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SUMÁRIO
Estruturas lógicas............................................................................................................................................... 5
Conceito......................................................................................................................................................... 5
Exercícios ........................................................................................................................................................... 7
Lógica de argumentação ................................................................................................................................... 9
Características básicas ................................................................................................................................. 10
Princípios aplicados às Proposições ............................................................................................................ 10
Princípio da identidade............................................................................................................................ 10
Princípio da não contradição ................................................................................................................... 10
Princípio do terceiro excluído .................................................................................................................. 10
Exercícios ......................................................................................................................................................... 10
Representação de proposições ............................................................................................................... 11
Proposições simples .................................................................................................................................... 12
Negação de uma proposição simples ...................................................................................................... 12
Valor lógico da negação........................................................................................................................... 13
Valor lógico de dupla negação................................................................................................................. 13
Valor lógico com várias negações............................................................................................................ 13
Expressões equivalentes ao “não” .......................................................................................................... 14
Negação com antônimos ......................................................................................................................... 14
Exercícios ......................................................................................................................................................... 14
Quantificadores ........................................................................................................................................... 15
Proposições compostas ............................................................................................................................... 16
Conectivos lógicos ....................................................................................................................................... 16
Conectivo “e” (conjunção)....................................................................................................................... 16
Tabela verdade da conjunção (e) ............................................................................................................ 17
Conectivo “ou” (disjunção inclusiva) ....................................................................................................... 18
Tabela verdade da disjunção inclusiva (ou)............................................................................................. 19
CONECTIVO “SE... ENTÃO” (CONDICIONAL) ............................................................................................ 21
Expressões equivalentes ao “se...então” ................................................................................................ 22
Condição suficiente e condição necessária ............................................................................................. 23
Tabela verdade da condicional (SE...então) ............................................................................................ 23
CONECTIVO “OU...OU” (DISJUNÇÃO EXCLUSIVA) ................................................................................... 24
Tabela verdade da disjunção exclusiva (ou...ou) ..................................................................................... 25
Conectivo “se e somente se” (bicondicional) .......................................................................................... 25
Tabela Verdade da Proposição Bicondicional ......................................................................................... 26
Expressões equivalentes ao “se e somente se” ...................................................................................... 26

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Tabela resumo da tabuada lógica............................................................................................................ 27


Exercícios ......................................................................................................................................................... 27
Negação de proposições compostas ........................................................................................................... 31
Conectivo “e” (conjunção) ....................................................................................................................... 32
Conectivo “ou” (disjunção inclusiva) ....................................................................................................... 32
Conectivo “se...então” (condicional) ....................................................................................................... 32
Conectivo “ou...ou” (disjunção exclusiva) ............................................................................................... 33
Conectivo “se somente se” (bicondicional) ............................................................................................. 33
Resumo para negação de proposição composta..................................................................................... 34
Exercícios ......................................................................................................................................................... 34
Precedência dos conectivos lógicos ............................................................................................................ 37
Exercícios ......................................................................................................................................................... 37
Tabelas-verdade .......................................................................................................................................... 38
Passo a passo para montagem da tabela verdade .................................................................................. 38
Tabelas-verdade para duas proposições ................................................................................................. 39
Tabelas-verdade para três proposições .................................................................................................. 40
Exercícios ......................................................................................................................................................... 42
Tautologia, contradição e contingência ...................................................................................................... 45
Tautologia ................................................................................................................................................ 45
CONTRADIÇÃO ......................................................................................................................................... 46
CONTINGÊNCIA ........................................................................................................................................ 46
Exercícios ......................................................................................................................................................... 46
Equivalências ............................................................................................................................................... 53
EquivaLência da conjunção (^) ................................................................................................................ 53
Disjunção inclusiva (v) ............................................................................................................................. 53
Condicional (—›) ...................................................................................................................................... 53
Disjunção exclusiva (v)............................................................................................................................. 54
Bicondicional (‹—›) .................................................................................................................................. 55
Tabela resumo de equivalência ............................................................................................................... 56
Exercícios ......................................................................................................................................................... 56
Analogias, inferências, deduções e conclusões ........................................................................................... 60
Silogismo.................................................................................................................................................. 61
Inferência ................................................................................................................................................. 62
Conclusão ................................................................................................................................................ 63
Argumentos Dedutivos e Indutivos ......................................................................................................... 63
Argumentos Dedutivos Válidos ............................................................................................................... 63
Afirmação do Antecedente: .................................................................................................................... 64

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Argumentos Dedutivos Não Válidos ........................................................................................................ 64


TÉCNICAS DE ANÁLISE DA VALIDADE DO ARGUMENTO ............................................................................. 66
Através da tabela-verdade ...................................................................................................................... 66
TÉCNICA DA PREMISSA FÁCIL .................................................................................................................. 67
Técnica da conclusão FALSA .................................................................................................................... 69
Exercícios ......................................................................................................................................................... 71
Augustus De Morgan ................................................................................................................................... 75
Leis de Morgan ............................................................................................................................................ 76
O que dizem as Leis de Morgan................................................................................................................... 76
Primeira Lei de Morgan ........................................................................................................................... 76
Segunda Lei de Morgan ........................................................................................................................... 77
Exercícios ......................................................................................................................................................... 77
Origem do Diagramas lógicos ...................................................................................................................... 79
Os diagramas lógicos ............................................................................................................................... 80
Representação dos diagramas................................................................................................................. 80
Representação dos conectivos por diagramas ............................................................................................ 82
Conjunção (e/ ^) ...................................................................................................................................... 82
Disjunção inclusiva (ou/ v) ....................................................................................................................... 82
Condicional (se...então/ →) ..................................................................................................................... 82
Disjunção exclusiva (ou...ou/ v) ............................................................................................................... 82
Bicondicional (se somente se/ ↔) ........................................................................................................... 83
Exercícios ......................................................................................................................................................... 83
Lógica de primeira ordem............................................................................................................................ 89
Introdução à Primeira Ordem.................................................................................................................. 89
Alfabeto ................................................................................................................................................... 90
Estrutura Matemática.............................................................................................................................. 91
Definição de Estrutura Matemática. ....................................................................................................... 91
Exercícios ......................................................................................................................................................... 91
Relação todo, algum, nenhum..................................................................................................................... 93
Exercícios ......................................................................................................................................................... 94
REGRA DE OURO .......................................................................................................................................... 96
1° possibilidade (Todo – todo)................................................................................................................. 96
2° possibilidade (Todo – algum) .............................................................................................................. 97
3° possibilidade (Todo – nenhum) ........................................................................................................... 97
4° possibilidade (Algum – nenhum)......................................................................................................... 97
Exercícios ......................................................................................................................................................... 98
Psicotécnico (verdade e mentira) .............................................................................................................. 101

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Exercícios ....................................................................................................................................................... 101

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ESTRUTURAS LÓGICAS

CONCEITO

Não há um consenso quanto à definição da lógica, mas alguns autores a definem como o
estudo dos processos válidos e gerais pelos quais atingimos a verdade, inclusive pelo estudo
dos princípios da inferência válida. É a Ciência que expõe as leis, modos e formas do
conhecimento científico. É uma ciência formal que se dedica ao estudo das formas válidas de
inferência. Trata-se, portanto, do estudo dos métodos e dos princípios utilizados para distinguir
o raciocínio correto do incorreto.
A lógica foi criada por Aristóteles, no século IV a.C., como uma ciência autônoma que se
dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio, Demonstração) do ponto
de vista da sua estrutura ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material. É por
esta razão que esta lógica aristotélica se designa também por lógica formal.
Segundo os registros foi Aristóteles quem sugeriu o silogismo como sendo o argumento
válido. Aristóteles é considerado o pai da lógica formal.
Iniciaremos nosso estudo pelo conceito mais elementar no estudo do Raciocínio Lógico:
Proposições.
Mas o que vem a ser uma proposição?
São orações que transmitem pensamentos e exprimem julgamentos a respeito de
determinadas informações, que serão analisadas quanto a sua veracidade, em outras palavras
são declarações afirmativas ou negativas, que possuem sentido completo e um verbo.

Exemplo:
Sidinelson é professor.

Sidinilson não é estudante.

Também são consideradas proposições as chamadas sentenças fechadas.

Exemplo:
8+3=11

10+5=13

Obs:
Talvez estejam se perguntando como que o segundo exemplo é uma proposição sendo que
nem a operação realizada está correta. Entendemos que 10+5 não é igual a 13, mas mesmo
assim temos uma proposição sendo valorada ou classificada como FALSA.

Portanto percebemos que as proposições são classificadas em:

 Verdadeiras

Ou

 Falsas

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Proposição É uma frase declarativa ou uma declaração, que pode assumir


um valor VERDADEIRO ou FALSO.

Mas dentro do estudo de proposições é mais importante sabermos o que não são
proposições, caso não enquadre em nenhuma dessas situações automaticamente se trata de
uma proposição, então vejamos as situações que não são proposições:

 Frases exclamativas

Meu Deus!
Que prova difícil!

 Frases interrogativas

Você vai para aula hoje?


Você me ama?

 Frases imperativas

Não estude para passar, mas até passar!


Faça o seu melhor!

 Frases sem verbo

A vida de um concurseiro.
O mundo do concurso público.

 Frases paradoxais

Só sei que nada sei.


Há pessoas que nos dão pena, outras asas.

 Frases ou sentenças abertas

Ele é professor.
X + 2 = 20

 Frases que expressam juízo de valor (opinião pessoal)

Sidinelson é o melhor professor de raciocínio lógico matemático.


Sidinelma é linda.

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EXERCÍCIOS
1. Considerando que uma proposicão corresponde a uma sentença
bem definida, isto e, que pode ser classificada como verdadeira ou falsa,
excluindo-se qualquer outro julgamento, assinale a alternativa em que a
sentença apresentada corresponde a uma proposicão.

a) Ele foi detido sem ter cometido crime algum?


b) Aquela penitenciária não oferece segurança para o trabalho dos agentes
prisionais.
c) Os agentes prisionais da penitenciária de Goiânia foram muito bem
treinados.
d) Fique alerta a qualquer movimentação estranha no pátio do presídio.
e) Houve fuga de presidiários, que tragédia!

Gabarito: letra c
Observando todas as alternativas podemos verificar que:
Alternativa a, temos uma frase interrogativa
Alternativa b, temos uma sentença aberta pois não falou qual penitenciária
apenas citou aquela
Alternativa d, frase imperativa indicando uma ordem
Alternativa e, temos uma frase exclamativa.

2. Considere as seguintes frases:


I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.
II. 5x + y e um número inteiro.
III. Joao da Silva foi o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000.
E verdade que APENAS:

a) I e II são sentenças abertas.


b) I e III são sentenças abertas.
c) II e III são sentenças abertas.
d) I e uma sentença aberta.
e) II e uma sentença aberta.

Gabarito: letra a
Para resolver a questão devemos aprofundar no conceito de sentenças abertas.
Sentenças abertas são aquelas que não podemos determinar o sujeito, não
sendo possível julgá-las como verdadeiras ou falsas. De fato seu valor lógico
(Verdadeiro ou Falso) depende do valor atribuído á uma variável ou a quem a frase
se refere. Portanto, as sentenças abertas não são consideradas proposições lógicas.
Um exemplo x+4=9 é uma sentença aberta pois caso atribuirmos o valor de X=5

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elas se torna uma sentença verdadeira, mas caso seja atribuído outro valor para X
ela se torna uma sentença falsa, vamos analisar a questão:
Frase I é uma sentença aberta, pois não especificou quem foi o melhor jogador
em 2005, sendo assim não é possível ser classificada como verdadeira ou falsa, ainda
temos um juízo de valor apesar da questão não falar nada relacionado.
Frase II é uma típica sentença aberta, pois possui duas variáveis onde podem
ser atribuídos infinitos valores.
Frase III é uma sentença fechada, pois facilmente podemos classificar o sujeito
em verdadeiro ou falso.

3. A sentença “Quem é o maior defensor de um Estado não intervencionista, que


permite que as leis de mercado sejam as únicas leis reguladoras da economia
na sociedade: o presidente do Banco Central ou o ministro da Fazenda?” é
uma proposição composta que pode ser corretamente representada na forma
(P v Q) ^ R, em que P, Q e R são proposicões simples convenientemente
escolhidas.

Gabarito: errado
Ao analisarmos a proposição dada: “Quem é o maior defensor de um Estado
não intervencionista, que permite que as leis de mercado sejam as únicas leis
reguladoras da economia na sociedade: o presidente do Banco Central ou o ministro
da Fazenda?”
Na verdade nem proposição temos nessa questão pois se trata de uma frase
interrogativa, como já foi visto frases interrogativas não são proposições lógicas, pois
por meio delas não é possível realizar um julgamento em verdadeiro ou falso.

4. Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o termo a respeito do qual se declara
algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação seguinte há expressões e
sentenças:
1. Três mais nove é igual a doze.
2. Pelé é brasileiro.
3. O jogador de futebol.
4. A idade de Maria.
5. A metade de um número.
6. O triplo de 15 é maior do que 10.
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens de números.

a) 1, 2 e 6.
b) 2,3 e 4.
c) 3,4 e 5.
d) 1, 2, 5 e 6.
e) 2, 3,4 e 5.

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Gabarito: letra a
Ao analisarmos as sentenças temos:
Sentença 1: temos uma sentença fechada com sujeito e predicado
Sentença 2: temos uma sentença fechada também com o sujeito definido
Sentença 3: temos uma sentença aberta pois falou o jogador não citou ou
definiu quem é o jogador.
Sentença 4: temos uma sentença que não possui sentido completo uma
sentença na qual não conseguimos valorar a mesma.
Sentença 5: temos uma sentença que não possui sentido completo não sendo
possível valorar a mesma.
Sentença 6: temos uma sentença fechada, na qual é possível valorar a mesma.
Sendo assim verificamos que as frases 3,4 e 5 não possuem sentido completo
ou seja não são proposições. Portanto as frases 1,2 e 6 são sentenças.

5. Segundo a lógica aristotélica, as proposições têm como uma de suas propriedades


básicas poderem ser verdadeiras ou falsas, isto é, terem um valor de verdade. Assim sendo,
a oração “A Terra é um planeta do sistema solar”, por exemplo, é uma proposição verdadeira
e a oração “O Sol gira em torno da Terra”, por sua vez, é uma proposição comprovadamente
falsa. Mas nem todas as orações são proposições, pois algumas orações não podem ser
consideradas nem verdadeiras e nem falsas, como é o caso da oração:

a) O trigo é um cereal cultivável de cuja farinha se produz pão.


b) Metais são elementos que não transmitem eletricidade.
c) Rogai aos céus para que a humanidade seja mais compassiva.
d) O continente euroasiático é o maior continente do planeta.
e) Ursos polares são répteis ovíparos que vivem nos tópicos.

Gabarito: letra c
Sabemos que não pode ser uma proposição se não for uma afirmativa, pois, as
afirmativas podem ser valoradas em V ou F. Vamos analisar as alternativas:
a) O trigo é um cereal cultivável de cuja farinha se produz pão. (é proposição)
b) Metais são elementos que não transmitem eletricidade. (é proposição)
c) Rogai aos céus para que a humanidade seja mais compassiva. (Expressa um
desejo. Não pode ser valorado, portanto não é proposição)
d) O continente euroasiático é o maior continente do planeta. (é proposição)
e) Ursos polares são répteis ovíparos que vivem nos tópicos. (é proposição)

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Como foi visto até o momento, todas as proposições lógicas possuem características
fundamentais, sendo:
 As proposições são orações, portanto devem possuir sujeito e predicado e claro com
a presença de um VERBO, desta forma expressões do tipo “Os alunos do Alfacon”,
não são consideradas proposições pois não há predicado.

 As proposições lógicas são frases declarativas, onde é possível julgar a veracidade


do seu conteúdo.

 As proposições lógicas, possuem apenas um valor lógico, ou seja uma proposição


assume apenas um valor verdadeiro ou falso, nunca os dois ao mesmo tempo.

PRINCÍPIOS APLICADOS ÀS PROPOSIÇÕES

São os princípios fundamentais que norteiam os estudos das proposições lógicas, sendo
de fácil entendimento, sendo eles:

PRINCÍPIO DA IDENTIDADE

Uma proposição verdadeira é sempre verdadeira e uma proposição falsa é sempre falsa.

Exemplo:
Sidinelson é professor.

PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO

Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa simultaneamente.

Exemplo:
Sidinelson é engenheiro.

PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO

Uma proposição só pode ter um dos dois valores lógicos, isto é, ou é verdadeira (V) ou
falsa (F), não podendo ter outro valor.

Exemplo:
Sidinelson é jogador.

EXERCÍCIOS

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1. Com relação a lógica formal, julgue o item subsequente.


“Toda proposição lógica pode assumir no mínimo dois valores lógicos”
Gabarito: errado
O item está errado pois segundo a informação da sentença, dá-se a entender
que uma proposição pode assumir uma quantidade de dois ou mais valores lógicos
(verdadeiro ou falso), não respeitando assim o PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DO
TERCEIRO EXCLUÍDO.

2. A frase apresentada a seguir é uma proposição lógica simples.

“A frase dentro destas aspas é uma mentira”

Gabarito: errado
A sentença trata-se de um paradoxo, pois corresponde a uma oração
declarativa, mas não é possível valorar a mesma (verdadeira e falsa).
Se adotarmos essa frase como verdadeira, teremos uma contradição, pois será
verdade que a frase é falsa, logo a frase é falsa. Por sua vez, caso afirmássemos que
a frase é falsa, teremos novamente uma contradição. Se assim o fizermos, então
será falso que a frase dentro daquelas aspas é falsa, portanto, a frase é verdadeira.
Assim, a frase não pode ser nem verdadeira nem falsa, sendo assim concluímos
que esta frase não é uma proposição lógica, por desrespeitar o Princípio da não
contradição.

REPRESENTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES

Uma técnica que é muito prática para resolução de questões é buscar representar as
proposições por meio de letras.

Exemplo:
p: Sidinelson é engenheiro.

q: 12 > 14.

r: Sidinelma foi ao parque encontrar Sidinelson.

As proposições simples em via de regra são representadas por letas minúsculas


mas caso venham representadas por letras maiúsculas não será isso que fará com
que a questão esteja errada.

Outro fator importante:

Dentro do raciocínio lógico matemático, não se preocupe tanto com o conteúdo


da proposição, quem dirá se a proposição é verdadeira ou falsa será o enunciado da

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questão. Ao resolver questões veremos que todas as proposições fornecidas são


tomadas como sendo verdadeiras, a menos que o exercício diga o contrário.
Exemplo, se a questão disser que a proposição “3+2=8” é verdadeira, devemos
aceitar isso mesmo sabendo que o conteúdo dela não é realmente correto.

PROPOSIÇÕES SIMPLES

Uma proposição é dita simples quando declara uma única coisa sobre um único objeto. Ou
seja, não pode ser dividida em proposições menores.

Exemplos:
p: Sidinilma é empresária.

q: Thiago é rico.

É possível perceber que em cada uma das frases temos uma única informação (profissão
e grau da situação financeira, respectivamente) a respeito de uma única pessoa (Sidinilma e
Thiago, respectivamente). Logo, certamente estamos diante de proposições lógicas simples.

As bancas examinadoras buscam induzir o candidato ao erro quando colocam


no enunciado uma proposição simples, mas de tamanho muito grande, afirmando ser
um proposição composta.
Para identificar essa situação, basta procurar na frase a presença de um
conectivo (dentre os que veremos ainda) unindo as proposições simples, caso não
encontre o conectivo, trata-se de uma proposição simples, não importando o
tamanho da frase.

NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO SIMPLES

A negação de uma proposição é uma sentença que altera o valor lógico de uma proposição,
sendo representada pelos símbolos:

Em outras palavras temos:

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Negar uma proposição nem sempre é utilizar o NÃO, devemos verificar se o


valor lógico dessa proposição foi alterado, ou seja se a proposição era verdadeira a
negação dela tem que ser falsa ou vice e versa.

Exemplos:

p: Sidinelson é professor.
~p: Sidinelson não é professor

q: Sidinelma não canta em público.


~q: Sidinelma canta em público.

