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Emprego das

classes de
palavras.

Autor:
Décio Terror Filho
Aula 03
Décio Terror Filho

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Sumário

1 - Introdução às Classes de Palavras .............................................................................. 3

2 - Interjeição ...............................................................................................................10

3 - Substantivo ..............................................................................................................12

1. Flexão de número - singular e plural .................................................................................................... 17

2. flexão em gênero (masculino, feminino) .............................................................................................. 25

3. Flexão em grau.................................................................................................................................... 29

4 - Artigo ......................................................................................................................49

5 - Adjetivo ...................................................................................................................57

1. Flexões em gênero............................................................................................................................... 57

2. Flexão de número ................................................................................................................................ 58

3. Flexão de grau:.................................................................................................................................... 60

6 - Numeral...................................................................................................................77

1 – Flexão................................................................................................................................................ 78

7 - Preposição ...............................................................................................................80

8 - Advérbio ..................................................................................................................93

9 – Lista de questões ................................................................................................... 104

10 - Gabarito............................................................................................................... 130

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Olá, pessoal!

Nesta aula, falaremos das classes de palavras!

Mas, para entendermos as classes de palavras, vamos observar alguns princípios.

1 - Introdução às Classes de Palavras


A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si, envolvendo-se mais detidamente na estrutura da
palavra e nas classes de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase. Esses
vocábulos podem ser:

a) Substantivo

O substantivo dá nome aos seres e pode ser determinado por um artigo, pronome ou caracterizado por um
adjetivo, locução ou palavra de valor adjetivo:

O meu amigo gosta de futebol.

Pessoas boas evitam amizades ruins.

b) Artigo:

O artigo determina o substantivo e pode ser “o”, “a”, “os”, “as”, “um”, “uma”, “uns”, “umas”:

Um menino chamou a mãe rapidamente.

c) Adjetivo:

O adjetivo caracteriza o substantivo e pode se posicionar depois ou antes dele:

Ele não é só um homem grande, mas um grande homem.

d) Advérbio:

O advérbio modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio, acrescentando circunstâncias, como tempo, modo,
lugar, intensidade:

Ele correu muito.

Ela está muito feliz.

Ela está muito longe.

Ela estudou bastante hoje.

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e) Pronome:

O pronome substitui ou acompanha um termo substantivo:

Meu amigo é inteligente. Ele passou em todas as provas.

f) Verbo:

O verbo transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc:

Corremos muito hoje.

Estudei bastante.

Quero sua aprovação.

g) Conjunção:

A conjunção liga orações ou palavras:

Paula ou Marta são excelentes candidatas.

Ele se esforçou muito, mas não terminou todas as atividades.

h) Preposição:

As palavras “a”, “ante”, “após”, “até”, “com”, “contra”, “de”, “desde”, “em”, “entre”, “para”, “perante”,
“por”, “sem”, “sob”, “sobre”, “trás” são preposições, as quais ligam orações, palavras ou inicia
complementos:

Estou estudando para entender a matéria.

Meu dia a dia não é fácil.

Obedeço a todos.

i) Numeral:

O numeral quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres:

Duas pessoas vieram aqui. A primeira fez cobrou o dobro do prometido no contrato e fez apenas um terço
do serviço.

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j) Interjeição:

A interjeição marca emoção, exclamação:

Oh, sinto muitas saudades!

Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, que é o seu desempenho
dentro de uma oração.

Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, dependendo do contexto em que
é inserida. Um substantivo, por exemplo, pode desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto
indireto, complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um adjetivo pode
ocupar as funções de predicativo e adjunto adnominal. O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto
adverbial. Das classes gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são o verbo, a conjunção, a
preposição e a interjeição.

As funções sintáticas são vistas na aula de sintaxe da oração.

Veja um quadro que estrutura melhor essa explicação:

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Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um elemento de consulta, para
que você compreenda melhor a diferença entre morfologia e sintaxe; pois, quando a prova junta os
conteúdos numa só questão, isso ajudará muito.

Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de palavras.

Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de palavras (substantivo, adjetivo,
advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral, interjeição, preposição e conjunção).

O assunto é vasto, mas percebemos que as questões se concentram basicamente nas classes “artigo”,
“substantivo”, “adjetivo”, “advérbio”, “verbo”, “pronome”, “conjunção” e “preposição”.

Como a conjunção tem relação direta com os valores das orações que elas precedem, tal classe é
vista em aulas de sintaxe do período.

Há uma aula específica de pronomes, pois o assunto é vasto.

Há aula específica de verbos, pois esse assunto também é bem vasto.

Após termos tido uma noção geral das classes de palavras, vamos tratar de cada uma.

1. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2019)


Em “Desatentos a esses acontecimentos, nos tornamos escorregadios." (5°§) e “[...] apenas perpetuar o
sistema, tudo o que possa evitar o questionamento [...] (6°§), os termos em destaque são,
respectivamente:
a) um pronome e um artigo.
b) uma conjunção e um artigo.
c) um artigo e uma preposição.
d) uma preposição e um pronome.
e) um artigo e uma conjunção.

Comentário: O vocábulo “a” foi exigido por “Desatentos” e o liga ao complemento “esses acontecimentos”.
Note que tal vocábulo não se flexiona. Assim, é uma preposição.

O vocábulo “o” precede o pronome relativo “que” e pode ser substituído por “aquilo”. Assim,
notamos que é um pronome.

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Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

2. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2015)

As palavras sublinhadas na seguinte passagem do texto "A operação encerrou-se no dia 22 de fevereiro"
foram empregadas, respectivamente, como

a) substantivo, verbo e conjunção.

b) adjetivo, preposição e conjunção.

c) advérbio, verbo e preposição.

d) substantivo, verbo e preposição.

e) adjetivo, advérbio e pronome.

Comentário: O vocábulo “operação” é o nome de uma ação e está precedido do artigo “A”, por isso é um
substantivo. O vocábulo “encerrou” transmite uma ação, por isso é um verbo, e “de” é uma preposição, pois
liga “22” e “fevereiro”.

Assim, a alternativa correta é a (D).

Gabarito: D

3. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2018)


Na oração “Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do
alemão.”, as palavras destacadas são classificadas quanto a sua classe, respectivamente, como:
a) verbo, artigo, conjunção e substantivo.
b) artigo, conjunção, verbo e numeral.
c) verbo, preposição, conjunção e adjetivo.
d) conjunção, conjunção, verbo e adjetivo.
e) artigo, conjunção, verbo e substantivo.

Comentário: O vocábulo “o” precede o substantivo “brasileiro”, por isso é um artigo. Assim, já eliminamos
as alternativas (A), (C) e (D).

