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RESUMO

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

PORTUGUÊS
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

ÍNDICE
1. Fonologia............................................................................................................................ 12
1.1 Classificação dos fonemas.................................................................................................. 13
1.1.1 Vogais.................................................................................................................................. 13
1.1.2 Semivogais..........................................................................................................................13
1.1.3 Consoantes.........................................................................................................................14
1.2 Encontros vocálicos..............................................................................................................14
1.2.1 Ditongo............................................................................................................................... 14
1.2.2 Tritongo...............................................................................................................................14
1.2.3 Hiato.................................................................................................................................... 15
1.3 Encontros consonantais...................................................................................................... 15
1.4 Dígrafos..................................................................................................................................15
1.4.1 Dígrafos consonantais...................................................................................................... 16
1.4.2 Dígrafos vocálicos..............................................................................................................16
Gabriel
1.5 Sílaba......................................................................................................................................
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1.5.1 Divisão silábica...................................................................................................................17
113.749.947-82
1.6 Classificação das palavras quanto ao número de sílabas.............................................. 17
1.7 Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica....................................... 18

2. Regras de acentuação gráfica..........................................................................................19


2.1 Proparoxítonas..................................................................................................................... 19
2.2 Monossílabos tônicos.......................................................................................................... 19
2.3 Monossílabos átonos........................................................................................................... 19
2.4 Oxítonas.................................................................................................................................19
2.5 Paroxítonas............................................................................................................................19
2.6 Hiatos..................................................................................................................................... 20
2.7 Ditongos abertos.................................................................................................................. 21
2.8 Verbos TER e VIR................................................................................................................... 21
2.9 Verbos CRER, DAR, LER e VER............................................................................................. 21

3. Ortografia e significação das palavras........................................................................... 22


3.1 Emprego das letras.............................................................................................................. 22
3.2 Significação das palavras.....................................................................................................23

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

3.2.1 Antônimos.......................................................................................................................... 23
3.2.2 Sinônimos...........................................................................................................................23
3.2.3 Hiperônimo........................................................................................................................ 23
3.2.4 Parônimos.......................................................................................................................... 24
3.2.5 Homônimos........................................................................................................................24
3.3 Diferença entre homônimos perfeitos e polissemia.......................................................24

4. Estruturas das palavras....................................................................................................25


4.1 Classificação dos morfemas................................................................................................25
4.1.1 Radical.................................................................................................................................25
4.1.2 Afixos...................................................................................................................................25
4.1.3 Desinências........................................................................................................................ 25
4.1.4 Vogal temática................................................................................................................... 25
4.1.5 Vogal ou consoante de ligação........................................................................................ 25
4.1.6 Tema....................................................................................................................................26

5. Processos de formação de palavras................................................................................27


Gabriel
5.1 Dois processos básicos de formação de palavras: a derivação e a composição........ 27
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5.1.1 Derivação............................................................................................................................27
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5.1.2 Composição........................................................................................................................28
5.1.3 Outros processos de formação de palavras..................................................................28

6. Hífen................................................................................................................................... 29
6.1 Emprego do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação........... 30
6.2 Não se usa hífen:.................................................................................................................. 31

7. Classes gramaticais...........................................................................................................32
7.1 Artigo...................................................................................................................................... 32
7.1.1 Depois das palavras ambos e todo.................................................................................32
7.1.2 Diferença entre artigo indefinido (um) e numeral (um).............................................. 33
7.2 Substantivo............................................................................................................................33
7.2.1 Coletivos............................................................................................................................. 34
7.2.2 Flexões do substantivo..................................................................................................... 34
7.2.3 Regras especiais para formação do feminino...............................................................34
7.2.4 Substantivos uniformes....................................................................................................35
7.2.5 Mudança de sentido na mudança de gênero............................................................... 36

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.2.6 Substantivos de gênero vacilante................................................................................... 36


7.2.7 Flexão de número dos substantivos...............................................................................36
7.2.8 Formação do plural........................................................................................................... 36
7.2.9 Regras especiais para a formação do plural................................................................. 37
7.2.10 Substantivos compostos................................................................................................ 38
7.2.11 Grau dos substantivos....................................................................................................38
7.3 Adjetivo.................................................................................................................................. 39
7.3.1 Substantivação do adjetivo (derivação imprópria).......................................................39
7.3.2 Anteposto ao substantivo (mudança de sentido).........................................................39
7.3.3 Substitutos dos adjetivos (locuções adjetivas)..............................................................39
7.3.4 Alguns substantivos das locuções adjetivas podem não ter ligação com o adjetivo
que o substitui.............................................................................................................................40
7.3.5 Flexões dos adjetivos........................................................................................................ 40
7.3.6 Adjetivos biformes............................................................................................................ 40
7.3.7 Adjetivos uniformes.......................................................................................................... 41
7.3.8 Flexão de número dos adjetivos..................................................................................... 41
7.3.9 Flexão dos adjetivos compostos.....................................................................................
Gabriel 41
7.3.10 Graus do adjetivo (comparativo e superlativo)...........................................................42
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7.3.11 Formação do grau superlativo: absoluto e relativo................................................... 42
7.3.12 O superlativo absoluto................................................................................................... 42
7.3.13 O superlativo analítico....................................................................................................43
7.3.14 Superlativo relativo......................................................................................................... 43
7.4 Conjunções............................................................................................................................ 44
7.4.1 As conjunções coordenativas.......................................................................................... 44
7.4.2 Conjunções subordinativas (adverbiais)........................................................................ 45
7.4.3 Conjunções integrantes....................................................................................................47
7.4.4 Polissemia conjuncional................................................................................................... 47
7.4.5 Locuções conjuntivas........................................................................................................47
7.5 Preposições........................................................................................................................... 47
7.5.1 Preposições essenciais..................................................................................................... 47
7.5.2 Preposições acidentais..................................................................................................... 47
7.6 Interjeições............................................................................................................................ 48
7.7 Numeral................................................................................................................................. 48
7.7.1 Classificação sintática....................................................................................................... 48
7.7.2 Emprego dos cardinais pelos ordinais........................................................................... 48
7.7.3 Quando o numeral antecede o substantivo, emprega-se, porém, o ordinal........... 48

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.7.4 Na numeração de artigos de leis, decretos, portarias e parágrafos, usa-se o ordinal


até nono, e o cardinal de dez em diante................................................................................. 49
7.8 Pronomes.............................................................................................................................. 49
7.8.1 Pronomes pessoais........................................................................................................... 49
7.8.2 Formas dos pronomes pessoais..................................................................................... 49
7.8.3 Pronomes reflexivos e recíprocos (se, si e consigo)..................................................... 50
7.8.4 Pronomes retos................................................................................................................. 51
7.8.5 Extensão de emprego dos pronomes retos.................................................................. 51
7.8.6 Realce do pronome sujeito.............................................................................................. 52
7.8.7 As preposições DE e EM contraem-se com o pronome reto da 3a Pessoa.............. 52
7.8.8 Pronomes de tratamento.................................................................................................52
7.8.9 Emprego dos pronomes oblíquos - formas tônicas..................................................... 52
7.8.10 Formas átonas................................................................................................................. 53
7.8.11 O pronome oblíquo átono sujeito de um infinitivo....................................................53
7.8.12 Pronome átono com valor possessivo......................................................................... 53
7.8.13 Pronomes complementos de verbos de regência distinta....................................... 53
7.8.14 Valores e empregos dos possessivos...........................................................................54
Gabriel
7.8.15 Pronomes demonstrativos............................................................................................
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7.8.16 Pronomes relativos......................................................................................................... 56
7.8.17 Pronomes interrogativos............................................................................................... 57
7.8.18 Pronomes indefinidos.................................................................................................... 58
7.9 Verbo..................................................................................................................................... 59
7.9.1 Flexões do verbo............................................................................................................... 60
7.9.2 Classificações dos verbos.................................................................................................64
7.9.3 Regência dos verbos......................................................................................................... 65
7.9.4 Vozes verbais..................................................................................................................... 65
7.9.5 Aspecto verbal - as diferentes durações do tempo......................................................66
7.9.6 Correlações verbais...........................................................................................................67
7.9.7 Conjugação de alguns verbos..........................................................................................67
7.10 Advérbio...............................................................................................................................67
7.10.1 Classificação dos advérbios........................................................................................... 68
7.10.2 Advérbios interrogativos................................................................................................68
7.10.3 Locução adverbial........................................................................................................... 68
7.10.4 Repetição de advérbios em -mente..............................................................................69
7.10.5 Gradação dos advérbios................................................................................................ 69
7.10.6 Diminutivo com valor superlativo.................................................................................70

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.10.7 Palavras denotativas.......................................................................................................70

8. Regência verbal................................................................................................................. 71
8.1 Diversidade e igualdade de regência.................................................................................71
8.2 Regência de alguns verbos..................................................................................................71

9. Regência nominal..............................................................................................................73
9.1 Regência de algumas construções nominais................................................................... 73

10. Crase................................................................................................................................. 74
10.1 Crase obrigatória - 7 casos................................................................................................74
10.2 Não se usa crase - 5 casos................................................................................................ 76
10.3 Casos facultativos no uso de crase - 3 casos..................................................................76
10.4 Três casos específicos para o uso da crase.................................................................... 77

11. Frase, oração, período.................................................................................................... 78


11.1 Frase.....................................................................................................................................78
Gabriel
11.2 As Frases podem ser:.........................................................................................................78
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11.3 Período.................................................................................................................................79
113.749.947-82
11.4 A Oração e os seus termos essenciais............................................................................ 79

12. Tipos de sujeito................................................................................................................80


12.1 Simples.................................................................................................................................80
12.2 Composto............................................................................................................................ 80
12.3 Oculto...................................................................................................................................80
12.4 Indeterminado.................................................................................................................... 80
12.5 Inexistente...........................................................................................................................81

13. Predicado......................................................................................................................... 82
13.1 Predicado verbal.................................................................................................................82
13.2 Predicado nominal............................................................................................................. 82
13.3 Predicado verbo-nominal..................................................................................................83
13.4 Predicativo do objeto.........................................................................................................83

14. A Oração e seus termos integrantes.............................................................................84


14.1 Objeto direto.......................................................................................................................84

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

14.2 Objeto direto preposicionado.......................................................................................... 84


14.3 Objeto direto pleonástico................................................................................................. 84
14.4 Objeto indireto....................................................................................................................85
14.5 Objeto indireto pleonástico.............................................................................................. 85
14.6 Predicativo do sujeito........................................................................................................ 85
14.7 Predicativo do sujeito com verbos de ligação implícitos (predicado verbo-nominal)..
86
14.8 Predicativo do objeto.........................................................................................................86
14.9 Agente da passiva...............................................................................................................86
14.10 Complemento nominal................................................................................................... 87

15. São termos acessórios.................................................................................................... 88


15.1 Adjunto adnominal.............................................................................................................88
15.2 Adjunto adverbial............................................................................................................... 88
15.3 Aposto.................................................................................................................................. 89
15.4 Vocativo............................................................................................................................... 90
15.5 Diferença entre aposto e vocativo...................................................................................
Gabriel 90
15.6 Colocação dos termos na oração - ordem direta e ordem inversa............................ 91
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16. Diferenças entre complemento nominal e adjunto adnominal................................92

17. Diferença entre predicativo e adjunto adnominal..................................................... 94

18. Concordância verbal....................................................................................................... 95


18.1 Com um só sujeito............................................................................................................. 95
18.2 Com mais de um sujeito (pronomes).............................................................................. 95
18.3 Casos particulares - com um só sujeito.......................................................................... 95
18.4 O sujeito é o pronome relativo “QUE”............................................................................. 96
18.5 O sujeito é o pronome relativo “QUEM”..........................................................................96
18.6 O sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido plural, seguido
de “de” (ou dentre) nós (Ou nós).............................................................................................. 97
18.7 Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida
de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo............................................... 97
18.8 Quando o sujeito for representado por expressão fracionária.................................. 97
18.9 O sujeito é um plural aparente........................................................................................ 98
18.10 O sujeito é indeterminado.............................................................................................. 98
18.11 Concordância do verbo ser.............................................................................................98

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

18.12 Concordância com mais de um sujeito.......................................................................100


18.13 Sujeitos ligados por OU e por NEM............................................................................. 101
18.14 Um ou outro, nem um nem outro..............................................................................101
18.15 Sujeitos unidos com a partícula COM......................................................................... 102
18.16 Sujeitos ligados por conjunção comparativa............................................................. 102
18.17 Verbos impessoais......................................................................................................... 103
18.18 Concordância do verbo no infinitivo........................................................................... 103
18.18.1 Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração..................................................... 103
18.18.2 Infinitivo pessoal e sujeito oculto............................................................................. 104
18.18.3 Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal....................................104
18.19 O verbo “parecer”...........................................................................................................104

19. Concordância nominal..................................................................................................106


19.1 Regra geral........................................................................................................................ 106
19.2 Com adjetivo posposto ao substantivo.........................................................................106
19.3 Se um substantivo for modificado por dois adjetivos................................................ 106
19.4 Com adjetivo anteposto..................................................................................................
Gabriel 107
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19.5 Outros casos de concordância nominal....................................................................... 107
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20. Período composto por coordenação........................................................................... 111
20.1 Aditivas.............................................................................................................................. 111
20.3 Alternativas....................................................................................................................... 111
20.4 Conclusivas........................................................................................................................111
20.5 Explicativas........................................................................................................................112

21. Período composto por subordinação..........................................................................113

22. Subordinadas substantivas..........................................................................................114


22.1 Subjetivas.......................................................................................................................... 114
22.2 Objetivas diretas.............................................................................................................. 114
22.3 Objetivas indiretas........................................................................................................... 115
22.4 Completivas nominais..................................................................................................... 115
22.5 Predicativas....................................................................................................................... 115
22.6 Apositivas.......................................................................................................................... 115
22.7 Agentes da passiva...........................................................................................................115

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

23. Orações subordinadas adverbiais...............................................................................117


23.1 Causal.................................................................................................................................117
23.2 Concessiva.........................................................................................................................117
23.3 Condicional....................................................................................................................... 118
23.4 Final.................................................................................................................................... 118
23.5 Temporal........................................................................................................................... 118
23.6 Consecutiva.......................................................................................................................118
23.7 Comparativa......................................................................................................................118
23.8 Conformativa.................................................................................................................... 118
23.9 Proporcional..................................................................................................................... 119

24. Orações subordinadas adjetivas................................................................................. 120

25. Orações reduzidas de infinitivo...................................................................................121


25.1 Substantivas......................................................................................................................121
25.2 Adjetivas............................................................................................................................ 121
25.3 Adverbiais..........................................................................................................................121
Gabriel
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26. Orações reduzidas de gerúndio...................................................................................122
113.749.947-82
26.1 Adjetivas............................................................................................................................ 122
26.2 Adverbiais..........................................................................................................................122

27. Orações reduzidas de particípio..................................................................................123


27.1 Adverbiais..........................................................................................................................123

28. Período misto.................................................................................................................124

29. Sinais de pontuação e sinais gráficos auxiliares....................................................... 125


29.1 Vírgula................................................................................................................................ 125
29.1.1 A vírgula é proibida.......................................................................................................125
29.1.2 No interior da oração................................................................................................... 126
29.1.3 Entre orações, emprega-se a vírgula..........................................................................126
29.2 O ponto e vírgula..............................................................................................................127
29.3 Os dois-pontos................................................................................................................. 127
29.4 O travessão....................................................................................................................... 127

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

30. Colocação dos pronomes átonos.................................................................................128


30.1 Regras gerais.....................................................................................................................128
30.2 Próclise opcional.............................................................................................................. 128
30.3 Com um só verbo............................................................................................................. 129
30.4 É, ainda, preferida a próclise.......................................................................................... 129
30.5 Não se dá a ênclise nem a próclise com os particípios.............................................. 130
30.6 Com os infinitivos soltos, mesmo quando modificados por negação, é lícita a
próclise ou a ênclise, embora haja acentuada tendência para esta última colocação
pronominal................................................................................................................................ 130
30.7 A ênclise é de rigor quando o pronome tem a forma o (principalmente no feminino
a) e o infinitivo vem regido da preposição a:........................................................................130
30.8 A língua portuguesa tende à próclise pronominal:.....................................................130
30.9 Colocação pronominal nas locuções verbais............................................................... 131

31. Variação linguística.......................................................................................................132

32. Gêneros textuais........................................................................................................... 133


Gabriel
32.1 Gênero lírico......................................................................................................................133
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32.2 Gênero épico ou narrativo..............................................................................................133
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32.3 Gênero dramático............................................................................................................ 133

33. Tipos textuais................................................................................................................ 134


33.1 Dissertativo argumentativo............................................................................................ 134
33.2 Dissertativo expositivo.................................................................................................... 134
33.3 Narrativo............................................................................................................................134
33.4 Injuntivo.............................................................................................................................134
33.5 Prescritivo..........................................................................................................................135
33.6 Preditivo: horóscopo, previsão do tempo.................................................................... 135

34. Tipos de discurso........................................................................................................... 136

35. Funções da linguagem.................................................................................................. 137


35.1 Referencial ou função denotativa..................................................................................137
35.2 Conotativa ou apelativa...................................................................................................137
35.3 Emotiva ou expressiva.....................................................................................................137
35.4 Metalinguística..................................................................................................................137
35.5 Poética ou estética........................................................................................................... 137

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

35.6 Fática.................................................................................................................................. 137

36. Figuras de linguagem....................................................................................................138


36.1 Figuras de sintaxe............................................................................................................ 138
36.2 Figuras de palavras ou semântica................................................................................. 139
36.3 Figuras de pensamento...................................................................................................139
36.4 Figuras de som................................................................................................................. 140

37. Polissemia e ambiguidade........................................................................................... 141

38. Diferença entre compreensão e interpretação.........................................................142

39. Coerência....................................................................................................................... 143

40. Coesão............................................................................................................................ 144

40. O uso dos “porquês”......................................................................................................146


Gabriel
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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Recadinho do(a) Prof(a)!


Caros concurseiros!

Este resumo do conteúdo de Língua Portuguesa foi elaborado com muito carinho e
cuidado, prezando a funcionalidade e otimização do tempo de estudo dos candidatos. Vale
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Atenciosamente,
Professora Ivanete Rigo

Gabriel
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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

1. Fonologia
Estuda os fonemas ou sons da língua e as sílabas que esses fonemas formam. Fazem parte
da fonologia a ortoepia ou ortoépia (estudo da articulação e pronúncia dos vocábulos), a
prosódia (estudo da acentuação tônica dos vocábulos) e a ortografia (estudo da forma
escrita das palavras).

Fonema: menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado entre as


palavras.
amor – ator; morro – corro; vento – cento

FONEMA é o som. LETRA é o símbolo representativo do som. Na palavra sapo, a letra s


representa o fonema /s/ sê); na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (zê).

O mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do
fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x.

Exemplos: zebra, casamento, exílio

A mesma letra pode representar maisGabriel de um fonema. A letra x, por exemplo, pode
representar: o fonema sê: texto; o fonema zê: exibir; o fonema chê: enxame; o grupo de sons
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ks: táxi 113.749.947-82

O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.

Exemplos: táxi - 4 letras, 5 fonemas


galho - 5 letras, 4 fonemas

As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Elas indicam a


nasalização das vogais que as antecedem. São dígrafos vocálicos.

Exemplos: compra – conta – bumbum

No fim das palavras, a letra “m” , quando estiver depois das letra “a” e “e” , formará um
fonema.

Exemplos: também (o “m” tem som da semivogal “i”)


(eles) falam ( o “m” tem som da semivogal “u”)

A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.

Exemplos: hora - 4 letras, 3 fonemas

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

1.1 Classificação dos fonemas

1.1.1 Vogais

Fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca.
São o núcleo das sílabas. Em toda sílaba há necessariamente uma única vogal. As vogais
podem ser:

▪ Orais: o ar sai apenas pela boca.

Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.

▪ Nasais: o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. O til é sinal de nasalização (não é acento).

/ã/: fã, canto, tampa, mão


/~e/: dente, tempero
/ ~i/: lindo, mim
/õ/ bonde, tombo, põe
/~u / nunca, algum Gabriel
cibreirosg@gmail.com
As vogais podem ainda ser:
113.749.947-82
▪ Átonas: pronunciadas com menor intensidade.
Exemplos: até, bola

▪ Tônicas: pronunciadas com maior intensidade.


Exemplos: até, bola

▪ Abertas: ideia, mel, constrói, heroico

▪ Fechadas: bolo, você

1.1.2 Semivogais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal,
formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Não desempenham o papel de
núcleo silábico.

Exemplo: pai. O a é a vogal. O i é a semivogal.


Outros exemplos: saudade, história, amei, água

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Obs.: os fonemas (semivogais) /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e",
"o" ou "m".

Exemplos: pães, mão, tem, também, falaram, falam.

1.1.3 Consoantes

A corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade


bucal. Isso faz com que as consoantes sejam "ruídos", incapazes de atuar como núcleos
silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam
("soam com") as vogais.

Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/ etc.

1.2 Encontros vocálicos

Agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias, na mesma sílaba.


Existem três tipos:
Gabriel
1.2.1 Ditongo cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) em uma mesma sílaba. Pode ser:

▪ Crescente: a semivogal vem antes da vogal.


Exemplo: sé-rie (i = semivogal, e = vogal)

▪ Decrescente: a vogal vem antes da semivogal.


Exemplo: pai (a = vogal, i = semivogal)

▪ Oral: o ar sai apenas pela boca.


Exemplos: pai, série

▪ Nasal: o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.


Exemplos: mãe, não

1.2.2 Tritongo

Sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem,
numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.

14
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Exemplos: Paraguai - tritongo oral; quão - tritongo nasal

1.2.3 Hiato

Sequência de duas vogais em uma mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes
(nunca há mais de uma vogal em cada sílaba).

Exemplos: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a)

ATENÇÃO:

▪ Na terminação -EM, em palavras como ninguém, também, porém etc. e na terminação -AM,
em palavras como amaram, falaram etc. ocorrem ditongos nasais decrescentes.

▪ Considera-se hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e
uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô, pa-pa-gai-o.

1.3 Encontros consonantais


Gabriel
Agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária. Existem dois tipos:
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
▪ Os que resultam do contato de consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como
em pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se;

▪ Os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes, como


em por-ta, rit-mo, lis-ta.

Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso,
inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go.

1.4 Dígrafos

Fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.

Exemplo: bicho - quatro fonemas e cinco letras. São agrupados em dois tipos: consonantais
e vocálicos.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

1.4.1 Dígrafos consonantais

DÍGRAFOS CONSONANTAIS EXEMPLOS

lh lh Telhado

nh nh Marinheiro

ch xe Chave

rr re (no interior da palavra) Carro

ss se (no interior da palavra) Passo

qu que (seguido de e e i) Queijo, quiabo

gu gue (seguido de e e i) Guerra, guia

1.4.2 Dígrafos vocálicos

FONEMAS LETRAS EXEMPLOS


Gabriel
ã am Tampa
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113.749.947-82
an Canto

~e em Templo

en Lenda

~i im Limpo

in Lindo

õ om Tombo

on Tonto

~u um Chumbo

un Corcunda

OBSERVAÇÃO: “gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i" e
representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo.

Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema.

16
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Em algumas palavras, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça,


aquífero etc). Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dígrafo quando são
seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

1.5 Sílaba

Grupos pronunciados numa só emissão de voz. O núcleo da sílaba é sempre uma vogal.
Não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba.

Exemplo: piauiense = pi- au-i-en-se

1.5.1 Divisão silábica

a) Não se separam os ditongos e tritongos: foi-ce, a-ve-ri-guou;

b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa;

c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba: psi-có-lo-go, re-fres-co;

Gabriel
d) Separam-se as vogais dos hiatos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de
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e) Separam-se as letras dos 113.749.947-82
dígrafos rr, ss, sc, sç xc: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço,
ex-ce-len-te

f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em


que a segunda consoante é l ou r: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car

ATENÇÃO: Depois do prefixo, se houver vogal, segue-se a regra normal de separação


silábica: bi-sa-vô, tran-sa-tlân-ti-co

1.6 Classificação das palavras quanto ao número de sílabas

1) Monossílabas: uma sílaba: mãe, flor, lá, meu

2) Dissílabas: duas sílabas: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por.

3) Trissílabas: três sílabas: ci-ne-ma, pers-pi-caz, O-da-ir.

4) Polissílabas: quatro ou mais sílabas: a-ve-ni-da, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

1.7 Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica

Oxítonas: a sílaba tônica é a última: avó, urubu, parabéns.

Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima: dócil, suavemente, banana.

Proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima: máximo, parábola, íntimo.

Saiba que:

▪ são palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor,
ureter;

▪ são palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia,
celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico,
inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem
também necrópsia), Normandia, policromo, pudico, quiromancia, rubrica;

▪ são palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo,
ínterim, lêvedo, ômega, pântano. Gabriel
cibreirosg@gmail.com
ATENÇÃO! As seguintes palavras, entre outras, admitem
113.749.947-82 dupla tonicidade:
acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil,
réptil/reptil, zângão/zangão.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

2. Regras de acentuação gráfica

2.1 Proparoxítonas

São todas acentuadas: trágico(s), patético(s), árvore(s), ônibus

2.2 Monossílabos tônicos

São acentuados aqueles que terminam em: a(s): lá, cá; e(s): pé, mês; o(s): só, pó, nós, pôs

ATENÇÃO: formas verbais com pronomes oblíquos como FÊ-LOS, FÁ-LO-Á, PÔ-LOS.

2.3 Monossílabos átonos

Palavras vazias de sentido como artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação


(preposições, conjunções): o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, mas etc. não
são acentuados.

OBSERVAÇÃO: há monossílabos tônicos numa frase e átonos em outras.


Gabriel
cibreirosg@gmail.com
Exemplo: Há sempre um mas (substantivo - tônico) para questionar.
113.749.947-82
Eu sei seu nome, mas (conjunção- átono) não me recordo agora.

2.4 Oxítonas

São acentuadas quando terminadas em a(s), e(s), o(s), em ou ens: cajá(s), jacaré(s),
você(s), paletó(s), ninguém, armazéns.

ATENÇÃO: verbos conjugados “ele mantém, eles mantêm”, entre outros.

Formas verbais com pronomes oblíquos como observá-los, contê-los, repô-los, entre
outras, seguem a regra das oxítonas.

2.5 Paroxítonas

São acentuadas as palavras terminadas em R, I(S), N, L, U(S),X, PS, ON(S),DITONGOS


CRESCENTES ou DECRESCENTES (seguidos ou não de S), Ã(S), ÃO(S), UM(UNS): revólver,
táxi(s), hífen, fácil, vírus, tórax, bíceps, elétron, íons, fáceis, secretária(s, ímã(s), órfão(s),
fórum, álbuns.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

OBSERVAÇÕES:
1) paroxítonas terminadas em "n" SÃO acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens"
NÃO (hifens, jovens);

2) não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super);

3) acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s),


ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s): várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo.

ATENÇÃO!
Em palavras como MÁGOA, VÍDEO, NÍVEO, ÁREA, ESPONTÂNEO, não há consenso em
considerar como ditongos os encontros vocálicos.

Também há divergência entre os gramáticos em considerar palavras como cárie,


secretária, série paroxítonas terminadas em ditongos crescentes ou proparoxítonas
acidentais.

2.6 Hiatos Gabriel


cibreirosg@gmail.com
acentuam-se as vogais I e U tônicas que estiverem sozinhas na sílaba ou seguidas de S: a-í,
113.749.947-82
ba-la-ús-tre, ju-í-zes, dis-tri-bu-í-lo, e-go-ís-ta, he-ro-í-na.

ATENÇÃO!
1. Não se coloca o acento agudo no I e no U quando, precedidos de vogal que, com eles
não forma ditongo, e são seguidos de L, M, N, R, Z e NH: contribuinte, paul, juiz, rainha,
tainha, ventoinha, bainha.

2. Quando as vogais I e U ocorrem na sílaba tônica de palavras paroxítonas, não recebem


acento gráfico se são precedidas de ditongo: baiuca, feiura, boiuna.

3. Não recebe acento agudo o U tônico precedido de G ou Q e seguido de E ou I nas flexões


rizotônicas dos verbos arguir, redarguir, aguar, apaziguar, averiguar, obliquar, enxaguar,
delinquir: argui, arguis, redarguem etc.

Nos verbos citados anteriormente e afins, as formas rizotônicas ou são acentuadas no U,


mas sem acento gráfico, ou têm as formas: averíguo, enxáguo, delínquem etc.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

2.7 Ditongos abertos

MONOSSÍLABOS TÔNICOS: (éu, ói, éi –seguidos ou não de “s”): méis, céu, dói.

OXÍTONAS: (éu, ói, éi – seguidos ou não de “s”) : troféu, papéis, constrói.

OBSERVAÇÃO: ditongos abertos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados:


assembleia, boia, Coreia, heroico, ideia, joia, plateia etc.

ATENÇÃO: destróier é acentuada por ser paroxítona terminada em "r" (e não por possuir
ditongo aberto "ói").

2.8 Verbos TER e VIR

Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter
e vir, bem como nos seus derivados (deter, conter, reter, advir, convir, intervir etc).

VERBO TER

Ele tem Gabriel Eles têm


cibreirosg@gmail.com
Ela vem Elas vêm
113.749.947-82
Ele retém Eles retêm

Ele intervém Eles intervêm

2.9 Verbos CRER, DAR, LER e VER

crer – crê – creem / dar – dê – deem / ler – lê – leem / ver – vê – veem

Não se acentuam, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou
não de s. Exemplo: voos, enjoo, abençoo.

