Você está na página 1de 35

Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.

com
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

I. O conceito de Regência Verbal


Olá, família. Para começarmos um pleno entendimento a
respeito do assunto Regência Verbal, que tal observar a
definição sobre o que é Regência? Sigamos um critério
etimológico para realizar tal explicação.

Regência é o ato ou a ação de reger.

Reger lembra o ofício do rei; lembra o ato reinar,


comandar, mandar.

É justamente a respeito dessa capacidade das palavras


que o estudo da Regência se pauta: o poder de ‘exigir’.

Essa exigência é, na verdade, um dos objetos de estudo


da Sintaxe da Língua Portuguesa, a qual examina e
analisa, além da função que os vocábulos exercem nas
orações, as relações que existem entre eles.

A regência abraça a relação de SUBORDINAÇÃO


entre termos em uma oração. Não se assuste, ainda,
com a palavra subordinação, família! Em Regência,
fala-se de subordinação apenas a respeito da
capacidade que as palavras têm de EXIGIR, a qual foi
citada no início deste material.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Pela lógica gramatical e da vida, se um vocábulo


EXIGE um complemento, este (complemento) é
subordinado àquele (termo que exige/ que rege).

Para ficar mais fácil... Na frase ‘Eu comprei a


casa’, o verbo ‘comprei’ exige um complemento: ‘a
casa’. Com isso, diz-se que o termo ‘a casa’ é
subordinado ao verbo ‘comprei’. Ficou claro?

No caso dos verbos, há os que não exigem


complemento, pois têm sentido completo
(intransitivos). Outros, por sua vez, não têm o seu
sentido completo e, assim, apresentam uma ação que
‘transita’ até um complemento, o qual será,
geralmente, o alvo da ação expressa. Estes são os
famosos verbos transitivos.

Os verbos que exigem complementos podem fazê-


lo de duas formas: I. de forma direta, sem a exigência
de preposição; II. de forma indireta, em que uma
preposição é exigida.

Observe:

A. Eu conheço esse trabalho. (O verbo ‘conhecer’,


nesse contexto, exige um complemento não
preposicionado. O que nos possibilita analisá-lo
como ‘transitivo direto’.)
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

B. Pedro investe em ações. (O verbo ‘investir’, nesse


contexto, exige um complemento preposicionado: em
algo = em ações. Sua relação com o complemento é
tida como indireta pela gramática do Português.)

Há, portanto, regência quando um verbo tem a


capacidade de exigir complementos, os quais podem
ser, ou não, preposicionados.

Uma das grandes polêmicas relativas ao assunto é que


alguns verbos apresentam uma regência considerada
pela gramática como correta e nós, na linguagem do
cotidiano, realizamos de forma diferente (geralmente
inadequada).

Na linguagem das provas, pode-se dizer que ‘se um


emprego não é coerente com o que é registrado pela
norma-padrão, haverá incorreção gramatical’.

O registro informal não é o contemplado em provas de


concurso público. Por isso, é preciso ter muito cuidado
com as análises feitas em concursos, as quais
respeitam, por completo, a letra da regra. Para que se
acertem questões, a regra é o que vale.

Outro ponto que pode tornar o assunto Regência


relativamente difícil é a mudança de regência de um
mesmo verbo, quando ele tem mais de um sentido.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Ele aspira o ar puro da montanha. (‘Aspirar’, no


sentido de ‘sorver’, não exige preposição
em seu complemento.)

Ele aspira ao cargo de diretor. (‘Aspirar’, no sentido de


‘almejar’, exige preposição ‘a’ em seu complemento.)

Existe, em praticamente todas as gramáticas, uma


LISTA DE VERBOS a cuja regência se deve atentar. Os
autores listam esses principais verbos, que
possuem alguma particularidade quanto à regência.
As bancas sempre cobraram e sempre cobrarão esses
verbos.