O vocábulo “e” é uma conjunção que liga dois segmentos, duas orações.

O vocábulo “veio” é a flexão do verbo “vir” no passado.

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O vocábulo “alemão” foi precedido do artigo “o”, por isso é um substantivo e a alternativa (E) é a
correta.

Gabarito: E

4. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2016)


Em qual alternativa a palavra destacada do texto é advérbio?
a) Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem.
b) Falar português não é difícil.
c) No Brasil as palavras envelhecem e caem como folhas secas.
d) Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
e) (…) pegarão um defluxo em vez de um resfriado, (...)

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “bem” é um advérbio de modo, o qual modifica o verbo
“trabalha”. Trabalha como? Trabalha bem.

Nas demais alternativas, “difícil” é adjetivo, “e” é conjunção, “a” é preposição exigida pelo verbo
“Assisti”, e “defluxo” é substantivo.

Gabarito: A

5. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente 2016)


De acordo com seu significado, o conjunto de características formais e sua posição estrutural no interior da
oração, as palavras podem pertencer à mesma classe de palavras ou não. Estabeleça a relação correta
entre as colunas a seguir considerando tais aspectos (considere as palavras em destaque).
(1) advérbio
(2) pronome
(3) conjunção
(4) substantivo
( ) “Não há prisão pior [...]” (1º§)
( ) “O lugar de estudo era isso.” (1º§)
( ) “E o olho sem se mexer [...]” (1º§)
( ) “Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, [...]” (4º§)
( ) “Emília respondeu com uma pergunta que me espantou.” (2º§)
A sequência está correta em
a) 1 – 4 – 2 – 3 – 2
b) 2 – 1 – 3 – 3 – 4

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c) 3 – 4 – 1 – 3 – 2
d) 4 – 2 – 4 – 1 – 3

Comentário: Na primeira frase, o vocábulo “não” é invariável, ou seja, não se flexiona. Além disso, ele
transmite uma ideia de negação. Assim, é um advérbio e deve receber o número 1. Com base nisso, já
sabemos que a alternativa (A) é a correta.

Na segunda frase, a palavra “lugar” está precedida do artigo “O”, por isso é substantivo e recebe o
número 4.

Na terceira frase, o vocábulo “se” é um pronome átono e recebe o número 2.

Na quarta frase, o vocábulo “se” pode ser substituído por “caso”. Assim, é conjunção condicional e
recebe o número 3.

Na quinta frase, o vocábulo “que” pode ser substituído por “a qual”. Assim, é pronome relativo e
recebe o número 2.

Gabarito: A

2 - Interjeição
Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoção. São as interjeições. Essa classe de palavra
procura expressar, de modo vivo, um sentimento.

Veja no terceiro quadrinho abaixo essa expressividade na palavra “Ufa”, interjeição que transmite o
alívio do macho em relação à sua resposta à fêmea.

(Níquel Náusea - Fernando Gonsales! http://blogdoxandro.blogspot.com/2011_10_08_archive.html )

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Ao conjunto de duas ou mais palavras com valor de interjeição damos o nome de locução Interjetiva,
como: Meu Deus!, Ora bolas!, Que horror!...

Segundo as emoções ou sentimentos que exprimem, as interjeições podem se classificar, de maneira


geral, como:

Aclamação: Viva!

Admiração: Puxa!

Advertência: Alerta!, Cuidado!, Alto lá!, Calma!, Olha!, Fogo!

Afugentamento: Arreda! - Fora! - Passa! - Sai! - Roda! - Rua! -Toca! - Xô! - Xô pra lá!

Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Obrigada!, Agradecido!, Grato!, Grata!

Alegria (ou admiração): Oh!, Ah!, Olá!, Olé!, Eta!, Eia!

Alívio Ufa!, Arre!, Também!

Animação: Coragem!, Eia!, Avante!, Upa!, Vamos!

Aplauso: Bis!, Bem!, Bravo!, Viva!, Apoiado!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!, Isso!, Muito bem!, Parabéns!

Apelo: Alô!, Olá!, Ó!

Cessação: Basta!, Para!

Chamamento: Alô!, Hei!, Olá!, Psiu!, Pst!, Socorro!

Desculpa: Perdão!

Desejo: Oh!, Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus!, Quem me dera!,

Despedida: Adeus!, Até logo!, Bai-bai!, Tchau!

Dor: Ai!, Ui!, Ai de mim!

Dúvida: Hum! Hem!

Espanto: Uai!, Hi!, Ali!, Ué!, Ih!, Oh!, Poxa!, Quê!, Caramba!, Nossa!, Opa!, Virgem!, Xi!, Terremoto!,
Barrabás!, Barbaridade!,

Estímulo: Ânimo!, Adiante!, Avante!, Eia!, Coragem!, Firme!, Força!, Toca!, Upa!, Vamos!

Impaciência: Arre!, Hum!, Puxa!, Raios!

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Interrogação: Hei!...

Invocação: Alô!, Ô!, Olá!

Pena: Oh!

Saudação: Ave!, Olá!, Ora viva!, Salve!, Viva!, Adeus!,

Saudade: Ah!, Oh!

Suspensão: Alto!, Alto lá!

Silêncio: Psiu!, Silêncio!, Calado!, Psiu! (bem demorado)

Terror: Credo!, Cruzes!, Jesus!, Que medo!, Uh!, Ui!, Fogo!, Barbaridade!

3 - Substantivo
Substantivo é a palavra que designa seres. O conceito de seres deve incluir os nomes de pessoas,
lugares, instituições, grupos, indivíduos e entes de natureza espiritual ou mitológica:

mulher Teresina cavalo anjo alma

comunidade saci sereia sociedade Maria

Além disso, deve incluir os nomes de ações, estados, qualidades, sensações, sentimentos:

acontecimento integridade correria encontro amor

miséria honestidade cidadania liberdade

Os substantivos classificam-se em:

1) Substantivo comum: designa os seres de uma espécie de forma genérica: pedra, computador,
cachorro, homem, caderno.

2) Substantivo próprio: designa um ser específico, determinado, individualizando-o: Londrina, Luana,


Natália, Ester.

O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.

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3) Substantivo concreto: dá nome a seres de existência independente, reais ou imaginários: ar, som,
Deus, computador, sereia, pedra, Ester.

Note que são considerados concretos os substantivos que nomeiam divindades ou seres fantásticos, pois,
existentes ou não, são tomados sempre como seres dotados de vida própria.

4) Substantivo abstrato: designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos


humanos: saída (prática de sair), beleza (existência do belo), saudade, amor. 5) Substantivo
primitivo: é aquele que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa: pedra, jornal, gato,
homem.