O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras:

pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente);
pôr ( verbo) / por (preposição);
vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural);
tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural.

Atenção: fôrma ou forma (de bolo) – acento diferencial facultativo.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

3. Ortografia e significação das palavras

3.1 Emprego das letras

Uso do “X”

▪ Após ditongo: ameixa, caixa, peixe, trouxa.


▪ Depois de sílaba inicial “en”: enxurrada, enxaqueca.

Exceções: encher e seus derivados: enchente, encharcar.

▪ Depois de “me” inicial: mexer, mexerica, mexilhão.

Exceção: mecha.

▪ Palavras de origem indígena, africana, inglesas que foram aportuguesadas: xingar, xará,
xerife, xampu, xavante, xangô.

Uso do “G”
Gabriel
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▪ Nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio, pedágio, colégio, relógio,
estágio. 113.749.947-82

▪ Nas terminações –agem, -igem, -ugem: malandragem, coragem, fuligem, ferrugem,


miragem, vertigem, garagem.

Exceções: pajem e lambujem.

Uso do “J”

▪ Verbos terminados em “jar”: arranjar, despejar, enferrujar, viajar.

▪ Palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jiboia, manjericão, jerico.

Uso do “S”

▪ Adjetivos terminados em oso/osa: honrosa, saboroso, maravilhosa, habilidoso, amorosa.

▪ Após ditongos: lousa, náusea, pouso.

▪ Em sufixos esa/isa/ense/ês indicadores de títulos/profissão/origem: burguês, marquesa,


marquês, duquesa, baronesa, poetisa, chinesa.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Uso do “Z”

▪ Em sufixos ez/eza que formam substantivos abstratos: rigidez, nobreza, surdez, maciez,
singeleza.

▪ No sufixo “izar” formando verbos: humanizar, hospitalizar, colonizar, civilizar.

Uso do “S”, “C”, “Ç”, “SC”, “SS”

▪ Verbos grafados com “nd” - substantivos “ns”. Exemplos: ascender -ascensão, suspender -
suspensão, pretender - pretensão.

▪ Verbos grafados com “ced” - substantivos “cess”. Exemplos: ceder - cessão, exceder -
excesso, interceder - intercessão.

▪ Verbos grafados com “ter” - substantivos “tenção”. Exemplos: deter - detenção, abster -
abstenção, conter - contenção.

▪ Verbos grafados com mitir/cutir - substantivos miss/cuss. Exemplos: demitir - demissão,


repercutir - repercussão, discutir - discussãoGabriel
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3.2 Significação das palavras
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3.2.1 Antônimos

ausência – presença.

3.2.2 Sinônimos

agradável – aprazível

A relação de sinonímia deve considerar o contexto.

3.2.3 Hiperônimo

Mais abrangente que hipônimo. Assim: veículo é hiperônimo de carro porque em seu
significado está contido o significado de carro, assim como carroça, trem, caminhão. Carro
é hipônimo de veículo.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

3.2.4 Parônimos

Assemelham-se na grafia e na pronúncia, mas diferem no sentido.

absolver (perdoar) - absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) - apreender (capturar)


cavaleiro (que cavalga) - cavalheiro (homem gentil)

3.2.5 Homônimos
a) Homônimos perfeitos: fonética (som): igual; grafia (escrita): igual; significado: diferente
caminho - substantivo – itinerário ou verbo caminhar

b) Palavras homófonas: fonética (som): igual; grafia (escrita): diferente; significado:


diferente
acento – sinal gráfico / assento – cadeira, lugar

c) Palavras homógrafas: fonética (som): diferente; grafia (escrita): igual; significado:


diferente

O presidente discursou com muito acerto. (substantivo


Gabriel – correção)
Eu nunca acerto nas respostas deste jogo. (verbo acertar)
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3.3 Diferença entre homônimos perfeitos e polissemia

A polissemia refere-se a apenas uma palavra com mais de um significado. Assim:

Ela é uma dama, por isso não deu uma resposta à altura da ofensa.
Ela sabia que, no xadrez, a dama é quase tão importante quanto o rei.

Nesse caso, “dama” é uma palavra só, pois, em ambos os exemplos, é um substantivo;
porém possui significados diferentes — mulher de família nobre (primeiro enunciado) e
peça de xadrez (segundo enunciado). Portanto é uma palavra polissêmica.

A homonímia consiste em duas ou mais palavras que têm a mesma pronúncia e/ou a
mesma grafia, mas significados diferentes. Assim:

Cedo o meu direito a seu favor.(verbo)


Acordei cedo para protestar. (advérbio)

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

4. Estruturas das palavras


MORFEMAS: unidades significativas mínimas das palavras.
MORFEMAS LIVRES: podem figurar sozinhos como vocábulos (rua).
MORFEMAS PRESOS: aqueles que não têm autonomia vocabular: ruazinhas - rua(livre)
-zinha (preso) -s(preso)

4.1 Classificação dos morfemas

4.1.1 Radical

Carrega a base de significado da palavra. Palavras de uma mesma família de significação


(palavras COGNATAS).

4.1.2 Afixos

a) Prefixos: antes do radical: desgoverno


b) Sufixos: depois do radical: ingovernável
Gabriel
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4.1.3 Desinências 113.749.947-82

Indicam as flexões das palavras variáveis.

a) Nominais (indicam o gênero e o número- governador-a- s,).


b) Verbais (indicam flexões do verbo: número, pessoa, tempo e modo- governá-va-mos

4.1.4 Vogal temática

A função é a de ligar-se ao radical constituindo o chamado tema (radical + vogal temática).


É ao tema que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes podem
apresentar vogal temática. Nos verbos, indicam a conjugação a que pertencem (1ª., 2ª. ou
3ª: amar, sofrer, partir): govern – á - va- mos; nos nomes, a vogal temática é aquela que não
indica gênero: sapat-o

4.1.5 Vogal ou consoante de ligação

Surgem por motivos eufônicos: ingovern-a-bil- i -dade, gas- ô -metro, pau -l -ada, café-t-eira.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

4.1.6 Tema

Junção do radical com a vogal temática: cant + a, sapat+o.

Gabriel
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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

5. Processos de formação de palavras


Uma palavra pode ser:

PRIMITIVA: não se forma de outra existente no idioma: dia, nuvem, verde.


DERIVADA: formação baseada em uma única palavra (ou radical) já existente: bordado,
minuciosamente.
COMPOSTA: formada por duas (ou mais) palavras já existentes: beija-flor, girassol.

OBSERVAÇÃO: palavras, ao mesmo tempo, compostas e derivadas: porto-alegrense (Porto


+ Alegre]+ ense), biopirataria ( bio+pirat[a]+ aria).

5.1 Dois processos básicos de formação de palavras: a derivação


e a composição

5.1.1 Derivação

Modificação de palavra primitiva com o acréscimo


Gabrielde AFIXOS.
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a) PREFIXAL: acréscimo de prefixo 113.749.947-82
à palavra primitiva: repor, dispor, indispor, decompor,
compor, contrapor.

b) SUFIXAL: acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de


significado ou de classe gramatical: jardinagem, ponteiro, ponteirinho

c) PREFIXAL E SUFIXAL: acréscimo ao radical de um prefixo e de um sufixo: infelizmente,


desvalorização.

Mesmo com a retirada de um dos afixos, ainda existe uma palavra com sentido: infeliz ou
felizmente.

Atenção! Basta que seja possível a retirada de apenas um desses afixos para que se
configure derivação prefixal e sufixal.

d) PARASSINTÉTICA: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Não é


possível a retirada de nenhum afixo: desalmado, repatriar, amanhecer.

e) REGRESSIVA: redução da palavra derivante. Normalmente forma substantivos


indicadores de ação (abstratos): chorar – choro; combater- combate; errar- erro; recuar-recuo

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

f) IMPRÓPRIA: processo que muda uma palavra de sua classe gramatical usual para uma
outra classe, sem lhe alterar a forma: brilhante (adjetivo e substantivo), jantar (verbo e
substantivo), prazer (verbo e substantivo).

5.1.2 Composição

a) JUSTAPOSIÇÃO: as palavras se juntam, conservando cada qual a sua integridade (pode


ou não ter hífen).

beija-flor, bem-me-quer, madrepérola, girassol

b) AGLUTINAÇÃO: vocábulos intimamente unidos, subordinados a um único acento


tônico e sofrem perda de sua integridade silábica.

aguardente (água + ardente), viandante (via+andante), embora (em + boa+ hora), pernalta
(perna+alta)

5.1.3 Outros processos de formação de palavras


Gabriel
a) ABREVIAÇÃO VOCABULAR: eliminação de um segmento de uma palavra a fim de se
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obter uma forma mais curta: cinematógrafo – cinema- cine, pneumático – pneu, Florianópolis
– Floripa, metropolitano – metr 113.749.947-82

b) SIGLONIMIZAÇÃO: formação de palavras a partir de siglas. FGTS, CPF, PIB, AIDS, VIP

c) PALAVRA-VALISE: acoplamento de duas palavras, permitindo a realização de


verdadeiras acrobacias verbais: brasiguaio, flaflu, grenal, portunhol, fraternura

d) HIBRIDISMO: palavra que se origina da união de elementos de idiomas diferentes:


automóvel (auto =grego, móvel=latim), sambódromo (samba= africano, dromo = grego)

e) ONOMATOPEIA: imitação de sons: tique-taque, blablablá, bangue-bangue, xixi

f) NEOLOGISMOS: palavras “novas”: gasticídio

g) EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS: show, abajur, stress

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

6. Hífen
Separa palavras compostas por mais de uma unidade significativa.

ARCO-ÍRIS: “arco” (significado próprio, assim como “íris”). Ligadas pelo hífen, compõem uma
palavra só e significam algo diferente de suas definições particulares. Algumas palavras
perderam a noção de composição e se tornaram uma unidade semântica única: “girassol”,
“paraquedas” e “mandachuva”. Por isso, não existe um critério único para saber se uma
palavra tem ou não hífen.

DEVE-SE EMPREGAR O HÍFEN:

1. nos compostos cujos elementos, reduzidos ou não, perderam a sua significação


própria: água-marinha, arco-íris, para-choque, bel-prazer, és-sueste, monta-carga,
marca-passo, lero-lero, mata-mata etc.;

OBS.: os elementos se aglutinam em girassol, madressilva, passatempo, pontapé,


paraquedas, paraquedismo etc.

2. nos compostos com o primeiro elemento Gabriel de forma adjetiva, reduzida ou não:
afro-asiático, cibreirosg@gmail.com
galego-português, greco-romano, histórico-geográfico, ínfero-anterior,
luso-brasileiro, lusitano-castelhano etc.;
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3. nos topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã ou grão, ou por forma verbal,
ou quando os elementos estão ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro,
Todos-os-Santos, mas Belo Horizonte, Cabo Verde, Santa Catarina (sem hífen porque não se
enquadram na regra) etc.;

4. em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas estejam ou


não ligadas por preposição ou por qualquer outro elemento: bem-me-quer,
ervilha-de-cheiro, formiga-branca, bem-te-vi, batata-inglesa etc.;

OBSERVAÇÃO: malmequer já se escrevia aglutinadamente e essa exceção é mantida.

5. Nos compostos com advérbios bem- e mal- quando o elemento seguinte começa por
vogal ou h: bem-educado, bem-humorado, mal-agradecido, mal-habituado;

OBSERVAÇÃO: o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com o segundo
elemento quando ele começa por consoante: bem-nascido, malnascido, bem-falante,
malfalante, bem-mandado, malmandado etc.; mas, em muitos compostos, bem aglutina-se
com o segundo elemento; benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença etc.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

6. nos compostos com sem, além, aquém e recém: sem-cerimônia, além- -mar,
aquém-fronteiras, recém-casado.

NÃO SE USA HÍFEN EM LOCUÇÕES DE QUALQUER TIPO, sejam substantivas, adjetivas,


pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, a não ser nas seguintes
exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia
(pecúlio), ao deus-dará, à queima-roupa

Portanto: fim de semana, sala de jantar, cor de café, cada um, quem quer que seja, à vontade,
depois de amanhã, a fim de, acerca de, contanto que, visto que etc.

6.1 Emprego do hífen nas formações por prefixação,


recomposição e sufixação

Nas formações com prefixos, como ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre- extra-, hiper-,
infra-, intra-, pós-, pré-, sobre-, sub-, super-, ultra- etc., e em formações por recomposição
com falsos prefixos ou pseudoprefixos (de origem grega ou latina) como aero-, agro-, arqui-,
auto-, hio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi, neo-, pan-, plurí-,
proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele- etc, só se usa hífen:
Gabriel
a) nas formações em que cibreirosg@gmail.com
o segundo elemento começa por h: anti-histamínico,
113.749.947-82
pan-helênico, sobre-humano, sub-hepático, super-homem etc.;

OBS.: como exceção a essa regra, co-, des-, dis-, in- e re se aglutinam com o segundo
elemento, eliminando o h:
coabitar, coerdeiro, desumano, disidria, inábil, reabilitar, reospitalizar etc.

b) nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal pela


qual começa o segundo elemento: anti-inflacionário, neo-ortodoxo, semi-interno,
supra-auricular, arqui-inimigo, sobre-edificar, ante-estreia;

OBSERVAÇÃO: são exceções a essa regra co- e re-: coordenar, coobrigação, reeleição,
reerguer etc.

c) nas formações com o prefixo circum- e o pseudoprefixo pan- quando o segundo


elemento começa por vogal, m ou n (além do h já mencionado na regra geral):
circum-navegação, circum-mediterrâneo, circum-oceânico, pan-oftálmico, pan-nacionalismo;

d) nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super, quando o segundo elemento
começa por r: hiper-religioso, inter-relacionado, super-resistente;

30
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

e) nas formações com os prefixos ex- (estado anterior, cessamento), sota-, soto-, vice-
(ou vizo): ex-aluno, ex-presidente, sota-piloto, soto-mestre, vice-almirante, vice-governador,
vizo-rei;

f) nas formações com os prefixos tônicos pós-, pré- e pró- (as formas átonas se
aglutinam com o segundo elemento): pós-graduação (mas pospor), pré-universitário (mas
predizer, pró-africano (mas proativo);

g) com ab-, ad-, ob-, sob-, e sub-, quando seguidos de radical iniciado por r ou pela
mesma consoante em que termina o prefixo: ab-rogar, ad-rogação, ob- reptício, sob-roda
sub-reino, ad-digital, sub-bibliotecário.

6.2 Não se usa hífen:

a) nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal, e o segundo


elemento começa por r ou s, que devem ser duplicados: contrarregra, suprarrenal,
pseudorreação, antisséptico, ultrassom, minissaia;

b) nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal, e o segundo


elemento começa por vogal diferente ou consoante (com exceção dos casos
Gabriel
particulares já mencionados cibreirosg@gmail.com
de h, r e s: extraescolar, antiaéreo, autoeducação, autodidata,
extracurricular, supramencionado, hidroeletricidade,
113.749.947-82 microcâmera, intracelular etc.;

c) em locuções, de qualquer tipo, com EXCEÇÃO de água-de-colônia, arco-da-velha,


cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa e em nomes de
plantas ou animais: formiga-branca, capim-elefante, batata-roxa.

Nas formações por sufixação, só se emprega o hífen em vocábulos terminados em sufixos


de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas (como -açu, -guaçu, -mirim)
quando o primeiro elemento termina em vogal acentuada graficamente ou quando a
pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu, andá-açu,
Ceará-Mirim, capim-açu.

31
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7. Classes gramaticais

7.1 Artigo

Acompanha o substantivo, a fim de generalizar ou particularizar o sentido:

um cidadão/ o cidadão

(O, A, OS, AS – DEFINIDO) - (UM, UMA, UNS, UMAS - INDEFINIDOS)

Quando a preposição que antecede o artigo está relacionada com o verbo (no infinitivo), e
não com o substantivo que o artigo introduz, os dois elementos ficam separados:

Não veio ao Colégio pelo fato de as ruas estarem alagadas.

ATENÇÃO: na linguagem popular e no trato familiar, a anteposição do artigo definido a


nomes de batismo de pessoas lhes dá um tom de afetividade ou de familiaridade:

Geraldo saiu agora. O Geraldo saiu agora.


Gabriel
cibreirosg@gmail.com
7.1.1 Depois das palavras ambos e todo
113.749.947-82
Únicas palavras que antecedem o artigo pertencente ao mesmo sintagma.

a) Se o substantivo determinado pelo numeral ambos estiver claro, emprega-se o artigo


definido: Eram pessoas de ambos os sexos.

b) A presença ou a ausência do artigo depois da palavra todo depende de admitir ou


rejeitar o substantivo aquela determinação. Todo o Brasil pensa assim. Todo Portugal pensa
assim.

c) No plural, anteposto ou posposto ao substantivo, todos vem acompanhado de artigo, a


menos que haja um determinativo que o exclua: Conheceu todos os salões e todos os
antros.

Iam-se-me as esperanças todas. Mas: Todos estes costumes vão desaparecer.

Não se usa o artigo antes do numeral em aposição a todos: Elas são, todas duas, minhas
irmãs.

Se, no entanto, o substantivo estiver claro, o artigo é de regra: Todas as duas irmãs eu
ajudei a criar.

32
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

No SINGULAR, todo:

a) virá acompanhado de artigo, quando indicar a totalidade das partes: Toda a praia é um
grito de ansiedade. (a praia inteira).

b) anteposto ao artigo indefinido, todo significa “inteiro”, “completo”: Cobriu de ridículo toda
uma geração.

c) evita-se o artigo indefinido antes de expressões denotadoras de quantidade


indeterminada, constituídas seja por substantivos (coisa, gente, infinidade, multidão,
número, parte, pessoa, porção, quantia, quantidade, soma e equivalentes), seja por
adjetivos (escasso, excessivo, suficiente e sinônimos): Havia grande número de pessoas no
casamento. Reservou para si boa parte do lucro.

7.1.2 Diferença entre artigo indefinido (um) e numeral (um)

Se a intenção é indicar a espécie, temos artigo indefinido. Se a ideia é de indicar a


quantidade, trata-se de um numeral.

Adquirimos um imóvel no ano passado. (espécie)


Gabriel
Adquirimos só um imóvel no anocibreirosg@gmail.com
passado. (número)
113.749.947-82
7.2 Substantivo

Dá nome a seres, coisas, lugares, objetos, sentimentos, ações, acontecimentos, conceitos


etc.

OBSERVAÇÃO: cidade, por exemplo, tem quatro classificações: comum, primitivo, simples e
concreto.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.2.1 Coletivos

Substantivo comum que, mesmo no singular, denomina um conjunto de seres de uma


mesma espécie: atilho (de espigas); banca (de examinadores); banda (de músicos); bando (de
aves, de ciganos.de malfeitores etc.); cáfila (de camelos); cambada (de caranguejos, de chaves,
de malandros etc.)

Evitar redundâncias:

Fernando de Noronha é um arquipélago de ilhas do litoral brasileiro. (forma inadequada)

Quando, porém, a significação do coletivo não for específica, deve-se nomear o ser a que
se refere:

Uma junta de médicos, de bois etc. Um feixe de capim, de lenha etc.

7.2.2 Flexões do substantivo

Variável em gênero, número e grau.


Gabriel
a) Gêneros: masculino (anteposição do artigo o) e feminino
cibreirosg@gmail.com (anteposição do artigo a): o
menino, o gato, a menina, a gata. 113.749.947-82

b) Seres que não têm sexo – o gênero é fixado convencionalmente no idioma: o festival, a
blindagem, a alface, o telefonema.

1. Formação do feminino: pessoas e animais têm, geralmente, uma forma para o


masculino e outra para o feminino: homem – mulher; profeta – profetiza; cão – cadela.

2. Masculinos e femininos de radicais diferentes: carneiro – ovelha; frei – sóror ou soror;


peixe-boi – peixe-mulher.

3. Femininos derivados de radical do masculino: menino – menina; gato – gata.

7.2.3 Regras especiais para formação do feminino

a) Substantivos terminados em -ão podem formar o feminino de três maneiras:

1. mudando a terminação -ão em -oa: ermitão – ermitoa; hortelão- horteloa; leitão – leitoa

2. mudando a terminação -ão em -ã: irmão – irmã; ancião - anciã

34
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

3. mudando a terminação -ão em -ona: folião- foliona (Cunha), foliã (Houaiss); solteirão –
solteirona

OBS.: além dos anômalos cão e zangão, não seguem esses três processos de formação os
substantivos seguintes: barão – baronesa; ladrão – ladra; lebrão-lebre; perdigão – perdiz;
sultão – sultana.

b) Os substantivos terminados em -or formam desinência -a: pastor - pastora. Alguns,


porém, fazem o feminino em –eira: cantador – cantadeira; cerzidor – cerzideira

Outros, dentre os finalizados em -dor e -tor, mudam essas terminações em –triz: ator -
atriz, imperador – imperatriz.

ATENÇÃO: embaixador - embaixatriz (a esposa de embaixador) e embaixadora (funcionária


chefe de embaixada).

c) Os que designam títulos de nobreza e dignidades formam o feminino com as


terminações -esa, -essa e -isa: conde – condessa ; sacerdote – sacerdotisa.

d) Terminados em -e são geralmente uniformes.Gabriel Há, porém, um pequeno número que


troca o -e por –a: elefante – elefanta; parente – parenta.
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
ATENÇÃO: os femininos giganta (de gigante), hóspeda (de hóspede) e presidenta (de
presidente) têm ainda uso restrito no idioma.

7.2.4 Substantivos uniformes

a) EPICENOS: nomes de animais que possuem um só gênero gramatical para designar um


e outro sexo: a águia, a baleia, a cobra, o jacaré. OBS.: para especificar o sexo do animal,
juntam-se as palavras macho e fêmea: crocodilo macho, crocodilo fêmea; o macho ou a
fêmea do jacaré.

b) SOBRECOMUNS: um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos: o


algoz, o apóstolo, o carrasco, o cônjuge, o indivíduo, o verdugo. OBSERVAÇÃO: para
discriminar o sexo, diz-se, por exemplo, o cônjuge feminino.

c) COMUNS DE DOIS GÊNEROS: uma só forma para os dois gêneros, mas distinguem o
masculino do feminino pelo gênero do artigo ou de outro determinativo acompanhante: o
gerente- a gerente; o suicida – a suicida

OBSERVAÇÃO: o personagem ou a personagem com referência ao protagonista homem ou


mulher.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.2.5 Mudança de sentido na mudança de gênero

o capital – a capital; o lente – a lente; o língua – a língua;

7.2.6 Substantivos de gênero vacilante

Eis alguns, para os quais se recomenda a seguinte preferência:

a) masculino: ágape, antílope, clã, diabete(s)


b) feminino: aluvião, omoplata, sentinela

7.2.7 Flexão de número dos substantivos

a) singular, quando designam um ser único, ou um conjunto de seres considerados como


um todo (substantivo coletivo): aluno, povo, cão, manada, mesa, tropa;

b) plural, quando designam mais de um ser, ou mais de um desses conjuntos orgânicos:


alunos, cães, mesas.
Gabriel
7.2.8 Formação do plural
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
a) Regra geral: acrescenta -s ao singular: mesa- mesas; pai- pais

b) Substantivos terminados em vogal nasalizada pelo “m”, muda-se o -m em –n: bem - bens;
flautim - flautins; som -sons; atum - atuns.

c) Substantivos terminados em -r, -z, -s e -n: acrescenta-se -es à palavra no singular: mulher
– mulheres ; gravidez – gravidezes; revés – reveses; abdômen – abdômenes; hífen (s) – hífenes

Exceção: quando os substantivos terminados em -s são paroxítonos, a formação do plural


fica invariável: lápis, vírus, pires

ATENÇÃO: caráter – caracteres; espécimen, Júpiter e Lúcifer: especímenes, Jupíteres e


Lucíferes. A par de Lúcifer, há Lucifer, forma antiga no idioma, cujo plural é, naturalmente,
Luciferes.

d) Cós é geralmente invariável, mas documenta-se também o plural coses.

e) Os substantivos finalizados em -x são invariáveis: o tórax — os tórax, o ônix — os ônix.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

f) Os substantivos terminados em -s, quando oxítonos, formam o plural acrescentando


também -es ao singular; quando paroxítonos, são invariáveis: o ananás – os ananases ; atlas
– os atlas

7.2.9 Regras especiais para a formação do plural

Substantivos terminados em -ão formam o plural de três maneiras:

a) a maioria muda a terminação -ão em -ões: balão – balões; botão botões

b) um reduzido número muda a terminação -ão em -ães: capitão – capitães

c) um número pequeno de oxítonos e todos os paroxítonos acrescentam simplesmente um


-s à forma singular: cidadão – cidadãos; cristão – cristãos

OBSERVAÇÕES
1. Incluem-se aqui os monossílabos tônicos chão, grão, mão e vão, que fazem no plural
chãos, grãos, mãos e vãos.
2. Artesão, quando significa “artífice”, faz no plural artesãos; no sentido de “adorno
Gabriel
arquitetônico”, o seu plural pode ser artesãos ou artesões.
cibreirosg@gmail.com
3. PARA ALGUNS SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO, NÃO HÁ AINDA UMA FORMA DE
113.749.947-82
PLURAL DEFINITIVAMENTE FIXADA: ALDEÃO – ALDEÕES, ALDEÃOS E ALDEÃES; ANCIÃO –
ANCIÕES, ANCIÃOS E ANCIÃES; ANÃO – ANÕES E ANÃOS. PLURAL METAFÔNICO: olho, caroço

OBS.: molho “condimento” e molho “feixe” não mudam o timbre da vogal tônica: molhos e
molhos.

4. Os substantivos terminados em -al, -el, -ol e -ul substituem o -l por -is: animal – animais;
paul – pauis.

ATENÇÃO: excetuam-se as palavras mal, real (moeda), cônsul e seus derivados: males, réis,
cônsules e, por este, pró-cônsules, vice-cônsules.

5. Oxítonos terminados em -il mudam o -l em -s: barril – barris.

6. Paroxítonos terminados em il substituem essa terminação por -eis: réptil- répteis.

7. Nos diminutivos formados com os sufixos -zinho e -zito, tanto o substantivo primitivo
como o sufixo vão para o plural, desaparecendo, porém, o -s do plural do substantivo
primitivo: papelzinho – papéis – papeizinhos.

8. Há substantivos que só se empregam no plural: anais, arredores, belas-artes.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.2.10 Substantivos compostos

a) Substantivo composto sem hífen forma o plural como se fosse um substantivo simples:
aguardente(s), claraboia(s), malmequer(es), lobisomem(-mens), varapau(s), vaivém(-véns);

b) Quando se ligam por hífen, podem variar todos ou apenas um deles:

- quando o primeiro termo do composto é verbo ou palavra invariável e o segundo


substantivo ou adjetivo, só o segundo vai para o plural: guarda- chuvas; sempre vivas;
vice-presidentes

1. se os componentes se ligam por preposição, só o primeiro toma a forma de plural: pães


de ló; joões-de-barro

2. também só o primeiro toma a forma de plural quando o segundo termo da composição


é um substantivo que funciona como determinante específico: saláriosfamília;
navios-escola

3. ambos os elementos tomam a forma de plural quando o composto é constituído de


dois substantivos, ou de um substantivo eGabriel
um adjetivo: cartas-bilhetes; águasmarinhas
cibreirosg@gmail.com
7.2.11 Grau dos substantivos
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Um substantivo pode apresentar-se:

a) com a sua significação normal: chapéu, boca;


b) com a sua significação exagerada, ou intensificada disforme ou desprezivelmente (grau
aumentativo): chapelão, bocarra; chapéu grande, boca enorme;
c) com a sua significação atenuada, ou valorizada afetivamente (grau diminutivo):
chapeuzinho, boquinha; chapéu pequeno, boca minúscula.

A GRADAÇÃO DO SIGNIFICADO DE UM SUBSTANTIVO SE FAZ POR DOIS PROCESSOS:

a) sinteticamente, mediante o emprego de sufixos especiais: chape-l-ão, boc-arra;


chapeu-zinho, boqu-inha;

b) analiticamente, juntando-lhe um adjetivo que indique aumento ou diminuição, ou


aspectos relacionados com essas noções: chapéu grande, boca enorme; chapéu pequeno,
boca minúscula.

Valor das formas aumentativas e diminutivas: os sufixos aumentativos emprestam ao


nome as ideias de desproporção, de disformidade, de brutalidade, de grosseria ou de coisa

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

desprezível. Assim: narigão, beiçorra, pratalhaz ou pratarraz, atrevidaço, porcalhão etc.


Ressalta-se, na maioria dos aumentativos, valor depreciativo ou pejorativo.

O emprego dos sufixos diminutivos indica que aquele que fala ou escreve põe a linguagem
afetiva no primeiro plano, quer seja carinho, saudade, desejo, prazer, quer, digamos, um
impulso negativo: troça, desprezo, ofensa.

Especialização de formas: muitas formas aumentativas e diminutivas adquiriram, com o


correr do tempo, significados especiais, por vezes dissociados do sentido da palavra
derivante. Assim: cartão, ferrão, florão, portão, corpete, lingueta, cartilha, flautim, pastilha,
cavalete, folhinha (calendário), vidrilho.

7.3 Adjetivo

Caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, defeito, estado, condição etc.

