Telma José

Processo de acreditação e Documentação necessária para acreditação

Licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Gestão de Laboratório

Trabalho de caracter avaliativo

da cadeira de Auditoria e
Requisitos de Qualidade
orientado pelo docente:

Mestre: Sidónio Duarte

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
Índice

1.Processo de Acreditação................................................................................................................3

1.2. Etapas de acreditação................................................................................................................4

1.3. Benefícios da Acreditação.........................................................................................................5

2. Documentação necessária para acreditação..................................................................................7

3. Referências bibliográficas............................................................................................................8
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1.Processo de Acreditação

Acreditação é um processo de avaliação externa, periódica, de estrutura, processos e

resultados de uma empresa, organização ou instituição em relação a padrões ou requisitos de
qualidades aceites no país e em outros países, que têm como objectivo a melhoria contínua da
qualidade dos serviços oferecidos (NP EN ISSO/IEC 17025:2015)

Acreditação como um processo de avaliação e reconhecimento da competência técnica de

entidades para efectuar actividades específicas de avaliação da conformidade (e.g. ensaios,
calibrações, certificações e inspecções). Este processo é totalmente voluntário, confidencial,
independente e periódico.

Acreditação é o reconhecimento formal por um organismo independente especializado em

normas técnicas daquele sector de que uma instituição atende a requisitos previamente definidos
e demonstra ser competente para realizar suas actividades com segurança (NP ISO/IEC
17011:2017).

A acreditação traduz-se num reconhecimento da competência técnica e de gestão de uma

entidade na realização de actividades específicas de avaliação da conformidade, cuja avaliação é
realizada por um organismo de acreditação. Este processo de avaliação tem vários factores,
demonstrando que um dado bem, produto, processo ou serviço cumpre com os requisitos que lhe
são aplicáveis. Entre esses factores encontram-se:

 Competência técnica do pessoal;

 Validade e adequação dos métodos de ensaio;
 Rastreabilidade de medições e calibrações a normas nacionais;
 Adequação, calibração e manutenção dos equipamentos de ensaio;
 Ambiente de ensaio;
 Amostragem, manuseamento e transporte de itens de ensaio;
 Garantia da qualidade de dados de ensaios e calibrações.

A acreditação funciona como um regulador técnico, garantindo que a optimização dos

custos não diminui a competência técnica, não pondo em risco a confiança na execução
das actividades que estão acreditadas
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Em alguns casos a avaliação da conformidade é uma exigência legal, estando relacionada com
a segurança desse produto ou serviço, noutros casos é uma exigência contratual para dar uma
garantia que um dado produto ou serviço se adequa ao uso pretendido.

O processo de acreditação é sujeito a uma legislação comunitária que o obriga a um

funcionamento harmonizado, sendo este avaliado através de um sistema de avaliação.

Acreditação na auditoria refere-se ao processo pelo qual uma pessoa, empresa ou organização
obtém um certificado ou reconhecimento oficial de competência e qualidade nos serviços de
auditoria. Esse processo é conduzido geralmente por organizações de certificação, que avaliam se
a entidade em questão cumpre determinados critérios e padrões estabelecidos.

1.2. Etapas de acreditação

O processo de acreditação na auditoria pode variar de acordo com o país e o sector específico
em que a auditoria está sendo realizada, mas geralmente envolve as seguintes etapas:

1. Pesquisa e planeamento:

A entidade interessada em obter acreditação inicia o processo pesquisando as organizações de

certificação apropriadas que possam realizar a avaliação. Depois disso, é necessário realizar um
planeamento detalhado, determinando quais documentos e evidências serão necessários para
atender aos critérios exigidos.

2. Avaliação inicial:

Esse é o primeiro passo oficial do processo de acreditação. Durante a avaliação, os

especialistas da organização de certificação revisarão os documentos fornecidos, realizarão
entrevistas e avaliarão a conformidade com os critérios estabelecidos. Eles também podem
realizar verificações no local, visitando as instalações da entidade.

3. Avaliação técnica:

Nesta fase, os especialistas avaliam a expertise técnica da empresa ou organização em relação

à auditoria específica. Eles analisam as habilidades, conhecimentos e experiência dos auditores
envolvidos e podem exigir provas adicionais de competência, como certificados de treinamento
ou qualificações profissionais.
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4. Avaliação em campo:

Dependendo do tipo de auditoria, pode ser necessário realizar visitas de avaliação em campo
para verificar se as práticas de auditoria estão de acordo com os requisitos estabelecidos. Durante
essas visitas, os auditores designados pela organização de certificação acompanham o trabalho
dos auditores da entidade em auditoria e avaliam a conformidade com os padrões e
procedimentos exigidos.

5. Relatório de avaliação:

Com base em todas as avaliações realizadas, a organização de certificação prepara um

relatório de avaliação detalhado. Esse relatório geralmente aborda a conformidade com os
critérios de acreditação, identifica quaisquer não conformidades e recomenda acções correctivas
necessárias.