6) Substantivo derivado: é aquele que provém de outra palavra da língua portuguesa: pedreiro,
jornalista, gatarrão, homúnculo.

7) Substantivo simples: é simples o substantivo formado por um único radical: pedra, pedreiro, jornal,
jornalista.

8) Substantivo composto: é composto o substantivo formado por dois ou mais radicais: pedra-sabão,
homem-rã, passatempo.

9) Substantivo coletivo: é aquele que, no singular, indica diversos elementos de uma mesma espécie,
como:

alcateia lobos

álbum fotografias

antologia trabalhos literários

armada navios de guerra

armento gado grande (bois, búfalos etc.)

arquipélago ilhas

assembleia parlamentares / associados

atilho espigas

baixela objetos de mesa

banca examinadores

bandeira garimpeiros

bando aves / ciganos / malfeitores etc.

cabido cônegos

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cacho bananas / uvas

cáfila camelos

cambada caranguejos / chaves / malandros

cancioneiro poemas / canções

caravana viajantes / peregrinos / estudantes

cardume peixes

choldra gente ordinária

concílio bispos

conclave cardeais (para a eleição do papa)

congregação professores / religiosos

congresso conjunto de deputados e senadores / reunião de especialistas em determinado


ramo do saber
constelação estrelas

corja vadios, velhacos, tratantes, ladrões etc.

coro anjos / cantores

elenco artistas

enxame abelhas

enxoval roupas

esquadra navios de guerra

esquadrão soldados de cavalaria

esquadrilha aviões

falange anjos / soldados

farândula ladrões, assassinos, desordeiros, maltrapilhos, vadios etc.

fato cabras

feixe lenha, capim

flora vegetais

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flotilha navios pequenos / aviões

frota navios mercantes / ônibus

girândola fogos de artifício

horda povos selvagens, nômades / invasores, desordeiros, aventureiros, bandidos

junta credores / examinadores / médicos / bois

legião soldados / anjos / demônios

magote pessoas / coisas

malhada ovelhas

malta desordeiros

manada bois / búfalos / elefantes

mó gente

molho chaves / verdura

multidão pessoas

ninhada pintos

nuvem insetos

panapaná borboletas

penca bananas / chaves

pinacoteca pinturas

plantel atletas / animais de raça

plêiade poetas / artistas

quadrilha ladrões, bandidos

ramalhete flores

rebanho ovelhas

récua bestas de carga, cavalgaduras

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repertório peças teatrais / composições musicais

réstia cebolas / alhos

revoada pássaros

roda pessoas

romanceiro poesias populares

sínodo párocos

súcia pessoas desonestas

talha lenha

tripulação marinheiros, aviadores, etc

tropa muares / soldados

turba muitas pessoas reunidas, multidão em desordem / o povo, o vulgo

turma estudantes / trabalhadores / médicos / juízes

vara porcos

vocabulário palavras

Se o significado do substantivo coletivo não for específico, exclusivo, deve-se nomear o ser ao qual
se quer fazer referência. Por exemplo, “feixe” pode ser o coletivo de lenha, mas também pode ser de capim.
Assim, ao usarmos esse coletivo, devemos especificar a sua referência:

"um feixe de lenha”

"um feixe de capim”

"um bando de aves”

"um bando de malfeitores”

O substantivo pode se flexionar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau
(aumentativo e diminutivo).

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1. Flexão de número - singular e plural

a. Plural dos substantivos simples

Na pluralização de um substantivo simples, devemos observar sua terminação:

1) Quando os substantivos terminarem em vogal e semivogal, acrescenta-se a desinência nominal de


número S:

saci = sacis chapéu = chapéus troféu = troféus degrau = degraus.

2) Quando os substantivos terminarem em ão, devemos observar o seguinte:

a) Fazem o plural em ões:

amigalhão amigalhões balão balões bobalhão bobalhões


botão botões canção canções casarão casarões
chapelão chapelões confissão confissões coração corações
dramalhão dramalhões eleição eleições espertalhão espertalhões
estação estações facão facões figurão figurões
formão formões folião foliões fração frações
gavião gaviões leão leões moleirão moleirões
nação nações narigão narigões operação operações
opinião opiniões questão questões tubarão tubarões

b) Fazem o plural em ães:

alemão alemães cão cães capelão capelães


capitão capitães catalão catalães charlatão charlatães
escrivão escrivães guardião guardiães maçapão maçapães
pão pães sacristão sacristães tabelião tabeliães

c) Fazem o plural em ãos:

acórdão acórdãos artesão artesãos bênção bênçãos


cidadão cidadãos cortesão cortesãos cristão cristãos
desvão desvãos irmão irmãos grão grãos
gólfão gólfãos mão mãos órfão órfãos
órgão órgãos pagão pagãos sótão sótãos

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3) Cuidado com os que admitem mais de uma forma para o plural:

aldeão aldeões, aldeães, aldeãos alcorão alcorões, alcorães


anão anões, anãos ancião anciões, anciães, anciãos
charlatão charlatões, charlatães cirurgião cirurgiões, cirurgiães
corrimão corrimões, corrimãos cortesão cortesões, cortesãos
ermitão ermitões, ermitães, ermitãos faisão faisões, faisães
guardião guardiões, guardiães peão peões, peães
refrão refrãos, refrães verão verões, verãos
vilão vilões, vilães, vilãos vulcão vulcões, vulcãos

4) Veja esta regra importante sobre os substantivos terminados em L:

a) Quando terminados em “-al”, “-el”, “-ol” ou “-ul”, troca-se o L por IS:

vogal = vogais animal = animais papel = papéis anel = anéis

paiol = paióis paul = pauis álcool = álcoois ou alcoóis

Mas cuidado com as exceções:

mal = males cal = cais ou cales aval = avais ou avales

mel = méis ou meles cônsul = cônsules real (moeda antiga) = réis

real (moeda atual)= reais mol = móis, moles e mols

b) Quando terminados em –il, deve-se observar o seguinte:

I - Palavras oxítonas trocam a terminação L por S: cantil/cantis; canil/canis; barril/barris.

I - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas trocam a terminação IL por EIS:

fóssil/fósseis; fácil/fáceis

Cuidado com as seguintes palavras:

projetil (oxítona) = projetis projétil (paroxítona) = projéteis

reptil (oxítona) = reptis réptil (paroxítona) = répteis

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5) Quando terminados em M, troca-se o M por NS: item/itens; nuvem/nuvens.