Ex.: pessoas independentes, inteligentes, mobilizadoras, ousadas, criativas, inovadoras,


realizadoras, guerreiras

7.3.1 Substantivação do adjetivo (derivação imprópria)


Gabriel
cibreirosg@gmail.com
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O céu cinzento indica chuva. (adjetivo). O cinzento do céu indica chuva.
(substantivo).Autor defunto. Defunto autor

7.3.2 Anteposto ao substantivo (mudança de sentido)

uma pobre mulher [infeliz];


uma mulher pobre [sem recursos]

7.3.3 Substitutos dos adjetivos (locuções adjetivas)

Formadas normalmente por uma preposição e um substantivo ou por preposição e um


advérbio. Para muitas delas, existe um adjetivo correspondente.

conselho de pai – paterno; inflamação da boca – bucal; atitude sem qualquer cabimento;
alma em frangalhos

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.3.4 Alguns substantivos das locuções adjetivas podem não ter


ligação com o adjetivo que o substitui

negócio da China – negócio lucrativo; carioca da Gema – nacionalidade autêntica; sem pé nem
cabeça – absurda tecnologia de ponta - avançada

Os adjetivos podem ser:

a) primitivos: um radical e não possuem acréscimo de sufixo e/ou prefixo derivacional:


azul, fácil, feliz, simples, bela, bonita
b) derivados: construídos a partir de outros radicais com acréscimo de sufixo e/ou prefixo
derivacional: azulado, infeliz, desconfortável, enraivecido, imóvel
c) pátrios: referem-se a continentes, países, regiões etc. Podem ser primitivos ou
derivados: carioca, capixaba, potiguar (primitivos); paraibano, baiano, catarinense, mineiro,
goiano (derivados).
d) simples: um único radical: feliz, confortável, azul, móvel, triste, bonito, feio.
e) compostos: mais de um radical: amarelo-canário, luso-brasileiro, socioeconômico.
Gabriel
ADJETIVOS PÁTRIOS OU GENTÍLICOS: letras minúsculas. Os gentílicos com mais de uma
cibreirosg@gmail.com
palavra são escritos com hífen, como campo-grandense e belo-horizontino.
113.749.947-82
- Por regra, o primeiro adjetivo aparece na sua forma reduzida, sem sofrer variações; o
segundo aparece na sua forma normal e varia em gênero e número. Nem todos os
adjetivos pátrios possuem forma reduzida. Confira algumas reduções: afro- (África);
anglo- (Inglaterra); brasilo- (Brasil); nipo- (Japão) Assim: acordo nipo-sino-luso-brasileiro;
relações euro-africanas; ginásio teutobrasileiro.

7.3.5 Flexões dos adjetivos

Gênero, número e grau. Podem ser uniformes e biformes.

7.3.6 Adjetivos biformes

Uma forma para o gênero feminino e outra para o masculino: honesto – honesta; cru – crua;
beirão – beiroa; cristão – cristã; europeu – europeia; judeu – judia; ilhéu – ilhoa.

OBSERVAÇÕES

a) Há adjetivos que são considerados invariáveis: cortês – zulu - hindu – tricolor – multicor –
bicolor – pedrês – montês

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

b) Dos adjetivos finalizados em -or, gerador, motor e outros terminados em -dor e -tor
mudam essas sílabas em - triz: geratriz, motriz etc.

7.3.7 Adjetivos uniformes

Uma só forma para os dois gêneros: hipócrita, homicida, árabe, torpe, triste , constante,
crescente , exemplar, ímpar, , feliz, virgem, ruim, comum etc.

Atenção: andaluz – andaluza.

OBSERVAÇÃO: os compostos “azul-marinho” e “azul-celeste” são invariáveis: vestidos


azul-marinho – saias azul-marinho; fachadas azul-celeste.

7.3.8 Flexão de número dos adjetivos

Flexionados no plural em acordo às regras para a flexão de substantivos simples: feliz e


felizes, bom e bons. Se o adjetivo for uma palavra que também assuma função de
substantivo, ele se tornará invariável. É o caso de algumas cores. Assim: blusas violeta;
paletós cinza; paredes gelo; calças vinho; cortinas creme; vestidos rosa; tons pastel. Exceção:
lilás substantivo (a flor) (vestidos lilases).
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
CORES 113.749.947-82
que são apenas adjetivos flexionam-se normalmente: claro, escuro, castanho
(claros, escuros, castanhos): vestidos amarelos; sapatos brancos; blusas pretas; saias verdes;
olhos castanhos.

Cores compostas: caso os dois elementos sejam adjetivos, somente o segundo elemento é
flexionado: listras verde-claras; lábios vermelho-claros; olhos castanhoescuros; camisetas
verde-amarelas; sapatos azul-claros.

Se um dos elementos for uma cor derivada de um substantivo, o composto fica


invariável: camisas verde-água; canetas amarelo-limão; uniformes verde-oliva; casacos
amarelo-ouro; pedras azul-turquesa; tons verde-musgo; saias vermelho-sangue.

7.3.9 Flexão dos adjetivos compostos

Apenas o último elemento pode se flexionar em gênero e número para acompanhar o


substantivo a que se refere. Os outros elementos são invariáveis (masculino singular).

Exemplos: literatura hispanoamericana; moças moreno-claras; camisas azul-escuras; olhos


castanho-escuros; propostas nipo-sino-luso-brasileiras; pactos técnico-científico-nacionais;
instruções médico-cirúrgico-científicas.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

EXCEÇÃO: surdo-mudo, que flexiona ambos os elementos: moças surdas-mudas; homens


surdos-mudos.

Atenção! Há registro de exceção também para cavalos puros-sangues. (Houaiss)

7.3.10 Graus do adjetivo (comparativo e superlativo)

a) O comparativo pode indicar superioridade, igualdade ou inferioridade de um ser em


relação a outro.

Pedro é mais estudioso (do) que Paulo. Álvaro é tão estudioso como [ou quanto] Pedro.
Paulo é menos estudioso do que Álvaro.

O comparativo pode indicar também que, num mesmo ser, determinada qualidade é
superior, igual ou inferior a outra que possui:

Paulo é mais inteligente que estudioso. Pedro é tão inteligente quanto estudioso.
Álvaro é menos inteligente do que estudioso.

b) O superlativo pode denotar: Gabriel


cibreirosg@gmail.com
1) que um ser apresenta em elevado113.749.947-82
grau determinada qualidade (superlativo absoluto):

Paulo é inteligentíssimo. Pedro é muito inteligente.

2) que, em comparação à totalidade dos seres que apresentam a mesma qualidade, um se


sobressai por possuí-la em grau maior ou menor que os demais (superlativo relativo):
Carlos é o aluno mais estudioso do Colégio. (superioridade) João é o aluno menos estudioso do
Colégio.(inferioridade)

7.3.11 Formação do grau superlativo: absoluto e relativo

7.3.12 O superlativo absoluto

Pode ser sintético ou analítico:

1. sintético: uma só palavra (adjetivo + sufixo): amicíssimo – acérrimo; estudiosíssimo –


facílimo; tristíssimo - salubérrimo

OBSERVAÇÃO: em vez de seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua atual


prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Outras formas de superlativo

2. acréscimo de um prefixo ou de um pseudoprefixo, como arqui-, extra-, hiper-, super-,


ultra-, etc. (arquimilionário, extrafino, hipersensível, superexaltado, ultrarrápido).

3. repetição do próprio adjetivo: É um abril de pureza: — é lindo, lindo!

4. comparação breve: Isso é claro como água.

5. certas expressões fixas, como podre de rico [- riquíssimo], de mão cheia [= excelente, de
grandes recursos técnicos], e outras semelhantes: Ela era uma pianista de mão cheia. Podre
de rico!

6. Artigo definido, marcado por uma tonicidade particular, em frases do tipo: Ela não é
apenas uma excelente cantora, ela é a cantora.

7.3.13 O superlativo analítico

É formado com a ajuda de outra palavra, geralmente um advérbio indicador de excesso -


muito, imensamente, extraordinariamente, excessivamente, grandemente etc.: muito
Gabriel
estudioso - excessivamente fácil- imensamente triste - extraordinariamente salubre.
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113.749.947-82
7.3.14 Superlativo relativo

É sempre analítico.

a) O de superioridade: anteposição do artigo definido ao comparativo de superioridade:


Este aluno é o mais estudioso do Colégio.

b) O de inferioridade: anteposição do artigo definido ao comparativo de inferioridade: Este


aluno é o menos estudioso do Colégio.

c) O superlativo relativo denotador dos limites da possibilidade forma-se com a


posposição da palavra possível ou uma expressão (ou oração) de sentido equivalente: O
arraial era o mais monótono possível. Nos livros que eu lia estes todos eram os mais ricos
que se conhecia.

OBSERVAÇÕES: não se diz mais bom, mais mau e mais grande; e sim: melhor, pior e maior.
Possível é, no entanto, usar as formas analíticas desses adjetivos quando se confrontam
duas qualidades do mesmo ser: Ele foi mais mau do que desgraçado. Ele é bom e
inteligente; mais bom do que inteligente.

43
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

a) A par de ótimo, péssimo, máximo e mínimo, existem os superlativos absolutos regulares:


boníssimo e muito bom, malíssimo e muito mau, grandíssimo e muito grande,
pequeníssimo e muito pequeno.

b) Comparativos e superlativos anômalos: quatro adjetivos - bom, mau, grande e pequeno -


formam o comparativo e o superlativo de modo especial: BOM, MELHOR, ÓTIMO, O
MELHOR; MAU, PIOR, PÉSSIMO, O PIOR.

7.4 Conjunções

Palavras invariáveis que servem para relacionar duas orações ou dois termos semelhantes
da mesma oração. Podem ser:

a) coordenativas: relacionam termos ou orações de idêntica função gramatical (orações


independentes).

O tempo e a maré não esperam por ninguém. Ouvi primeiro e falei por derradeiro.

b) subordinativas: ligam duas orações, uma das quais determina ou completa o sentido
da outra (orações subordinadas). Gabriel
cibreirosg@gmail.com
Eram três da tarde quando cheguei às113.749.947-82
arenas romanas. Pediram-me que definisse o Arpoador.

7.4.1 As conjunções coordenativas

Podem ser:

a) ADITIVAS: ligam dois termos ou duas orações de idêntica função: e, nem (= e não):
Leonor voltou-se e desfaleceu. Ele não me agradece, nem eu lhe dou tempo.

b) ADVERSATIVAS: ligam dois termos ou duas orações de igual função,


acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no
entanto, entretanto: Apetece cantar, mas ninguém canta.

c) ALTERNATIVAS: ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao


cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou (repetida ou não) e, quando repetidas, ora,
quer, seja, nem etc.: O Antunes das duas uma: ou não compreendia bem ou não ouvia nada.
Ora lia, ora fingia ler.

d) CONCLUSIVAS: servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão,
consequência: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim etc.: Conheci, pois, Ari
Ferreira, quando comecei a trabalhar, portanto em 1924.

44
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

e) EXPLICATIVAS: ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na
primeira: que, porque, pois, porquanto, em exemplos como: Vamos comer, que estou com
fome. Dorme cá, pois quero mostrar-lhe as minhas fazendas.

Posição das conjunções coordenativas

a) MAS aparece obrigatoriamente no começo da oração; porém, todavia, contudo,


entretanto e no entanto podem vir no início da oração ou após um dos seus termos:

A igreja também era velha, porém não tinha o mesmo prestígio.


A igreja também era velha; não tinha, porém, o mesmo prestígio.
A igreja também era velha; não tinha o mesmo prestígio, porém.

b) Pois, quando conjunção conclusiva, vem sempre posposta a um termo da oração a que
pertence: Era, pois, um homem de grande caráter.

VALORES PARTICULARES

1. “E”, por exemplo, pode:

a) ter valor adversativo: Tanto tenho aprendido e não sei nada.


Gabriel
b) indicar uma consequência,cibreirosg@gmail.com
uma conclusão: Qualquer movimento, e será um homem
morto. 113.749.947-82
c) expressar uma finalidade: Ia decorá-la e transmiti-la ao irmão.
d) introduzir uma explicação enfática: As filhas estavam casadas, e muito bem casadas.

2.“Mas” é outra partícula que apresenta múltiplos valores afetivos. Pode exprimir:

a) restrição: Vai, se queres, disse-me este, mas temporariamente.


b) retificação: Eram mãos nuas, quietas, modestas. Mas não acanhadas, isso nunca.
c) atenuação ou compensação: Uma luz bruxuleante mas teimosa continuava a brilhar nos
seus olhos.
d) adição: Anoitece, mas a vida não cessa.

7.4.2 Conjunções subordinativas (adverbiais)

a) CAUSAIS: porque, pois, porquanto, como [= porque], pois que, por isso que, já que, uma
vez que, visto que, visto como, que etc.:

b) Continuo a poetar, porque estou renovado. Tio Couto estava sombrio, pois aparecera
um investigador. Como as pernas exigiam repouso, descia raramente à cidade.

45
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

c) CONCESSIVAS: admite um fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la:


embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, por mais que, por
menos que, apesar de que, nem que, que etc.:

d) Não saberei escrever, embora tenha tentado muito. Bandeira livre e bandeira oficial
foram comuns, posto que em graus diversos, a todo o Brasil.

e) CONDICIONAIS: uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou
não o fato principal: se, caso, contanto que, salvo se, sem que [= se não], dado que, desde
que, a menos que, a não ser que etc.: Se aquele entrasse, também os outros poderiam
tentar...

f) FINAIS: finalidade da oração principal: para que, a fim de que, porque [= para que]: Não
bastava boa vontade para que (a fim de que) tudo se arranjasse.

g) TEMPORAIS: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que,
desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.: Quando
tio Severino voltou, trouxe um periquito. Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ela
enviuvou.
Gabriel
h) CONSECUTIVAS: indica acibreirosg@gmail.com
consequência do que foi declarado na anterior: que
(combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na
113.749.947-82
oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que etc.: Foi tão
rápida a saída que Jandira achou graça. Ainda hoje os marmeleiros carregam, que é uma
temeridade.

i) COMPARATIVAS: encerra o segundo membro de uma comparação, de um confronto:


que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhore pior), qual (depois de tal),
quanto (depois de tanto), como, assim como, bem como, como se, que nem: Mais do que
as palavras, falavam os fatos. Ele comeu-a que nem confeitos.

j) CONFORMATIVAS: exprime a conformidade de um pensamento com o da oração


principal: conforme, como [= conforme], segundo, consoante etc.: O som, conforme o
capricho do vento, aproximava-se . Como (consoante) ia dizendo, o seu raciocínio está certo.

k) PROPORCIONAIS: menciona um feito realizado ou para realizar-se simultaneamente


com o da oração principal: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto,
quanto mais... mais, quanto mais... tanto mais, quanto mais... menos, quanto mais... tanto
menos, quanto menos... menos, quanto menos... tanto menos, quanto menos... mais,
quanto menos... tanto mais: À medida que avançavam, iam penetrando no coração da
trovoada. Quanto mais se distingue, mais se funde.

46
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.4.3 Conjunções integrantes

Servem para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto direto, objeto
indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de uma outra oração . nORão as
conjunções que e se:

Não sei se me viste. Não vou jurar que me vias.

7.4.4 Polissemia conjuncional

Algumas conjunções subordinativas (que, como, porque, se etc.) podem pertencer a mais de
uma classe. O valor delas está condicionado ao contexto.

7.4.5 Locuções conjuntivas

Duas ou mais palavras que, juntas, têm função de conjunção. São formadas por advérbios,
preposições e particípios seguidos da conjunção “que”.

Exemplos: Já que, uma vez que, ainda que,Gabriel


por mais que, sem que, posto que, visto que etc.

cibreirosg@gmail.com
7.5 Preposições 113.749.947-82
Palavras invariáveis que relacionam dois termos de uma oração, de tal modo que o sentido
do primeiro (antecedente) é explicado ou completado pelo segundo (consequente). Haverá
uma relação de dependência em que um termo será subordinante e o outro, subordinado.
Assim: Vou a Roma. Concordo com você. Preciso de ajuda.

7.5.1 Preposições essenciais

a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por [ou per, em
algumas variações históricas e geográficas], sem, sob, sobre, trás.

7.5.2 Preposições acidentais

afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, menos, não obstante, salvo,
segundo, senão, tirante, visto etc.

COMPOSTAS (ou locuções prepositivas): grupos de palavras que, juntas, têm função de
preposição. As preposições que comumente formam uma locução prepositiva são a, de e
com, mas outras também podem ser usadas. Exemplos: a cerca de; a despeito de; à
exceção de; a fim de; à mercê de; a par de; a partir de; a respeito de; abaixo de; acerca de;

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

acima de; além de; antes de; ao encontro de; ao invés de; apesar de; às custas de; atrás de;
através de; cerca de; com respeito a; de acordo com; de cima de; de encontro a; debaixo
de; dentro de; por cima de; graças a etc.

7.6 Interjeições

Expressam sensações momentâneas.

7.7 Numeral

Indica quantidade ou assinala o lugar numa série: cardinais, ordinais, multiplicativos e


fracionários.

O numeral pode acompanhar ou substituir um substantivo: numeral adjetivo e numeral


substantivo.

Os dois homens saíram na mesma hora. (numeral adjetivo)


Os dois saíram na mesma hora. (numeral substantivo)

Gabriel
7.7.1 Classificação sintática
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Quando acompanha substantivo, exerce a função de adjunto adnominal. Ao substituir um
substantivo, pode exercer qualquer das funções substantivas: sujeito, predicativo do
sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto
adverbial ou aposto).

7.7.2 Emprego dos cardinais pelos ordinais

Na designação de papas e soberanos, séculos e de partes em que se divide uma obra,


usam-se os ordinais até décimo, e daí por diante o cardinal, sempre que o numeral vier
depois do substantivo:

Pedro II (segundo) Século X (décimo)


Canto VI (sexto) Capítulo XI (onze)

7.7.3 Quando o numeral antecede o substantivo, emprega-se,


porém, o ordinal

Terceiro ato
Décimo primeiro capítulo

48
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.7.4 Na numeração de artigos de leis, decretos, portarias e


parágrafos, usa-se o ordinal até nono, e o cardinal de dez em
diante

Artigo 9.° (nono)


Artigo 10 (dez)

7.8 Pronomes

Representam os seres ou se referem a eles.

Seis tipos: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e relativos.

Quando substituem o substantivo, denominam-se pronome substantivo; quando o


acompanham, pronome adjetivo:

Lembranças a todos os teus. (substantivo) Teus olhos são dois desejos. (adjetivo)

7.8.1 Pronomes pessoais Gabriel


cibreirosg@gmail.com
Caracterizam-se: 113.749.947-82
a) Por denotarem as três pessoas gramaticais no discurso:

1) Quem fala = lª pessoa: eu (singular), nós (plural); com quem se fala = 2ª pessoa: tu
(singular), vós (plural);
2) De quem se fala = 3ª pessoa: ele, ela (singular); eles, elas (plural);
3) Por poderem representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente
expressa: Santas virtudes, ponde Bênçãos nesta Alma para que ela se una A Deus...

b) Por variarem de forma, segundo a função que desempenham na oração e a acentuação


que nela recebem.

OBSERVAÇÃO: a pessoa com quem se fala pode ser expressa também pelos chamados
pronomes de tratamento, com o verbo na 3ª pessoa.

7.8.2 Formas dos pronomes pessoais

Quanto à função, podem ser: retas, quando funcionam como sujeito da oração;
oblíquas, quando se empregam fundamentalmente como objeto (direto ou indireto).

49
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Os átonos são pronomes nunca precedidos por preposição:

Eu o esperei por anos.


Eles se amam.

Os tônicos são sempre precedidos por preposição:

Trouxe o livro para mim.


Ele veio comigo.

Quando o pronome oblíquo da 3.a pessoa, como objeto direto, vem antes do verbo,
apresenta-se com as formas o, a, os, as. Assim: Nunca a encontramos em casa. Eles os
trouxeram consigo.

Se está colocado depois do verbo e se liga a este por hífen (pronome enclítico), a sua
forma depende da terminação do verbo. Assim:

a) verbo termina em vogal ou ditongo oral, empregam-se o, a, os, as: Louvo-o. Louveios.
Louvava-a. Louvou-as.
Gabriel
b) verbo termina em -r, -s ou cibreirosg@gmail.com
-z, suprimem-se essas consoantes, e o pronome assume as
modalidades lo, la, los, las.
113.749.947-82
Vê-lo é um suplício (ver + o). Encontramo-la em casa (encontramos + ela). João fez o trabalho
hoje; Fê-lo hoje (fez + trabalho).

Igualmente se procede quando ele vem posposto ao designativo eis ou aos pronomes nos e
vos: Ei-lo sorridente ( eis + ele). O nome não vo-lo direi (vos+ nome).

c) verbo termina em ditongo nasal, o pronome assume as modalidades no, na, nos, nas:
Dão-no (dão + o). Trouxeram-na (trouxeram + ela).

OBSERVAÇÃO: no futuro do presente e no futuro do pretérito, o pronome oblíquo não


pode vir depois do verbo. Dá-se, então, a mesóclise do pronome: VENDÊ-LO-IA,
VENDÊ-LO-EMOS

7.8.3 Pronomes reflexivos e recíprocos (se, si e consigo)

Ele vestiu-se rapidamente. Ela fala sempre de si. O pintor não trouxe o quadro consigo.

Eles vestiram-se rapidamente. Elas falam sempre de si. Os pintores não trouxeram os quadros
consigo.

50
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Nas demais pessoas, as formas identificam-se com as do pronome oblíquo: me, te, nos e
vos:

Eu me feri. Tu te lavas. Vós vos levantais.

OBSERVAÇÕES

a) Nas pessoas do plural (nos, vos e se) empregam-se também para indicar que a ação é
mútua entre dois ou mais indivíduos (pronome é reflexivo recíproco): Carlos e eu nos
abraçamos. Vós vos queríeis muito. José e Antônio não se cumprimentam.

b) Como são idênticas as formas do pronome recíproco e do reflexivo, pode haver


ambiguidade com um sujeito plural. Joaquim e Pedro enganaram-se. O grupo formado por
Joaquim e Pedro cometeu o engano, ou Joaquim enganou Pedro e este a Joaquim.
Costuma-se remover a dúvida fazendo-se acompanhar tais pronomes de expressões
reforçativas especiais. Assim:

- Acrescenta-se a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo etc.: Joaquim e Pedro enganaram-se


a si mesmos.

Gabriel
- Para marcar expressamente a ação recíproca, acrescenta-se ou uma expressão
pronominal, como um ao outro,cibreirosg@gmail.com
uns aos outros, entre si, ou um advérbio como
113.749.947-82
reciprocamente, mutuamente: Joaquim e Pedro enganaram-se entre si. Joaquim e Pedro
enganaram-se um ao outro. Joaquim e Pedro enganaram-se mutuamente.

7.8.4 Pronomes retos

Podem ser:

a) Sujeito: Nós vamos em busca de luz. Se és tu, meu pai, eu vou contigo...

b) Predicativo do sujeito: Eu não sou mais eu! Meu Deus!, quando serei tu?

Tu e vós podem ser vocativos: Óh, tu, Senhor Jesus, o Misericordioso. Óh, vós, que
conversais a sós, quando anoitece…

7.8.5 Extensão de emprego dos pronomes retos

a) O plural de modéstia: (nós em lugar da forma normal eu). Algumas [cantigas] foram por
nós colhidas da boca do Povo.

b) Fórmula de cortesia (3ª pessoa pela 1ª.): requerimento, por deferência à pessoa a
quem nos dirigimos, tratamo-nos a nós próprios pela 3ª pessoa, e não pela lª: Fulano de tal,

51
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

aluno desse Colégio, requer a V. S.a, se digne, de mandar passar por certidão as notas mensais
por ele obtidas no presente ano letivo.

7.8.6 Realce do pronome sujeito

Eu mesmo.... Eu é que lhe devia desculpas.

7.8.7 As preposições DE e EM contraem-se com o pronome reto da


3a Pessoa

ele(s), ela{s): dele(s), dela(s) e nele{s), nela(s).

A pasta é dele e nela está o meu caderno.

ATENÇÃO! não há a contração quando o pronome é sujeito. O milagre de ele existir


começou logo. Pouco depois de eles saírem, levantei-me da mesa.

7.8.8 Pronomes de tratamento


Gabriel
Você, o senhor, Vossa Excelência. Embora designem a pessoa a quem se fala (2ª pessoa),
cibreirosg@gmail.com
esses pronomes levam o verbo para a 3ª pessoa: Aonde é que vocês vão? Vossa Senhoria,
113.749.947-82
senhor Comendador, terá de perdoar.

ATENÇÃO! o possessivo “Vossa” dos pronomes de tratamento deve ser substituído pelo
“Sua” quando o pronome de tratamento se refere não à pessoa com que se fala (2.ª
pessoa), mas de quem se fala (3.ª pessoa): Vossa Magnificência gostaria de assinar os
diplomas agora? (falando COM a pessoa). Sua Magnificência parece não estar muito à vontade.
(falando DA pessoa)

7.8.9 Emprego dos pronomes oblíquos - formas tônicas

(vêm acompanhadas de preposição).

São sempre termos da oração:

a) complemento nominal: O meu ódio a ela crescia dia a dia;


b) objeto indireto: Não diria a verdade nem a ti;
c) objeto direto (antecedido da preposição a e dependente, em geral, de verbos que
exprimem sentimento): Paciente e dedicada, é a ela que em verdade eu amo;
d) agente da passiva: Eu sou daqueles que foram por ele consolados; adjunto adverbial: Eu te
vejo a colher flores comigo pelos campos.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

ATENÇÃO:
Isto não é trabalho para eu fazer e Isto não é trabalho para mim. (formas corretas)
Isto não é trabalho para mim fazer. (inaceitável na Língua Portuguesa)

7.8.10 Formas átonas

Formas próprias do objeto direto o, a, os, as: Ângela vencia-os. É preciso acompanhá-las.

a) São formas próprias do objeto indireto: lhe, lhes: O capitão lhe(s) garantira que tudo fora
um mal-entendido.

b) Podem empregar-se como objeto direto ou indireto: me, te, nos e vos: Queres ouvir-me
um instante? Entregou-me as cartas.

7.8.11 O pronome oblíquo átono sujeito de um infinitivo

Se compararmos as duas frases,

Mandei que ele saísse... Mandei-o sair.


Gabriel
7.8.12 Pronome átono cibreirosg@gmail.com
com valor possessivo
113.749.947-82
Como objeto indireto (me, te, lhe, nos, vos, lhes) podem ser usados com sentido
possessivo, principalmente quando se aplicam a partes do corpo de uma pessoa ou a
objetos de seu uso particular (Cunha): Escutaste-lhe a voz? Viste-lhe o rosto? Osculaste-lhe as
plantas? Beijo-te as mãos.

ATENÇÃO: os pronomes oblíquos átonos (me, te, lhe, nos, vos, lhes), usados com sentido
possessivo, assumem a função de adjunto adnominal:

Beijo-te as mãos. (Beijo tuas mãos.); Beijo-lhe as mãos. (Beijo suas mãos.)

Há ainda a possibilidade de o “lhe” ser complemento nominal. Assim: Isto lhe é útil. (Isto é
útil a você.)

OBSERVAÇÃO: essa é a posição da gramática usual.

7.8.13 Pronomes complementos de verbos de regência distinta

Podemos empregar um só pronome como complemento de vários verbos quando estes


admitem a mesma regência. Só Roberto me viu e cumprimentou. (verbos transitivos diretos).

53
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Se disséssemos Só Roberto me viu e deu as costas, a frase não estaria bem construída,
porque o me ficaria sendo, a um tempo, objeto direto de ver e indireto de dar. Nesse caso,
deve-se repetir o pronome: Só Roberto me viu e me deu as costas.

Os pronomes possessivos e os demonstrativos estão estreitamente relacionados com os


pronomes pessoais:

a) os possessivos, o que lhes cabe ou pertence: Este caderno é meu.


b) os demonstrativos, o que das pessoas se aproxima ou se distancia no espaço e no
tempo: Esse livro é seu.

7.8.14 Valores e empregos dos possessivos

(adjetivos ou substantivos)

Meu livro é este. Este livro é o meu. Sempre com suas histórias! Fazer das suas.

Emprego ambíguo do possessivo de 3ª pessoa: é possível fazer substituições: seu(s),


sua(s), pelas formas dele(s), dela(s), de você(s), do(s) senhor(es), da(s) senhora(s) e outras
expressões de tratamento. Assim: Em encontro
Gabrielcom Júlia, Pedro fez comentários sobre os
seus exames. (exames dela, dele, deles)
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
7.8.15 Pronomes demonstrativos

Situam a pessoa ou a coisa designada relativamente às pessoas gramaticais no espaço ou


no tempo: Lia coisas incríveis para aquele lugar e aquele tempo.

A capacidade de mostrar um objeto sem nomeá-lo, a chamada função dêitica (do grego
deiktikós = próprio para demonstrar, demonstrativo), é a que caracteriza esses pronomes.
Mas os demonstrativos empregam-se também para lembrar ao ouvinte ou ao leitor o que
já foi mencionado ou o que se vai mencionar (função anafórica ou catafórica).

A ternura não embarga a discrição nem esta diminui aquela. (anafórica)


O mal é o que sai da boca do homem. Isso não será curado tão cedo. (anafórica)
O mal foi este: criar os filhos como dois príncipes. (catafórica)

a) As formas variáveis podem funcionar como pronomes adjetivos e como pronomes


substantivos: Este livro é meu. Meu livro é este.

b) As formas invariáveis (isto, isso, aquilo) são sempre pronomes substantivos.

