuário possui uma pasta nesse
diretório. Por exemplo, se existirem no sistema operacional os usuários "Professor" e
"Estudante", então existirá os diretórios "/home/Professor" e "/home/Estudante".
/bin - Diretório de programas executáveis do sistema usados com frequência pelos usuários.
/usr/bin - Contém programas executáveis do que são usados com freqüência pelos usuários
/var - Contém a maior parte dos arquivos que são gravados com frequência pelos programas
do sistema (logs), e-mails, spool de impressora, cache, etc
Distribuição Linux
Quando um sistema operacional utiliza o núcleo do Linux juntamente com outros softwares,
ele é conhecido "Distribuição Linux". Existem várias Distribuições Linux (comerciais ou não):
Ubuntu, Debian, Fedora, etc. Cada uma com suas vantagens e desvantagens. O que torna a
escolha de uma distribuição bem pessoal.
Distribuições são criadas, normalmente, para atender razões específicas. Por exemplo, existem
distribuições para rodar em servidores, redes - onde a segurança é prioridade - e, também,
computadores pessoais.
Assim, não é possível dizer qual é a melhor distribuição. Pois, depende da finalidade do seu
computador.
Veja que popularmente o termo Linux é usado para qualquer sistema operacional que utilize
o núcleo criado pelo Linus Torvalds. Entretanto, o termo "Linux" faz referência apenas ao
núcleo do sistema operacional. Do ponto de vista técnico, o correto é utilizar "Distribuição
Linux".
288
Apostila Pré-Edital: SEMSA
O interpretador de comando (shell) mais comum é o Bash (pode ser instalado outro, se o
usuário desejar). Esse tipo de interface é conhecido como CLI (Command Line Interface ou
Interface de Linha de Comando).
Arquivos e Diretórios
ls – listar o conteúdo de um diretório.
mv – move ou renomeia arquivos e diretórios. Para mover, o comando digitado será “mv prova
~/Desktop”. Já para renomear, o comando digitado será “mv prova simulado” (prova →
simulado).
tar (Tap Archive) - junta vários arquivos em um arquivo só ("empacoTAR" tudo num lugar só).
Exemplo: existem dois arquivos de 1 MB na pasta "Concursos" - arquivo1 e arquivo2. Com o
comando tar será gerado um terceiro arquivo (arquivo3) com 2 MB de tamanho (1 MB do
arquivo1 + 1 MB do arquivo2).
Processos:
289
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Sistema de arquivos:
Shell:
sudo – permite ao usuário executar tarefas como se fosse outro usuário, geralmente o super
usuário (root).
A interface gráfica (Graphical User Interface - GUI) do Linux, ao contrário do Windows, pode
ser alterada de acordo com a preferência do usuário. Os ambientes gráficos mais conhecidos
e utilizados são o KDE (KDesktop Environment) e o Gnome. As provas de concurso não focam
muito na interface gráfica do Linux, pois como ela não é padrão para todas as distribuições,
isso poderia complicar na hora de elaborar uma questão.
Ambiente KDE
290
Apostila Pré-Edital: SEMSA
SAÚDE
Direito
fundamental do Dever do Estado
ser humano
Prover condições
indispensáveis ao
seu pleno exercício
Pessoas
Família
O dever do
Não exclui
Estado
Empresas
Sociedade
291
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 3º. A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da
população expressam a organização social e econômica do País.
Art. 3o. Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a
saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física,
o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
Saneamento
Lazer
Básico
DETERMINANTES
CONDICIONANTES
DE SAÚDE Meio
Transporte
Ambiente
Atividade
Trabalho
Física
Educação Renda
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no
artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar
físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º. O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições
públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações
mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
● Órgãos
● Instituições
federais,
Conjunto estaduais e
de ações e municipais da
SUS
serviços administração
prestados direta e indireta
● Fundações
mantidas pelo
Poder Público
292
Apostila Pré-Edital: SEMSA
293
Apostila Pré-Edital: SEMSA
dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho,
abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença
profissional e do trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos,
pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo
de trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da
normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento,
transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de
equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os
riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de
fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão,
respeitados os preceitos da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador
nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo
na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição
de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição
a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7º. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo
com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos
seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
294
Apostila Pré-Edital: SEMSA
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
Sem
Igualdade preconceitos
de Qualquer
assistência espécie
Sem
à saúde privilégios
Pessoas
assistidas
Direito à
informação
sobre sua
saúde
Divulgação
de
295
Informações
Utilização pelo usuário
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Utilização da Epidemiologia
Estabelecimento
de Prioridades
Alocação de
Recursos
Orientação
Programática
Descentralização em cada
com direção
político- esfera do
única
administrativa governo
Meio
Ambiente
Ações de Saneamento
Saúde Básico
Integração
em nível
executivo
296
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Conjugação
dos Recursos
● Financeiros
Prestação de
serviços de ● Tecnológicos
saúde à ● Materiais
população
● Humanos
● União
● Estados
● Municípios
● DF
Capacidade Todos os
de níveis de
resolução assistência
dos serviços
XIII – organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins
idênticos.
Organização Duplicidade de
De modo a
dos Serviços meios para fins
evitar
Públicos idênticos
297
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Atendimento
Acompanhamento
● Mulheres
psicológico
Organização
de Cirurgias plásticas
Atendimento reparadoras
Público e
● Vítima de
Especializado
violência
doméstica em
geral
CAPÍTULO III
Da Organização, da Direção e da Gestão
Art. 8º. As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão
organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade
crescente.
Art. 9º. A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do
art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes
órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou
órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações
e os serviços de saúde que lhes correspondam.
298
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Constituídos
por
município
Atos Desenvolver
constitutivos em conjunto
Consórcios
disporão as ações e
Municipais
sobre sua serviços de
observância saúde
Princípio da
direção
única
Criados no nível
municipal
Distritos de
Saúde
Finalidade :
integrar e articular
recursos, técnicas
e práticas para a
cobertura total das
ações de saúde
299
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Conselho Nacional
de Saúde Ministérios
Comissões Órgãos
Interestaduais competentes
(âmbito nacional)
Sociedade civil
Articular políticas e
programas de
interesse para a
saúde em áreas
não compreendidas
pelo SUS
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais,
abrangerá, em especial, as seguintes atividades:
I - alimentação e nutrição;
II - saneamento e meio ambiente;
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV - recursos humanos;
V - ciência e tecnologia; e
VI - saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de
saúde e as instituições de ensino profissional e superior.
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos
e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único
de Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação
técnica entre essas instituições.
Comissões
Permanentes de
Integração
● Propor Instituições
Serviços de prioridades,
de Ensino
métodos e
Saúde Profissional
estratégias
e Superior
● Educação
continuada de
recursos
humanos
300
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros
de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único
de Saúde (SUS).
Comissões
Intergestores
Foro de negociação
Bipartite
e pactuação entre
gestores do SUS
quanto aos
Comissões
aspectos
Intergestores
operacionais
Tripartite
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por
objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão
compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em
planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização
das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança
institucional e à integração das ações e serviços dos entes federados; (Incluído pela Lei nº
12.466, de 2011).
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios,
referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços
de saúde entre os entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional
de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades
representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes à saúde e
declarados de utilidade pública e de relevante função social, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do
Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo
ainda celebrar convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são reconhecidos como
entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias
referentes à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que
dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
CAPÍTULO IV
Da Competência e das Atribuições
Seção I
Das Atribuições Comuns
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito
administrativo, as seguintes atribuições:
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e
serviços de saúde;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições
ambientais;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde;
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros
de custos que caracterizam a assistência à saúde;
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para promoção
da saúde do trabalhador;
VII - participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e
colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
IX - participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de
recursos humanos para a saúde;
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade
com o plano de saúde;
XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo em
vista a sua relevância pública;
XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas
pelo Senado Federal;
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de
situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a
autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e
serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa
indenização;
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à saúde,
saneamento e meio ambiente;
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde;
302
Apostila Pré-Edital: SEMSA
303
Apostila Pré-Edital: SEMSA
304
Apostila Pré-Edital: SEMSA
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos
ambientes de trabalho;
IV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
e) de saúde do trabalhador;
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre
a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para
controlá-las;
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos,
aeroportos e fronteiras;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades
prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de
atuação.
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos
Municípios.
CAPÍTULO V
Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações
indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao
disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, componente do
Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de
dezembro de 1990, com o qual funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei nº 9.836,
de 1999)
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção
à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos
responsáveis pela Política Indígena do País. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-
governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execução das
ações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as
especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção
à saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global,
contemplando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação,
meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração institucional. (Incluído
pela Lei nº 9.836, de 1999)
305
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS,
descentralizado, hierarquizado e regionalizado. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos Sanitários
Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas
regiões onde residem as populações indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento
necessário em todos os níveis, sem discriminações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional
e de centros especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção
primária, secundária e terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Estados/municípios/
Atendimento das Caberá à Acesso ao SUS: Atenção à
instituições SASI será:
populações Todo o Será um União ● âmbito local saúde:
componente financiar o governamentais e não ● descentralizado
indígenas: território ● primária
do SUS e a ele SASI com governamentais ● regional
● Coletivo ● hierarquizado
nacional será integrado recursos poderão atuar ● centros ● secundária
● Individual próprios complementarmente ● regionalizado
especializados ● terciária
no custeio e execução
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos colegiados
de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho
Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o
caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
CAPÍTULO VI
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR
(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar
e a internação domiciliar. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se,
principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos,
psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos
pacientes em seu domicílio. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes
multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e
reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação
médica, com expressa concordância do paciente e de sua família. (Incluído pela Lei nº
10.424, de 2002)
306
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Subsistema de Atendimento e
Internação Domiciliar (SAID)
CAPÍTULO VII
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO
E PÓS-PARTO IMEDIATO
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou
conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um)
acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto
imediato. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela
parturiente. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo
constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder
Executivo. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§ 3o Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível de suas
dependências, aviso informando sobre o direito estabelecido no caput deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 12.895, de 2013)
Art. 19-L. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
307
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO VIII
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE”
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I do art.
6o consiste em: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição
esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a
doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com o
disposto no art. 19-P; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e
hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde
- SUS, realizados no território nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado.
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes definições:
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos
médicos;
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o
diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os
medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas;
os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados
terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os
medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do
agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e
de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento,
produto ou procedimento de primeira escolha. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata
o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e
custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que
trata o protocolo. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será
realizada: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas
as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será
pactuada na Comissão Intergestores Tripartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas
relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade
308
Apostila Pré-Edital: SEMSA
pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; (Incluído pela Lei nº
12.401, de 2011)
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de
medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo
fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº 12.401, de
2011)
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos,
produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou
de diretriz terapêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e
regimento são definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um)
representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e de 1 (um) representante,
especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina. (Incluído pela Lei nº
12.401, de 2011)
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará em
consideração, necessariamente: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do
medicamento, produto ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão
competente para o registro ou a autorização de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias
já incorporadas, inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou
hospitalar, quando cabível. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas
mediante a instauração de processo administrativo, a ser concluído em prazo não superior a
180 (cento e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua
prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. (Incluído pela
Lei nº 12.401, de 2011)
§ 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber, o disposto na Lei
no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações especiais: (Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das amostras de produtos, na
forma do regulamento, com informações necessárias para o atendimento do disposto no §
2o do art. 19-Q; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer emitido pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a relevância da matéria
justificar o evento. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401,
de 2011)
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento
clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - ANVISA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
309
Apostila Pré-Edital: SEMSA
TÍTULO III
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
CAPÍTULO I
Do Funcionamento
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por
iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas
de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.
Serviços
Privados de
Assistência à
Saúde
Atuação por
iniciativa própria:
● Profissionais
liberais legalmente
habilitados
● Pessoas jurídicas
de direito privado
Promoção,
proteção,
recuperação
da saúde
310
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO II
Da Participação Complementar
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura
assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá
recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.
Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada
mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.
311
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos
terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura
assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS),
aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração
aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar
seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução
dos serviços contratados.
§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e
financeiro do contrato.
§ 3° (Vetado).
§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados
é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde
(SUS).
TÍTULO IV
DOS RECURSOS HUMANOS
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada,
articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes
objetivos:
I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de
ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente
aperfeiçoamento de pessoal;
II - (Vetado)
III - (Vetado)
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
312
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS)
constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas
conjuntamente com o sistema educacional.
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo integral.
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer
suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em regime de tempo
integral, com exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou
assessoramento.
Só podem ser
exercidos em regime
de tempo integral.
313
Apostila Pré-Edital: SEMSA
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I deste
artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados.
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas
diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde
forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da
União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da
Habitação (SFH).
§ 4º (Vetado).
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão
co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento
fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e
receita própria das instituições executoras.
§ 6º (Vetado).
CAPÍTULO II
Da Gestão Financeira
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em
conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos
respectivos Conselhos de Saúde.
Os recursos
financeiros do SUS
e movimentados
sob a fiscalização
serão depositados
dos respectivos
Conselhos de Saúde
em conta especial
em cada esfera de
atuação
314
Apostila Pré-Edital: SEMSA
315
Apostila Pré-Edital: SEMSA
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção
do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva proposta
orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas
nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de
saúde.
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na
elaboração dos planos de saúde, em função das características epidemiológicas e da
organização dos serviços em cada jurisdição administrativa.
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras
de serviços de saúde com finalidade lucrativa.
316
Apostila Pré-Edital: SEMSA
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
317
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Conferência de Saúde
318
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Conselhos de Saúde
Órgão colegiado: Finalidade:
● Formulação de Decisões devem
● Governo (25%) ser homologadas
estratégias
Caráter ● Prestadores de pelo chefe de
permanente e serviço (25%) ● Controle da poder legalmente
deliberativo execução das constituído em
● Profissionais de políticas de saúde
saúde (25%) cada esfera de
● Econômicos e governo
● Usuários (25%) financeiros
Conselho
CONASS Nacional de CONASEMS
Saúde
(CNS)
A
representação
dos usuários
nos Conselhos
de Saúde e
Conferências
será paritária
em relação ao
conjunto dos
demais
segmentos
319
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Recursos
para
ações e
serviços
de saúde
Municípios
(70%)
Estados
(30%)
320
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito
Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes
sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.
Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a
estabelecer condições para aplicação desta lei.
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
321
Apostila Pré-Edital: SEMSA
O doutor PAULO PINTO NERY, Prefeito Municipal de Manaus, usando de atribuições que lhe
são conferidas em lei, etc.,
Faço saber que o Poder Legislativo decretou e eu sanciono a seguinte,
LEI:
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1.º - Esta lei institui o regime jurídico dos Servidores do Município de Manaus.
Art. 2.º - Para os efeitos deste Estatuto, funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
Art. 3.º - Cargo público é o conjunto de deveres , atribuições e responsabilidades cometidas
ao funcionário.
Art. 4.º - Os cargos são considerados de carreira ou isolados.
§ 1º - As atribuições e responsabilidades pertinentes a cada classe serão descritas em
regulamento, incluindo, entre outras, as seguintes indicações: denominação, código, descrição,
sintética, exemplos típicos de tarefa, qualificação mínima para o exercício do cargo, e, se for o
caso, requisito legal ou especial
§ 2º - Respeitada essa regulamentação, aos funcionários da mesma carreira podem ser
cometidas as atribuições de suas diferentes classes.
§ 2º - É vedado atribuir aos funcionários encargos ou serviços diversos dos de sua carreira ou
cargo.
Art. 6.º - Carreira é a série de classe, escalonadas segundo o nível de complexidade das
atribuições e grau de responsabilidade.
Art. 7º - Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras, quanto às suas atribuições
funcionais.
§ 1º - É vedada a vinculação ou a equiparação de qualquer natureza para efeito de
remuneração do pessoal do serviço público municipal.
§ 2º - Haverá igualdade de denominação dos cargos equivalentes e paridade de vencimento
e vantagens entre os funcionários da Prefeitura e da Câmara Municipal.
Art. 8º - Quadro é o conjunto de carreiras e cargos isolados.
LIVRO I
DA INVESTIDURA, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA DOS CARGOS PÚBLICOS
TÍTULO I
DO PROVIMENTO CAPÍTULO I
Das Formas e dos Requisitos do Provimento
Art. 9º - Os cargos públicos serão providos por:
I. nomeação;
II. promoção;
III. transferência;
IV. reintegração;
322
Apostila Pré-Edital: SEMSA
V. revisão; e
VI. aproveitamento.
§ 1º - O provimento dos cargos públicos da Prefeitura e de órgãos da administração indireta
é de competência privativa do Prefeito, através de decreto.
§ 2º - O decreto de provimento deverá contar, necessariamente, as seguintes indicações:
I. o cargo vago, com todos os elementos de identificação, inclusive o motivo da vacância
e o nome do ex-ocupante, se ocorrer a hipótese em que possam ser atendidos estes
últimos elementos;
II. o caráter da investidura;
III. o fundamento legal, bem como, a indicação do padrão ou símbolo de vencimento em
que se dará o provimento.
Art. 10º – Só poderá ser investido em cargo público municipal quem satisfizer os seguintes
requisitos:
I. ser brasileiro;
II. ter completado dezoito anos de idade;
III. estar no gozo de direitos políticos;
IV. estar quite com as obrigações militares; V – ter boa conduta;
V. gozar de boa saúde comprovada perante Junta Médica do Município;
VI. possuir aptidão para o exercício da função;
VII. ter-se habilitado previamente em concurso, ressalvadas as exceções prevista
em lei; e
VIII. ter atendido, às condições especiais prescritas em lei ou regulamento para
determinados cargos ou carreira.
CAPÍTULO II
Da Nomeação SECÇÃO I
Das Formas de Nomeação
Art. 11 – A nomeação será feita:
I. em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou isolado;
II. em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim
deva ser provido.
SECÇÃO II
Do Concurso
Art. 12 - A nomeação, para cargo que deva ser provido em caráter efetivo, depende da
habilitação prévia em concurso público de prova ou de provas e títulos, respeitada a ordem de
classificação dos candidatos aprovados.
Parágrafo Único – Os cargos de provimento em comissão são de livre nomeação e
exoneração.
Art. 13 - A aprovação em concursos não cria direito à nomeação, mas esta, quando se der,
respeitará a ordem de classificação dos candidatos habilitados.
§ 1º - Em igualdade de condições entre os candidatos habilitados serão aproveitados os
candidatos já pertencentes ao serviço público municipal, e , havendo maus de um com este
requisito, o mais antigo.
§ 2º - Se houver empate de candidatos não pertencentes ao serviço público municipal, decidir-
se-á em favor , sucessivamente:
I. dos incorporados à Força Expedicionária Brasileira;
323
Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO III
Do Estágio Probatório
Art. 20 – O funcionário nomeado em caráter efetivo fica sujeito ao estágio probatório de dois
anos de efetivo exercício (até 05.06.98 ECI 19 até 03 anos a partir de 06.06.98), em que
serão apurados os seguintes requisitos:
I. eficiência;
II. idoneidade moral;
III. aptidão;
IV. disciplina;
V. assiduidade; e
VI. dedicação ao serviço.
§ 1º - Os chefes de repartição ou serviço em que sirvam funcionários sujeitos a estágio
probatório, quando meses antes do término deste, informarão, reservadamente, ao órgão de
Pessoal competente, sobre os requisitos previstos neste artigo.
§ 2º - Em seguida, o órgão de Pessoal formulará parecer escrito, opinando sobre o
merecimento do estágio probatório em relação a cada um dos requisitos concluindo a favor
ou contra a confirmação do funcionário.
§ 3º - Desse parecer , se contrário à confirmação, será dada vista ao estagiário pelo prazo de
dez dias, para apresentar defesa.
§ 4º - Julgando o parecer e a defesa, o Prefeito decretará a exoneração do funcionário, se achar
aconselhável, ou o confirmará, se for favorável à permanência do funcionário.
Art. 21 – A apuração dos requisitos, de que trata o artigo anterior, deverá processar-se de
modo que a exoneração do funcionário possa ser feita antes de findo o período do estágio.
Parágrafo Único – Findo o estágio, com ou sem pronunciamento, o funcionário se tornará
estável.
Art. 22 – Ficará dispensado de novo estágio probatório o funcionário que, em situação estável
for nomeado para outro cargo público municipal. (Recepcionado CF/88).
324
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO III
Da Promoção SECÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 23 – A promoção far-se-á de classe para classe obedecendo o critério de antiguidade e
de merecimento alternadamente.
Parágrafo Único – O critério a que obedecer a promoção deverá vir expresso no decreto
respectivo.
Art. 24 – As promoções serão realizadas de seis em seis meses, havendo vaga.
§ 1º - Quando não decretada no prazo legal, a promoção produzirá seus efeitos a partir do
último dia do respectivo semestre.
§ 2º - Para todos os efeitos será considerado promovido o funcionário que vier a falecer sem
que tenha sido decretada, no prazo legal, a promoção que lhe cabia por antiguidade.
§ 3º - Ao funcionário afastado para tratar de interesse particular, somente abonarão as
vantagens decorrentes da promoção a partir da data da restauração.
Art. 25 – Será declarada sem efeito a promoção indevida e, no caso, provido quem de direito.
§ 1º - Os efeitos desta promoção retroagirão à que for anulada.
§ 2º - O funcionário, promovido indevidamente, não ficará obrigado à restituição, salvo
hipótese de dolo ou má fé do interessado.
Art. 26 – Só por antiguidade poderá ser promovido o funcionário em exercício de mandato
legislativo federal, estadual ou municipal, desde que renumerado este último.
Art. 27 – Não concorrerão a promoção os funcionários que não tiverem, pelo menos um ano
de efetivo exercício, na classe, salvo se nenhum preencher essa exigência.
Parágrafo Único – Em nenhum caso será promovido o funcionário em estágio probatório.
Art. 28 – é vedado ao funcionário pedir, por qualquer forma, sua promoção.
Parágrafo Único – Ao funcionário é assegurado o direito de recorrer das promoções, quando
entender tenha sido preterido.
Art. 29 – As promoções serão processadas por Comissão Especial, nomeadas pelo Prefeito.
Parágrafo Único – As normas para o processamento das promoções serão objetos de
regulamento.
SECÇÃO II
Da Promoção por Antiguidade
Art. 30 – A promoção por antiguidade recairá no funcionário mais antigo da classe.
Parágrafo Único – A antiguidade na classe será determinada pelo tempo de efetivo exercício
do funcionário na classe a que pertencer
Art. 31 – A antiguidade na classe, no caso de transferência, a pedido, será contada na data em
que o funcionário entrar em exercício da nova classe.
Parágrafo Único – Se a transferência ocorrer de ofício, no interesse da administração, será
levado em conta o tempo de efetivo exercício na classe a que pertencia o funcionário.
Art. 32 – Será apurado em dias o tempo de efetivo exercício na classe, para efeito de
antiguidade. Parágrafo Único – Para efeito de apuração, será considerado como de efetivo
exercício o afastamento previsto no artigo 107, deste Estatuto.
Art. 33 – Na classificação por antiguidade, quando ocorrer empate no tempo de classe, terá
preferência, sucessivamente:
I. o funcionário de maior tempo no serviço público municipal;
II. o funcionário casado ou viúvo, que tiver maior número de filhos menores, não
se considerando como tais os que exerçam qualquer atividade remunerada;
325
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO IV
Da Transferência
Art. 39 – O funcionário poderá ser transferido:
I. de uma carreira para outra da mesma denominação;
II. de um cargo de carreira para outro isolado, de provimento efetivo;
III. de um cargo isolado, de provimento efetivo, para outro da mesma natureza;
IV. de um cargo isolado para um cargo de carreira;
Parágrafo Único – A transferência prevista nos itens II e IV equivale à nomeação, dependendo
sua efetivação da observância dos requisitos desta lei (arts. 11 e 22).