6) Quando terminados em N, soma-se S ou ES:

espécimen = espécimens ou especímenes hífen = hifens ou hífenes

abdômen = abdomens ou abdômenes pólen = polens ou pólenes

7) Quando terminados em R ou Z, acrescenta-se ES:

mar = mares sênior = seniores júnior = juniores

8) Quando terminados em X, ficam invariáveis: o/os tórax; a/as fênix

9) Quando terminados em S, deve-se observar o seguinte:

I - Palavras monossílabas ou oxítonas acrescentam ES.

ás = ases deus = deuses ananás = ananases

Cuidado: Cais é invariável.

II - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas ficam invariáveis.

os lápis. os tênis os atlas

10) Substantivos só usados no plural:

as calças as costas os óculos os parabéns as férias as olheiras

as hemorroidas as núpcias as trevas os arredores

11) Substantivos terminados em ZINHO:

Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau normal, ignora-se o s do


plural, devolve-se o -zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s no final.

Por exemplo pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o substantivo no grau normal
(pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho (pãezinho); acrescenta-se o s final (pãezinhos).

mulherzinha = mulher - mulheres - mulhere - mulherezinha - mulherezinhas.

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alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - alemãezinhos.

barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos.

12) Substantivos terminados em INHO, sem Z, acrescentam S.

lapisinho = lapisinhos patinho = patinhos chinesinho = chinesinhos

13) Plural com deslocamento da sílaba tônica:

caráter = caracteres espécimen = especímenes

júnior = juniores sênior = seniores

b. Plural dos substantivos compostos

Quando pluralizamos um substantivo composto, devemos observar os vocábulos que o formam


individualmente.

1) Substantivo / Adjetivo / Numeral: são elementos pluralizáveis, portanto, quando formarem um


substantivo composto, normalmente irão para o plural.

aluno-mestre alunos-mestres carta-bilhete cartas-bilhetes


tenente-coronel tenentes-coronéis couve-flor couves-flores
alto-relevo altos-relevos erva-doce ervas-doces
gentil-homem gentis-homens cachorro-quente cachorros-quentes
salário-mínimo salários-mínimos laranja-baiana laranjas-baianas
segunda-feira segundas-feiras primeiro-ministro primeiros-ministros

2) Pronome: alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os pronomes possessivos
são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na
formação de um substantivo composto, o mesmo ocorre.

padre-nosso = padres-nossos Zé-ninguém = Zés-ninguém

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3) Verbo / Advérbio / Interjeição: são elementos invariáveis, portanto, quando formarem um


substantivo composto, continuarão invariáveis.

beija-flor beija-flores
pica-pau pica-paus
abaixo-assinado abaixo-assinados
alto-falante alto-falantes
ave-maria ave-marias
salve-rainha salve-rainhas

Casos especiais

4) Substantivo + Substantivo:

Já vimos que, quando o substantivo composto é constituído de dois substantivos, ambos vão para o
plural; porém, quando o último elemento estiver indicando finalidade, semelhança ou limita a significação
do primeiro, somente este irá para o plural.

aço-liga aços-liga bomba-relógio bombas-relógio


caneta-tinteiro canetas-tinteiro carta-bomba cartas-bomba
cidade-satélite cidades-satélite decreto-lei decretos-lei
elemento-chave elementos-chave fruta-pão frutas-pão
homem-rã homens-rã licença-prêmio licenças-prêmio
manga-rosa mangas-rosa navio-escola navios-escola
peixe-boi peixes-boi pombo-correio pombos-correio
público-alvo públicos-alvo salário-família salários-família
salário-desemprego salários-desemprego tatu-bola tatus-bola

Observação: Por força da regra geral que força a flexão dos dois substantivos que
constituem o substantivo composto, gramáticas e dicionários mostram que é admitida
também a flexão do segundo substantivo, mesmo quando indica finalidade, semelhança
ou limita a significação do primeiro. Por isso, podemos repetir a tabela anterior com a
flexão de ambos os substantivos:

aço-liga aços-ligas bomba-relógio bombas-relógios


caneta-tinteiro canetas-tinteiros carta-bomba cartas-bombas
cidade-satélite cidades-satélites decreto-lei decretos-leis
elemento-chave elementos-chaves fruta-pão frutas-pães
homem-rã homens-rãs licença-prêmio licenças-prêmios

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manga-rosa mangas-rosas navio-escola navios-escolas


peixe-boi peixes-bois pombo-correio pombos-correios
público-alvo públicos-alvos salário-família salários-famílias
salário-desemprego salários-desempregos tatu-bola tatus-bolas

5) Três ou mais palavras:

I - Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural.

pé de moleque1 = pés de moleque

pimenta-do-reino = pimentas-do-reino

mula sem cabeça2 = mulas sem cabeça

Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará invariável. P. ex. fora da lei3,
fora de série4.

II - Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o plural.

Bem-te-vi = bem-te-vis bem-me-quer = bem-me-queres

6) Verbo + Verbo:

I - Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural, outros, somente o último.

corre-corre = corres-corres ou corre-corres.

pisca-pisca = piscas-piscas ou pisca-piscas

lambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambes

II - Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis.

1
A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

2
A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

3
A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

4
A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

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o leva e traz5 = os leva e traz o ganha-perde = os ganha-perde

7) Palavras repetidas ou onomatopeia: quando o substantivo for formado por palavras repetidas ou
for uma onomatopeia, somente o último irá para o plural.

tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques

lero-lero = lero-leros pingue-pongue = pingue-pongues

8) Substantivo composto iniciado por Guarda:

I - Formando uma pessoa, ambos irão para o plural.

guarda-urbano = guardas-urbanos guarda-noturno = guardas-noturnos

guarda-florestal = guardas-florestais guarda-mirim = guardas-mirins

II - Formando um objeto, somente o último irá para o plural.

guarda-pó = guarda-pós guarda-chuva = guarda-chuvas

guarda-roupa = guarda-roupas guarda-sol = guarda-sóis

III - Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural, ficam invariáveis.

O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta.

o guarda-costas = os guarda-costas

o guarda-volumes = os guarda-volumes

o porta-joias = os porta-joias

o porta-malas = os porta-malas

Substantivos que admitem mais de um plural

fruta-pão = frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão,

guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-marinhas

5
A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

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padre-nosso = padres-nossos, padre-nossos

terra-nova = terras-novas, terra-novas

salvo-conduto = salvos-condutos, salvo-condutos

xeque-mate = xeques-mates, xeque-mates.

chá-mate = chás-mates, chás-mate

Metafonia

Há muitos substantivos cuja formação do plural necessita da mudança de timbre do /o/ fechado para
/ó/ aberto. Esse processo é chamado metafonia.

a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/:

abrolho destroço miolo posto caroço

esforço olho povo corno forno

osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.)

ovo reforço corpo fosso poço

rogo corvo imposto porco socorro

despojo jogo porto tijolo

b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural:

acordo consolo estorno moço adorno

contorno ferrolho molho “condimento” almoço

desgosto globo morro bolo encosto

golfo piolho bolso engodo gosto

rolo cachorro esgoto gozo sogro

coco estofo lobo (animal) sopro colosso

estojo logro

c. Admitem os dois timbres /ó ou ô/ no plural:

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estorvo forro toco torno troco

2. flexão em gênero (masculino, feminino)

Substantivos biformes: designam seres humanos ou animais e apresentam uma forma para o
masculino e outra para o feminino.