VALOR LÓGICO DA NEGAÇÃO

A negação como vimos tem a função de inverter o valor lógico, ou seja, o valor lógico da
proposição é exatamente o contrário do valor lógico da proposição negada.

Exemplo:

~V = F e ~F = V

VALOR LÓGICO DE DUPLA NEGAÇÃO

Quando a situação pede duas negações simultâneas basta colocarmos o valor original.

Exemplo:

~~F = F e ~~V = V

VALOR LÓGICO COM VÁRIAS NEGAÇÕES

Quando a situação pede várias negações simultâneas teremos duas situações quando a
quantidade de negações forem ímpar ou quando a quantidade de negações forem par.

 Ímpar
Valor lógico será invertido

Exemplo:

~~~~~F = V e ~~~~~V = F

 Par
Valor lógico continua o mesmo

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Exemplo:

~~~~F = F e ~~~~V = V

EXPRESSÕES EQUIVALENTES AO “NÃO”

É possível efetuar a negação de uma proposição simples fazendo uso de expressões como:

 Não é verdade que

 É falso que

 É mentira que

NEGAÇÃO COM ANTÔNIMOS

Como sabemos o significado de antônimo é a palavra que tenha significado contrário


(oposto ou inverso) a outra, como por exemplo o antônimo de feio é bonito.

Exemplo:
p: Sidinelson é alto.

~p: Sidinelson é baixo

Mas caso for negar uma proposição, analise bem se existe outra situação que poderia
negá-la, caso exista, evite o uso de antônimos.

EXERCÍCIOS
1. A respeito da lógica proposicional, julgue o item subsequente.
A proposição “No Brasil, 20% dos acidentes de trânsito ocorrem com indivíduos que
consumiram bebida alcoólica” é uma proposição simples.

Gabarito: certo
O exercício usou várias expressões para induzir o candidato a pensar que
estamos diante de uma proposição composta.
No entanto, basta analisarmos que a ideia básica da proposição é a seguinte:
“No Brasil, 20% disso ocorrem com aqueles.”
Portanto, temos uma proposição lógica simples, pois não é possível dividi-la em
proposições menores.

2. A proposição: “Andreia não gosta de futebol” pode ser negada com:

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a) Andreia odeia futebol


b) Andreia gosta de Balé
c) Andreia ama Balé
d) Andreia gosta de bola
e) Andreia gosta de futebol

Gabarito: letra e
Como a questão pediu a negação da proposição e sabemos que negar uma
proposição basta alterarmos o sentido da mesma, então temos que:
Andreia não gostar de futebol é verdadeira
Andreia gostar será falsa

QUANTIFICADORES

Dentro do estudo da argumentação lógica temos dois tipos de quantificadores:

 Universal

 Existencial

Alguns exemplos de quantificadores universais:


 Todo

 Nenhum

 Ninguém

Alguns exemplos de quantificadores existenciais:


 Algum

 Pelo menos um

 Existe um

A negação de um quantificador universal será um existencial e vice e versa.

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Exemplos:
p: Todo homem é fiel
~p: Pelo menos um homem não é fiel

q: Nenhum concurseiro é preguiçoso.


~q: Existe pelo menos um concurseiro que é preguiçoso

r: Algum aluno entende matemática


~r: Nenhum aluno entende matemática
~r: Todo aluno não entende matemática

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

É toda frase declarativa, afirmativa ou negativa, formada pela ligação de duas ou mais
proposições simples através dos operadores lógicos ou conectivos lógicos.

Exemplos:

Sidinilson é vascaíno e Josefina é flamenguista.

Sidinelma joga baralho ou limpa a casa.

Se Anderson é consurseiro, então ele não dorme bem.

Neste tipo de situação podemos notar que temos informações relativas a duas pessoas
diferentes em uma única frase declarativa conectadas por meio de conectivos destacados.

CONECTIVOS LÓGICOS

São os elementos que unem as proposições simples formando assim as proposições


compostas, sendo ele:

 e (conjunção)

 ou (disjunção inclusiva)

 se... então (condicional)

 ou ... ou (disjunção exclusiva)

 se e somente se (bicondicional)

CONECTIVO “E” (CONJUNÇÃO)

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Quando tivermos uma proposição composta a presença do conectivo e, estaremos


trabalhando com uma conjunção. Ela pode ser representada pelo símbolo ^.

Exemplo:
p: Sidinelson estuda
q: Sidinelson será aprovado

A conjunção de p e q pode ser representada por:

p ^q: Sidinelson estuda e será aprovado.

Uma conjunção só será verdadeira se ambas as proposições simples que a compõe forem
também verdadeiras; e será falsa nos demais casos. Portanto, na conjunção, o valor lógico
predominante e o falso, visto que teremos apenas um caso em que a conjunção será verdadeira.
Sendo assim, a sentença “Sidinelson estuda e será aprovado” só será verdadeira se for
verdade não só que “Sidinelson estuda”, mas também que “será aprovado”.
Basta que apenas uma das sentenças componentes seja falsa para que toda a conjunção
seja falsa. Logicamente, se as duas sentenças forem falsas, o valor lógico da conjunção também
será falso.

TABELA VERDADE DA CONJUNÇÃO (E)

Tabelas-verdade são tabelas simples que nos ajudam bastante a chegarmos de forma
confiável ao valor logico das proposições.
Vejamos novamente as proposições p e q:

p: Sidinelson estuda.
e
q: Sidinelson será aprovado.

No caso de duas proposições simples a serem analisadas, trataremos apenas


de quatro situações possíveis:

 p e q são verdadeiras.
Nessa situação, a conjunção formada por elas também ser verdadeira.

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Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q p^q
V V V

 Se for verdadeira somente que “Sidinelson estuda”, teremos:

Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q p^q
V F F

 Se for verdadeira somente que “Sidinelson será aprovado”, teremos:

Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q p^q
F V F

 Por fim, se ambas as sentenças forem falsas, teremos:

Sidinelson estuda e
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q p^q
F F F

Portanto, com as quatro possibilidades analisadas acima, acabamos de obter a tabela-


verdade que representa uma conjunção sendo:

p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F

CONECTIVO “OU” (DISJUNÇÃO INCLUSIVA)

MUDE SUA VIDA!


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Quando tivermos numa proposição composta pela presença do conectivo ou, estaremos
trabalhando com uma disjunção inclusiva, representada pelo símbolo V.

Exemplo:
p: Sidinelson estuda
q: Sidinelson será aprovado

A conjunção de p e q pode ser representada por:

p V q: Sidinelson estuda ou será aprovado.

Uma disjunção inclusiva só será falsa se ambas as proposições simples que a compõe
forem também falsas; será verdadeira nos demais casos. Portanto, na disjunção, o valor lógico
predominante e o verdadeiro, visto que teremos apenas um caso em que a disjunção será falsa.
Sendo assim, a sentença “Sidinelson estuda ou será aprovado” só será falsa se for falso não
só que “Sidinelson estuda”, mas também que “Sidinelson será aprovado”.
Basta que apenas uma das sentenças componentes seja verdadeira para que toda a
conjunção seja verdadeira.

TABELA VERDADE DA DISJUNÇÃO INCLUSIVA (OU)

Tabelas-verdade são tabelas simples que nos ajudam bastante a chegarmos de forma
confiável ao valor logico das proposições.
Vejamos novamente as proposições p e q:

p: Sidinelson estuda.
ou
q: Sidinelson será aprovado.

No caso de duas proposições simples a serem analisadas, trataremos apenas


de quatro situações possíveis:

 p e q são verdadeiras.
Nessa situação, a conjunção formada por elas também ser verdadeira.

MUDE SUA VIDA!


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Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q pVq
V V V

 Se for verdadeira somente que “Sidinelson estuda”, teremos:

Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q pVq
V F V

 Se for verdadeira somente que “Sidinelson será aprovado”, teremos:

Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q pVq
F V V

 Por fim, se ambas as sentenças forem falsas, teremos:

Sidinelson estuda ou
Sidinelson estuda Sidinelson será aprovado
será aprovado

p q pVq
F F F

Portanto, com as quatro possibilidades analisadas acima, acabamos de obter a tabela-


verdade que representa uma conjunção sendo:

p q pVq
V V V
V F V
F V V
F F F

MUDE SUA VIDA!


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CONECTIVO “SE... ENTÃO” (CONDICIONAL)

Podemos afirmar que o conectivo condicional e o campeão nas provas de concursos


públicos, visto que é o mais cobrado disparadamente! Portanto, atenção redobrada! Porém,
juntos chegaremos ao entendimento e você será capaz de resolver qualquer questão que aborde
o “Se ... então”

Exemplo:
p: Joao e concurseiro.
q: Maria e psicóloga.

Formando uma proposição composta com as proposições simples p e q, unindo-as através


do conectivo condicional, teremos:

Se Joao e concurseiro, então Maria e psicóloga.

Simbolicamente, teriamos:

p→q

Na representação a primeira parte (p) é chamada de antecedente e a segunda parte (q)


de consequente.
Indo direto ao ponto, a sentença composta unida pelo conectivo condicional só será falsa
se a primeira parte for verdadeira, e a segunda parte for falsa. Nos demais casos, a condicional
será verdade.
Assim, a sentença analisada “Se Joao e concurseiro, entao Maria e psicóloga” só será falsa
se soubermos que “Joao e concurseiro”, mas que “Maria não é psicóloga”.
Não esqueça da sequencia exata do único caso em que o valor logico do conectivo
Condicional é FALSO:

Antecedente V e consequente F.

Bizu:
Uma VERDADE não pode nos levar a uma MENTIRA.
ou
Será sempre FALSO o condicional quando tivermos uma Vera Fischer (VF)

MUDE SUA VIDA!


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EXPRESSÕES EQUIVALENTES AO “SE...ENTÃO”

Há muitas questões envolvendo o conectivo condicional que exigem do candidato o


conhecimento de expressões que são equivalentes do “Se ... então”.
Na realidade, temos pelo menos 8 (oito) expressões que podem aparecer na sua prova
que são equivalentes a proposição condicional. São as seguintes:

 Se p, q.
 q, se p.
 Quando p, q.
 Todo p e q.
 P implica q.
 P e condicao suficiente para q.
 Q e condição necessária para p.
 P somente se q.
Dessa forma, a nossa expressão “Se Joao e concurseiro, então Maria e psicóloga” pode ser
reescrita através das seguintes expressões equivalentes:

 Se Joao e concurseiro, Maria e psicóloga.

 Maria e psicóloga, Se Joao e concurseiro.

 Quando Joao e concurseiro, Maria e psicóloga.

 Toda vez que Joao e concurseiro, Maria e psicóloga.

 Joao ser concurseiro implica Maria ser psicóloga.

 Joao ser concurseiro e condição suficiente para Maria ser psicóloga.

 Maria ser psicóloga e condição necessária para Joao ser concurseiro.

 Joao e concurseiro somente se Maria e psicologa.

MUDE SUA VIDA!


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CONDIÇÃO SUFICIENTE E CONDIÇÃO NECESSÁRIA

Das expressões equivalentes ao conectivo condicional descritas acima, as mais


importantes, as que os elaboradores de questões para concursos públicos mais utilizam, sem
duvida são:
 P e condição suficiente para Q.

 Q e condição necessária para P.

Perceba que a sentença “Joao ser concurseiro é condição suficiente para Maria ser
psicóloga” poderia ser reescrita, usando o formato da condicional, resultando em:

“Se João é concurseiro, então Maria é psicóloga.”

Agora, se a expressão for “Maria ser psicóloga é condição necessária para Joao ser
concurseiro”, então poderemos fazer uma conversão, que nos conduzira a:

“Se João é concurseiro, então Maria é psicóloga.”

E se a expressão fosse do tipo “Uma condição necessária para que Joao seja concurseiro e
Maria ser psicologa”? Bem, na realidade a frase acima é simplesmente igual a “Maria ser
psicóloga é condição necessária para Joao ser concurseiro”. Assim, a condicional continuaria
sendo:

“Se Joao e concurseiro, entao Maria e psicologa.”

O antecedente é condição suficiente para obter o consequente. E este


consequente é uma condição necessária para o antecedente. De outra forma: O 1° é
suficiente para o 2°, mas o 2° é necessário para o 1°.

TABELA VERDADE DA CONDICIONAL (SE...ENTÃO)

Tabelas-verdade são tabelas simples que nos ajudam bastante a chegarmos de forma
confiável ao valor logico das proposições.
Vejamos novamente as proposições p e q:

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

MUDE SUA VIDA!


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CONECTIVO “OU...OU” (DISJUNÇÃO EXCLUSIVA)

Este tipo de conectivo e bem parecido com a disjunção, mas com uma sutil diferença.
Considere as seguintes proposições simples:

p: Passarei num concurso


q: Ganharei um bom salário

Agora, vamos comparar as seguintes composições:

 “Passarei num concurso ou ganharei um bom salario.”

 “Ou passarei num concurso ou ganharei um bom salario.”

Deu para perceber a diferença? Bem, na primeira sentença se a primeira parte (Passarei
num concurso) for verdade, a segunda parte (ganharei um bom salario) também poderá ser
verdade.
Entretanto, na segunda sentença, temos uma diferença. Caso seja verdade que “passarei
num concurso”, então teremos que “não se ganhará um bom salario”. O contrário também vale:
se for verdade que “ganharei um bom salario”, isso indica que “não passarei num concurso”.
Portanto percebe-se que a segunda proposição composta apresenta duas situações
mutuamente excludentes, em que apenas uma de suas partes poderá ser verdadeira, e a outra
necessariamente falsa.
Portanto, a segunda sentença representa o tipo de conectivo chamado de disjunção
exclusiva, cujo símbolo é: V
Pode-se perceber que uma disjunção exclusiva só será verdade se houver uma das
proposições verdadeira e a outra falsa. Ou seja, e necessário que as sentenças tenham valores
lógicos contrários. Se uma for verdade, então a outra necessariamente será falsa. Nos demais
casos, a disjunção exclusiva será falsa.
Portanto, no caso da disjunção exclusiva, não há um valor lógico predominante. Aqui
quem manda e a contrariedade.
Assim, a sentença analisada:

“Ou passarei num concurso ou ganharei um bom salario, mas não ambos”,

Só será verdade se uma das partes que a compõe for verdadeira e a outra falsa, ou vice-
versa. Qualquer outra situação resultará na sentença composta ser falsa. Portanto, tem que ser
obedecida a mutua exclusão das sentenças.

MUDE SUA VIDA!


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TABELA VERDADE DA DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU...OU)

Dessa forma a tabela-verdade da disjunção exclusiva será:

p q pvq
V V F
V F V
F V V
F F F

CONECTIVO “SE E SOMENTE SE” (BICONDICIONAL)

Acredito que este conectivo e o mais tranquilo de todos os que analisamos até o momento.
Tome por exemplo as seguintes sentenças:

p: Pedro gosta de matemática.

q: Rita e estudante de Direito.

Formando uma proposição composta com as proposições simples p e q, unindo-as através


do conectivo bicondicional, teremos:

“Pedro gosta de matemática se e somente se Rita é estudante de Direito”. Simbolicamente,


teríamos:

p↔q

Uma informação preciosa, que pode lhe tirar de algumas enrascadas, e saber que a
proposição bicondicional e equivalente a uma conjunção de duas condicionais. Simbolizando
isso, teremos:

MUDE SUA VIDA!


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p ↔ q = (p → q) ^ (q → p)

Portanto a bicondicional é verdadeira quando os valores lógicos de p e q são iguais, sendo


falsa quando são diferentes. Assim, a sentença analisada “Pedro gosta de matemática se e
somente se Rita é estudante de Direito” será verdade quando tivermos a informação de que as
duas posições simples (p e q) são verdadeiras ou são falsas, ou seja, com valores lógicos iguais;
se tiverem valores lógicos contrários, a proposição bicondicional será falsa.

TABELA VERDADE DA PROPOSIÇÃO BICONDICIONAL


A tabela-verdade do “se e somente se” será:

p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

Além disso, assim como o caso da condicional, ha muitas questões envolvendo o conectivo
bicondicional que exigem do candidato o conhecimento de expressões que são equivalentes do
“se e somente se”.

EXPRESSÕES EQUIVALENTES AO “SE E SOMENTE SE”

Temos pelo menos seis expressões que podem aparecer na sua prova que sao
equivalentes a proposição bicondicional. São as seguintes:

 p se e só se q.

 Se p então q e se q então p.

 p somente se q e q somente se p.

 Todo p e q e todo q e p.

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 p é condição suficiente e necessária para q.

 q é condição suficiente e necessária para p.

TABELA RESUMO DA TABUADA LÓGICA

Podemos adotar a tabuada lógica baseada na seguinte tabela:

CONECTIVO SIMBOLOGIA SERÁ VERDADE QUANTO


e ^ Todas as proposições forem verdade
ou V Pelo menos uma proposição for verdade
Se... Então → Sempre verdade, exceto VF (Vera Fischer)
ou ... Ou V Exatamente VF ou FV
se e somente se ↔ Valores iguais VV ou FF

EXERCÍCIOS

1. Sejam as proposições:
p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Central;
q: fazer frente ao fluxo positivo.
Se p implica q, então,

a) a atuação compradora de dólares por parte do Banco Central e condição necessária para
fazer frente ao fluxo positivo.
b) fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a atuação compradora de
dólares por parte do Banco Central.
c) a atuação compradora de dólares por parte do Banco Central e condição suficiente para
fazer frente ao fluxo positivo.
d) fazer frente ao fluxo positivo e condição necessária e suficiente para a atuação
compradora de dólares por parte do Banco Central.
e) a atuação compradora de dólares por parte do Banco Central não é condição suficiente
e nem necessária para fazer frente ao fluxo positivo.

Gabarito: letra c
Sejam as proposições simples:

p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Central


q: fazer frente de fluxo positivo.

MUDE SUA VIDA!


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Podemos unir as proposições acima utilizando os termos “condição suficiente”


e “condição necessária”:
“A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição
suficiente para fazer frente ao fluxo positivo”
“Fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária para a atuação
compradora de dólares por parte do Banco Central”.
Ou seja basta verificarmos as alternativas acima.

2. Sejam as proposições p e q onde p implica logicamente q. Diz-se de maneira equivalente


que:
a) p e condição suficiente para q.
b) q e condição suficiente para p.
c) p e condição necessária para q.
d) p e condição necessária e suficiente para q.
e) q não e condição necessária para p.

Gabarito: letra a
A questão apresenta as proposições simples p e q e afirma que a primeira
implica logicamente a segunda. Notamos que o conectivo que as une é o condicional,
resultando, simbolicamente em:

𝑝→𝑞

Vimos, que a 1° proposição é suficiente para a 2°, mas que a 2° é necessária


para a 1°, colocando isso nas proposições p e q da nossa questão temos:

“p é condição suficiente para q”

3. Em logica de programação, denomina-se _________ de duas proposições p e q a proposição


cujo valor logico e a falsidade (F), quando os valores lógicos das proposições p e q são ambos
falsos ou ambos verdadeiros, e o valor logico e a verdade (V), nos demais casos.
Preenche corretamente a lacuna acima:

a) disjunção inclusiva
b) proposição bicondicional
c) negação
d) disjunção exclusiva
e) proposição bidirecional

Gabarito: letra d

MUDE SUA VIDA!


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A questão busca saber qual e o conectivo logico que possui a seguinte


característica:
Valor logico e a falsidade (F), quando os valores lógicos das proposições p e q
são ambos falsos ou ambos verdadeiros, e o valor logico e a verdade (V), nos demais
casos.
Bem, acabamos de ver que o conectivo logico Disjunção Exclusiva possui
exatamente o valor logico mencionado acima, conforme se comprova por meio da
sua tabela-verdade:

4. Considerando que P seja a proposição “O atual dirigente da empresa X não apenas não
foi capaz de resolver os antigos problemas da empresa como também não conseguiu ser
inovador nas soluções para os novos problemas”, julgue o item a seguir a respeito de logica
sentencial.
Se a proposição “O atual dirigente da empresa X não foi capaz de resolver os antigos
problemas da empresa” for verdadeira e se a proposição “O atual dirigente da empresa X
não conseguiu ser inovador nas soluções para os novos problemas da empresa” for falsa,
então a proposição P será falsa.