54
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

c) Os demonstrativos combinam-se com as preposições de e em, tomando as formas:


deste, desta, disto; neste, nesta, nisto; desse, dessa, disso; nesse, nessa, nisso; daquele, daquela,
daquilo; naquele, naquela, naquilo.

d) Aquele, aquela e aquilo contraem-se ainda com a preposição a: àquele, àquela e àquilo.
Podem também ser demonstrativos o {a, os, as), mesmo, próprio, semelhante e tal

VALORES GERAIS: este, esta e isto indicam:

a) o que está perto da pessoa que fala: Esta casa estará cheia de flores! As mãos que trago, as
mãos são estas.

b) o tempo presente em relação à pessoa que fala: Esta tarde para mim tem uma doçura
nova. Neste momento há um rapaz que gosta de mim.

Esse, essa e isso designam:

a) o que está perto da pessoa a quem se fala: Que susto você me pregou, entrando aqui com
essa cara de alma do outro do mundo!

Essas tuas fúrias, esse teu calor, esse Gabriel


riso, essa amizade mesmo nos ódios que tinhas,
procuro-lhes em vão... cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
b) o tempo passado ou futuro com relação à época em que se coloca a pessoa que fala:
Bons tempos, Manuel, esses que já lá vão!

Aquele, aquela e aquilo denotam:

a) o que está afastado tanto da pessoa que fala como da pessoa a quem se fala: Ali naquela
casa viveu o Paulino.

b) um afastamento no tempo de modo vago, ou uma época remota: Naquele tempo a


fogueira crepitava até horas mortas.

ALUSÃO A TERMOS PRECEDENTES: servimo-nos do demonstrativo aquele para o referido


em primeiro lugar, e do demonstrativo este para o que foi nomeado por último: Pais e
professores vieram à reunião; estes estavam calmos e aqueles, nervosos.

0(S), A(S) COMO DEMONSTRATIVOS: são sempre pronomes substantivos e emprega-se


com o significado de aquele(s), aquela(s), aquilo: O homem que ri, liberta-se. O que faz rir,
esconde-se. Não vejo a que esperei! Era terrível o que se passava.

55
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

SUBSTITUTOS DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS: tal, mesmo, próprio e semelhante.

a) Tal é demonstrativo quando sinônimo de “este”, “esta”, “isto”, “esse”, “essa”, “isso”,
“aquele”, “aquela”, “aquilo”, “semelhante”.

Tal foi a primeira conclusão do Palha; mas vieram outras hipóteses. Houve tudo quanto se faz
em tais ocasiões.

b) Mesmo e próprio são demonstrativos quando têm o sentido de “exato”, “idêntico”, “em
pessoa”:

Eu não posso viver muito tempo na mesma casa, na mesma rua, no mesmo sítio. Foi a própria
Carmélia quem me fez o convite.

c) Semelhante serve de demonstrativo de identidade:

O Lucas reparou nisso e doeu-se intimamente de semelhante descuido.


Ele recorreu às fórmulas que se usam em semelhantes conjunturas.

7.8.16 Pronomes relativos Gabriel


cibreirosg@gmail.com
Referem-se a um termo anterior, 113.749.947-82
O ANTECEDENTE. Substituem um termo da oração
anterior e estabelecem relação entre duas orações.

Apresentam formas variáveis e formas invariáveis:

VALORES E EMPREGOS DOS RELATIVOS

Que: usado para pessoa ou coisa, no singular ou no plural, e pode iniciar orações
adjetivas restritivas e explicativas:

Não diz nada que se aproveite. O ministro, que acabava de jantar, fumava calado e pacífico.

O antecedente do relativo pode ser o sentido de uma expressão ou oração anterior. Nesse
caso, o que vem geralmente antecedido do demonstrativo o ou da palavra coisa ou
equivalente, que resumem a expressão ou oração a que o relativo se refere: Vendia
cautelas, o que requer muito cálculo...

56
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Por vezes, o antecedente do que não vem expresso: A uma pergunta assim, a rapariga nem
sabia que responder.

Quem só se emprega com referência a pessoa ou coisa personificada: Feliz é quem tiver
netos de quem tu sejas avó!

Cujo é, a um tempo, relativo e possessivo, equivalente pelo sentido a do qual, de quem, de


que. Emprega-se apenas como pronome adjetivo e concorda com a coisa possuída em
gênero e número: Herculano é a figura em cujo espírito e em cuja obra sinto o gênio heroico
de Portugal.

Quanto como simples relativo, tem por antecedente os pronomes indefinidos tudo, todos
(ou todas), que podem ser omitidos. Daí o seu valor também indefinido: Em tudo quanto
olhei fiquei em parte. Entre quantos te rodeiam, tu não enxergas teus pais.

Onde: como desempenha normalmente a função de adjunto adverbial (= o lugar em que,


no qual), onde costuma ser considerado ADVÉRBIO RELATIVO (usa-se exclusivamente para
representar lugar): Sob o mar sem borrasca, onde enfim se descansa.

Aonde: usa-se apenas com verbos queGabriel indicam movimento: Aonde você vai? Para onde
você está indo? Estou indo aondecibreirosg@gmail.com
o vento me leva.
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7.8.17 Pronomes interrogativos

que, quem, qual e quanto, empregados para formular uma pergunta direta ou indireta:

Que trabalho estão fazendo? Diga-me que trabalho estão fazendo. Quem disse tal coisa?
Ignoramos quem disse tal coisa. Qual dos livros preferes? Não sei qual dos livros preferes.
Quantos passageiros desembarcaram? Pergunte quantos passageiros desembarcaram.

VALOR E EMPREGO DOS INTERROGATIVOS. O interrogativo que pode ser:

a) pronome substantivo, quando significa “que coisa”: Que tenciona fazer quando sair
daqui?

b) pronome adjetivo, quando significa “que espécie de” e, nesse caso, refere-se a pessoas
ou a coisas: Que mal me havia de fazer? Não sei que vento mau turvou de todo o lago.

Para dar maior ênfase à pergunta, em lugar de que pronome substantivo, usa-se o que: O
mundo? O que é o mundo?

Pode ser reforçado por é que: Que é que o senhor está fazendo? O que é que eu vejo, nestas
tardes tristes?

57
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Quem é pronome substantivo e refere-se apenas a pessoas ou a algo personificado: Quem


não a canta? Perguntei ao doutor quem era a velha. Em orações com o verbo ser, pode servir
de predicativo a um sujeito no plural: Quem sois vós, meus irmãos e meus algozes?

Qual pode referir-se a pessoas e coisas. Usa-se geralmente como pronome adjetivo, mas
nem sempre com o substantivo contíguo. Nas perguntas feitas com o verbo ser, costuma
-se empregar o verbo depois de qual: Qual é o hotel, em que rua fica? A ideia seletiva pode
ser reforçada pelo emprego da expressão qual dos (das ou de), anteposta a substantivo ou
a pronome no plural, bem como a numeral: Qual dos senhores é pai do menino? Qual deles
tinha coragem para começar? Então, moça? Qual foi dos nove?

Quanto é um quantitativo indefinido. Refere-se a pessoas e a coisas e usa-se como


pronome substantivo ou como pronome adjetivo: Quanto devo? Quantas sementes lhe dás
tu?

EMPREGO EXCLAMATIVO DOS INTERROGATIVOS: conforme a curva tonal e o contexto,


podem assumir os mais variados matizes afetivos: Que aurora! Que vovozinha que nada!
Quem me dera ser homem! Quais feitios, qual vida! Quanto sonho a nascer já desfeito!

7.8.18 Pronomes indefinidos Gabriel


cibreirosg@gmail.com
Fazem referência, de forma vaga, à113.749.947-82
3.ª pessoa do discurso. Alguém pode explicar o que
aconteceu?

Todos ficaram felizes com a tua chegada. Qualquer um serve. Há pronomes indefinidos
variáveis e invariáveis.

PRONOMES INDEFINIDOS SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS

Certo só se usa como pronome adjetivo (atentar-se para a mudança de posição e mudança
de sentido):

58
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Certos homens ergueram-se acima do seu tempo. Homens certos ergueram-se acima do seu
tempo.

VALORES DE ALGUNS INDEFINIDOS

Algum e nenhum. Anteposto a um substantivo, algum tem valor positivo. É o contrário de


nenhum:

Com ele podes arranjar alguma coisa. Nada havia nele; nenhuma vaidade.

Posposto a um substantivo, algum assume significação negativa, mais forte do que a


expressa por nenhum. Em geral, o indefinido adquire esse valor em frases onde já existem
formas negativas, como não, nem, sem: Não escreveu livro algum.

No feminino, aparece em construções de acentuado valor afetivo: Ele levantou a cabeça


para fazer alguma das dele. Alguma ele andou fazendo.

Cada: apenas como pronome adjetivo. Quando falta o substantivo, usa-se cada um (uma),
cada qual:

Gabriel
Lá no fundo cada um espera o milagre. Cada qual sabe de sua vida.
Tem acentuado valor intensivo cibreirosg@gmail.com
em frases do tipo: Você tem cada uma!
113.749.947-82
Todo: no singular e posposto ao substantivo, indica a totalidade das partes: O conflito
acordou o colégio todo.

Tudo: refere-se normalmente a coisas, mas pode aplicar-se também a pessoas: Aqui na
pensão e na casa da lagoa tudo dorme.

LOCUÇÕES PRONOMINAIS INDEFINIDAS: grupos de palavras que equivalem a pronomes


indefinidos: cada um, cada qual, quem quer que, todo aquele que, seja quem for, seja qual for
etc.

7.9 Verbo

Indica ação, movimento, estado ou fenômeno meteorológico. Possui as flexões de modo


(indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro), número e pessoa
(singular e plural) e voz (ativa, passiva e reflexiva).Existem três conjugações: cantar, vender,
partir. Os verbos terminados em -or ( pôr, compor, depor, propor etc. são considerados de
segunda conjugação, pois têm origem em no latim ponere – poer - (pôr).

FORMAS RIZOTÔNICAS: acento tônico dentro do radical: ando, andas, andam.

59
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

FORMAS ARRIZOTÔNICAS: acento tônico na terminação (fora do radical): andamos,


andou, andava, andará.

7.9.1 Flexões do verbo

Pessoa: indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas no modo singular e


no plural.

Número: representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais
(singular e plural).

Modo: possibilita ao falante revelar sua própria atitude em relação ao fato expresso pelo
verbo. São três:

A) INDICATIVO: formas verbais que expressam atitude de certeza. Viajarei com você no
próximo fim de semana. O trem partiu da estação.

B) SUBJUNTIVO: formas verbais que expressam atitude de hipótese, dúvida, desejo etc. Se
tudo der certo, viajaremos na sexta-feira. Tomara que ele consiga o sucesso!
Gabriel
C) IMPERATIVO: formas que exprimem ordem, pedido, conselho, ameaça, convite etc.
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Imperativo afirmativo: Chegue cedo em casa.
Imperativo negativo: Não diga nada aos meus pais!

Tempo: indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. São o presente, o
pretérito (ou passado) e o futuro, que designam, respectivamente, um fato ocorrido no
momento em que se fala, antes do momento em que se fala e após o momento em que se
fala. O presente é indivisível, mas o pretérito e o futuro subdividem-se no modo indicativo
e no subjuntivo. Assim:

MODO INDICATIVO

a) Presente: não só indica o momento atual, mas ações regulares ou situações


permanentes. Tomo medicamentos. Estou aqui! Lá, neva muito. Estou estudando muito.

ATENÇÃO! Deve-se considerar o presente histórico (afetivo): Em 2020 surge a pandemia do


coronavírus.

b) Pretérito perfeito: ação concluída. Ontem li o jornal.

c) Pretérito imperfeito: ação anterior ao presente, mas ainda não concluída. Pode
expressar uma ação rotineira no passado: Ele estudava naquele colégio. Ele jantava quando
teve o infarto. Ele estava lendo quando o ladrão entrou.

60
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

d) Pretérito mais-que-perfeito: fato concluído e que ocorreu antes de outro fato também
concluído. É comum combinar dois ou mais verbos que transmitam o mesmo sentido.
Quando cheguei ao campo, o jogo já começara (ou tinha/havia começado). O trabalho já havia
sido realizado quando cheguei.

e) Futuro do presente: referência a fatos cuja ocorrência localiza-se, no tempo, depois do


momento da fala. Também pode ser empregado na forma composta. No próximo domingo,
terminará o campeonato brasileiro. Quando amanhecer, já teremos caminhado uns dez
quilômetros.

f) Futuro do pretérito: ação futura em relação a outra já concluída. Só ontem eu soube que
ele não trabalharia mais aqui.

OBS.: também pode ser empregado para exprimir suposição, hipótese. É recurso muito
comum em notícias quando não se tem certeza do fato: O goleiro do palmeiras teria
proposta de um time europeu. Segundo os paleontólogos, o fóssil encontrado seria um
herbívoro.

OBS: em sua forma composta ou simples, o futuro do pretérito exprime fatos cuja
realização, no passado, só teria sido possível se um outro fato também tivesse ocorrido. Ele
Gabriel
teria ido à festa se nós o tivéssemos convidado. Eu passaria no concurso se tivesse estudado
cibreirosg@gmail.com
mais.
113.749.947-82
MODO SUBJUNTIVO

Presente: ação na atualidade que é incerta, duvidosa, hipotética ou em forma de


suposição: Tomara que ele analise nossa proposta.

Pretérito imperfeito: exprime um verbo no passado dependente de uma ação também já


passada. Esse tempo é empregado em correlação com o pretérito imperfeito do indicativo
ou com o futuro do pretérito do indicativo, para exprimir circunstâncias como condição,
concessão e causa. Assim: Embora eles ainda estudassem, já trabalhavam na empresa. Se
hoje fosse sábado e você estivesse aqui, iríamos ao jogo.

Futuro: exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra ação futura (tempo e
condição). Quando eles lerem ficarão informados. Quando eles tiverem (houverem) lido, ficarão
informados.

MODO IMPERATIVO

Expressa ordens, recomendações, conselhos, pedidos, convites, ameaças etc. Apresenta-se


apenas no presente e pode ser afirmativo ou negativo. Leia o relatório. Não leia o
trabalho. Imperativo negativo: formado a partir do presente do subjuntivo.

61
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Imperativo afirmativo: formado a partir do presente do indicativo (tu e vós menos a letra
“s” e presente do subjuntivo para as demais pessoas).

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

ATENÇÃO! CONSIDERAR AS FORMAS COMPOSTAS DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS.

FORMAS NOMINAIS: assim chamadas por terem papéis de verbo ou de nome


(substantivos, adjetivos ou advérbios). Além disso, apenas essas formas não apresentam
flexão de tempo e de modo. São elas:

A) INFINITIVO: expressa a ação em si, sem demarcar, no tempo, seu início ou seu fim.
Pode ser:

62
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

a.1. PESSOAL: varia em número e pessoa. Será usado sempre que existir um sujeito
definido ou quando quisermos defini-lo, quando o sujeito da segunda oração for diferente
e quando quiser indicar uma ação recíproca. Parei para eles verem o quadro. Por serem
vocês os culpados, terão que ser punidos. Esta tarefa é para vocês fazerem. É essencial
sabermos isso.

a.2. IMPESSOAL: quando manifesta a ação. Não é flexionado e deve ser usado sem sujeito
definido, quando uma preposição rege o verbo, com sentido imperativo, quando o sujeito
da segunda oração for igual e em locuções verbais. Ajudar é a melhor forma de gratidão. Rir
é o melhor remédio. Meus irmãos gostam de tocar violão. Eles não conseguiram entender o que
aconteceu. Também pode ter o papel de um substantivo: Você ouviu o cantar do galo? Não
sei de onde vem esse falar.

B) GERÚNDIO: tem a terminação “-ndo” e não se flexiona. Exprime o fato verbal em


desenvolvimento. Indica uma ação não terminada e em um prolongamento da ação no
tempo. Ele estava falando alto quando cheguei. Ela partiu acenando.

O gerúndio também pode ter a função de advérbio ou de adjetivo: Saindo de casa,


lembrou-se dos documentos. (advérbio) Havia fãs chorando compulsivamente no show.
(adjetivo) Gabriel
cibreirosg@gmail.com
CUIDADO COM GERUNDISMO. "Vou estar pesquisando seu caso." "Mude imediatamente
113.749.947-82
para: "Vou pesquisar seu caso."

Em algumas construções, quando a frase indica um processo com certa duração que ainda
vai acontecer, não é errado dizer: "Amanhã, enquanto você passeia, eu vou estar estudando o
que é gerundismo. “

C) PARTICÍPIO: exprime o processo verbal concluído. Pode ser regular ou irregular. A


forma regular tem a terminação “-ado (a)” ou “-ido (a)”: estudado; falado; comido;
interrompido. Na forma irregular, a maioria dos verbos tem a terminação “-to” ou “- so”:
escrito; dito; feito; aceso; expulso. Pode ter o papel de adjetivo: Meu filho é muito esforçado
nos estudos. Eu ando desiludido com essa situação.

O particípio também permite formar tempos verbais compostos - com outros verbos - e
expressa o estado da ação depois de terminada: Quando cheguei, eles já tinham arrumado
tudo. Este texto já foi revisado? Atenção: “escrever”, “cobrir” e “abrir”- “escrito”, “coberto” e
“aberto”.

63
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.9.2 Classificações dos verbos

Pode ser regular, irregular, anômalo, defectivo e abundante.

a) REGULARES: flexionam-se como os paradigmas cantar, vender e partir (1ª, 2ª e 3ª


conjugações)

b) IRREGULARES: afastam-se do paradigma de sua conjugação, como dar, estar, fazer e


pedir etc.

c) ANÔMALOS: mudam de radical ao longo da conjugação. Verbos anômalos e verbos


irregulares não são sinônimos, pois, enquanto os irregulares sofrem alteração em um
mesmo radical, os anômalos mudam de radical. Exemplos disso são os verbos “ser” e “ir”,
entendidos como anômalos por excelência.

d) DEFECTIVOS: não se conjugam em todos os modos, tempos e pessoas. Podem ser


conjugados apenas nas formas arrizotônicas, como adequar, falir, doer, reaver, abolir,
banir, brandir, carpir, colorir, explodir, ruir, exaurir, demolir, delinquir, feder, aturdir,
bramir, esculpir, extorquir, retorquir, por exemplo. Entre os defectivos estão os verbos
impessoais, usados apenas na 3ª pessoa Gabriel
do singular: chover, ventar etc.
cibreirosg@gmail.com
e) ABUNDANTES: possuem duas formas equivalentes no
113.749.947-82 particípio, uma regular (com
terminação -ido ou -ado) e uma irregular. Aceitado – aceito; acendido- aceso.

f) VERBOS IMPESSOAIS: não têm sujeito e são usados na 3ª pessoa do singular.

f.1) fenômenos da natureza: alvorecer, chover, nevar, saraivar, amanhecer, chuviscar,


orvalhar, anoitecer, estiar, relampejar, ventar.

f.2) haver na acepção de “existir” e o verbo fazer quando indica tempo decorrido: Houve
momentos de pânico. Faz cinco anos que não o vejo.

g) certos verbos que indicam necessidade, conveniência ou sensações, quando regidos de


preposição em frases do tipo: Basta de provocações! Chega de lamúrias. Dói-me do lado
esquerdo.

OBSERVAÇÃO: em sentido figurado, tanto os verbos que exprimem fenômenos da natureza


como os que designam vozes de animais podem aparecer em todas as pessoas. Os oficiais
anoiteceram e não amanheceram na propriedade.

64
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.9.3 Regência dos verbos

Relação de subordinação entre um verbo e outro termo, sendo este o complemento e/ou a
preposição. Essa relação pode ocorrer:

a) diretamente, sem preposição ( VTD) - o complemento é objeto direto: A garota comeu


o bolo. A garota comeu-o.

b) indiretamente, com preposição (VTI) -o complemento é OBJETO INDIRETO: Precisamos


de ajuda.

c) diretamente e indiretamente (VTDI) - complemento direto e outro indireto: O rapaz


entregou flores à (para a) moça. O rapaz entregou-lhe flores.

d) verbos intransitivos: expressam uma ideia completa: A criança dormiu. Pedro viajou.

7.9.4 Vozes verbais

O fato expresso pelo verbo pode ser representado de três formas:


Gabriel
a) praticado pelo sujeito (voz cibreirosg@gmail.com
ativa): João feriu Pedro. Não vejo rosas neste jardim.
113.749.947-82
b) sofrido pelo sujeito (voz passiva): Pedro foi ferido por João. Não se veem [= são vistas]
rosas neste jardim.
c) praticado e sofrido pelo sujeito (voz reflexiva): João feriu-se. Dei-me pressa em sair.

O objeto direto da voz ativa corresponde ao sujeito da voz passiva; na voz reflexiva, o
objeto direto ou indireto é a mesma pessoa do sujeito. Para que um verbo admita
transformação de voz, é necessário que ele seja transitivo. A frase na voz passiva resulta da
transformação da frase na voz ativa.

O menino (sujeito) comeu (voz ativa) o iogurte (objeto direto).


O iogurte (sujeito) foi comido (voz passiva) pelo menino (agente da passiva).

Na passagem da voz ativa para a voz passiva sintética ou pronominal, o objeto direto passa
a ser o sujeito da voz passiva sintética ou pronominal. Acrescenta-se a partícula
apassivadora “se”. Não há agente da passiva explícito.

Voz passiva sintética (ou pronominal): Marcou-se a reunião. Marcaram-se as reuniões.

Voz reflexiva exprime-se juntando-se às formas verbais da voz ativa os pronomes


oblíquos que lhe servem de objeto direto ou, mais raramente, de objeto indireto e

65
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

representa a mesma pessoa que o sujeito (me, te, nos, vos e se - singular e plural): Eu me
feri [=a mim mesmo], Tu te feriste [ = a ti mesmo], Ele se feriu [= a si mesmo], Nós nos ferimos [=
a nós mesmos], Vós vos feristes [= a vós mesmos], Eles se feriram [= a si mesmos]

O verbo reflexivo pode indicar também a reciprocidade, isto é, uma ação mútua de dois
ou mais sujeitos:

Pedro, Paulo e eu nos estimamos (estimamo-nos) [= mutuamente].


Os dias se sucedem (sucedem-se) [= um ao outro] calmos.

Muitos verbos são conjugados com pronomes átonos, à semelhança dos reflexivos, sem
que tenham exatamente o seu sentido. São os chamados verbos pronominais, de que
podemos distinguir dois tipos:

a) os que só se usam na forma pronominal, como apiedar-se, queixar-se, condoer-se,


suicidar-se
b) os que se usam também na forma simples, mas esta difere ou pelo sentido ou pela
construção da forma pronominal, como, por exemplo: debater [= discutir] enganar alguém;
debater-se [= agitar-se] enganar-se com alguém
Gabriel
OBS.: distingue-se, na prática, cibreirosg@gmail.com
o verbo reflexivo do verbo pronominal porque ao primeiro
se podem acrescentar, conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si
113.749.947-82
mesmo etc. Quando o reflexivo tem valor recíproco, as expressões reforçativas passam a
ser um ao outro, reciprocamente, mutuamente etc. Feri-me a mim mesmo. Amavam-se um ao
outro.

7.9.5 Aspecto verbal - as diferentes durações do tempo

É o próprio significado dos auxiliares que transmite ao contexto os sentidos INCOATIVO


(início da ação), PERMANSIVO e CONCLUSIVO. Podemos distinguir, entre outras, as
seguintes oposições aspectuais:

1) Aspecto pontual / aspecto durativo. A oposição aspectual caracteriza-se pela menor ou


maior extensão de tempo ocupada pela ação verbal. Assim: Acabo de ler Os lusíadas(
pontual). Continuo a ler Os lusíadas(durativo)
2) Aspecto contínuo / aspecto descontínuo. Aqui essa oposição incide sobre o processo de
desenvolvimento da ação: Vou lendo Os lusíadas (contínuo). Voltei a ler Os lusíadas
(descontínuo).
3) Aspecto incoativo / aspecto conclusivo. O aspecto incoativo exprime um processo
considerado em sua fase inicial; o aspecto conclusivo ou terminativo expressa um processo
observado em sua fase final: Comecei a ler Os lusíadas (incoativo). Acabei de ler Os lusíadas (
conclusivo).

66
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.9.6 Correlações verbais

Harmonia e coerência que se dá entre as formas verbais expressas no discurso


propriamente dito.

Presente do modo indicativo + pretérito perfeito composto do modo subjuntivo: Creio


que ela tenha feito o trabalho.

7.9.7 Conjugação de alguns verbos

Banir, passear (pentear, chatear, frear, cear), avaliar, mediar, ansiar, remediar, incendiar,
odiar, haver, reaver, ter (e derivados), vir (e derivados), requerer, pôr (e derivados), ver (e
derivados), prover

Verbo banir: defectivo. Pelo modelo de banir conjugam-se, entre outros, os seguintes
verbos: abolir, aturdir, carpir, colorir, demolir, emergir, exaurir, imergir, retorquir, ungir.

Irregularidade em verbos terminados em –iar: apresentam irregularidade nas suas


formas rizotônicas. São os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. Para facilitar
Gabriel
a sua memorização, esses verbos são conhecidos como os verbos que formam a palavra
MARIO: cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Mediar
Ansiar
Remediar (intermediar)
Incendiar
Odiar

7.10 Advérbio

É, fundamentalmente, um modificador do:

a) verbo: Você compreendeu-me mal. O almoço decorria agora lentamente.


b) adjetivo: Ficara completamente imóvel.
c) de um advérbio: Já bem pertinho estavam João e Ângelo. O homem caminhava muito
devagar.

Alguns advérbios aparecem modificando toda a oração: Possivelmente, não haverá


ceia este ano.

67
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

7.10.1 Classificação dos advérbios

a) afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente etc.;


b) dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez etc.;
c) intensidade: assaz, bastante, bem, demais, mais, menos, muito, pouco, quanto, quão,
quase, tanto, tão etc.;
d) lugar: abaixo, acima, adiante, aí, além, ali, aquém, aqui, atrás, através, cá, defronte,
dentro, detrás, fora, junto, lá, longe, onde, perto etc.;
e) modo: assim, bem, debalde, depressa, devagar, mal, melhor, pior e quase todos os
terminados em -mente: fielmente, levemente etc.;
f) negação: não;
g) tempo: agora, ainda, amanhã, anteontem, antes, breve, cedo, depois, então, hoje, já,
jamais, logo, nunca, ontem, outrora, sempre, tarde etc.

7.10.2 Advérbios interrogativos

a) de causa: por que? Por que não vieste àGabriel


festa? Não sei por que não vieste à festa.
b) de lugar: onde? Onde está o livro? Ignoro onde está o livro.
cibreirosg@gmail.com
c) de modo: como? Como vais de saúde? Dize-me como vais de saúde.
113.749.947-82
d) de tempo: quando? Quando voltas aqui? Quero saber quando voltas aqui.

ADVÉRBIO RELATIVO: o relativo onde, por desempenhar normalmente a função de


adjunto adverbial (= o lugar em que, no qual), é considerado por alguns gramáticos
advérbio relativo.

7.10.3 Locução adverbial

Duas ou mais palavras que funcionam como advérbio. Associação de uma preposição com
um substantivo, com um adjetivo ou com um advérbio. Marina sorriu em silêncio. Sorrindo
mais, obedeceu de novo. — Vou começar por aqui!...

Mas há formações mais complexas, como: O cachimbo passou de mão em mão. De vez em
quando, ela tem uma ideia.

Como os advérbios, as locuções adverbiais podem ser:

a) de afirmação (ou dúvida): com certeza, por certo, sem dúvida.

b) de intensidade: de muito, de pouco, de todo etc.;

68
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

c) de lugar: à direita, à esquerda, à distância, ao lado, de dentro, de cima, de longe, de


perto, em cima, para dentro, para onde, por ali, por aqui, por dentro, por fora, por onde,
por perto etc.;
d) de modo: à toa, à vontade, ao contrário, ao léu, às avessas, às claras, às direitas, às
pressas, com gosto, com amor, de bom grado, de cor, de má vontade, de regra, em geral,
em silêncio, em vão, gota a gota, passo a passo, por acaso etc.;
e) de negação: de forma alguma, de modo nenhum etc.;
f)de tempo: à noite, à tarde, à tardinha, de dia, de manhã, de noite, de quando em quando,
de vez em quando, de tempos em tempos, em breve, pela manhã etc.

OBSERVAÇÃO: quando uma preposição vem antes do advérbio, não muda a natureza
deste; forma com ele uma locução adverbial: de dentro, por detrás etc. Se a preposição
vem depois de um advérbio ou de uma locução adverbial, o grupo inteiro transforma-se
numa locução prepositiva: dentro de, por detrás de etc.

7.10.4 Repetição de advérbios em -mente

Tudo se movimentava lúdica e religiosamente. Os cavalos correm veloz, larga e


fogosamente... Gabriel
cibreirosg@gmail.com
Se, no entanto, a intenção é realçar as circunstâncias
113.749.947-82 expressas pelos advérbios,
costuma-se omitir a conjunção e e acrescentar o sufixo a cada um dos advérbios: Cerrou os
olhos profundamente, angustiadamente, sufocado de comoção.

7.10.5 Gradação dos advérbios

Podem apresentar um comparativo e um superlativo, processos análogos aos adjetivos.