Essas duas formas podem apresentar um mesmo radical ou radicais diferentes.

b.1 mesmo radical:

Com o mesmo radical, a formação do feminino está ligada principalmente à terminação da forma
masculina, pois a maior parte dos substantivos terminados em -o átono forma o feminino pela substituição
desse -o por -a:

menino/menina gato/gata pombo/pomba

Veja a exceção com os pares galo/galinha e maestro/maestrina.

A maior parte dos substantivos terminados em consoante forma o feminino pelo acréscimo da
desinência -a:

freguês/freguesa camponês/camponesa remador/remadora

professor/professora deus/deusa juiz/juíza

Veja a exceção com os pares ator/atriz, czar/czarina e imperador/imperatriz. Para o substantivo


embaixador, existem as formas embaixatriz (esposa do embaixador) e embaixadora (mulher que ocupa o
cargo).

A maior parte dos substantivos terminados em -ão forma o feminino pela substituição de -ão por -ã
ou -oa:

cidadão/cidadã órfão/órfã anfitrião/anfitriã

leão/leoa patrão/patroa leitão/leitoa

Nos aumentativos, a substituição é por -ona:

sabichão/sabichona valentão/valentona

Veja a exceção com os pares sultão/sultana; cão/cadela; ladrão/ladra; perdigão/perdiz;


barão/baronesa.

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Alguns substantivos ligados a títulos de nobreza, ocupações ou dignidades formam femininos em -


esa, -essa, -isa:

abade/abadessa conde/condessa visconde/viscondessa

cônsul/consulesa duque/duquesa barão/baronesa

poeta/poetisa profeta/profetisa sacerdote/sacerdotisa

Alguns substantivos terminados em -e formam o feminino com a substituição desse -e por -a:

mestre/mestra elefante/elefanta infante/infanta

monge/monja parente/parenta

Alguns substantivos apresentam formações irregulares para o feminino:

avô/avó silfo/sílfide réu/ré

herói/heroína rei/rainha marajá/marani

b.2 radicais diferentes para as formas masculinas e femininas:

b.2.1) relativos a seres humanos:

cavaleiro/amazona frei/sóror ou soror padrasto/madrasta

cavalheiro/dama genro/nora padrinho/madrinha

compadre/comadre homem/mulher pai/mãe

frade/freira marido/mulher

b.2.2) relativos a animais:

boi, touro/vaca carneiro/ovelha zangão ou zângão/abelha

bode/cabra cavalo/égua

Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para ambos os gêneros. Os
substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes:

I – Comum de dois gêneros: os comuns de dois são os que têm uma só forma para ambos os gêneros,
com artigos distintos: Eis alguns exemplos:

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o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata

o / a agente o / a intérprete o / a lojista

o / a patriota o / a mártir o / a viajante

o / a artista o / a aspirante o / a atleta

II - Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros. Eis alguns
exemplos:

o cônjuge a criança o carrasco

o indivíduo o apóstolo o monstro

a pessoa a testemunha o algoz

III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais,
acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:

a girafa a águia a barata

a cobra o jacaré a onça

o tatu a anta a arara

a borboleta o canguru o caranguejo

Observação: Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao gênero. Atente para os
mais importantes:

São masculinos:

o açúcar o afã o alvará

o anátema o aneurisma o antílope

o apêndice o apetite o algoz

o cataclismo o cônjuge o champanha

o gengibre o herpes o lança-perfume

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São femininos:

a abusão a acne a aguarrás

a alface a apendicite a aguardente

a alcunha a aluvião a bacanal

a bólide a couve a couve-flor

a cal a comichão a derme

a dinamite a debênture a elipse

a ênfase a echarpe a enzima

Mudança de gênero com mudança de significado

Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. Eis alguns deles:

o caixa = o funcionário a caixa = o objeto

o capital = dinheiro a capital = sede de governo

o coma = sono mórbido a coma = cabeleira, juba

o grama = medida de massa a grama = a relva, o capim

o guarda = o soldado a guarda = vigilância, corporação

o guia = aquele que serve de guia, cicerone

a guia = documento, formulário; meio-fio

o moral = estado de espírito a moral = ética, conclusão

o banana = o molenga. a banana = a fruta

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3. Flexão em grau

Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação, exagero, atenuação,


diminuição ou mesmo deformação de seu significado. Essas modificações, que constituem as variações de
grau do substantivo, são tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no
entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de derivação, pois exige a presença
de afixos nos casos sintéticos.

Formação do grau – existem dois processos:

a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à forma normal do


substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação sufixal:

rato ratão (aumentativo sintético) ratinho (diminutivo sintético)

b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que indicam aumento ou
diminuição de proporções.

rato rato grande (aumentativo analítico) rato pequeno (diminutivo analítico)

No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são normalmente empregadas
para conferir valores afetivos aos seres nomeados pelos substantivos, como os seguintes:

amigão partidão bandidaço mulheraço

livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho

Em todas essas palavras, o que interessa é transmitir dados como carinho, admiração, ironia ou
desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico dos seres nomeados.

Vamos a algumas questões!!!

6. (Marinha / Colégio Naval Aluno 2016)


Assinale a opção INCORRETA com relação ao emprego do gênero do substantivo em destaque.
a) Se meus filhos desejarem, farei a musse de maracujá para a sobremesa desta noite.
b) Assim que o veterinário examinou o pobre cão, sentiu muito dó, comovendo-se bastante.

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c) A próxima eclipse ocorrerá no final deste mês, à noitinha, mas somente no Sudeste.
d) Como todos sabem, o plasma é fundamental na cura de certas doenças graves.
e) Trouxeram o champanhe que eu encomendei, há dias, para o jantar de hoje?

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o substantivo “mousse” é realmente feminino, por isso
admite ser precedido do artigo feminino “a”.

A alternativa (B) está correta, pois o substantivo “dó” é realmente masculino, por isso admite ser
precedido do pronome masculino “muito”.