Essa lista será estudada, com detalhes, neste material,


no item V. Tranquiliza o teu coração!
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

II. O que cai em provas?

Que tipo de verbos caem em provas, quando o assunto


é regência verbal?

A. Verbos que apresentam, segundo a norma, regência


diferente daquela que usamos no cotidiano.

B. Verbos que mudam de regência, quando se muda o


sentido.

Observe abaixo alguns enunciados de provas:

Enunciado 1. Assinale a alternativa incorreta quanto à


regência.

A banca quer que o candidato encontre a frase


com emprego incorreto da regência, no que diz
respeito à norma.

Enunciado 2. Dentro dos estudos de regência verbal e


de acordo com o padrão culto da língua portuguesa, o
verbo em destaque em “O homem FICOU muito triste
[...]” é:

A banca quer saber a classificação do verbo destacado


em relação à regência. Nesse caso, o verbo ficar é um
verbo de ligação, o qual traz como ‘complemento’ um
predicativo, ou seja, uma característica relativa ao
sujeito.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Enunciado 3. A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de


complemento do verbo grifado acima é:

A banca grifa um verbo e pede ao candidato que ele


encontre um verbo com a ‘mesma regência’. Se o termo
grifado for um verbo transitivo direto, a missão será
encontrar outro.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

III. O que dizem os gramáticos?


Abaixo serão listadas as definições de regência verbal
a partir da visão de alguns dos principais gramáticos
da Língua Portuguesa:

A. Evanildo Bechara: processo sintático em que uma


palavra determinante subordina uma palavra
determinada. A marca de subordinação é expressa, nas
construções analíticas, pela preposição.

(O professor trata justamente da questão da


preposição como marca de elemento que subordina um
termo a outro. Contudo, não se pode esquecer que
existem possibilidade de regência em que preposição
alguma será exigida).

Logo depois, Bechara traz a famosa LISTA DE VERBOS


A CUJA REGÊNCIA SE HÁ DE ATENDER NA LINGUA-
PADRÃO.

B. Fernando Pestana: relação de dependência entre os


componentes de uma oração ou entre orações.
Regência é a maneira como o nome ou o verbo se
relacionam com seus complementos, com preposição
ou sem ela.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

(Sempre pontual, o professor Pestana vai àquilo que


importa, que é justamente a relação preposicionada, ou
não, entre termo regente e termo regido. O professor
sugere que o aluno não deixe de estudar transitividade,
pois esse conceito é fundamental para o entendimento
da regência. Além disso, Pestana salienta que é
impossível uma gramática contemplar todos os verbos
do Português e indica dicionários de Regência, os quais
analisam de maneira mais completa.)
Na pág. 756, da 4ª edição da sua Gramática, o
professor inicia a lista de verbos que apresentam
particularidades importantes para concursos, em
relação à regência.
C. Celso Cunha: Regência é o estudo da relação
necessária que se estabelece entre duas palavras, um
das quais serve de complemento a outra. A palavra
dependente denomina-se regida, e o termo a que ela
se subordina, regente.
(O professor também toca no tema predicação verbal
como requisito mínimo para que se entenda o tema
Regência. Fala sobre conceito de transitividade, sobre a
exigência de preposição, ou não, e sobre o fato de
verbos transitivos, em outros contextos, passarem a
ser intransitivos.)
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Em seguida, adivinha o que o professor faz... LISTA DA


REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS. Aqueles famosos
verbos que mudam a sua regência quando empregados
em sentidos diferentes.

D: Napoleão Mendes de Almeida: Regência vem a ser a


relação de subordinação, ou seja, de dependência dos
termos, um dos outros, ou ainda, é a propriedade de
ter uma palavra, sob sua dependência, outra ou outras
que lhes completem o sentido.

(O grande Mestre Napoleão trata, em sua obra, do fato


de a regência acontecer por três caminhos:
I. Pela posição – o professor fala aqui sobre o conceito
sintático de ordem direta e o reconhecimento das
funções sintáticas;
II. Pela preposição – a preposição tem o papel de ligar
um elemento a outro, ou seja, é um valioso
instrumento que serve à regência;
III. Pela conjunção subordinativa – o próprio nome já
diz. A conjunção subordinativa subordina uma oração a
um termo. Ela é um conectivo oracional.)

