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SUMÁRIO
Estruturas lógicas............................................................................................................................................... 5
Conceito......................................................................................................................................................... 5
Exercícios ........................................................................................................................................................... 7
Lógica de argumentação ................................................................................................................................... 9
Características básicas ................................................................................................................................. 10
Princípios aplicados às Proposições ............................................................................................................ 10
Princípio da identidade............................................................................................................................ 10
Princípio da não contradição ................................................................................................................... 10
Princípio do terceiro excluído .................................................................................................................. 10
Exercícios ......................................................................................................................................................... 10
Representação de proposições ............................................................................................................... 11
Proposições simples .................................................................................................................................... 12
Negação de uma proposição simples ...................................................................................................... 12
Valor lógico da negação........................................................................................................................... 13
Valor lógico de dupla negação................................................................................................................. 13
Valor lógico com várias negações............................................................................................................ 13
Expressões equivalentes ao “não” .......................................................................................................... 14
Negação com antônimos ......................................................................................................................... 14
Exercícios ......................................................................................................................................................... 14
Quantificadores ........................................................................................................................................... 15
Proposições compostas ............................................................................................................................... 16
Conectivos lógicos ....................................................................................................................................... 16
Conectivo “e” (conjunção)....................................................................................................................... 16
Tabela verdade da conjunção (e) ............................................................................................................ 17
Conectivo “ou” (disjunção inclusiva) ....................................................................................................... 18
Tabela verdade da disjunção inclusiva (ou)............................................................................................. 19
CONECTIVO “SE... ENTÃO” (CONDICIONAL) ............................................................................................ 21
Expressões equivalentes ao “se...então” ................................................................................................ 22
Condição suficiente e condição necessária ............................................................................................. 23
Tabela verdade da condicional (SE...então) ............................................................................................ 23
CONECTIVO “OU...OU” (DISJUNÇÃO EXCLUSIVA) ................................................................................... 24
Tabela verdade da disjunção exclusiva (ou...ou) ..................................................................................... 25
Conectivo “se e somente se” (bicondicional) .......................................................................................... 25
Tabela Verdade da Proposição Bicondicional ......................................................................................... 26
Expressões equivalentes ao “se e somente se” ...................................................................................... 26
ESTRUTURAS LÓGICAS
CONCEITO
Não há um consenso quanto à definição da lógica, mas alguns autores a definem como o
estudo dos processos válidos e gerais pelos quais atingimos a verdade, inclusive pelo estudo
dos princípios da inferência válida. É a Ciência que expõe as leis, modos e formas do
conhecimento científico. É uma ciência formal que se dedica ao estudo das formas válidas de
inferência. Trata-se, portanto, do estudo dos métodos e dos princípios utilizados para distinguir
o raciocínio correto do incorreto.
A lógica foi criada por Aristóteles, no século IV a.C., como uma ciência autônoma que se
dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio, Demonstração) do ponto
de vista da sua estrutura ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material. É por
esta razão que esta lógica aristotélica se designa também por lógica formal.
Segundo os registros foi Aristóteles quem sugeriu o silogismo como sendo o argumento
válido. Aristóteles é considerado o pai da lógica formal.
Iniciaremos nosso estudo pelo conceito mais elementar no estudo do Raciocínio Lógico:
Proposições.
Mas o que vem a ser uma proposição?
São orações que transmitem pensamentos e exprimem julgamentos a respeito de
determinadas informações, que serão analisadas quanto a sua veracidade, em outras palavras
são declarações afirmativas ou negativas, que possuem sentido completo e um verbo.
Exemplo:
Sidinelson é professor.
Exemplo:
8+3=11
10+5=13
Obs:
Talvez estejam se perguntando como que o segundo exemplo é uma proposição sendo que
nem a operação realizada está correta. Entendemos que 10+5 não é igual a 13, mas mesmo
assim temos uma proposição sendo valorada ou classificada como FALSA.
Verdadeiras
Ou
Falsas
Mas dentro do estudo de proposições é mais importante sabermos o que não são
proposições, caso não enquadre em nenhuma dessas situações automaticamente se trata de
uma proposição, então vejamos as situações que não são proposições:
Frases exclamativas
Meu Deus!
Que prova difícil!
Frases interrogativas
Frases imperativas
A vida de um concurseiro.
O mundo do concurso público.
Frases paradoxais
Ele é professor.
X + 2 = 20
EXERCÍCIOS
1. Considerando que uma proposicão corresponde a uma sentença
bem definida, isto e, que pode ser classificada como verdadeira ou falsa,
excluindo-se qualquer outro julgamento, assinale a alternativa em que a
sentença apresentada corresponde a uma proposicão.
Gabarito: letra c
Observando todas as alternativas podemos verificar que:
Alternativa a, temos uma frase interrogativa
Alternativa b, temos uma sentença aberta pois não falou qual penitenciária
apenas citou aquela
Alternativa d, frase imperativa indicando uma ordem
Alternativa e, temos uma frase exclamativa.
Gabarito: letra a
Para resolver a questão devemos aprofundar no conceito de sentenças abertas.
Sentenças abertas são aquelas que não podemos determinar o sujeito, não
sendo possível julgá-las como verdadeiras ou falsas. De fato seu valor lógico
(Verdadeiro ou Falso) depende do valor atribuído á uma variável ou a quem a frase
se refere. Portanto, as sentenças abertas não são consideradas proposições lógicas.
Um exemplo x+4=9 é uma sentença aberta pois caso atribuirmos o valor de X=5
elas se torna uma sentença verdadeira, mas caso seja atribuído outro valor para X
ela se torna uma sentença falsa, vamos analisar a questão:
Frase I é uma sentença aberta, pois não especificou quem foi o melhor jogador
em 2005, sendo assim não é possível ser classificada como verdadeira ou falsa, ainda
temos um juízo de valor apesar da questão não falar nada relacionado.
Frase II é uma típica sentença aberta, pois possui duas variáveis onde podem
ser atribuídos infinitos valores.
Frase III é uma sentença fechada, pois facilmente podemos classificar o sujeito
em verdadeiro ou falso.
Gabarito: errado
Ao analisarmos a proposição dada: “Quem é o maior defensor de um Estado
não intervencionista, que permite que as leis de mercado sejam as únicas leis
reguladoras da economia na sociedade: o presidente do Banco Central ou o ministro
da Fazenda?”
Na verdade nem proposição temos nessa questão pois se trata de uma frase
interrogativa, como já foi visto frases interrogativas não são proposições lógicas, pois
por meio delas não é possível realizar um julgamento em verdadeiro ou falso.
4. Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o termo a respeito do qual se declara
algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação seguinte há expressões e
sentenças:
1. Três mais nove é igual a doze.
2. Pelé é brasileiro.
3. O jogador de futebol.
4. A idade de Maria.
5. A metade de um número.
6. O triplo de 15 é maior do que 10.
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens de números.
a) 1, 2 e 6.
b) 2,3 e 4.
c) 3,4 e 5.
d) 1, 2, 5 e 6.
e) 2, 3,4 e 5.
Gabarito: letra a
Ao analisarmos as sentenças temos:
Sentença 1: temos uma sentença fechada com sujeito e predicado
Sentença 2: temos uma sentença fechada também com o sujeito definido
Sentença 3: temos uma sentença aberta pois falou o jogador não citou ou
definiu quem é o jogador.
Sentença 4: temos uma sentença que não possui sentido completo uma
sentença na qual não conseguimos valorar a mesma.
Sentença 5: temos uma sentença que não possui sentido completo não sendo
possível valorar a mesma.
Sentença 6: temos uma sentença fechada, na qual é possível valorar a mesma.
Sendo assim verificamos que as frases 3,4 e 5 não possuem sentido completo
ou seja não são proposições. Portanto as frases 1,2 e 6 são sentenças.
Gabarito: letra c
Sabemos que não pode ser uma proposição se não for uma afirmativa, pois, as
afirmativas podem ser valoradas em V ou F. Vamos analisar as alternativas:
a) O trigo é um cereal cultivável de cuja farinha se produz pão. (é proposição)
b) Metais são elementos que não transmitem eletricidade. (é proposição)
c) Rogai aos céus para que a humanidade seja mais compassiva. (Expressa um
desejo. Não pode ser valorado, portanto não é proposição)
d) O continente euroasiático é o maior continente do planeta. (é proposição)
e) Ursos polares são répteis ovíparos que vivem nos tópicos. (é proposição)
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
Como foi visto até o momento, todas as proposições lógicas possuem características
fundamentais, sendo:
As proposições são orações, portanto devem possuir sujeito e predicado e claro com
a presença de um VERBO, desta forma expressões do tipo “Os alunos do Alfacon”,
não são consideradas proposições pois não há predicado.
São os princípios fundamentais que norteiam os estudos das proposições lógicas, sendo
de fácil entendimento, sendo eles:
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE
Uma proposição verdadeira é sempre verdadeira e uma proposição falsa é sempre falsa.
Exemplo:
Sidinelson é professor.
Exemplo:
Sidinelson é engenheiro.
Uma proposição só pode ter um dos dois valores lógicos, isto é, ou é verdadeira (V) ou
falsa (F), não podendo ter outro valor.
Exemplo:
Sidinelson é jogador.
EXERCÍCIOS
Gabarito: errado
A sentença trata-se de um paradoxo, pois corresponde a uma oração
declarativa, mas não é possível valorar a mesma (verdadeira e falsa).
Se adotarmos essa frase como verdadeira, teremos uma contradição, pois será
verdade que a frase é falsa, logo a frase é falsa. Por sua vez, caso afirmássemos que
a frase é falsa, teremos novamente uma contradição. Se assim o fizermos, então
será falso que a frase dentro daquelas aspas é falsa, portanto, a frase é verdadeira.
Assim, a frase não pode ser nem verdadeira nem falsa, sendo assim concluímos
que esta frase não é uma proposição lógica, por desrespeitar o Princípio da não
contradição.
REPRESENTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES
Uma técnica que é muito prática para resolução de questões é buscar representar as
proposições por meio de letras.
Exemplo:
p: Sidinelson é engenheiro.
q: 12 > 14.
PROPOSIÇÕES SIMPLES
Uma proposição é dita simples quando declara uma única coisa sobre um único objeto. Ou
seja, não pode ser dividida em proposições menores.
Exemplos:
p: Sidinilma é empresária.
q: Thiago é rico.
É possível perceber que em cada uma das frases temos uma única informação (profissão
e grau da situação financeira, respectivamente) a respeito de uma única pessoa (Sidinilma e
Thiago, respectivamente). Logo, certamente estamos diante de proposições lógicas simples.