Gabarito: certo
Sejam as proposições simples:
Q: O atual dirigente da empresa X não apenas não foi capaz de resolver os
antigos problemas da empresa
R: O atual dirigente da empresa X não conseguiu ser inovador nas soluções
para os novos problemas
Podemos fazer a seguinte representação da proposição P:
Q^R

O enunciado afirma que Q é verdadeira e que R e falsa, de forma que as


parcelas da conjunção terão os seguintes valores lógicos:

Verdadeiro ^ Falsa

Ora, já sabemos que, quando uma das proposições simples unida pelo conectivo
Conjunção e falsa, então a proposição composta também será F.

MUDE SUA VIDA!


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5. Considerando que P seja a proposição “Não basta a mulher de Cesar ser honesta, ela
precisa parecer honesta”, julgue o item seguinte, acerca da logica sentencial.
Se a proposição “Basta a mulher de Cesar ser honesta” for falsa e a proposição “A mulher
de Cesar precisa parecer honesta” for verdadeira, então a proposição P será verdadeira.

Gabarito: certo
Sejam as proposições simples:
Q: Basta a mulher de Cesar ser honesta
R: A mulher de Cesar precisa parecer honesta
Podemos fazer a seguinte representação da proposição P: ~Q ^ R
O enunciado afirma que Q e falsa. Logo, sua negação (o conceito de negação
ficará mais claro a frente, ainda nesta aula, quando o estudaremos em tópico
especifico) e verdadeira.
Além disso, foi dito que R e verdadeira, de forma que as parcelas da conjunção
terão os seguintes valores lógicos: verdadeiro ^ verdadeiro .
Ora, já sabemos que, quando as duas proposições simples unidas pelo
conectivo conjunção são verdadeiras, então a proposição composta também será V.

6. Sabendo que os valores lógicos das proposições simples p e q são, respectivamente, a


verdade e a falsidade, assinale o item que apresenta a proposição composta cujo valor logico
e a verdade.

a) ~p ∨ q ⟶ q
b) p∨q⟶q
c) p⟶q
d) p⟷q
e) q ∧ (p ∨ q)

Gabarito: letra a
O enunciado apresenta as proposições p e q, cujos valores lógicos são V e F,
respectivamente. Na sequência, exige-se que determinamos qual das alternativas
disponíveis apresenta proposição lógica composta com valor logico VERDADEIRO.
Assim, não tem jeito, precisamos analisar cada um dos itens. No entanto, trata-se
de tarefa simples, pois o caminho de resolução se resume a substituir o valor logico
(dado no enunciado) de cada proposição simples (p e q) e verificar o resultado de
acordo com a tabela-verdade de cada um dos conectivos.
Alternativa “a”
Substituindo o valor logico das proposições simples, teremos:

(~V ∨ F) ⟶ F

Note que o V esta sendo negado, de forma que o valor logico será falso:
(F ∨ F) ⟶ F
F⟶F

MUDE SUA VIDA!


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Assim, ficamos com um condicional em que tanto o antecedente como o


consequente são falsos. Ora, nesse caso a proposição composta será verdadeira, o
que torna esta alternativa correta.
Excelente, já analisamos a questão, mas vamos analisar os demais itens.

Alternativa “b”
Substituindo o valor logico das proposições simples, teremos:
(V v F) ⟶ F
V⟶F
Obtivemos o único caso em que o conectivo condicional possui valor logico
falso: a primeira parte e V, e a segunda parte e F. Logo, a alternativa esta incorreta.

Alternativa “c”
Os valores lógicos das proposições simples serão:
V⟶F
Mais uma vez chegamos ao caso em que o conectivo condicional assume valor
lógico falso, de modo que a alternativa esta incorreta.

Alternativa “d”
V⟷F
Agora estamos trabalhando com o conectivo bicondicional, cujo valor lógico e
verdadeiro quando os valores lógicos de p e q são iguais, sendo falso quando sao
diferentes, que e o caso da presente alternativa, o que a torna incorreta.

Alternativa “e”
F ^ (V v F)

A segunda parte da proposição composta e formada por uma disjunção, cujo


valor logico só será falso se ambas as proposições simples que a compõe forem
também falsas, será verdadeiro nos demais casos, como e a situação trazida neste
item, isto e, com uma das proposições simples sendo V. Logo:

F^V

Agora ficamos com uma conjunção, em que a primeira parte tem valor logico
falso, e a segunda e verdadeira. Ora, essa configuração torna a conjunção falsa, pois
ela só será verdadeira se ambas as proposições simples que a compõe forem também
verdadeiras, de modo que este item está incorreto.

NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

MUDE SUA VIDA!


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Como foi visto anteriormente para negar uma proposição simples, basta alterar o sentido
lógico da proposição ou seja não temos que necessariamente utilizar o não.

Exemplo:
p: Thiago não é atleta

~p: Thiago é atleta

Quando se trata de proposições compostas não basta apenas alterar o valor lógico da
proposição é necessário adotarmos algumas regras para cada conectivo em específico.

CONECTIVO “E” (CONJUNÇÃO)

Quando a proposição utiliza o conectivo “e” temos que substituí-lo pelo conectivo “ou” e
negar as duas proposições simples.

Exemplo:

P: Sidinelson é professor E gosta de jiu-jitsu.

~P: Sidinelson não é professor OU não gosta de jiu-jitsu.

CONECTIVO “OU” (DISJUNÇÃO INCLUSIVA)

Quando a proposição utiliza o conectivo “ou” temos que substituí-lo pelo conectivo “e” e
negar as duas proposições simples.

Exemplo:

P: Carlitos vai a praia OU gosta de cavalos.

~P: Carlitos não vai a praia E não gosta de cavalos.

CONECTIVO “SE...ENTÃO” (CONDICIONAL)

Quando a proposição utilizar o conectivo “Se...então” temos que substituí-lo pelo


conectivo “e” e manter a primeira proposição e negar a segunda proposição.

Exemplo:

P: SE Pedro gosta de pimenta, ENTÃO ele é falante.

~P: Pedro gosta de pimenta E não é falante.

Alguns alunos para facilitar adotam um macete chamado regra do MANE ou


seja MAnter a primeira e NEgar a segunda.

MUDE SUA VIDA!


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CONECTIVO “OU...OU” (DISJUNÇÃO EXCLUSIVA)

Quando a proposição utilizar o conectivo “ou...ou” temos 3 maneiras de aplicar a negação


sendo elas:

 Substituí-lo pelo “se somente se” e manter ambas as proposições.

 Manter “ou...ou” e negar a primeira.

 Manter “ou...ou” e negar a segunda.

Exemplos:

P: OU Thiago é engenheiro OU Pedro é médico.

~P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

P: OU Thiago é engenheiro OU Pedro é médico.

~P: OU Thiago não é engenheiro OU Pedro é médico.

P: OU Thiago é engenheiro OU Pedro é médico.

~P: OU Thiago é engenheiro OU Pedro não é médico.

CONECTIVO “SE SOMENTE SE” (BICONDICIONAL)

Quando a proposição utilizar o conectivo “se somente se” temos 3 maneiras de aplicar a
negação sendo elas:
 Substituí-lo pelo “ou...ou” e manter ambas as proposições.

 Manter “se somente se” e negar a primeira.

 Manter “se somente se” e negar a segunda.

Exemplos:

P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

~P: OU Thiago é engenheiro OU Pedro é médico.

MUDE SUA VIDA!


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P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

~P: Thiago não é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

~P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro não é médico.

RESUMO PARA NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO COMPOSTA

Para concretizar essa informação sobre negação de uma proposição composta segue uma
tabela com o resumo de todos conectivos e a respectiva regra para negar os mesmos.

CONECTIVO NEGAÇÃO PROPOSIÇÕES


e ou Negar ambas as proposições
ou e Negar ambas as proposições
Se...então e Manter a 1° proposição e negar a 2° (MANE)
se e somente se Manter ambas as proposições
ou...ou ou...ou Negar a 1° proposição e manter a 2°.
ou...ou Manter a 1° proposição e negar a 2°.
ou...ou Manter ambas as proposições
se e somente se se somente se Negar a 1° proposição e manter a 2°.
se somente se Manter a 1° proposição e negar a 2°.

EXERCÍCIOS

1. Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:

a) João é rico, e Maria não é pobre.


b) João não é rico, ou Maria não é pobre.
c) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
d) Se João é rico, então Maria é pobre.
e) João não é rico, e Maria não é pobre.

Gabarito: letra e
Sejam:

P = João é rico
Q = Maria é pobre

MUDE SUA VIDA!


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Temos que:
~(P V Q) = ~P ^ ~Q

Negações de P e Q:

~P = João não é rico


~Q = Maria não é pobre

Conclusão:

~P ^ ~Q = João não é rico E Maria não é pobre.

2. A negação de Não gosta de ler ou gosta de usar a internet é:

a) Gosta de ler e gosta de usar a internet.


b) Gosta de ler ou gosta de usar a internet.
c) Gosta de ler ou não gosta de usar a internet.
d) Gosta de ler e não gosta de usar a internet.

Gabarito: letra d
Sejam:

P = não gosta de ler


Q = gosta de usar a internet

A negação de P∨ Q é:

~(P∨ Q) = ~P∧ ~Q

~P∧ ~Q = Gosta de ler e não gosta de usar a internet.

3. Considere a afirmação: “Nem todos os técnicos gostam de informática e todos os chefes


de seção sabem que isso acontece”. Uma afirmação que corresponde à negação lógica da
afirmação anterior é:

a) Nenhum técnico gosta de informática ou nenhum chefe de seção sabe que isso acontece.
b) Todos os técnicos gostam de informática e existe algum chefe de seção que não sabe que
isso acontece.
c) Nenhum técnico gosta de informática e nenhum chefe de seção sabe que isso acontece.
d) Todos os técnicos gostam de informática ou existe algum chefe de seção que não sabe
que isso acontece.

MUDE SUA VIDA!


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e) Pelo menos um técnico gosta de informática e algum chefe de seção não sabe que isso
acontece.

Gabarito: letra d
A negação de “Nem todos os técnicos gostam de informática” é “Todos os
técnicos gostam de informática”.
A negação de “todos os chefes de seção sabem que isso acontece” é “existe
algum chefe de seção que não sabe que isso acontece”.

A negação do conectivo “e” é o conectivo “ou”.

Conclusão: Todos os técnicos gostam de informática ou existe algum chefe de


seção que não sabe que isso acontece.

4. A frase que corresponde à negação lógica da afirmação: Se o número de docinhos


encomendados não foi o suficiente, então a festa não acabou bem, é:

a) Se o número de docinhos encomendados foi o suficiente, então a festa acabou bem.


b) O número de docinhos encomendados não foi o suficiente e a festa acabou bem.
c) Se a festa não acabou bem, então o número de docinhos encomendados não foi o
suficiente.
d) Se a festa acabou bem, então o número de docinhos encomendados foi o suficiente.
e) O número de docinhos encomendados foi o suficiente e a festa não acabou bem.

Gabarito: letra b
Sejam:
P = o número de docinhos encomendados não foi o suficiente
Q = a festa não acabou bem

A frase pode ser representada como P ⇒ Q. Recordando a sua negação:

~(P ⇒ Q) ⇔ P ^ ~Q

P ^ ~Q = o número de docinhos encomendados não foi o suficiente e a festa


acabou bem.

5. Considere a afirmação:
“João não trabalha e Maria fica em casa”
A negação dessa afirmação é:

a) João não trabalha e Maria não fica em casa


b) João trabalha e Maria fica em casa

MUDE SUA VIDA!


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c) João trabalha e Maria não fica em casa


d) João trabalha ou Maria não fica em casa
e) João trabalha ou Maria fica em casa

Gabarito: letra d
Considerando a afirmação como P∧ Q, onde:
P: João não trabalha
Q: Maria fica em casa

A negação da conjunção P∧ Q é a disjunção ~P∨ ~Q.

~P∨ ~Q: João trabalha ou Maria não fica em casa

PRECEDÊNCIA DOS CONECTIVOS LÓGICOS

É um tema pouco usual, mas que de uma maneira ou outra é cobrado, da mesma maneira
que na matemática temos os critérios de prioridade que é multiplicação e divisão depois a soma
e subtração, para os conectivos lógicos também tem-se a regra sendo:

EXERCÍCIOS

1. Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria
legenda, na qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto a disciplina
estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu vocabulário particular
constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou
que ele era inafiançável.
Tendo como referencia essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

MUDE SUA VIDA!


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Caso as proposições R e S se refiram a mesma pessoa e a um único crime, então,


independentemente das valorações de R e S como verdadeiras ou falsas, a proposição:
R S → Q será sempre falsa.

Gabarito: errado

Na ausência de parênteses, obedecemos a seguinte ordem:

Assim, a proposição trazida pelo enunciado fica:

(R^S) → Q

Considerando que a pessoa tenha cometido o crime “B”, Q será verdadeira.


Nesse momento precisamos recordar que sempre que o consequente e
verdadeiro, o condicional e verdadeiro, independentemente do valor lógico do
antecedente.
Portanto, podemos concluir que é plenamente possível termos a sentença
(R^S) → Q verdadeira, o que torna o item errado.

TABELAS-VERDADE

É um dispositivo utilizado no estudo da lógica matemática, com o uso desta tabela é


possível definir o valor lógico de uma proposição, isto é, saber quando uma sentença é
verdadeira ou falsa ou seja, dá o valor lógico da união das proposições através da tabuada lógica

PASSO A PASSO PARA MONTAGEM DA TABELA VERDADE

 1° Passo

Encontrar o número de linhas da tabela, que é expresso por 2n, onde n é a quantidade de
proposições simples.

Exemplo:
n = 2 proposições

MUDE SUA VIDA!


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2² = 4 linhas

n = 3 proposições
2³ = 8 linhas

 2° Passo

Distribuir (v) e (f) na tabela com a ideia da metade “4/4 , 2/2, 1/1

 3° Passo

Aplicar a tabuada lógica dos operadores vista anteriormente de acordo com a situação.

TABELAS-VERDADE PARA DUAS PROPOSIÇÕES

Sabemos que essa tabela terá quatro linhas (2²=4). Para duas proposições simples p e q,
começaremos montando a seguinte estrutura:

p q

Agora a primeira coluna da proposição (p) terá sempre a seguinte configuração: 2


verdades, 2 falsas.

p q
V
V
F
F

Agora a segunda coluna da proposição (q), aplica-se a regra da metade, ou seja metade de
2 V será 1 V e assim por diante.

p q
V V
V F
F V
F F

MUDE SUA VIDA!


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Portanto a estrutura inicial para tabelas-verdade composta por duas proposições simples,
o restante das colunas dependerá do conectivo lógico que une as proposições p e q.

Exemplo:
A tabela-verdade para a proposição ~(p→q)

p q (p→q) ~(p→q)
V V V F
V F F V
F V V F
F F V F

TABELAS-VERDADE PARA TRÊS PROPOSIÇÕES

O critério é o mesmo o que muda agora é a quantidade de linhas pois como são três
proposições simples, sabemos que teremos oito linhas (23=8).

p q r

Agora a primeira coluna da tabela da proposição p será composta por metade das linhas
com V e metade com F.

p q r
V
V
V
V
F
F
F
F

A segunda coluna da proposição q segue a regra da metade ou seja metade de 4 V será 2


V metade de 4 F será 2 V

p q r

MUDE SUA VIDA!


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V V
V V
V F
V F
F V
F V
F F
F F

A terceira coluna da proposição r segue o mesmo critério ou seja regra da metade.

p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Portanto a estrutura inicial para tabelas-verdade composta por três proposições simples,
o restante das colunas dependerá do conectivo lógico que une as proposições p, q e r

Exemplo:
Construa a tabela-verdade da proposição (p^q) → (qVr)

Como se trata de 3 proposições simples aplicamos:

2n
23= 8 linhas

Primeiro passo montar a estrutura de uma tabela verdade.

p q r (p^r) (qVr) (p^q) → (qVr)


V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Agora basta resolver coluna por coluna sendo:

MUDE SUA VIDA!


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p q r (p^r) (qVr) (p^q) → (qVr)


V V V V
V V F F
V F V V
V F F F
F V V F
F V F F
F F V F
F F F F

Resolvendo a 3 coluna temos:

p q r (p^r) (qVr) (p^q) → (qVr)


V V V V V
V V F F V
V F V V V
V F F F F
F V V F V
F V F F V
F F V F V
F F F F F

Agora basta fazer a conclusão da tabela ou seja o que o enunciado realmente pede, temos:

p q r (p^r) (qVr) (p^q) → (qVr)


V V V V V V
V V F F V V
V F V V V V
V F F F F V
F V V F V V
F V F F V V
F F V F V V
F F F F F V

EXERCÍCIOS

1. Para quaisquer proposições p e q, com valores lógicos quaisquer, a condicional:


p → (q →p) será, sempre, verdadeira.

Gabarito: certo
Temos uma condicional A →B neste item, onde A = p, e B = (q →p). Só há uma
forma de uma condicional ser falsa, que é quando temos VF. Forçando A a ser V,
temos que p é V. Com isto, B será OBRIGATORIAMENTE verdadeira, afinal ficamos

MUDE SUA VIDA!


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com B = (q →V). Esta condicional entre parênteses não fica falsa, independentemente
do valor lógico de q. De fato, temos uma tautologia, pois não é possível tornar esta
proposição do enunciado falsa. Outra possibilidade seria montar a tabela-verdade da
proposição, que ficaria assim:

2. Considere as seguintes proposições para responder a questão.


P1: Se ha investigação ou o suspeito e flagrado cometendo delito, então há punição de
criminosos.
P2: Se ha punição de criminosos, os níveis de violência não tendem a aumentar.
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a população não faz justiçaa com as
próprias mãos.
A quantidade de linhas da tabela verdade associada a proposição P1 e igual a:

a) 32.
b) 2.
c) 4.
d) 8.
e) 16.

Gabarito: letra d
Sejam as proposições simples que formam a P1:
P: Ha investigação;
Q: O suspeito e flagrado cometendo delito;
R: Ha punição de criminosos.
Assim, fica claro que temos três proposições simples. Para obtermos a
quantidade de linhas da tabela verdade associada a proposição P1, utilizaremos a
formula:
2n
2 = 8 linhas
3

3. Considere o argumento seguinte:


Se o controle de tributos e eficiente e é exercida a repressão a sonegação fiscal, então a
arrecadação aumenta. Ou as penalidades aos sonegadores não são aplicadas ou o
controle de tributos e ineficiente. E exercida a repressão a sonegação fiscal. Logo, se as
penalidades aos sonegadores são aplicadas, então a arrecadação aumenta.
Se para verificar a validade desse argumento for usada uma tabela-verdade, qual deverá
ser o seu número de linhas?

MUDE SUA VIDA!


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a) 4
b) 8
c) 16
d) 32
e) 64

Gabarito: letra c
Sejam as proposições simples do argumento presente no enunciado:
P: O controle de tributos e eficiente.
Q: E exercida a repressão a sonegação fiscal.
R: A arrecadação aumenta.
S: As penalidades aos sonegadores são aplicadas.
A questão busca saber quantas linhas deve possuir a tabela-verdade que ira
verificar a validade do argumento. Temos a presença de quatro proposições simples.
Ora, já sabemos que o numero de linhas (N) da tabela-verdade é dado por:

2n
24= 16 linhas

4. Considere a proposição: “O contingente de policiais aumenta ou o índice de


criminalidade irá aumentar.”. Nesse caso, a quantidade de linhas da tabela verdade é igual a:

a) 2
b) 4
c) 8
d) 16
e) 32

Gabarito: letra b
Temos uma disjunção inclusiva com apenas duas proposições simples.

O número de linhas da tabela verdade é igual a:

2² = 4 linhas

5. Para construir a tabela verdade da proposição ~(p V ~q), um estudante montou o


quadro apresentado.

MUDE SUA VIDA!


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Ao preencher completamente e corretamente a tabela, o número de F encontrado na última


coluna é igual a:

a) 1
b) 3
c) 4
d) 0
e) 2

Gabarito: letra b
Para resolver a tabela verdade basta resolver coluna por coluna portanto a
primeira coluna a ser resolvida é ~q ficando:

Agora pra preencher a outra coluna no caso: p V ~q temos:

Para finalizar o exercício temos a última coluna onde analisaremos a quantidade


de F na mesma.

TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA

TAUTOLOGIA

MUDE SUA VIDA!


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É toda proposição composta cujo valor lógico é sempre verdadeiro, independentemente


dos valores lógicos das proposições simples que a compõem.

Exemplo:
Sidinelson é lindo ou Sidinelson não é lindo.

Um outro método para analisar uma proposição composta é construir a tabela verdade da
mesma caso a última coluna seja composta apenas por Verdade então a proposição será uma
tautologia.

CONTRADIÇÃO

É toda proposição composta cujo valor lógico é sempre falso, independentemente dos
valores lógicos das proposições simples que a compõe.

Exemplo:
Hoje faz sol e hoje não faz sol.

Assim como na tautologia a contradição de uma proposição também pode ser verificada
pela tabela verdade, só que nesse caso a coluna conclusão ou coluna final terá todos valores
falsos.
CONTINGÊNCIA

São proposições compostas cujo valor lógico pode ser verdadeiro ou pode ser falso. Ou
seja não é nem uma tautologia e nem tampouco uma contradição.

Exemplo:
Thiago é concurseiro ou Thiago não é lindo.

Assim como na tautologia ou na contradição a contingência poderá ser verificada também


pela tabela verdade onde a coluna conclusão terá valores verdadeiros e falsos.

EXERCÍCIOS
1. Sejam as proposições:
Se a porta esta fechada, então a janela esta aberta ou a porta esta fechada;
Se a porta esta fechada, então a janela esta fechada e a porta não esta fechada;
Se a porta ou a janela estão fechadas então a porta esta fechada e a janela esta aberta.
Tais proposições são, respectivamente, exemplos de:

a) tautologia, contingência e contingência.


b) contingência, contradição e tautologia.
c) tautologia, contradição e contingência.
d) contradição, contingência e tautologia.

MUDE SUA VIDA!


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e) contingência, tautologia e contradição.

Gabarito: letra a
O enunciado solicita que classifiquemos as proposições compostas fornecidas
como tautologia, contradição ou contingencia.
Sabemos que:
- uma TAUTOLOGIA e uma proposição composta cujo valor lógico e sempre
verdadeiro, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que a
compõem;
- uma CONTRADICAO e uma proposição composta cujo valor lógico e sempre
falso, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que a
compõem; e
- uma CONTINGENCIA e uma proposição composta cujo valor lógico pode ser
verdadeiro ou pode ser falso.

Sendo assim, para classificarmos as proposições compostas do enunciado,


temos que utilizar a tabela-verdade, que terá quatro linhas, pois temos duas
proposições simples para trabalharmos:

p: a porta esta fechada


q: a janela esta aberta
Tendo em mente que uma condicional e falsa quando temos um antecedente
verdadeiro e um consequente falso, montemos e analisemos a tabelas- verdade de
cada proposição composta:

・ Se a porta esta fechada, então a janela esta aberta ou a porta esta fechada
p ⟶ (q v p)

Uma vez que os valores lógicos da proposição composta em analise são V em


todas as linhas, temos, então, uma tautologia.

・ Se a porta esta fechada, então a janela esta fechada e a porta não esta
fechada:
p ⟶ (~q ^ ~p)

MUDE SUA VIDA!


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Na medida em a proposição composta em analise possui valores lógicos V e F


ao longo das linhas da tabela-verdade, temos uma contingencia.

・ Se a porta ou a janela estão fechadas então a porta esta fechada e a janela


esta aberta:
(p v ~q) ⟶ (p ^ q)

Tendo em vista que os valores lógicos da proposição composta em analise


alternam entre V e F ao longo das linhas da tabela-verdade, temos novamente uma

2. Considere as seguintes proposições logicas:


• p: a conferência foi um sucesso, mas os representantes não gostaram da proposta;
• q: ou ampliam-se os investimentos no setor, ou os projetos não serão implantados.
Diante do exposto, e correto afirmar que:

a) a proposição “Os projetos serão ou não implantados" e uma contradição


b) a negação de p e “Os representantes gostaram da proposta ou a conferencia foi um
sucesso".
c) a proposição “Se a conferencia foi um sucesso, então os representantes gostaram da
proposta" e equivalente a p.
d) a proposição “Se os representantes gostarem da proposta, então a conferencia terá sido
um sucesso" e equivalente a p.
e) a proposição “Os projetos serão implantados se e somente se os investimentos no setor
forem ampliados" e equivalente a q.

Gabarito: letra e
O enunciado fornece duas proposições compostas: p e q. Para que possamos
analisar as alternativas da questão, teremos que representar simbolicamente as
proposições simples que as compõem.

MUDE SUA VIDA!


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Passemos a analisar cada alternativa.


a) a proposição “Os projetos serão ou não implantados" e uma contradição
Item errado. Conforme a tabela-verdade abaixo, os valores lógicos da proposição
sempre são V. Portanto, e uma tautologia.

b) a negação de p e “Os representantes gostaram da proposta ou a conferencia


foi um sucesso".
Aplicando a negação equivalente a conjunção p, temos que:

~(C ^ ~G) = ~C v G

Logo, a negação de p e “a conferência não foi um sucesso ou os representantes


gostaram da proposta”. Portanto, o item esta errado.

c) a proposição “Se a conferencia foi um sucesso, então os representantes


gostaram da proposta" e equivalente a p.
Utilizando a tabela-verdade, temos que:

Uma vez que as os valores lógicos das proposições compostas não são iguais
em todas as linhas, concluímos que a proposição indicada pela alternativa não e
equivalente a p. Portanto, o item está errado.

d) a proposição “Se os representantes gostarem da proposta, então a


conferência terá sido um sucesso" e equivalente a p.
Recorrendo mais uma vez a tabela-verdade, teremos:

MUDE SUA VIDA!


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Novamente, os valores lógicos das proposições compostas não são iguais em


todas as linhas, de modo que a proposição indicada pela alternativa não e equivalente
a p. Portanto, o item está errado.

e) a proposição “Os projetos serão implantados se e somente se os


investimentos no setor forem ampliados" é equivalente a q
A proposição equivalente a disjunção exclusiva q, em linguagem simbólica é:

( A v ~I) = A ⟷ I

Logo, a proposição equivalente a q e “ampliam-se os investimentos no setor se


e somente se os projetos forem implantados”.
Haja vista que, pela propriedade comutativa, temos que A ⟷ I = I ⟷ A, outra
forma de representar a proposição equivalente a q e “Os projetos serão implantados
se e somente se os investimentos no setor forem ampliados".
Portanto, o item está certo.

3. Analise as proposições:
x: [p ⟶ (q v r)] ⟷ (p ^ ~q ^ ~r)
y: (p ⟶ q) ⟶ (~q ⟶ ~p)
Acerca das proposições x e y, e correto afirmar que:

a) x e contingente.
b) y e contingente.
c) x e uma tautologia.
d) y e uma contradição.
e) x e uma contradição

Gabarito: letra e
O enunciado apresenta as proposições compostas x e y, e demanda que
identifiquemos se as mesmas são tautologia, contradição ou contingência.
Iniciemos com a montagem da tabela-verdade de x:

MUDE SUA VIDA!


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Observe que os conectivos da proposição x resultam em valores lógicos F para


todas as linhas da tabela-verdade. Portanto, x e uma contradição.
Passemos para a análise da tabela-verdade de y:

De acordo com os resultados da tabela-verdade, a proposição y e uma


tautologia, pois todos os seus valores lógicos são verdadeiros.
A partir dos resultados obtidos as proposições x e y, concluímos que a
alternativa correta e a letra E.

4. Leia as assertivas abaixo e, em seguida, Assinale a alternativa correta:


a) 2=3 e 2+3=5
b) Se 2=3, então 2+3=7
c) 2=3 ou 2+3=7
d) Se 2=2, então 2+3=7

Gabarito: letra b
A questão apresenta, em cada uma das alternativas, proposições compostas
para que avaliemos se elas são verdadeiras ou falsas de acordo com as regras das
tabelas-verdade dos conectivos.
Analisemos cada alternativa.

a) 2=3 e 2+3=5
Item errado. Temos a seguinte conjunção em valores lógicos:

F ^ V => FALSO

MUDE SUA VIDA!


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b) Se 2=3, então 2+3=7


Item certo. Temos a seguinte condicional em valores lógicos:

F ⟶ F => VERDADEIRO

c) 2=3 ou 2+3=7
Item errado. Temos a seguinte disjunção em valores lógicos:

F v F => FALSO

d) Se 2=2, então 2+3=7


Item errado. Temos a seguinte condicional em valores lógicos:

V ⟶ F => FALSO

5. Das cinco frases abaixo, quatro delas tem uma mesma característica lógica em comum,
enquanto uma delas não tem essa característica.

I. Que belo dia!


II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
III. O jogo termina empatado?
IV. Existe vida em outros planetas do universo.
V. Escreva uma poesia.
A frase que não possui essa característica comum é a:

a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.

Gabarito: letra d
Analisando as cinco frases, percebemos que quatro delas (I, II, III e V) possui
uma característica comum: não são proposições, pois se enquadram em:

_ Sentenças exclamativas;
_ Sentenças interrogativas;
_ Sentenças imperativas;
_ Sentenças sem verbo
... não são proposições.

Já a frase IV e uma proposição ou uma sentença declarativa, pois conseguimos


fazer um julgamento face o seu conteúdo.

MUDE SUA VIDA!


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EQUIVALÊNCIAS

Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente


equivalentes) quando os resultados de suas tabelas-verdade são idênticos. Uma consequência
prática da equivalência lógica é que ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que lhe
seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira de dizê-la. A equivalência lógica entre
duas proposições, p e q, pode ser representada simbolicamente como: p ↔ q, ou simplesmente
por p = q. Começaremos com a descrição de algumas equivalências lógicas básicas.

EQUIVALÊNCIA DA CONJUNÇÃO (^)

Para aplicar a equivalência em uma proposição com a conjunção, basta inverter a ordem
das proposições e manter a conjunção.

Exemplo:
P: Sidinelson é forte E veloz.

P: Sidinelson é veloz E forte.

P ^ Q = Q ^ P (basta trocar as posições simples de lugar mantendo o conectivo.)

DISJUNÇÃO INCLUSIVA (V)

Para aplicar a equivalência em uma proposição com a disjunção inclusiva, basta inverter
a ordem das proposições e manter a disjunção inclusiva.

Exemplo:
P: Robersval é engenheiro OU professor.

P: Robersval é professor OU engenheiro.

P v Q = Q v P (basta trocar as posições simples de lugar mantendo o conectivo.)

CONDICIONAL (—›)

Para aplicar a equivalência em uma proposição com o condicional, temos duas maneiras
sendo elas:

 Manter o condicional mas inverter as proposições e negando as mesmas.

 Utilizar o conectivo OU negando a primeira proposição e mantendo a segunda.

MUDE SUA VIDA!


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Exemplos:

 Primeiro caso
P: SE Robersval é engenheiro, ENTÃO Thiago é professor.

P: SE Thiago não é professor, ENTÃO Robersval não é engenheiro.

 Segundo caso
P: SE Robersval é engenheiro, ENTÃO Thiago é professor.

P: Robersval não é engenheiro OU Thiago é professor.

P —› Q = ~ Q —› ~ P (basta inverter mantendo o conectivo e negar ambas proposições.)

P —› Q = ~ P v Q (troco conectivo por OU Nego a primeira proposição Mantenho a segunda


proposição.)

Bizu para equivalência do condicional pelo conectivo OU.


NEyMAr ou seja NEgo a primeira, MAntenho a segunda

DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (V)

Para aplicar a equivalência em uma proposição com disjunção exclusiva, temos três
maneiras sendo elas:

 Manter a disjunção exclusiva e negar as proposições.

 Inverter as proposições mantendo a disjunção exclusiva e negando as proposições.

 Transformá-la em duas proposições ligadas por uma disjunção inclusiva onde nego
ambas proposições de maneira trocada em cada separação ligadas por uma
conjunção.

Exemplos:

 Primeiro caso
P: OU Robersval é engenheiro, OU Thiago é professor.

P: OU Robersval não é engenheiro, OU Thiago não é professor.

 Segundo caso

MUDE SUA VIDA!


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P: OU Robersval é engenheiro, OU Thiago é professor.

P: OU Thiago não é professor, OU Robersval não é engenheiro.

 Terceiro caso
P: OU Robersval é engenheiro, OU Thiago é professor.

P: Robersval é engenheiro E Thiago não é professor, OU Robersval não é engenheiro E


Thiago é professor.

P v Q = ~P v ~Q (basta negar ambas)

P v Q = ~Q v ~P (basta trocar as proposições e negar ambas)

P v Q = (P ^ ~ Q) v (~ P ^ Q) (exclusividade desta proposição)

BICONDICIONAL (‹—›)

Para aplicar a equivalência em uma proposição com bicondicional, temos quatro


maneiras sendo elas:

 Manter o bicondicional e inverter as proposições.

 Manter o bicondicinal e negar as proposições mantendo a posição das mesmas.

 Manter o bicondicional e negar as proposições negando ambas as proposições.

 Transformar a bicondicional em duas condicionais.

Exemplos:

 Primeiro caso

P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

P: Pedro é médico SE E SOMENTE SE Thiago é engenheiro.

 Segundo caso

P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

P: Thiago não é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro não é médico

 Terceiro caso

MUDE SUA VIDA!


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P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

P: Pedro não é médico SE E SOMENTE SE Thiago não é engenheiro.

 Quarto caso

P: Thiago é engenheiro SE E SOMENTE SE Pedro é médico.

P: SE Thiago é engenheiro, ENTÃO Pedro é médico E SE Pedro é medico, ENTÃO Thiago é


engenheiro.

P ‹—› Q = Q ‹—› P (basta trocar as proposições)

P ‹—› Q = ~P ‹—› ~Q (basta negar as proposições)

P ‹—› Q = ~Q ‹—› ~P (basta trocar as proposições e negar ambas)

P ‹—› Q = (P —› Q) ^ (Q —› P) (basta separar em duas condicionais usando conectivo E)

TABELA RESUMO DE EQUIVALÊNCIA

EXERCÍCIOS

1. Dos slogans abaixo, o que é equivalente a “Se beber, então não dirija” é:

a) “Se não dirigir, então beba”.


b) “Não beba nem dirija”.
c) “Não beba ou não dirija”.
d) “Se não beber, então dirija”.
e) “Beba e não dirija”.

Gabarito: letra c

MUDE SUA VIDA!


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Normalmente, a equivalência da qual os alunos mais se lembram na hora de


fazer uma prova é que a forma equivalente de “Se A então B” é “ Se não B então não
A”.
No entanto, existe uma outra forma equivalente muito cobrada também
utilizando o conectivo “ou”:

“Se A então B” é equivalente a “ não A ou B”. (BIZU NEyMAr)

Fazendo
A:beber
B: não dirijir

“Se beber então não dirija” é equivalente a “Não bebo ou não dirijo”
A equivalência é assim mesmo, negando a primeira oração e mantendo a
segunda, além de aplicar a mudança mais radical, que é trocar o “se..então” por
“ou”.

2. Pedro, um jovem empregado de uma empresa, ao receber a proposta de novo emprego,


fez diversas reflexões que estão traduzidas nas proposições abaixo.
P1: Se eu aceitar o novo emprego, ganharei menos, mas ficarei menos tempo no trânsito.
P2: Se eu ganhar menos, consumirei menos.
P3: Se eu consumir menos, não serei feliz.
P4: Se eu ficar menos tempo no trânsito, ficarei menos estressado.
P5: Se eu ficar menos estressado, serei feliz.

A partir dessas proposições, julgue o item a seguir.

A proposição P1 é logicamente equivalente à proposição “Eu não aceito o novo emprego,


ou ganharei menos e ficarei menos tempo no trânsito”.

Gabarito: Certo
O enunciado propõe uma relação de equivalência para uma condicional, por
uma disjunção. A equivalência de condicional por uma disjunção deve seguir a
seguinte relação: ~p V q.
Considerando:
p: eu aceitar o novo emprego
q: ganharei menos, mas ficarei menos tempo no trânsito.
Portanto, teríamos: eu NÃO aceito o novo emprego OU ganharei menos, mas
ficarei menos tempo no trânsito.

3. Considerando a proposição P: “Nos processos seletivos, se o candidato for pós-


graduado ou souber falar inglês, mas apresentar deficiências em língua portuguesa, essas
deficiências não serão toleradas”, julgue os itens seguintes acerca da lógica sentencial.

MUDE SUA VIDA!


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A proposição “O candidato não apresenta deficiências em língua portuguesa ou essas


deficiências são toleradas” é logicamente equivalente a “Se o candidato apresenta
deficiências em língua portuguesa, então essas deficiências são toleradas”.

Gabarito: Certo
O enunciado propõe equivalência entre uma disjunção e uma condicional.
Observamos que a proposição “O candidato não apresenta deficiências em
língua portuguesa ou essas deficiências são toleradas” é uma disjunção e, a relação
de equivalência condicional é “Se o candidato apresenta deficiências em língua
portuguesa, então essas deficiências são toleradas”.

Esta equivalência se faz de acordo com a seguinte relação:

~p V q equivale a p → q.

Vamos considerar:
~p: O candidato não apresenta deficiências em língua portuguesa.

p: O candidato apresenta deficiências em língua portuguesa.

q: essas deficiências são toleradas.

Então, a equivalente condicional seria:


“Se o candidato apresenta deficiências em língua portuguesa, então essas
deficiências são toleradas”.
Comparamos com a proposta do enunciado e verificamos que são idênticas.

4. A afirmação logicamente equivalente à sentença: “Se o número 5 ou 8 for sorteado,


então eu serei rico e famoso” é:

a) Se eu não for rico ou famoso, então os números 5 e 8 não serão sorteados.


b) Se eu não for rico e famoso, então os números 5 e 8 não serão sorteados.
c) Se o número 5 ou 8 não for sorteado, então eu não serei rico e famoso.
d) Se o número 5 ou 8 não for sorteado, então eu não serei rico ou não serei famoso.
e) Se eu não for rico ou famoso, então ou o número 5 ou o número 8 não será sorteado.

Gabarito: letra a
O enunciado propõe uma relação de equivalência para uma condicional, usando
outra condicional. Esta forma chama-se contra positiva e tem a seguinte estrutura:
p → q equivale a ~q → ~p.

MUDE SUA VIDA!


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Porém, devemos observar que temos na primeira parcela uma disjunção e na


segunda parcela da condicional uma conjunção.
Cuidado, pois, a contra positiva requer que se negue ambas as parcelas. E
devemos saber que uma conjunção se nega com uma disjunção, após negar as
proposições. E uma disjunção se nega com uma conjunção além de se negar as duas
proposições.
Considerando:

p: o número 5 ou 8 for sorteado

q: serei rico e famoso.

As negativas destas parcelas seriam:

~p: os números 5 e 8 NÂO forem sorteados.

~q: NÃO serei rico ou famoso.

Montando a contra positiva teremos: Se eu NÃO for rico ou famoso, então os


números 5 e 8 NÂO serão sorteados.

5. Se o sino da igreja toca e minha avó o escuta, então minha avó vai para a igreja. Uma
afirmação equivalente a essa, do ponto de vista lógico, é:

a) Se minha avó não vai para a igreja, então o sino da igreja não toca ou minha avó não o
escuta.
b) Se minha avó não o escuta, então o sino da igreja não toca e minha avó não vai para a
igreja.
c) Minha avó não o escuta ou o sino da igreja toca ou minha avó vai para a igreja.
d) Se o sino da igreja toca e minha avó vai para a igreja, então minha avó o escuta.
e) Se o sino da igreja não toca ou minha avó não o escuta, então minha avó não vai para a
igreja.