No §777, o professor traz a lista de verbos que


merecem atenção especial.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

E. José Maria da Costa: Regência (verbal) estuda o


problema da complementação do verbo, da exigência
ou não de preposições antecedendo tais complementos
e das construções específicas relacionadas aos verbos.

(O professor José Maria, denominado por mim -


Fabrício Dutra - como o meu ídolo, traz importantes e
pontuais observações sobre pronomes átonos de
terceira pessoa e as funções que eles exercem. É muito
comum que se observem equívocos no emprego dos
pronomes ‘o’ e ‘lhe’. Esses pronomes merecerão um
tópico específico no presente material.

Além disso, o Mestre Zé Maria salienta a importância de


se estudar transitividade verbal com profundidade e
fala também sobre a possibilidade que verbos
transitivos diretos têm de sofrer transformação para a
voz passiva. Em caso de dúvida, isso pode salvar vidas
e pontos valiosos.)

O professor constrói a lista de 27 verbos a cuja


regência se deve dar atenção, com detalhes riquíssimos
acerca deles.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Após os destaques feitos acima, que trazem visões e


concepções de cinco GRANDES estudiosos da Língua
Portuguesa, cabe destacar termos que aparecem em
comum no estudo que todos eles realizaram acerca de
Regência. Fiz, modernamente, em forma de hashtags,
pois somos antenados ao mundo tecnológico do
relacionamento virtual. Inclusive, sigam-nos nas redes
sociais @proffabriciodutra e @profsuelenalmeida.
Tmj =)

#termoregente;
#termoregido;
#subordinação;
#preposições;
#complementos;
#exigência;
#dependência;
#relação;
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

IV. Mesmo complemento para verbos com


regências diferentes
Em regra, a norma culta não admite que se dê o mesmo
complemento para verbos apresentem regências
diferentes, embora isso seja comumente encontrado no
registro coloquial. Observe:

Li e gostei do livro. (ler: transitivo direto (algo) / gostar:


transitivo indireto (de algo).

Segundo a norma, essa construção apresenta equívoco,


visto que apenas o verbo ‘gostar’ foi contemplado em
sua transitividade. A construção correta, fornecendo o
complemento correto para cada verbo seria:

Li o livro e gostei dele.

Agora os dois verbos estão apresentando os seus


complementos de maneira coerente com os ditames
gramaticais.

Esse princípio também vale para verbos transitivos


indiretos (ou intransitivos) que exijam preposições
diferentes.

Assisti e gostei do filme. (Assistir: transitivo indireto (a


algo) / gostar: transitivo indireto (de algo).

A construção correta será:

Assisti ao filme e gostei dele.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Fui e voltei de São Paulo no mesmo dia. (Quem vai, vai


a algum lugar. Quem volta, volta de algum lugar)

O correto seria:

Fui a São Paulo e voltei de lá no mesmo dia.

Confira abaixo mais alguns casos, com a sua devida


correção.

Vi e me apaixonei por Brasília. (inadequada)


Vi Brasília e me apaixonei por ela. (adequada)

Precisamos, acreditamos e gostamos da paz.


(inadequada)
Precisamos da paz, acreditamos nela e dela gostamos.
(adequada)
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

V. Verbos mais cobrados em provas,


a cuja regência se deve atentar
Enfim, chegamos à tão esperada lista de verbos. A
seguir, serão listados principais verbos da Língua
Portuguesa, no que tange à regência em provas de
concursos.

Tais verbos apresentam mais de uma regência,


quando apresentam sentidos diferentes, ou
simplesmente apresentam uma regência que merece
atenção especial, em virtude de deslizes que produzimos
no uso.

Atente para esses verbos! Leia sempre essa lista! Releia!