Grau comparativo

a) de superioridade: O filho andava mais depressa que (ou do que) o pai.


b) de igualdade : O filho andava tão depressa como (ou quanto) o pai.
c) de inferioridade : O pai andava menos depressa do que (ou que) o filho.

Grau superlativo (absoluto)

a) sintético — com o acréscimo de sufixo: muitíssimo, pouquíssimo Nos advérbios em


-mente, essa terminação se pospõe à forma superlativa feminina do adjetivo de que se
deriva o advérbio:

69
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

b) analítico — com a ajuda de um advérbio indicador de excesso: Machado muito mal se


conhece. Não raro, tais formas comparativas são intensificadas com um dos advérbios
muito, bem, bastante etc.: Tudo no mundo bem melhor se entenderia, se houvesse mais
bem-querer.

A par dessas formas anômalas, existem os comparativos regulares mais bem e mais mal,
usados, de preferência, antes de adjetivos-particípios:

As paredes da sala estão mais bem pintadas que as dos quartos. Não pode haver um
projeto mais mal executado do que este.

7.10.6 Diminutivo com valor superlativo

Na linguagem coloquial é comum o advérbio assumir uma forma diminutiva. Vem cedinho,
vem logo que amanheça! Era tarde quando ele entrou lento, devagarinho.

7.10.7 Palavras denotativas

Certas palavras, por vezes enquadradas impropriamente entre os advérbios, passaram a


Gabriel
ter classificação à parte, mas sem nome especial. São palavras que denotam, por exemplo:
cibreirosg@gmail.com
a) inclusão: até, inclusive, mesmo, 113.749.947-82
também etc.: Tudo na Vida engana, até a Glória. Os
bichos sentem, o mato sente também.
b) exclusão: apenas, salvo, senão, só, somente etc.: Da família só elas duas subsistiam. Às
vezes interrompia-o apenas com um olhar frio.
c) designação: eis: Eis o dia, eis o sol, o esposo amado! Eis-nos na grande Praça de VilaRica.
d) realce: cá, lá, é que, só etc.: Pior eu sei lá, Manuel, pior que uma desgraça! Eu cá tenho
mais medo do sol que dos leões.
e) retificação: aliás, ou antes, isto é, ou melhor etc.: Sinto que ele me escapa, ou melhor,
que nunca me pertenceu. De repente nasci, isto é, senti necessidade de escrever.
f) situação: afinal, agora, então, mas etc.: Então conheceu o meu irmão? Afinal, ela não tem
culpa de ser filha de ministro.

Tais palavras não devem ser incluídas entre os advérbios. Não modificam o verbo, nem o
adjetivo, nem outro advérbio. São por vezes de classificação extremamente difícil.

Por isso, na análise, convém dizer apenas: “palavra ou locução denotadora de exclusão, de
realce, de retificação”, etc.

70
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

8. Regência verbal
Relação entre um verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido).

Os alunos tinham boas notas. Você terminou o projeto?

Nos dois exemplos, o verbo não precisou ser regido por nenhuma preposição para dar
sentido ao enunciado.

Quando o verbo é transitivo indireto, diz-se que uma preposição “rege” esse verbo, ou seja,
que a preposição é necessária para ligá-lo ao seu complemento e dar o significado
adequado ao enunciado.

Ela opinou sobre o caso. É verdade que você se divorciou do João?

8.1 Diversidade e igualdade de regência

Há verbos que admitem mais de uma regência. Em geral, a diversidade de regência


corresponde a uma variação significativa do verbo.
Gabriel
Aspirar [= sorver, respirar] o
cibreirosg@gmail.com
ar de montanha. Aspirar [= desejar, pretender] a um alto
cargo. 113.749.947-82

Alguns verbos, no entanto, usam-se na mesma acepção com mais de uma regência.
Meditar num assunto. Meditar sobre um assunto.

8.2 Regência de alguns verbos

a) ASSISTIR: transitivo indireto no sentido de “estar presente”, “presenciar”, com o objeto


indireto encabeçado pela preposição a, e, se for expresso por pronome de 3ª.“pessoa,
exigirá a forma a ele(s) ou a ela(s), e não lhe(s). Assisti a algumas touradas. Todos têm
assistido a elas e conhecem o espetáculo.

É transitivo indireto na acepção de “favorecer”, “caber (direito ou razão, a alguém)”, mas,


nesse caso, pode construir-se com a forma pronominal lhe{s):Assiste ao homem tal direito.
Que direito lhe assistia de julgar Jacinto?

Como transitivo direto tem o sentido de “acompanhar” “ajudar” “prestar assistência”,


“socorrer”: O médico assiste os coitados. O encarregado era assistido por dois homens de
bordo.

71
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

No sentido de “morar”, “residir”, “habitar”, o locativo vem introduzido pela preposição em:
Assistiu em Maceió por muito tempo.

b) AGRADAR: “ser agradável, ter agradado, deixar satisfeito...”, é transitivo indireto: O


espetáculo agradou ao público.

É transitivo direto (sem preposição) quando usado no sentido de “fazer agrado”, acariciar: A
moça agradou o gato.

c) ESQUECER/ LEMBRAR: transitivos diretos, dispensando qualquer preposição. Esqueci o


fogão ligado. Ela lembrou as amizades de infância.

d) ESQUECER-SE/ LEMBRAR-SE: nas formas pronominais, são transitivos indiretos, pedindo


a preposição "de". Eu me esqueci do fogão ligado. Ela se lembrou das amizades de infância.

Quando significam, respectivamente: "vir à memória" e "fugir da memória,” o


complemento será um objeto indireto. Lembrou-me a data de seu aniversário, mas não
consegui ir a sua festa. Esqueceu-me a data do aniversário, mas não você.

e) OBEDECER / DESOBEDECER (a), PAGAR/PERDOAR,


Gabriel VISAR, QUERER
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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

9. Regência nominal
Relação de dependência entre o substantivo, adjetivo e advérbio e o seu complemento.
Quando um nome pede um complemento necessariamente preposicionado, ocorre uma
relação de dependência entre o termo regente (nome) e o termo regido (complemento
nominal).

9.1 Regência de algumas construções nominais

a) SUBSTANTIVOS: admiração (a, por); dificuldade (de, em); aversão (a, para, por);
capacidade (de, para); dúvida (acerca de, em, sobre); medo (de);respeito (a, com, para com,
por)

b) ADJETIVOS: alheio (a, de); apto (a, para); acostumado (a, com); ansioso (de, para, por);
capaz (de, para); interessado (em, por); necessário (a, em, para); relacionado (com)

c) ADVÉRBIOS Os advérbios terminados em -mente seguem a mesma regência dos


adjetivos de que são originados.
Gabriel
análogo a - analogamente a
relativo a - relativamente a
cibreirosg@gmail.com
semelhante a - semelhantemente a 113.749.947-82
favorável a - favoravelmente a

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

10. Crase
Fusão da preposição a com o artigo a, ou com pronomes demonstrativos iniciados pela
vogal “a” (aquele(s), aquela(s), aquilo e relativos (a qual e as quais). Essa fusão é marcada
pelo acento grave ( ` ).

10.1 Crase obrigatória - 7 casos

1. Antes de palavras femininas: o complemento de um nome ou verbo, que exige o uso da


preposição “a,” é um substantivo feminino antecedido de artigo feminino “a”: Eles são
favoráveis(a) à (a) medida proposta pela empresa. Ele se refere (a) às (as) aulas anteriores.

Uma boa técnica para usar esse sinal é substituir a palavra feminina por uma masculina: se
o “a” se tornar “ao,” esse “a” recebe acento grave: Ele não teve acesso à senha. Ele não teve
acesso a + a senha. Ele não teve acesso ao código. Ele não teve acesso a+o código.

2. Antes dos pronomes demonstrativos e relativos: quando os pronomes demonstrativos


(aquele(s), aquela(s), a(s) e aquilo) e os pronomes relativos (a qual, as quais) exercerem a
função de complemento indireto.
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
Somos contrários àqueles que querem o mal. ( a + aqueles); Refere-se àquilo que não lhe
diz respeito.(a + aquilo) A moça à 113.749.947-82
qual pedimos ajuda não mora mais aqui. (o rapaz ao
qual)

ATENÇÃO! O pronome demonstrativo pode estar implícito: Não me refiro a essa moça, mas
à da esquerda. (a + aquela) Esta camisa é semelhante à do meu amigo. (a+ aquela)

Atenção! só haverá crase precedendo o vocábulo “que” quando antes dele surgir a
preposição “a” e o pronome demonstrativo “a”(s), que poderá ser substituído por outro
pronome demonstrativo (esta, essa, aquela).

Sua camisa é idêntica à que comprei ontem. Sua camisa é idêntica a + a (aquela) que (a
qual) comprei ontem.

Atenção! A diferenciação a que (qual) o autor faz referência, tem como critério um padrão
ético.

Nesse caso, há somente a preposição; não há o pronome demonstrativo, por isso o acento
indicador de crase é inadequado.

3. Com palavras femininas que acompanham verbos que indicam destino como: voltar, ir,
vir, chegar, retornar, dirigir-se etc.

74
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Ela vai (a, para) à (a) escola. (ao parque); Voltamos (a, para) à (a) estaca zero. (ao início);
Dirijam-se(a, para) às (as)saídas de emergência.(aos portões); Fomos à festa. (ao baile).

4. Antes de locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas que expressam ideia


de tempo, lugar e modo, como à tarde (noite), à vontade, às vezes, às pressas, às quatro
horas, à medida que, à proporção que, à moda de etc.:

Ele fez tudo às pressas, como era seu costume. Fiquem à vontade. À medida que
avançamos, ganhamos tempo.

ATENÇÃO! A locução “a distância” só recebe acento grave se estiver determinada.


Observávamos tudo a distância. Observávamos tudo à distância de alguns metros.

MAIS ATENÇÃO! Adjuntos adverbiais femininos de instrumento podem ou não ter acento
grave. Usa-se somente para evitar ambiguidade. É importante parar de fazer correções a
caneta. (à caneta); O ladrão feriu o policial à faca (ou a faca).

5. Para evitar duplo sentido: para diferenciar o sentido de uma sentença, faz-se necessário
o emprego do acento indicador de crase: Ensino à distância. Ensino a distância.
Gabriel
Na primeira sentença, o ensinocibreirosg@gmail.com
não é presencial. Na segunda, a pessoa se refere a alguém
que demonstra ou ensina a distância física de algo, como entre uma cidade e outra, por
113.749.947-82
exemplo. Na fazenda, alguns vaqueiros passavam a noite.

Na fazenda, alguns vaqueiros passavam à noite.

Favor não bater a porta. Favor não bater à porta.

6. Com expressões que indicam horas: Sairei às cinco horas da tarde. A sessão termina às
12h30min. A sessão será das 15h às 17h. Dica: A sessão será das 10h ao meio-dia.

ATENÇÃO! Em expressões acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante,


com), não se utiliza acento indicador de crase. Estamos prontos desde às 12h. Marcaram o
encontro para às 20h. A reunião será entre as 14 h e 16 h.

7. Antes de palavras masculinas precedidas de palavra feminina IMPLÍCITA como as


locuções "à moda de", “à central de” e “à maneira de”: Sapatos à Luís XV. (à moda
de);Necessitamos ir à abastecimentos com urgência. (à central de); Fez um gol à Pelé.(à
maneira de Pelé)

CUIDADO: Bife à milanesa. (à moda de Milão), MAS Bife a cavalo. Frango a passarinho.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

10.2 Não se usa crase - 5 casos

1. Antes de palavra masculina: O pagamento do carro foi feito a prazo. Tempere com
pimenta e sal a gosto.

2. Antes de verbos: Estava disposto a procurar outra oportunidade. Aprendi a tocar violão.

3. Antes da maior parte dos pronomes:Já pediu ajuda a alguém? Entreguei flores a esta
moça (a você).Não me refiro a qualquer pessoa.

4. Em expressões com palavras repetidas: Gota a gota. Face a face. Boca a boca.

5. Antes de palavras femininas no plural se o “a” estiver no singular : Não peço favor a
pessoas de caráter duvidoso.

10.3 Casos facultativos no uso de crase - 3 casos

1. Antes de substantivos próprios femininos no singular: Fizeram uma referência à (a)


Maria.
Gabriel
a) Não ocorrerá crase se o nomecibreirosg@gmail.com
for mencionado formalmente ou for de personalidade
113.749.947-82
pública. Referiu-se a Raquel de Queiroz (veja: Gosta de Raquel de Queiroz).

b) A crase ocorrerá se, apesar do nome completo, a pessoa em questão tem uma relação
de amizade com a que for citada. Meus agradecimentos à Ivanete Rigo, pela sua revisão
cuidadosa.

2. Antes dos pronomes possessivos femininos (minha, tua, nossa) e indefinido (outra)
Devemos satisfações à nossa mãe. Devemos satisfações a nossa mãe.

ATENÇÃO! Pronome possessivo feminino no plural, os indefinidos (outras e demais)


obrigam o uso do acento grave:

Entregue o bilhete às suas irmãs (às nossas):Refiro-me às outras moças. Refiro-me às


demais necessidades.

3. Depois da locução prepositiva “até a”: como o uso da preposição a após a preposição até
é facultativo, também a ocorrência da crase será facultativa: “...e prometem ser-lhe amparo
até ao fim.” “...e foi até a um canto da sala.”

Chegaram até à (a) praia e acamparam. A loja ficará aberta até às (as)19h.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

ATENÇÃO! AMBIGUIDADE! A água invadiu tudo até a porta.(palavra denotativa de inclusão)


- A água invadiu tudo até à porta.

10.4 Três casos específicos para o uso da crase

1. Antes de nomes de localidades: Vou à Bahia. Bem-vindo à Bahia. MAS Vou a


Florianópolis!

ATENÇÃO: quando houver um adjunto adnominal que determine a cidade ou que faça
referência a uma cidade com característica específica, a crase será usada.

Cheguei à Brasília dos políticos. Regressei à grande Curitiba.Da Paraíba à Bahia, a estrada é
maravilhosa.

Se venho da, crase há! Se venho do ou de, crase pra quê?

2. Antes da palavra “terra”: ocorrerá crase apenas quando a palavra designar o sentido de
“Planeta Terra” e de “local específico”. Quando o termo for usado no sentido de chão (em
sentido oposto a “bordo”), a crase não será empregada.
Gabriel
Os astronautas regressaram àcibreirosg@gmail.com
Terra. (Planeta Terra) Fui à terra onde nasci. (localidade
identificada) 113.749.947-82
MAS

Ao chegar a terra, o marinheiro descansou. (chão indeterminado – não admite artigo)

3. Antes da palavra “casa”: ocorrerá crase somente quando o termo “casa” está
determinado (especificado) com um adjunto adnominal.

Vou à (para a) casa de meus pais quando posso. (com adjunto adnominal) Vou a (para) casa
sempre que posso. (sem adjunto adnominal).

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

11. Frase, oração, período

11.1 Frase

É um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de comunicação. Pode ser


constituída:

a) de uma só palavra: Olá! Cheguei!


b) de várias palavras, entre as quais se inclui ou não um verbo ou locução verbal.

b.1. com verbo ou locução verbal: Alguns anos vivi em Itabira. Deveria trabalhar menos...
b.2. sem verbo: Que inocência! Que aurora! Que alegria!

Quando a frase contém verbo ou locução verbal, ela passa a ser também uma oração.
TODA ORAÇÃO É FRASE, MAS NEM TODA FRASE É ORAÇÃO! A frase pode conter uma ou
mais orações.

a) Uma oração - uma só forma verbal (verbo ou locução verbal), clara ou oculta. Assim: O
dia decorreu sem sobressalto. Na cabeça,Gabriel
aquela bonita coroa. Podem vir os dois...
cibreirosg@gmail.com
b) Mais de uma oração - mais de um verbo (na forma simples, ou na forma de locução
113.749.947-82
verbal), claro ou oculto: Busco, / volto / e chamo de novo. Os cavalos iam pastando. O
policial correu mais que o ladrão (correu).

11.2 As Frases podem ser:

a) declarativas: afirmativas ou negativas: Começou a chover. Ainda não começou a chover.


b) interrogativas: direta ou indireta: Começou a chover? Quero saber se começou a chover.
c) imperativas: afirmativas ou negativas: Manifeste o seu pensamento. Não seja importuno.
d) exclamativas: Vai começar tudo de novo!
e) optativas: empregadas para exprimir desejo: Deus te guie! Bons ventos o levem!

OBSERVAÇÃO: nas locuções verbais os verbos principais expressam a ideia central da ação
ocorrida. Estou estudando muito. Não vai poder subir como um ladrão que escala um
muro!

ATENÇÃO! TEMPO COMPOSTO É FORMADO PELOS VERBOS AUXILIARES TER E HAVER.

Ele havia feito o trabalho. Nós tínhamos feito o trabalho.

CUIDADO: O aluno finge estudar. (O aluno finge que estuda.) Penso estar com a razão.
(Penso que estou com a razão.) Deixei-o entrar. (Deixei que ele entrasse.)

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

11.3 Período

é a frase organizada em oração ou orações. Pode ser:

a) simples: constituído de uma só oração: Cai o crepúsculo. Começou a tocar violão.


b) composto: formado de duas ou mais orações:O senhor tirou o cigarro, / bateu-o na
tampa da cigarreira, / levou-o aos lábios...

O período se inicia com letra maiúscula e termina com ponto final, ponto de exclamação,
ponto de interrogação, reticências e, raramente, com dois pontos.

Ele chegou. Quanta emoção sinto agora! Tudo era tão vago ...O delegado perguntou:- Qual
é a causa do motim?

11.4 A Oração e os seus termos essenciais

a) SUJEITO E PREDICADO. O sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração e estabelece
a concordância com o verbo; o predicado é tudo aquilo que se declara sobre o sujeito. Os
alunos chegaram atrasados novamente. Gabriel
cibreirosg@gmail.com
Sujeito: os alunos - Predicado: chegaram atrasados novamente
113.749.947-82
b) O NÚCLEO DO SUJEITO é a palavra com carga mais significativa em torno do sujeito: As
duas cadeiras de praia azuis estão quebradas. Sujeito: As duas cadeiras de praia azuis

Núcleo do sujeito: cadeiras - Predicado: estão quebradas.

O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo, numeral
substantivo, qualquer palavra substantivada ou uma oração (substantiva).

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

12. Tipos de sujeito


Determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou inexistente.

12.1 Simples

Possui um só núcleo: O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.

12.2 Composto

Possui mais de um núcleo: As vozes e os passos aproximam-se. Ele e eu somos da mesma


raça.

Era melhor esquecer o nó e pensar numa boa cama.


“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heroico o brado retumbante”

12.3 Oculto

a) pela desinência verbal: Ficamos um bocado sem falar.


Gabriel
cibreirosg@gmail.com
b) pela presença do sujeito em outra oração do mesmo período ou de período contíguo:
113.749.947-82
Margarida ali viera, na véspera, lá dormira; e agora retornava a casa.

12.4 Indeterminado

Põe-se o verbo:

a) na 3.a pessoa do plural: Roubaram meu carro.


b) na 3.a pessoa do singular (verbo intransitivo ou transitivo indireto), com o pronome se
(índice de indeterminação do sujeito):

Ainda se vivia num mundo de certezas. Precisa-se do carvalho. Na casa pisavam sem
sapatos e falava-se baixo.

c) com o verbo no infinitivo impessoal: Era penoso estudar todo aquele conteúdo.

A PARTÍCULA SE

a) Aprovou-se o novo candidato. (Sujeito simples) - Aprovaram-se os novos candidatos.


(Sujeito simples)
Nesse caso, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética,
concordando com o sujeito.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

b) Precisa-se de professor. (Sujeito indeterminado) - Precisa-se de professores. (Sujeito


indeterminado)
Nesse caso, o se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas
construções, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

12.5 Inexistente

Verbo impessoal.

a) com verbos ou expressões que denotam fenômenos da natureza: Anoitecia e tinham


acabado de jantar. Ainda fazia frio.

b) com o verbo haver na acepção de “existir”: Ainda há jasmins e ainda há rosas...

c) com os verbos haver, fazer e ir, quando indicam tempo decorrido: Morava no Rio havia
muitos anos. Faz hoje oito dias que cheguei. Vai para uns quinze anos escrevi uma crônica.

d) com o verbo ser, na indicação do tempo em geral: Era inverno no alto sertão. São duas
horas.
Gabriel
OBSERVAÇÕES
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
a) Nas orações impessoais, o verbo ser concorda em número e pessoa com o predicativo.
São duas horas. Devem ser duas horas. É uma hora e cinquenta e nove minutos. É meio dia
e meia.

b) Também ocorre a impessoalidade nas locuções verbais: Deve haver pedaços de mim por
todos os cantos. Deve fazer oito horas que cheguei.

Atenção! Há de haver pessoas honestas. Hão de existir pessoas honestas.

c) Na linguagem coloquial do Brasil é corrente o emprego do verbo ter como impessoal, à


semelhança de haver. Em Pasárgada tem tudo, (M. Bandeira).No meio do caminho tinha
uma pedra...(Carlos Drummond de Andrade) O padrão culto da Língua Portuguesa não
autoriza essa construção.

d) Em sentido figurado, os verbos que exprimem fenômenos da natureza podem ser


empregados com sujeito:

Dormiu mal, mas amanheceu alegre. Choviam os ditos ao passo que ela seguia pelas
mesas.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

13. Predicado
Contém o verbo e traz informações sobre o sujeito, podendo ser classificado como verbal,
nominal ou verbo-nominal.

Maria estava triste. Maria permanecia triste. Maria continuava triste. Maria parecia triste.
Maria trabalhou muito. Maria viajou pouco. Maria trabalhou feliz. (Maria trabalhou e estava
feliz.)

13.1 Predicado verbal

Verbo significativo (verbo que expressa ação).

VERBOS INTRANSITIVOS: Sobe a névoa... A sombra desce...

VERBOS TRANSITIVOS (diretos, indiretos, ou diretos e indiretos): Ela invejava os homens.


(VTD)-Da janela da cozinha, as mulheres assistiam à cena. (VTI)- “Ouviram do Ipiranga as
margens plácidas / de um povo heroico um brado retumbante...” (VTDI)
Gabriel
13.2 Predicado nominal
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
É formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito.

Eu sou a tua sombra.Você anda fatigado pelo excesso de trabalho? Receava que eu me
tornasse ingrato.
A rainha virou bruxa. Ficaram velhas todas as notícias.

OBSERVAÇÃO: verbos de LIGAÇÃO não trazem propriamente ideia nova ao sujeito;


funcionam apenas como elo entre o sujeito e o seu predicativo. Podem aparecer como
verbos significativos: Estava triste (em casa) -Continuamos silenciosos (na sala).

O predicativo pode ser representado por:

a) substantivo ou expressão substantivada: Todo momento de achar é um perder-se.


b) adjetivo ou locução adjetiva: A praia estava deserta. Esta linha é de morte.
c) pronome: Vou fingir que eu sou eu... O essencial é o nada que é tudo.
d) numeral: Éramos seis.
e) oração: A verdade é / que eu nunca me importara muito. Uma tarefa é / preservar a
história humana.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

OBSERVAÇÕES
a)O pronome o, quando funciona como predicativo, é demonstrativo: Cada coisa é o que é.
b) O predicativo pode referir-se ao objeto: João encontrou Maria cansada.
c) Predicativo pleonástico: Arquiteto do Mosteiro de Santa Maria, já o não sou.

13.3 Predicado verbo-nominal

Apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou intransitivo + o predicativo do sujeito ou


predicativo do objeto.

Paulo riu despreocupado. Amélia saiu da igreja, muito fatigada, muito pálida.

ATENÇÃO! O trem chegou atrasado. (predicado nominal)


O trem chegou tarde.(predicado verbal)

Observação: o predicativo anexo ao sujeito pode vir antecedido de preposição ou do


conectivo como:

O menino era chamado de miúdo.


Gabriel
Carlos saiu estudante e voltou como doutor.
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
13.4 Predicativo do objeto

Encontrei cansadas Júlia e Beatriz.


Eu o vi triste. (ambiguidade)

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

14. A Oração e seus termos integrantes

14.1 Objeto direto

Vem ligado ao verbo sem preposição e indica o ser para o qual se dirige a ação verbal.

Pode ser representado por:

a) substantivo: Vou descobrir mundos!


b) pronome: Os jornais nada publicaram.
c) numeral:Já achou dois ou três?
d) pronome pessoal: Pedro foi buscá-la.
e) palavra ou expressão substantivada: Perscrutava o inútil.
f) oração substantiva (objetiva direta): Não quero que fique triste. Veja se consegue o mapa
dos caminhos.

Atenção: na constituição do objeto direto pode haver mais de um núcleo.

O coronel tomou a mulher e a terra e mandou entregar o milho e as abóboras.


Gabriel
14.2 Objeto direto preposicionado
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Com verbos transitivos diretos, mas que, com significados específicos, o objeto direto
costuma vir regido de preposição.

a) com os verbos que exprimem sentimentos: Amava a Deus! Atenção! João amava Maria.
b) para evitar ambiguidade: Sabeis que ao Mestre vai matá-lo.
c) quando vem antecipado, como no provérbio seguinte: A médico e letrado nunca
enganes.
d) o objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso por pronome
pessoal oblíquo tônico: Não odeio a ti, Cristo!

ATENÇÃO! Comi do bolo. Bebi do vinho.

14.3 Objeto direto pleonástico

Palavras você as cria.

O objeto direto PLEONÁSTICO pode também ser constituído de um pronome átono e de


uma forma pronominal tônica preposicionada: A mim, ninguém me engana.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

14.4 Objeto indireto

Complemento que se liga ao verbo por meio de preposição.

Pode ser representado por:


a) substantivo:Duvidava da riqueza da terra.
b) pronome: Incorporar a si o sentimento de ódio.
c) numeral: Os domingos pertenciam aos dois.
d) palavra ou expressão substantivada: Quem daria dinheiro aos pobres?
e) oração substantiva (objetiva indireta): Não te esqueças de que a obediência é o primeiro
voto das noviças.

Atenção! O objeto indireto pode ser constituído de mais de um substantivo ou mais de um


dos seus equivalentes: Entregou-se ao estudo e à cura de si mesmo.

OBS.: não vem precedido de preposição o objeto indireto representado pelos pronomes
pessoais oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes e pelo reflexivo se. O pronome oblíquo lhe
(lhes), como complemento verbal, é essencialmente objeto indireto: Você não me
Gabriel
emprestou o livro. Luís dera-se pressa em visitar o filho. Deram-lhe tempo para a
cibreirosg@gmail.com
meditação.
113.749.947-82
14.5 Objeto indireto pleonástico

A mim ensinou-me tudo.Aos meus escritos, não lhes dava importância.

14.6 Predicativo do sujeito

Atribui característica ao sujeito. Aparece, na maioria das vezes, no predicado nominal,


juntamente com um verbo de ligação: Eu estou feliz. Minha avó anda cansada. Meu
caderno é este.

RELEMBRANDO: ser, estar, parecer, ficar, tornar-se, continuar, andar, permanecer, virar
(passar a ser).

A função de predicativo do sujeito pode ser desempenhada por:

a) um adjetivo ou uma locução adjetiva: Mariana parece ansiosa.O pesadelo foi de


assustar.
b) um substantivo: Maria foi o motivo da briga.
c) um pronome: A responsável é ela.Meu carro é aquele.

85
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

d) um numeral: Eles eram só três.


e) uma oração substantiva predicativa: O bom é que ela sempre foi comportada. A dúvida
era se precisariam de mais ajudantes.

14.7 Predicativo do sujeito com verbos de ligação implícitos


(predicado verbo-nominal)

As crianças corriam alegres. O menino dorme sossegado.

Atenção: o predicativo do sujeito pode vir antecedido de preposição, ou do conectivo


como. O ato foi acusado de ilegal. Ele voltou como doutor.

14.8 Predicativo do objeto

Só aparece no predicado verbo-nominal e é expresso:

a) por substantivo: Uns a nomeiam primavera. Eu lhe chamo estado de espírito.


Chamo-me Aldemiro.
Gabriel
b) por adjetivo: Os trabalhadores daquele local julgam-no assombrado. Como o predicativo
cibreirosg@gmail.com
do sujeito, o do objeto pode vir antecedido de preposição, ou do conectivo como:
113.749.947-82
Quaresma então explicou porque o tratavam por major. Considero-o como um dos
precursores do espírito moderno.

14.9 Agente da passiva

Na voz passiva analítica, designa o ser que pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito.
Normalmente introduzido pela preposição por (ou per) e, algumas vezes, por de — pode
ser representado:

a) por substantivo ou palavra substantivada: Esta carta foi escrita por um marinheiro
americano.

b) por pronome: Ele dela é ignorado. A mesma oração foi por mim proferida.

c) por numeral: Não devem ser escutadas por dez; têm de ser ouvidas por um.

d) por oração substantiva: Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa.

ATENÇÃO! O agente da passiva pode estar implícito. A casa foi vendida.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

14.10 Complemento nominal

Vem sempre ligado por preposição ao substantivo abstrato, ao adjetivo ou ao advérbio


cujo sentido integra ou limita. É um termo que completa o sentido dos nomes.

O funcionário fez acusações contra o patrão. (substantivo abstrato – termo paciente: o


patrão foi acusado)

A leitura do livro foi produtiva. (substantivo abstrato – termo paciente: o livro foi lido)
Ela chegou repleta de saudades de rever os amigos. (adjetivo)
O juiz agiu favoravelmente ao réu. (advérbio)

O complemento nominal pode ser representado por:

a) substantivo (acompanhado ou não dos seus modificadores): Sentiu o cheiro do perfume.

b) pronome: Isso lhe será útil.

c) numeral: A vida dele era necessária a ambas.