Art. 40 – A transferência far-se-á:
I. a pedido do funcionário, atendida a conveniência do serviço; II – de ofício, no interesse
da administração.
§ 1º - Em qualquer caso será sempre respeitada a habilitação profissional.
§ 2º - A transferência, a pedido, para cargo de carreira, só poderá ser feita para vaga que tenha
de ser provida mediante promoção por merecimento.
Art. 41 – A transferência far-se-á para cargo de igual vencimento ou remuneração e somente
será concedida ao funcionário que contar, no mínimo, um ano de efetivo exercício na classe
ou no cargo isolado.
CAPÍTULO IV
Da Reintegração
Art. 42 – A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judiciária passada em
julgado, é o reingresso no serviço público, com ressarcimento das vantagens atinentes ao
cargo.
Art. 43 – A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado; se este houver sido
transformado, no cargo resultante de transformação e, se extinto, em cargo de vencimento ou
remuneração e funções equivalentes, atendida a habilitação profissional.
326
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Parágrafo Único – Não sendo possível atender ao disposto neste artigo, ficará reintegrado
em disponibilidade, aplicando-se os artigos 112 e 113, deste Estatuto.
Art. 44 – O funcionário que estiver ocupando o cargo objeto da reintegração será exonerado,
ou, se ocupava outro cargo municipal, a este reconduzido, sem direito à indenização.
Art. 45 – O funcionário reintegrado será submetido a exame, pela Junta Médica do Município
e aposentado quando julgado incapaz.
CAPÍTULO VI
Da Reversão
Art. 46 – Reversão é o regresso do aposentado no serviço público municipal, após verificação,
em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício atendido sempre o interesse público.
§ 2º - A reversão depende de exame procedido pela Junta Médica do Município, em que fique
provada a capacidade para o exercício da função.
§ 3º - Será tomada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do funcionário que ao
tomar posse ou entrar em exercício nos prazos previstos nos artigos 70 e 75, desta lei.
Art. 47 – Respeitada a habilitação profissional, a reversão far-se-á, no mesmo cargo
anteriormente ocupado ou em outro de atribuições análogas.
§ 1º - A reversão de ofício nunca poderá ser feita para cargo de vencimento ou remuneração
inferior ao provento do revertido.
§ 2º - A reversão, a pedido, somente poderá ser feita no mesmo cargo ou em cargo a ser
provido por merecimento.
Art. 48 – A reversão nada dará direito, para nova aposentadoria e disponibilidade, à contagem
do tempo em que o funcionário esteve aposentado.
CAPÍTULO VII
Do Aproveitamento
Art. 49 – Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade.
Art. 50 – Será obrigatório o aproveitamento do funcionário em disponibilidade em cargo de
natureza, e vencimento ou remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado.
§ 1º - O aproveitamento dependerá de prova de capacidade física e mental, mediante exame
pela Junta Médica do Município.
§ 2º - Provada, em exame médico, a incapacidade definitiva, será decretada a aposentadoria
do funcionário no cargo em que foi posto em disponibilidade.
Art. 51 – Se, dentro dos prazos legais, o funcionário não tomar posse ou não entrar em
exercício no cargo que houver sido aproveitado, será tomado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade, com perda de todos os direitos de sua anterior situação.
Art. 52 – Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo
de serviço de serviço público municipal.
CAPÍTULO VIII
Das Mutações Funcionais
SECÇÃO I
Da Função Gratificada
Art. 53 – A função gratificada é a instituída em lei para atender a encargo de chefia e outros
que não justifiquem a criação do cargo.
327
Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO III
Da Readaptação
Art. 61 – Readaptação é a investidura do funcionário em cargo ou função mais compatível
com a sua capacidade física ou intelectual e vocação.
Art. 62 – A readaptação dependerá sempre da existência de vaga.
SECÇÃO IV
Da Remoção e da Permuta
Art. 63 – A remoção far-se-á a pedido ou de ofício:
I. de um para outro setor, serviço, departamento ou secretaria;
II. de um para outro órgão do mesmo setor, serviço, departamento ou secretaria;
§ 1º - A remoção prevista no item I será feita por decreto do Prefeito, a prevista no item II será
feita por ato do chefe do setor, do serviço, do departamento ou do secretário.
§ 2º - A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada órgão, setor, serviço,
departamento ou secretaria.
Art. 64 – A permuta será processada a pedido escrito de ambos os interessados, respeitados
os requisitos da promoção.
328
Apostila Pré-Edital: SEMSA
TÍTULO II
DA POSSE DO EXERCÍCIO
CAPÍTULO I
Da Posse
Art. 65 – Posse é investidura em cargo público.
Parágrafo Único – Não haverá posse nos casos de promoção, reintegração e designação para
o desempenho de função gratificada.
Art. 66 – A posse verificar-se-á mediante assinatura pela autoridade competente e pelo
funcionário, de um termo em que este se compromete a cumprir fielmente os deveres e
atribuições do cargo e as exigências deste Estatuto.
Art. 67 – No ato da posse o candidato deverá declarar por escrito: se é titular de outro cargo
ou função pública;
I. bens e valores que constituem o seu patrimônio.
Parágrafo Único – Se a hipótese for a de que sobrevenha, ou possa sobrevir, acumulação
proibida com a posse, esta será sustada até que, no prazo de trinta dias, se comprove inexistir
aquela.
Art. 68 – São competentes para dar posse:
I. O Prefeito, aos Secretários e dirigentes de órgãos que lhe sejam diretamente
subordinados;
II. O Secretário de Administração, aos dirigentes de departamentos, divisões, serviços,
setores e secções;
III. O dirigente da Divisão Pessoal, nos demais casos.
Art. 69 – A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade inulidade do
ato, se forem satisfeitas as condições legais a investidura.
Art. 70 – O prazo para a posse será de trinta dias, contados da data da publicação do decreto
de provimento.
§ 1º - Esse prazo poderá ser prorrogado por trinta dias, por solicitação escrita do interessado
e mediante ato fundamentado da autoridade competente para dar posse.
§ 2º - O termo inicial de posse para o funcionário em férias, ou licenciamento, exceto no caso
de licença para tratar de interesse particular, será o dia da data em que voltar ao serviço.
§ 3º - Quando o funcionário não tomar posse no prazo legal o ato de provimento será tornado
sem efeito por decreto.
Art. 71 – Poderá haver posse mediante procuração, quando se tratar de funcionário ausente
do Município, em missão do governo ou em casos especiais, a juízo da autoridade competente.
Art. 72 – O funcionário nomeado para o cargo cujo provimento dependa de fiança não poderá
entrar em exercício em prévia satisfação dessa exigência.
§ 1º - Será sempre exigida a fiança do funcionário que tenha dinheiro público sob sua guarda
ou responsabilidade.
§ 2º - A fiança poderá ser prestada:
I. em dinheiro;
II. em título da dívida pública;
III. em apólices de seguro de fidelidade funcional, emitidas por instituto oficial
ou empresa legalmente autorizada.
§ 3º - Não se admitirá o levantamento da fiança antes de tomadas as contas do funcionário.
§ 4º - O funcionário responsável pelo alcance ou desvio não ficará isento de responsabilidade
administrativa ou criminal, ainda que o valor da fiança cubra os prejuízos verificados.
329
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO II
Do Exercício
SECÇÃO I
Do Exercício em Geral
Art. 73 – O exercício é a prática de atos próprios do cargo ou da função pública.
Parágrafo Único – O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no
assentamento individual do funcionário.
Art. 74 – O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição para o qual for designado o
funcionário.
Art. 75 – O exercício terá início de trinta dias contados:
I. da data da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
II. da data da posse, nos demais casos.
§ 1º - A promoção não interrompe o exercício, que será contado na nova classe a partir da
data da publicação do ato que promover o funcionário.
§ 2º - O funcionário transferido ou removido, quando legalmente afastado, terá o prazo para
entrar em exercício contado a partir do término do impedimento.
§ 3º - Os prazos deste artigo poderão ser prorrogados por mais trinta dias, a requerimento do
interessado.
Art. 76 – O funcionário nomeado poderá Ter exercício em serviço ou repartição em cuja
lotação houver claro.
Art. 77 - Nenhum funcionário poderá Ter exercício ou repartição diferente daquela que estiver
lotado, salvo os casos expressos neste Estatuto.
Art. 78 – Ao entrar em exercício, o funcionário apresentará ao órgão competente os elementos
necessários ao assentamento individual.
Art. 79 – O funcionário que não entrar em exercício dentro do prazo estabelecido neste
Estatuto será exonerado do cargo.
SECÇÃO II
Dos Afastamentos
Art. 80 – O afastamento do funcionário de sua repartição para Ter exercício em outra, qualquer
motivo, só se verificará nos casos previstos neste Estatuto.
Parágrafo Único – Só em casos excepcionais e de comprovada necessidade poderá ser
concedido afastamento a funcionário do Município para servir, com ou sem prejuízo de
vencimentos, perante órgãos federais ou estatais.
Art. 81 – O funcionário não poderá ausentar-se do Município, para estudo ou missão especial,
em autorização expressa do Prefeito.
§ 1º- A ausência não excederá de dois anos e, finda a missão ou estudo, somente decorrido
igual período será permitido novo afastamento.
§ 2º - O prazo previsto no parágrafo anterior poderá ser concedido até quatro anos, se o
estudo ou a missão assim o exigir.
§ 3º - Em qualquer caso, previsto neste artigo, fico o funcionário obrigado a provar que se
utilizou do afastamento para o fim a que foi autorizado.
Art. 82 – Será considerado afastado do exercício, até decisão final passada em julgado, o
funcionário:
I. preso em flagrante ou previamente;
II. pronunciado ou condenado por crime inafiançável;
III. denunciar por crime funcional, deste recebimento da denúncia.
330
Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO III
Do Regime de Trabalho
Art. 83 – O Prefeito determinará:
I. para a repartição, o período de trabalho diário;
II. para da função, o número de horas diárias de trabalho;
III. para uma outra, o regime de trabalho em turnos consecutivos, quando for
aconselhável, indicando o número certo de horas de trabalho exigível por mês
Art. 84 – Salvo exceções previstas em lei especial, nenhum funcionário municipal poderá
prestar, sob qualquer fundamento, menos de trinta horas semanais de trabalho, seis horas
diárias.
Art. 85 – O período de trabalho, nos casos de comprovada necessidade, poderá ser antecipado
ou prorrogado pelos chefes de repartição ou serviço.
Parágrafo Único – No caso de antecipação ou prorrogação deste período, será renumerado
o trabalho extraordinário, na forma prevista neste Estatuto.
Art. 86 – Todo funcionário ficará sujeito ao ponto, que é o registro pelo qual se verificará,
diariamente, a entrada e saída do funcionário em serviço.
§ 1º - Nos registro do ponto deverão ser alcançados todos os elementos necessários à
apuração de frequência.
§ 2º - Para registros de ponto, serão usados, de preferência, meios mecânicos.
§ 3º - Salvo os casos expressamente previstos é vedado dispensar o funcionário do registro de
ponto a abonar falta ao serviço.
SECÇÃO IV
Do Tempo Integral e Dedicação Exclusiva ART. 87 A 94 REVOGADOS 1.870/86
Art. 87 – A gratificação por tempo integral e dedicação exclusiva é o quantitativo abonado aos
funcionários e servidores que, no interesse do Município, passem a prestar serviço sob o
regime de tempo integral e dedicação exclusiva, vedado, neste caso, o exercício cumulativo de
outro cargo, função, profissão ou emprego, público ou particular.
Art. 88 – A percepção da gratificação por tempo integral e dedicação exclusiva será sempre
precedida pela assinatura de um Termo de Compromisso em três vias, de que constarão o
disposto na parte final do artigo anterior e no qual declare o funcionário ou servidor vincular-
se ao regime, obrigando-se a cumprir condições ao mesmo inerentes, fazendo jus aos seus
benefícios somente enquanto nele permanecer.