Consulte! Ela vai ajudar demais

1. Agradar
A. No sentido de acariciar, é transitivo direto.

A mãe, com suas delicadas mãos, agradava o filho.

B. No sentido de satisfazer, ser agradável, é transitivo


indireto (preposição a)

A proposta não agradou a todos os funcionários da


empresa.

O resultado do processo lhe agradou.

Opa! A regência do item B valerá para o verbo


desagradar.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

2. Aspirar
A – No sentido de cheirar, sorver, é transitivo direto.
Fábio aspirou o ar puro das montanhas cariocas.
B – No sentido de almejar, pretender, é transitivo
indireto (preposição a)
O jovem aspira ao cargo de diretor de cinema.
Opa! O verbo aspirar (na acepção de almejar) não
aceita o pronome oblíquo ‘lhe’ como complemento.
O jovem aspira ao cargo de diretor de cinema.
O jovem aspira-lhe. (incorreto)
O jovem aspira a ele. (correto)

3. Atender

A. Pode ser, indiferentemente, transitivo direto ou


transitivo indireto (preposição a)

O dono da casa atendeu ao telefone.

O dono da cada atendeu o telefone.

Atendi cordialmente todas as pessoas.

Atendi cordialmente a todas as pessoas.

Opa! Como visto nos exemplos acima, não faz diferença


o fato de o complemento ser ‘coisa’ ou ‘pessoa’ para
que se analise tal verbo com liberdade de exigir
preposição, ou não.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

4. Ansiar

A. No sentido de causar ânsia, é transitivo direto.

A doença ansiava o paciente.

B. No sentido de significar fortemente, é transitivo


indireto (preposição por)

Eles anseiam por paz no relacionamento.

5. Apoiar-se

A. Pronominal (apoiar-se). No sentido de encostar-se e


fundamentar-se, é intransitivo e exige as preposições a,
em, sobre.

Ela apoiou-se na mureta da Urca para contemplar o mar.

Ele apoiou-se à parede para descansar.

Todos se apoiaram em fatos polêmicos.

B. Não pronominal (apoiar). No sentido de defender,


pode ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto
(preposição em)

Nós sempre apoiamos nossos filhos em suas decisões.

Durante a reunião, eu apoiei os diretores.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Opa! No sentido expresso em B, há a possibilidade


de emprego de pronome átono com valor
reflexivo de reciprocidade.

Eles sempre se apoiaram bastante.

6. Assistir

A. No sentido de prestar ajuda, é transitivo


direto (preferencialmente) ou transitivo indireto
(preposição a)

É preciso assistir os mais necessitados.

O professor assistia a essa turma sempre que


era preciso.

O professor assistia essa turma sempre que era preciso.

B. No sentido de presenciar, ver, é transitivo


indireto (preposição a).

O jogo a que assistimos foi horrível.


Recomendamos que os jovens assistam a vários
debates sobre política.
Opa! No sentido expresso em B, o pronome lhe não
pode ser utilizado como complemento.
C. No sentido de pertencer, cabe, é transitivo
indireto (preposição a)
O direito de se posicionar assiste a todos vocês.
Opa! No sentido expresso em C, o pronome lhe,
como complemento, é correto.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

O direito de se posicionar lhes assiste.

D. No sentido de morar (uso mais raro), é intransitivo e


exige a preposição em.

Eu assistia em Botafogo.

7. Bater

A. No sentido de bater para que alguém abra, exige a


preposição a.

Ele bateu à porta.

B. No sentido de dar pancadas / agredir, exige a


preposição em.

Ele bateu na porta.


Não se deve bater nos irmãos.

C. No sentido de dar pancadas / fechar com força, é


transitivo direto.

Odeio bater o dedo na quinta da mesa.


O juiz bateu o martelo.
Ele bateu a porta. (fechou com força)
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

8. Chamar

A. No sentido de convocar/ solicitar presença, é


transitivo direto.

