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(Ufpr 2022) No diálogo Hípias Maior, de Platão, Sócrates declara: “Recentemente, alguém me pôs em
grande apuro, numa discussão em que eu rejeitava determinadas coisas como feias e elogiava outras
por serem belas, havendo me perguntado em tom sarcástico, o interlocutor: qual é o critério, Sócrates,
para reconheceres o que é belo e o que é feio? Vejamos, poderás dizer-me o que seja o belo?”.
Considerando a passagem acima e a obra de que foi extraída, é correto afirmar que, de acordo com
Sócrates:
a) só é possível dizer o que é o belo depois de se ter identificado determinadas coisas como belas.
b) a dificuldade se coloca para os juízos sobre a beleza, mas não para os juízos de verdade, tais como
“isto é uma mesa”.
c) para identificar algo como belo, é preciso antes conhecer o que é o belo.
d) o critério para distinguir entre o belo e o feio varia segundo as pessoas.
e) não há distinção entre o belo e as coisas belas.
2. (Unesp 2022) – É nesse ponto que eu estabeleço a distinção: para um lado os que ainda agora
referiste – amadores de espetáculos, amigos das artes e homens de ação – e para outro aqueles de
quem estamos a tratar, os únicos que com razão podem chamar-se filósofos.
– Que queres dizer?
– Os amadores de audições e de espetáculos encantam-se com as belas vozes, cores e formas e todas as
obras feitas com tais elementos, embora o seu espírito seja incapaz de discernir e de amar a natureza do
belo em si.
Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua obra, a vista dirigida para o que sempre se conserva igual
a si mesmo, e lhe transmite a forma e a virtude desse modelo, é natural que seja belo tudo o que ele
realiza. Porém, se ele se fixa no que devém e toma como modelo algo sujeito ao nascimento, nada belo
poderá criar. [...] Ora, se este mundo é belo e for bom seu construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a
vista no modelo eterno.
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: UFPA, 1977. p. 46-47.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, assinale a alternativa correta.
a) O mundo é belo porque imita os modelos sensíveis, nos quais o demiurgo se inspira ao gerar o
mundo.
b) O sensível, ou o mundo que devém, é o modelo no qual o artista se inspira para criar o que
permanece.
c) O artífice do mundo, por ser bom, cria uma obra plenamente bela, que é a realidade percebida pelos
sentidos.
d) O olhar do demiurgo deve se dirigir ao que permanece, pois este é o modelo a ser inserido na
realidade sensível.
e) O demiurgo deve observar as perfeições no mundo sensível para poder reproduzi-las em sua obra.
4. (Ufpr 2020) Em determinado momento do diálogo de Hípias Menor, de Platão, Sócrates declara que
encontrou dificuldade para responder à pergunta “qual o critério para reconheceres o que é belo e o
que é feio?”. De acordo com Platão, a dificuldade está em que:
a) os juízos de Beleza são subjetivos, sendo relativos a quem os enuncia.
b) o belo e o feio não se distinguem realmente.
c) é preciso conhecer o que é Beleza para que se possam identificar as coisas belas.
d) o critério de Beleza não é acessível aos homens, mas apenas aos deuses.
e) a Beleza é uma mera aparência.
Eis com efeito em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar
conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-se
de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos para os belos
ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência, que de nada mais
é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em si é belo.
(PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores)
p. 48).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, é correto afirmar que
a) a compreensão da beleza se dá a partir da observação de um indivíduo belo, no qual percebemos o
belo em si.
b) a percepção do belo no mundo indica seus vários graus que visam a uma dimensão transcendente da
beleza em si.
c) a compreensão do que é belo se dá subitamente, quando partimos dele para compreender os belos
ofícios e ciências.
d) a observação de corpos, atividades e conhecimentos permite distinguir quais deles são belos ou feios
em si.
e) a participação do mundo sensível no mundo inteligível possibilita a apreensão da beleza em si.
6. (Uel 2009) No Sofista, Platão faz a seguinte observação sobre a mímesis (imitação):
Assim, o homem que se julgasse capaz, por uma única arte, de tudo produzir, como sabemos,
não fabricaria, afinal, senão imitações e homônimos das realidades. Hábil, na sua técnica de
pintar, ele poderá, exibindo de longe os seus desenhos, aos mais ingênuos meninos, dar-lhes a
ilusão de que poderá igualmente criar a verdadeira realidade, e tudo o que quiser fazer.
(PLATÃO. Sofista. Coleção “Os pensadores”. São Paulo: AbriI Cultural, 1972. p. 159-160.)
E, como aprender e admirar é agradável, necessário é também que o sejam as coisas que
possuem estas qualidades: por exemplo, as imitações, como as da pintura, da escultura, da
poesia, e em geral todas as boas imitações, mesmo que o original não seja em si mesmo
agradável; pois não é o objeto retratado que causa prazer, mas o raciocínio de que ambos são
idênticos, de sorte que o resultado é que aprendemos alguma coisa.
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema da mímesis em Platão e em
Aristóteles, assinale a alternativa correta.
a) A pintura, para Platão, se afasta do verdadeiro, por apresentar o mundo inteligível, mas, para
Aristóteles, o problema é que ela causa prazer.
b) Platão considera que o pintor pode esclarecer as pessoas ingênuas, fazendo-as acreditar que sua
pintura é o real, mas Aristóteles considera que o engano está no pintor e não na pintura.
c) Para Platão, a mímesis representa a cópia da cópia e o artista não conhece a realidade do imitado em
seu grau mais elevado; já para Aristóteles, uma das causas do surgimento da mímesis é o fato de os
homens se comprazerem no imitado.
d) Para Platão, aprendemos com as imitações, uma vez que elas nos distanciam do engano, enquanto
que, para Aristóteles, por causar prazer, a imitação deve ser banida.
e) De acordo com Platão, ao imitar, o pintor apresenta a realidade ideal, o que causa admiração; para
Aristóteles, a imitação também desvela o mundo ideal, no entanto, por ser ingênua, não permite que
os homens contemplem a verdade.