Art. 89 – A adoção do regime de tempo integral e dedicação exclusiva será de iniciativa dos
Secretários do Município e dos chefes dos órgãos diretamente subordinados ao Prefeito
Municipal, mediante justificativa e indicação nominal dos funcionários ou servidores, dirigida
ao Chefe do Executivo.
Art. 90 – A aplicação do regime de tempo integral e dedicação exclusiva será determinada
mediante portaria do Prefeito Municipal em que constarão, obrigatoriamente, os nomes
cargos e níveis dos funcionários ou servidores e o total dos percentuais e o valor das
gratificações mensais.
Art. 91 – A gratificação por tempo integral e dedicação exclusiva obriga aos mínimo de
quarenta horas semanais de trabalho, sem prejuízo de ficar o funcionário ou servidor à
disposição da Prefeitura, sempre que as necessidades dos servidores o exigirem.
Art. 92 – A gratificação de tempo integral e dedicação exclusiva será concedida na base de
quarenta por cento do valor do vencimento do cargo efetivo.
331
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Parágrafo Único – A gratificação referida neste artigo poderá ser acrescida das seguintes
parcelas, em função das atribuições do cargo:
I. até vinte por cento, pela essencialidade;
II. até vinte por cento, pela complexidade e responsabilidade;
III. até vinte por cento, pela dificuldade de recrutamento em face das condições do
mercado de trabalho.
Art. 93 – A gratificação por tempo integral e dedicação exclusiva só poderá ser aplicada nos
seguintes casos:
I. a ocupantes de cargos com atribuições técnicas científicas ou de pesquisas;
II. a ocupantes de cargo ou função que envolva a responsabilidade de direção,
chefia ou assessoramento.
Art. 94 – Para efeito deste Estatuto, entende-se como cargo técnico, científico ou de pesquisa
aquele cujo exercício seja indispensável e predominante a aplicação de conhecimento de nível
ou grau superior de ensino.
Art. 95 – O regime de tempo integral e dedicação exclusiva de que trata este capítulo não se
aplica aos ocupantes de cargos em comissão ou função gratificada.
Art. 96 – O funcionário ou servidor não fará jus a gratificação nos afastamentos do
efetivo exercício do cargo, exceto nos casos de:
I. férias;
II. casamento;
III. luto;
IV. júri;
V. serviço eleitoral por prazo não excedente de trinta dias, no período
imediatamente anteriores subsequente às eleições;
VI. licença para tratamento de saúde ou decorrente de acidente em serviço ou
de doença profissional.
Art. 97 – A infração ao cumprimento assumido pelo funcionário ou servidor, devidamente
comprovada através de inquérito administrativo sujeitá-lo à pena de demissão a bem do
serviço público que se omitirem na fiscalização e repressão de irregularidade verificadas na
execução do regime de tempo integral e dedicação exclusiva, nos respectivos setores
responderão, conjuntamente, com os infratores, nos processos administrativos, civil e penal
cabíveis.
Art. 98 – Havendo conveniência para o serviço, o Prefeito Municipal poderá suspender o
pagamento da gratificação por tempo integral e dedicação exclusiva.
SECÇÃO V
Das Faltas ao Serviço
Art. 100 – Nenhum funcionário poderá faltar ao serviço sem falta justificada.
Parágrafo Único – Considera-se causa justificada o fato que, por sua natureza e circunstância,
principalmente pelas consequências no círculo da família, possa razoavelmente constituir
escusa do não comparecimento.
Art. 101 – O funcionário que faltar ao serviço fica obrigado a requerer justificação da falta, por
escrito, a seu chefe imediato, no primeiro dia em que comparecer à repartição, sob pena de
sujeitar-se a todas as consequências resultantes da ausência.
§ 1º - Não poderão ser justificadas as faltas que excederem a vinte e quatro por ano.
§ 2º - O chefe imediato do funcionário decidirá sobre a justificação das faltas até o máximo de
doze por ano; a justificação das que excederem a esse número, até o limite de vinte e quatro,
332
Apostila Pré-Edital: SEMSA
será submetido, devidamente informada por essa autoridade, à decisão de seu superior
hierárquico, no prazo de cinco dias.
§ 3º - A autoridade competente decidirá sobre a justificação no prazo de cinco dias, cabendo
recursos para a autoridade superior, quando indeferido o pedido.
§ 4º - Decidido o pedido de justificação da falta, será o requerimento encaminhado ao órgão
do pessoal, para as devidas anotações.
Art. 102 – Ao funcionário, quando estudante universitário, será permitido, à critério do
Prefeito, frequentar suas aulas e participar das respectivas provas, quando o horário das
mesmas coincidir com o do serviço. (Observar art. 108 LOMAN)
Parágrafo Único – A permissão referida neste artigo será comprovada pela apresentação do
horário de aulas e provas fornecidos pelo estabelecimento de ensino
TÍTULO III
Da Vacância
Art. 103 – A vacância do cargo decorrerá de:
I. exoneração;
II. demissão;
III. promoção;
IV. transferência;
V. aposentadoria;
VI. posse em outro cargo
VII. falecimento.
§ 1º - Dar-se-á a exoneração:
I. a pedido do funcionário;
II. de ofício;
a. quando se trata de cargo comissão;
b. quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
c. quando o funcionário não entrar em exercício no prazo.
§ 2º - A demissão será aplicada como penalidade.
Art. 104 – A vacância da função gratificada decorrerá de:
I. dispensa, a pedido do funcionário:
II. dispensa, a critério da autoridade.
Art. 105 – Ocorrendo vaga, considerar-se-ão abertas, na mesma data, as decorrentes de seu
preenchimento.
I. do falecimento do ocupante do cargo;
II. imediata aquela em que o funcionário completar setenta nos de idade;
III. da publicação:
a. da lei que criar o cargo a conceder dotação para o seu provimento, ou da
que determinar esta última medida, se o cargo já estiver criado;
b. do decreto que promover, transferir, aposentar, exonerar, demitir ou
conceder outra qualquer forma de vacância.
IV. Da pose em outro cargo.
333
Apostila Pré-Edital: SEMSA
LIVRO II
DAS PRERROGATIVAS, DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS
TÍTULO I
DAS PRERROGATIVAS
CAPÍTULO I
Do Tempo de Serviço
Art. 106 – Será feita em dia a apuração do tempo de serviço. (Sem efeito EC 20/98, Art. 10).
§ 1º - O número de dias será convertido em anos, considerados de trezentos e sessenta e cinco
dias.
§ 2º - Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois não serão computados,
para efeito de aposentadoria, será arredondado, tempo fictício para um ano, o número
excedente de cento e oitenta e dois dias.
Art. 107 – Será de efetivo exercício o afastamento em virtude de:
I. férias;
II. casamento, até oito dias;
III. luto, até oito dias, por falecimento do cônjuge, pais, descendentes, irmãos e
sogros;
IV. luto, até dois dias, por falecimento de tios, cunhados, padrasto, madrasta, genro
e nora;
V. exercício de cargo de provimento em comissão em órgão da União, dos Estados
e dos Municípios e de suas entidades autárquicas;
VI. convocação para o serviço militar;
VII. júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VIII. desempenho de função legislativa federal, estadual e municipal;
IX. licença prêmio;
X. licença à funcionária gestante;
XI. licença a funcionário acidentado em serviço ou atacado de doença profissional
ou moléstia enumerada ao artigo 139, deste Estatuto;
XII. missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou estrangeiro, quando
o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Prefeito;
XIII. provas de competições esportivas, quando o afastamento for autorizado pelo
Prefeito;
XIV. faltas abonadas;
XV. espaço disponível, que em virtude de ato, tenha servido ou sirva em qualquer
setor da administração pública.
Art. 108 – Para efeito de aposentadoria e disponibilidade computar-se-á integralmente:
I. o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, inclusive autárquico;
II. o período de serviço ativo nas Forças Armadas, contando-se em dobro o tempo
em operação de guerra;
III. o tempo de serviço ativo prestado como extranumerário ou sob outra qualquer
forma de admissão, desde que renumerado pelos cofre públicos;
IV. o tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou aposentado;
V. o período de trabalho prestado à instituição de caráter privado que tiver sido
transformada em estabelecimento de serviço público.
Parágrafo Único – O tempo de serviço não prestado ao Município somente será computado
à vista de certidão passada pelo órgão competente.
334
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO II
Da Estabilidade
Art. 110 – O funcionário nomeado em caráter efetivo adquire estabilidade após dois anos de
efetivo exercício.
§ 1º - Ninguém pode ser efetivado ou adquirir estabilidade, se não prestar concurso público.
§ 2º - A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao cargo.
Art. 111 – O funcionário perderá o cargo:
I. quando estável, em virtude de sentença judiciária passada em julgado ou
mediante processo administrativo, em que se lhe tenha assegurado ampla
defesa;
II. quando em estágio probatório, somente após a observância do artigo 20 e seus
parágrafos ou mediante inquérito administrativo, quando este se impuser antes
de concluído o estágio, neste caso, defesa ao interessado.
CAPÍTULO III
Da Disponibilidade
Art. 112 – Extinto o cargo, o funcionário estável ficará em disponibilidade, com os vencimentos
proporcionais ao tempo de serviço.
Parágrafo Único – Restabelecido o cargo, ainda que modificada sua denominação, será
obrigatoriamente aproveitado nele o funcionário posto em disponibilidade quando de sua
extinção.
Art. 113 – O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado ou posto à disposição de
outro órgão, a seu pedido.
CAPÍTULO IV
Da Reintegração
Art. 114 – Invalidada a admissão do funcionário por ato administrativo ou sentença judicial,
será ele reintegrado e quem lhe ocupava o lugar será exonerado, ou, se ocupava outro cargo,
a este reconduzido.
§ 1º - A reintegração importas no ressarcimento de todos os prejuízos do funcionário
reintegrado.
§ 2º - O pagamento desse prejuízo deverá ser liquidado no prazo máximo de sessenta dias da
data da reassunção do cargo ou da data da aposentadoria.
CAPÍTULO V
Da Aposentadoria
Art. 115 – O funcionário será aposentado:
I. por invalidez;
II. compulsoriamente, aos setenta anos de idade;
III. voluntariamente, após trinta e cinco anos de serviço.
Parágrafo Único – No caso do item III, o prazo é de trinta anos para mulheres.
Art. 116 – A aposentadoria por invalidez, será sempre precedida de licença por período não
excedente de vinte e quatro meses, salvo quando o laudo médico concluir pela incapacidade
definitiva para o serviço público.
335
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 117 – Será aposentado o funcionário que, depois de vinte e quatro meses de licença para
o tratamento de saúde for considerado inválido para o serviço público.
Art. 118 – Os proventos da aposentadoria serão:
I. integrais, quando o funcionário:
a. contar trinta e cinco anos de serviço, se do sexo masculino, ou trinta anos de
serviço, se do feminino;
b. se invalidar por acidente em serviço, por moléstia profissional ou doença
grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei.
II. Proporcionais ao tempo de serviço, quando funcionário contar menos de trinta
e cinco anos de serviço, salvo o disposto no Parágrafo Único do artigo 15.
§ 1º - Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do
poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionários em atividade.
§ 2º - Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, em caso nenhum os proventos da
inatividade poderão exceder a remuneração percebida em atividade.
Art. 119 – É automática a aposentadoria compulsória.
Parágrafo Único – O retardamento do decreto que declarar a aposentadoria compulsória não
impedirá que o funcionário se afaste do exercício no dia imediato ao que atingir a idade limite.