A negação de uma proposição é uma sentença que altera o valor lógico de uma proposição,
sendo representada pelos símbolos:
Exemplos:
p: Sidinelson é professor.
~p: Sidinelson não é professor
A negação como vimos tem a função de inverter o valor lógico, ou seja, o valor lógico da
proposição é exatamente o contrário do valor lógico da proposição negada.
Exemplo:
~V = F e ~F = V
Quando a situação pede duas negações simultâneas basta colocarmos o valor original.
Exemplo:
~~F = F e ~~V = V
Quando a situação pede várias negações simultâneas teremos duas situações quando a
quantidade de negações forem ímpar ou quando a quantidade de negações forem par.
Ímpar
Valor lógico será invertido
Exemplo:
~~~~~F = V e ~~~~~V = F
Par
Valor lógico continua o mesmo
Exemplo:
~~~~F = F e ~~~~V = V
É possível efetuar a negação de uma proposição simples fazendo uso de expressões como:
É falso que
É mentira que
Exemplo:
p: Sidinelson é alto.
Mas caso for negar uma proposição, analise bem se existe outra situação que poderia
negá-la, caso exista, evite o uso de antônimos.
EXERCÍCIOS
1. A respeito da lógica proposicional, julgue o item subsequente.
A proposição “No Brasil, 20% dos acidentes de trânsito ocorrem com indivíduos que
consumiram bebida alcoólica” é uma proposição simples.
Gabarito: certo
O exercício usou várias expressões para induzir o candidato a pensar que
estamos diante de uma proposição composta.
No entanto, basta analisarmos que a ideia básica da proposição é a seguinte:
“No Brasil, 20% disso ocorrem com aqueles.”
Portanto, temos uma proposição lógica simples, pois não é possível dividi-la em
proposições menores.
Gabarito: letra e
Como a questão pediu a negação da proposição e sabemos que negar uma
proposição basta alterarmos o sentido da mesma, então temos que:
Andreia não gostar de futebol é verdadeira
Andreia gostar será falsa
QUANTIFICADORES
Universal
Existencial
Nenhum
Ninguém
Pelo menos um
Existe um
Exemplos:
p: Todo homem é fiel
~p: Pelo menos um homem não é fiel
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
É toda frase declarativa, afirmativa ou negativa, formada pela ligação de duas ou mais
proposições simples através dos operadores lógicos ou conectivos lógicos.
Exemplos:
Neste tipo de situação podemos notar que temos informações relativas a duas pessoas
diferentes em uma única frase declarativa conectadas por meio de conectivos destacados.
CONECTIVOS LÓGICOS
e (conjunção)
ou (disjunção inclusiva)
se e somente se (bicondicional)
Exemplo:
p: Sidinelson estuda
q: Sidinelson será aprovado
Uma conjunção só será verdadeira se ambas as proposições simples que a compõe forem
também verdadeiras; e será falsa nos demais casos. Portanto, na conjunção, o valor lógico
predominante e o falso, visto que teremos apenas um caso em que a conjunção será verdadeira.
Sendo assim, a sentença “Sidinelson estuda e será aprovado” só será verdadeira se for
verdade não só que “Sidinelson estuda”, mas também que “será aprovado”.
Basta que apenas uma das sentenças componentes seja falsa para que toda a conjunção
seja falsa. Logicamente, se as duas sentenças forem falsas, o valor lógico da conjunção também
será falso.
Tabelas-verdade são tabelas simples que nos ajudam bastante a chegarmos de forma
confiável ao valor logico das proposições.
Vejamos novamente as proposições p e q:
p: Sidinelson estuda.
e
q: Sidinelson será aprovado.
p e q são verdadeiras.
Nessa situação, a conjunção formada por elas também ser verdadeira.
Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q p^q
V V V
Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q p^q
V F F
Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q p^q
F V F
Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q p^q
F F F
p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F
Quando tivermos numa proposição composta pela presença do conectivo ou, estaremos
trabalhando com uma disjunção inclusiva, representada pelo símbolo V.
Exemplo:
p: Sidinelson estuda
q: Sidinelson será aprovado
Uma disjunção inclusiva só será falsa se ambas as proposições simples que a compõe
forem também falsas; será verdadeira nos demais casos. Portanto, na disjunção, o valor lógico
predominante e o verdadeiro, visto que teremos apenas um caso em que a disjunção será falsa.
Sendo assim, a sentença “Sidinelson estuda ou será aprovado” só será falsa se for falso não
só que “Sidinelson estuda”, mas também que “Sidinelson será aprovado”.
Basta que apenas uma das sentenças componentes seja verdadeira para que toda a
conjunção seja verdadeira.
Tabelas-verdade são tabelas simples que nos ajudam bastante a chegarmos de forma
confiável ao valor logico das proposições.
Vejamos novamente as proposições p e q:
p: Sidinelson estuda.
ou
q: Sidinelson será aprovado.
p e q são verdadeiras.
Nessa situação, a conjunção formada por elas também ser verdadeira.
Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q pVq
V V V
Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q pVq
V F V
Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q pVq
F V V
Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado
p q pVq
F F F
p q pVq
V V V
V F V
F V V
F F F
Exemplo:
p: Joao e concurseiro.
q: Maria e psicóloga.
Simbolicamente, teriamos:
p→q
Antecedente V e consequente F.
Bizu:
Uma VERDADE não pode nos levar a uma MENTIRA.
ou
Será sempre FALSO o condicional quando tivermos uma Vera Fischer (VF)
Se p, q.
q, se p.
Quando p, q.
Todo p e q.
P implica q.
P e condicao suficiente para q.
Q e condição necessária para p.
P somente se q.
Dessa forma, a nossa expressão “Se Joao e concurseiro, então Maria e psicóloga” pode ser
reescrita através das seguintes expressões equivalentes:
Perceba que a sentença “Joao ser concurseiro é condição suficiente para Maria ser
psicóloga” poderia ser reescrita, usando o formato da condicional, resultando em:
Agora, se a expressão for “Maria ser psicóloga é condição necessária para Joao ser
concurseiro”, então poderemos fazer uma conversão, que nos conduzira a:
E se a expressão fosse do tipo “Uma condição necessária para que Joao seja concurseiro e
Maria ser psicologa”? Bem, na realidade a frase acima é simplesmente igual a “Maria ser
psicóloga é condição necessária para Joao ser concurseiro”. Assim, a condicional continuaria
sendo:
Tabelas-verdade são tabelas simples que nos ajudam bastante a chegarmos de forma
confiável ao valor logico das proposições.
Vejamos novamente as proposições p e q:
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Este tipo de conectivo e bem parecido com a disjunção, mas com uma sutil diferença.
Considere as seguintes proposições simples:
Deu para perceber a diferença? Bem, na primeira sentença se a primeira parte (Passarei
num concurso) for verdade, a segunda parte (ganharei um bom salario) também poderá ser
verdade.
Entretanto, na segunda sentença, temos uma diferença. Caso seja verdade que “passarei
num concurso”, então teremos que “não se ganhará um bom salario”. O contrário também vale:
se for verdade que “ganharei um bom salario”, isso indica que “não passarei num concurso”.
Portanto percebe-se que a segunda proposição composta apresenta duas situações
mutuamente excludentes, em que apenas uma de suas partes poderá ser verdadeira, e a outra
necessariamente falsa.
Portanto, a segunda sentença representa o tipo de conectivo chamado de disjunção
exclusiva, cujo símbolo é: V
Pode-se perceber que uma disjunção exclusiva só será verdade se houver uma das
proposições verdadeira e a outra falsa. Ou seja, e necessário que as sentenças tenham valores
lógicos contrários. Se uma for verdade, então a outra necessariamente será falsa. Nos demais
casos, a disjunção exclusiva será falsa.
Portanto, no caso da disjunção exclusiva, não há um valor lógico predominante. Aqui
quem manda e a contrariedade.
Assim, a sentença analisada:
“Ou passarei num concurso ou ganharei um bom salario, mas não ambos”,
Só será verdade se uma das partes que a compõe for verdadeira e a outra falsa, ou vice-
versa. Qualquer outra situação resultará na sentença composta ser falsa. Portanto, tem que ser
obedecida a mutua exclusão das sentenças.
p q pvq
V V F
V F V
F V V
F F F
Acredito que este conectivo e o mais tranquilo de todos os que analisamos até o momento.
Tome por exemplo as seguintes sentenças:
p↔q
Uma informação preciosa, que pode lhe tirar de algumas enrascadas, e saber que a
proposição bicondicional e equivalente a uma conjunção de duas condicionais. Simbolizando
isso, teremos:
p ↔ q = (p → q) ^ (q → p)
p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Além disso, assim como o caso da condicional, ha muitas questões envolvendo o conectivo
bicondicional que exigem do candidato o conhecimento de expressões que são equivalentes do
“se e somente se”.
Temos pelo menos seis expressões que podem aparecer na sua prova que sao
equivalentes a proposição bicondicional. São as seguintes:
p se e só se q.
Se p então q e se q então p.
p somente se q e q somente se p.
Todo p e q e todo q e p.
EXERCÍCIOS
1. Sejam as proposições:
p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Central;
q: fazer frente ao fluxo positivo.
Se p implica q, então,
a) a atuação compradora de dólares por parte do Banco Central e condição necessária para
fazer frente ao fluxo positivo.
b) fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a atuação compradora de
dólares por parte do Banco Central.
c) a atuação compradora de dólares por parte do Banco Central e condição suficiente para
fazer frente ao fluxo positivo.
d) fazer frente ao fluxo positivo e condição necessária e suficiente para a atuação
compradora de dólares por parte do Banco Central.
e) a atuação compradora de dólares por parte do Banco Central não é condição suficiente
e nem necessária para fazer frente ao fluxo positivo.
Gabarito: letra c
Sejam as proposições simples:
Gabarito: letra a
A questão apresenta as proposições simples p e q e afirma que a primeira
implica logicamente a segunda. Notamos que o conectivo que as une é o condicional,
resultando, simbolicamente em:
𝑝→𝑞
a) disjunção inclusiva
b) proposição bicondicional
c) negação
d) disjunção exclusiva
e) proposição bidirecional
Gabarito: letra d
4. Considerando que P seja a proposição “O atual dirigente da empresa X não apenas não
foi capaz de resolver os antigos problemas da empresa como também não conseguiu ser
inovador nas soluções para os novos problemas”, julgue o item a seguir a respeito de logica
sentencial.