Gabarito: letra a
O enunciado propõe uma relação de equivalência para uma condicional. A
condicional pode ter duas formas de equivalentes: através de uma disjunção ou por
uma outra condicional. Esta forma chama-se contra positiva e tem a seguinte
estrutura: p → q equivale a ~q → ~p. Observando as alternativas percebemos que a
maioria é de condicionais. Logo, é mais indicado tentarmos a contra positiva.
Se a contra positiva não estiver entre as alternativas, por exclusão, a resposta
será a alternativa C (e nem precisaremos fazer a disjunção). Lembrando que a
primeira parcela da condicional traz uma conjunção e esta é negada através da
disjunção.

MUDE SUA VIDA!


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Considerando:

p: o sino da igreja toca e minha avó o escuta

q: minha avó vai para a igreja

as negativas destas parcelas seriam:

~p: o sino da igreja Não toca OU minha avó NÃO o escuta

~q: minha avó NÃO vai para a igreja

A contra positiva: p → q equivale a ~q → ~p.

“Se minha avó NÃO vai para a igreja, então o sino da igreja Não toca OU minha
avó NÃO o escuta”.

ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES

Chama-se argumento uma sequência finita de proposições P (P1, P2, P3,...Pn) que inferem
uma proposição Q (ou C), ou seja, um grupo de proposições iniciais denominadas premissas,
que findam em uma proposição final, denominada de conclusão do argumento, que será
consequência das premissas iniciais.
Há um caso de argumento, em que temos duas premissas e uma conclusão. Tal argumento
recebe o nome de silogismo categórico (Aristóteles). As premissas também podem ser
denominadas de hipóteses e a conclusão de tese.

Adotando nos exemplos abaixo:


P1= premissa 1
P2= premissa 2
C= conclusão

Exemplos:
P1: Se eu passar no concurso, então irei trabalhar.
P2: Passei no concurso
C: Irei trabalhar

P1: Se ele me ama então casa comigo.


P2: Ele me ama.
C: Ele casa comigo.

P1: Todos os brasileiros são humanos.


P2: Todos os goianos são brasileiros.
C: Todos os goianos são humanos.

P1: Todos os homens são mortais


P2: Sidinelson é homem

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C: Sidinelson é mortal.

Ao interpretarmos as premissas:

 Todos os homens são mortais

 Sidinelson é homem

Estamos dizendo que essas duas premissas acarretam na nossa conclusão:


Sócrates é mortal. Portanto temos um exemplo de argumento.

SILOGISMO

Silogismo é o argumento formado por duas premissas e a conclusão. Em um argumento


lógico, sempre consideraremos as premissas como sendo verdadeiras. O argumento lógico
afirma que o conjunto de premissas tem como consequência uma determinada conclusão.
Os argumentos, em lógica, possuem dois componentes básicos:
 premissas

 conclusão.

Exemplo:
“Todos os times brasileiros são bons e estão entre os melhores times do mundo. O
Brasiliense é um time brasileiro. Logo, o Brasiliense está entre os melhores times do mundo”
temos um argumento com duas premissas e a conclusão.

Evidentemente, pode-se construir um argumento válido a partir de premissas


verdadeiras, chegando a uma conclusão também verdadeira. Mas também é possível construir
argumentos válidos a partir de premissas falsas, chegando a conclusões falsas. O detalhe é que
podemos partir de premissas falsas, proceder por meio de uma inferência válida e chegar a uma
conclusão verdadeira.

Exemplo:
Premissa: Todos os peixes vivem no oceano.
Premissa: Lontras são peixes.
Conclusão: Logo, focas vivem no oceano.

Há, no entanto, uma coisa que não pode ser feita: a partir de premissas verdadeiras,
inferirem de modo correto e chegar a uma conclusão falsa. Podemos resumir esses resultados
numa tabela de regras de implicação.
Onde:
 A denota implicação;

 A é a premissa,

 B é a conclusão.

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REGRAS DE IMPLICAÇÃO
Premissas Conclusão Inferência
A B AàB
Falsas Falsa Verdadeira
Falsas Verdadeira Verdadeira
Verdadeiras Falsa Falsa
Verdadeiras Verdadeira Verdadeira

Portanto temos que:

 Se as premissas são falsas e a inferência é válida, a conclusão pode ser verdadeira


ou falsa (linhas 1 e 2).

 Se as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa, a inferência é inválida (linha


3).

 Se as premissas e a inferência são válidas, a conclusão é verdadeira (linha 4).


Desse modo, o fato de um argumento ser válido não significa necessariamente que sua
conclusão seja verdadeira, pois pode ter partido de premissas falsas. Um argumento válido que
foi derivado de premissas verdadeiras é chamado de argumento consistente. Esses,
obrigatoriamente, chegam a conclusões verdadeiras.
Premissas: Argumentos dedutíveis sempre requerem certo número de “assunções-base
”. São as chamadas premissas. É a partir delas que os argumentos são construídos ou, dizendo
de outro modo, é as razões para se aceitar o argumento. Entretanto, algo que é uma premissa
no contexto de um argumento em particular pode ser a conclusão de outro, por exemplo. As
premissas do argumento sempre devem ser explicitadas. A omissão das premissas é
comumente encarada como algo suspeito, e provavelmente reduzirá as chances de aceitação do
argumento.
A apresentação das premissas de um argumento geralmente é precedida pelas palavras
“admitindo que...”, “já que...”,“obviamente se...” e “porque...”. É imprescindível que
seu oponente concorde com suas premissas antes de proceder à argumentação.
Usar a palavra “obviamente” pode gerar desconfiança. Ela ocasionalmente faz algumas
pessoas aceitarem afirmações falsas em vez de admitir que não entenda por que algo é “óbvio
”. Não se deve hesitar em questionar afirmações supostamente “óbvias”.

INFERÊNCIA

Uma vez que haja concordância sobre as premissas, o argumento procede passo a passo
por meio do processo chamado “inferência”. Na inferência, parte-se de uma ou mais
proposições aceitas (premissas) para chegar a outras novas. Se a inferência for válida, a nova
proposição também deverá ser aceita. Posteriormente, essa proposição poderá ser empregada
em novas inferências. Assim, inicialmente, apenas se pode inferir algo a partir das premissas do
argumento; ao longo da argumentação, entretanto, o número de afirmações que podem ser
utilizadas aumenta. Há vários tipos de inferência válidos, mas também alguns inválidos. O

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processo de inferência é comumente identificado pelas frases “Consequentemente...” ou “


isso implica que...”.

CONCLUSÃO

Finalmente se chegará a uma proposição que consiste na conclusão, ou seja, no que se está
tentando provar. Ela é o resultado final do processo de inferência e só pode ser classificada
como conclusão no contexto de um argumento em particular. A conclusão respalda-se nas
premissas e é inferida a partir delas.
A seguir está exemplificado um argumento válido, mas que pode ou não ser “consistente
”.

1. Premissa: Todo evento tem uma causa.


2. Premissa: O universo teve um começo.
3. Premissa: Começar envolve um evento.
4. Inferência: Isso implica que o começo do universo envolveu um evento.
5. Inferência: Logo, o começo do universo teve uma causa.
6. Conclusão: O universo teve uma causa.

A proposição do item 4 foi inferida dos itens 2 e 3. O item 1, então, é usado em conjunto
com proposição 4 para inferir uma nova proposição (item 5). O resultado dessa inferência é
reafirmado (numa forma levemente simplificada) como sendo a conclusão.

ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS

O argumento será dedutivo quando suas premissas fornecerem prova conclusiva da


veracidade da conclusão, isto é, o argumento é dedutivo quando a conclusão é completamente
derivada das premissas.

Exemplo:
P1: Todo ser humano tem mãe.
P2: Todos os homens são humanos.
C: Todos os homens têm mãe.

O argumento será indutivo quando suas premissas não fornecerem o apoio completo para
retificar as conclusões.
Exemplo:
P1: O Flamengo é um bom time de futebol.
P2: O Palmeiras é um bom time de futebol.
P3: O Vasco é um bom time de futebol.
P4: O Cruzeiro é um bom time de futebol.
C: Todos os times brasileiros de futebol são bons.

Portanto, nos argumentos indutivos a conclusão possui informações que ultrapassam as


fornecidas nas premissas. Sendo assim, não se aplica, então, a definição de argumentos válidos
ou não válidos para argumentos indutivos.

ARGUMENTOS DEDUTIVOS VÁLIDOS


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Vimos então que a noção de argumentos válidos ou não válidos aplica-se apenas aos
argumentos dedutivos, e também que a validade depende apenas da forma do argumento e não
dos respectivos valores verdades das premissas. Vimos também que não podemos ter um
argumento válido com premissas verdadeiras e conclusão falsa. A seguir exemplificaremos
alguns argumentos dedutivos válidos importantes.

AFIRMAÇÃO DO ANTECEDENTE:

O primeiro argumento dedutivo válido que discutiremos chama-se “afirmação do


antecedente”, também conhecido como modus ponens.

Exemplo:
P1: Se José for reprovado no concurso, então será demitido do serviço.
P2: José foi aprovado no concurso.
C: José será demitido do serviço.

Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser escrita da seguinte forma:

Outro argumento dedutivo válido é a “negação do consequente” (também conhecido


como modus Tollens).

Obs.: (p → q) é equivalente a (~q → ~p). Esta equivalência é chamada de contra-positiva.

Exemplo:
“Se ele me ama, então casa comigo” é equivalente a “Se ele não casa comigo, então ele
não me ama”;

Então vejamos o exemplo do modus tollens.

Exemplo:
P1: Se aumentarmos os meios de pagamentos, então haverá
inflação.
P2: Não há inflação.
C: Não aumentamos os meios de pagamentos.

Este argumento é evidentemente válido.

ARGUMENTOS DEDUTIVOS NÃO VÁLIDOS

Existe certa quantidade de artimanhas que devem ser evitadas quando se está
construindo um argumento dedutivo. Elas são conhecidas como falácias. Na linguagem do dia a
dia, nós denominamos muitas crenças equivocadas como falácias, mas, na lógica, o termo possui
significado mais específico: falácia é uma falha técnica que torna o argumento inconsistente ou
inválido (além da consistência do argumento, também se podem criticar as intenções por detrás
da argumentação). Argumentos contentores de falácias são denominados falaciosos.
Frequentemente, parecem válidos e convincentes, às vezes, apenas uma análise pormenorizada
é capaz de revelar a falha lógica. Com as premissas verdadeiras e a conclusão falsa nunca

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teremos um argumento válido, então este argumento é não válido, chamaremos os argumentos
não válidos de falácias. A seguir, examinaremos algumas falácias conhecidas que ocorrem com
muita frequência. O primeiro caso de argumento dedutivo não válido que veremos é o que
chamamos de “falácia da afirmação do consequente”.

Exemplo:

P1: Se ele me ama então ele casa comigo.


P2: Ele casa comigo.
C: Ele me ama.

Este argumento é uma falácia, podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa.
Outra falácia que corre com frequência é a conhecida por “falácia da negação do
antecedente”.

Exemplo:
P1: Se João parar de fumar ele engordará.
P2: João não parou de fumar.
C: João não engordará.

Este argumento é uma falácia, pois podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão
falsa.
Os argumentos dedutivos não válidos podem combinar verdade ou falsidade das
premissas de qualquer maneira com a verdade ou falsidade da conclusão. Assim, podemos ter,
por exemplo, argumentos não válidos com premissas e conclusões verdadeiras, porém, as
premissas não sustentam a conclusão.

Exemplo:
P1: Todos os mamíferos são mortais. (V)
P2: Todos os gatos são mortais. (V)
C: Todos os gatos são mamíferos. (V)

Este argumento tem a forma:


P1: Todos os A são B.
P2: Todos os C são B.
C: Todos os C são A.

Podemos facilmente mostrar que esse argumento é não válido, pois as premissas não
sustentam a conclusão, e veremos então que podemos ter as premissas verdadeiras e a
conclusão falsa, nesta forma, bastando substituir A por mamífero, B por mortais e C por cobra.

P1: Todos os mamíferos são mortais. (V)


P2: Todas as cobras são mortais. (V)
C: Todas as cobras são mamíferas. (F)

Podemos usar as tabelas-verdade, definidas nas estruturas lógicas, para demonstrarmos


se um argumento é válido ou falso.
Outra maneira de verificar se um dado argumento P1, P2, P3, ...Pn é válido ou não, por meio
das tabelas-verdade, é construir a condicional associada: (P1 ∧ P 2 ∧ P 3 ...Pn) e reconhecer se

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essa condicional é ou não uma tautologia. Se essa condicional associada é tautologia, o


argumento é válido. Não sendo tautologia, o argumento dado é um sofisma (ou uma falácia).
Tautologia: Quando uma proposição composta é sempre verdadeira, então teremos uma
tautologia.
Há argumentos válidos com conclusões falsas, da mesma forma que há argumentos não
válidos com conclusões verdadeiras.
Logo, a verdade ou falsidade de sua conclusão não determinam a validade ou não validade
de um argumento. O reconhecimento de argumentos é mais difícil que o das premissas ou da
conclusão. Muitas pessoas abarrotam textos de asserções sem sequer produzirem algo que
possa ser chamado de argumento. Às vezes, os argumentos não seguem os padrões descritos
acima. Por exemplo, alguém pode dizer quais são suas conclusões e depois justificá-las. Isso é
válido, mas pode ser um pouco confuso.

Mas fica uma questão: todos os argumentos lógicos são válidos?


Façamos, então, um estudo dos argumentos lógicos, para verificar se eles são válidos ou
inválidos. É isso o que interessa.
Então, passemos a seguir a tentar entender o que significa um argumento válido e um
argumento inválido.

Validade de um argumento

Dizemos que um argumento é válido, quando a sua conclusão é uma consequência


obrigatória do seu conjunto de premissas, ou seja, as premissas verdadeiras garantem que a
conclusão também será verdadeira.

DICA: VÁLIDO, TODOS VERDADEIROS (premissas e conclusão).

Existem casos em que o argumento é INVÁLIDO. Veremos em algumas situações que as


premissas e a própria conclusão poderão ser visivelmente falsas (e até absurdas), e o
argumento, ainda assim, poderá ser considerado válido. Isto pode ocorrer porque, na Lógica, o
estudo dos argumentos não leva em conta a verdade ou a falsidade das premissas que compõem
o argumento, mas tão somente a validade deste.

“Quando o argumento não é válido, diz-se que é um sofisma”.

RECAPITULANDO:
Considerando SEMPRE que as premissas são verdadeiras, a conclusão necessariamente
também seja verdadeira, então o argumento é válido. Caso contrário, se existir um caso em que
todas as premissas são verdadeiras e a conclusão seja falsa, então o argumento é inválido.

Existem várias técnicas desenvolvidas por estudiosos e professores. Porém, para cada
caso devemos eleger o que seria mais conveniente, vejamos algumas:

TÉCNICAS DE ANÁLISE DA VALIDADE DO ARGUMENTO

ATRAVÉS DA TABELA-VERDADE

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Para analisar um argumento por meio da tabela-verdade, devemos seguir alguns passos
básicos:
- montar uma tabela-verdade contendo todas as premissas e a conclusão.
– identificar as linhas em que todas as premissas são verdadeiras.
– verificar se, nas linhas indicadas no item anterior a conclusão também é verdadeira.
- FINALIZANDO: nas linhas avaliadas se as premissas e a conclusão forem verdadeiras o
argumento é válido. Em caso negativo, o argumento é inválido.

Exemplo:
(p ^ q) → r

 1° passo
Construir as tabelas-verdade para as duas premissas e para a conclusão. Teríamos,
portanto, três tabelas a construir (uma tabela para cada premissa e uma tabela para a
conclusão).
Para economizarmos espaço, ganharmos tempo e facilitarmos a execução deste passo,
faremos somente uma tabela-verdade, em que as premissas e a conclusão corresponderão a
distintas colunas nesta tabela, conforme se observa abaixo.
Observe que as premissas e a conclusão são obtidas pelos seguintes procedimentos:
- A 1ª premissa (4° coluna da tabela) é obtida pela condicional entre a 3° e a 2° colunas.
- A 2ª premissa (5° coluna) é obtida pela negação da 2° coluna.
- A conclusão (8° coluna) é obtida pela disjunção entre a 6° e a 7e colunas.

 2º passo
Agora, vamos verificar quais são as linhas da tabela em que os valores lógicos das
premissas são todos V. Agora, conseguimos verificar que a 4°, 6° e 8° linhas apresentam todas
as duas premissas com valor lógico V.
 3º passo
Finalizando, temos que verificar qual é o valor lógico da conclusão para estas mesmas 4°,
6° e 8° linhas. Em todas elas a conclusão é também V. Portanto, o argumento é válido.

Resumindo:
PREMISSAS VERDADEIRAS E CONCLUSÕES VERDADEIRAS = ARGUMENTO VÁLIDO.

TÉCNICA DA PREMISSA FÁCIL

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Considerando as premissas verdadeiras e conclusão verdadeira. Devemos “garimpar”


entre as premissas dadas uma que seja fácil (geralmente proposição simples e a conjunção) e
analisar os conectivos após atribuir um valor lógico devido à dica da premissa fácil
Este método, fácil e eficiente serve para resolver a maioria das questões cobradas pela
ESAF (neste assunto) e também outras bancas.
Com base no exemplo abaixo iremos validar essa técnica. Vale lembrar que SEMPRE deve
considerar as premissas como verdadeiras. E por meio das operações lógicas com os conectivos
e com o valor lógico da PREMISSA FÁCIL, descobrir o valor lógico da conclusão, que deverá
resultar também em verdade, para que o argumento seja considerado válido.

Exemplo 2:
Classifique o argumento abaixo em válido ou inválido
Premissas:
1 – Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema.
2 – Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto.
3 – Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping.
4 – Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto.

Conclusão: Manuel não vai ao mercado.

Considerando todas as premissas como verdadeiras e usando a informação da premissa


fácil e com a análise dos conectivos, para verificar se a conclusão dada é verdadeira e definirmos
a validade do argumento.
Observa-se que ao final do texto existe uma informação dada por uma premissa simples,
que é a conclusão (que pode ser V ou F). A premissa 3 que é a dica, pois, a única maneira da
conjunção ser verdadeira é que ambas as parcelas sejam verdadeiras. Portanto, a premissa 3
nos permite concluir que:

3- Beatriz vai ao boliche (V) e Suelen vai ao Shopping (V).

Observe que a premissa que novamente traz Beatriz (não tem mais premissa) ou Suelen
é a premissa 4, que está na forma de disjunção.
Ora, a tabela-verdade da disjunção requer que uma das parcelas seja verdadeira e a outra
seja falsa. Como sabemos que Suelen não vai ao shopping é falso, a outra parcela deve ser
verdadeira. Portanto, concluímos que “Pedro não vai ao porto” é verdade. Portanto, ”Pedro
vai ao porto” é falso.

4 – Suelen não vai ao shopping (F) ou Pedro não vai ao porto. (V)

Observe que a premissa que novamente traz Pedro é a premissa 2, que está na forma de
disjunção. Ora, a tabela-verdade da disjunção requer que uma das parcelas seja verdadeira e a
outra seja falsa. Como sabemos que “Pedro vai ao porto” é falso, a outra parcela deve ser
verdadeira. Portanto, concluímos que “Cláudia vai ao cinema” é verdade. Portanto, (F)
Cláudia vai ao cinema (V) ou Pedro vai ao porto (F).

Resta agora analisar a premissa 1:

1 – Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema (V).

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Como sabemos que “Cláudia vai ao cinema” é verdade para a condicional ser
verdadeira com a segunda parcela sendo verdade a primeira parcela tanto pode ser verdadeira
como falsa.
Portanto, não podemos garantir a veracidade ou falsidade da primeira parcela. Logo,
Manuel pode ou não ir ao mercado não tornará a premissa falsa. Então, teremos a seguinte
situação na tabela verdade (já explorada anteriormente):

Temos uma situação em que o argumento apresenta premissas verdadeiras e conclusão


falsa. Isto torna o argumento inválido.

RESULTADO: argumento INVÁLIDO.