Art. 120 – O funcionário que contar mais de vinte e cinco anos de efetivo e ininterrupto serviço
prestado ao Município será aposentado:
I. com as vantagens dos cargos de direção ou chefia, de provimentos em comissão,
em que se encontre, pelo menos há mais de cinco anos ininterruptos ou que os
tenham exercido por mais de dez anos ininterruptos ou não;
II. com provento correspondente ao vencimento ou remuneração da classe
imediatamente superior;
III. com o provento aumentado de trinta por cento, quando ocupante da última
classe da respectiva carreira;
IV. com a vantagem do item anterior, quando ocupante de cargo isolado.
Parágrafo Único – O funcionário, durante cinco anos de exercício ininterrupto, ou dez anos
intercalados, houver ocupado cargo em comissão ou função gratificada, terá, no ato de sua
aposentadoria, o valor atual da representação ou função gratificada aos seus proventos.
(Revogado 1.786/85)
Art. 4 – O artigo da Lei n 1.118 de 1 de setembro de 1971, terá seu “caput” com a seguinte
redação:
Art. 120 – O funcionário que contar mais de 25 anos de efetivo e ininterrupto serviço públicos,
será aposentado.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS EM GERAL
CAPÍTULO I
Das Férias
Art. 121 – O funcionário terá direito ao gozo de trinta dias consecutivos de férias por ano, de
acordo com a escalada organizada pela chefia da repartição ou serviço.
§ 1º - Somente depois de primeiro ano de exercício em cargo público do Município, adquirirá
o funcionário direito de férias.
§ 2º - Não terá direito a férias o funcionário que, durante o período de sua aquisição,
permanecer em gozo de licença para tratar de interesse particular.
§ 3º - É proibido levar em conta de férias qualquer falta de serviço.
336
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO II
Das Licenças
SECÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 128 – Conceder-se-á licença ao funcionário.
I. para tratamento de saúde;
II. por motivo de doença em pessoa da família;
III. para repouso à gestante;
IV. para prestar serviço militar obrigatório;
V. por motivo de afastamento do cônjuge militar;
VI. para tratar de interesses particulares;
VII. para o desempenho de manto eletivo;
VIII. por motivo de afastamento do cônjuge servidor;
IX. em caráter extraordinário.
Parágrafo Único – Ao ocupante de cargo de provimento em comissão não se deferirá, nessa
qualidade, licença para tratar de interesses particulares.
Art. 129 – A licença dependente de exame médico será concedida pelo prazo indicado no
laudo da Junta Médica do Município.
Parágrafo Único – Findo o prazo poderá haver novo exame e o laudo médico concluirá pela
volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.
Art. 130 – Terminada a licença, o funcionário reassumirá imediatamente o exercício, ressalvado
o disposto no Parágrafo Único do artigo seguinte.
Art. 131 – A licença poderá ser prorrogada de ofício ou a pedido.
Parágrafo Único – O pedido deverá ser apresentado pelo menos cinco dias antes de findo o
prazo da licença, se indeferido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data
do término e a do conhecimento do despacho.
Art. 132 – As licenças concedidas dentro de sessenta dias, contados do término anterior, serão
consideradas em prorrogação.
337
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Parágrafo Único – Para os efeitos deste artigo somente serão levantadas em consideração as
licenças da mesma espécie.
Art. 133 – As licenças por tempo superior a trinta dias só poderão ser concedidas pelo Prefeito,
de tempo inferior, poderão deferidas pelos chefes de repartição ou serviço.
Art. 134 – O funcionário em gozo de licença comunicará ao chefe da repartição ou serviço o
local onde poderá ser encontrado.
SECÇÃO II
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 135 – A licença para tratamento de saúde será a pedido ou de ofício.
§ 1º - Num e outro caso é indispensável o exame pela Junta Médica do Município.
§ 2º - O funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer
atividade remunerada, sob pena de ter cassada licença.
Art. 136 – O atestado ou laudo passado por médico ou Junta Médica do Município.
Art. 137 – Será punido disciplinarmente, com suspensão por trinta dias, o funcionário que
recusar a submeter-se a exame médico, cessando os efeitos da penalidade, logo que se
verificar o exame.
Art. 138 - Considerado apto em exame pela Junta Médica do Município, o funcionário
reassumirá o exercício, sob pena de se apurarem, como faltas injustificadas, os dias de
ausência.
Art. 139 – A licença a funcionário atacado por tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia
maligna, cegueira, lepra, paralisia ou cardiopatia grave será concedida quando o exame médico
não concluir pela concessão imediata da aposentadoria.
Art. 140 – Será integral, com as respectivas vantagens, o vencimento do funcionário licenciado
para tratamento de saúde, acidentado em serviço, atacado de doença profissional ou de
moléstias indicadas no artigo anterior.
SECÇÃO III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 141 – O funcionário poderá gozar licença por motivo de doença de ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge não separado literalmente, provando ser indispensável sua
assistência podendo esta ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção realizada pela Junta Médica do Município.
§ 2º - A licença de que trata este artigo será concedida, com vencimentos e vantagens até um
ano, e com dois terços do vencimento e vantagens, excedendo esse prazo e até dois anos.
§ 3º - Quando a família do funcionário se encontrar em tratamento fora do Município, permitir-
se- á o exame por profissionais pertencentes ao quando de servidores federais, estaduais ou
municipais da localidade.
SECÇÃO IV
Da Licença à Gestante
Art. 142 – À funcionária gestante será concedida, mediante exame pela Junta Médica do
Município, licença até quatro meses, com vencimentos e vantagens.
Parágrafo Único – Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do
oitavo mês de gestação.
Art. 143 – Será aceito o exame médico fornecido por Junta de outra circunscrição territorial
quando a funcionária gestante se encontrar fora do Município.
338
Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO V
Da Licença para Serviço Militar
Art. 144 – Ao funcionário que for convocado para o serviço militar e outros encargos de
segurança nacional será concedida licença com vencimento ou remuneração integral.
§ 1º - A licença será concedida à vista de documento oficial que comprove a incorporação.
§ 2º - Do vencimento ou remuneração descontar-se-á a importância que o funcionário
perceber na qualidade, salvo se optar pelas vantagens do serviço militar.
§ 3º - Ao funcionário desincorporado conceder-se-á a prazo não excedente de trinta dias, para
que reassuma o exercício, sem perda de vencimento ou remuneração.
§ 4º - A licença de que trata este artigo concedida ao funcionário que houver feito curso para
ser admitido como oficial da reserva das Forças Armadas, durante os estágios prescritos pelo
regulamento militar, aplicando-se o disposto no § 2º deste artigo.
SECÇÃO VI
Da Licença à Funcionária Casada com Militar
Art. 145 – A funcionária casada com militar terá direito a licença sem vencimento ou
remuneração, quando o marido for mandado servir fora do Município.
§ 1º - A licença será concedida mediante pedido devidamente instituído e poderá vigorar pelo
tempo que durar a nova função do marido.
§ 2º - Em qualquer época, mesmo que o marido continue prestando serviço fora do Município,
a funcionária poderá retornar ao seu cargo.
SECÇÃO VII
*Da Licença para Tratar de Interesse Particular
ALTERADO LEI 292/95
Art. 146 - Ao funcionário estável poderá ser deferida, pelo Prefeito, licença por tempo nunca
excedente de dois anos, sem vencimento ou remuneração, para tratar de interesses
particulares até quatro anos.
§ 1º - A licença será negada quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao
interesse público.
§ 2º - O funcionário deverá aguardar em exercício e concessão da licença.
Art. 147 – Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao funcionário
nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exercício.
Art. 148 – A autoridade que deferir a licença poderá cessá-la e determinar que o licenciado
reassuma o exercício, se o exigir o interesse do serviço municipal.
§ 1º - Na hipótese deste artigo o funcionário reassumirá o exercício no dia subsequente ao do
conhecimento oficial do ato.
§ 2º - Se o funcionário se encontrar em local diverso do município ser-lhe-á concedido, a
critério da autoridade, prazo até sessenta dias para assumir o exercício.
§ 3º - A inobservância ao disposto neste artigo importará em demissão por abandono do
cargo, se o funcionário, não cumprindo as determinações dos parágrafo anteriores,
permanecer ausente por mais de trinta dias.
Art. 149 – Outra licença para tratar de interesses particulares, só poderá ser concedida ao
mesmo funcionário, após transcorrido dois anos do término da anterior. (Alterado Lei 292/95)
339
Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO VIII
Da Licença Prêmio
Art. 150 – Após cada decénio de efetivo exercício no serviço público municipal, ao funcionário
que a requerer, será concedido pelo Prefeito licença prémio de doze meses, com todos os
direitos e vantagens do seu cargo efetivo
Parágrafo Único – Ao funcionário nomeado após a vigência deste ESTATUTO, será concedida
a licença prémio de seis meses, obedecido o disposto no presente artigo.
Art. 151 – A licença prémio poderá ser gozada em dois períodos.
Art. 152 – Não será concedida a licença prémio se houver o funcionário em cada decénio:
(Alterado Lei 1.789)
Art. 152 – Não será concedida licença prêmio se houver o funcionário em cada decênio:
I. Sofrido Pena de suspenção;
II. Faltado ao serviço, injustificadamente por mais de trinta (30) dias consecutivos
ou não;
III. gozado licença:
a. por motivo de doença em pessoa da família, por mais de cento e vinte dias
(120) dias, consecutivos ou não;
b. para o trato de interesses particulares, por qualquer prazo;
c. em caráter extraordinário ou militar, por mais de dois (2) anos;
d. caráter extraordinário, por período superior a dois (2) anos”.
IV. Sofrido pena de suspensão;
V. faltado ao serviço, injustificadamente por mais de trinta dias, consecutivos ou
não;
VI. gozando licença.
a. para tratamento de saúde, por prazo superior a cento e oitenta dias,
consecutivos ou não;
b. por motivo de doença em pessoa da família, por mais de cento e vinte dias,
consecutivos ou não saiu;
c. para o trato de interesses particulares, por qualquer prazo;
d. por motivo do afastamento de cônjuge, quando funcionário ou militar, por
mais de dois anos;
e. em caráter extraordinário, por período superior a dois.
Art. 153 – Tempo fictício para efeito de aposentadoria, será contado em dobro o período de
licença prêmio que o funcionário não houver gozado. (Art. 10 EC/20/98).
Art. 154 – O direito à licença prêmio não tem prazo para ser exercido.
SECÇÃO IX
Da Licença para Desempenho de Mandato Eletivo
Art. 155 – Será considerado em licença o funcionário público municipal que for eleito para o
desempenho de Mandato Eletivo.
§ 1e artigo, se não for concedida antes, conceder-se-á automática com a posse do mandato
eletivo.
§ 2º - O tempo de serviço do funcionário afastado nos termos deste artigo, será contado para
fins de promoção por antiguidade e aposentadoria.
§ 3º - O funcionário municipal, afastado, nos termos deste artigo, só poderá reassumir o
exercício do cargo, após o término ou renúncia do mandato.
340
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 156 – O funcionário ocupante do cargo em comissão será exonerado deste cargo com a
posse do mandato efetivo.
Parágrafo Único – Se ocupante do cargo em comissão for também titular de um cargo de
provimento efetivo, ficará exonerado daquele e licenciado, na forma prevista no artigo anterior.
Art. 157 – O funcionário municipal, quando candidato, deverá licenciar-se nos termos da
legislação federal.
SECÇÃO X
Da licença à Funcionária Casada com Servidor
Art. 158 – A funcionária casada com servidor federal ou estadual terá direito à licença, sem
vencimento ou remuneração, quando o marido for exercer atividade do Município.
§ 1º - A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e poderá vigorar pelo
tempo que durar a nova função do marido.
§ 2º - Em qualquer época, mesma que o marido continue prestando serviço fora do Município,
a funcionária poderá retornar ao cargo.
SECÇÃO XI
Da Licença Extraordinária (Revogado 1.870/96)
Art. 159 – Ao funcionário será concedida licença extraordinária, instituída em lei especial e
obedecendo, dentre outros, aos seguintes princípios:
I. que o funcionário seja efetivo;
II. que o vencimento sejam proporcionais ao tempo de serviço ao funcionário;
III. que a licença seja concedida por prazo não inferior a um ano, nem superior a três
anos, podendo ser prorrogada por períodos sucessivos, até haver completado o
total de seis anos.