Se a proposição “O atual dirigente da empresa X não foi capaz de resolver os antigos
problemas da empresa” for verdadeira e se a proposição “O atual dirigente da empresa X
não conseguiu ser inovador nas soluções para os novos problemas da empresa” for falsa,
então a proposição P será falsa.
Gabarito: certo
Sejam as proposições simples:
Q: O atual dirigente da empresa X não apenas não foi capaz de resolver os
antigos problemas da empresa
R: O atual dirigente da empresa X não conseguiu ser inovador nas soluções
para os novos problemas
Podemos fazer a seguinte representação da proposição P:
Q^R
Verdadeiro ^ Falsa
Ora, já sabemos que, quando uma das proposições simples unida pelo conectivo
Conjunção e falsa, então a proposição composta também será F.
5. Considerando que P seja a proposição “Não basta a mulher de Cesar ser honesta, ela
precisa parecer honesta”, julgue o item seguinte, acerca da logica sentencial.
Se a proposição “Basta a mulher de Cesar ser honesta” for falsa e a proposição “A mulher
de Cesar precisa parecer honesta” for verdadeira, então a proposição P será verdadeira.
Gabarito: certo
Sejam as proposições simples:
Q: Basta a mulher de Cesar ser honesta
R: A mulher de Cesar precisa parecer honesta
Podemos fazer a seguinte representação da proposição P: ~Q ^ R
O enunciado afirma que Q e falsa. Logo, sua negação (o conceito de negação
ficará mais claro a frente, ainda nesta aula, quando o estudaremos em tópico
especifico) e verdadeira.
Além disso, foi dito que R e verdadeira, de forma que as parcelas da conjunção
terão os seguintes valores lógicos: verdadeiro ^ verdadeiro .
Ora, já sabemos que, quando as duas proposições simples unidas pelo
conectivo conjunção são verdadeiras, então a proposição composta também será V.
a) ~p ∨ q ⟶ q
b) p∨q⟶q
c) p⟶q
d) p⟷q
e) q ∧ (p ∨ q)
Gabarito: letra a
O enunciado apresenta as proposições p e q, cujos valores lógicos são V e F,
respectivamente. Na sequência, exige-se que determinamos qual das alternativas
disponíveis apresenta proposição lógica composta com valor logico VERDADEIRO.
Assim, não tem jeito, precisamos analisar cada um dos itens. No entanto, trata-se
de tarefa simples, pois o caminho de resolução se resume a substituir o valor logico
(dado no enunciado) de cada proposição simples (p e q) e verificar o resultado de
acordo com a tabela-verdade de cada um dos conectivos.
Alternativa “a”
Substituindo o valor logico das proposições simples, teremos:
(~V ∨ F) ⟶ F
Note que o V esta sendo negado, de forma que o valor logico será falso:
(F ∨ F) ⟶ F
F⟶F
Alternativa “b”
Substituindo o valor logico das proposições simples, teremos:
(V v F) ⟶ F
V⟶F
Obtivemos o único caso em que o conectivo condicional possui valor logico
falso: a primeira parte e V, e a segunda parte e F. Logo, a alternativa esta incorreta.
Alternativa “c”
Os valores lógicos das proposições simples serão:
V⟶F
Mais uma vez chegamos ao caso em que o conectivo condicional assume valor
lógico falso, de modo que a alternativa esta incorreta.
Alternativa “d”
V⟷F
Agora estamos trabalhando com o conectivo bicondicional, cujo valor lógico e
verdadeiro quando os valores lógicos de p e q são iguais, sendo falso quando sao
diferentes, que e o caso da presente alternativa, o que a torna incorreta.
Alternativa “e”
F ^ (V v F)
F^V
Agora ficamos com uma conjunção, em que a primeira parte tem valor logico
falso, e a segunda e verdadeira. Ora, essa configuração torna a conjunção falsa, pois
ela só será verdadeira se ambas as proposições simples que a compõe forem também
verdadeiras, de modo que este item está incorreto.
Como foi visto anteriormente para negar uma proposição simples, basta alterar o sentido
lógico da proposição ou seja não temos que necessariamente utilizar o não.
Exemplo:
p: Thiago não é atleta
Quando se trata de proposições compostas não basta apenas alterar o valor lógico da
proposição é necessário adotarmos algumas regras para cada conectivo em específico.
Quando a proposição utiliza o conectivo “e” temos que substituí-lo pelo conectivo “ou” e
negar as duas proposições simples.
Exemplo:
Quando a proposição utiliza o conectivo “ou” temos que substituí-lo pelo conectivo “e” e
negar as duas proposições simples.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplos:
Quando a proposição utilizar o conectivo “se somente se” temos 3 maneiras de aplicar a
negação sendo elas:
Substituí-lo pelo “ou...ou” e manter ambas as proposições.
Exemplos:
Para concretizar essa informação sobre negação de uma proposição composta segue uma
tabela com o resumo de todos conectivos e a respectiva regra para negar os mesmos.
EXERCÍCIOS
Gabarito: letra e
Sejam:
P = João é rico
Q = Maria é pobre
Temos que:
~(P V Q) = ~P ^ ~Q
Negações de P e Q:
Conclusão:
Gabarito: letra d
Sejam:
A negação de P∨ Q é:
~(P∨ Q) = ~P∧ ~Q
a) Nenhum técnico gosta de informática ou nenhum chefe de seção sabe que isso acontece.
b) Todos os técnicos gostam de informática e existe algum chefe de seção que não sabe que
isso acontece.
c) Nenhum técnico gosta de informática e nenhum chefe de seção sabe que isso acontece.
d) Todos os técnicos gostam de informática ou existe algum chefe de seção que não sabe
que isso acontece.
e) Pelo menos um técnico gosta de informática e algum chefe de seção não sabe que isso
acontece.
Gabarito: letra d
A negação de “Nem todos os técnicos gostam de informática” é “Todos os
técnicos gostam de informática”.
A negação de “todos os chefes de seção sabem que isso acontece” é “existe
algum chefe de seção que não sabe que isso acontece”.
Gabarito: letra b
Sejam:
P = o número de docinhos encomendados não foi o suficiente
Q = a festa não acabou bem
~(P ⇒ Q) ⇔ P ^ ~Q
5. Considere a afirmação:
“João não trabalha e Maria fica em casa”
A negação dessa afirmação é:
Gabarito: letra d
Considerando a afirmação como P∧ Q, onde:
P: João não trabalha
Q: Maria fica em casa
É um tema pouco usual, mas que de uma maneira ou outra é cobrado, da mesma maneira
que na matemática temos os critérios de prioridade que é multiplicação e divisão depois a soma
e subtração, para os conectivos lógicos também tem-se a regra sendo:
EXERCÍCIOS
1. Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria
legenda, na qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto a disciplina
estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu vocabulário particular
constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou
que ele era inafiançável.
Tendo como referencia essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Gabarito: errado
(R^S) → Q
TABELAS-VERDADE
1° Passo
Encontrar o número de linhas da tabela, que é expresso por 2n, onde n é a quantidade de
proposições simples.
Exemplo:
n = 2 proposições
2² = 4 linhas
n = 3 proposições
2³ = 8 linhas
2° Passo
Distribuir (v) e (f) na tabela com a ideia da metade “4/4 , 2/2, 1/1
3° Passo
Aplicar a tabuada lógica dos operadores vista anteriormente de acordo com a situação.
Sabemos que essa tabela terá quatro linhas (2²=4). Para duas proposições simples p e q,
começaremos montando a seguinte estrutura:
p q
p q
V
V
F
F
Agora a segunda coluna da proposição (q), aplica-se a regra da metade, ou seja metade de
2 V será 1 V e assim por diante.
p q
V V
V F
F V
F F
Portanto a estrutura inicial para tabelas-verdade composta por duas proposições simples,
o restante das colunas dependerá do conectivo lógico que une as proposições p e q.
Exemplo:
A tabela-verdade para a proposição ~(p→q)
p q (p→q) ~(p→q)
V V V F
V F F V
F V V F
F F V F
O critério é o mesmo o que muda agora é a quantidade de linhas pois como são três
proposições simples, sabemos que teremos oito linhas (23=8).
p q r
Agora a primeira coluna da tabela da proposição p será composta por metade das linhas
com V e metade com F.
p q r
V
V
V
V
F
F
F
F
p q r
V V
V V
V F
V F
F V
F V
F F
F F
p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Portanto a estrutura inicial para tabelas-verdade composta por três proposições simples,
o restante das colunas dependerá do conectivo lógico que une as proposições p, q e r
Exemplo:
Construa a tabela-verdade da proposição (p^q) → (qVr)
2n
23= 8 linhas
Agora basta fazer a conclusão da tabela ou seja o que o enunciado realmente pede, temos:
EXERCÍCIOS
Gabarito: certo
Temos uma condicional A →B neste item, onde A = p, e B = (q →p). Só há uma
forma de uma condicional ser falsa, que é quando temos VF. Forçando A a ser V,
temos que p é V. Com isto, B será OBRIGATORIAMENTE verdadeira, afinal ficamos
com B = (q →V). Esta condicional entre parênteses não fica falsa, independentemente
do valor lógico de q. De fato, temos uma tautologia, pois não é possível tornar esta
proposição do enunciado falsa. Outra possibilidade seria montar a tabela-verdade da
proposição, que ficaria assim:
a) 32.
b) 2.
c) 4.
d) 8.
e) 16.
Gabarito: letra d
Sejam as proposições simples que formam a P1:
P: Ha investigação;
Q: O suspeito e flagrado cometendo delito;
R: Ha punição de criminosos.
Assim, fica claro que temos três proposições simples. Para obtermos a
quantidade de linhas da tabela verdade associada a proposição P1, utilizaremos a
formula:
2n
2 = 8 linhas
3
a) 4
b) 8
c) 16
d) 32
e) 64
Gabarito: letra c
Sejam as proposições simples do argumento presente no enunciado:
P: O controle de tributos e eficiente.
Q: E exercida a repressão a sonegação fiscal.
R: A arrecadação aumenta.
S: As penalidades aos sonegadores são aplicadas.
A questão busca saber quantas linhas deve possuir a tabela-verdade que ira
verificar a validade do argumento. Temos a presença de quatro proposições simples.
Ora, já sabemos que o numero de linhas (N) da tabela-verdade é dado por:
2n
24= 16 linhas
a) 2
b) 4
c) 8
d) 16
e) 32
Gabarito: letra b
Temos uma disjunção inclusiva com apenas duas proposições simples.