Gabriel
d) palavra ou expressão substantivada: Os adversários na luta do sim e do não trataram do
cibreirosg@gmail.com
que lhes interessava. 113.749.947-82
e) oração completiva nominal: Tenho esperança de que ele volte logo.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

15. São termos acessórios


O adjunto adnominal, o adjunto adverbial, o aposto. O vocativo é termo isolado.

15.1 Adjunto adnominal

Valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo


concreto ou abstrato, qualquer que seja a função deste. Pode vir expresso por:

a) adjetivo: Na areia podemos fazer castelos soberbos.


b) locução adjetiva: Tinha uma memória de prodígio. (prodigiosa). Comprou uma casa de
madeira. (lígnea) A leitura do aluno (discente) foi boa. (sentido de agente – o aluno lê)
c) artigo (definido ou indefinido): As ondas formavam uma muralha de espuma.
d) pronome adjetivo:Deposito várias vezes a minha alma no limiar da sua moradia.
e) pronome oblíquo em lugar do possessivo: Beijo-lhe as mãos. (Beijo suas mãos.)Beijo-te
as mãos. (Beijo tuas mãos.)
f) numeral: Casara-se havia duas semanas.
Gabriel
g) oração adjetiva: Cumprirei a missão que abracei.
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113.749.947-82
15.2 Adjunto adverbial

Termo de valor adverbial que denota alguma circunstância do fato expresso pelo verbo, ou
intensifica o sentido deste, assim como de um adjetivo ou de um advérbio. Pode vir
representado por:

a) advérbio: Aqui não passa ninguém. Amou-a muito.


b) por locução ou expressão adverbial: De súbito, eu e o Barão começamos a dançar no
meio da sala.
c) por oração adverbial:Quando acordou, Lisa estava ali.

Classificação dos adjuntos adverbiais

a) de causa: Morreu de fome e frio.


b) de companhia: Vivi com Daniel por dois anos.
c) de dúvida: Talvez Nina tivesse razão...Provavelmente choverá amanhã.
d) de fim: Há homens para tudo.
e) de instrumento: O ladrão feriu o policial a faca.
f) de intensidade: Ou ele estuda demais, ou não come bastante.
g) de lugar: Cheguei à taberna do velho ao fim da tarde.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

h) de matéria: Escrevi-a com a pena e a tinta da melancolia.Era um adeus com raiva e


lágrimas
i) de meio: Ele ainda viajava de bicicleta.
j) de modo: Vagarosamente ela foi recolhendo o fio. Ela subiu a escada pé ante pé.
k) de negação: Mas não concordo, não aceito.
l) de tempo: Todas as manhãs ele sentava-se cedo a essa mesa.Nunca o encontrarei.
m) de afirmação: Certamente ele virá!

ATENÇÃO! Adjunto adverbial de curta extensão deslocado, a vírgula é facultativa: À noite,


ele veio. / À noite ele veio.

O adjunto adverbial de curta extensão é aquele formado por até dois termos.

15.3 Aposto

Termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, a um pronome, ou a um


equivalente destes, com finalidade de explicação ou de apreciação: Eles, os pobres
desesperados, tinham grande euforia.
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
ATENÇÃO! Entre o aposto e o termo a que ele se refere há vírgula. Mas pode também não
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haver quando esta é um termo genérico, especificado ou individualizado pelo aposto: A
cidade de São Paulo. O poeta Bilac.O rei D. Manuel. O mês de junho. Esse aposto, chamado
de especificação, não deve ser confundido com certas construções formalmente
semelhantes, como: O clima de São Paulo. O soneto de Bilac. A época de D. Manuel. As
festas de junho.(ADJUNTOS ADNOMINAIS)

POSIÇÃO DO APOSTO NA ORAÇÃO: pode aparecer antes ou depois do termo ao qual se


refere.

“Meus fones de ouvido, acessórios essenciais, estão estragados.”“Acessórios essenciais,


meus fones de ouvido estão quebrados.” Nesse caso, o aposto se relaciona com o sujeito
da oração: “meus fones de ouvido”.

Porém, o aposto também pode ocorrer relacionando-se a um termo que esteja no


predicado da oração. Assim:

“Vimos muitos pontos turísticos: o Pelourinho, o elevador Lacerda, o farol da Barra... Nesse
caso, o aposto faz parte do predicado da oração: o objeto direto “ pontos turísticos”.
Separado por dois-pontos.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

TIPOS DE APOSTO
a) Explicativo: explica um termo no enunciado. “Marta, jogadora de futebol, conquistou
muitos prêmios.”

b) Enumerativo: traz uma enumeração a respeito de um termo. “Aqui, vendemos de tudo:


alimentos, roupas, brinquedos...”

c) Resumitivo: resume todo o conteúdo abarcado até então. “Vôlei, basquete, handebol,
todos me entretêm.”

d) Especificativo: específica outro na oração, identificando-o. Não se separa por nenhum


sinal de pontuação. “A aluna Nívea deve comparecer à diretoria imediatamente.”“A rua
Augusta fica perto da avenida Paulista.”

e) Distributivo: explica outros termos na oração de maneira separada no enunciado,


distribuída. “Os dois se entreolharam, ele e ela.” - “Ambos foram premiados: o cantor e a
instrumentista.

f) Comparativo: acrescenta ou reforça uma informação por meio de uma comparação.


Gabriel
“Meu cantor favorito, deus da música, marcou um show aqui!”
cibreirosg@gmail.com
g) Representativo de uma oração: resume o conteúdo de toda uma oração: “Havia vários
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pratos na pia, sinal de que você recebeu visitas.”“Não poderemos viajar neste ano, o que
me faz economizar mais.”

h) Oracional: quando possui verbo: A mulher exigiu uma condição: que a herança fosse
para os filhos. A verdade é esta: a moça não fala com ninguém.

15.4 Vocativo

Termo de entoação exclamativa e isolado do resto da frase.

Manuel, tens razão. Você saberia dizer, Maria, quem entregou as flores? Querida! Fui à
feira! Querida, fui à feira!
Servem apenas para invocar, chamar ou nomear, com ênfase maior ou menor, uma pessoa
ou coisa personificada.

15.5 Diferença entre aposto e vocativo

O aposto explica ou especifica outro termo na oração. O vocativo, por sua vez, é um termo
usado para chamar o interlocutor, dirigindo-se a ele.

90
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

APOSTO : Rita, a gerente daqui, conhece as etapas do processo.


VOCATIVO: Não sei, Rita, se conseguirei chegar a tempo.

15.6 Colocação dos termos na oração - ordem direta e ordem


inversa

a) Em português, os termos da oração dispõem-se preferencialmente na sequência:

SUJEITO + VERBO + OBJETO DIRETO, OBJETO INDIRETO OU COMPLEMENTO NOMINAL


SUJEITO + VERBO + PREDICATIVO
SUJEITO + LOCUÇÃO VERBAL + AGENTE DA PASSIVA

Carlos ofereceu um livro ao colega naquela mesma manhã. Tenho confiança em você.
Carlos não é gentil.

A casa foi comprada por um investidor.

b) A Língua Portuguesa, porém, permite-nos alterar a ordem normal dos termos da oração
por INVERSÕES DE NATUREZA ESTILÍSTICA ou INVERSÕES DE NATUREZA GRAMATICAL.
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
Ao colega, naquela mesma manhã, Carlos ofereceu um livro. Em você tenho confiança.
113.749.947-82
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heroico o brado retumbante, E o
sol da Liberdade, em raios fúlgidos,/ Brilhou no céu da Pátria nesse instante.…

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

16. Diferenças entre complemento nominal e adjunto


adnominal
COMPLEMENTO NOMINAL associa-se a NOME e é sempre iniciado por preposição. O
ADJUNTO ADNOMINAL também se associa a nome e pode, eventualmente, ser iniciado por
preposição.

COMPLEMENTO NOMINAL é termo integrante. O termo anterior a ele necessita ser


complementado porque tem transitividade.

Tenho necessidade de ajuda.Tenho confiança em você.

ADJUNTO ADNOMINAL é termo acessório:

Aquela linda fazenda do Paraná pertence a este homem generoso e feliz.

ADJUNTO ADNOMINAL MODIFICA SUBSTANTIVO CONCRETO OU ABSTRATO. A acusação


(substantivo abstrato) do vereador foi considerada uma ofensa ao prefeito.
Gabriel
(O vereador acusa – agente)
cibreirosg@gmail.com
A leitura (substantivo abstrato) do aluno foi muito elogiada pelo corpo docente. (O aluno lê –
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agente)
O casa (substantivo concreto) de pedra fica logo ali.

COMPLEMENTO NOMINAL COMPLEMENTA SUBSTANTIVO ABSTRATO, ADJETIVO OU


ADVÉRBIO. A acusação do vereador foi considerada uma ofensa ao prefeito. (O prefeito foi
ofendido – paciente)

Paula está contente com o novo emprego, porque fica perto da praça.

A MAIOR DÚVIDA EXISTE, PORTANTO, QUANDO SE TRATA DE UM SUBSTANTIVO ABSTRATO.

SE O TERMO EM ESTUDO É AGENTE DA AÇÃO, ELE É ADJUNTO ADNOMINAL.

A acusação do vereador = o vereador acusa – adjunto adnominal -


O medo dos moradores = os moradores temem – adjunto adnominal
A leitura do aluno = o aluno lê – adjunto adnominal
O amor da mãe= a mãe ama – adjunto adnominal
A fuga do ladrão = o ladrão foge – adjunto adnominal
A invenção do cientista= o cientista inventou – adjunto adnominal

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

SE O TERMO EM ESTUDO É PACIENTE DA AÇÃO, ELE É COMPLEMENTO NOMINAL.

Amor à mãe= a mãe é amada – complemento nominal


Acusações contra o prefeito = o prefeito é acusado – complemento nominal
A invenção do rádio =o rádio foi inventado – complemento nominal
A leitura do livro= o livro é lido – complemento nominal
A ameaça à saúde = a saúde é ameaçada – complemento nominal

CRITÉRIO COMPLEMENTAR: se o termo em estudo indica posse, ele será adjunto


adnominal.

O medos dos moradores era de que as chuvas fortes provocassem outra enchente.(O medo que
os moradores tinham).
Os braços da mulher o envolveram.

BIZU! Se a preposição que introduz o temo em análise for diferente da preposição “de” (da,
das, do, dos), trata-se de um complemento nominal!

Amor à mãe. Acusações contra o prefeito. Ganância por carinho.


Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

17. Diferença entre predicativo e adjunto adnominal


Predicativo exprime característica nova, circunstancial, atribuída ao nome.

Adjunto adnominal exprime característica fixa, constante, já conhecida do nome. O poeta


ia bêbado no bonde. (predicativo do sujeito) - Bêbado, o poeta ia no bonde. (predicativo do
sujeito)

O poeta, bêbado, ia no bonde. (predicativo do sujeito)

Trata-se de uma característica ocasional, circunstancial. Apenas naquele momento,


naquela ocasião, o poeta estava bêbado.

Compare:
O poeta bêbado ia no bonde. O poeta está sempre bêbado e que essa característica seria
própria dele (adjunto adnominal).

As pensões alegres dormiam tristíssimas. Foram totalmente inúteis todos os nossos


esforços. A marreta tornou a pedra obsoleta.
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
Na dúvida, substitua o substantivo (núcleo do termo) por um pronome substantivo. Se o
elemento que caracteriza esse substantivo for retirado, esse elemento é adjunto
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adnominal. Assim:

O recente método de avaliação beneficia os alunos irresponsáveis.

Sujeito: O recente método de avaliação

Predicado: beneficia os alunos irresponsáveis (adjunto adnominal)

Ele os beneficia. Sujeito: Ele Predicado: os beneficia

Compare:
A marreta tornou a pedra obsoleta.

Sujeito: A marreta
Predicado: tornou-a obsoleta.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

18. Concordância verbal

18.1 Com um só sujeito

O verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito, venha ele claro ou
subentendido:

A paisagem ficou espiritualizada. As casas estão velhas. Vieste de um país que não
conheço.

18.2 Com mais de um sujeito (pronomes)

(sujeito composto) o verbo vai para o plural e, quanto à pessoa, irá:

1) para a 1ª pessoa do plural, se entre os sujeitos figurar um da 1ª pessoa: Só eu e tu


ficamos calados, à margem do rio.

2) para a 2ª pessoa do plural, se, não existindo sujeito da 1ª pessoa, houver um da 2ª: Tu e
os teus filhos vereis a revolução. Gabriel
cibreirosg@gmail.com
3) para a 3ª pessoa do plural, se os sujeitos forem da 3ª pessoa: O mestre, o cego e a moça
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exigiram a história toda.

18.3 Casos particulares - com um só sujeito

a) O SUJEITO É UMA EXPRESSÃO PARTITIVA: parte de, uma porção de, o grosso de, o resto
de, metade de e equivalentes e um substantivo ou pronome plural, o verbo PODE ir para o
singular ou para o plural:

A maior parte deles já não vai à fábrica! Uma porção de moleques me olhavam admirados.

b) O SUJEITO DENOTA QUANTIDADE APROXIMADA: formado de um número plural


precedido das expressões cerca de, mais de, menos de e similares, o verbo vai
normalmente para o plural: Ainda assim, restavam cerca de cem pessoas.

ATENÇÃO! Menos de dois leva o verbo ao plural; mais de um ou mais que um, seguidas de
substantivo, deixa o verbo no singular: Menos de dois estavam prontos. Mais de um sujeito
correu na salvação do homem.

Emprega-se o verbo no plural quando tais expressões vêm repetidas, ou quando nelas haja
ideia de reciprocidade.

95
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Mais de um velho, mais de uma criança não puderam fugir a tempo. (sujeito composto)
Mais de um orador se criticaram mutuamente na ocasião.(reciprocidade)

18.4 O sujeito é o pronome relativo “QUE”

a) O verbo concorda em número e pessoa com o antecedente desse pronome:

Fui eu que lhe pedi que não viesse.


Não és tu que me dás felicidade.

b) Se o antecedente do relativo que é um demonstrativo, que serve de predicativo ou


aposto de um pronome pessoal sujeito, o verbo do relativo PODE:

1) Concordar com o pronome pessoal sujeito, principalmente quando o antecedente é o


demonstrativo o (a, os, as):

Não somos nós os que vamos chamar esses leais companheiros de falsos.

2) Ir para a 3.a pessoa, em concordância com o demonstrativo, se não há interesse em


acentuar a íntima relação entre o predicativo e o sujeito: Eu sou aquele que veio do imenso
Gabriel
rio. cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
3) Quando o relativo que vem antecedido das expressões um dos, uma das (+ substantivo),
o verbo de que ele é sujeito vai para a 3ª. pessoa do plural ou, mais raramente, para a 3ª.
pessoa do singular:

Uma das coisas que mais me impressionam é a vida que levamos.


Ele foi um dos poucos que reconheceu a importância da literatura brasileira.
Por vezes omite-se o “um”: Não sou dos que acreditam no direito divino da velhice.

18.5 O sujeito é o pronome relativo “QUEM”

De regra, o verbo fica na 3.a pessoa do singular, ou, mais raramente, põe-se em relevo o
sujeito efetivo da ação expressa pelo verbo (Cunha):

Tu és quem respira por mim. E não fui eu quem te salvou? Não sou eu quem descrevo a tela.
Eram os filhos quem os obrigavam a abandonar os hábitos frugais.

96
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

18.6 O sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo ou


indefinido plural, seguido de “de” (ou dentre) nós (Ou nós)

Se o sujeito é formado por algum dos pronomes interrogativos (quais? quantos?), dos
demonstrativos (estes, esses, aqueles) ou dos indefinidos no plural (alguns, muitos,
poucos, quaisquer, vários), seguido de uma das expressões de nós, de vós, dentre nós ou
dentre vós, o verbo PODE ficar na 3.a pessoa do plural OU concordar com o pronome
pessoal que designa o todo:

Mas, quantos, dentre nós, devotam à vida a paixão de outrora? Quantos dentre vós tereis
cumprido a missão?

Quais de vós sois desterrados no meio do gênero humano?

Atenção! Se o interrogativo ou o indefinido estiver no singular, também no singular deverá


ficar o verbo:

Quando as nuvens surgiram, qual de nós estava presente? Nenhum de vós irá ao meu
enterro.
Gabriel
18.7 Quando o sujeitocibreirosg@gmail.com
é formado por uma expressão que indica
113.749.947-82
porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar
com o substantivo

25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação. 85% dos entrevistados não
aprovam a nova administração. 1% do eleitorado aceita a mudança. 1% dos alunos
faltaram à prova.

Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve
concordar com o número.

25% querem a mudança. 1% conhece o assunto.

18.8 Quando o sujeito for representado por expressão


fracionária

O verbo deve concordar com o numerador.

UM terço dos alunos já SAIU. UM terço COMPARECEU. DOIS terços COMPARECERAM.

97
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

É ACEITÁVEL, entretanto, a concordância com o especificador:


Um terço DOS ALUNOS já SAÍRAM.

UM quarto DAS EMPRESAS PESQUISADAS PERDEU ou PERDERAM mais de US$ 1 milhão.


(facultativo)

Quando o verbo é de ligação (ser, estar, ficar, tornar-se...), é flagrante a preferência pela
concordância atrativa:

UM terço das mulheres FICARAM INSATISFEITAS. UM quinto das crianças já FORAM


VACINADAS.

18.9 O sujeito é um plural aparente

Nomes de lugar e os títulos de obras que têm forma de plural são tratados como singular,
se não vierem acompanhados de artigo: Mas Vassouras não o esquecerá tão cedo. Estados
Unidos é um grande país. Quando esses nomes são precedidos de ARTIGO, o verbo
assume a forma plural:

Os Estados Unidos tentam uma demonstração


Gabrielespetacular. Os Lusíadas são uma obra
completa. cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
18.10 O sujeito é indeterminado

O verbo vai para a 3ª. pessoa do plural: Pediram-me que a procurasse. Prenderam o
ladrão.

Se a indeterminação do sujeito for indicada pelo pronome se, o verbo fica na 3a pessoa do
singular:

Ainda se vivia num mundo de certezas. Precisa-se de funcionários.

Observação: se o “se” for partícula apassivadora, o verbo concorda com o sujeito passivo.
Vendem-se casas. (Casas são vendidas).

18.11 Concordância do verbo ser

O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:

a) quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o
predicativo estiver no plural. Tudo são flores! Aquilo eram problemas gravíssimos. O que
eu admiro em você são os seus cabelos.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Atenção! Não é raro aparecer o verbo no singular, em concordância com o pronome


demonstrativo ou com o indefinido (Cunha). Isto é flores. Tudo era os estudos.

b) quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um


substantivo no plural. Nosso piquenique foram só guloseimas. Sua rotina eram só alegrias.

OBS.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um


elemento sobre o outro. A vida é ilusões.

c) se o sujeito indicar pessoa ou for pronome pessoal, o verbo concorda com esse sujeito.
Ovídio é muitos poetas ao mesmo tempo.

OBSERVAÇÃO: não é rara, porém, a concordância com o predicativo plural quando este
representa partes do corpo da pessoa nomeada no sujeito: Santinha eram dois olhos
míopes, quatro incisivos claros na boca.

d) quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem, o verbo ser concorda com o
predicativo. Que são esses papéis? Quem são aquelas crianças? Que é isso, Maria? Quis
saber quem eram meus pais.
Gabriel
e) quando o sujeito é uma expressão de sentido coletivo, como o resto, o mais, o verbo
cibreirosg@gmail.com
concorda com o predicativo. O resto eram atributos sem importância. O mais são casas
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esparsas. O resto é amizade.

f) nas orações impessoais, o verbo concorda com o predicativo: São duas horas da tarde. É
quase uma hora.

OBSERVAÇÃO: os verbos dar, bater, soar e sinônimos concordam com o número que indica
as horas:

Soaram doze horas naqueles vales. Batiam oito horas quando ele acordou. Davam dez
horas quando ela voltou.

ATENÇÃO! Quando há o sujeito relógio (ou sino, sineta etc.), o verbo naturalmente
concorda com ele:

O sino da Matriz bateu seis horas. O relógio de uma das igrejas deu duas horas.

g) quando o sujeito é constituído de uma expressão numérica que se considera em sua


totalidade, o verbo ser fica no singular: Oito anos sempre é alguma coisa. Dez contos não
será demais? Trezentos reais é pouco.

99
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

h) nas frases em que ocorre a locução invariável é que, o verbo concorda com o
substantivo ou pronome que a precede, pois são eles efetivamente o seu sujeito: Maria é
que escolherá o presente. Tu é que deves escolher o sítio.

OBSERVAÇÃO: a locução de realce é que é invariável e vem sempre colocada entre o sujeito
da oração e o verbo a que ele se refere. José é que trabalhou, mas os irmãos é que se
aproveitaram do seu esforço.

ATENÇÃO! É uma construção fixa e não deve ser confundida com outra semelhante, mas
móvel, em que o verbo ser antecede o sujeito e passa a concordar com ele e a
harmonizar-se com o tempo dos outros verbos.

José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se aproveitaram do seu esforço.
Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se aproveitaram do seu esforço.
Também não deve ser confundido com a expressão de realce é que o encontro da forma
verbal é com a conjunção integrante que. Bom é que não haja mais discussões.

(OSSS) - O certo é que ele não voltará. (OSSP)

18.12 Concordância com maisGabriel de um sujeito


cibreirosg@gmail.com
a) Se o sujeito composto vier depois113.749.947-82
do verbo, este pode ir para o plural ou concordar com
o núcleo do sujeito mais próximo.

Faltaram coragem e competência. Faltou coragem e competência.

ATENÇÃO! Ideia de reciprocidade - a concordância é feita obrigatoriamente no plural.


Abraçaram-se vencedor e vencido. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

b) Se o sujeito composto vier antes do verbo, podem ocorrer as seguintes situações:

1. quando os sujeitos são sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular: A


conciliação, a harmonia entre uns e outros é possível. O amor e a admiração compraz-se
dos extremos. O ódio e a guerra nos gasta e consome.

2.quando há uma enumeração gradativa, o verbo fica no singular: Uma chuva, uma
tempestade, um furacão atrapalhará a festa.

3. quando os sujeitos formam uma noção única, o verbo fica no singular: A grandeza e a
significação das coisas resulta do grau de transcendência. O fluxo e o refluxo das ondas
nos encanta.

100
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

4. quando os sujeitos são dois ou mais infinitivos, o verbo fica no singular:

Fazer e escrever é a mesma coisa. Vê-lo e amá-lo foi obra de um minuto.

Mas o verbo PODE ir para o plural quando os infinitivos exprimem ideias nitidamente
contrárias:

Rir e chorar se alternam em sua vida. e. quando os sujeitos são resumidos por um
pronome indefinido (como tudo, nada, ninguém), o verbo fica no singular.

Letras, ciências, costumes, instituições, nada disso é nacional.

5. quando os sujeitos, por palavras diferentes, representam uma só pessoa ou uma só


coisa, o verbo fica naturalmente no singular: A Ideia, o sumo Bem, o verbo, a Essência só se
revela aos homens e às nações no céu da Consciência!

18.13 Sujeitos ligados por OU e por NEM

O verbo costuma ir:


Gabriel
a) para o plural, se o fato expresso pelo verbo pode ser atribuído a todos os sujeitos: O mal
cibreirosg@gmail.com
ou o bem dali teriam de vir. Nem a monotonia nem o tédio a fariam capitular agora.
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b) para o singular, se o fato expresso pelo verbo só pode ser atribuído a um dos sujeitos,
isto é, se há ideia de alternativa: Fui devagar, mas o pé ou o espelho traiume. Nem
tormenta nem tormento nos poderia parar. Paulo ou João se casará com Maria.

b.1. Se os sujeitos ligados por ou ou por nem não são da mesma pessoa, isto é, se entre
eles há algum sujeito expresso por pronome da 1ª. ou da 2ª. pessoa, o verbo irá
normalmente para o plural e para a pessoa que tiver precedência.

Ou ela ou eu havemos de abandonar para sempre esta casa. Nem tu nem eu soubemos
ser nós uma única vez.

18.14 Um ou outro, nem um nem outro

As expressões um ou outro e nem um nem outro, empregadas como pronome substantivo


ou como pronome adjetivo, exigem normalmente o verbo no singular: Só um ou outro
menino usava sapatos. Nem um nem outro havia idealizado aquele encontro.

ATENÇÃO! Não é rara a construção com o verbo no plural quando as expressões se


empregam como pronome substantivo: Nem um nem outro desejavam questionar.

101
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

ATENÇÃO! A locução um e outro PODE levar o verbo ao plural ou, com menos frequência,
ao singular:

Um e outro tinham medo. Uma e outra obedecia e ele logo enviava uma cantada. As duas
construções são admissíveis ainda quando a locução é usada como pronome adjetivo, caso
em que precede sempre um substantivo no singular: Uma e outra coisa existiam em
estado latente. Um e outro jogo nos é odioso.

18.15 Sujeitos unidos com a partícula COM

Quando os sujeitos vêm unidos pela partícula com, o verbo PODE ser usado no plural ou
em concordância com o primeiro sujeito, segundo a valorização expressiva que dermos ao
elemento regido de com. O verbo irá normalmente:

a) para o plural, quando os sujeitos estão em pé de igualdade, e a partícula com os enlaça


como se fosse a conjunção e:

O mestre com o aprendiz fizeram a emenda. O pontífice, com todos os membros da igreja, mal
puderam sair suplentes.
Gabriel
b) para o número do primeirocibreirosg@gmail.com
sujeito, quando pretendemos realçá-lo em detrimento do
segundo, reduzido à condição de adjunto adverbial de companhia:
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O Coronel João, com a mulher e a filha, mostrava-se indiferente.
A viúva, com a família, mudara-se para Vila Isabel.

18.16 Sujeitos ligados por conjunção comparativa

Quando dois sujeitos estão unidos por uma das conjunções comparativas como, assim
como, bem como e equivalentes, a concordância depende da interpretação que dermos ao
conjunto. Assim, o verbo concordará:

a) com o primeiro sujeito, se quisermos destacá-lo: O dólar, como a girafa, não existe. A
conjunção conserva pleno o seu valor comparativo e o segundo termo vem enunciado
entre vírgulas.

b) com os dois sujeitos englobadamente (isto é, o verbo irá para o plural), se os


considerarmos termos que se adicionam, que se reforçam, interpretação que
normalmente damos, por exemplo, a estruturas correlativas do tipo tanto... como: Tanto
um como outro se ocupavam em mercadejar.

Entre os sujeitos não há pausa; logo, não devem ser separados, na escrita, por vírgula.

102
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

De modo semelhante se comportam os sujeitos ligados por série aditiva enfática (não só...
mas [senão ou como] também):

Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.

18.17 Verbos impessoais

Verbo “haver” no sentido de “existir”: Havia fotos espalhadas pela casa inteira. Há momentos
que precisamos rever nossas atitudes.

Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Choveu muito à tarde. Neva desde cedo.

Estar e fazer (meteorologia): Faz uns sete graus no inverno daqui. Está frio agora.

Fazer indicando tempo: Faz dois anos que não o vejo. Fez três dia que ele partiu.

Ser (indicando data, hora, distância):

São cinco quilômetros até o próximo município. Ela disse que já são cinco horas.
Hoje é cinco de outubro. Hoje são cinco de outubro.
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
ATENÇÃO: Deve haver surpresas nas113.749.947-82
nossas vida. Vai fazer seis meses que moro aqui.
ATENÇÃO: verbo “existir” NÃO é impessoal e, portanto, é conjugado normalmente em
concordância com o sujeito:

Existem muitos motivos para eu estar feliz hoje. Existe uma moça linda que estuda aqui.
Devem existir soluções para o problema. Hão de existir menos conflitos.

18.18 Concordância do verbo no infinitivo

18.18.1 Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração

a) não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo
átono. Esperei-as chegar.

b) é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e
se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou
sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos). Mandei sair os alunos. Mandei saírem os alunos.
Senti estalar os dedos. Senti estalarem os dedos.

103
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

c) flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e


determinante de verbo NÃO CAUSATIVO NEM SENSITIVO. Esperei saírem todos.

18.18.2 Infinitivo pessoal e sujeito oculto

- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio. Passamos


horas a comentar o filme. (comentando)

- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.

Antes de responder, (tu) lerás o texto. Antes de responderes, (tu) lerás o texto.

- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e está indicado por algum termo do contexto. Ele nos deu o direito de contestar.
Ele nos deu o direito de contestarmos.

- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.

Saiu sem notarem o fato.


Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
18.18.3 Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal

a) não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal. Acabamos de
fazer os exercícios.

b) é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal,


quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.

Não devemos, depois das provas de honestidade, duvidar (duvidarmos) e reclamar


(reclamarmos) dela.

18.19 O verbo “parecer”

Locução formada por PARECER + INFINITIVO recebe tratamento especial quanto à


concordância.

Nas orações em que aparece a locução introduzida pelo verbo parecer a concordância
pode ser realizada de duas maneiras: Os homens parecem duvidar do que viram. Os homens
parece duvidarem do que viram.

104
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

A segunda alternativa de concordância se explica pela função que o verbo parecer exerce
na oração. Trata-se de uma palavra que, sozinha, representa uma oração (oração principal)
à qual uma outra é subordinada. Parece que os homens duvidaram do que viram.

