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Agosto de 2023
Escola Secundária 15 de Outubro
Discentes Docente
Agosto de 2023
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
2.Conclusão.....................................................................................................................................9
3.Referencias Bibliografia.............................................................................................................10
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Introdução
O trabalho em estudo debruça tópico relativo ao belo como fundamento da arte. Na arte, o belo
é um saber inventado pelo artista para se defrontar com o mundo diferente e livre. Também o
belo serve para conectar o ser humano com o seu eu mais profundo, com sua alma.
As artes buscam mostrar algum tipo de beleza, porém, o que é considerado bonito para uma
artista pode não ser para outro.
Objectivo geral
Objectivos específicos
Belo é a exposição sensível da ideia nas obras de arte, a partir das quais, pela primeira vez,
seria resolvida a contradição entre sujeito e objecto, uma vez que a obra é o primeiro elo
intermediário entre o que é meramente exterior, sensível e passageiro e o puro pensar.
Para Platão (340 a.C.) o belo é o ideal da perfeição só podendo ser contemplado em sua
essência por meio de um processo de evolução filosófica e cognitiva do indivíduo por meio da
razão que lhe proporcionaria conhecer a verdade harmónica do cosmo. Este processo
proporcionaria a superação das ilusões e aparências sensórias do mundo, revelando sua
verdadeira essência, essa essência de certa forma, divina, está além de formas físicas e
experiências empíricas. Por isso a arte para Platão é uma distracção da verdadeira essência das
coisas.
Para o filósofo a arte é a reprodução do mundo, que por sua vez, é a representação de ideias
no mundo manifesto e por isso a arte distância a mente da realidade e consequentemente do
Belo. O filósofo reconhece que a arte possui valor em si mesma, por isso, cria confusão com o
objecto real e deturpa a essência do belo. Essa conceituação de Platão tem forte ligação com
conceito de real, pois não permite mediações de nenhum tipo.
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Para Platão, o Belo está pautado na noção de perfeição, de verdade. Para ele, a Beleza existe
em si mesma, no mundo das ideias, separada do mundo sensível (que é o mundo concreto, no
qual vivemos). Assim, as coisas seriam mais ou menos belas a partir de sua participação nessa
ideia suprema de Beleza, independentemente da interferência ou do julgamento humano.
O filósofo critica as obras de arte que se limitam “copiar” a natureza, já que elas acabam
afastando o homem da real Beleza, que é aquela existente no mundo das ideias. Essas questões
influenciaram, por muito tempo, em maior ou menor intensidade, a produção artística ocidental.
Aristóteles tem um pensamento diferente sobre a arte, que, para ele, é uma criação humana.
O filósofo entende que o Belo não pode ser desligado do homem, já que ele está em nós, é uma
fabricação humana.
Segundo Kant, o belo resulta da concordância harmoniosa entre uma forma sensível
imaginada para exprimir uma ideia, e uma ideia concebida para ser expressa por uma forma. O
belo será o que satisfaz o voo livre da imaginação, sem estar em desacordo com as leis da
Verstand. O objecto belo não é um sistema artificial de meios, mas antes uma disposição de
partes habilmente calculada com a mira num fim distinto de si mesmo. Será, segundo a
expressão de Kant, uma finalidade sem fim, isto é, a verdadeira beleza não está ligada a um fim,
mas aparece como sendo livre e viva, expandindo-se sem intenções reservadas.
O que vai garantir beleza a uma obra, para Aristóteles, é a proporção, a simetria, a ordem, a
justa medida.
O belo, segundo o idealismo transcendental, não pode ser uma propriedade objectiva das
coisas (o belo ontológico), mas nasce da relação entre o objecto e o sujeito, não estando também
o sublime nas coisas, mas no homem.
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Segundo S. Tomás de Aquino, o belo é uma propriedade ou qualidade rea das coisas. Na
verdade, a beleza repousa num aspecto dos seres existentes, capazes de fundamentar uma
determinada relação às potências cognoscitivas.
O belo é para poucos, disse Nietzsche. Mas não é que seja acessível apenas a poucos, nem
que deva sê-lo, e sim que poucos se dispõem a ir em seu encontro. Pois, já sabemos: o belo não
se apodera simplesmente de nós, não o recebemos passivamente, mas temos de buscá-lo, de nos
interessarmos por ele. A beleza premia o esforço de quem a procura, e a verdade é que poucos se
sentem estimulados a despender esse esforço, e isso, temos de acrescentar, também por razões
que escapam a seu controle e escolha. E mesmo os que se consideram sensíveis à beleza terão de
conceder que nem sempre se encontram em condição de desfrutar dela, por mais que ela se
ofereça.
O belo é para poucos, e também para poucos momentos. É uma experiência de exceção. No
geral, estamos atarefados demais para nos permitir esse inocente prazer de meramente
contemplar a aparência das coisas: quase sempre, temos de nos haver é com as próprias coisas.
As coisas nos atraem, as coisas nos ameaçam, e é por entre elas que temos de encontrar nosso
caminho no mundo.
O que é belo é subjectivo. Dai a dificuldade em chegar a um consenso sobre o que é belo ou
sobre o que não o é, portanto, parece ser óbvio que a classificação de uma abra de arte como bela
é relativa. Com efeito, não se fala, hoje em dia, de valores universais. Não existem valores
eternos comungados por todos os povos e em todos os tempos.
Como afirma Ferry, «A ética fundamentando o belo numa faculdade demasiado subjectiva
para que nela se possa facilmente encontrar alguma objectividade, a história da estética, pelo
menos até aos finais do século XVIII, iria antes do relativismo à busca de critérios.»
O belo é o que nos reúne mais facilmente e mais misteriosamente. Daqui resulta a visão de que a
obra de arte deve ser uma representação bela do mundo subjectivo do artista.
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1. Conclusão
Chegando aqui, concluímos que: como filosofia, ou seja: como âmbito de investigação teórica
e conceitual sobre nossas reacções à forma pela qual as coisas se apresentam a nós, a Estética
fala do belo e do feio, mas não para nos ensinar que isto é belo e aquilo é feio, nem para nos
recomendar o belo e condenar o feio muito menos para ensinar o que fazer para que as coisas que
não são belas venham a sê-lo. Se fosse assim, não seria teoria, mas um guia prático, e, o que é
mais importante, já daria como conhecido o sentido do termo belo, quando é exactamente isto
que se trata de determinar: na Estética, precisamente esse sentido está em aberto e tornasse
objecto de debate.
Como filosofia, a Estética quer saber o que é uma coisa bela. Pergunta-se pelo porquê de que a
aparência de certas coisas nos agrade ao ponto de dizermos que são belas, e o que estamos
querendo dizer ao declararmos que o são. Ela quer explicitar conceitualmente os critérios pelos
quais julgamos a aparência das coisas.
Quando dizemos que algo é belo, não queremos dizer simplesmente que seja “agradável”.
Contudo, esta representação pura do objecto belo é particular e a objectividade do juízo estético
não tem conceito ou a sua necessidade e universalidade são subjectivas.
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2. Referencias Bibliografia
BARROS, Clóvis. Aula 8 – A Beleza e a Arte – Clóvis de Barros (2010). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nmGr2KwylI.
DUFRENNE, Mikel. Estética e filosofia. Tradução de Roberto Figurelli. São Paulo: Perspectiva,
1981.
LEITE. F. – “Filosofia do Belo”, in: Revista Portuguesa de Filosofia, I, fasc. 1, (Braga, 1946),
pp. 65-66.