A alternativa (C) é a incorreta, pois o substantivo “eclipse” é masculino. Assim, devemos corrigir a
frase da seguinte forma:

O próximo eclipse ocorrerá no final deste mês, à noitinha, mas somente no Sudeste.

A alternativa (D) está correta, pois o substantivo “plasma” é realmente masculino, por isso admite
ser precedido do artigo masculino “o”.

A alternativa (E) está correta, pois o substantivo “champanhe” é realmente masculino, por isso
admite ser precedido do artigo masculino “o”.

Gabarito: C

7. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2016)


Em que opção o plural do substantivo composto segue a mesma regra de flexão do termo destacado em o
tão sonhado embarque no Navio-Escola." (11°§)?
a) água-marinha valiosa.
b) obra-prima da Natureza.
c) vitória-régia da Amazônia.
d) salário-família irrisório.
e) carta-bilhete do Aspirante.

Comentário: Como o substantivo composto “navio-escola” é constituído de dois substantivos, sendo que o
segundo determina o primeiro por semelhança ou finalidade, a flexão de plural é com a variação apenas do
primeiro (navios-escola) ou de ambos: navios-escolas.

Na alternativa (A), como o substantivo “água-marinha” é constituído de substantivo e adjetivo,


respectivamente, variam as duas palavras: águas-marinhas.

Na alternativa (B), como o substantivo “obra-prima” é constituído de substantivo e adjetivo,


respectivamente, variam as duas palavras: obras-primas.

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Na alternativa (C), como o substantivo “vitória-régia” é constituído de substantivo e adjetivo,


respectivamente, variam as duas palavras: vitórias-régias.

A banca deu como gabarito correto a alternativa (D), porém há de se observar que a constituição dos
substantivos compostos “salário-família” e “carta-bilhete” é de substantivo seguido de substantivo, sendo
que o segundo determina o primeiro por semelhança ou finalidade. Assim, esses também podem ter apenas
a primeira palavra variada ou ambas:

“salários-família” e “cartas-bilhete” ou “salários-famílias” e “cartas-bilhetes”

Observação: A banca seguiu uma literalidade, pois, nas gramáticas, normalmente quando se dá o exemplo
de substantivo composto com a variação do primeiro por semelhança ou finalidade do segundo,
encontramos justamente “navio-escola” e “salário-família”. Porém, a banca deveria ter percebido que a
constituição do substantivo composto “carta-bilhete” é a mesma.

Gabarito: D

8. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2016)


Laivos de memória
"... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
ao fim dessa primeira etapa,
mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela."
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de
adolescente soube suportar com bravura.
Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica
cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão
caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos
à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos
e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.
Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens?
Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas - e despedidas são sempre
dolorosas - não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu
coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval,
como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.

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Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval,
não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele
momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda,
experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem
agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas
cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa
enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria a histórica Villegagnon em
meio à sublime baia de Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval.
Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de
aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-
unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.
Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e
inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios.
Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas
para o mar - a razão de ser da carreira naval.
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem
maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de
participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira.
Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da
vida profissional - no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável
separação da Turma do CN-62/63 e da EN-64/67.
Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se
apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos
estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a
compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos
ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro
Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: "...é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide
exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a
despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos".
E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios,
deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória, Com o passar dos tempos, inúmeros
Conveses e Praça d'Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada
um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.
Ah ! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos,
tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis
e saudosos navios...
E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de
dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que
formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com

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passagens, visitas e arribadas em um sem número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e
canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e
ventos tranquilos e favoráveis.
Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre
nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos
diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os
ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Siri Lanka .
Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova
enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia
Câmara Cascudo, "o mar não guarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a
ilusão cordial do descobrimento”.
(CÉSAR, CMG (RMl) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, n° 4, 2009. p. 42-
50. Texto adaptado) Assinale a opção em que a troca de posição dos termos acarreta alteração de sentido.
a)"[...]novos cargos e deveres novos[,..]"(14°§)/ cargos novos e novos deveres.
b)"[...] a bordo de velhos e saudosos navios [...]" (14°§)/ a bordo de navios velhos e saudosos.
c)"[...]agradáveis e duradouras lembranças[...]"(14°§)/ lembranças agradáveis e duradouras.
d)"[...]inesquecíveis e saudosos navios[...]" (15°§)/ navios inesquecíveis e saudosos.
e)"[...] inestimáveis e valiosos conhecimentos[...]"(17°§)/ conhecimentos valiosos e inestimáveis.

Comentário: Normalmente, um adjetivo, quando anteposto ao substantivo, traz um valor subjetivo e,


quando está posposto, traz um valor objetivo. Porém, isso não é de rigor. O contexto sempre nos ajuda a
entender melhor o valor do adjetivo. Por isso, deixei para você o texto em que se encontram as expressões.

Na alternativa (A), o adjetivo “novos”, antes ou depois dos substantivos “cargos” e “deveres”,
transmite a noção de algo recente, as responsabilidades do recém-formado oficial. Assim, a troca de posição
não faz mudar o sentido neste contexto.

A alternativa (B) é a que devemos marcar, pois, o texto trata da lembrança saudosa da época em que
o autor se formara na Escola Naval e, ao se referir aos velhos navios, não há aí uma referência negativa, mas
positiva. Na realidade, o velho navio é uma referência a tempos saudosos, por isso o adjetivo “velho”, antes
do substantivo “navio”, transmite uma noção de carinho, de emoção, de sentimento, como se percebe ao
longo do texto. Porém, ao trocarmos a posição desse adjetivo, “navios velhos e saudosos”, entendemos que
os navios eram antigos, gastos pelo uso, obsoletos. Assim, houve mudança de sentido.

Na alternativa (C), os adjetivos “agradáveis” e “duradouras”, antes ou depois do substantivo


“lembranças”, não fazem diferença quanto ao aspecto subjetivo, por isso mantêm o mesmo sentido.

Na alternativa (D), os adjetivos “inesquecíveis” e “saudosos”, antes ou depois do substantivo


“navios”, não fazem diferença quanto ao aspecto subjetivo, por isso mantêm o mesmo sentido.

Na alternativa (E), os adjetivos “inestimáveis” e “valiosos”, antes ou depois do substantivo


“conhecimentos”, não fazem diferença quanto ao aspecto subjetivo, por isso mantêm o mesmo sentido.

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Gabarito: B

9. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2014)


Em que opção houve mudança de classe gramatical do termo destacado?
a) "Era um oásis a caminhar." (2°§}
b) "E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, [...]." (3°§)
c) "[...] convertendo a arma em caneta ou lápis [...]." (3°§)
d) "[...] que na mesa interior marulhavam lembranças [...]." (4°§}
e) "O mar é um morrer sucessivo e [...]."(8°§}

Comentário: Na alternativa (A), “caminhar” é verbo e continua como verbo na frase.