TÉCNICA DA CONCLUSÃO FALSA

Este método é parecido com o método anteriormente descrito, com a seguinte diferença:
considerando a conclusão é falsa e fazer a verificação se conseguiremos ter todas as premissas
verdadeiras. Se a se concluirmos que é possível a existência dessa situação o argumento será
inválido.
Ou seja, um argumento é válido se não ocorrer a situação em que as premissas são
verdades e a conclusão é falsa.
Este método consiste em fazer uma avaliação inversa pois, faremos a análise das
premissas e verificar se conseguiremos ter todas as premissas sendo verdadeiras e a conclusão
é falsa. Caso isto se verifique o argumento será inválido.
As vezes temos casos em que a proposição em estudo pode admitir duas ou mais
possibilidades, o que torna a análise mais complicada se consideramos a conclusão verdadeira.
Mas, com a conclusão sendo falsa a tabela-verdade pode permitir uma única valoração,
facilitando a análise.

Nesta técnica começamos a análise pela conclusão.


Por que? Quando devemos usar esta técnica?
Esta técnica é indicada quando a conclusão só apresenta um caso de falso. Isso ocorre
quando a conclusão é:
- uma proposição simples ou uma disjunção ou uma condicional

Exemplo:

Premissa 1: Se fizer sol então vou nadar ou jogar futebol


Premissa 2: Se eu nadar então não fez sol.
Premissa 3: Se chover então não vou jogar futebol
Conclusão: Se fizer sol então não chove.

Se considerarmos a conclusão como verdade teríamos três possibilidades para que isto
aconteça. Porém, ao considerá-la falsa teremos uma única situação:

Antecedente Verdade e consequente falso.


Portanto, concluiríamos que:
Fez sol é verdade
Não Choveu é falso (logo, choveu é verdade).
Agora o que faremos?

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Vamos trabalhar com estas duas conclusões das proposições da conclusão e verificar se
teremos todas as premissas verdadeiras. Caso isto ocorra, teremos um argumento INVÁLIDO.
Para que o argumento seja válido deveremos ter uma incompatibilidade, uma incongruência
nas premissas.

Então, vamos à análise:


Inicialmente esquematizaremos as premissas e a conclusão com os valores lógicos
atribuídos a eles:
Verdade para a Premissa 1: Se fizer sol então vou nadar ou jogar futebol.
Verdade para a Premissa 2: Se eu nadar então não fez sol.
Verdade para a Premissa 3: Se chover então não vou jogar futebol.

Conclusão: Se fizer sol então não chove. (F) (a condicional é falsa e não as duas premissas
simples)

Depois devemos procurar nas premissas onde teríamos as proposições “Chover” e “


fez sol” e substituir pelos valores lógicos atribuídos na conclusão.

Veja que temos nas premissas 1 e 2 a condicional com a parcela referente ao sol e na
premissa e 3 a parcela referente a chuva (chover).
Vamos, então, adicionar os valores lógicos e depois concluirmos o que for possível:
Premissa 1: Se fizer sol (V) então vou nadar ou jogar futebol
Premissa 2: Se eu nadar então não fez sol.(F).
Premissa 3: Se chover(V). então não vou jogar futebol
Vamos à análise das premissas individualmente, no que for possível:

Premissa 1: a parcela ‘vou nadar ou jogar futebol” deve ser verdade, pois corresponde
à segunda parte da condicional. E isto ocorre quando uma das parcelas da disjunção seja
verdadeira.
Portanto, não podemos ainda concluir mais nada sobre esta parcela Premissa 2: Se eu
nadar então não fez sol (F).
Podemos concluir que nadar é falso, pois, se fosse verdade a condicional toda seria falsa
(e a premissa também).
Portanto: nadar é falso

Premissa 3: Se chover(V) então não vou jogar futebol Como a primeira parcela da
condicional é verdade, a segunda parcela deverá ser verdade para que a condicional (e a
premissa) seja verdade.
Conclusão: não vou jogar futebol é verdade. Logo, jogar futebol é falso.

Agora já sabemos que jogar futebol é falso e que nadar é falso podermos substituir na
premissa 1, que ficaria assim:
Premissa 1: Se fizer sol (V)então vou nadar (F) ou jogar futebol (F).
Tivemos aqui um problema: Não conseguimos chegar a todas as premissas como sendo
verdadeiras.
Veja:
Premissa 1: Se fizer sol (V)então vou nadar (F) ou jogar futebol (F). RESULTADO:
PREMISSA FALSA!!!!!

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EXERCÍCIOS
1. Os silogismos são formas lógicas compostas por premissas e uma conclusão que se segue
delas. Um exemplo de silogismo válido é:

a) Curitiba é capital de Estado. São Paulo é capital de Estado. Belém é capital de Estado.
b) Alguns gatos não têm pelo. Todos os gatos são mamíferos. Alguns mamíferos não têm
pelo.
c) Todas as aves têm pernas. Os Ursos polares são répteis ovíparos que vivem nos
mamíferos têm pernas. Logo, todas as mesas têm pernas.
d) Antes de ontem choveu. Ontem também choveu. Logo, amanhã certamente choverá.
e) Todas as plantas são verdes. Todas as árvores são plantas. Todas as árvores são mortais.
Vamos analisar as alternativas e verificar onde estão os erros.
Gabarito: letra b
Analisando item por item temos:
“a” Curitiba é capital de Estado. São Paulo é capital de Estado.
Belém é capital de Estado. (Temos 3 premissas e ocorre falta da conclusão)

“b” Alguns gatos não têm pelo. Todos os gatos são mamíferos. Alguns
mamíferos não têm pelo. (correto. Temos duas premissas e uma conclusão
decorrente delas).

“c” Todas as aves têm pernas. Os mamíferos têm pernas. Logo, todas as mesas
têm pernas. (não existe uma relação da conclusão com as premissas. Mesas foi
relacionada em qual premissa? Nenhuma. Não decorre das premissas esta
conclusão).

“d” Antes de ontem choveu. Ontem também choveu. Logo, amanhã certamente
choverá. (não existe uma relação da conclusão com as premissas. A conclusão não
decorre das premissas).

“e” Todas as plantas são verdes. Todas as árvores são plantas. Todas as árvores
são mortais. (não existe uma relação da conclusão com as premissas. Mortais foi
relacionada em qual premissa? Nenhuma. Não decorre das premissas esta
conclusão).

2. Se é quarta-feira, treino tênis por duas horas exatamente. Se treino tênis por duas horas
exatamente, então lancho no clube. Após treinar tênis, ou jogo bola ou lancho no clube. Após
o último treino de tênis, joguei bola, o que permite concluir que:

a) era fim de semana.


b) não era quarta-feira.

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c) lanchei no clube.
d) treinei por menos de duas horas.
e) treinei tênis por duas horas exatamente.

Gabarito: letra b
A questão pede a conclusão correta em função das premissas que sempre
consideramos verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:

I) Se é quarta-feira, treino tênis por duas horas exatamente.


II) Se treino tênis por duas horas exatamente, então lancho no
clube.
III) Após treinar tênis, ou jogo bola ou lancho no clube.
IV) Após o último treino de tênis, joguei bola,

Temos duas premissas condicionais, uma disjunção exclusiva e uma premissa


simples. E isto é muito bom, porque já temos o valor lógico de uma das premissas.
Vamos atribuir valores lógicos ás proposições e premissas e determinar a
conclusão correta:

IV) Após o último treino de tênis, joguei bola. (V).


III) ou jogo bola ou lancho no clube.
(V) (?)
Para que a bicondicional seja verdadeira apenas uma das parcelas deverá ser
verdadeira. Como a primeira parcela já é verdadeira a segunda parcela deverá ser
falsa. Então, lancho no clube é falso. Logo, não lancho no clube.

II) Se treino tênis por duas horas exatamente, então lancho no clube.
(?) (F)

Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa.

Concluímos que não treino tênis por 2 horas exatamente.

I) Se é quarta-feira, treino tênis por duas horas exatamente.


(?) (F)
Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa.
Concluímos que não é quarta.

3. Considere as afirmações:
I. A camisa é azul ou a gravata é branca.
II. Ou o sapato é marrom ou a camisa é azul.
III. O paletó é cinza ou a calça é preta.
IV. A calça é preta ou a gravata é branca.
Em relação a essas afirmações, sabe-se que é falsa apenas a afirmação IV. Desse modo, é
possível concluir corretamente que:

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a) a camisa é azul e a calça é preta.


b) a calça é preta ou o sapato é marrom.
c) o sapato é marrom ou a gravata é branca.
d) a calça é preta e o paletó é cinza.
e) a camisa é azul ou o paletó é cinza.

Gabarito: letra e
A questão pede a conclusão correta em função das premissas dadas, sendo que
a IV é falsa e as demais são verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:
I. A camisa é azul ou a gravata é branca.
II. Ou o sapato é marrom ou a camisa é azul.
III. O paletó é cinza ou a calça é preta.
IV. A calça é preta ou a gravata é branca.
Temos uma premissa falsa na forma de disjunção. E isto é muito bom, porque
as duas parcelas da disjunção devem ser falsas para que esta seja falsa.
Vamos atribuir valores lógicos ás proposições e premissas e determinar a
conclusão correta:

IV. A calça é preta ou a gravata é branca.


(F) (F)
Verdades:
A calça não é preta
A gravata não é branca
III. O paletó é cinza ou a calça é preta.
(?) (F)
Para que a disjunção seja verdadeira a primeira parcela deverá ser verdadeira,
pois, na disjunção uma das parcelas deve ser verdadeira ou ambas. Então, o paletó
é cinza.

I. A camisa é azul ou a gravata é branca.


(?) (F)

Para que a disjunção seja verdadeira a primeira parcela deverá ser verdadeira,
pois, na disjunção uma das parcelas deve ser verdadeira ou ambas. Então, a camisa
é azul

II. Ou o sapato é marrom ou a camisa é azul.


(?) (V)
Portanto a primeira parcela precisa ser falsa, pois, na disjunção exclusiva
apenas uma das parcelas pode ser verdadeira pra que ela seja verdadeira. Então, o
sapato não é marrom.
Cuidado ao analisar as alternativas. Elas devem ser analisadas levando em
conta os conectivos.

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4. Se eu falo, então tu te calas. Se não te calas, então ela acorda. Se ela acorda, então eu
embalo. Eu não embalo e não grito.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que:

a) eu falo e tu te calas.
b) eu falo ou eu grito.
c) tu não te calas e ela não acorda.
d) ela não acorda e tu te calas.
e) ela acorda e eu embalo.

Gabarito: letra d
A questão pede a conclusão correta em função das premissas que sempre
consideramos verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:
I) Se eu falo, então tu te calas.
II) Se não te calas, então ela acorda.
III) Se ela acorda, então eu embalo.
IV) Eu não embalo e não grito.
Temos três premissas condicionais e uma premissa na forma de conjunção. E
isto é muito bom, porque as duas parcelas da conjunção devem ser verdadeiras para
que esta seja verdadeira.
Vamos atribuir valores lógicos ás proposições e premissas e determinar a
conclusão correta:

IV) Eu não embalo e não grito.


Verdades:
não embalo.(V)
Não grito. (V)
III) Se ela acorda, então eu embalo.
(?) (F)

Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa. “
ela acorda” é falso.
Então, ela não acorda. (V).
II) Se não te calas, então ela acorda.
(?) (F)
Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa. “Não
te calas” é falso.

Conclui-se que te calas.(V).


I) Se eu falo, então tu te calas.
(?) (V)
Portanto a primeira parcela pode ser verdadeira ou falsa.
Cuidado ao analisar as alternativas. Elas devem ser analisadas levando em
conta os conectivos.

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5. Se Cássia é tia, então Alberto não é tio. Se Cláudio é tio, então Wiliam é pai. Verifica-se
que Alberto e Cláudio são tios. Conclui-se, de forma correta, que:

a) Wiliam não é pai e Cássia é tia.


b) se Wiliam é pai, então Cássia é tia.
c) se Cássia não é tia, então Wiliam não é pai.
d) Cássia é tia e Wiliam é pai.
e) Cássia não é tia e Wiliam é pai.

Gabarito: letra e
A questão pede a conclusão correta em função das premissas que sempre
consideramos verdadeiras. Então, vamos organizar as premissas:
I) Se Cássia é tia, então Alberto não é tio.
II) Se Cláudio é tio, então Wiliam é pai.
III) Verifica-se que Alberto e Cláudio são tios
Temos duas premissas condicionais e uma premissa na forma de conjunção. E
isto é muito bom, porque as duas parcelas da conjunção devem ser verdadeiras para
que esta seja verdadeira.
Vamos atribuir valores lógicos ás proposições e premissas e determinar a
conclusão correta:
III) Verifica-se que Alberto e Cláudio são tios.
Verdades: Alberto é tio e Claudio é tio.
II) Se Cláudio é tio, então Wiliam é pai.
(V) (?)
Para que a condicional seja verdadeira a segunda parcela deverá ser
verdadeira. Então, Wilian é pai
I) Se Cássia é tia, então Alberto não é tio.
(?) (F)
Para que a condicional seja verdadeira a primeira parcela deverá ser falsa.
Conclui-se que Cassia não é tia.
Cuidado ao analisar as alternativas. Elas devem ser analisadas levando em
conta os conectivos.

AUGUSTUS DE MORGAN
Antes de conhecer as Leis, vamos conhecer um pouco seu criador. Isso ajuda
a memorização do conteúdo de uma maneira mais lúdica. Augustus de Morgan foi um
matemático e lógico indiano, nascido em 27 de junho de 1806, em Madurai, na Índia.
Seus pais eram ingleses, e a ocasião do seu nascimento na Índia se deu por conta da
profissão do pai, militar em missão naquele país.
Morgan ficou cego de um olho poucas semanas após seu nascimento, o que lhe fez ser
vítima de muitos preconceitos desde a infância. Apesar disso, ingressou em 1923 na
Universidade de Cambridge.

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Ele não pôde continuar os estudos naquela universidade, porque não aceitou submeter-
se ao exame religioso. Mas em 1828 (ou seja, com 22 anos), foi nomeado o primeiro professor
de Matemática da Universidade de Londres.
Morgan foi o primeiro a utilizar o termo “indução matemática” (falamos sobre ela no texto
sobre Lógica de Argumentação). Foi um dos responsáveis por reformular o estudo da Lógica
Matemática no que conhecemos atualmente.
Sua obra “Formal Logic” (Lógica Formal), em 1847, apresentou o que hoje conhecemos
como Leis de Morgan.

LEIS DE MORGAN
Vamos relembrar alguns conceitos fundamentais de Raciocínio Lógico, para que as Leis
de Morgan sejam compreendidas:

 Proposição
Uma proposição é a afirmação de que algo é verdadeiro. Após analisarmos qualquer
proposição, podemos defini-la como verdadeira ou falsa. Exemplo: “o céu é azul”.

 Negação
É a mudança do valor lógico de uma proposição. A negação de uma proposição verdadeira
é falsa. A negação de uma proposição falsa é verdadeira. O símbolo da negação é o til (~).

 Conjunção
Proposições compostas em que está presente o conectivo “e”. Exemplo: “o céu é azul e as
nuvens são brancas”. O símbolo da conjunção é semelhante à letra “v” invertida (∧).

 Disjunção
É uma proposição composta em que as partes estejam unidas pelo conectivo “ou”.
Exemplo: “o céu é azul ou os pássaros são pretos”. O símbolo da disjunção é semelhante à letra
“v” (∨).

O QUE DIZEM AS LEIS DE MORGAN

PRIMEIRA LEI DE MORGAN

Em linguagem simples podemos dizer o seguinte: negar duas proposições ligadas com “e”
– ou seja, uma conjunção – é o mesmo que negar duas proposições e ligá-las com “ou” (ou seja,
transformá-las em uma disjunção.
Considere que “p” e “q” são duas proposições. O que acabei de afirmar pode ser escrito da
seguinte forma, simbolicamente:

~ (p ∧ q) = (~ p) ∨ (~ q)

Para ficar mais claro:

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Não (p e q) é igual a (não p) ou (não q).

Exemplos:
Sendo “p” igual a “Pedro é marinheiro”.
Sendo “q” igual a “Queila é artista”.

Então, podemos ter como exemplo da primeira Lei de Morgan o seguinte:


Não (Pedro é marinheiro e Queila é artista) é o mesmo que (Pedro não é marinheiro ou
Queila não é artista).

Finalmente, sendo ainda mais claro: negar que “Pedro é marinheiro e Queila é artista” é o
mesmo que afirmar que “Ou Pedro não é marinheiro ou Queila não é artista”.

SEGUNDA LEI DE MORGAN

Agora vamos à Segunda Lei. Em português claro ela diz que negar duas proposições
ligadas por “ou” é o mesmo que negar as duas proposições e juntá-las com “e”.
Novamente considerando “p” e “q” duas proposições, temos a seguinte representação
simbólica:

~ (p ∨ q) = (~ p) ∧ (~ q)

Para ficar mais claro:

Não (p ou q) é igual a (não p) e (não q).


Tomando as mesmas proposições da Primeira Lei como exemplo, temos o seguinte:
Não (Pedro é marinheiro ou Queila é artista) é o mesmo que (Pedro não é marinheiro e
Queila não é artista).
Para entender melhor: negar que “Pedro é marinheiro ou Queila é artista” é igual a afirmar
que Pedro não é marinheiro e Queila não é artista”.

EXERCÍCIOS

1. Julgue os próximos itens, considerando a proposição P a seguir. P: “O bom jornalista não


faz reportagens em benefício próprio nem deixa de fazer aquela que prejudique seus
interesses”.
A negação da proposição P está corretamente expressa por: “O bom jornalista faz
reportagens em benefício próprio e deixa de fazer aquela que não prejudique seus
interesses”.

Gabarito: errado
A proposição P é equivalente a “O bom jornalista não faz reportagens em
benefício próprio e não deixa de fazer aquela que prejudique seus interesses”. O item
está errado, pois além de negar os dois componentes, deveríamos trocar o conectivo

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“e” pelo conectivo “ou”. A correta negação é “O bom jornalista faz reportagens em
benefício próprio ou deixa de fazer aquela que não prejudique seus interesses”.

2. Proposição P: A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não
apresentou os comprovantes de pagamento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida
pelo ex-empregado.
Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não
apresentou os comprovantes de pagamento.
A proposição Q, anteriormente apresentada, está presente na proposição P. A negação da
proposição Q pode ser expressa por:

a) A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdenciárias ou apresentou os


comprovantes de pagamento.
b) A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias ou não apresentou os
comprovantes de pagamento.
c) A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias e apresentou os
comprovantes de pagamento.
d) A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdenciárias nem apresentou os
comprovantes de pagamento.

Gabarito: letra a
A frase “A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não
apresentou os comprovantes de pagamento.” pode ser reescrita como “A empresa
alegou ter pago suas obrigações previdenciárias e não apresentou os comprovantes
de pagamento.”
Para negar uma proposição composta pelo “e”, basta negar os dois
componentes e trocar o conectivo por “ou”

3. A negação da proposição “O candidato é pós-graduado ou sabe falar inglês” pode ser


corretamente expressa por “O candidato não é pós-graduado nem sabe falar inglês”.

Gabarito: certo
Esta tipo de questão aparece com muita frequência em provas do CESPE.
Observe: A proposição “Não vou à praia nem ao cinema” significa “Não vou à praia e
não vou ao cinema”.
CUIDADO!! A expressão “nem”, que o enunciado colocou na suposta negação,
significa “e” implicitamente!! Vamos voltar ao enunciado. Queremos negar a
proposição “O candidato é pós-graduado ou sabe falar inglês”. Devemos negar os
dois componentes e trocar o conectivo “ou” por “e.
Assim, a negação pedida pode ser escrita assim: “O candidato não é pós-
graduado e não inglês”. Esta frase pode ser reescrita como “O candidato não é pós-
graduado nem sabe falar inglês”

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4. P: Se não há autorização legislativa ou indicação dos recursos financeiros


correspondentes, então, não há abertura de créditos suplementares ou de créditos especiais.
Considerando a proposição acima, que tem por base o art. 167, inciso V, da Constituição
Federal de 1988, julgue os itens seguintes.
Na proposição P, a negação do consequente estaria corretamente expressa por: “Há abertura
de créditos suplementares ou há abertura de créditos especiais”.

Gabarito: errado
O consequente é a segunda proposição de uma proposição composta pelo
conectivo “se…, então…”, ou seja, é a proposição que fica depois do “então”.
Queremos, portanto, negar a proposição “não há abertura de créditos
suplementares ou de créditos especiais.”.
Para negar uma proposição composta pelo “ou”, devemos negar os
componentes e trocar o conectivo pelo “e”. O item está errado, já que o conectivo
não foi trocado.