Eu chamei o professor antes da aula.

B. No sentido de invocar, apelar, implorar presença¸ é


transitivo direto ou transitivo indireto (preposição por).

Quando sentir saudades, chame por mim.

Ele chamou Deus na hora do aperto.

C. No sentido de apelidar, denominar, pode ser


transitivo direto ou transitivo indireto (preposição a).
Nesse sentido, ele também projeta na frase o
predicativo do objeto.

Chamei os meus alunos (de) nerds.

Chamei aos meus alunos (de) nerds.

9. Chegar

A. É intransitivo (preposição a), acompanhado de


expressão adverbial de lugar (real ou virtual).

Essa cafeteria finalmente chegou a Brasília.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

10. Custar
A. No sentido de causar, resultar, é transitivo direto e
indireto (preposição a).
Sua atitude custou o emprego aos seus familiares.
B. No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo
ou transitivo indireto.
Viver longe da família custa demais.
Custou-me essa mudança de casa. (O elemento
sublinhado é o sujeito)
C. No sentido de preço, é verbo intransitivo,
normalmente acompanhado de adjunto adverbial de
preço.
Esse apartamento custou os olhos da cara.
O livro custou cem reais.
11. Deparar
A. No sentido de fazer aparecer de repente, é transitivo
direto.
O acaso depara muitas situações interessantes.
B. No sentido de achar por acaso, encontrar
inesperadamente, é transitivo direto ou transitivo indireto
(preposição com).
O pai deparou com os filhos na rua.
O pai deparou os filhos na rua
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

12. Dignar-se
A. No sentido de haver por bem, ser servido, ter a
bondade de, é transitivo indireto (preposição de)

Espero que vocês se dignem de ouvir minhas opiniões.

Opa! Como o seu objeto indireto é, normalmente, uma


oração reduzida de infinitivo, o emprego da preposição
de é facultativa. Observe os exemplos de lição do
professor Cegalla.

O magistrado se dignou de receber o advogado.


(correto)

O magistrado se dignou receber o advogado. (correto)

O magistrado se dignou a receber o advogado.


(incorreto).

13. Esquecer – Esquecer-se

A. Quando não pronominal, é transitivo direto.

Quem esquece, esquece algo.


Eu esqueci o dia da transferência.
B. Quando pronominal, é transitivo indireto (preposição
de)

Quem se esquece, esquece-se de algo.


Eu me esqueci do dia da transferência.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Opa! Pode ser empregado em terceira pessoa, em


construções em que ‘a coisa lembrada’ é o sujeito.

Esqueceu-me o dia do seu aniversário.

14. Informar, avisar, prevenir, certificar,


cientificar

Esses verbos, transitivos diretos e indiretos, apresentam


dupla possibilidade de regência, em que a coisa ou a
pessoa podem, indistintamente, ser objeto direto ou
objeto indireto. Observe:
A. Algo a alguém
Informaram ao síndico o fato ocorrido.
Avisaram aos alunos o dia da prova.
B. Alguém de algo
Informaram o síndico do fato ocorrido.
Avisaram os alunos do dia da prova.

15. Implicar
A. No sentido de zombar, provocar, é transitivo indireto
(preposição a)
É normal implicarmos com nossos irmãos.
B. No sentido de envolver, comprometer, é transitivo
direto e indireto (preposição em).
Ele implicou o próprio irmão nos casos de corrupção.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

C. No sentido de acarretar, produzir consequência, é


transitivo direto.

Sua atitude implicou reação violenta da torcida.

Opa! Modernamente, o verbo implicar, na acepção C,


passou a ser considerado correto com a preposição em.
Tal registro é feito por Celso Pedro Luft
como brasileirismo admitido pela gramática normativa.

16. Ir

A. No sentido de encaminhar-se, dirigir-se, é intransitivo


e exige preposição a.

Fomos ao tribunal para assistir ao julgamento.

Opa! Não se usa verbo, em registro culto, com a


preposição em.