CAPÍTULO III
Da Assistência ao Funcionário
Art. 160 – O Município prestará, dentro de suas possibilidades financeiras, assistência ao
funcionário e sua família.
Parágrafo Único – O plano de assistência compreenderá:
I. assistência médica, dentária, farmacêutica e hospitalar;
II. previdência, seguros e assistência judiciária;
III. financiamento para aquisição de casa própria;
IV. curso de aperfeiçoamento e especialização profissional em matéria do interesse
municipal;
V. centro de aperfeiçoamento moral e intelectual;
VI. centro de recreação, repouso e férias;
VII. assistência alimentar através de cooperativa.
Art. 161 – A lei regulará as condições de organização, funcionamento dos serviços de
assistência referidos neste capítulo.
CAPÍTULO IV
Do Direito de Petição e de Recorrer
Art. 162 – É assegurado ao funcionário o direito de requerer ou de apresentar e pedir
reconsideração.
341
Apostila Pré-Edital: SEMSA
TÍTULO III
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA
CAPÍTULO I
Do Vencimento ou Remuneração (Ver Art. 13 da Lei 470/99)
Art. 166 – Vencimento é a retribuição paga ao funcionário titular do cargo, correspondente
ao padrão fixado em lei.
Parágrafo Único – É vedada a prestação de serviços gratuitos. (Alterado 1.913/87 (1 e 2/Lei
470/99 Art. 13).
Art. 167 – Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo,
correspondente ao padrão fixado em lei, acrescido das vantagens pessoais de que seja titular.
Art. 168 – Perderá o vencimento do cargo efetivo o funcionário:
I. quando no exercício de cargo em comissão;
II. quando no exercício de mandato efeito federal, estadual ou municipal;
III. quando designado para servir em qualquer órgão da União dos Estados, dos
Municípios e de suas entidades autárquicas e de economia mista, ressalvadas as
exceções previstas em lei.
Art. 169 – O funcionário perderá:
I. o vencimento ou remuneração do dia se não comparecer ao serviço, salvo em
casos previstos neste Estatuto;
II. um sexto do vencimento ou remuneração diária quando comparecer ao serviço
transcorridos dez minutos da hora seguinte à marcada para o início dos
trabalhos, ou quando se retirarem antes de findo de trabalho;
III. um terço do vencimento ou remuneração durante o afastamento por motivo de
prisão em flagrante, preventiva, pronúncia ou condenação, por crime
inafiançável, denúncia desde seu recebimento, por crime funcional, com direito
à diferença, se absolvido.
342
Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO II
Das Vantagens SECÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 172 – Além do vencimento ou remuneração , serão efetuadas as seguintes vantagens aos
funcionários:
I. ajuda de custo;
II. transporte:
III. diárias:
IV. auxílio para diferença de caixa;
V. auxílio maternidade;
VI. auxílio doença;
VII. salário-família;
VIII. gratificações;
IX. salário-produtividade;
X. abono natalino.
SECÇÃO II
Da Ajuda de Custo
Art. 173 – Será concedida ajuda de custos ao funcionário designado para executar serviços ou
fazer cursos, estágios de estudos e treinamento em assuntos de interesse do Município, fora
de sua sede.
Parágrafo Único – A ajuda de custo destina-se à compensação das despesas de viagem e de
nova instalação.
Art. 174 – A ajuda de custo será arbitrada pelo Prefeito, tendo em vista cada caso, as condições
de vida do local, a distância que deverá ser percorrida e o tempo de viagem.
Parágrafo Único – A ajuda de custo não poderá ser inferior à importância correspondente a
um mês de vencimento, nem superior a três, salvo quando se tratar de funcionário a serviço
ou em estudo no estrangeiro.
Art. 175 – A ajuda de custo será paga, ao funcionário, adiantadamente.
Art. 176 – A ajuda de custo será restituída pelo funcionário nas formas e circunstâncias abaixo:
I. integralmente e de uma só vez, quando deixar de seguir destino, a seu pedido;
II. pela metade do valor recebido e de uma só vez, quando após Ter seguido viagem
pedido despensa da missão ou requerer licença ou exoneração;
III. pela metade do valor, mediante desconto pela décima parte do vencimento,
quando não seguir viagem por motivo independente de sua vontade.
§ 1º - O funcionário que estiver sujeito a descontos para fins de restituição de ajuda de custo
e adquirir direito à nova, liquidará integralmente o débito no ato do recebimento desta última.
343
Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO III
Do Transporte
Art. 177 – Transporte é um direito que tem o funcionário e a sua família ao fornecimento de
passagens e pagamento de frete da respectiva bagagem, nas condições deste capítulo.
Art. 178 – O transporte será condido obrigatoriamente ao funcionário que se deslocar para
fora do Município para executar serviço ou fazer cursos, estágios de estudos e treinamento em
assunto de interesse do Município.
Art. 179 – O transporte para família do funcionário só será concedido quando a sua missão
for superior a seis meses.
Art. 180 – Para efeito de concessão de transporte, consideram-se pessoas da família do
funcionário:
I. esposa;
II. filhos menores;
SECÇÃO IV
Das Diárias
Art. 181 – Ao funcionário municipal que, por determinação do Prefeito, se deslocar
temporariamente do Município no desempenho de suas atribuições, ou em missão ou estudo
que relacionadas com a função que exerce, será concedida, além do transporte, a diária a título
de indenizações das despesas de alimentação e pousada, nas bases fixadas em regulamento.
Art. 182 – O funcionário que, indevidamente, receber diária, será obrigado a restituir de uma
só vez a importância recebida, ficando sujeito à punição disciplinar.
SECÇÃO V
Do Auxílio para Diferença de Caixa
Art. 183 – Ao funcionário, que, no desempenho de suas atribuições, pagar ou receber em
moeda corrente, será concedido, nos períodos de exercício, auxílio em trinta por cento do
vencimento, a título de compensação de diferença de caixa.
SECÇÃO VI
Do Auxílio Maternidade
Art. 184 – Será concedido o auxílio maternidade nos termos da legislação especial.
SECÇÃO VII
Do Auxílio Doença
Art. 185 – Após doze meses consecutivos de licença para tratamento de saúde em
consequência de doença prevista no artigo 139, o funcionário terá direito, a título de auxílio, a
um mês de vencimento.
Art. 186 – A despesa com o tratamento do funcionário acidentado em serviço correrá por
conta dos cofres municipais.
Parágrafo Único – O transporte referido neste artigo será concedido ao funcionário e à pessoa
de sua família, quando aquele necessitar de tratamento especializado, conforme laudo
fornecido pela Junta Médica do Município.
344
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 187 – Ao funcionário licenciado para tratamento de saúde será concedido o transporte,
inclusive à pessoa de sua família.
Parágrafo Único – O transporte referido neste artigo será concedido ao funcionário e à pessoa
de sua família, quando aquele necessitar de tratamento especializado, conforme laudo
fornecido pela Junta Médica do Município.
SECÇÃO VIII
Do Salário Família
(Lei 260/94, completou 3% piso salarial)
Art. 188 – Será concedido salário família ao funcionário ativo e inativo:
I. pelo cônjuge do sexo feminino;
II. por filho menor de vinte e um anos, que não exerça atividade remunerada e não
tenha renda própria;
III. por filho inválido ou mentalmente incapaz, sem renda própria;
IV. por filha solteira, que não exerça atividade remunerada e não tenha renda
própria;
V. por filho estudante que frequentar curso secundário ou superior, em
estabelecimento;
VI. pela mãe viúva sem renda própria e que viva às expensas do funcionário;
VII. que, solteiro, ou separado da esposa, conviva, por mais de quatro anos, e
mantenha, às suas expensas, uma companheira.
§ 1º - Compreende-se neste artigo o filho de qualquer condição, o enteado, o adotivo e o
menor que, mediante autorização judicial, estiver sob a guarda e o sustento do funcionário.
§ 2º - Para os efeitos deste artigo, considera-se renda própria igual ao salário-mínimo em vigor
no Município.
§ 3º - Considera-se atividade lucrativa suficiente à manutenção do dependente a
contraprestação igual ao valor do salário mínimo do Município.
Art. 189 – Quando a mãe e o pai forem funcionários municipais ativos ou inativos e viverem
em comum, o salário família será concedido ao que receber maior vencimento, remuneração
ou provento.
Parágrafo Único – Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver beneficiários sob
a sua guarda; se ambos os tiverem, será concedido a um e outro dos pais, de acordo com a
distribuição dos beneficiários.
Art. 190 – Ao pai e mãe equiparam-se o padrasto, madrasta e na falta destes, os
representantes legais dos incapazes.
Art. 191 – Ocorrendo o falecimento do funcionário, o salário família continuará a ser pago aos
seus filhos menores, por intermédio da pessoa em cuja guarda se encontrarem, até que atinjam
a maioridade.
§ 1º - Em se tratando de dependentes maiores de vinte e um anos, com a morte do funcionário,
o salário família passará a ser pago diretamente a ele.
§ 2º - Passará a ser efetuada a viúva do funcionário o pagamento do salário família
correspondente ao menor que viver sob a guarda e o sustento daquele, desde que a viúva
consiga outra autorização judicial para ser responsável pelo menor e mantê-lo.
§ 3º - Caso o funcionário não se tenha habilitado ao salário relativo aos seus dependentes,
admitir-se-á a habilitação “post mortem”, até um ano após a data do óbito. (Alterado 1.151/92
(2 anos).
345
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 192 – O salário família será devido ainda se o funcionário não fizer jus, no mês a nenhuma
parcela a título de vencimento ou provento.
Art. 193 – Nenhum desconto se fará sobre o salário família, nem servirá este de base a
qualquer contribuição, ainda que para fins de previdência social.
Art. 194 – O funcionário e o inativo são obrigados a comunicar ao seu chefe imediato, dentro
de trinta dias qualquer alteração que se verifique na situação dos dependentes, da qual decorra
supressão ou redução no salário família.
Parágrafo Único - A inobservância desta disposição determinará responsabilidade do
funcionário ou do inativo.
Art. 195 – O salário família será devido a partir do mês em que for requerente e será pago
juntamente com o vencimento, remuneração ou provento, independentemente da publicação
do ato de concessão.
Art. 196 – O valor do salário família será o fixado na legislação federal.
SECÇÃO IX
Das Gratificações
Art. 197 – Conceder-se-ão gratificações: (Alterado Lei 1.913/87).
I. de função;
II. de representação;
III. pela prestação de serviço extraordinário;
IV. pela execução ou colaboração em trabalhos técnicos ou científicos fora das
atribuições normais do cargo;
V. pela execução de trabalhos de natureza especial com risco de vida ou saúde;
VI. pela participação em órgão de deliberação coletiva;
VII. pelo exercício de encargo de auxiliar ou de membro de banca ou comissão de
concurso;
VIII. pelo exercício de encargo de auxiliar professor de curso legalmente instituído;
IX. adicional por tempo de serviço.
Parágrafo Único – As gratificações constantes dos itens I, II e V serão fixadas em lei.
Art. 198 – Terá direito à gratificação por serviço extraordinário o funcionário que for
convocado para prestação de trabalhos fora do horário normal de expediente a quem estiver
sujeito. (Limite 90 HE previsto na 1.870/86, art. 7 CF/88).
Art. 199 – A gratificação pela prestação de serviços extraordinários será determinada pelo
chefe de repartição ou serviço, a que estiver subordinado, o funcionário convocado.
§ 1º - A gratificação será paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado, na mesma
razão percebida pelo funcionário em cada hora do período normal.
§ 2º - Em se tratando de extraordinário noturno, assim entendido o prestado no período
compreendido entre as dezoito e seis horas, o valor da hora será acrescido de vinte e cinco
por cento.
§ 3º - A gratificação ao funcionário à disposição do Gabinete do Prefeito será por esse
determinada.
Art. 200 – Não poderá perceber gratificação por serviço extraordinário o ocupante de cargo
de direção ou chefia.
