Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SOCIAL
Responsabilidade ■ Estão entre as tendências mais importantes que
influenciam a teoria e a prática da administração
Social das no Terceiro Milênio.
■ O debate sobre a ética e a responsabilidade
Organizações e o social é muito antigo e acentuou-se devido a
comportamento problemas como poluição, corrupção,
desemprego e proteção dos consumidores,
ético dos entre muitos outros que envolvem as
organizações públicas ou privadas.
administradores ■ Alguns estudiosos do assunto acham que as
empresas têm responsabilidades com a sociedade
e devem cumpri-las. Outras pensam que a única
responsabilidade das organizações empresariais é
cuidar de seus acionistas. A polêmica está longe
de resultar em consenso.
■ A ética é a disciplina ou campo do
conhecimento que trata de definição e
avaliação do comportamento de pessoas e
organizações.
Ética: de
base etimológica da palavra moral, do latim
mores ou morales (cujo significado é relativo a
costumes)
Sendo assim a ética não seria apenas uma simples listagem das convenções
sociais provisórias?
Não, ela retrata os costumes, mas sua marca principal é a da reflexão teórica
(doutrinas éticas x costumes reais de um povo).
Ética: de que se trata?
■ Definição Clássica
– a ética compreende uma teoria ou uma reflexão crítica científica
ou filosófica e eventualmente até teológica entre sobre os
fundamentos de um sistema moral, ou de um sistema de costumes
de uma pessoa, grupo ou sociedade.
Esse, Sócrates!
A ética no Ocidente tem suas raízes nas ideias de Aristóteles (384 – 322 a. C).
Embora defendesse uma sociedade baseada na detestável instituição da
escravidão, Aristóteles criou uma ética que diz respeito à virtude e ao bem-
estar das pessoas.
■ Sua ética é defendida em termos de “fins do ser humano”. Os fins das pessoas
são não apenas seus objetivos de curto prazo e seus projetos de vida. As
pessoas tem um fim intrínseco último, que é a felicidade. A razão e a virtude
são os meios para alcançar a felicidade, que é uma propriedade da alma.
■ A felicidade não resulta do prazer, nem na fortuna, nem no poder. A felicidade
é a vida de atividade virtuosa de acordo com a razão. Uma vida inteira é
uma vida ativa, cheia de amigos, de participação na comunidade e ocupada
com a atividade filosófica da contemplação.
■ Virtude é a tradução de aretê, palavra que também significa excelência. As
virtudes podem e devem ser ensinadas. Há duas formas de excelência:
– A intelectual: envolve a inteligência e o discernimento
– A moral: envolve a liberalidade e a moderação
Ainda segundo Aristóteles, a excelência moral está relacionada com a
escolha de ações e emoções. Essa escolha depende do uso da razão e do
pensamento.
■ O excesso é uma forma de erro, assim como a falta. Portanto, deve-se buscar o meio
termo. A virtude envolve o equilíbrio no comportamento, o meio entre os extremos,
tal como a beleza envolve simetria e ordem. As pessoas devem esforçar-se para pôr
em prática a excelência moral e intelectual para se tornarem boas. A alma deve ser
cultivada por hábitos que lhe permitam distinguir o bem.
■ As virtudes específicas de que Aristóteles se ocupou são aquelas que fazem um ser
humano excelente e com quem é bom viver: coragem, temperança, senso de justiça,
bom senso de humor, veracidade, cordialidade.
■ A ética de Aristóteles está ligada as suas concepções políticas. Somente na
comunidade social e política pode-se realizar o comportamento ideal no qual se baseia
a felicidade. A felicidade individual pressupõem a felicidade da família, dos amigos, e
dos concidadãos. Para serem felizes, a pessoas devem ter um bom governo, capaz de
formar cidadãos de bom caráter, habituados a praticar o bem.
No século XVIII, o filósofo alemão
Immanuel Kant transformou a
Regra de Ouro em dois
imperativos categóricos, que
estabelecem o comportamento
ideal para a vida em sociedade.