5. A negação da proposição “o eleitor é induzido a apoiar níveis muito elevados de gasto


público ou o nível de gasto público não reflete a preferência do eleitor” é logicamente
equivalente a “o eleitor não é induzido a apoiar níveis muito elevados de gasto público e o
nível de gasto público reflete a preferência do eleitor.”

Gabarito: certo
Para negar uma proposição composta pelo “ou”, devemos negar os dois
componentes e trocar o conectivo por “e”.

ORIGEM DO DIAGRAMAS LÓGICOS

Diagramas Lógicos: Linguagem natural, linguagem simbólica, representação das


proposições categóricas por diagramas lógicos. Análise de argumentos (validade) construídos
por diagramas lógicos, inferências lógicas e suas negações.
Friedrich Ludwig Gottlob Frege construiu uma maneira de reordenar várias sentenças
para tornar sua forma lógica clara, com a intenção de mostrar como as sentenças relacionam-
se em certos aspectos.
Antes de Frege, a lógica formal não obteve sucesso além do nível da lógica de sentenças:
ela podia representar a estrutura de sentenças compostas de outras sentenças, usando os
conectivos lógicos: “e”, “ou” e “não”, mas não podia quebrar sentenças em partes menores.
O trabalho de Friedrich Ludwig Gottlob Frege foi um dos que deu início à lógica formal
contemporânea. Sendo assim, percebemos a grande incidência de questões de concursos
públicos voltadas para esta linguagem e raciocínio. O grande contributo de Friedrich Ludwig
Gottlob Frege para a lógica matemática foi a criação de um sistema de representação simbólica

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(Begriffsschrift, conceito grafia ou ideografia) para representar formalmente a estrutura dos


enunciados lógicos e suas relações, e a contribuição para a implementação do cálculo dos
predicados.
Esta parte da decomposição funcional da estrutura interna das frases (em parte
substituindo a velha dicotomia sujeito-predicado, herdada da tradição lógica Aristotélica pela
oposição matemática função-argumento) e da articulação do conceito de quantificação
(implícito na lógica clássica da generalidade), possibilitou sua manipulação em regras de
dedução formal. (As expressões “para todo o x”, “existe um x”, que denotam operações de
quantificação sobre variáveis têm na obra de Frege uma de suas origens).

OS DIAGRAMAS LÓGICOS

Os diagramas são utilizados como uma representação gráfica de proposições relacionadas


a uma questão de raciocínio lógico. Esse tema é muito cobrado em provas que tenha por
matéria raciocínio lógico para concursos, em questões que envolvem o termo “todo”, “algum” e
“nenhum”.
Conjunto: Um conjunto constitui-se em um número de objetos ou números com
características semelhantes. Podem ser classificados assim:

 Conjunto finito: possui uma quantidade determinada de elementos;

 Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de
elementos;

 Conjunto unitário: apenas um elemento;

 Conjunto Vazio: sem elemento no conjunto;

 Conjunto Universo: esse caso tem todos os elementos de uma situação.

Esses elementos podem ser demonstrados da seguinte forma:

 Extensão: Os elementos são separados por chaves; {1,2,3,4...}

 Compreensão: Escreve-se a caraterística em questão do conjunto mencionado.

 Diagrama de Venn: Os elementos são inseridos em uma figura fechada e aparecem


apenas uma vez.

REPRESENTAÇÃO DOS DIAGRAMAS

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 Todo A é B:
Nesse caso o conjunto A é um subconjunto do B, sendo que A está contido em B.

 Nenhum A é B:
Nesse caso os dois conjuntos não tem elementos comuns.

 Algum A é B:
Esse diagrama representa a situação em que pelo menos um elemento de A é comum ao
elemento de B.

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REPRESENTAÇÃO DOS CONECTIVOS POR DIAGRAMAS

CONJUNÇÃO (E/ ^)

DISJUNÇÃO INCLUSIVA (OU/ V)

CONDICIONAL (SE...ENTÃO/ →)

DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU...OU/ V)

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BICONDICIONAL (SE SOMENTE SE/ ↔)

EXERCÍCIOS

1. Em um grupo de 120 empresas, 57 estão situadas na Região Nordeste, 48 são empresas


familiares, 44 são empresas exportadoras e 19 não se enquadram em nenhuma das
classificações acima. Das empresas do Nordeste, 19 são familiares e 20 são exportadoras.
Das empresas familiares, 21 são exportadoras. O número de empresas do Nordeste que são
ao mesmo tempo familiares e exportadoras é:

a) 21
b) 14
c) 16
d) 19
e) 12

Gabarito: letra e
Dados do enunciado:
O grupo tem 120 empresas;
Como ele disse que 19 empresas não se encaixam nesses grupos, pode-se
concluir que pelo menos 101 empresas se encaixam em algum desses itens;

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São 20 exportadoras dentre as empresas do nordeste: 20-x;


19 empresas são familiares: 19-x;
Das empresas familiares 21 são exportadoras: 21-x;

Sabendo-se que o Nordeste tem 57 elementos, o azul 48 e o verde 44 pode-se


criar um diagrama como no exemplo abaixo:

(18+x+19-x+x+20-x) +8+x+21-x+3+x=101
57+8+x+21-x+3+x=101
x+89=101
x=12

2. Uma pesquisa de rua feita no centro de Vitória constatou que, das pessoas entrevistadas,
60 não sabiam que a polícia civil do Espírito Santo possui delegacia com sistema online para
registro ou denúncia de certos tipos de ocorrência e 85 não sabiam que uma denúncia
caluniosa pode levar o denunciante à prisão por 2 a 8 anos, além do pagamento de multa. A
partir dessas informações, julgue o item seguinte. Considerando-se que também foi
constatado que 10 dos entrevistados não sabiam do canal de comunicação online nem das
penalidades cabíveis a denúncias caluniosas, é correto concluir que 135 pessoas não tinham
conhecimento de pelo menos uma dessas questões.

Gabarito: certa

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Pessoas que não sabiam do sistema e nem das penalidades=10


Retire essas 10 pessoas do número fornecido pelo enunciado para aquelas que
não sabiam do sistema=60
O resultado é 135, pois ao somarmos 60+85-10=135.

3. Em uma sala de aula, a professora de Matemática decidiu fazer um levantamento dos


lanches comprados pelos alunos. A professora verificou que, de um total de 35 alunos,
dezenove compraram salgado; destes, quatro compraram pizza e salgado, e sete alunos não
compraram lanche nesse dia. Quantos alunos compraram apenas pizza?

a) 9
b) 10
c) 11
d) 12
e) 13

Gabarito: letra a
Podemos montar um diagrama de Venn com as informações dadas no
problema:

Somando os alunos que não compraram lanche, aqueles que compraram


apenas pizza, os que compraram apenas salgado e os que compraram salgado e
pizza, o resultado deve ser 35. Sendo assim, chegamos à seguinte equação:

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x + 15 + 4 + 7 = 35
x = 35 – 26
x=9

4. Em um curso de idiomas, foi feita uma pesquisa com adolescentes para verificar quais
línguas estrangeiras eles gostariam de aprender. O resultado foi:
23 gostariam de aprender inglês;
24 gostariam de aprender espanhol;
25 gostariam de aprender italiano;
12 gostariam de aprender inglês e italiano;
10 gostariam de aprender italiano e espanhol;
9 gostariam de aprender inglês e espanhol;
7 gostariam de aprender inglês, espanhol e italiano.
Quantos adolescentes foram entrevistados?

a) 46
b) 47
c) 48
d) 49
e) 50

Gabarito: letra c
Vamos montar um diagrama de Venn para organizar as informações fornecidas
pelo problema. Dessa forma, há três círculos que se interceptam, e a intersecção dos
três círculos é composta pelo número 7, pois essa é a quantidade de adolescentes
que se interessaram pelas três línguas.
Em relação aos adolescentes que se interessaram por dois idiomas, doze
interessaram-se por inglês e italiano e, dentre esses, sete interessaram-se por
espanhol também. Logo, apenas cinco gostariam de fazer inglês e italiano. Assim, se
10 gostariam de aprender italiano e espanhol, retirando os sete que se interessaram
pelas três línguas, restam apenas três que gostariam de aprender italiano e espanhol.
De modo análogo, sabemos que nove pessoas interessaram-se por inglês e espanhol.
Desconsiderando as sete que se interessaram por inglês também, restam apenas dois
que gostariam de aprender inglês e espanhol.
Vamos analisar quantos gostariam de aprender apenas um idioma. Sabemos
que 23 gostariam de aprender inglês e, desconsiderando os dois que se interessaram
também por espanhol, cinco, por italiano, e sete, por ambos, restam apenas nove
que gostariam de aprender apenas inglês. Se 24 gostariam de aprender espanhol e,
desses, dois interessaram-se por inglês, três, por italiano, e sete, por ambos, 12
adolescentes gostariam de aprender apenas espanhol. Se dos 25 que se interessaram
por italiano, retirarmos os cinco que também se interessaram por inglês, os três que
gostariam de aprender espanhol e os sete que têm interesse em todas as línguas,

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restarão dez adolescentes que gostariam de aprender exclusivamente italiano. Com


essas informações, podemos montar o seguinte diagrama de Venn:

Somando todas as quantidades apresentadas no diagrama, temos:


9 + 2 + 7 + 5 + 12 + 3 + 10
48

5. Numa academia de ginástica que oferece várias opções de atividades físicas, foi feita uma
pesquisa para saber o número de pessoas matriculadas em alongamento, hidroginástica e
musculação, chegando-se ao resultado expresso na tabela a seguir:

Com base nessas informações, pode-se concluir:

01) A pesquisa envolveu 500 pessoas.


02) 61 pessoas estavam matriculadas apenas em alongamento.
04) 259 pessoas estavam matriculadas em alongamento ou musculação.
08) 89 pessoas estavam matriculadas em pelo menos duas das atividades indicadas na
tabela.
16) O número de pessoas matriculadas apenas em hidroginástica corresponde a 28,4% do
total de pessoas envolvidas na pesquisa.

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Gabarito: 19
Vamos analisar as informações contidas no problema para formar um diagrama
de Venn e verificar a veracidade das afirmações. Organizando um diagrama que
intercepte os grupos de alunos que fazem as três modalidades, podemos preencher
a intersecção dos três círculos com “5”, pois essa é a quantidade de alunos que
fazem as três modalidades.
Vamos agora analisar os grupos que fazem duas modalidades: se 25 alunos
praticam alongamento e hidroginástica e, dentre esses, cinco fazem musculação,
então apenas vinte praticam apenas hidroginástica e musculação.
Analogamente, se 28 praticam alongamento e musculação, retirando os cinco que
fazem as três modalidades, restam apenas 23 que fazem apenas aulas de
alongamento e musculação. Temos ainda que 41 pessoas fazem aulas de
hidroginástica e musculação. Desconsiderando as cinco que também fazem
alongamento, restam apenas 36 que praticam exclusivamente musculação e
hidroginástica.
Vejamos agora quantos alunos praticam apenas uma modalidade. Sabemos que
109 alunos fazem alongamento, desses podemos retirar 20 que fazem
hidroginástica, 23 que praticam musculação e 5 que fazem as três modalidades,
restando 61 alunos que praticam exclusivamente alongamento. Se 203
praticam hidroginástica, podemos desconsiderar os 20 que fazem alongamento, os
36 que fazem musculação e os 5 que fazem as três aulas, o que nos garante que
apenas 142 praticam apenas hidroginástica. De modo análogo, se 162 fazem
musculação, podemos subtrair desse total os 23 que também fazem alongamento,
os 36 que fazem hidroginástica e os 5 que fazem ambos, restando apenas 98 alunos
que praticam só musculação. Fora esses, temos 115 alunos que fazem outras
modalidades. Com essa informação, podemos montar o seguinte diagrama de Venn:

A partir do diagrama, é mais fácil analisar as afirmativas:


(1) A pesquisa envolveu 500 pessoas.
Somando todos os valores presentes no diagrama, temos:

142 + 20 + 5 + 36 + 23 + 61 + 98 + 115
500

Portanto, a afirmativa é verdadeira, pois a pesquisa envolveu 500 pessoas.


(02) 61 pessoas estavam matriculadas apenas em alongamento.
Verdadeira.

(04) 259 pessoas estavam matriculadas em alongamento ou musculação.


O conectivo "ou" está relacionado à união entre os conjuntos. Tendo como base
o diagrama construído, basta somar todos os números que aparecem dentro dos
círculos referentes a "alongamento" e "musculação":
20 + 61 + 5 + 23 + 36 + 98 = 243
A afirmativa é, portanto, falsa, pois apenas 243 pessoas estavam matriculadas
em alongamento ou musculação.

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(08) 89 pessoas estavam matriculadas em pelo menos duas das atividades


indicadas na tabela.
Os que foram matriculados em pelo menos duas das atividades são aqueles que
aparecem nas intersecções:

36 + 23 + 20 + 5 = 84

Apenas 84 pessoas estavam matriculadas em pelo menos duas das atividades,


portanto, a afirmativa é falsa.
(16) O número de pessoas matriculadas apenas em hidroginástica corresponde
a 28,4% do total de pessoas envolvidas na pesquisa.
Para sabermos a porcentagem de pessoas matriculadas apenas em
hidroginástica, basta dividir esse valor pelo total:

142
= 0,284 = 28,4%
500

Portanto, a afirmativa é verdadeira.


Somando os números das alternativas verdadeiras, temos:
01 + 02 + 16
19

LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM

INTRODUÇÃO À PRIMEIRA ORDEM

Enquanto a lógica proposicional lida com expressões declarativas simples, a lógica de


primeira ordem introduz uma linguagem mais rica, envolvendo predicados e quantificadores.
A locução adjetiva “de primeira ordem” significa que suas linguagens podem se expressar sobre
todos os objetos em um determinado domínio. Veja a figura abaixo.

Ela envolve figuras geométricas — objetos — de diferentes formatos e tamanhos.


Suponha que queremos nos expressar que “Há um quadrado médio acima de todos os
pentágonos” e “Há um quadrado e um triângulo grandes na mesma linha”. Na lógica
proposicional, ambas as sentenças seriam representadas por duas variáveis, digamos, x e y.
Contudo, note três observações em comum: as duas sentenças discursam sobre os formatos e
os tamanhos (propriedades) dos objetos — predicados —, as posições relativas entre objetos

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— relações — e uma quantificação (“há um”, “todos”). Assim, podemos separá-las para nos
tornarmos mais expressivos. Por envolver predicados, a lógica de primeira ordem também é
chamada Lógica de Predicados.

ALFABETO

A linguagem simbólica da lógica de predicados consiste em três tipos de símbolos:

 Símbolos de objetos x,a,h...

 Símbolos para predicados e relações A(x),R(y,z)...

 Símbolos para funções de referência indireta f(x),g(y,z)...

Podemos usá-los para representar os conceitos a seguir.

Constantes e variáveis: funções de aridade zero

Constantes são símbolos usados para referenciar um, e apenas um, determinado objeto.
Por exemplo, podemos referenciar o vértice raiz de uma árvore enraizada com uma constante,
bem como o 0 no conjunto dos naturais. Variáveis, por outro lado, representam qualquer objeto.
Predicados e relações: funções proposicionais

Podemos usar esses símbolos para denotar alguma propriedade de objetos ou alguma
relação entre objetos. De modo a introduzir uma notação simbólico-matemática para
predicados e relações, o matemático Gottlob Frege mostrou como esses conceitos podem ser
representados como funções proposicionais, cujas imagens resultam verdadeiro ou falso. Por
exemplo:

 Par: N 7→ {0,1} Primos-entre-si: N×N 7→ {0,1}

 Par(15) = 0 Primos-entre-si(2,3) = 1

 Par(3) = 0 Primos-entre-si(4,2) = 0

 Par(4) = 1 Primos-entre-si(9,5) = 1

Funções de referência indireta

Frege também definiu os símbolos para funções de referência indireta, que servem para
referenciar um objeto a partir de outros.

Exemplo:
f : NOMES 7→ NOMES
f(x) ≡ feminino de x
m(y) ≡ masculino de y

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Claro, ainda possuímos os mesmos operadores lógicos. Além disso, temos mais dois
símbolos, que representam os quantificadores.

 Universal (∀) - todo objeto satisfaz uma condição;

 Existencial (∃) - pelo menos um objeto satisfaz uma condição.

ESTRUTURA MATEMÁTICA

Ao contrário da lógica proposicional, onde há um tipo de símbolo para cada sentença —


cada sentença é uma variável diferente —, na lógica de primeira ordem temos três tipos de
símbolos para representar sentenças, o que a torna incompatível com a noção de valoração-
verdade. Para prosseguirmos, precisamos tomar o conceito de estrutura matemática.

DEFINIÇÃO DE ESTRUTURA MATEMÁTICA.

Uma estrutura matemática é composta por quatro componentes:

 Domínio ou Universo Coleção de objetos que habitam a estrutura.

 Destaques Subcoleção do domínio que contém as constantes da estrutura.

 Relações Coleção de relações sobre o domínio, cada uma com sua aridade.

 Funções Coleção de funções sobre o domínio, cada uma com sua aridade.

Podemos representar estruturas usando Diagramas de Venn:

EXERCÍCIOS
1. Considerando os predicados: chefe(x) significando que x é chefe, departamento(x)
significando que x é um departamento e chefia (x, y) significando que x chefia y, a restrição
“Todo chefe chefia um departamento” pode ser expressa pela seguinte fórmula da lógica de
predicados de primeira ordem:

MUDE SUA VIDA!


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a)

b)

c)

d)

e)

Gabarito: letra d
Traduzindo: (1, 2, 3, e 4 significam a mesma situação)

1) "TODO CHEFE CHEFIA UM DEPARTAMENTO"

2) "SE É CHEFE, ENTÃO CHEFIA UM DEPARTAMENTO"

3) "(CHEFE) → (CHEFIA ^ DEPARTAMENTO)"

4) "(CHEFE) → (DEPARTAMENTO ^ CHEFIA)"

2. Considerando que os símbolos ¬, ∧, ∨, ∀ e ∃ representam negação, conjunção, disjunção,


quantificador universal e quantificador existencial, respectivamente, e dado o conjunto de
premissas {∀ x (¬P(x) ∧ Q(x))}, qual informação abaixo pode ser inferida?

f) ∀ x (P(x) ∧ Q(x))
g) ∃ x (P(x) ∧ Q(x))
h) ∀ x P(x)
i) ∀ x Q(x)
j) ∃ x P(x)

Gabarito:

{∀ x (¬P(x) ∧ Q(x))}
Traduzindo: Todo x é a intersecção (conjunção, símbolo ∧ ) da negação de P
(x) com Q (x). Se todo x está dentro do encontro da negação de P com Q,
logicamente, todo x está dentro de Q.
Portanto:

∀ x Q(x)

MUDE SUA VIDA!


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RELAÇÃO TODO, ALGUM, NENHUM

Quantificadores são palavras ou expressões que indicam que houve quantificação. São
exemplos de quantificadores as expressões:
 existe,
 algum,
 todo,
 cada,
 pelo menos um,
 nenhum.
Note que os dicionários, de modo geral, não registram “quantificador”. Esse termo, no
entanto, é de uso comum na Lógica.

Vejamos exemplos de proposições quantificadas.

Tipo de proposição quantificada Exemplo


Todo anapolino é goiano.
Proposição universal afirmativa
Nenhum anapolino é goiaano.
Proposição universal negativa
Algum anapolino é goiano.
Proposição particular afirmativa
Algum anapolino não é goiano.
Proposição particular negativa

Observe que a proposição universal negativa “Nenhum anapolino é goiano” equivale a


dizer que “Todo anapolino não é goiano”. Dessa forma, a expressão “nenhum” pode ser
substituída pela expressão “todo… não …”.
Tudo que você precisa para negar uma proposição quantificada é saber como classificá-
la.
Portanto, o quantificador pode ser universal (todo/nenhum) ou particular
(algum/existe/pelo menos um). O verbo pode ser afirmativo ou negativo.
Lembre-se que o “nenhum” possui um “não” implícito. Portanto, a sentença “Nenhum A é
B” é universal negativa.
Note que uma sentença aberta quantificada é uma proposição. Então, como proposição,
pode ser negada.
É muito simples negar proposições quantificadas.
Se o quantificador utilizado for universal, a negação utilizará um quantificador particular.
Se o quantificador utilizado for particular, a negação utilizará um quantificador universal.
Se o verbo for afirmativo, a negação utilizará um verbo negativo.
Se o verbo for negativo, a negação utilizará um verbo afirmativo.

