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TESTE N.º 1 - V. B
GRUPO I
Apresentam-se doze (12) questões de escolha múltipla, devendo selecionar a opção que responde
de forma correta a cada uma delas. (12X 5 pontos= 60 pontos)
Duas ou mais proposições são consistentes se, e só se, podem ser simultaneamente verdadeiras; e
são inconsistentes se, e só se, não podem ser simultaneamente verdadeiras. Por exemplo, as afirmações
"Deus existe" e "Sócrates era um filósofo" são consistentes; e as afirmações "Deus existe" e "Deus não
existe" são inconsistentes.
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Grupo 410 – Filosofia 2021-2022
D - minimizar a lotaria natural.
7. De acordo com a definição tradicional de conhecimento, se uma pessoa tiver a crença de que
o Universo teve um começo por ter sido isso que leu na Bíblia, então...
1. (( P → Q ) ∧ ( P ∧ ¬ Q ))
2. ( ¬ ( P ∧ Q ) → ( ¬ P v ¬ Q ))
10. Imagine-se os seguintes padrões de distribuição de bens sociais primários (de 0 a 10) em
sociedades com apenas 5 pessoas:
Sociedade TOTAL
1 10 10 10 2
I 33
Sociedade TOTAL
6 7 7 6 6
II 32
Sociedade TOTAL
5 5 5 5 5
III 25
2
11. Pronuncie-se sobre as fontes do conhecimento proposicional apresentado de seguida:
A – (1) e (2) são conhecimentos derivados da experiência; (3) e (4) são conhecimento
derivado da razão.
B – Todos são conhecimento derivado da experiência.
C – (1) é conhecimento derivado da experiência; (2), (3) e (4) são conhecimento derivado
da razão.
D – (1), (2) e (4) são conhecimento derivado da experiência (3) é conhecimento derivado da
razão.
12. Um comunitarista como Sandel crítica a teoria da justiça de Rawls, pois considera que…
GRUPO II
Temos o dever moral de promover o bem supremo. Se temos o dever moral de promover o bem
supremo, este tem de ser possível. Se Deus não existisse, o bem supremo não era possível. Logo,
Deus existe.
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R: Deus existe,
P Q R P ( P → Q ) ( ¬ R → ¬ Q ) ∴ R
V V V V V V V F V V F V V ◂
V V F V V V V V F F F V F
V F V V V F F F V V V F V
V F F V V F F V F V V F F
F V V F F V V F V V F V V
F V F F F V V V F F F V F
F F V F F V F F V V V F V
F F F F F V F V F V V F F
Esta forma argumentativa é válida, uma vez que não há qualquer circunstância em que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa, e na única circunstância em que as premissas são
todas verdadeiras, a conclusão também o é, cumprindo-se assim a regra da validade dedutiva.
3. Apresentam-se três formas argumentativas. Pronuncie-se sobre a validade das mesmas, sem
recorrer a inspetor de circunstâncias.
(3 X 5 pontos = 15 pontos)
3.1. (𝐴 → 𝐵), (𝐵 → 𝐶) ∴ (𝐴 → 𝐶)
3.2. (𝐴 ∨ 𝐵) → ( 𝐶 ∧ ¬ 𝐷) ∴ (¬ 𝐶 ∨ 𝐷) → (¬ 𝐷 ∧ ¬ 𝐵)
3.3. ¬ (𝐴 ∧ ¬ 𝐵) ∴ 𝐴 → 𝐵
R.) São todas válidas: Silogismo Hipotético, Contraposição e Dupla negação, respectivamente.
4. Considere que a proposição “Há estudantes que são míopes” é uma proposição Falsa.
Pronuncie-se, justificando, sobre o valor de verdade das proposições seguintes.
(3X5 pontos = 15 pontos)
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GRUPO III
Apresentam-se duas questões de resposta restrita, formuladas a partir dum texto apresentado.
Deve dar atenção à compreensão da pergunta e responder-lhe duma forma precisa.
(2X15 pontos = 30 pontos)
«Os indivíduos têm direitos e há coisas que nenhuma pessoa ou grupo lhes pode fazer (sem violar os seus direitos).
Estes direitos são de tal maneira fortes e de grande alcance que levantam a questão do que o Estado e os seus
mandatários podem fazer, se é que podem fazer alguma coisa. Que espaço deixam os direitos individuais ao Estado?»
1.2. Mostre como a resposta de Nozick à pergunta do texto envolve uma crítica ao princípio da
diferença de Rawls.
R.) O Princípio da Diferença, proposto por Rawls, impõe que a contribuição pedida aos mais
afortunados, seja feita de modo a beneficiar os menos favorecidos. |Os seres humanos tendem a
não querer contribuir para o bem dos mais desfavorecidos de forma sistemática|, pelo que a
intervenção do Estado – pedindo a contribuição de uns em benefício dos mais desfavorecidos – se
afigura necessária.
A isto, contrapõe Nozick que o Princípio da Diferença é incompatível com a preservação dos
Direitos dos indivíduos, vendo-se o Princípio da Liberdade colocado em causa pela intervenção do
Estado.
GRUPO IV
R.: De acordo com a definição tradicional, apresentada por Platão no diálogo Teeteto, o conhecimento é uma
crença verdadeira justificada. Assim, as condições necessárias e conjuntamente suficientes para que haja
conhecimento são a crença, a verdade e a justificação. Se alguém tiver uma crença acerca de determinada
realidade, se essa crença for verdadeira e se dispuser de justificações para a sua crença, então possui
conhecimento da realidade em causa.
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R. Os céticos radicais, rejeitando haver justificações suficientes ou satisfatórias para mostrar a verdade das
nossas crenças, negam a possibilidade do conhecimento, suspendendo o juízo.
Um dos argumentos apresentados é o da regressão infinita, que põe em causa a possibilidade de haver
crenças básicas (que justificam as outras crenças, sendo que elas próprias não precisam de ser justificadas
por terem origem em fontes de conhecimento 100% seguras).
Esse argumento apresenta a tese de que nada se pode compreender por si mesmo, e o facto de nada pode
ser compreendido com base noutra coisa: para justificar uma crença tem de se recorrer a outra, e assim ou
caímos num círculo vicioso ou temos de recorrer a outras crenças, numa cadeia de justificação até ao infinito
– regressão infinita da justificação.
«Eis um exemplo ao estilo de Gettier: A partida de futebol entre Inglaterra e Alemanha está a ser
transmitida no café ao fundo da minha rua. Ao ouvir um coro de aplausos, convenço-me de que a Inglaterra
acabou de marcar, e marcou mesmo: o resultado é agora 1-0.
A minha crença é verdadeira e também é justificada: o clamor que vem lá de dentro dá-me boas razões
para pensar que a equipa inglesa acabou de marcar um golo. No entanto, os aplausos que ouvi tinham
afinal origem no bar em frente, que não tem televisão e onde, em vez disso, está a decorrer um concurso
de karaoke. (…).»
Este exemplo mostra que podemos ter crenças verdadeiras justificadas acidentalmente, e que a
definição tripartida não apresenta, por isso, condições suficientes para o conhecimento.
Todas as condições necessárias para se saber algo teoricamente estão presentes, mas não são
suficientes para haver conhecimento: há uma condição extra, que ao ser desconhecida pelo autor
faz com que CVJ não seja suficiente para garantir o conhecimento.