■ Uma ação é moralmente correta para uma
pessoa em determinada situação, se e
somente se a razão dessa pessoa para tal
ação é a razão que essa mesma pessoa
desejaria que outras tivessem ao agir, em
qualquer situação semelhante.
■ Uma ação é moralmente correta para uma
pessoa se e somente se, ao agir, essa pessoa
não use outras pessoas simplesmente como
meios para avançar em seus próprios
interesses, e também tanto respeite quanto
desenvolva as capacidades destas outras
pessoas para escolher livremente por elas
próprias.
■ Kant buscava uma ética de validade universal.
Buscava encontrar no homem as condições de
possibilidade do conhecimento verdadeiro e do agir
livre.
■ O dever aparece como necessidade central da
liberdade: a vontade verdadeiramente boa deve agir
sempre conforme o dever e por respeitar ao dever.
■ Acredita numa moral igual para todos baseada na
racionalidade.
No século XVIII, o filósofo alemão Immanuel Kant
transformou a Regra de Ouro em dois imperativos
categóricos, que estabelecem o comportamento ideal para a
vida em sociedade.
■ Legalidade X Moralidade: um homem deve se perguntar diante de cada
lei: qual é o seu dever?
■ Os conteúdos éticos nunca são dados do exterior e sim por imperativos
categóricos:” age de tal maneira que possas ao mesmo tempo querer que
a máxima de tua vontade se torne lei universal
■ Críticas à Kant: excesso de racionalidade.
No século XVIII, o filósofo alemão Immanuel Kant
transformou a Regra de Ouro em dois imperativos
categóricos, que estabelecem o comportamento ideal para a
vida em sociedade.
■ Acreditar que esses comportamentos são corretos, por que têm alguma
justificativa lógica é a perspectiva da ética relativa.
■ A ideia da ética relativa estabelece que é correto avançar sinais
vermelhos de trânsito a altas horas da noite, por que o risco de assalto nos
cruzamentos justifica esse comportamento. Até mesmo as autoridades da
segurança pública recomendam essa violação da lei.
■ A ética relativa também reconhece que a ideia de certo e errado é uma
questão de geografia. Na cultura oriental, a ética diz que as pessoas
devem dedicar-se integralmente à empresa, que é uma família à qual a
vida do funcionário pertence. Na cultura ocidental, as pessoas entendem
que há distinção entre vida pessoal e vida profissional.
Ética Relativa
■ O tempo também influencia os valores.
■ No início do século XX, era relativamente comuns as agressões verbais e físicas aos
trabalhadores das fábricas no Brasil.
■ Nos primórdios da Revolução Industrial, o
trabalho das crianças até a exaustão era
normal. Em muitos países, na atualidade,
isso é inaceitável e considerado violação da
lei.
Um administrador alinhado com a filosofia da ética relativa
sempre agiria de acordo com os ditames da circunstância e
dificilmente sofreria crises ou dilemas de consciência
Ética Absoluta
■ Para as autoridades desses países, a ética absoluta dizia que o sigilo era
intrinsecamente errado, uma vez que protegia dinheiro obtido de forma
desonesta. Finalmente as autoridades suíças concordaram em revelar a
origem dos depósitos e iniciar negociações visando à devolução do dinheiro
para seus donos.
Relativismo Cultural
■ Uma das áreas com questões éticas difíceis de resolver envolve as relações
entre culturas distintas.
■ A medida em que as empresas se internacionalizam, aumenta a probabilidade
dos contatos e negociações com pessoas que endossam sistemas éticos
completamente distintos. O fato de que há culturas gerenciais distintas, com
sistema de valores distintos, significa que não há soluções simples para
dilemas éticos nos negócios internacionais.
■ Muitas pessoas diriam que a maneira mais simples e prática de lidar com os
problemas éticos consiste em adotar o relativismo moral, ou seja:
– adotar os valores locais quando se estiver negociando num determinado
local. Porém, o relativismo moral pode significar adotar a prática de
suborno em países em que essa é a regra. Aliás, pode-se argumentar que
o suborno não é tão ruim, uma vez que serve para suplementar baixos
salários, e portanto é normal.
Relativismo Cultural
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
85