Filosofia 10º A1 | Prova Escrita N.

º 2 Professor Domingos Faria | Ano Letivo 2017/18

Filosofia 10.º Ano | Prova Escrita N.º 2

Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Duração da Prova: 60 minutos 4 páginas

GRUPO I
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

Selecione a resposta correta

1. Considere as fórmulas lógicas proposicionais que se seguem. Selecione, depois, a

alternativa que as descreve corretamente.

1. ¬((¬q ∧ (p → q)) → ¬p)

2. (((p → q) ∧ (q → r)) → (p → r))
3. ((p → q) ∧ (p ∧ ¬q))
4. (¬(p ∨ q) → (¬p ∧ ¬q))

A. Só 1 e 2 são tautologias, mas 3 é contraditória e 4 é contingente.

B. Só 3 e 4 são tautologias, mas 1 é contraditória e 2 é contingente.
C. Só 1 e 3 são tautologias, mas 2 e 4 são contraditórias.
D. Só 2 e 4 são tautologias, mas 1 e 3 são contraditórias.

2. A frase “a vida não faz sentido nem há eternidade caso Deus não exista” expressa uma
proposição com a seguinte forma lógica:

A. ((¬p ∧ ¬q) → ¬r)

B. (¬r → (¬p ∧ ¬q))
C. (¬r → ¬(p ∧ q))
D. ((¬p ∧ ¬q) ∧ ¬r)

Colégio Pedro Arrupe 1

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3. Se q é uma proposição falsa. . .

A. a condicional (¬q → p) tem de ser verdadeira.

B. a condicional (¬q → p) tem de ser falsa.
C. a condicional (p → ¬q) tem de ser falsa.
D. a condicional (p → ¬q) tem de ser verdadeira.

4. Considere as fórmulas lógicas argumentativas que se seguem. Selecione, depois, a

alternativa que as descreve corretamente.

1. (p ∨ ¬q), (q → r) ∴ (r → ¬p)
2. (p ∨ q), p ∴ ¬q

A. 1 e 2 são válidas.
B. 1 e 2 são inválidas.
C. 1 é válida e 2 é inválida.
D. 1 é inválida e 2 é válida.

5. Na fórmula proposicional ¬((p ∨ q) → (r ∧ s)) a conetiva com maior âmbito é:

A. uma negação.
B. uma condicional.
C. uma disjunção.
D. uma conjunção.

6. A partir de “Se o determinismo é verdadeiro, então as nossas as ações não dependem

de nós” e de “As nossas ações dependem de nós”, por modus tollens, infere-se que:

A. todas as ações dependem de nós.

B. nem todas as ações dependem de nós.
C. o determinismo não é verdadeiro.
D. o determinismo é verdadeiro.

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GRUPO II

Leia o seguinte diálogo filosófico (inspirado no livro Eutífron de Platão):

Sócrates: Quando dizes que é um bem acusar o teu próprio pai por causa dele
cometer homicídio, o que queres dizer por bem? Afinal, o que é o bem?
Eutífron: Pretendo apenas sustentar que o bem depende da vontade dos deuses.
Sócrates: Discordo da tua tese. Questionemos, então, o que dizes: será que o
bem é desejado pelos deuses porque é objetivamente bem ou, pelo contrário, só
se torna bem porque é desejado pelos deuses?
Eutífron: Podes explicitar melhor por que razão negas a minha tese?
Sócrates: Repara no seguinte, se o bem depende da vontade dos deuses, então
alguma coisa é boa pelo motivo dos deuses a desejarem e o bem é algo arbitrário.
Todavia, não é verdade que alguma coisa seja boa pelo motivo dos deuses a
desejarem e que o bem seja algo arbitrário.
Eutífron: Dizes bem. Daí se segue a tua tese. Mas preciso de analisar melhor se
esse é realmente um bom argumento.

Responda às seguintes questões:

1. Apresente na representação canónica o argumento de Sócrates.

2. Construa um dicionário para o argumento de Sócrates.
3. Formalize logicamente o argumento de Sócrates com base no dicionário anterior.
4. Será o argumento de Sócrates válido? Justifique devidamente a sua resposta
com a construção de um inspetor de circunstâncias.
5. Explique se o argumento de Sócrates é uma instância de alguma das principais
fórmulas de inferência válida ou, pelo contrário, de alguma falácia formal.
6. Será o argumento de Sócrates sólido? Comece por explicar em que consiste a
solidez e desenvolva bem a sua resposta.
7. Será o argumento de Sócrates cogente? Comece por explicar a noção de cogência
argumentativa e fundamente adequadamente a sua resposta.

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GRUPO III

Responda às seguintes questões:

1. Traduza em linguagem natural a fórmula proposicional ((¬p ∧ q) → ¬r). Comece

por criar um dicionário apropriado à sua consideração.
2. Considere que r e s representam duas proposições. Sabendo que r é falsa e que
(r ∨ s) é verdadeira, determine o valor de verdade de s. Justifique a sua resposta.
3. “Tudo está determinado ou não há livre-arbítrio. Mas é falso que tudo está determi-
nado”. Apresente a conclusão que se segue logicamente das duas proposições
anteriores, aplicando uma das formas de inferência válida estudadas. Indique a
forma de inferência válida aplicada.
4. “A vida não tem sentido a menos que Deus existe. Ora, a vida não tem sentido. Por-
tanto, Deus não existe”. Identifique a falácia que ocorre no presente argumento.
Justifique a identificação feita.
5. “O que é o bem?” Para responder a este problema filosófico construa um argu-
mento com pelo menos duas premissas a partir do qual elaborará as seguintes
tarefas:
• Apresente o seu argumento na representação canónica.
• Elabore o dicionário.
• Formalize logicamente o argumento.
• Teste a validade do seu argumento com o método dos inspetores de cir-
cunstâncias.
• Avalie se o seu argumento é sólido e cogente.

Grupo Cotação (em pontos)

I 5 x 6 = 30
II 10 + 10 + 10 + 15 + 15 + 15 + 15 = 90
III 10 + 10 + 10 + 10 + 40 = 80

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