Gabriel
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113.749.947-82

105
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

19. Concordância nominal

19.1 Regra geral

Todos os determinantes variáveis (adjetivo, numeral, pronome adjetivo e artigo) devem


harmonizar-se quanto ao gênero e ao número do substantivo (palavra determinada).

Apenas dois barcos antigos abastecem todas as comunidades ribeirinhas.

19.2 Com adjetivo posposto ao substantivo

O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma
masculina plural se houver substantivo feminino e masculino).

A empresa oferece localização e atendimento perfeito. A empresa oferece atendimento e


localização perfeita.

A empresa oferece localização e atendimento perfeitos. A empresa oferece atendimento e


localização perfeitos. Gabriel
cibreirosg@gmail.com
ATENÇÃO! Quando se trata de característica específica de apenas um dos seres, aplica-se o
113.749.947-82
bom senso

Vi no zoológico uma tartaruga e um macaco peludo.

Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.

A beleza e a inteligência feminina(s). O carro e o iate novo(s).

19.3 Se um substantivo for modificado por dois adjetivos

O substantivo pode aparecer de três formas distintas:

a) no singular: A festa espanhola e canadense.


b) no plural: As festas espanhola e canadense.
c) no singular com a repetição do artigo: A festa espanhola e a canadense.

106
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

19.4 Com adjetivo anteposto

Concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Velhas pastas e livros estavam sobre a estante. Perfeito atendimento e localização.


Perfeita localização e atendimento.

ATENÇÃO: substantivos próprios ou substantivos que exprimam graus de parentesco, o


adjetivo deve ficar no plural.

Meus simpáticos tios e tias me fizeram uma surpresa. Os contentes Pedro e Álvaro foram os
campeões do torneio.

Os contentes Maria e Pedro foram os campeões do torneio.

19.5 Outros casos de concordância nominal

Adjetivo na função de predicativo do sujeito deverá concordar com todos os elementos do


sujeito:
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
A cozinha e os banheiros estavam sujos.
113.749.947-82
OBSERVAÇÃO: se estiver anteposto ao sujeito, pode concordar apenas com o núcleo mais
próximo (o que ocorre também com o verbo da oração). São vergonhosos a pobreza e o
desamparo. É vergonhosa a pobreza e o desamparo.

Adjetivo na função de predicativo do objeto deverá concordar em gênero e número com o


núcleo do objeto. Se houver dois ou mais núcleos de gêneros diferentes, ele deve ir para o
masculino plural: Vimos as portas e o carro destruídos.

Vimos destruídos as portas e o carro. Considero inteligentes (vaidosas) a professora e a aluna.

Numerais ordinais: o substantivo pode ficar tanto no singular quanto no plural, contanto
que todos os numerais estejam antecedidos de artigo. Perdi a primeira e a segunda sessão.
Perdi a primeira e a segunda sessões.

OBSERVAÇÃO: substantivo posposto sem artigos precedendo todos os numerais, o


substantivo assumirá a forma pluralizada: O primeiro, segundo e terceiro andares estão
sendo reformados.

Outro ponto: o artigo permanece no singular, concordando com o numeral singular. A 5ª e


6ª Câmaras são competentes. (correto) - As 5ª e 6ª Câmaras são competentes. (incorreto)

107
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Quando o substantivo estiver anteposto aos numerais, também assumirá a forma


pluralizada:

Os andares primeiro, segundo e terceiro estão sendo reformados.

ATENÇÃO! Pode haver mudança de significado.

a) Dirigiu-se à quarta e quinta série.


b) Dirigiu-se à quarta e quinta séries.
c) Dirigiu-se à quarta e à quinta série.

Em “dirigiu-se às quartas e às quintas séries” , há outro significado: quer dizer que existem
várias séries de quarta e várias de quinta.

Quando não há a determinação dos substantivos (com a/o, da/do, à), temos duas e não
três opções, sendo melhor e mais recomendável a alternativa com o singular. Foram
publicadas decisões de juízes de 1° e 2° grau. Foram publicadas decisões de juízes de 1° e
2° graus. Sua tese analisa o ensino de 1ª a 4ª série.

Sua tese analisa o ensino de 1ª a 4ª séries. Quando o substantivo precede os numerais, é


Gabriel
de praxe colocá-lo no plural: cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Leia os capítulos 1 e 2. Reformulamos os artigos 8º e 9º do projeto de lei. O elevador parou
nos andares 3º e 4º.

DÚVIDA: Enviei os ofícios números nºs 22 e 24 ou os ofícios nº 22 e 24?

O substantivo número/nº pode ir ou não para o plural: Enviei os ofícios nºs 21 e 23. Enviei
os ofícios nº 21 e 23.

Na segunda forma, fica subentendida a repetição do substantivo: os ofícios nº 21 e [nº] 23.

Mesmo, próprio, quite, leso, entre outros, devem concordar normalmente com a palavra a
que fazem referência:

Ele mesmo disse isso.


Eles mesmos disseram isso.
Ela própria disse isso.
Elas próprias disseram isso.
Estou quite com os meus compromissos. Estamos quites com os nossos compromissos.

LESO é adjetivo e, como tal, flexiona-se. Usa-se sempre com hífen. Cometeu crime de
LESO-patriotismo. Cometeu crime de LESA-pátria. Cometeu crime de LESAS-pátrias.

108
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

As palavras pseudo, alerta, monstro e menos são invariáveis.

Havia menos professores (as)na reunião.O aluno ficou (ficaram) alerta.Era uma pseudo-heroína.
Houve manifestações monstro em frente ao Congresso.

ATENÇÃO! "Alerta" (= atentamente, de prontidão, em estado de vigilância) é advérbio e,


portanto, invariável.

Estamos alerta. (advérbio) - Os soldados ficaram alerta. (advérbio)


Empregado como adjetivo, é flexionado no plural. Estamos alertas. (adjetivo) - Nossos chefes
estão alertas. (adjetivo)
A locução adverbial em alerta é invariável: Ele permanece em alerta. Eles permanecem em
alerta.

Anexo, incluso e obrigado: concordam com o substantivo ou pronome substantivo a que se


referem, já que exercem o papel de adjetivo. Preciso enviar anexos ao e-mail os arquivos.

ATENÇÃO! A expressão “em anexo” é invariável. As taxas inclusas no condomínio são


ilegais. Obrigado: sexo masculino. Obrigada: sexo feminino.
Gabriel
Atenção! Eles disseram: - Obrigados! - Elas disseram: - Obrigadas!
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Caro, barato e só: podem ser adjetivos ou advérbio:

As passagens estão muito caras. O turista paga caro por bons hotéis. Os acessórios na vitrine
custam caro ou barato? Hoje eu só quero você! Minhas avós vivem sós.

Meio: numeral (concorda com o substantivo) ou advérbio (invariável).

Bebi meia garrafa de vinho e fiquei meio tonta.

É bom, é proibido, é necessário, é gostoso: o adjetivo permanecerá invariável quando o


sujeito não for determinado por artigo ou por pronome demonstrativo: Pizza é gostoso.
Dieta é bom para emagrecer. É proibido entrada. É necessário cautela sempre.

Caso o sujeito venha determinado por artigo ou pronome demonstrativo, a concordância


deverá ser feita normalmente:

A pizza é gostosa. A cerveja é boa. É proibida a entrada de menores de dezoito anos. É


necessária a cautela sempre.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Adjetivo composto: somente o último elemento sofrerá flexão, tanto de gênero quanto de
número: Meus avós são franco-brasileiros. As guerras greco-romanas marcaram a
civilização ocidental.

Palavras que indicam cor concordam com o substantivo a que se referem: olhos azuis;
nuvens negras.

a) Se a cor derivar de um substantivo, permanecerá invariável: blusas rosa; vestidos


laranja;. tons pastel.

b) Nome composto e o segundo termo é um substantivo, ficará invariável: cortinas


amarelo-ouro; camisa verde-bandeira.

c) “Claro” e “escuro” (tonalidade da cor)- somente eles sofrerão flexão: olhos azul claros;
saias verde-escuras.

d) Azul-marinho e azul-celeste são sempre invariáveis: uniformes azul-marinho; camisas


azul-celeste.

As expressões um e outro e nem um e nem outro deixam o substantivo no singular, mas o


Gabriel
adjetivo deve ir para o plural: cibreirosg@gmail.com
Abordamos um e outro caso inacreditáveis. Não encontramos
nem um nem outro diretor reeleitos.
113.749.947-82
Com a expressão um ou outro, o verbo e o substantivo ficarão no singular,
obrigatoriamente. Ele disse que um ou outro amigo viria à festa.

Silepse de gênero: ocorre com os pronomes de tratamento. Vossa Excelência parece


preocupado.

110
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

20. Período composto por coordenação


Orações coordenadas são sintaticamente independentes. O prefixo co- significa
nivelamento, igualdade, companhia. É o mesmo prefixo de cooperar, por exemplo. Na
palavra subordinação, existe o prefixo sub-, que indica posição inferior: a oração
subordinada é sintaticamente dependente da principal. As orações coordenadas
introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. As que não têm conjunção são
chamadas assindéticas. Syndeton é uma palavra grega que significa união. As orações
coordenadas podem estar:

a) justapostas sem qualquer conectivo: Será uma vida nova, / começará hoje, / não haverá
nada para trás. /

b) ligadas por uma conjunção coordenativa: A Grécia seduzia-o, / mas Roma o dominava. /

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS são classificadas em:

20.1 Aditivas
Gabriel
(e, nem= e não, mas também, como também): Chegou cedo e logo saiu. Não é chuva, / nem
é gente, nem é vento.
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
20.2 Adversativas

(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante): Estava frio, / mas ela
não o sentia. /

20.3 Alternativas

Fatos ou conceitos que se alternam ou que se excluem mutuamente (ou – isolada ou em


pares (ou, ou), ora... ora, já...já, quer...quer): O bode tinha descido / ou tinha ficado na
ribanceira? /

Todas as casas são humildes, / quer sejam de palha só / ou de palha e taipa , / quer sejam
de taipa e telha.

20.4 Conclusivas

Expressam uma conclusão lógica que se obtém a partir dos fatos ou conceitos expressos
na oração anterior (por isso, logo, portanto, pois (esta obrigatoriamente posposta ao

111
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

verbo), assim, então, por conseguinte, de modo que, em vista disso): Ouço música, / logo
ainda não me enterraram. / Não aceita a ordem; / é, pois, uma rebelde. /

20.5 Explicativas

Expressam a justificativa de uma ordem, sugestão ou suposição (que, porque, pois):

Espere um pouco, / que isso acaba já. Choveu durante a noite, porque as ruas estão
molhadas.

ATENÇÃO! Não confundir explicação com causa. Uma explicação é sempre posterior ao
fato que a gerou; uma causa é sempre anterior à consequência resultante dela. Em
“Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas”, supõe-se que tenha chovido
durante a noite e baseia-se essa suposição no fato de as ruas estarem molhadas. Seria
absurdo pensar que as ruas molhadas são a causa da chuva. Acendemos o fogo porque
esta frio. (causa)

OBSERVAÇÃO: no mesmo período podem ocorrer orações coordenadas sindéticas de


vários tipos:
Gabriel
O menino olhava, / mas não cibreirosg@gmail.com
falava, / nem lamuriava. Eles, porém, tinham pressa, / ou
estavam desconfiados. / 113.749.947-82
A conjunção conclusiva pois vem sempre posposta a um de seus termos. As adversativas
porém, contudo, no entanto, entretanto e todavia, bem como as conclusivas logo, portanto
e por conseguinte, podem variar de posição, conforme o ritmo, a entoação, a harmonia da
frase: Ficou, portanto, contrariada com tal objeção.

112
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

21. Período composto por subordinação


As orações subordinadas funcionam sempre como termos essenciais, integrantes ou
acessórios de outra oração.

a) É necessária a sua vinda. É necessário que você venha. (sujeito)

b) Ninguém esperava a sua vinda. Ninguém esperava que viesse. (objeto direto)

c) Não desaprendi as lições recebidas. Não desaprendi as lições que recebi.(adjunto


adnominal)

d) Ainda não o tinha visto depois da volta. São três os adjuntos adverbiais (termos
acessórios) da oração:

ainda — adjunto adverbial de tempo; não — adjunto adverbial de negação; depois da volta
— adjunto adverbial de tempo.

Ainda não o tinha visto depois que voltara. OSAT


Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

22. Subordinadas substantivas


Subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, predicativa e apositiva.
Normalmente introduzidas pela conjunção integrante que ( ou se) e, segundo o seu valor
sintático, podem ser:

22.1 Subjetivas

Função de sujeito: É certo / que viria. É fundamental você comparecer aqui. (reduzida de
infinitivo)

O verbo da oração principal fica sempre na terceira pessoa do singular. As estruturas


típicas da oração principal são:

a) verbo de ligação + predicativo: é bom/ está comprovado/ é conveniente/ parece certo/ é


melhor/ fica evidente/ é claro…

b) verbo na voz passiva sintética ou analítica: sabe-se/ dir-se- ia/ foi anunciado/
comenta-se/ foi dito...
Gabriel
cibreirosg@gmail.com
c) verbos como convir, cumprir, acontecer, importar, ocorrer, parecer, constar, urgir,
113.749.947-82
conjugados na terceira pessoa do singular. Convém/ que você fique. Consta/ que ninguém
chegou. Parece/ ser ela a pessoa indicada. (reduzida de infinitivo).

22.2 Objetivas diretas

Função de objeto direto: Respondi-lhe / que já tinha lido a receita em qualquer parte.

Não sei / se padre Bernardino concordará comigo. Suponho/ ser o Afeganistão um país
triste. (reduzida de infinitivo)

OBS.: nas frases interrogativas indiretas, as OSS objetivas diretas podem ser introduzidas
pela conjunção integrante se e por pronomes ou advérbios interrogativos.

Ninguém sabe - se ele virá. - como a máquina funciona. - onde fica o teatro - quanto custa
o remédio.

- quando entra em vigor a nova lei. - qual é o assunto da palestra.

Com os verbos deixar, mandar, fazer (auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber
(auxiliares sensitivos), ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva
objetiva direta reduzida de infinitivo:

114
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar.

São orações objetivas diretas reduzidas de infinitivo. Os pronomes oblíquos atuam como
sujeitos dos infinitivos verbais.

Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar
como sujeito. Deixe que eu repouse. Ouvi que ele gritava.

22.3 Objetivas indiretas

Função de objeto indireto: Não me esqueço / de que estavas doente. Lembre-se de comprar
todos os remédios. (reduzida de infinitivo).

22.4 Completivas nominais

Função de complemento nominal: Ele tem a mania / de que alho faz bem à saúde! Tenho a
impressão/ de estar sempre no mesmo lugar. (reduzida de infinitivo)

22.5 Predicativas Gabriel


cibreirosg@gmail.com
Quando exercem a função de predicativo: A verdade é / que eu ia falar outra vez de
Noêmia.
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Nosso desejo era/ encontrares o teu caminho.

Atenção! Não confundir com partícula de realce: O povo É QUE deve cobrar os políticos.

22.6 Apositivas

Função de aposto: É preciso que o pecador reconheça isto: / que a Moral católica está
certa. Só me resta uma alternativa: /encontrar o remédio.

22.7 Agentes da passiva

Função de agente da passiva: As ordens são dadas / por quem pode. /

OBSERVAÇÃO: essas orações iniciam-se por pronomes indefinidos (quem, quantos,


qualquer etc.) precedidos de uma das preposições por ou de.

OMISSÃO DA CONJUNÇÃO INTEGRANTE “QUE” Penso / daria um sofrível monge. Queira


Deus / não voltes mais triste... / As regras mandam / se coloquem no lugar do anfitrião.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

OBS.: em um período composto, é normal que um conjunto de orações subordinadas


substantivas crie uma unidade sintática e semântica. É fundamental/ que você demonstre/
que é favorável/ a que o contratem.

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

23. Orações subordinadas adverbiais


Adjunto adverbial da oração principal. Introduzidas por conjunções subordinativas que
expressam circunstâncias.

Naquele momento, senti grande emoção. (AA)/ Quando a vi, senti grande emoção. (OSA)
Ao ver Pietá, senti grande emoção. (oração subordinada adverbial reduzida de infinitivo)

Podem ser de nove tipos: causal, temporal, final, proporcional, condicional, concessiva,
consecutiva, comparativa e conformativa.

23.1 Causal

Ligada àquilo que provoca um determinado fato (porque, como - sempre introduzindo
oração adverbial anteposta à principal-, pois, já que, uma vez que, visto que).

Não se veste com luxo / porque o tio não é rico. //Como anoitecesse, / recolhi-me pouco depois e
deitei-me.
Gabriel
As ruas ficaram alagadas/ porque a chuva foi muito forte./ Por ter muito conhecimento, /é
cibreirosg@gmail.com
sempre consultado. (reduzida de infinitivo)
113.749.947-82
ATENÇÃO: Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. (explicação) Uma
explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; uma causa é sempre anterior à
consequência resultante dela.

Outro exemplo: Ceemos à lareira, que a noite está fria!

23.2 Concessiva

Ligada à ideia de contraste, de quebra de expectativa (embora, conquanto, ainda que,


mesmo que, se bem que, apesar de que): Embora fizesse calor, / levei agasalho. Foi
aprovado/ sem estudar./ (reduzida de infinitivo)

OUTRAS CONJUNÇÕES CONCESSIVAS: por mais que, por maior que, por melhor que, por
menos que, por menor que, por pior que; ou mais que, maior que, melhor que, menos
que, menor que, pior que etc.: Por mais que quisesse, / não conseguia decidirse por
nenhum. Padre que seja, / é preciso que monte a cavalo.

117
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

23.3 Condicional

(se, caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a menos que, sem que, uma vez
que (seguida de verbo no subjuntivo)): Tudo vale a pena /Se a alma não é pequena. /
Conhecendo os alunos,/ o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio).

23.4 Final

Exprime a intenção, a finalidade do que se declara na oração principal (a fim de que, para
que e, mais raramente, que e porque (=para que)): Deu-me Deus o seu gládio, / porque eu
faça A sua santa guerra. / Fiz-lhe sinal / que se calasse. / Suportou todo tipo de humilhação
/para obter o resultado desejado./ (reduzida de infinitivo).

23.5 Temporal

(quando, enquanto, assim que, mal, sempre que, antes que, depois que, desde que etc.).

/ Quando estiou, / partiram. / Mal sentiu rumores dentro de casa, / ergueu-se.


Terminada a festa,/ todos se reuniram. (reduzida
Gabrielde particípio)
cibreirosg@gmail.com
23.6 Consecutiva 113.749.947-82
Exprime o efeito, a consequência daquilo que se declara na oração principal (que, quase
sempre precedida, na oração principal, de termos intensivos, como tal, tão, tanto,
tamanho).

Tal era a sua indignação /que, imediatamente, uniu-se aos manifestantes./ O sino tocava /
que se desfazia. /

23.7 Comparativa

(como, tão...como/quanto, mais (do) que, menos (do) que): Meu coração não é maior / que
o mundo. / (é) - O lavrador revirou os olhos e começou a tremer / como se tivesse uma
sezão. /

23.8 Conformativa
Exprime uma regra, um caminho, um modelo adotado para a execução do que se declara
na oração principal (conforme, consoante, segundo, como).

/ Conforme declarei, / Madalena possuía um excelente coração.Segundo atesta o relatório,/


a economia vai mal.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

23.9 Proporcional

(à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos, tanto mais , tanto menos).

À medida que o tempo decorria / as figuras tomavam maior vulto.Choviam os ditos / ao


passo que ela seguia pelas mesas.

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

24. Orações subordinadas adjetivas


Não suporto gente mentirosa. (adjetivo)

Não suporto gente que mente. (oração subordinada adjetiva)

A conexão é feita normalmente por um pronome relativo. Orações adjetivas exercem a


função de adjunto adnominal de um substantivo ou pronome antecedente:

Susana, / que não se sentia bem, / estava de cama.


O / que tu vês / é belo./

As subordinadas adjetivas classificam-se em RESTRITIVAS e EXPLICATIVAS.

A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por vírgula.

A oração subordinada adjetiva restritiva não é separada por vírgulas.

Mandei um presente para meu irmão que mora em Roma.


Gabriel
Mandei um presente para meu irmão, que mora em Roma.
cibreirosg@gmail.com
No primeiro período, afirma-se que 113.749.947-82
a pessoa que escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um
que mora em Roma e um que mora em outro lugar. No segundo período, afirma-se que a
pessoa que escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. Trata-se apenas de um
elemento que se quer realçar.

Os professores que fizeram greve foram demitidos.


Os professores, que fizeram greve, foram demitidos

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

25. Orações reduzidas de infinitivo

25.1 Substantivas

a) Subjetivas: É preciso / caminhar o passo certo. / É fundamental/ você comparecer à


reunião./

b) Objetivas diretas: Espero também / poder confiar em ti. /Deixe-me/ viver.

c) Objetivas indiretas: Encarregara-a / de anunciar-se pessoalmente. /Lembre-se/ de


comprar todos os remédios.

d) Completivas nominais: Estou ansioso / por ir vê-lo. /Tenho a impressão/ de estar sempre
no mesmo lugar.

e) Predicativas: Meu desejo era/ encontrares o teu caminho. /Meu desejo era/ encontrar o
meu caminho.

f) Apositivas: A coragem é isto: / meter o pássaro do medo na capanga. /Só resta uma
Gabriel
alternativa:/ encontrar o remédio.
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
25.2 Adjetivas

A visão se desvaneceu, ficando apenas os vidros, / a ocultarem, com o seu brilho, o / que lá
dentro existia.

Ele foi o primeiro aluno/ a se apresentar.

25.3 Adverbiais

a) Causais: Entristeceu-se/ de tanto esperar. / Por estar preparado/, foi contratado.


b) Concessivas: Mesmo sem saber, / apetece-me cantar a beleza das coisas. Foi aprovado/
sem estudar.
c) Condicionais: A não ser isto, / eu preferia ficar na sombra. /A julgar pela capa,/ o livro é
muito bom.
d) Consecutivas: A contaminação foi tanta,/ a ponto de precisar isolar o local.
e) Finais: Conheça a vida / para poder afirmar tal coisa. /Suportou a dor/ para estar com
ele./
f) Temporais: Ao ir embora,/ meu viver se fez noite.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

26. Orações reduzidas de gerúndio

26.1 Adjetivas

Viu um grupo de homens / conversando. / Vi um elefante/ andando na rua. O emprego do


gerúndio com valor de oração adjetiva pode gerar ambiguidade.

26.2 Adverbiais

a) Temporal: Entrando em casa,/ percebi o assalto.

b) Causais: Estando com medo do pai,/ fugiu de casa.

c) Concessivas:Mesmo não tendo dinheiro,/ comprou o carro.

d) Condicionais: Pensando bem, / tudo aquilo era muito estranho. Agindo assim,/ não
conseguirá retorno.

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

27. Orações reduzidas de particípio

27.1 Adverbiais

a) Temporais: Acabada a cerimônia, / demos a volta no salão.

b) Causais: Preocupada com a saúde,/ mudou a rotina.

c) Concessivas: Advertido do perigo,/ continuava nadando.

d) Condicionais: Cumprida a promessa,/ poderá sair com os amigos. Aceitas as condições


de trabalho,/ sinta-se contratado.

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

28. Período misto


“Sempre passo no curral(1ª.) antes de fazer o manejo(2ª.), observo tudo(3ª.), dizem(4ª.) que
tenho olho biônico(5ª.), e ela notou uma coisa(6ª.) que eu não tinha visto”(7ª.).

1ª. oração: Sempre passo no curral: oração principal.

2ª. oração: antes de fazer o manejo: oração subordinada adverbial temporal reduzida de
infinitivo.

3ª. oração: observo tudo: oração coordenada assindética.

4ª. oração: dizem: oração coordenada assindética em relação à terceira oração e principal
em relação à quinta oração.

5ª. oração: que tenho olho biônico: oração subordinada substantiva objetiva direta cuja
oração principal é a quarta.

6ª. oração: e ela notou uma coisa: oração coordenada sindética aditiva e principal em
relação à sétima oração. Gabriel
cibreirosg@gmail.com
7ª. oração: que eu não tinha visto: oração subordinada adjetiva restritiva cujo antecedente
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é a palavra “coisa”.

124
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

29. Sinais de pontuação e sinais gráficos auxiliares


A língua escrita não dispõe dos inumeráveis recursos rítmicos e melódicos da língua falada.
Para suprir essa carência, ou melhor, para reconstituir aproximadamente o movimento
vivo da elocução oral, serve-se da pontuação.

Os sinais de pontuação podem ser classificados em dois grupos.

O primeiro grupo compreende os sinais que, fundamentalmente, se destinam a marcar as


pausas:

a) a vírgula (,)
b) o ponto (.)
c) o ponto e vírgula (;)

O segundo grupo abarca os sinais cuja função essencial é marcar a melodia, a entoação:

a) os dois pontos (:)


b) o ponto de interrogação (?)
c) o ponto de exclamação (!) Gabriel
d) as reticências (...) cibreirosg@gmail.com
e) as aspas (“ ”) 113.749.947-82
f) os parênteses ( ( ) )
g) os colchetes ( [ ])
h) o travessão ( _ )

OBSERVAÇÕES
1) Essa distinção não é rigorosa. Em geral, os sinais de pontuação indicam, ao mesmo
tempo, a pausa e a melodia.

2) Outros sinais podem ter valor expressivo: o hífen, o parágrafo, o emprego de letras
maiúsculas e o uso de diversos tipos e cores dos caracteres de imprensa (itálico, negrito
etc.).

29.1 Vírgula

29.1.1 A vírgula é proibida

a) Entre o sujeito e o predicado: Muitos países estão investindo em energias limpas.

125
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

b) Entre o verbo e seu complemento: A exploração de recursos naturais constitui uma


ameaça ao planeta.

c) Entre o nome e o seu adjunto adnominal: Muitos países estão investindo em energias
limpas.

d) Entre o nome e seu complemento nominal: A exploração de recursos naturais é uma


ameaça ao planeta.

ATENÇÃO: a vírgula só será possível nesses casos para isolar um termo deslocado. A
exploração de recursos naturais constitui, infelizmente, uma ameaça, em curto prazo, ao
planeta.

29.1.2 No interior da oração

Serve para:

a) separar elementos que exercem a mesma função sintática (sujeito composto,


complementos, adjuntos), quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem.
Gabriel
b) quando as conjunções e, oucibreirosg@gmail.com
e nem vêm repetidas numa enumeração, convém separar
por vírgula os elementos coordenados.
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Abrem-se lírios, e jasmins, e rosas. Vai a fera perseguir-vos por água ou terra, ou campos, ou
florestas.

Nem eu, nem tu, nem ela, nem qualquer outra pessoa desta história poderia responder mais.

29.1.3 Entre orações, emprega-se a vírgula

a) para separar as orações coordenadas assindéticas: Pois eu caçava, pescava, atirava.

b) separam-se as orações coordenadas unidas pela conjunção e, quando têm sujeito


diferente:

O sol já ia fraco, e a tarde era amena.


A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino.
Estudou bastante, portanto passou no concurso. Estudou bastante; passou, por conseguinte, no
concurso.

126
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

29.2 O ponto e vírgula

a) usado para separar num período as orações da mesma natureza que tenham uma certa
extensão: Não sabe mostrar-se magoada; é toda perdão e carinho.

b) para separar partes de um período, das quais uma pelo menos esteja subdividida por
vírgula: Chamo-me Inácio; ele, Benedito.

29.3 Os dois-pontos

a) uma citação (geralmente depois de verbo ou expressão que signifique dizer, responder,
perguntar e sinônimos): Como ele nada dissesse, o pai perguntou:— Queres ou não queres ir?

b) uma enumeração explicativa: Não fosse ele, outros seriam: pajens, gente de guerra,
vadios de estalagens, andejos das estradas. À sua volta, tudo lhe parece chorar: as árvores, o
capim, os insetos.

c) um esclarecimento, uma síntese ou uma consequência do que foi enunciado: A razão é


clara: achava a sua conversa insossa.
Gabriel
29.4 O travessão cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
Para isolar, num contexto, palavras ou frases. Nesse caso, em que desempenha função
análoga à dos parênteses, usa-se geralmente o travessão duplo: — Acho — e retomou o
discurso — que já assustamos demais o nosso jovem amigo.

Mas não é raro o emprego de um só travessão para destacar, enfaticamente a parte final
de um enunciado:

Um povo é tanto mais elevado quanto mais se interessa pelas coisas inúteis — a filosofia e a
arte.

127
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

30. Colocação dos pronomes átonos

30.1 Regras gerais

a) Não se inicia período por pronome átono. Sentei-me!

b) Também não se aceita pronome átono depois de qualquer sinal de pontuação. Em casa,
restam-me as sobras.

Luiz Antônio Sacconi anota que as conjunções e, mas, porém, todavia, contudo, logo e
portanto não exigem necessariamente a próclise, exatamente porque são conjunções
coordenativas, e não subordinativas. Feitas essas observações, acrescenta-se que, quando
se tem uma conjunção coordenativa (e não subordinativa), a colocação do pronome é
optativa, em próclise ou em ênclise.

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

COMPLEMENTO: Hoje se sabe que não há vida em Marte. Hoje, sabe-se que não há vida
em Marte.