Art. 201 – A gratificação pela execução ou colaboração em trabalhos técnicos ou científicos
de utilidade para serviço público municipal será arbitrada pelo Prefeito após a conclusão dos
trabalhos, ou , previamente, quando for o caso.
346
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 202 – A gratificação constante dos itens VI, VII e VIII será fixada pelo Prefeito em cada
caso.
Art. 203 – O adicional por tempo de serviço, 5% (cinco por cento), conferido ao funcionário à
razão de cinco por cento por quinquénio de serviço público, será sempre proporcional aos
vencimentos e acompanhar-lhes-á as oscilações.
Parágrafo Único – O adicional de que trata este artigo, incorporar-se-á aos vencimentos para
todos os efeitos e será pago juntamente com eles ou com a remuneração.
SECÇÃO X
Do Salário Produtividade
Art. 204 – O salário produtividade de que trata o item IX, do artigo 172, será fixado em lei
especial.
SECÇÃO XI
Do Abono Natalino
Art. 205 – Ao funcionário ativo ou inativo será concedido abono natalino.
Parágrafo Único – O abono natalino corresponderá a um mês de vencimento ou provento,
sendo obrigatoriamente pago no mês de dezembro de cada ano.
LIVRO III
DO REGIME DISCIPLINAR TÍTULO I
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS INCOMPATIBILIDADES E ACUMULAÇÕES
CAPÍTULO I
Dos Deveres dos Funcionários
Art. 206 – São deveres dos funcionários:
I. comparecer à repartição nas horas de trabalho ordinário e do trabalho
extraordinário, quando devidamente convocado, executando os serviços que lhe
competirem;
II. cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestadamente
ilegais;
III. desempenhar com zelo e presteza de que for incumbido;
IV. tratar com urbanidade os companheiros de trabalho e as partes, atendendo-as
sem preferencias pessoais;
V. providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, sua
declaração de família;
VI. manter espírito de solidariedade e colaboração com os companheiros de
trabalho;
VII. apresentar-se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme que for
determinado em cada caso;
VIII. guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e sobre os despachos, decisões e
providencias;
IX. representar a seu chefe imediato sobre as irregularidades de que tiver
conhecimento ocorridas na repartição em que servir ou às autoridades superiores
por intermédio do respectivo chefe, quando este não tornar em consideração sua
representação;
X. residir no local onde exerce o cargo em outro vizinho, mediante autorização, se
não houver inconveniência para o serviço;
347
Apostila Pré-Edital: SEMSA
XI. zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for
confiado á sua guarda e utilização;
XII. atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço:
XIII. às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
XIV. a expedição das certidões requeridas para defesa de direitos;
XV. apresentar relatório ou resumos de suas atividades, nas hipóteses e prazos
previstos em lei, regulamento ou regimento;
XVI. sugerir providencias tendentes à melhoria e aperfeiçoamento de serviço.
CAPÍTULO II
Das Proibições
Art. 207 – Ao funcionário é proibido:
I. referir-se de modo depreciativo, pela imprensa, em informações, parecer ou
despacho, ás atividades e atos da administração pública, podendo porém, em
trabalho assinado, apreciá-lo do ponto de vista doutrinário ou de organização
do serviço com fito de colaboração e cooperação.
II. retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento
ou objeto da repartição;
III. atender a pessoa, na repartição, para tratar de assuntos particulares;
IV. promover manifestação de apreço ou desapreço e fazer circular ou subscrever
listas de donativos no recinto da repartição;
V. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal;
VI. coagir ou aliciar subordinados com objetivos da natureza partidárias; VII –praticar
a usura em qualquer de suas formas;
VII. pleitear como procurador ou intermediário, junto ás repartições públicas
municipais, salvo quando se tratar de percepção de vencimento ou vantagens de
parente até o segundo grau;
VIII. incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o regime ou
serviço público;
IX. receber propinas, comissões, presentes e vantagens de qualquer espécie, em
razão das atribuições;
X. empregar material do serviço público em serviço particular;
XI. cometer a pessoa estranha a repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de cargo que lhe competir ou a seus subordinados;
XII. exercer atribuições diversas das de cargo ou função, ressalvados os casos
previstos em lei ou regulamento.
CAPÍTULO III
Das Incompatibilidades e das Acumulações
Art. 208 – É incompatível o exercício de cargo ou função pública municipal:
I. com o exercício cumulativo de outro cargo, função ou emprego municipal,
estadual ou federal, bem como em autarquias, empresas públicas e sociedade de
economia mista, salvo os casos na Constituição do Brasil;
II. com a participação de gerências ou administração de empresas bancárias,
industriais e comerciais que mantenham relações comerciais ou administrativas
com o Município, sejam por este subvencionadas ou diretamente relacionadas
com a finalidade de repartição ou serviço em que o funcionário estiver lotado;
348
Apostila Pré-Edital: SEMSA
TÍTULO III
DA DISCIPLINA
CAPÍTULO I
Da Responsabilidade
Art. 212 – Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responderá civil, penal e
administrativamente.
Art. 213 – A responsabilidade civil decorre do procedimento doloso ou culposo que importe
em prejuízo para a Fazenda Municipal ou para terceiros.
§ 1º - O funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado
à Fazenda Municipal, em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão, em efetuar
recolhimento ou estradas nos prazos legais.
§ 2º – Nos demais casos, a indenização dos prejuízos causados à Fazenda Municipal poderá
ser liquidado mediante o desconto em folha, nunca excedente da décima parte do vencimento
ou remuneração, na falta de outros bens que respondam pela indenização.
§ 3º - Tratando-se de danos causados a terceiros, responderá o funcionário perante á Fazenda
Municipal, em ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão de última
instancia que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejuízo.
Art. 214 – A responsabilidade penal será apurada nos termos da legislação federal aplicável.
Art. 215 – O funcionário é administrativamente responsável por seus atos e omissões, perante
as autoridades que lhe forem hierarquicamente superiores.
Parágrafo Único – A responsabilidade administrativa não exime o funcionário a que ficar
obrigado.
CAPÍTULO II
Das Penalidades
SECÇÃO I
Das Penas e seus Efeitos
Art. 216 – São penas disciplinares:
I. advertência;
II. repressão;
349
Apostila Pré-Edital: SEMSA
III. multa;
IV. suspensão;
V. destituição de chefia;
VI. demissão;
VII. cassação de aposentadoria e da disponibilidade.
Art. 217 – As penas previstas nos itens II a VII sempre registradas nos prontuários individual
do funcionário.
Parágrafo Único – As anistias não implicam o cancelamento do registro de qualquer
penalidade, que servirá para apreciação da conduta do funcionário, mas nele se averbará que,
por virtude de anistia, a pena deixou de produzir os efeitos legais.
Art. 218 – As penas disciplinares terão somente os efeitos declarados em lei.
Parágrafo Único – Os efeitos das penas estabelecidas neste Estatuto são as seguintes:
I. a pena de multa implica a perda, para efeito de antiguidade, de tantos dias
quantos aqueles que correspondem os vencimentos perdidos;
II. a pena de suspensão implica:
a) na perda dos vencimentos ou da remuneração durante o período da
suspensão;
b) na perda, para efeito de antiguidade, de tantos dias quantos tenham durado
a suspensão;
c) na impossibilidade da promoção no semestre abrangido pela suspensão;
d) na perda da licença prémio, na forma prevista neste Estatuto;
e) na perda do direito à licença para tratar de assuntos particulares, no período
de um ano, a contar da suspensão, superior a trinta dias.
III. a pena de demissão simples importa:
a) na exclusão do funcionário dos quadros do serviço municipal;
b) na impossibilidade de registro do demitido ao serviço público municipal,
antes de corridos dois anos da aplicação da pena;
IV. a pena de demissão qualificada com a nota “a bem do serviço público” importa
na exclusão do funcionário e impossibilidade definitiva de seu reingresso nos
quadros do serviço público municipal;
V. a cassação de aposentadorias e da disponibilidade importa desligamento do
funcionário aposentado ou em disponibilidade do serviço público sem direito a
qualquer provento.
Art. 219 – O funcionário que, dentro de cinco anos contados da data da primeira condenação,
for por três vezes condenado a pena de multa, ou duas vezes de suspensão por período que,
somados, excedam de cento e vinte dias, passará a ocupar o último lugar na escala de
antiguidade para efeito de promoção.
Art. 220 – Não pode ser aplicada a cada funcionário pela mesma infração, mais de uma pena
disciplinar.
Parágrafo Único – A infração mais grave absorve as mais leves.
SECÇÃO II
Da Aplicação das Penas
Art. 221 – Na aplicação das penas disciplinares, serão consideradas a natureza e a gravidade
da infração e os danos que delas provierem para o serviço público municipal.
Art. 222 –A pena da advertência será aplicada verbalmente em casos de natureza leves de
serviço e sempre no intuito de aperfeiçoamento profissional do funcionário.
350
Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 223 – A pena de repressão será aplicada, por escrito nos casos seguintes:
I. reincidência das infrações sujeitas a pena de advertência;
II. de desobediência a falta de cumprimento dos deveres previstos nos incisos VII e
XIII do artigo 206 desta lei.
Art. 224 – a pena de suspensão, que não excederá a noventa dias, será aplicada:
I. até trinta dias, ao funcionário, que sem justa causa, deixou de se submeter a
exame médico determinado por autoridade competente;
II. nos caos de falta de grave, ou reincidência de infração e que foi aplicada a pena
de repreensão.
Parágrafo Único – Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá
ser convertida em multa até cinquenta por cento por dia, do vencimento ou remuneração,
obrigado, nesse caso, o funcionário a permanecer em serviço.
Art. 225 – São dentre outros, motivos determinantes de destituição de chefias:
I. atestar falsamente a apresentação de serviços extraordinários;
II. não cumprir ou tolerar que se descubra a jornada de trabalho;
III. coagir ou aliciar subordinados ou objetivos de natureza político-partidária.
Art. 226 – A pena de demissão será aplicada nos casos de:
I. crime contra a administração pública;
II. abandono do cargo por falta de assiduidade;
III. incompetência pública, conduta escandalosa e embriagues habitual;
IV. insubordinação grave em serviço;
V. ofensa física em serviço contra funcionário ou particular, salvo em legítima
defesa;
VI. aplicação irregular dos dinheiros públicos;
VII. lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
VIII. corrupção passiva nos termos da lei penal;
IX. transgressão de qualquer dos itens dos artigos 207 e 208 desta lei.
§ 1º – Considera-se abandono de cargo a ausência do serviço sem justa causa por mais de
trinta dias úteis consecutivos.
§ 2º – Considera-se falta de assiduidade, para fins deste artigo, a falta ao serviço, durante o
período de doze meses, por maios de sessenta dias interpoladamente, sem justa causa.
Art. 227 – O ato de demissão mencionará sempre a causa da penalidade e seu fundamento
legal. Parágrafo Único – Atenta a gravidade da infração a demissão poderá ser aplicada com
a nota “a bem do serviço público”.
Art. 228 – Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se ficar provado que o inativo:
I. praticou falta grave no exercício do cargo;
II. aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
III. aceitou representação de estado estrangeiro, sem prévia autorização do
Presidente da República;
IV. praticou usura em qualquer de suas formas.
Parágrafo Único – Será igualmente cassada a disponibilidade de funcionário que não assumir,
no prazo legal, o exercício do cargo em que for aproveitado.
Art. 229 – Para efeito de graduação das penas disciplinares serão sempre tomadas em conta
todas as circunstancias em que a infração tiver sido cometida e as responsabilidades do cargo
ocupado pelo infrator.
§ 1º – São circunstancias atenuantes da infração disciplinar, em especial;
I. o bom desempenho anterior dos deveres profissionais;
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO III
Da Competência Disciplinar
Art. 231 – A aplicação das penas de advertência e repreensão é da competência de todas as
autoridades administrativas em relação a seus subordinados.