Em outras palavras:

MUDE SUA VIDA!


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Se a proposição original utiliza o quantificador UNIVERSAL, a sua negação terá um


quantificador PARTICULAR.
Se a proposição original tem um quantificador PARTICULAR, sua negação utilizará o
quantificador UNIVERSAL.
Verifique ainda que se a proposição original é AFIRMATIVA, sua negação será NEGATIVA.
Se a proposição original é NEGATIVA, sua negação será AFIRMATIVA.

Exemplo:
p: Algum político é honesto.
p: Existe político honesto.

A proposição dada é uma PARTICULAR AFIRMATIVA. Sua negação será uma UNIVERSAL
NEGATIVA.

~p: Nenhum político é honesto.


~p: Todo político não é honesto.

EXERCÍCIOS
1. A negação da proposição “Todo professor de matemática usa óculos” é:

a) Nenhum professor de matemática usa óculos.


b) Ninguém que usa óculos é professor de matemática.
c) Todos os professores de Matemática não usam óculos.
d) Existe alguma pessoa que usa óculos e não é professor de matemática.
e) Existe algum professor de matemática que não usa óculos.

Gabarito: letra e
Lembre-se que para negar um quantificador Universal usamos um
quantificador Existencial. Trocando em miúdos para eu negar que Todo mundo faz
alguma coisa, basta que Exista alguém que NÃO FAÇA essa tal coisa.
Logo nossa negação ficaria:
Existe professor de matemática que NÃO usa óculos.

2. José afirmou “ Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam no brasil ou jogam
mal”.
Assinale a alternativa que indica a sentença que representa a negação do que José afirmou:

a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal

Gabarito: letra c

MUDE SUA VIDA!


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Como a questão utilizou um conectivo OU temos que negar com o E e negar


ambas as proposições, mas ao negar a primeira proposição ela possui um
quantificador universal ou seja tenho que negar com um existencial no caso ALGUM,
e nego as duas proposições, sendo assim temos:

Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam no brasil ou jogam mal”.
Negação ficaria:

Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.

3. A negação de todos os gatos são pardos é:

a) nenhum gato é pardo;


b) existe gato pardo;
c) existe gato não pardo;
d) existe um e um só gato pardo;
e) nenhum gato não é pardo.

Gabarito: letra c
Como trata-se de um quantificador universal para negar basta utilizar um
quantificador existencial e quebrar o valor lógico da proposição

Todos os gatos são pardos


Existe um gato não pardo.

4. A NEGAÇÃO da sentença “Todos os lápis são pretos ou nenhuma caneta é azul” é dada por:

a) existe lápis que não é preto ou existe caneta que é azul.


b) existe lápis que não é preto e existe caneta que é azul.
c) nenhum lápis é preto ou todas as canetas são azuis.
d) nenhum lápis é preto e todas as canetas são azuis.
e) existe lápis que é preto e existe caneta que é azul.

Gabarito: letra b
A questão pede a negação mas se observarmos temos uma proposição
composta ligada pelo conectivo OU, sabe-se que para negar então temos que aplicar
a regra:

MUDE SUA VIDA!


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Substituir pelo conectivo E depois negar ambas as proposições ficando,


lembrando que ao negar as mesmas temos quantificadores universais devendo ser
substituídos por quantificadores existenciais e alterando o valor lógico das sentenças.
TODOS os lápis são pretos OU NENHUMA caneta é azul

EXISTE lápis que não é preto E EXISTE caneta que é azul.

5. A negação da frase “Todos os analistas são inteligentes ou nenhum técnico é capacitado” é


dada por:

a) Existe analista que não é inteligente ou existe algum técnico que não é capacitado.
b) Se nenhum técnico é capacitado, então todos os analistas são inteligentes.
c) Não existe analista inteligente ou algum técnico é capacitado.
d) Existe analista que não é inteligente e existe técnico que é capacitado.
e) Nenhum analista é inteligente ou todo técnico é capacitado.

Gabarito: letra d
A questão pediu a negação de uma proposição composta ligada pelo conectivo
OU e que possui quantificadores universais nas mesmas.
Sabe-se que a negação do conectivo OU é o E e nessa questão em si não possuía
nenhuma outra alternativa com o conectivo E apenas letra D.
Mas sabemos que a regra de negação é trocar o conectivo OU pelo E e negar
ambas, ao negar as proposições temos quantificadores universais então devemos
substitui-los por quantificadores existenciais de maneira que o valor lógico da
proposição seja alterado.

TODOS os analistas são inteligentes OU NENHUM técnico é capacitado

EXISTE analista que não é inteligente E EXISTE técnico que é capacitado

REGRA DE OURO

Se tratando de conjunto temos também um método desenvolvido pelo professor Lauro


Magrini que é a chamada REGRA DE OURO, onde na maioria dos casos resolve os problemas
sem ter que esboçar nenhum gráfico, apenas adotando a seguinte regra:

1° POSSIBILIDADE (TODO – TODO)

MUDE SUA VIDA!


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Todo A é B
Todo B é C

Todo A é C

2° POSSIBILIDADE (TODO – ALGUM)

Todo A é B
Algum A é C

Algum B é C

3° POSSIBILIDADE (TODO – NENHUM)

Todo A é B
Nenhum B é C

Nenhum A é C

4° POSSIBILIDADE (ALGUM – NENHUM)

Algum A é B
Nenhum B é C

Algum A não é C

Exemplo:

Se é verdade que “Alguns escritores são poetas” e que “Nenhum músico é


poeta”, então, também é necessariamente verdade que:

a) Nenhum músico e escritor.


b) Algum escritor é músico.
c) Algum músico é escritor.
d) Algum escritor não é músico.
e) Nenhum escritor é músico.

Resolução
O exercício falou que: Alguns depois citou Nenhum adotamos:

A: escritores

MUDE SUA VIDA!


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B: poetas
C: músico

Aplicando a regra de ouro temos:

Algum A é B
Nenhum B é C

Algum A não é C

Traduzindo Alguns escritores não são músico

EXERCÍCIOS

1. Se é verdade que “Todo professor é feliz” e que “Nenhum pessoa feliz é rica”, então,
também é necessariamente verdade que:

a) Todo professor é rico.


b) Nenhum professor é rico.
c) Algum pessoa feliz é pobre.
d) Algum professor é rico.
e) Todo pessoa feliz é rica é rico.

Gabarito: letra b
Adotando a nomenclatura:
A = professor
B = feliz
C = rica

Temos:
Todo A é B
Nenhum B é C

Nenhum A é C
Traduzindo:
Nenhum professor é rico

2. Sabe-se que Todo médico é uma pessoa feliz e que toda pessoa feliz é saudável, pode-se
afirmar que:

a) Todo médico é saudável

MUDE SUA VIDA!


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b) Existe algum médico saudável


c) Toda pessoa feliz é saudável
d) Alguma pessoa feliz é saudável
e) Nenhum médico é saudável

Gabarito: letra a
Adotando a nomenclatura para os termos:
A = médico
B = pessoa feliz
C = saudável

Temos com a regra de ouro um todo – todo

TODO A é B
TODO B é C

TODO A é C

Traduzindo: TODO médico é saudável

3. Segundo uma pesquisa sobre concursos públicos verificou-se que:


Todo concurseiro é estudioso e que algum concurseiro não será aprovado no concurso
desejado, com isso pode-se afirmar que:

a) Todo concurseiro será aprovado.


b) Algum concurseiro será aprovado.
c) Nenhum estudioso não será aprovado.
d) Algum estudioso não será aprovado.
e) Todo estudioso será aprovado.

Gabarito: letra d
Para aplicação da Regra de Ouro vamos adotar a seguinte nomenclatura:

A = concurseiro
B = estudioso
C = não será aprovado

Temos:

TODO A é B
ALGUM A é C

ALGUM B é C

Traduzindo temos:

MUDE SUA VIDA!


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ALGUM estudioso não será aprovado

4. Sabe-se que todo engenheiro é uma pessoa inteligente e que nenhuma pessoa inteligente
é triste, sendo assim pode-se afirmar que:

a) Nenhuma pessoa inteligente é feliz


b) Nenhum engenheiro é triste
c) Todo engenheiro é triste
d) Nenhum engenheiro é feliz
e) Algum engenheiro é triste

Gabarito: letra b
Para aplicação da Regra de Ouro vamos adotar a seguinte nomenclatura:

A = engenheiro
B = pessoa inteligente
C = pessoa triste
Temos:

TODO A é B
NENHUM B é C

NENHUM A é C

Traduzindo temos:

NENHUM engenheiro é triste.

5. Em certa empresa são verdadeiras as afirmações:


Qualquer gerente é mulher.
Nenhuma mulher sabe trocar uma lâmpada.
É correto concluir que, nessa empresa:

a) algum gerente é homem;


b) há gerente que sabe trocar uma lâmpada;
c) todo homem sabe trocar uma lâmpada;
d) todas as mulheres são gerentes;
e) nenhum gerente sabe trocar uma lâmpada.

Gabarito: letra e

MUDE SUA VIDA!


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O exercício usou o quantificador QUALQUER que na verdade é TODO, então


temos uma questão que pode ser aplicada a REGRA DE OURO.
Adotando:

A = gerente
B = mulher
C = sabe trocar lâmpada

Temos:

TODO A é B
NENHUM B é C

NENHUM A é C

Traduzindo:
NENHUM gerente sabe trocar lâmpada.

PSICOTÉCNICO (VERDADE E MENTIRA)

Trabalha-se com a contradição das informações, para resolver as questões que envolvem
a parte psicotécnica dentro do raciocínio lógico, por se tratar de uma parte prática será
abordado tal conteúdo baseado em questões.

EXERCÍCIOS

1. Três amigas encontram-se em uma festa. O vestido de uma delas é azul, o de outra é preto,
e o da outra é branco. Elas calçam pares de sapatos destas mesmas três cores, mas somente
Ana está com vestido e sapatos da mesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são
brancos. Marisa está com sapatos azuis. Desse modo,

a) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto.


b) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos são pretos.
c) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana são brancos.
d) os sapatos de Ana são pretos e o vestido de Marisa é branco.
e) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Marisa são azuis.

MUDE SUA VIDA!


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Gabarito: letra c
Dados para montagem do exercício

Nomes das amigas: ANA, JÚLIA E MARISA


Cores dos vestidos: AZUL, PRETO E BRANCO
Cores dos sapatos: AZUL, PRETO E BRANCO

Informações para montagem do exercício

Somente Ana tem vestido e sapatos da mesma cor


Júlia não usa nem vestido nem sapatos brancos
Marisa usa sapatos azuis

Com esses dados temos as seguintes tabelas:

Agora basta colocar um X nas células do quadro quando houver uma associação
correta, e um N quando incorreta. Em cada quadro, devemos ter somente um X em
cada linha e também somente um X em cada coluna.

1° passo: Marisa usa sapatos azuis.


Marcamos um X na célula correspondente a Marisa e sapatos azuis.
Automaticamente, marcaremos N nas outras células da mesma linha e da mesma
coluna.

2° passo: Júlia não usa nem vestidos e nem sapatos brancos.


Marcamos um N nas células que referenciam Júlia com vestido branco e com
sapato branco, sendo:

Sabendo que cada e cada coluna somente pode apresentar um X,


completaremos, no quadro da direita, a terceira linha e a segunda coluna, já que só
restaram para ambos o espaço para o X, sendo:

MUDE SUA VIDA!


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Seguindo o mesmo raciocínio, fecharemos o quadro da direita.

3° passo: somente Ana tem vestido e sapatos da mesma cor.

Portanto pelo resultado encontrado no quadro da direita, já temos que Ana


calça sapatos brancos.

Complementando as linhas e colunas com os respectivos N, teremos:

4° passo: se é verdade que: SOMENTE ANA TEM VESTIDO E SAPATOS DA


MESMA COR, é obvio que as duas outras calçam e vestem, respectivamente, sapatos
e vestidos de cores diversas, pelo quadro da direita já sabemos que Júlia calça
sapatos pretos, e que Marisa calça sapatos azuis. Logo, concluímos que Júlia não usa
vestido preto, e que Marisa não usa vestido azul. Portanto temos:

Finalmente, sabendo que cada linha e cada coluna terão apenas um X,


completaremos as células restantes do quadro da esquerda, ficando:

MUDE SUA VIDA!


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Conclusões finais:
- Ana usa vestido e sapatos brancos;
- Júlia usa vestido azul e sapatos pretos;
- Marisa usa vestido preto e sapatos azuis.

2. Três amigos: Luís, Marcos e Nestor, são casados com Teresa, Regina e Sandra (não
necessariamente nessa ordem). Perguntados sobre os nomes das respectivas esposas, os
trem fizeram as seguintes declarações:
Nestor: “Marcos é casado com Teresa”
Luís: “Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é Regina”
Marcos: “Nestor e Luís mentiram, pios a minha esposa é Sandra”
Sabendo-se que o marida de Sandra mentiu e que o marido de Teresa disse a verdade, segue
se as esposas de Luís, Marcos e Nestor são, respcetivamente:

a) Sandra, Teresa, Regina


b) Sandra, Regina, Teresa
c) Regina, Sandra, Teresa
d) Teresa, Regina, Sandra
e) Teresa, Sandra, Regina

Gabarito: letra d
Anotando as informações adicionais e as declarações do exercício temos:

- INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
O marido de Sandra mentiu.
O marido de Teresa disse a verdade

- DECLARAÇÕES:
Nestor: “Marcos é casado com Tereza”
Luís: “Marcos é casado com Regina”
Marcos: “Marcos é casado com Sandra”

Como todas as declarações são a respeito da esposa de Marcos, temos que uma
informação é verdadeira e as outras 2 são falsas pois Marcos só pode ser casado com
uma mulher.
Dessa forma teremos três hipóteses possíveis:

MUDE SUA VIDA!


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Agora basta testarmos as hipóteses:

- Teste da 1° hipótese (Somente Nestor esta dizendo a verdade)

Pelas informações adicionais do exercício quem disse a verdade é o marido de


Tereza, então nessa situação teremos que NESTOR É O MARIDO DA TEREZA. Mas,
se assim é, vejamos o que foi que Nestor, falando a verdade, declarou:
“Marcos é casado com Tereza”
Percebemos um choque de informações, portanto a 1° hipótese falhou.

- Teste da 2° hipótese (somente Luís está dizendo a verdade)

Já sabemos que aquele que diz a verdade é casado com Tereza, portanto nessa
hipótese LUÍS É CASADO COM TEREZA. Vejamos o que Luís falando a verdade
declarou:
“Marcos é casado com Regina”
Encontramos mais um casal, só restando a Sandra e o Nestor, logo esses dois
são um casal.
Pois pela 2° hipótese, temos que Nestor mente, dai a declaração dele é uma
mentira: “Marcos é casado com Tereza” não havendo choque de informações
Temos também que pela 2° hipótese Marcos mente, sendo assim a declaração
que ele fez: “Marcos é casado com Regina” também é falsa, não havendo
contradições, então a 2° hipótese é correta, sendo:

- Luís é casado com Tereza


- Marcos é casado com Regina
- Nestor é casado com Sandra

3. Perguntaram para Álvaro, Bernardo e Cléber quantos filhos eles tinham, e eles
responderam:
Eu tenho 4 (Álvaro);
Eu tenho 3 (Bernardo);
Eu tenho 5 (Cléber).

Sabendo-se que um deles mentiu para mais do que realmente tem, e que os outros dois
disseram a verdade, a soma máxima correta do número de filhos das três pessoas citadas é
igual a:

a) 9.
b) 11.

MUDE SUA VIDA!


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c) 7.
d) 12.
e) 13

Gabarito: letra b
Ora, se nenhum deles tivesse mentido, a soma das idades seria:

4 + 3 + 5 = 12 filhos.

Como um deles mentiu "para mais" a quantidade de filhos, então o total de


filhos é no máximo igual a:
12 - 1 = 11 filhos.

4. Aldo, Daniel e Eduardo são três amigos. Dois deles têm 66 anos, e sempre mentem. O
outro deles tem 48 anos e sempre diz a verdade. Se Aldo disse “− A idade de Daniel não é 66
anos”, então, é correto afirmar que:

a) Eduardo e Daniel dizem a verdade.


b) Aldo e Eduardo mentem.
c) Eduardo tem 48 anos.
d) Aldo diz a verdade.
e) Aldo tem 48 anos.

Gabarito: letra c
Adotaremos algumas hipóteses:
- 1° hipótese:
Aldo disse a verdade. Desta maneira, a idade de Daniel não é 66 anos. Portanto
Daniel tem 48 anos, mas o exercício falou que quem tem 48 anos diz a verdade sendo
assim temos 2 pessoas dizendo a verdade anulando a 1° hipótese, pois apenas um
pessoa diz a verdade.

- 2° hipótese:
Aldo não diz a verdade. Como ele não diz a verdade, a idade de Aldo é 66.
Vamos novamente analisar a frase dita por Aldo, que é falsa: “− A idade de Daniel
não é 66 anos”. Assim, concluímos que a idade de Daniel é 66 anos (pois a frase dita
por Aldo é falsa).
Temos duas pessoas com 66 anos: Aldo e Daniel.
Conclusão: Eduardo tem 48 anos.

5. Quando a mãe de Alysson, Bosco, Carlos e Daniel, chega e m casa, verifica que seu vaso
preferido havia sido quebrado. Interrogados pela mãe, eles fazem as seguintes declarações:
"Mãe, o Bosco foi quem quebrou" - disse Alysson

MUDE SUA VIDA!


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"Como sempre, o Daniel foi culpado" - disse Bosco


"Mãe, sou inocente" - disse Carlos
"Claro que o Bosco está mentindo" - disse Daniel
Sabendo que apenas um dos quatro disse a verdade, diga quem quebrou o vaso.

a) Alysson
b) Bosco
c) Carlos
d) Daniel

Gabarito: letra c
Inicialmente montamos uma tabela:

A primeira coluna é “hipótese”, na qual colocaremos o nome do possível


culpado, no qual escolheremos aleatoriamente.
Vamos seguir a ordem e escolher o Alysson como o culpado:

-1° hipótese:

Agora vamos analisar o que cada um disse e verificar se era mentira ou


verdade:
"Mãe, o Bosco foi quem quebrou" - disse Alysson (MENTIRA)
"Como sempre, o Daniel foi culpado" - disse Bosco (MENTIRA)
"Mãe, sou inocente" - disse Carlos (VERDADE)
"Claro que o Bosco está mentindo" - disse Daniel (VERDADE)

Como o exercício falou que apenas um dos quatro disse a verdade, então
nossa primeira hipótese está descartada pois temos duas verdades:

2° hipótese:

Agora vamos analisar o que cada um disse e verificar se era mentira ou


verdade:

"Mãe, o Bosco foi quem quebrou" - disse Alysson (VERDADE)

MUDE SUA VIDA!


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"Como sempre, o Daniel foi culpado" - disse Bosco (MENTIRA)


"Mãe, sou inocente" - disse Carlos (VERDADE)
"Claro que o Bosco está mentindo" - disse Daniel (VERDADE)

Mas uma vez descartamos essa hipótese pois temos 3 verdades.

- 3° hipótese

Agora vamos analisar o que cada um disse e verificar se era mentira ou


verdade:

"Mãe, o Bosco foi quem quebrou" - disse Alysson (MENTIRA)


"Como sempre, o Daniel foi culpado" - disse Bosco (MENTIRA)
"Mãe, sou inocente" - disse Carlos (MENTIRA)
"Claro que o Bosco está mentindo" - disse Daniel (VERDADE)

A tabela ficou assim:

Validando assim o exercício com apenas uma verdade.

MUDE SUA VIDA!


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