6. Acreditação:

Após a conclusão do relatório de avaliação, a organização de certificação toma uma decisão

quanto à acreditação. Se a entidade for considerada em conformidade com todos os critérios e
requisitos estabelecidos, ela será oficialmente acreditada na auditoria.

7. Auditorias de acompanhamento:

Após a obtenção da acreditação, a entidade pode ser submetida a auditorias de

acompanhamento regulares para garantir que a conformidade seja mantida ao longo do tempo.
Essas auditorias visam monitorar a qualidade contínua do trabalho de auditoria e a conformidade
com os padrões estabelecidos.

1.3. Benefícios da Acreditação

Os principais benefícios da Acreditação para a instituição e a segurança do cliente são:

Regulação: Dado que os organismos de avaliação da conformidade actuam em competição entre

si, não só a nível nacional mas também cada vez mais internacional, tendem a continuamente a
racionalizar custos e aumentar os lucros, o que pode comprometer a correcta execução dessas
actividades.
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A acreditação vai funcionar como um regulador técnico (mas não económico) dessa
competição, garantindo que a optimização de custos não diminui a competência técnica, nem
compromete a confiança na execução das actividades que estão acreditadas.

Globalização: Dada a acreditação ser feita segundo metodologias harmonizadas em todo o

Mundo, existe Acordos de Reconhecimento Mútuo (EA & IAF & ILAC) entre os organismos de
acreditação, facilitando a livre circulação de bens e serviços abrangidos pelas acreditações.

A acreditação é pois uma ferramenta de globalização e internacionalização da economia,

promovendo as exportações nacionais.

O Regulamento (CE) n.º765/2008 obriga as autoridades nacionais dos Estados-Membros da

UE a reconhecerem a equivalência das acreditações dos signatários do Acordo da EA.

Competitividade: A acreditação é usada por reguladores e proprietários de marcas de prestígio

como condição de acesso a essas marcas. Neste sentido, a acreditação por um signatário dos
Acordos Mútuos da EA / IAF / ILAC é um factor de competitividade das entidades acreditadas e
das empresas que com elas trabalham.

Racionalização: Cada vez mais a acreditação é usada por reguladores e decisores políticos para
descentralizar tarefas do Estado em terceiros, mantendo simultaneamente controlo e vigilância na
delegação. Permite assim ao Estado emagrecer de uma forma controlada e fiável. A Acreditação
constitui-se como uma ferramenta de racionalização do Estado.

Melhoria contínua: Como já citamos este é um processo que visa a melhoria contínua da
Segurança do cliente e dos resultados assistenciais.

Visibilidade no mercado: A instituição passa a ser reconhecida pela sua excelência em

qualidade.

2. Documentação necessária para acreditação

A documentação necessária pode variar de acordo com o órgão responsável pela acreditação e
o país em que você está buscando acreditação. No entanto, a seguir estão alguns exemplos
comuns de documentos necessários:
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Inclui currículos, certificados de treinamento, diplomas académicos e comprovação de

experiência relevante dos auditores que participarão do processo de auditoria.

Procedimentos e Políticas

Documentação que descreve os procedimentos e políticas da sua organização em relação à

auditoria. Isso pode incluir manuais de procedimentos, políticas de qualidade e ética, entre outros.

Experiência Prévia

Evidências de auditorias anteriores realizadas pela sua organização, incluindo relatórios de

auditoria, constatações e acções correctivas tomadas.

Registros de Treinamento e Desenvolvimento

Documentação que comprova que seus auditores estão em constante actualização e

desenvolvimento profissional, como registros de participação em cursos de treinamento

relevantes. Recursos Técnicos

Descrição dos recursos técnicos disponíveis para conduzir auditorias, como equipamentos,
ferramentas de auditoria e acesso a sistemas de informação.

Política de Confidencialidade

Uma política de confidencialidade que detalha como a sua organização protege informações
sensíveis obtidas durante as auditorias.

Registros de Auditorias Anteriores

Relatórios e registros de auditorias anteriores realizadas pela sua organização, juntamente com
as respostas e acções tomadas em relação a quaisquer não conformidades identificadas.

Certificados e Licenças

Certificados de acreditações anteriores, se aplicável, bem como qualquer licença ou

autorização necessária para realizar auditorias em sectores regulamentados.

Documentação Legal e Contratual

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Contractos ou acordos que estabelecem os termos e condições sob os quais as auditorias serão
conduzidas.

3. Referências bibliográficas

IPAC. (2013). DRC007. Procedimento para acreditação de organismos de inspecção.

DRC007:2012. Caparica, Portugal: IPAC - Instituto Português de Acreditação.

Fraud Examination" - W. Steve Albrecht, Chad O. Albrecht, Conan C. Albrecht, Mark F.

Zimbelman.

"Auditing: A Risk-Based Approach to Conducting a Quality Audit" - Karla M. Johnstone,

Audrey A. Gramling, Larry E. Rittenberg