Na alternativa (B), “sentinela” é substantivo e continua como substantivo na frase.

Na alternativa (C), “caneta” é substantivo e continua como substantivo na frase.

Na alternativa (D), “marulhavam” é verbo e continua como verbo na frase.

A alternativa (E) é a que deve ser marcada, pois “morrer” é originalmente um verbo, porém, na frase,
foi precedido do artigo “o”, passando a substantivo.

Gabarito: E

10. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)


Assinale a opção em que um substantivo presente no fragmento do texto tem uma noção de aglomerado,
grande quantidade.
A) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
B) Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira
do açude.
C) (...) vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
D) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
E) Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual (..).

Comentário: Você consegue entender a noção de aglomerado e grande quantidade por meio do sufixo “-al”
acrescentado a bambu: bambual.

Assim, a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

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11. (Marinha / SMV Oficial 2017)


Assinale a opção em que os substantivos são exclusivamente do gênero masculino.
a) clã - milhar.
b) hélice - diabete.
c) síndrome - libido
d) proclama - cataplasma.
e) suéter - indivíduo.

Comentário: Os substantivos essencialmente masculinos são “clã”, “milhar”, “proclama”, “indivíduo”.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

São substantivos femininos “hélice” (propulsor), “síndrome”, “libido”

Podem ser femininos ou masculinos: “diabete”, “cataplasma”, “suéter”.

Observação: essa mesma questão, em distritos diferentes, teve o gabarito anulado.

Gabarito: A

12. (Marinha / SMV Oficial 2016)


Tendo em vista a norma padrão, assinale a opção em que o plural do substantivo está corretamente grafado.
a) Álbum - Álbums.
b) Cidadão - Cidadãos.
c) Degrau - Degrais.
d) Irmã - Irmães.
e) Papel - Papéus.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o plural de palavras que terminam em “m” é com a
substituição desta consoante por “ns”: álbuns.

A alternativa (B) é a correta, pois o plural de “cidadão” é realmente “cidadãos”.

A alternativa (C) está errada, pois o plural de palavra que termina com vogal ou semivogal é com
acréscimo de “s”: degraus.

A alternativa (D) está errada, pois o plural de palavra que termina em “ã” é com acréscimo de “s”:
irmãs.

A alternativa (E) está errada, pois o plural de palavra que termina em “L” é com a exclusão dessa
consoante e a inserção de “is”: papéis.

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Gabarito: B

13. (Marinha / Comando do 5º Distrito Naval SMV 2016)


Na frase "Sentiu dor na cabeça.", a palavra "cabeça" significa "parte do corpo". Contudo, em outra frase, se
antecedermos à palavra "cabeça" o artigo definido masculino "o", seu significado será de "chefia". Em
qual das opções abaixo também há alteração do significado da palavra?
A) O dentista - A dentista.
B) O moral - A moral.
C) O estudante - A estudante.
D) O gerente - A gerente.
E) O intérprete - A intérprete.

Comentário: Os substantivos “dentista”, “estudante, “gerente” e “intérprete” são comuns de dois gêneros,
por isso admitem os artigos “o” e “a”, os quais marcam a diferença de gênero.

Já a palavra “moral” será masculina quando se referir à motivação, ao ânimo em realizar tarefas, em
frases como: Devemos manter o moral sempre alto ao estudarmos.

Tal palavra será feminina quando tiver relação com a virtude, os princípios da moralidade, em frases
como: A moral é a base de uma sociedade justa.

Por isso, a alternativa correta é a (B).

Gabarito: B

14. Marinha / EAM Marinheiro 2019)


Em que opção os termos se flexionam, respectivamente, no mesmo gênero que os destacados em “[...] o
cidadão possui a palavra."?
A) indivíduo / dó (compaixão).
B) alface / testemunha.
C) personagem / moral (ânimo).
D) grama (peso) / pessoa.
E) couve / telefonema.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois as palavras “indivíduo” e “dó” são masculinas: o indivíduo /
o dó.

A alternativa (B) está errada, pois as palavras “alface” e “testemunha” são femininas: a alface / a
testemunha.

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A alternativa (C) está errada, pois a palavra “personagem” pode ser tanto feminina quanto masculina
e a palavra “moral”, no sentido de ânimo, é masculina: o/a personagem / o moral.

A alternativa (D) é a correta, pois a palavra “couve” é feminina e a palavra “telefonema” é masculina:
a couve / o telefonema.

Gabarito: D

15. (Exército / EsFCEx Oficial 2016)


Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa
verdadeira, e a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. Em seguida, assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta.
( ) As palavras cabido, falange e plêiade são classificadas como substantivos coletivos referentes a
conjuntos de pessoas.
( ) As palavras junta, piara e ruma são consideradas substantivos coletivos utilizados para se referir a
grupos de coisas ou objetos.
( ) As palavras cordão, fato e lote podem ser utilizadas como substantivos coletivos para designar grupos
de animais.
a) V -V -V
b) F - V - F
c) V - F - V
d) F - F - V
e) V - V - F

Comentário: A primeira afirmação é verdadeira, pois o substantivo “cabido” é o coletivo de cônegos de uma
catedral; “falange” é o coletivo de heróis, guerreiros, espíritos; e plêiade é o coletivo de poetas, artistas,
talentos.

A segunda afirmação é falsa, pois nem todos os coletivos se referem a coisas ou objetos. O
substantivo “junta” é coletivo de “bois”; “piara” é o mesmo que “vara”, que são coletivos de porcos. Por fim,
“ruma” é coletivo de livros, malas, tábuas.

A terceira afirmação é verdadeira, pois “cordão” é coletivo de formigas; “fato” é coletivo de cabras;
e “lote” é coletivo de burros, grupos de bestas de carga.

Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

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16. (Exército / EsFCEx Primeiro Tenente – 2015)


Assinale a alternativa cujo plural esteja de acordo com os padrões normativos.
a) grãos-priores.
b) mulas sem cabeças.
c) mangas-rosa.
d) salários-famílias.
e) cabras-cega.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, quando o substantivo composto é constituído do adjetivo
“grão” (forma apocopada/reduzida de “grande”) e substantivo, somente este se flexiona no plural: grão-
priores.

A alternativa (B) está errada, pois, quando o substantivo composto é constituído de dois substantivos
ligados por preposição, somente o primeiro substantivo se flexiona: mulas-sem-cabeça.