2² = 4 linhas
a) 1
b) 3
c) 4
d) 0
e) 2
Gabarito: letra b
Para resolver a tabela verdade basta resolver coluna por coluna portanto a
primeira coluna a ser resolvida é ~q ficando:
TAUTOLOGIA
Exemplo:
Sidinelson é lindo ou Sidinelson não é lindo.
Um outro método para analisar uma proposição composta é construir a tabela verdade da
mesma caso a última coluna seja composta apenas por Verdade então a proposição será uma
tautologia.
CONTRADIÇÃO
É toda proposição composta cujo valor lógico é sempre falso, independentemente dos
valores lógicos das proposições simples que a compõe.
Exemplo:
Hoje faz sol e hoje não faz sol.
Assim como na tautologia a contradição de uma proposição também pode ser verificada
pela tabela verdade, só que nesse caso a coluna conclusão ou coluna final terá todos valores
falsos.
CONTINGÊNCIA
São proposições compostas cujo valor lógico pode ser verdadeiro ou pode ser falso. Ou
seja não é nem uma tautologia e nem tampouco uma contradição.
Exemplo:
Thiago é concurseiro ou Thiago não é lindo.
EXERCÍCIOS
1. Sejam as proposições:
Se a porta esta fechada, então a janela esta aberta ou a porta esta fechada;
Se a porta esta fechada, então a janela esta fechada e a porta não esta fechada;
Se a porta ou a janela estão fechadas então a porta esta fechada e a janela esta aberta.
Tais proposições são, respectivamente, exemplos de:
Gabarito: letra a
O enunciado solicita que classifiquemos as proposições compostas fornecidas
como tautologia, contradição ou contingencia.
Sabemos que:
- uma TAUTOLOGIA e uma proposição composta cujo valor lógico e sempre
verdadeiro, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que a
compõem;
- uma CONTRADICAO e uma proposição composta cujo valor lógico e sempre
falso, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que a
compõem; e
- uma CONTINGENCIA e uma proposição composta cujo valor lógico pode ser
verdadeiro ou pode ser falso.
・ Se a porta esta fechada, então a janela esta aberta ou a porta esta fechada
p ⟶ (q v p)
・ Se a porta esta fechada, então a janela esta fechada e a porta não esta
fechada:
p ⟶ (~q ^ ~p)
Gabarito: letra e
O enunciado fornece duas proposições compostas: p e q. Para que possamos
analisar as alternativas da questão, teremos que representar simbolicamente as
proposições simples que as compõem.
~(C ^ ~G) = ~C v G
Uma vez que as os valores lógicos das proposições compostas não são iguais
em todas as linhas, concluímos que a proposição indicada pela alternativa não e
equivalente a p. Portanto, o item está errado.
( A v ~I) = A ⟷ I
3. Analise as proposições:
x: [p ⟶ (q v r)] ⟷ (p ^ ~q ^ ~r)
y: (p ⟶ q) ⟶ (~q ⟶ ~p)
Acerca das proposições x e y, e correto afirmar que:
a) x e contingente.
b) y e contingente.
c) x e uma tautologia.
d) y e uma contradição.
e) x e uma contradição
Gabarito: letra e
O enunciado apresenta as proposições compostas x e y, e demanda que
identifiquemos se as mesmas são tautologia, contradição ou contingência.
Iniciemos com a montagem da tabela-verdade de x:
Gabarito: letra b
A questão apresenta, em cada uma das alternativas, proposições compostas
para que avaliemos se elas são verdadeiras ou falsas de acordo com as regras das
tabelas-verdade dos conectivos.
Analisemos cada alternativa.
a) 2=3 e 2+3=5
Item errado. Temos a seguinte conjunção em valores lógicos:
F ^ V => FALSO
F ⟶ F => VERDADEIRO
c) 2=3 ou 2+3=7
Item errado. Temos a seguinte disjunção em valores lógicos:
F v F => FALSO
V ⟶ F => FALSO
5. Das cinco frases abaixo, quatro delas tem uma mesma característica lógica em comum,
enquanto uma delas não tem essa característica.
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
Gabarito: letra d
Analisando as cinco frases, percebemos que quatro delas (I, II, III e V) possui
uma característica comum: não são proposições, pois se enquadram em:
_ Sentenças exclamativas;
_ Sentenças interrogativas;
_ Sentenças imperativas;
_ Sentenças sem verbo
... não são proposições.
EQUIVALÊNCIAS
Para aplicar a equivalência em uma proposição com a conjunção, basta inverter a ordem
das proposições e manter a conjunção.
Exemplo:
P: Sidinelson é forte E veloz.
Para aplicar a equivalência em uma proposição com a disjunção inclusiva, basta inverter
a ordem das proposições e manter a disjunção inclusiva.
Exemplo:
P: Robersval é engenheiro OU professor.
CONDICIONAL (—›)
Para aplicar a equivalência em uma proposição com o condicional, temos duas maneiras
sendo elas:
Exemplos:
Primeiro caso
P: SE Robersval é engenheiro, ENTÃO Thiago é professor.
Segundo caso
P: SE Robersval é engenheiro, ENTÃO Thiago é professor.
Para aplicar a equivalência em uma proposição com disjunção exclusiva, temos três
maneiras sendo elas:
Transformá-la em duas proposições ligadas por uma disjunção inclusiva onde nego
ambas proposições de maneira trocada em cada separação ligadas por uma
conjunção.
Exemplos:
Primeiro caso
P: OU Robersval é engenheiro, OU Thiago é professor.
Segundo caso
Terceiro caso
P: OU Robersval é engenheiro, OU Thiago é professor.
BICONDICIONAL (‹—›)
Exemplos:
Primeiro caso
Segundo caso
Terceiro caso
Quarto caso
EXERCÍCIOS
1. Dos slogans abaixo, o que é equivalente a “Se beber, então não dirija” é:
Gabarito: letra c
Fazendo
A:beber
B: não dirijir
“Se beber então não dirija” é equivalente a “Não bebo ou não dirijo”
A equivalência é assim mesmo, negando a primeira oração e mantendo a
segunda, além de aplicar a mudança mais radical, que é trocar o “se..então” por
“ou”.
Gabarito: Certo
O enunciado propõe uma relação de equivalência para uma condicional, por
uma disjunção. A equivalência de condicional por uma disjunção deve seguir a
seguinte relação: ~p V q.
Considerando:
p: eu aceitar o novo emprego
q: ganharei menos, mas ficarei menos tempo no trânsito.
Portanto, teríamos: eu NÃO aceito o novo emprego OU ganharei menos, mas
ficarei menos tempo no trânsito.
Gabarito: Certo
O enunciado propõe equivalência entre uma disjunção e uma condicional.
Observamos que a proposição “O candidato não apresenta deficiências em
língua portuguesa ou essas deficiências são toleradas” é uma disjunção e, a relação
de equivalência condicional é “Se o candidato apresenta deficiências em língua
portuguesa, então essas deficiências são toleradas”.
~p V q equivale a p → q.
Vamos considerar:
~p: O candidato não apresenta deficiências em língua portuguesa.
Gabarito: letra a
O enunciado propõe uma relação de equivalência para uma condicional, usando
outra condicional. Esta forma chama-se contra positiva e tem a seguinte estrutura:
p → q equivale a ~q → ~p.
5. Se o sino da igreja toca e minha avó o escuta, então minha avó vai para a igreja. Uma
afirmação equivalente a essa, do ponto de vista lógico, é:
a) Se minha avó não vai para a igreja, então o sino da igreja não toca ou minha avó não o
escuta.
b) Se minha avó não o escuta, então o sino da igreja não toca e minha avó não vai para a
igreja.
c) Minha avó não o escuta ou o sino da igreja toca ou minha avó vai para a igreja.
d) Se o sino da igreja toca e minha avó vai para a igreja, então minha avó o escuta.
e) Se o sino da igreja não toca ou minha avó não o escuta, então minha avó não vai para a
igreja.
Gabarito: letra a
O enunciado propõe uma relação de equivalência para uma condicional. A
condicional pode ter duas formas de equivalentes: através de uma disjunção ou por
uma outra condicional. Esta forma chama-se contra positiva e tem a seguinte
estrutura: p → q equivale a ~q → ~p. Observando as alternativas percebemos que a
maioria é de condicionais. Logo, é mais indicado tentarmos a contra positiva.
Se a contra positiva não estiver entre as alternativas, por exclusão, a resposta
será a alternativa C (e nem precisaremos fazer a disjunção). Lembrando que a
primeira parcela da condicional traz uma conjunção e esta é negada através da
disjunção.
Considerando:
“Se minha avó NÃO vai para a igreja, então o sino da igreja Não toca OU minha
avó NÃO o escuta”.
Chama-se argumento uma sequência finita de proposições P (P1, P2, P3,...Pn) que inferem
uma proposição Q (ou C), ou seja, um grupo de proposições iniciais denominadas premissas,
que findam em uma proposição final, denominada de conclusão do argumento, que será
consequência das premissas iniciais.
Há um caso de argumento, em que temos duas premissas e uma conclusão. Tal argumento
recebe o nome de silogismo categórico (Aristóteles). As premissas também podem ser
denominadas de hipóteses e a conclusão de tese.
Exemplos:
P1: Se eu passar no concurso, então irei trabalhar.
P2: Passei no concurso
C: Irei trabalhar
C: Sidinelson é mortal.
Ao interpretarmos as premissas:
Sidinelson é homem
SILOGISMO
conclusão.
Exemplo:
“Todos os times brasileiros são bons e estão entre os melhores times do mundo. O
Brasiliense é um time brasileiro. Logo, o Brasiliense está entre os melhores times do mundo”
temos um argumento com duas premissas e a conclusão.
Exemplo:
Premissa: Todos os peixes vivem no oceano.
Premissa: Lontras são peixes.
Conclusão: Logo, focas vivem no oceano.
Há, no entanto, uma coisa que não pode ser feita: a partir de premissas verdadeiras,
inferirem de modo correto e chegar a uma conclusão falsa. Podemos resumir esses resultados
numa tabela de regras de implicação.
Onde:
A denota implicação;
A é a premissa,
B é a conclusão.