Art. 232 – Além do disposto no artigo anterior, são competentes para aplicação das penas
disciplinares:
I. O Prefeito Municipal nos casos de demissão, cassação da aposentadoria e da
disponibilidade, multa e suspensão por mais de trinta dias;
II. os Secretários nos demais casos.
CAPÍTULO III
Da Prisão Administrativa e da Suspensão Preventiva
Art. 233 – Cabe ao Prefeito ordenar a prisão administrativa de qualquer responsável pelos
valores e dinheiros pertencentes à Fazenda Municipal , ou que se acham sobre a guarda desta,
nos casos de alcance ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.
§ 1º – O Prefeito comunicará o fato imediatamente a autoridade judicial competente para os
devidos efeitos e providenciará no sentido de ser realizado, com urgência, o processo de
tomada de contas.
§ 2º - A prisão administrativa não poderá exceder a noventa dias.
Art. 234 – A suspensão preventiva, até trinta dias, prorrogáveis por mais trinta dias, poderá
ser ordenada pelo Prefeito Municipal em despacho motivado, desde que o afastamento do
funcionário seja necessário para que este não venha dificultar a apuração da falta cometida.
Art. 235 – O funcionário terá direito:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
TÍTULO
DO PROCESSO DISCIPLINAR E SUA REVISÃO
CAPÍTULO I
Das Sindicâncias.
Art. 236 – A autoridade que tiver ciência ou notícia de irregularidades no serviço público
municipal a determinar sua apuração imediata por meio de sindicância administrativa.
Parágrafo Único – A autoridade que determinar a instauração da sindicância fixará o prazo
nunca inferior a trinta dias para a sua conclusão, prorrogáveis até ao máximo de quinze dias à
vista de representação motivada do sindicante.
Art. 237 – As sindicâncias serão abertas por portaria, em que se indiquem seu objeto e um
funcionário ou comissão de três funcionários para realizá-la.
§ 1º – Quando a sindicância houver de ser realizada por comissão, a portaria designará seu
presidente, e este indicará o membro que deva secretariar os trabalhos.
§ 2º – Quando a sindicância houver de ser realizada apenas por um sindicante, este designará
outro funcionário, para secretariar os trabalhos, mediante a aprovação do superior hierárquico
do sindicato.
Art. 238 - O processo das sindicâncias será sumário, feitas as diligencias necessárias à
apuração das irregularidades e ouvido o sindicato e todas as pessoas envolvidas nos fatos bem
como peritos e técnicos necessários ao esclarecimento das questões especializadas.
Parágrafo Único – Terminada a instauração da sindicância, a autoridade sindicante
apresentará relatório circunstanciado do que foi apurado, sugerindo o que julgar cabível ao
saneamento das irregularidades e punições dos culpados ou à abertura de processo
administrativo se forem apuradas infrações puníveis com as penas de demissão, cassação de
aposentadorias ou de disponibilidade.
CAPÍTULO II
Do Processo Administrativo
SECÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 239 – As penas de demissão do funcionário, cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade só poderão ser aplicadas em processo administrativo e que se assegure defesa
ao processo.
Art. 240 – São competentes para a instauração de processo administrativo, o Prefeito e os
Secretários.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
SECÇÃO II
Da Instauração do Processo Administrativo
Art. 241 – O processo administrativo será instaurado pela autoridade competente, mediante
portaria, em que especifique seu objeto e designe a autoridade processante.
Art. 242 – O processo administrativo será realizado por uma comissão composta de três
funcionários na forma do artigo anterior.
§ 1º – A autoridade competente no ato de designação da Comissão Processante, indicará um
dos funcionários para, como seu presidente, dirigir-lhe os trabalhos.
§ 2º – O presidente da comissão designará um funcionário para secretariá-la
Art. 243 – A autoridade processante , sempre que necessário, decidirá todo o seu tempo aos
trabalhos do processo, ficando seus membros, em tal caso, dispensados do serviço na
repartição, durante o curso das diligencias e elaboração do relatório.
Art. 244 – O prazo para a realização do processo administrativo será de sessenta dias
prorrogáveis por mais trinta dias, mediante autorização da autoridade que determinou a sua
instauração , e nos casos de força maior.
§ 1º – A autoridade processante, três dias após receber o expediente de sua designação, dará
início ao processo, determinando a citação pessoal do indiciado, a fim de que possa
acompanhar todas as fases do processo marcando dias para a tomada de seu depoimento.
§ 2º – Achando-se o indiciado em julgar incerto, será citado por edital com o prazo de quinze
dias.
§ 3º - Se o fundamento do processo for abandono de cargo ou função, a autoridade
processante fará divulgar edital de chamamento pelo prazo de quinze dias.
Art. 245 – A autoridade processante procederá a todas as diligencias necessárias ao
esclarecimento dos fatos, recorrendo, quando for preciso, a técnicos ou peritos.
Art. 246 – Os autos, diligencias, depoimentos e as informações técnicas ou periciais serão
reduzidos a termo nos autos do processo.
§ 1º - Dispensar-se-á o termo, no caso de informações técnicas ou de perícia, se constar de
laudo junto aos autos.
§ 2º – Os depoimentos testemunhais serão tomados em audiência, sempre que possível, na
presença do indiciado e de seu defensor, para tanto devidamente cientificados
§ 3º - É facultado ao indiciado ou a seu defensor reperguntar as testemunhas por intermédio
do presidente que poderá indeferir as reperguntas que não tiverem conexão com a falta,
consignando- se no termo as reperguntas indeferidas.
§ 4º - Quando a diligencia requerer sigilo em defesa do interesse público, dela só se dará
ciência ao indiciado depois de realizada.
Art. 247 – Se as irregularidades objeto do processo administrativo constituírem em crime, a
autoridade processante encaminhará cópia das peças necessárias ao órgão competente para
instauração do inquérito policial.
SECÇÃO III
Da Defesa do Indiciado
Art. 248 – A autoridade processante assegurará ao indicado todos os meios indispensáveis á
sua plena defesa.
§ 1º - O indiciado poderá constituir procurador para tratar de sua defesa.
§ 2º - No caso de revelia, a autoridade processante designará, de ofício, um funcionário o
advogado que se incuba da defesa do indiciado revel.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 249 – Tomado o depoimento do indiciado, nos termos do § 1º, do Art. 244, terá ele vista
do processo na repartição pelo prazo de cinco dias para reparar sua defesa prévia e requerer
as provas que deseje produzir. Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de dez
dias, após o depoimento do último deles.
Art. 250 - Encerrada a instauração do processo, a autoridade processante abrirá vista dos
autos ao indiciado, ou seu defensor, para , no prazo de quinze dias apresentar suas razões de
defesa final.
Parágrafo Único – A vista dos autos será dada na repartição, onde estiver funcionando a
autoridade processante e sempre na presença de um funcionário devidamente autorizado.
SECÇÃO IV
Da Decisão do Processo Administrativo
Art. 251 – Apresentada a defesa final do indiciado, a autoridade processante apreciará todos
os elementos do processo, apresentando o seu relatório, no qual proporá justificadamente, a
absolvição ou punição do indiciado, indicando nesta última hipótese, a pena cabível de seu
fundamento legal.
Parágrafo Único – O relatório e todos os elementos dos autos serão remetidos à autoridade
que determinou a abertura do processo no prazo de dez dias, a contar da data da apresentação
da defesa final.
Art. 252 – A autoridade processante ficará à disposição da autoridade competente, até decisão
final do processo, para prestar qualquer esclarecimento julgado necessário.
Art. 253 – Recebidos os elementos previstos no artigo 251, a autoridade que determinou a
abertura do processo apreciará as conclusões da autoridade processante, tomando as
seguintes providencias no prazo de quinze dias.
I. se discordar das conclusões do relatório, designará outra Comissão ou
autoridade para reexaminar o processo e, no prazo máximo de quinze dias
propor o que entender cabível, ratificando ou não o relatório;
II. se acolher as conclusões do relatório da autoridade processante, no prazo
máximo de quinze dias;
a) aplicará a pena proposta se for competente;
b) remeterá o processo ao Prefeito, com a sua manifestação, para aplicação da
pena sugerida, quando esta for de competência dessa autoridade.
Art. 254 – O Prefeito deverá proferir a decisão no prazo de quinze dias, prorrogáveis por mais
cinco dias.
§ 1º - Se o processo não for decidido no prazo deste artigo, o indiciado, reassumirá
automaticamente o exercício do cargo, aguardando aí o julgamento.
§ 2º - No caso de alcance ou malversação de dinheiro público apurados nos autos, o
afastamento se prolongará até a decisão final do processo administrativo.
Art. 255 – Da decisão final do processo, são admitidos os recursos e pedidos de
reconsideração previstos neste Estatuto.
Art. 256 – O funcionário só poderá ser exonerado a pedido, após a conclusão definitiva do
processo administrativo a que estiver respondendo e desde que reconhecida a sua inocência.
Art. 257 – A definição definitiva proferida em processo administrativo só poderá ser alterada
através do processo de revisão.
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
CAPÍTULO III
Da Revisão do Processo Administrativo
Art. 258 – A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão da sindicância ou do processo
administrativo de que resultou a pena disciplinar, quando se aduzirem fatos ou circunstância
suscetíveis de justificar a inocência do requerente.
§ 1º - A revisão só poderá ser requerida pelo funcionário punido, salvo o disposto no parágrafo
seguinte.
§ 2º - Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida por
qualquer pessoa constante do seu assessoramento individual.
Art. 259 – Correrá a revisão em apenso aos autos do processo originário.
Parágrafo Único – Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da
penalidade.
Art. 260 – Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que
arrolar até o número máximo de cinco.
Art. 261 – Concluído o encargo da Comissão Revisora, em prazo que não excederá de trinta
dias, será o processo, com o respectivo relatório encaminhado ao <prefeito, restabelecendo-
se todos os direitos por ela atingidos.
Art. 262 – Julgada procedente a revisão tornar-se-á sem efeito a penalidade imposta,
restabelecendo-se todos os direitos por ela atingidos.
LIVRO IV
DOS SERVIDORES DA CÂMARA MUNICIPAL E DO PESSOAL TEMPORÁRIO
CAPÍTULO I
Dos Servidores da Câmara Municipal
Art. 263 – As disposições deste Estatuto aplicam-se aos servidores da Câmara Municipal com
as modificações previstas neste capítulo.
Art. 264 – Compete ao Presidente da Câmara Municipal:
I. aos atos de provimento dos cargos públicos da Câmara Municipal e os de
exoneração dos seus servidores;
II. a determinação de abertura de sindicância ou de processo administrativo visando
apurar irregularidades verificadas no Serviço Administrativo da Câmara;
III. a aplicação, a seus servidores, das penas previstas nesta Lei;
IV. a decisão do processo de revisão.
Art. 265 – Sem prejuízo da competência do Presidente da Câmara, cabe ao Secretário Geral a
aplicação das penas de advertência, repreensão e de suspensão até trinta dias, fora de
sindicância ou processo administrativo.
CAPÍTULO II
Do Pessoal Temporário (Revogado 266 a 270 - Lei 1.871/86).
Art. 266 - O pessoal temporário será contratado no regime da Consolidação das Leis do
Trabalho, observados os princípios estabelecidos neste capítulo.
Parágrafo Único - São as seguintes as categorias de pessoal temporário do Município:
I. pessoal contratado para obras;
II. pessoal contratado para funções de natureza técnica ou especializada.
Art. 267 – A contratação do pessoal previsto no artigo anterior, nos órgãos da administração
centralizada ou descentralizada, far-se-á observando o seguinte:
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
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Apostila Pré-Edital: SEMSA
Art. 277 – Ao funcionário público municipal fica assegurado o direito à perpetuação gratuita
de sua sepultura, mediante requerimento do cônjuge, ascendente ou descendente.
Art. 278 – A presente Lei é extensiva:
I. aos funcionários do Departamento rodoviário Municipal e do Instituto
Municipal e Previdência e Assistência social;
II. aos extranumerários, com estabilidade ou não, no que couber.
Art. 279 – O Prefeito expedirá a regulamentação necessária a perfeita execução desta Lei,
observados os princípios gerais nela consignados.
Art. 280 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições em
contrário.
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