Opa! Celso Pedro Luft faz interessante distinção


a respeito desse verbo quanto ao emprego
das preposições a e para.

Com preposição a → empregado com ideia de ‘ir’ e não


demorar’.

Fui ao Rio de Janeiro em março.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Com preposição para → empregado com intuito de


estabelecer residência ou permanecer por mais tempo.

Estou pensando em ir para o Rio de Janeiro.

17. Lembrar – Lembrar-se

A. Quando não pronominal, é transitivo direto.


Quem lembra, lembra algo.

Assim que acordei, eu lembrei o seu aniversário.

B. Quando pronominal, é transitivo indireto (preposição


de)
Quem se lembra, lembra-se de algo.

Assim que acordei, eu me lembrei do seu aniversário.

Opa! Pode ser empregado em terceira pessoa, em


construções em que ‘a coisa lembrada’ é o sujeito.

Lembrou-me o dia do seu aniversário.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

18. Morar

No sentido de habitar, residir, usa-se com preposição


em.

Antônio mora em São Paulo.

A rua em que moro é agitada.

Opa! Deve-se evitar o emprego da preposição a, pois


trata-se de um verbo de quietação.

19. Namorar

A. No sentido de desejar alguma coisa, de querer


comprar, é transitivo direto também.

Ana namorou o sapato da vitrine.

B. No sentido de ter um relacionamento com alguém, é


transitivo direto.

Ana namorou Pedro. (registro culto)

C. Tal verbo, assim como ‘casar com’ e ‘noivar com’


passou a ocupar também a posição de transitivo
indireto.

Ana namorou com Pedro. (Registro coloquial)

Opa! Vale lembrar que Luft e alguns outros gramáticos


abonam o uso deste verbo como verbo transitivo
indireto.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

20. Obedecer

No sentido de cumprir ordens, é transitivo indireto,


com preposição a.

Deve-se obedecer ao regulamento do condomínio.

21. Pagar

A. Quando o complemento for a coisa que é paga, é


transitivo direto.

Paguei o carro à vista.

B. Quando o complemento é quem recebe o


pagamento, é transitivo indireto.

Paguei ao banco toda dívida.

Opa! Tal verbo pode ser usado com a partícula


apassivadora e partícula de indeterminação do sujeito.

Pagaram-se as contas do homem. (partícula


apassivadora)

Pagou-se ao homem o que devia. (partícula


indeterminação do sujeito)
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

22. Perdoar

Mesma regra do verbo ‘pagar’.

A. Quando o complemento for a coisa perdoada, é


transitivo direto.

Perdoei o erro cometido por ele.

B. Quando o complemento for quem recebe o perdão, é


transitivo indireto.

Perdoei a meu amigo pelo erro cometido.

23. Preferir

No sentido de escolher algo ou alguém em detrimento


de pessoa ou coisa, é verbo transitivo direto, é
bitransitivo.

Pedro prefere carro a moto.

B. Quando há pluralidade de coisas que não são as


preferidas, é transitivo direto.

Pedro prefere carro.

24. Presidir

A. No sentido de ter lugar de honra ou exercer função


de presidente, é transitivo direto ou indireto.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Algum deputado presidirá o congresso.


Algum deputado presidirá ao congresso.

25. Proceder
A. No sentido de dar sequência, de comportamento ou
cabimento, é intransitivo.

A aula procedeu apesar do ocorrido.


Ana procedeu mal naquela audiência.
Os argumentos de Ana não procedem agora.

B. No sentido de originar-se, é transitivo indireto.

Este material procede da China.

26. Querer
A. No sentido de desejar, é transitivo direto.
Ana queria o livro mais vendido do Brasil.

B. No sentido de amar, é transitivo indireto, exigindo


preposição a.

Ana lhe (a ela) quer como uma mãe.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

27. Responder

No sentido de dar resposta a uma pergunta, é transitivo


indireto, com uso da preposição a.

Ana respondeu aos e-mails.