REGRAS DE IMPLICAÇÃO
Premissas Conclusão Inferência
A B AàB
Falsas Falsa Verdadeira
Falsas Verdadeira Verdadeira
Verdadeiras Falsa Falsa
Verdadeiras Verdadeira Verdadeira
INFERÊNCIA
Uma vez que haja concordância sobre as premissas, o argumento procede passo a passo
por meio do processo chamado “inferência”. Na inferência, parte-se de uma ou mais
proposições aceitas (premissas) para chegar a outras novas. Se a inferência for válida, a nova
proposição também deverá ser aceita. Posteriormente, essa proposição poderá ser empregada
em novas inferências. Assim, inicialmente, apenas se pode inferir algo a partir das premissas do
argumento; ao longo da argumentação, entretanto, o número de afirmações que podem ser
utilizadas aumenta. Há vários tipos de inferência válidos, mas também alguns inválidos. O
CONCLUSÃO
Finalmente se chegará a uma proposição que consiste na conclusão, ou seja, no que se está
tentando provar. Ela é o resultado final do processo de inferência e só pode ser classificada
como conclusão no contexto de um argumento em particular. A conclusão respalda-se nas
premissas e é inferida a partir delas.
A seguir está exemplificado um argumento válido, mas que pode ou não ser “consistente
”.
A proposição do item 4 foi inferida dos itens 2 e 3. O item 1, então, é usado em conjunto
com proposição 4 para inferir uma nova proposição (item 5). O resultado dessa inferência é
reafirmado (numa forma levemente simplificada) como sendo a conclusão.
Exemplo:
P1: Todo ser humano tem mãe.
P2: Todos os homens são humanos.
C: Todos os homens têm mãe.
O argumento será indutivo quando suas premissas não fornecerem o apoio completo para
retificar as conclusões.
Exemplo:
P1: O Flamengo é um bom time de futebol.
P2: O Palmeiras é um bom time de futebol.
P3: O Vasco é um bom time de futebol.
P4: O Cruzeiro é um bom time de futebol.
C: Todos os times brasileiros de futebol são bons.
Vimos então que a noção de argumentos válidos ou não válidos aplica-se apenas aos
argumentos dedutivos, e também que a validade depende apenas da forma do argumento e não
dos respectivos valores verdades das premissas. Vimos também que não podemos ter um
argumento válido com premissas verdadeiras e conclusão falsa. A seguir exemplificaremos
alguns argumentos dedutivos válidos importantes.
AFIRMAÇÃO DO ANTECEDENTE:
Exemplo:
P1: Se José for reprovado no concurso, então será demitido do serviço.
P2: José foi aprovado no concurso.
C: José será demitido do serviço.
Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser escrita da seguinte forma:
Exemplo:
“Se ele me ama, então casa comigo” é equivalente a “Se ele não casa comigo, então ele
não me ama”;
Exemplo:
P1: Se aumentarmos os meios de pagamentos, então haverá
inflação.
P2: Não há inflação.
C: Não aumentamos os meios de pagamentos.
Existe certa quantidade de artimanhas que devem ser evitadas quando se está
construindo um argumento dedutivo. Elas são conhecidas como falácias. Na linguagem do dia a
dia, nós denominamos muitas crenças equivocadas como falácias, mas, na lógica, o termo possui
significado mais específico: falácia é uma falha técnica que torna o argumento inconsistente ou
inválido (além da consistência do argumento, também se podem criticar as intenções por detrás
da argumentação). Argumentos contentores de falácias são denominados falaciosos.
Frequentemente, parecem válidos e convincentes, às vezes, apenas uma análise pormenorizada
é capaz de revelar a falha lógica. Com as premissas verdadeiras e a conclusão falsa nunca
teremos um argumento válido, então este argumento é não válido, chamaremos os argumentos
não válidos de falácias. A seguir, examinaremos algumas falácias conhecidas que ocorrem com
muita frequência. O primeiro caso de argumento dedutivo não válido que veremos é o que
chamamos de “falácia da afirmação do consequente”.
Exemplo:
Este argumento é uma falácia, podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa.
Outra falácia que corre com frequência é a conhecida por “falácia da negação do
antecedente”.
Exemplo:
P1: Se João parar de fumar ele engordará.
P2: João não parou de fumar.
C: João não engordará.
Este argumento é uma falácia, pois podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão
falsa.
Os argumentos dedutivos não válidos podem combinar verdade ou falsidade das
premissas de qualquer maneira com a verdade ou falsidade da conclusão. Assim, podemos ter,
por exemplo, argumentos não válidos com premissas e conclusões verdadeiras, porém, as
premissas não sustentam a conclusão.
Exemplo:
P1: Todos os mamíferos são mortais. (V)
P2: Todos os gatos são mortais. (V)
C: Todos os gatos são mamíferos. (V)
Podemos facilmente mostrar que esse argumento é não válido, pois as premissas não
sustentam a conclusão, e veremos então que podemos ter as premissas verdadeiras e a
conclusão falsa, nesta forma, bastando substituir A por mamífero, B por mortais e C por cobra.
Validade de um argumento
RECAPITULANDO:
Considerando SEMPRE que as premissas são verdadeiras, a conclusão necessariamente
também seja verdadeira, então o argumento é válido. Caso contrário, se existir um caso em que
todas as premissas são verdadeiras e a conclusão seja falsa, então o argumento é inválido.
Existem várias técnicas desenvolvidas por estudiosos e professores. Porém, para cada
caso devemos eleger o que seria mais conveniente, vejamos algumas:
ATRAVÉS DA TABELA-VERDADE
Para analisar um argumento por meio da tabela-verdade, devemos seguir alguns passos
básicos:
- montar uma tabela-verdade contendo todas as premissas e a conclusão.
– identificar as linhas em que todas as premissas são verdadeiras.
– verificar se, nas linhas indicadas no item anterior a conclusão também é verdadeira.
- FINALIZANDO: nas linhas avaliadas se as premissas e a conclusão forem verdadeiras o
argumento é válido. Em caso negativo, o argumento é inválido.
Exemplo:
(p ^ q) → r
1° passo
Construir as tabelas-verdade para as duas premissas e para a conclusão. Teríamos,
portanto, três tabelas a construir (uma tabela para cada premissa e uma tabela para a
conclusão).
Para economizarmos espaço, ganharmos tempo e facilitarmos a execução deste passo,
faremos somente uma tabela-verdade, em que as premissas e a conclusão corresponderão a
distintas colunas nesta tabela, conforme se observa abaixo.
Observe que as premissas e a conclusão são obtidas pelos seguintes procedimentos:
- A 1ª premissa (4° coluna da tabela) é obtida pela condicional entre a 3° e a 2° colunas.
- A 2ª premissa (5° coluna) é obtida pela negação da 2° coluna.
- A conclusão (8° coluna) é obtida pela disjunção entre a 6° e a 7e colunas.
2º passo
Agora, vamos verificar quais são as linhas da tabela em que os valores lógicos das
premissas são todos V. Agora, conseguimos verificar que a 4°, 6° e 8° linhas apresentam todas
as duas premissas com valor lógico V.
3º passo
Finalizando, temos que verificar qual é o valor lógico da conclusão para estas mesmas 4°,
6° e 8° linhas. Em todas elas a conclusão é também V. Portanto, o argumento é válido.
Resumindo:
PREMISSAS VERDADEIRAS E CONCLUSÕES VERDADEIRAS = ARGUMENTO VÁLIDO.
Exemplo 2:
Classifique o argumento abaixo em válido ou inválido
Premissas:
1 – Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema.
2 – Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto.
3 – Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping.
4 – Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto.
Observe que a premissa que novamente traz Beatriz (não tem mais premissa) ou Suelen
é a premissa 4, que está na forma de disjunção.
Ora, a tabela-verdade da disjunção requer que uma das parcelas seja verdadeira e a outra
seja falsa. Como sabemos que Suelen não vai ao shopping é falso, a outra parcela deve ser
verdadeira. Portanto, concluímos que “Pedro não vai ao porto” é verdade. Portanto, ”Pedro
vai ao porto” é falso.
4 – Suelen não vai ao shopping (F) ou Pedro não vai ao porto. (V)
Observe que a premissa que novamente traz Pedro é a premissa 2, que está na forma de
disjunção. Ora, a tabela-verdade da disjunção requer que uma das parcelas seja verdadeira e a
outra seja falsa. Como sabemos que “Pedro vai ao porto” é falso, a outra parcela deve ser
verdadeira. Portanto, concluímos que “Cláudia vai ao cinema” é verdade. Portanto, (F)
Cláudia vai ao cinema (V) ou Pedro vai ao porto (F).
Como sabemos que “Cláudia vai ao cinema” é verdade para a condicional ser
verdadeira com a segunda parcela sendo verdade a primeira parcela tanto pode ser verdadeira
como falsa.
Portanto, não podemos garantir a veracidade ou falsidade da primeira parcela. Logo,
Manuel pode ou não ir ao mercado não tornará a premissa falsa. Então, teremos a seguinte
situação na tabela verdade (já explorada anteriormente):
Este método é parecido com o método anteriormente descrito, com a seguinte diferença:
considerando a conclusão é falsa e fazer a verificação se conseguiremos ter todas as premissas
verdadeiras. Se a se concluirmos que é possível a existência dessa situação o argumento será
inválido.
Ou seja, um argumento é válido se não ocorrer a situação em que as premissas são
verdades e a conclusão é falsa.
Este método consiste em fazer uma avaliação inversa pois, faremos a análise das
premissas e verificar se conseguiremos ter todas as premissas sendo verdadeiras e a conclusão
é falsa. Caso isto se verifique o argumento será inválido.
As vezes temos casos em que a proposição em estudo pode admitir duas ou mais
possibilidades, o que torna a análise mais complicada se consideramos a conclusão verdadeira.
Mas, com a conclusão sendo falsa a tabela-verdade pode permitir uma única valoração,
facilitando a análise.
Exemplo:
Se considerarmos a conclusão como verdade teríamos três possibilidades para que isto
aconteça. Porém, ao considerá-la falsa teremos uma única situação:
Vamos trabalhar com estas duas conclusões das proposições da conclusão e verificar se
teremos todas as premissas verdadeiras. Caso isto ocorra, teremos um argumento INVÁLIDO.
Para que o argumento seja válido deveremos ter uma incompatibilidade, uma incongruência
nas premissas.
Conclusão: Se fizer sol então não chove. (F) (a condicional é falsa e não as duas premissas
simples)
Veja que temos nas premissas 1 e 2 a condicional com a parcela referente ao sol e na
premissa e 3 a parcela referente a chuva (chover).
Vamos, então, adicionar os valores lógicos e depois concluirmos o que for possível:
Premissa 1: Se fizer sol (V) então vou nadar ou jogar futebol
Premissa 2: Se eu nadar então não fez sol.(F).