30.2 Próclise opcional

a) Se o verbo não iniciar oração e não houver fator de próclise. Muitos japoneses se
fixaram nessa região. Muitos japoneses fixaram-se nessa região.

b) Com preposição (de, com, e, para etc) ou palavra negativa + verbo no infinitivo. Ela não
teve a intenção de te envolver na confusão. Ela não teve a intenção de envolver-te na
confusão. Desejaria nunca me lembrar do que aconteceu. Desejaria nunca lembrar-me do
que aconteceu.

128
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

30.3 Com um só verbo

a) Quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito, dá-se tão


somente a próclise ou a mesóclise do pronome: Eu me calarei. Eu me calaria. Calar-me-ei.
Calar-me-ia.

b) Se o verbo, no futuro (do presente ou do pretérito), não iniciar oração, é válido


empregar tanto a mesóclise quanto a próclise. Nossa secretária entregar-lhe-á a
documentação.Nossa secretária lhe entregará a documentação.

c) Entretanto, se o verbo no futuro (do presente e ou do pretérito), estiver precedido de


fator de próclise, só a próclise será válida. Nossa secretária certamente lhe entregará a
documentação

d) Na variedade padrão, nunca ocorre ênclise com formas verbais do futuro (do presente
ou do pretérito). Enviarei-te os comprovantes de pagamento. (colocação incorreta)
Enviar-te-ei os comprovantes. (colocação correta) - Eu te enviarei os comprovantes.
(colocação correta).

30.4 É, ainda, preferida a próclise Gabriel


cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
a) nas orações que contêm uma palavra negativa (não, nunca, jamais, ninguém, nada, etc.)
quando entre ela e o verbo não há pausa: Nunca o vi tão sereno e obstinado. Ninguém me
disse que você estava passando mal!

b) nas orações iniciadas com pronomes e advérbios interrogativos: Quem me busca a esta
hora tardia? Por que te assustas de cada vez? Como a julgariam os pais se conhecessem a
vida dela?

c) nas orações iniciadas por palavras exclamativas, bem como nas orações que exprimem
desejo (optativas): Que o vento te leve os meus recados de saudade. Que Deus o abençoe!
Bons olhos o vejam! exclamou.

d) nas orações subordinadas desenvolvidas, ainda quando a conjunção esteja oculta:


Quando me deitei, à meia-noite, os preços estavam alto. Que é que desejas te mande do
Rio?

e) com o gerúndio regido da preposição em: Em se tratando de contar vantagens, ele é o


campeão.

129
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

30.5 Não se dá a ênclise nem a próclise com os particípios

Quando o particípio vem desacompanhado de auxiliar, usa-se sempre a forma oblíqua


regida de preposição. Dada a mim a explicação, saiu.

30.6 Com os infinitivos soltos, mesmo quando modificados por


negação, é lícita a próclise ou a ênclise, embora haja acentuada
tendência para esta última colocação pronominal

Com os infinitivos soltos, mesmo quando modificados por negação, é lícita a próclise ou a
ênclise, embora haja acentuada tendência para esta última colocação pronominal: Que
desejo de a tomar nos braços... Canta-me cantigas para me embalar! Para não fitá-lo,
deixei cair os olhos.

30.7 A ênclise é de rigor quando o pronome tem a forma o


(principalmente no feminino a) e o infinitivo vem regido da
preposição a:
Gabriel
Se soubesse, não continuaria a lê-lo. Logo os outros começam a imitá-la.
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
30.8 A língua portuguesa tende à próclise pronominal:

a) quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só,
talvez etc.) ou expressões adverbiais e não há pausa que os separe: Até a voz já me parecia
a mesma. Talvez Elisabeth se decidisse. Nas pernas me fiava eu.

b) quando a oração, disposta em ordem inversa, se inicia por objeto direto ou predicativo:
Tiram mais que na ceifa; isso te digo eu. Uma grande notícia te dou agora.Razoável lhe
parecia a solução proposta.

c) quando o sujeito da oração, anteposto ao verbo, contém o numeral ambos ou algum dos
pronomes indefinidos (todo, tudo, alguém, outro, qualquer etc.): Ambos se sentiam
humildes. Todos os barcos se perdem, entre o passado e o futuro.

d) nas orações alternativas: Das duas uma: ou as faz ela ou as faço eu. Maria, ora se
atribulava, ora se abonançava.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

30.9 Colocação pronominal nas locuções verbais

O posicionamento mais comum do pronome oblíquo é entre o verbo auxiliar e o principal,


embora existam outras possibilidades.

Nas locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio PODE
dar-se:

a) sempre a ênclise ao infinitivo ou ao gerúndio: O padeiro veio interromper-me. Que


poderá dizer-nos aquele homem? Só quero preveni-lo contra as exagerações do padre. Ia
desenrolando-se a paisagem.

1.mesóclise no auxiliar pelo fato de o verbo estar no futuro do presente ou do pretérito ou


ênclise ao verbo principal: Eles ir-se-ão esforçar. / Eles irão esforçar-se. Eles ir-se-iam
esforçar./ Eles iriam esforçar-se.

2. a próclise ao verbo auxiliar, quando ocorrem as condições exigidas para a anteposição


do pronome a um só verbo, isto é:

3. quando a locução verbal vem precedida de palavra negativa, e entre elas não há pausa:
Gabriel
Tempo que navegaremos não se pode calcular. Rita é minha irmã, não me ficaria querendo
cibreirosg@gmail.com
mal. — Ninguém o havia de dizer. Jamais me hão de chamar outro mais doce.
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4. nas orações iniciadas por pronomes ou advérbios interrogativos: Que mal me havia de
fazer? Que é que me podia acontecer? Em que lhe posso ser útil, senhor Petra? Como te
hei de receber em dia tão posterior?

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

31. Variação linguística


a) REGIONAL OU DIATÓPICA (grego DIA, “através”, mais TOPOS, “lugar”): trata-se dos falares
locais, variantes regionais e, até, intercontinentais. A variação diatópica é a que ocorre em
razão das diferenças geográficas entre os falantes.

b) SOCIOCULTURAL OU DIASTRÁTICA (o que se distribui conforme a escala social, de DIA,


mais o Latim STRATUM, “camada, cobertura”): trata-se da variação decorrente das
diferenças socioculturais. Bons exemplos são as gírias, expressões populares de um
determinado grupo social e os jargões, que compõem o linguajar usado em um grupo
específico, podendo ser profissional, cultural ou social.

c) ESTILÍSTICA, SITUACIONAL OU DIAFÁSICA (grego dia = através de + fásica - grego phásis =


expressão): é a variação que se dá em razão do contexto comunicativo, isto é, a ocasião
determina o modo como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou
informal.

d) HISTÓRICA OU DIACRÔNICA (do grego DIA-, “através”, mais KHRONOS, “tempo”): resulta
da passagem do tempo, já que a língua está em constante modificação, adoção de uma
Gabriel
série de estrangeirismos, como brother, no sentido de camarada, e sale, que significa
cibreirosg@gmail.com
liquidação. A diferença de idade também leva as pessoas a comunicarem-se de forma
distinta. Vossa mercê → Vosmecê →113.749.947-82
Você → Cê Bacana = legal = de acordo com a lei?

Convém ainda lembrar que há palavras que caem em desuso (arcaísmos) ou passam a
existir (neologismos): “supimpa” “da hora” ou que “aquela mina é mó gata”.

e) DIAMÉSICA (DIA-, mais MESO, “meio”): é a que ocorre entre a fala e a escrita ou entre os
gêneros textuais, ou seja, suportes de transmissão de uma dada informação que
contenham características quase regulares, por exemplo, o whatsapp e a bula de remédio.
Instantaneidade ou não da formulação. "Você vai?“ - "Cê vai?" ;"Vamos embora" e "Bora".

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

32. Gêneros textuais


Os gêneros textuais são textos que cumprem uma função social em uma dada situação
comunicativa. Diferente dos tipos textuais, os gêneros textuais não têm uma estrutura
limitada e definida.

Dentre os gêneros textuais mais comuns estão: conto, crônica, artigo, resumo, receita
culinária, carta, propaganda, novela, dicionário, resenha, poema e e-mail.

32.1 Gênero lírico

Escrito em verso, esse gênero expressa emoções e sentimentos, tem caráter subjetivo, usa
figuras de linguagem, rimas, palavras com sentido conotativo, musicalidade. No tocante à
forma, é basicamente composto por poesia (texto em verso). Poesia é a linguagem. Poema
é o formato.

32.2 Gênero épico ou narrativo

Conta uma sequência de fatos, reais ou imaginários,


Gabriel em que os personagens atuam em um
determinado espaço e durantecibreirosg@gmail.com
um determinado tempo.
113.749.947-82
32.3 Gênero dramático

É escrito para ser encenado de forma que se divida em atos e cenas.

133
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

33. Tipos textuais

A tipologia textual se configura por estabelecer a estrutura dos textos, seu objetivo e
finalidade. Ou seja, os tipos textuais são responsáveis pela forma como um texto se
apresenta. Cada tipo de texto cumpre uma função e, para isso, possui um modo específico
de enunciar e realizar a comunicação. Os tipos textuais são, portanto, dissertativo
(argumentativo e expositivo), narrativo, descritivo, injuntivo e prescritivo.

33.1 Dissertativo argumentativo

Possui como finalidade a defesa de uma ideia. Visa a persuadir o leitor a concordar com a
construção do pensamento e com os argumentos propostos. A principal característica é o
desenvolvimento e defesa de uma tese. A estrutura formal é baseada em:

INTRODUÇÃO - apresentação da tese a ser desenvolvida.


DESENVOLVIMENTO - exposição de argumentos que reforcem a tese.
CONCLUSÃO - estabelecimento de um novo contexto a partir dos argumentos propostos.

33.2 Dissertativo expositivo Gabriel


cibreirosg@gmail.com
Exposição de uma informação 113.749.947-82
por intermédio da explanação, conceitualização,
comparação etc. Exemplos: palestras, seminários, entrevistas, verbetes de dicionários e
enciclopédias.

33.3 Narrativo

Narrador, tempo, espaço, enredo, clímax, desfecho, personagens, discurso. ROMANCE,


CONTO, CRÔNICA, NOVELA

DESCRITIVO: riqueza de detalhes sobre um objeto, pessoa, lugar ou evento. DIÁRIOS,


RELATOS DE VIAGEM, BIOGRAFIAS, ANÚNCIOS DE CLASSIFICADOS, LISTAS, CARDÁPIOS,
NOTÍCIAS CURRÍCULOS ETC.

33.4 Injuntivo

Orientação para uma ação, funcionam como uma ordem para o leitor. Possuem como
característica principal o uso de verbos no imperativo. PROPAGANDA, PUBLICIDADE,
MANUAL DE INSTRUÇÕES, BULA DE MEDICAMENTOS, RECEITAS CULINÁRIAS, LIVROS DE
REGRAS E REGULAMENTOS.

134
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

33.5 Prescritivo

Algo que deve ser cumprido à risca, cujas instruções são inquestionáveis. Trata-se, pois, de
uma imposição de natureza coercitiva. CLÁUSULAS REGIDAS MEDIANTE UM DADO
CONTRATO; REGRAS GRAMATICAIS; EDITAIS DE CONCURSOS PÚBLICOS; ARTIGOS DA
CONSTITUIÇÃO OU DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.

33.6 Preditivo: horóscopo, previsão do tempo

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

34. Tipos de discurso


a) discurso (ou estilo) direto;
b) discurso (ou estilo) indireto;
c) discurso (ou estilo) indireto livre.

TRANSPOSIÇÃO DO DISCURSO DIRETO PARA O INDIRETO

Do confronto destas duas frases,

— A senhora vai sair — disse ela olhando-o muito.


Ela disse olhando-o muito que ia sair.

DISCURSO INDIRETO LIVRE: forma de expressão que, em vez de apresentar a personagem


em sua voz própria (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele
teria dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de
que passam a falar em uníssono.

“O tronco fora bom. Mas dera aqueles azedos e infelizes frutos, sem capacidade sequer
para uma boa alegria. Como pudera ela Gabriel
dar à luz aqueles seres risonhos, fracos, sem
cibreirosg@gmail.com
austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns
comunistas. Olhou-os com sua cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua
113.749.947-82
família.”(C. Lispector, LF, 56.)

136
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

35. Funções da linguagem

35.1 Referencial ou função denotativa

É uma mais utilizadas no cotidiano. Linguagem denotativa. Não permite mais que uma
interpretação. É predominante nos textos informativos, científicos, jornalísticos e em
correspondências comerciais. BULA DE REMÉDIO, NOTÍCIA DE JORNAL.

35.2 Conotativa ou apelativa

Ênfase no destinatário, de modo que o objetivo é persuadi-lo.Busca convencer o


interlocutor e fazer com que ele tenha determinado tipo de comportamento, pensamento
ou atuação. Discursos políticos, publicidades e propagandas, previsões de horóscopos,
livros de autoajuda e receitas culinárias, por exemplo. Utiliza vocativos, verbos no
imperativo e pontos de exclamação.

35.3 Emotiva ou expressiva


Gabriel
Centrada nos sentimentos, nas emoções... no “eu”, ou seja, na pessoa que diz... . A principal
cibreirosg@gmail.com
característica é o uso da a 1ª pessoa do singular.
113.749.947-82
35.4 Metalinguística

Quando uma mensagem utiliza o próprio código (meio pelo qual a mensagem é enviada,
como fala, escrita, gestos ou figuras) para falar dele mesmo - um filme falando sobre filme:
o código é o tema da mensagem que é usado para falar sobre ele mesmo;

- dicionários e as gramáticas, que explicam as regras e condutas da língua e o significado


das palavras, respectivamente.

35.5 Poética ou estética

Preocupação com a forma do discurso, ou seja, o modo utilizado para transmitir uma
mensagem. Utilização de textos bem elaborados.

35.6 Fática

Enfatiza o canal ou veículo de comunicação, a fim de manter o ato comunicativo em curso,


ou seja, quando o emissor (locutor) busca estratégias para manter a interação com o
receptor (interlocutor).

137
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

36. Figuras de linguagem


Estabelecer a diferença entre conotação e denotação.

36.1 Figuras de sintaxe

a) ELIPSE: é a omissão de um termo que o contexto ou a situação permitem facilmente


suprir: Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para arroz.

b) ZEUGMA é uma das formas da elipse. Consiste em fazer participar de dois ou mais
enunciados um termo expresso apenas em um deles: A igreja era grande e pobre. Os
altares, humildes.

c) PLEONASMO: é a superabundância de palavras para enunciar uma ideia. Sai lá para fora,
João. A gente volta para trás.

d) HIPÉRBATO: inversão de ordem normal das palavras na oração, ou da ordem das


orações no período, com finalidade expressiva. Essas que ao vento vêm Belas chuvas de
junho! (J. Cardoso, SE, 16.) Gabriel
cibreirosg@gmail.com
e) ANÁSTROFE: inversão que consiste na anteposição do determinante (preposição +
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substantivo) ao determinado: Vingai a pátria ou valentes Da pátria tombai no chão!
(Fagundes Varela, PC, 1,159.)

f) PROLEPSE: deslocação de um termo de uma oração para outra que a preceda, com o que
adquire excepcional realce: Os pastores parece que vivem no fim do mundo. O próprio
ministro dizem que não gostou do ato.

g) SÍNQUISE: inversão de tal modo violenta das palavras de uma frase, que torna difícil a
sua interpretação. “Taça de coral”, de Alberto de Oliveira: Lícias, pastor — enquanto o sol
recebe,Mugindo, o manso armento e ao largo espraia, Em sede abrasa, qual de amor por
Febe — Sede também, sede maior, desmaia. (P, II, 111.) Entenda-se:“Lícias, pastor,
enquanto o manso armento recebe o sol e, mugindo, espraia ao largo —, abrasa em sede,
qual desmaia de amor por Febe, sede também, sede maior.”

h) ASSÍNDETO: ausência de síndeto. A barca vinha perto, chegou, atracou, entramos.

i) POLISSÍNDETO: emprego reiterado de conjunções coordenativas, especialmente das


aditivas: Ocupados como quem lavra a existência, e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre,
e come. O quinhão que me coube é humilde, pior do que isto: nulo. Nem glória, nem
amores, nem santidade, nem heroísmo.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

j) ANACOLUTO: mudança de construção sintática no meio do enunciado, geralmente


depois de uma pausa sensível. Umas carabinas que guardava atrás do guarda-roupa, a
gente brincava com elas, de tão imprestáveis.

l) SILEPSE DE NÚMERO: substantivo singular concebido como plural. Já toda a gente estava
indignada. Queriam ouvir.

m) SILEPSE DE GÊNERO: V. Ex.a parece magoado...

n) SILEPSE DE PESSOA: Todos entramos imediatamente.

o) ANÁFORA: repetição de uma mesma palavra ou expressão no início de cada oração ou


sentença. “E agora, José?”. “Se você gritasse,se você gemesse, se você tocasse a valsa
vienense, se você dormisse, se você cansasse,se você morresse…

36.2 Figuras de palavras ou semântica

a) METÁFORA: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
COMPARAÇÃO: conectivos de comparação (como, assim, tal qual). Seus olhos são como
jabuticabas. Ela é brava como uma onça. Gabriel
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b) METONÍMIA ( sinédoque): transposição de significados considerando:
113.749.947-82 parte pelo todo:
Ele possuía inúmeras cabeças de gado; causa pelo efeito: Consegui comprar a televisão
com meu suor. autor pela obra: Muitas vezes, li Camões; matéria pelo objeto: Passou a vida
atrás do vil metal.(dinheiro) singular pelo plural: O cidadão foi às ruas lutar pelos seus
direitos. concreto pelo abstrato: Natália tem ótima cabeça; gênero pela espécie: Os
homens cometeram barbaridades.

c) CATACRESE: representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais
específica. Embarcou há pouco no avião. Dente de alho.Cabeça do prego.Maçã do
rosto.Asa da xícara.Céu da boca.Fio de azeite.Pele do tomate.Boca do túnel.

d) SINESTESIA: ( mistura das impressões sensoriais)."Agora, o cheiro áspero das flores


leva-me os olhos por dentro de suas pétalas."(Cecília Meirelles) –olfato e tato.

e) PERÍFRASE (antonomásia): é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a


identifique. rei das selvas, cidade luz, terra da garoa, país do carnaval.

36.3 Figuras de pensamento

a) HIPÉRBOLE: exagero intencional na expressão.Quase morri de estudar.

139
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

b) EUFEMISMO: utilizado para suavizar o discurso.Entregou a alma a Deus.

c) LITOTE: forma de suavizar uma ideia. Assemelha-se ao eufemismo.Não é que sejam más
companhias… — disse o filho à mãe.

d) IRONIA: representação do contrário daquilo que se afirma. Ele correu tão rápido quanto
uma tartaruga.

e) PERSONIFICAÇÃO ou prosopopeia : qualidades e sentimentos humanos aos seres


irracionais. O jardim olhava as crianças.

f) ANTÍTESE: termos que têm sentidos opostos. A relação deles era de amor e ódio. O dia
está frio e meu corpo está quente.

g) PARADOXO ou oxímoro: as ideias opostas aparecem juntas e causam contradição. Para


mim, a melhor companhia é a solidão.

h) GRADAÇÃO: ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente


(anticlímax). Inicialmente calma, depois controlada, até o ponto de total nervosismo.
Gabriel
i) APÓSTROFE: interpelação feita com ênfase. Ó céus, é preciso chover mais? “Deus, ó Deus!
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
36.4 Figuras de som

a) ALITERAÇÃO: repetição de sons consonantais.O rato roeu a roupa do rei de Roma.

b) PARONOMÁSIA: repetição de palavras cujos sons são parecidos.Eu vou te delatar se você
não dilatar a pupila.

c) ASSONÂNCIA: repetição de sons vocálicos.“Juro que não acreditei, eu te estranhei/Me


debrucei sobre teu corpo e duvidei/E me arrastei e te arranhei/E me agarrei nos teus
cabelos” (Atrás da Porta – Chico Buarque) – repetição das vogais “ei”.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

37. Polissemia e ambiguidade


Ambiguidade é aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado. A função da
ambiguidade é sugerir mais de um significado para uma mesma mensagem. "Mataram o
porco do meu tio." (Sem ambiguidade: "Mataram o porco que era do meu tio").

Polissemia significa "algo que tem muitos significados". A palavra "vela" é um dos exemplos
de polissemia. Ela pode significar a vela de um barco; a vela feita de cera que serve para
iluminar ou pode ser a conjugação do verbo velar, que significa estar vigilante.

Homônimos: palavras iguais com mais de uma entrada no dicionário: cedo (verbo ceder);
cedo (tempo).

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

38. Diferença entre compreensão e interpretação


a) Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise do que está
explícito no texto. É a análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no
texto. As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são: Segundo o
texto…De acordo com o autor…No texto…O texto informa que...O autor sugere

b) Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, a quais


conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto. Essa
análise ocorre de modo subjetivo e está relacionada com a dedução do leitor. Na
interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são: Diante do que foi exposto,
podemos concluir…Infere-se do texto que…O texto nos permite deduzir que…Conclui-se do
texto que...O texto possibilita o entendimento de...

INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS

As informações explícitas: claras.

As informações implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser
subentendidas. Maria parou de tomar refrigerante.
Gabriel Informação explícita: Maria parou de
tomar refrigerante. Informação implícita: se Maria parou de tomar refrigerante, significa
cibreirosg@gmail.com
que ela tomava refringente antes.
113.749.947-82
ERROS CLÁSSICOS DE ENTENDIMENTO DE TEXTO

EXTRAPOLAÇÃO – como o próprio nome indica, ocorre quando acrescentamos ideias que
não estão presentes no texto. Ao extrapolar, vamos além dos limites do texto, fazemos
outras associações, evocamos outros elementos, deflagramos nossa imaginação e nossa
memória, abandonando o texto que era o nosso objeto de interpretação. Resumindo:
cometemos o erro da extrapolação quando apresentamos ideias que não estão no texto.

REDUÇÃO - cometemos o erro de redução quando nos prendemos a um aspecto menor,


menos importante do texto que é insuficiente para explicar o conjunto.

CONTRADIÇÃO –cometemos o erro da contradição quando interpretamos o sentido de


maneira contrária ao seu conteúdo.

142
RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

39. Coerência
Resultante da não-contradição entre diversos segmentos textuais.

a) SINTÁTICA: está relacionada à coesão entre os elementos de um texto. Quando


chegamos ao supermercado, cujo dono foi preso por agressão, havia muitas pessoas lá.
Elas protestavam e impediam a nossa entrada. Quando chegamos ao supermercado, que o
dono foi preso por agressão, havia muitas pessoas lá.
b) SEMÂNTICA: tem a ver com as relações de sentido entre termos ou expressões de um
texto. Nesse país, a maioria das pessoas é rica e quase 90% dos cidadãos sãos pobres. Ora,
se a maioria é rica, a porcentagem de pobres não pode ser de 90%. Nesse país, a minoria
das pessoas é rica e quase 90% dos cidadãos são pobres.
c) TEMÁTICA: quando não há desvio do tema.
d) PRAGMÁTICA: está relacionada à situação, ao contexto extralinguístico. Haveria
incoerência pragmática em: Plínio: Mamãe, você só vai brincar depois que terminar o dever
de casa. Mãe: Eu não quero fazer o dever de casa, meu filho. Plínio: Mas você precisa ser
responsável, mamãe.
e) ESTILÍSTICA: ocorre quando a variedade linguística utilizada está de acordo com a
Gabriel
situação comunicativa. Maria de Lourdes, CPF 000.000.000-00, RG 0.000.000, residente na
Rua das Flores, número 00, nacibreirosg@gmail.com
cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais,
doravante denominada LOCADORA.113.749.947-82
A variedade padrão é condizente com o contexto
formal de um contrato de aluguel. Assim, haveria incoerência estilística neste caso: A
Lourdinha, aquela que mora no finzinho da Rua das Flores, em Beagá, vai alugar um
barraco caindo aos pedaços pro fera do Ruizinho da Padaria, que tá vivendo agora na rua
32, também num bairro aqui de Beagá. Só que tem umas condições: [...].
f) GENÉRICA: ocorre quando o gênero textual utilizado é o adequado. Seria incoerente
anunciar uma palha de aço por meio de uma bula, por exemplo.

PRINCÍPIOS DA COERÊNCIA TEXTUAL

a) NÃO-CONTRADIÇÃO: quando as ideias não se contradizem e a lógica do texto não é


interrompida.
b) NÃO-TAUTOLOGIA: (uso de palavras diferentes para expressar uma mesma ideia;
redundância).: ocorre quando um mesmo termo não é repetido exaustivamente,
prejudicando a mensagem e tornando o texto inteligível.
c) PRINCÍPIO DA RELEVÂNCIA: quando o interlocutor percebe a obediência à relação de
ideias em uma sequência. Não há quebra. Quando o ordenamento é incorreto, ainda que
as mensagens tenham significado isoladas, a compreensão dos sentidos do texto é
prejudicada.

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

40. Coesão
Está ligada a mecanismos de natureza léxica e gramatical em que os referentes pertencem
ao próprio texto. Para tanto, insistimos no emprego adequado dos elementos coesivos –
conjunções, pronomes, advérbios – para dar unidade aos textos. Os elementos coesivos
são responsáveis pela “amarração” das ideias. Assim: Os advogados do réu apresentaram
um pedido ao juiz, no entanto o magistrado não acatou a solicitação dos patronos do
acusado. Nessa frase, as palavras magistrado, solicitação, patronos e acusado funcionam
como elementos de coesão, pois retomam, respectivamente, os termos juiz, pedido,
advogados e réu.

TIPOS DE COESÃO TEXTUAL

a) REFERENCIAL: é o vínculo que existe entre palavras, orações e as diferentes partículas do


texto por meio de um referente. Nesse tipo de coesão, os termos conetivos ou coesivos
anunciam ou retomam as frases, sequências e palavras que indicam conceitos e fatos. Isso
pode ocorrer por intermédio da anáfora ou catáfora. A anáfora faz referência a uma
informação que já fora mencionada no texto. A catáfora antecipa um componente textual,
sendo chamada de elemento catafórico. Os principais mecanismos da coesão referencial
ocorrem por meio da elipse e reiteração. Gabriel
Elipse: Vamos à praia no domingo. Você nos
cibreirosg@gmail.com
acompanha? Nesse tipo de coesão, um elemento do texto é retirado e evita a repetição.
Vamos à praia no domingo. Você 113.749.947-82
nos acompanha (à praia)? Reiteração: Aprendizado é
dedicação. Aprendizado é plantar o conhecimento todos os dias.Nesse tipo de coesão é
possível repetir o elemento lexical ou mesmo usar sinônimos.

b) SEQUENCIAL: é a maneira como os fatos se organizam no tempo do texto. Para isso, são
utilizadas relações semânticas que ligam as orações e os parágrafos à medida em que o
texto é descrito. Trata-se de um mecanismo coesivo que ocorre por meio de marcadores
verbais e conectivos os quais indicam essa progressão ao longo do texto. A coesão
sequencial também atua com o uso dos conectivos. Sem ela, o texto não é linear e a
mensagem pode não ser compreendida. "Não obstante, ao lado dele a crioula roncava, de
papo para o ar, gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com
cebola crua e gordura podre. Mas João Romão nem dava por ela; só o que ele via e sentia
era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para
o seu alcance, lentamente, acentuando-se.“

c) LEXICAL: ocorre quando uma palavra é substituída por outra por meio de sinônimos,
hiperônimos, hipônimos e nomes genéricos. A intenção é evitar a repetições dessa palavra.
– O medo de amar paralisa o homem. Esse temor nem sempre é positivo. (medo e temor
são sinônimos)

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

d) TEMPORAL : resulta da correta e explícita ordenação no tempo dos fatos apresentados


num texto. A organização cronológica dos acontecimentos é, portanto, garantida por meio
de uma relação bem definida entre os tempos verbais e as palavras e expressões com
valor temporal: advérbios de tempo (ontem, agora, amanhã, etc.) e expressões
preposicionais (antes disso, de manhã, etc.), entre outros. Esta manhã, quando o Jorge
acordou, não se sentia muito bem. Já ontem à noite tinha estado com pouca energia. Mas,
só hoje, depois do pequeno-almoço, constatou que tinha febre. Pediu logo à mãe um
remédio. Amanhã vai haver jogo de futebol e não quer faltar.

Gabriel
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82

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RESUMO DO ASSUNTO | PORTUGUÊS

40. O uso dos “porquês”


POR QUE (separado e sem acento) - usado para introduzir uma pergunta ou para
estabelecer uma relação com um termo anterior da oração. Equivale a “por qual motivo”
ou “motivo pelo qual”.

Por que você não foi? Não sei por que você não veio. POR QUÊ ( separado e com acento) - o
“por quê” separado e com acento é um “por que” separado localizado antes de uma pausa
na fala ou na escrita.
Exemplo: “Por quê?”

Esse "quê" vira tônico na entonação. Assim, quando há um “por que” separado encerrando
uma frase, ele ganha o acento e passa a ser “por quê.”

PORQUE ( junto e sem acento) - é uma conjunção que indica causa, motivo, justificativa ou
explicação.
Um exemplo: "Eu não fui porque estava doente".

É possível existir “porque” junto mesmo Gabriel


em frases que terminam com interrogação, como
esta: “Será que ela está chateada comigo porque eu não fui ao aniversário dela?”
cibreirosg@gmail.com
113.749.947-82
PORQUÊ (junto e com acento) - nesse caso, o “porque” vira sinônimo da palavra "motivo".
Exemplo: “Qual é o porquê de tanta tristeza?"

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