No sentido de dar uma resposta a alguém, é transitivo


direito e indireto, com uso da preposição a.

Ana respondeu a ela com toda educação.

No sentido de declarar ou falar, é transitivo direto.

Ana respondeu que vai viajar este ano.

28. Recorrer

A. No sentido de dirigir-se a alguém, é transitivo


indireto.

Ana recorreu ao médico.

B. No sentido de interpor recurso judicial, é transitivo


indireto.

Ana recorreu da sentença.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

29. Satisfazer

No sentido de ser suficiente, bastar, é transitivo direto


ou indireto.

Nada que eu faça vai satisfazer sua vontade.


Sua atitude não satisfazia aos meus desejos.

Opa! Este verbo também pode ser intransitivo ou


pronominal.

Ana não se satisfaz com pouca coisa.

Somente essa atitude satisfaz.

30. Servir

No sentido de levar algo a alguém, é transitivo direto e


indireto, com preposição a.

Ana serviu comida japonesa aos convidados.

Opa! De acordo com o dicionário Houaiss e Aurélio, o


verbo servir, com sentido de prestar serviço, trabalhar
como servo e fazer de criado, pode ser transitivo direto,
indireto (preposição em ou a) e intransitivo.

O jogador serviu a Nação por vinte anos. (VTD)


O jogador serviu à Nação durante as Olimpíadas. (VTI)
O jogador estava ali para servir. (VI)
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

31. Simpatizar

No sentido de afeição, simpatia, concordância e


afinidade, é transitivo indireto, com uso da preposição
‘com”

Simpatizo com as ideias de Ana.

Opa! Este verbo não é pronominal, logo, não se deve


usar ‘simpatizo-me’, ‘simpatiza-se’.

32. Solicitar

No sentido de pedir ou fazer requerimento, é transitivo


direito ou transitivo direto e indireto.

Ana solicitou do (ou ao) chefe o aumento de salário.

No sentido de obter, é transitivo direto.

Ana solicitava doações.


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

33. Suceder

A. No sentido de acontecer, é intransitivo.

Sucedeu que minha ausência foi notada durante


a reunião.

B. No sentido de substituir, assumir, por nomeação


ou eleição, é transitivo indireto.

Pedro está prestes a suceder ao diretor da empresa.

Opa! De acordo com Francisco Fernandes, no caso B, o


verbo também pode ser transitivo direto.

Pedro está prestes a suceder o diretor da empresa.

Já Luft também concorda com a ideia de Francisco,


porém ressalta que, linguisticamente, essa regência
não é considerada moderna.
Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

34. Visar

A. No sentido de objetivar, almejar, é transitivo indireto,


usado com a preposição a.

Ana visou à aprovação do concurso.

B. No sentido de mirar, apontar, é transitivo direto.

Ana visou a paisagem no campo.

Opa! Para Manoel Pinto Ribeiro, Francisco Fernandes,


Rocha Lima e outros autores, o caso A também pode ser
considerado como verbo transitivo direto.

Essa atitude visa o bem-estar da sociedade.

Opa! Não se deve usar o pronome oblíquo átono lhe


como complemento deste verbo. O correto é usar o
pronome oblíquo tônico.

Essa atitude visa a ela (ao bem-estar da sociedade).


Licenciado para - Andressa Amanda Santos Marques - 01739919122 - Protegido por Eduzz.com

Fique ligado, lives 3 vezes Publicações relevantes e


por semana. Vai perder essa atualizadas para detonar na
chance de sair na frente? língua portuguesa.

Aulas em vídeo de dicas e


questões comentadas para
facilitar sua aprovação.

CLIQUE NA IMAGEM PARA ACESSAR AS REDES SOCIAIS.

FABRÍCIO DUTRA
Sigam-me nas redes sociais e fiquem por dentro de todo o conteúdo gratuito, to-
dos os cursos on-line e todas as turmas presenciais.

16 de 16

Você também pode gostar