Premissa 3: Se chover(V). então não vou jogar futebol
Vamos à análise das premissas individualmente, no que for possível:
Premissa 1: a parcela ‘vou nadar ou jogar futebol” deve ser verdade, pois corresponde
à segunda parte da condicional. E isto ocorre quando uma das parcelas da disjunção seja
verdadeira.
Portanto, não podemos ainda concluir mais nada sobre esta parcela Premissa 2: Se eu
nadar então não fez sol (F).
Podemos concluir que nadar é falso, pois, se fosse verdade a condicional toda seria falsa
(e a premissa também).
Portanto: nadar é falso
Premissa 3: Se chover(V) então não vou jogar futebol Como a primeira parcela da
condicional é verdade, a segunda parcela deverá ser verdade para que a condicional (e a
premissa) seja verdade.
Conclusão: não vou jogar futebol é verdade. Logo, jogar futebol é falso.
Agora já sabemos que jogar futebol é falso e que nadar é falso podermos substituir na
premissa 1, que ficaria assim:
Premissa 1: Se fizer sol (V)então vou nadar (F) ou jogar futebol (F).
Tivemos aqui um problema: Não conseguimos chegar a todas as premissas como sendo
verdadeiras.
Veja:
Premissa 1: Se fizer sol (V)então vou nadar (F) ou jogar futebol (F). RESULTADO:
PREMISSA FALSA!!!!!
EXERCÍCIOS
1. Os silogismos são formas lógicas compostas por premissas e uma conclusão que se segue
delas. Um exemplo de silogismo válido é:
a) Curitiba é capital de Estado. São Paulo é capital de Estado. Belém é capital de Estado.
b) Alguns gatos não têm pelo. Todos os gatos são mamíferos. Alguns mamíferos não têm
pelo.
c) Todas as aves têm pernas. Os Ursos polares são répteis ovíparos que vivem nos
mamíferos têm pernas. Logo, todas as mesas têm pernas.
d) Antes de ontem choveu. Ontem também choveu. Logo, amanhã certamente choverá.
e) Todas as plantas são verdes. Todas as árvores são plantas. Todas as árvores são mortais.
Vamos analisar as alternativas e verificar onde estão os erros.
Gabarito: letra b
Analisando item por item temos:
“a” Curitiba é capital de Estado. São Paulo é capital de Estado.
Belém é capital de Estado. (Temos 3 premissas e ocorre falta da conclusão)
“b” Alguns gatos não têm pelo. Todos os gatos são mamíferos. Alguns
mamíferos não têm pelo. (correto. Temos duas premissas e uma conclusão
decorrente delas).
“c” Todas as aves têm pernas. Os mamíferos têm pernas. Logo, todas as mesas
têm pernas. (não existe uma relação da conclusão com as premissas. Mesas foi
relacionada em qual premissa? Nenhuma. Não decorre das premissas esta
conclusão).
“d” Antes de ontem choveu. Ontem também choveu. Logo, amanhã certamente
choverá. (não existe uma relação da conclusão com as premissas. A conclusão não
decorre das premissas).
“e” Todas as plantas são verdes. Todas as árvores são plantas. Todas as árvores
são mortais. (não existe uma relação da conclusão com as premissas. Mortais foi
relacionada em qual premissa? Nenhuma. Não decorre das premissas esta
conclusão).
2. Se é quarta-feira, treino tênis por duas horas exatamente. Se treino tênis por duas horas
exatamente, então lancho no clube. Após treinar tênis, ou jogo bola ou lancho no clube. Após
o último treino de tênis, joguei bola, o que permite concluir que:
c) lanchei no clube.
d) treinei por menos de duas horas.
e) treinei tênis por duas horas exatamente.
Gabarito: letra b
A questão pede a conclusão correta em função das premissas que sempre
consideramos verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:
II) Se treino tênis por duas horas exatamente, então lancho no clube.
(?) (F)
Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa.
3. Considere as afirmações:
I. A camisa é azul ou a gravata é branca.
II. Ou o sapato é marrom ou a camisa é azul.
III. O paletó é cinza ou a calça é preta.
IV. A calça é preta ou a gravata é branca.
Em relação a essas afirmações, sabe-se que é falsa apenas a afirmação IV. Desse modo, é
possível concluir corretamente que:
Gabarito: letra e
A questão pede a conclusão correta em função das premissas dadas, sendo que
a IV é falsa e as demais são verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:
I. A camisa é azul ou a gravata é branca.
II. Ou o sapato é marrom ou a camisa é azul.
III. O paletó é cinza ou a calça é preta.
IV. A calça é preta ou a gravata é branca.
Temos uma premissa falsa na forma de disjunção. E isto é muito bom, porque
as duas parcelas da disjunção devem ser falsas para que esta seja falsa.
Vamos atribuir valores lógicos ás proposições e premissas e determinar a
conclusão correta:
Para que a disjunção seja verdadeira a primeira parcela deverá ser verdadeira,
pois, na disjunção uma das parcelas deve ser verdadeira ou ambas. Então, a camisa
é azul
4. Se eu falo, então tu te calas. Se não te calas, então ela acorda. Se ela acorda, então eu
embalo. Eu não embalo e não grito.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que:
a) eu falo e tu te calas.
b) eu falo ou eu grito.
c) tu não te calas e ela não acorda.
d) ela não acorda e tu te calas.
e) ela acorda e eu embalo.
Gabarito: letra d
A questão pede a conclusão correta em função das premissas que sempre
consideramos verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:
I) Se eu falo, então tu te calas.
II) Se não te calas, então ela acorda.
III) Se ela acorda, então eu embalo.
IV) Eu não embalo e não grito.
Temos três premissas condicionais e uma premissa na forma de conjunção. E
isto é muito bom, porque as duas parcelas da conjunção devem ser verdadeiras para
que esta seja verdadeira.
Vamos atribuir valores lógicos ás proposições e premissas e determinar a
conclusão correta:
Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa. “
ela acorda” é falso.
Então, ela não acorda. (V).
II) Se não te calas, então ela acorda.
(?) (F)
Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa. “Não
te calas” é falso.
5. Se Cássia é tia, então Alberto não é tio. Se Cláudio é tio, então Wiliam é pai. Verifica-se
que Alberto e Cláudio são tios. Conclui-se, de forma correta, que:
Gabarito: letra e
A questão pede a conclusão correta em função das premissas que sempre
consideramos verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:
I) Se Cássia é tia, então Alberto não é tio.
II) Se Cláudio é tio, então Wiliam é pai.
III) Verifica-se que Alberto e Cláudio são tios
Temos duas premissas condicionais e uma premissa na forma de conjunção. E
isto é muito bom, porque as duas parcelas da conjunção devem ser verdadeiras para
que esta seja verdadeira.
Vamos atribuir valores lógicos ás proposições e premissas e determinar a
conclusão correta:
III) Verifica-se que Alberto e Cláudio são tios.
Verdades: Alberto é tio e Claudio é tio.
II) Se Cláudio é tio, então Wiliam é pai.
(V) (?)
Para que a condicional seja verdadeira a segunda parcela deverá ser
verdadeira. Então, Wilian é pai
I) Se Cássia é tia, então Alberto não é tio.
(?) (F)
Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa.
Conclui-se que Cassia não é tia.
Cuidado ao analisar as alternativas. Elas devem ser analisadas levando em
conta os conectivos.
AUGUSTUS DE MORGAN
Antes de conhecer as Leis, vamos conhecer um pouco seu criador. Isso ajuda
a memorização do conteúdo de uma maneira mais lúdica. Augustus de Morgan foi um
matemático e lógico indiano, nascido em 27 de junho de 1806, em Madurai, na Índia.
Seus pais eram ingleses, e a ocasião do seu nascimento na Índia se deu por conta da
profissão do pai, militar em missão naquele país.
Morgan ficou cego de um olho poucas semanas após seu nascimento, o que lhe fez ser
vítima de muitos preconceitos desde a infância. Apesar disso, ingressou em 1923 na
Universidade de Cambridge.
Ele não pôde continuar os estudos naquela universidade, porque não aceitou submeter-
se ao exame religioso. Mas em 1828 (ou seja, com 22 anos), foi nomeado o primeiro professor
de Matemática da Universidade de Londres.
Morgan foi o primeiro a utilizar o termo “indução matemática” (falamos sobre ela no texto
sobre Lógica de Argumentação). Foi um dos responsáveis por reformular o estudo da Lógica
Matemática no que conhecemos atualmente.
Sua obra “Formal Logic” (Lógica Formal), em 1847, apresentou o que hoje conhecemos
como Leis de Morgan.
LEIS DE MORGAN
Vamos relembrar alguns conceitos fundamentais de Raciocínio Lógico, para que as Leis
de Morgan sejam compreendidas:
Proposição
Uma proposição é a afirmação de que algo é verdadeiro. Após analisarmos qualquer
proposição, podemos defini-la como verdadeira ou falsa. Exemplo: “o céu é azul”.
Negação
É a mudança do valor lógico de uma proposição. A negação de uma proposição verdadeira
é falsa. A negação de uma proposição falsa é verdadeira. O símbolo da negação é o til (~).
Conjunção
Proposições compostas em que está presente o conectivo “e”. Exemplo: “o céu é azul e as
nuvens são brancas”. O símbolo da conjunção é semelhante à letra “v” invertida (∧).
Disjunção
É uma proposição composta em que as partes estejam unidas pelo conectivo “ou”.
Exemplo: “o céu é azul ou os pássaros são pretos”. O símbolo da disjunção é semelhante à letra
“v” (∨).
Em linguagem simples podemos dizer o seguinte: negar duas proposições ligadas com “e”
– ou seja, uma conjunção – é o mesmo que negar duas proposições e ligá-las com “ou” (ou seja,
transformá-las em uma disjunção.
Considere que “p” e “q” são duas proposições. O que acabei de afirmar pode ser escrito da
seguinte forma, simbolicamente:
~ (p ∧ q) = (~ p) ∨ (~ q)
Exemplos:
Sendo “p” igual a “Pedro é marinheiro”.
Sendo “q” igual a “Queila é artista”.
Finalmente, sendo ainda mais claro: negar que “Pedro é marinheiro e Queila é artista” é o
mesmo que afirmar que “Ou Pedro não é marinheiro ou Queila não é artista”.
Agora vamos à Segunda Lei. Em português claro ela diz que negar duas proposições
ligadas por “ou” é o mesmo que negar as duas proposições e juntá-las com “e”.
Novamente considerando “p” e “q” duas proposições, temos a seguinte representação
simbólica:
~ (p ∨ q) = (~ p) ∧ (~ q)
EXERCÍCIOS
Gabarito: errado
A proposição P é equivalente a “O bom jornalista não faz reportagens em
benefício próprio e não deixa de fazer aquela que prejudique seus interesses”. O item
está errado, pois além de negar os dois componentes, deveríamos trocar o conectivo
“e” pelo conectivo “ou”. A correta negação é “O bom jornalista faz reportagens em
benefício próprio ou deixa de fazer aquela que não prejudique seus interesses”.
2. Proposição P: A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não
apresentou os comprovantes de pagamento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida
pelo ex-empregado.
Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não
apresentou os comprovantes de pagamento.
A proposição Q, anteriormente apresentada, está presente na proposição P. A negação da
proposição Q pode ser expressa por:
Gabarito: letra a
A frase “A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não
apresentou os comprovantes de pagamento.” pode ser reescrita como “A empresa
alegou ter pago suas obrigações previdenciárias e não apresentou os comprovantes
de pagamento.”
Para negar uma proposição composta pelo “e”, basta negar os dois
componentes e trocar o conectivo por “ou”
Gabarito: certo
Esta tipo de questão aparece com muita frequência em provas do CESPE.
Observe: A proposição “Não vou à praia nem ao cinema” significa “Não vou à praia e
não vou ao cinema”.
CUIDADO!! A expressão “nem”, que o enunciado colocou na suposta negação,
significa “e” implicitamente!! Vamos voltar ao enunciado. Queremos negar a
proposição “O candidato é pós-graduado ou sabe falar inglês”. Devemos negar os
dois componentes e trocar o conectivo “ou” por “e.
Assim, a negação pedida pode ser escrita assim: “O candidato não é pós-
graduado e não inglês”. Esta frase pode ser reescrita como “O candidato não é pós-
graduado nem sabe falar inglês”
Gabarito: errado
O consequente é a segunda proposição de uma proposição composta pelo
conectivo “se…, então…”, ou seja, é a proposição que fica depois do “então”.
Queremos, portanto, negar a proposição “não há abertura de créditos
suplementares ou de créditos especiais.”.
Para negar uma proposição composta pelo “ou”, devemos negar os
componentes e trocar o conectivo pelo “e”. O item está errado, já que o conectivo
não foi trocado.
Gabarito: certo
Para negar uma proposição composta pelo “ou”, devemos negar os dois
componentes e trocar o conectivo por “e”.
OS DIAGRAMAS LÓGICOS
Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de
elementos;
Todo A é B:
Nesse caso o conjunto A é um subconjunto do B, sendo que A está contido em B.
Nenhum A é B:
Nesse caso os dois conjuntos não tem elementos comuns.
Algum A é B:
Esse diagrama representa a situação em que pelo menos um elemento de A é comum ao
elemento de B.
CONJUNÇÃO (E/ ^)
CONDICIONAL (SE...ENTÃO/ →)
EXERCÍCIOS
a) 21
b) 14
c) 16
d) 19
e) 12
Gabarito: letra e
Dados do enunciado:
O grupo tem 120 empresas;
Como ele disse que 19 empresas não se encaixam nesses grupos, pode-se
concluir que pelo menos 101 empresas se encaixam em algum desses itens;
(18+x+19-x+x+20-x) +8+x+21-x+3+x=101
57+8+x+21-x+3+x=101
x+89=101
x=12
2. Uma pesquisa de rua feita no centro de Vitória constatou que, das pessoas entrevistadas,
60 não sabiam que a polícia civil do Espírito Santo possui delegacia com sistema online para
registro ou denúncia de certos tipos de ocorrência e 85 não sabiam que uma denúncia
caluniosa pode levar o denunciante à prisão por 2 a 8 anos, além do pagamento de multa. A
partir dessas informações, julgue o item seguinte. Considerando-se que também foi
constatado que 10 dos entrevistados não sabiam do canal de comunicação online nem das
penalidades cabíveis a denúncias caluniosas, é correto concluir que 135 pessoas não tinham
conhecimento de pelo menos uma dessas questões.
Gabarito: certa
a) 9
b) 10
c) 11
d) 12
e) 13
Gabarito: letra a
Podemos montar um diagrama de Venn com as informações dadas no
problema:
x + 15 + 4 + 7 = 35
x = 35 – 26
x=9
4. Em um curso de idiomas, foi feita uma pesquisa com adolescentes para verificar quais
línguas estrangeiras eles gostariam de aprender. O resultado foi:
23 gostariam de aprender inglês;
24 gostariam de aprender espanhol;
25 gostariam de aprender italiano;
12 gostariam de aprender inglês e italiano;
10 gostariam de aprender italiano e espanhol;
9 gostariam de aprender inglês e espanhol;
7 gostariam de aprender inglês, espanhol e italiano.
Quantos adolescentes foram entrevistados?
a) 46
b) 47
c) 48
d) 49
e) 50
Gabarito: letra c
Vamos montar um diagrama de Venn para organizar as informações fornecidas
pelo problema. Dessa forma, há três círculos que se interceptam, e a intersecção dos
três círculos é composta pelo número 7, pois essa é a quantidade de adolescentes
que se interessaram pelas três línguas.
Em relação aos adolescentes que se interessaram por dois idiomas, doze
interessaram-se por inglês e italiano e, dentre esses, sete interessaram-se por
espanhol também. Logo, apenas cinco gostariam de fazer inglês e italiano. Assim, se
10 gostariam de aprender italiano e espanhol, retirando os sete que se interessaram
pelas três línguas, restam apenas três que gostariam de aprender italiano e espanhol.
De modo análogo, sabemos que nove pessoas interessaram-se por inglês e espanhol.
Desconsiderando as sete que se interessaram por inglês também, restam apenas dois
que gostariam de aprender inglês e espanhol.
Vamos analisar quantos gostariam de aprender apenas um idioma. Sabemos
que 23 gostariam de aprender inglês e, desconsiderando os dois que se interessaram
também por espanhol, cinco, por italiano, e sete, por ambos, restam apenas nove
que gostariam de aprender apenas inglês. Se 24 gostariam de aprender espanhol e,
desses, dois interessaram-se por inglês, três, por italiano, e sete, por ambos, 12
adolescentes gostariam de aprender apenas espanhol. Se dos 25 que se interessaram
por italiano, retirarmos os cinco que também se interessaram por inglês, os três que
gostariam de aprender espanhol e os sete que têm interesse em todas as línguas,
5. Numa academia de ginástica que oferece várias opções de atividades físicas, foi feita uma
pesquisa para saber o número de pessoas matriculadas em alongamento, hidroginástica e
musculação, chegando-se ao resultado expresso na tabela a seguir:
Gabarito: 19
Vamos analisar as informações contidas no problema para formar um diagrama
de Venn e verificar a veracidade das afirmações. Organizando um diagrama que
intercepte os grupos de alunos que fazem as três modalidades, podemos preencher
a intersecção dos três círculos com “5”, pois essa é a quantidade de alunos que
fazem as três modalidades.
Vamos agora analisar os grupos que fazem duas modalidades: se 25 alunos
praticam alongamento e hidroginástica e, dentre esses, cinco fazem musculação,
então apenas vinte praticam apenas hidroginástica e musculação.
Analogamente, se 28 praticam alongamento e musculação, retirando os cinco que
fazem as três modalidades, restam apenas 23 que fazem apenas aulas de
alongamento e musculação. Temos ainda que 41 pessoas fazem aulas de
hidroginástica e musculação. Desconsiderando as cinco que também fazem
alongamento, restam apenas 36 que praticam exclusivamente musculação e
hidroginástica.
Vejamos agora quantos alunos praticam apenas uma modalidade. Sabemos que
109 alunos fazem alongamento, desses podemos retirar 20 que fazem
hidroginástica, 23 que praticam musculação e 5 que fazem as três modalidades,
restando 61 alunos que praticam exclusivamente alongamento. Se 203
praticam hidroginástica, podemos desconsiderar os 20 que fazem alongamento, os
36 que fazem musculação e os 5 que fazem as três aulas, o que nos garante que
apenas 142 praticam apenas hidroginástica. De modo análogo, se 162 fazem
musculação, podemos subtrair desse total os 23 que também fazem alongamento,
os 36 que fazem hidroginástica e os 5 que fazem ambos, restando apenas 98 alunos
que praticam só musculação. Fora esses, temos 115 alunos que fazem outras
modalidades. Com essa informação, podemos montar o seguinte diagrama de Venn:
142 + 20 + 5 + 36 + 23 + 61 + 98 + 115
500
36 + 23 + 20 + 5 = 84
142
= 0,284 = 28,4%
500
— relações — e uma quantificação (“há um”, “todos”). Assim, podemos separá-las para nos
tornarmos mais expressivos. Por envolver predicados, a lógica de primeira ordem também é
chamada Lógica de Predicados.
ALFABETO
Constantes são símbolos usados para referenciar um, e apenas um, determinado objeto.
Por exemplo, podemos referenciar o vértice raiz de uma árvore enraizada com uma constante,
bem como o 0 no conjunto dos naturais. Variáveis, por outro lado, representam qualquer objeto.
Predicados e relações: funções proposicionais
Podemos usar esses símbolos para denotar alguma propriedade de objetos ou alguma
relação entre objetos. De modo a introduzir uma notação simbólico-matemática para
predicados e relações, o matemático Gottlob Frege mostrou como esses conceitos podem ser
representados como funções proposicionais, cujas imagens resultam verdadeiro ou falso. Por
exemplo:
Par(15) = 0 Primos-entre-si(2,3) = 1
Par(3) = 0 Primos-entre-si(4,2) = 0
Par(4) = 1 Primos-entre-si(9,5) = 1
Frege também definiu os símbolos para funções de referência indireta, que servem para
referenciar um objeto a partir de outros.
Exemplo:
f : NOMES 7→ NOMES
f(x) ≡ feminino de x
m(y) ≡ masculino de y
Claro, ainda possuímos os mesmos operadores lógicos. Além disso, temos mais dois
símbolos, que representam os quantificadores.
ESTRUTURA MATEMÁTICA
Relações Coleção de relações sobre o domínio, cada uma com sua aridade.
Funções Coleção de funções sobre o domínio, cada uma com sua aridade.
EXERCÍCIOS
1. Considerando os predicados: chefe(x) significando que x é chefe, departamento(x)
significando que x é um departamento e chefia (x, y) significando que x chefia y, a restrição
“Todo chefe chefia um departamento” pode ser expressa pela seguinte fórmula da lógica de
predicados de primeira ordem:
a)
b)
c)
d)
e)
Gabarito: letra d
Traduzindo: (1, 2, 3, e 4 significam a mesma situação)
f) ∀ x (P(x) ∧ Q(x))
g) ∃ x (P(x) ∧ Q(x))
h) ∀ x P(x)
i) ∀ x Q(x)
j) ∃ x P(x)
Gabarito:
{∀ x (¬P(x) ∧ Q(x))}
Traduzindo: Todo x é a intersecção (conjunção, símbolo ∧ ) da negação de P
(x) com Q (x). Se todo x está dentro do encontro da negação de P com Q,
logicamente, todo x está dentro de Q.
Portanto:
∀ x Q(x)
Quantificadores são palavras ou expressões que indicam que houve quantificação. São
exemplos de quantificadores as expressões:
existe,
algum,
todo,
cada,
pelo menos um,
nenhum.
Note que os dicionários, de modo geral, não registram “quantificador”. Esse termo, no
entanto, é de uso comum na Lógica.
Em outras palavras:
Exemplo:
p: Algum político é honesto.
p: Existe político honesto.
A proposição dada é uma PARTICULAR AFIRMATIVA. Sua negação será uma UNIVERSAL
NEGATIVA.
EXERCÍCIOS
1. A negação da proposição “Todo professor de matemática usa óculos” é:
Gabarito: letra e
Lembre-se que para negar um quantificador Universal usamos um
quantificador Existencial. Trocando em miúdos para eu negar que Todo mundo faz
alguma coisa, basta que Exista alguém que NÃO FAÇA essa tal coisa.
Logo nossa negação ficaria:
Existe professor de matemática que NÃO usa óculos.
2. José afirmou “ Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam no brasil ou jogam
mal”.
Assinale a alternativa que indica a sentença que representa a negação do que José afirmou:
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal
Gabarito: letra c
Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam no brasil ou jogam mal”.
Negação ficaria:
Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
Gabarito: letra c
Como trata-se de um quantificador universal para negar basta utilizar um
quantificador existencial e quebrar o valor lógico da proposição
4. A NEGAÇÃO da sentença “Todos os lápis são pretos ou nenhuma caneta é azul” é dada por:
Gabarito: letra b
A questão pede a negação mas se observarmos temos uma proposição
composta ligada pelo conectivo OU, sabe-se que para negar então temos que aplicar
a regra:
a) Existe analista que não é inteligente ou existe algum técnico que não é capacitado.
b) Se nenhum técnico é capacitado, então todos os analistas são inteligentes.
c) Não existe analista inteligente ou algum técnico é capacitado.
d) Existe analista que não é inteligente e existe técnico que é capacitado.
e) Nenhum analista é inteligente ou todo técnico é capacitado.
Gabarito: letra d
A questão pediu a negação de uma proposição composta ligada pelo conectivo
OU e que possui quantificadores universais nas mesmas.
Sabe-se que a negação do conectivo OU é o E e nessa questão em si não possuía
nenhuma outra alternativa com o conectivo E apenas letra D.
Mas sabemos que a regra de negação é trocar o conectivo OU pelo E e negar
ambas, ao negar as proposições temos quantificadores universais então devemos
substitui-los por quantificadores existenciais de maneira que o valor lógico da
proposição seja alterado.
REGRA DE OURO
Todo A é B
Todo B é C
Todo A é C
Todo A é B
Algum A é C
Algum B é C
Todo A é B
Nenhum B é C
Nenhum A é C
Algum A é B
Nenhum B é C
Algum A não é C
Exemplo:
Resolução
O exercício falou que: Alguns depois citou Nenhum adotamos:
A: escritores
B: poetas
C: músico
Algum A é B
Nenhum B é C
Algum A não é C
EXERCÍCIOS
1. Se é verdade que “Todo professor é feliz” e que “Nenhum pessoa feliz é rica”, então,
também é necessariamente verdade que:
Gabarito: letra b
Adotando a nomenclatura:
A = professor
B = feliz
C = rica
Temos:
Todo A é B
Nenhum B é C
Nenhum A é C
Traduzindo:
Nenhum professor é rico
2. Sabe-se que Todo médico é uma pessoa feliz e que toda pessoa feliz é saudável, pode-se
afirmar que:
Gabarito: letra a
Adotando a nomenclatura para os termos:
A = médico
B = pessoa feliz
C = saudável
TODO A é B
TODO B é C
TODO A é C
Gabarito: letra d
Para aplicação da Regra de Ouro vamos adotar a seguinte nomenclatura:
A = concurseiro
B = estudioso
C = não será aprovado
Temos:
TODO A é B
ALGUM A é C
ALGUM B é C
Traduzindo temos:
4. Sabe-se que todo engenheiro é uma pessoa inteligente e que nenhuma pessoa inteligente
é triste, sendo assim pode-se afirmar que:
Gabarito: letra b
Para aplicação da Regra de Ouro vamos adotar a seguinte nomenclatura:
A = engenheiro
B = pessoa inteligente
C = pessoa triste
Temos:
TODO A é B
NENHUM B é C
NENHUM A é C
Traduzindo temos:
Gabarito: letra e
A = gerente
B = mulher
C = sabe trocar lâmpada
Temos:
TODO A é B
NENHUM B é C
NENHUM A é C
Traduzindo:
NENHUM gerente sabe trocar lâmpada.
Trabalha-se com a contradição das informações, para resolver as questões que envolvem
a parte psicotécnica dentro do raciocínio lógico, por se tratar de uma parte prática será
abordado tal conteúdo baseado em questões.
EXERCÍCIOS
1. Três amigas encontram-se em uma festa. O vestido de uma delas é azul, o de outra é preto,
e o da outra é branco. Elas calçam pares de sapatos destas mesmas três cores, mas somente
Ana está com vestido e sapatos da mesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são
brancos. Marisa está com sapatos azuis. Desse modo,
Gabarito: letra c
Dados para montagem do exercício
Agora basta colocar um X nas células do quadro quando houver uma associação
correta, e um N quando incorreta. Em cada quadro, devemos ter somente um X em
cada linha e também somente um X em cada coluna.
Conclusões finais:
- Ana usa vestido e sapatos brancos;
- Júlia usa vestido azul e sapatos pretos;
- Marisa usa vestido preto e sapatos azuis.
2. Três amigos: Luís, Marcos e Nestor, são casados com Teresa, Regina e Sandra (não
necessariamente nessa ordem). Perguntados sobre os nomes das respectivas esposas, os
trem fizeram as seguintes declarações:
Nestor: “Marcos é casado com Teresa”
Luís: “Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é Regina”
Marcos: “Nestor e Luís mentiram, pios a minha esposa é Sandra”
Sabendo-se que o marida de Sandra mentiu e que o marido de Teresa disse a verdade, segue
se as esposas de Luís, Marcos e Nestor são, respcetivamente:
Gabarito: letra d
Anotando as informações adicionais e as declarações do exercício temos:
- INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
O marido de Sandra mentiu.
O marido de Teresa disse a verdade
- DECLARAÇÕES:
Nestor: “Marcos é casado com Tereza”
Luís: “Marcos é casado com Regina”
Marcos: “Marcos é casado com Sandra”
Como todas as declarações são a respeito da esposa de Marcos, temos que uma
informação é verdadeira e as outras 2 são falsas pois Marcos só pode ser casado com
uma mulher.
Dessa forma teremos três hipóteses possíveis:
Já sabemos que aquele que diz a verdade é casado com Tereza, portanto nessa
hipótese LUÍS É CASADO COM TEREZA. Vejamos o que Luís falando a verdade
declarou:
“Marcos é casado com Regina”
Encontramos mais um casal, só restando a Sandra e o Nestor, logo esses dois
são um casal.
Pois pela 2° hipótese, temos que Nestor mente, dai a declaração dele é uma
mentira: “Marcos é casado com Tereza” não havendo choque de informações
Temos também que pela 2° hipótese Marcos mente, sendo assim a declaração
que ele fez: “Marcos é casado com Regina” também é falsa, não havendo
contradições, então a 2° hipótese é correta, sendo:
3. Perguntaram para Álvaro, Bernardo e Cléber quantos filhos eles tinham, e eles
responderam:
Eu tenho 4 (Álvaro);
Eu tenho 3 (Bernardo);
Eu tenho 5 (Cléber).
Sabendo-se que um deles mentiu para mais do que realmente tem, e que os outros dois
disseram a verdade, a soma máxima correta do número de filhos das três pessoas citadas é
igual a:
a) 9.
b) 11.
c) 7.
d) 12.
e) 13
Gabarito: letra b
Ora, se nenhum deles tivesse mentido, a soma das idades seria:
4 + 3 + 5 = 12 filhos.
4. Aldo, Daniel e Eduardo são três amigos. Dois deles têm 66 anos, e sempre mentem. O
outro deles tem 48 anos e sempre diz a verdade. Se Aldo disse “− A idade de Daniel não é 66
anos”, então, é correto afirmar que:
Gabarito: letra c
Adotaremos algumas hipóteses:
- 1° hipótese:
Aldo disse a verdade. Desta maneira, a idade de Daniel não é 66 anos. Portanto
Daniel tem 48 anos, mas o exercício falou que quem tem 48 anos diz a verdade sendo
assim temos 2 pessoas dizendo a verdade anulando a 1° hipótese, pois apenas um
pessoa diz a verdade.
- 2° hipótese:
Aldo não diz a verdade. Como ele não diz a verdade, a idade de Aldo é 66.
Vamos novamente analisar a frase dita por Aldo, que é falsa: “− A idade de Daniel
não é 66 anos”. Assim, concluímos que a idade de Daniel é 66 anos (pois a frase dita
por Aldo é falsa).
Temos duas pessoas com 66 anos: Aldo e Daniel.
Conclusão: Eduardo tem 48 anos.
5. Quando a mãe de Alysson, Bosco, Carlos e Daniel, chega e m casa, verifica que seu vaso
preferido havia sido quebrado. Interrogados pela mãe, eles fazem as seguintes declarações:
"Mãe, o Bosco foi quem quebrou" - disse Alysson
a) Alysson
b) Bosco
c) Carlos
d) Daniel
Gabarito: letra c
Inicialmente montamos uma tabela:
-1° hipótese:
Como o exercício falou que apenas um dos quatro disse a verdade, então
nossa primeira hipótese está descartada pois temos duas verdades:
2° hipótese:
- 3° hipótese