A alternativa (C) é a correta, pois, quando o substantivo composto é constituído de dois substantivos,
em que o segundo caracteriza o primeiro, somente o primeiro se flexiona.

A alternativa (D) é a correta, pois, quando o substantivo composto é constituído de dois substantivos,
em que o segundo transmite a finalidade do primeiro, somente o primeiro se flexiona: salários-família.

Observação: A pluralização “salários-famílias” também é admitida na norma culta, mas a banca não
entende assim. Por isso, é muito importante trabalhar a questão por exclusão das alternativas.

A alternativa (E) está errada, pois, quando o substantivo composto é constituído de substantivo e
adjetivo, ambos se flexionam: cabras-cegas.

Gabarito: C

17. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


Leia:
1 – A cal usada no reboco era de péssima qualidade.
2 – O apendicite provocou infecção generalizada no paciente.
3 – O jogador caiu de mal jeito e teve problemas no omoplata.
4 – Faltam alguns gramas de presunto para melhorar o sabor da lasanha.
O gênero dos substantivos destacados está correto em qual alternativa?
A) 2 e 3.
B) 1 e 4.
C) 2 e 4.

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D) 1 e 3.

Comentário: A frase 1 está correta, pois o gênero do substantivo “cal” é feminino.

A frase 2 está errada, pois o gênero do substantivo “apendicite” é feminino. Veja a correção:

A apendicite provocou infecção generalizada no paciente.

A frase 3 está errada, pois o gênero do substantivo “omoplata” é feminino. Veja a correção:

O jogador caiu de mal jeito e teve problemas na omoplata.

A frase 4 está correta, pois o substantivo “gramas”, como medida de peso, possui gênero masculino.

Portanto, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

18. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


Quanto ao gênero dos substantivos, assinale a alternativa incorreta.
A) Aquele gol, no início do segundo tempo, levantou o moral do time.
B) Enviamos a guia para que o caixa do banco efetuasse o pagamento.
C) A guarda do Palácio de Buckingham é uma atração turística em Londres.
D) O idoso tropeçou no banheiro, fraturou a perna e a rádio e ficou com o braço imobilizado.

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o substantivo “moral” foi empregado no sentido de “estado
de espírito”, “ânimo”, devendo ser empregado no gênero masculino.

A alternativa (B) está correta, pois o substantivo “guia”, no sentido de “boleto bancário”, deve ser
empregado no gênero feminino.

A alternativa (C) está correta, pois o substantivo “guarda”, no sentido de “grupo de pessoas
responsáveis pela segurança”, deve ser empregado no gênero feminino.

A alternativa (D) é a errada, pois o substantivo “rádio”, no sentido de “osso do corpo do ser humano”,
deve ser empregado no gênero masculino. Veja a correção.

O idoso tropeçou no banheiro, fraturou a perna e o rádio e ficou com o braço imobilizado.

Gabarito: D

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19. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


Leia os versos do Hino à Bandeira reproduzidos abaixo.
“Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.” (Olavo Bilac)
Nesses versos, é incorreto afirmar que o substantivo
A) céu é concreto.
B) mata é derivado.
C) verdura é abstrato.
D) Cruzeiro do Sul é próprio.

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o substantivo “céu” é concreto.

A alternativa (B) é a errada, pois o substantivo “mata” é primitivo e dessa palavra podemos geral a
derivada por sufixo “matagal”, por exemplo.

A alternativa (C) está correta, pois o substantivo “verdura”, no sentido de cor verde, é abstrato.

A alternativa (D) está correta, pois o substantivo “Cruzeiro do Sul” é próprio, por ser o nome de uma
constelação austral.

Gabarito: B

20. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)


Assinale a alternativa em que o coletivo em destaque foi corretamente empregado, considerando o
contexto.
a) Os escoteiros foram atacados na mata por uma matilha feroz. Os leões estavam famintos.
b) Ficamos encantados com o colorido daquela revoada sobre as folhas verdes. Quantas borboletas, meu
Deus!
c) Há muito a poluição vem prejudicando a fauna brasileira. Nossos animais silvestres têm se alimentado
de pastagens contaminadas.
d) Vou montar uma pinacoteca com os muitos discos de vinil que ganhei de herança de meu pai e fazer
uma campanha para ganhar outros.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “matilha” é o coletivo de cães. O substantivo “leões” tem
como coletivo “alcateia”, o qual se refere ao grupo ou manada de lobos, panteras ou outros animais ferozes.

A alternativa (B) está errada, pois “revoada” é o coletivo de aves, pardais. O coletivo de borboletas é
panapaná.

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A alternativa (C) é a correta, pois “fauna” é o coletivo de animais próprios de uma região ou de um
período geológico.

A alternativa (D) está errada, pois pinacoteca é o coletivo de pintura, de quadros. O coletivo de discos
é discoteca.

Gabarito: C

21. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)


Assinale o par de substantivos em que a mudança de gênero de masculino para feminino não altera o
significado da palavra.
a) o/a cura – o/a moral
b) o/a grama – o/a capital
c) o/a criança – o/a cabeça
d) o/a personagem – o/a modelo

Comentário: Na alternativa (A), “a cura” significa tratamento de saúde, “o cura” significa aquele que curou,
que tratou do enfermo; “o moral” significa o ânimo, o brio, já “a moral” significa a virtude.

Na alternativa (B), “o grama” significa unidade de medida de massa, já “a grama” é o mesmo que um
tipo de capim; “o capital” significa valor, dinheiro, já “a capital” é o lugar que aloja a alta administração de
um país ou de um estado, província, departamento.

Na alternativa (C), “criança” é um substantivo sobrecomum e se refere a ambos os gêneros com o


artigo feminino “a”. Já “o cabeça” é o mesmo que o chefe, o dirigente, o líder; mas “a cabeça” é uma das
extremidades do corpo humano ou de um animal.

A alternativa (D) é a que deve ser marcada, pois os substantivos “personagem” e “modelo” são
comuns de dois gêneros e não mudam o sentido, como ocorreu nas alternativas anteriores.

Gabarito: D

22. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Das alternativas abaixo, assinale aquela em que o gênero dos substantivos não está corretamente
empregado.
a) o trema
b) a eclipse
c) a omoplata
d) o grama (peso)

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Comentário: O substantivo “eclipse” é masculino. Assim, o correto é “o eclipse”. Assim, a alternativa (B) é a
errada.

Gabarito: B

23. (Aeronáutica / EEAR Sargento CTA – 2017)


Marque a alternativa em que o substantivo em destaque forma o plural com a terminação -ãos.
a) A peça era um dramalhão. (Machado de Assis)
b) O capitão Vitorino Carneiro da Cunha tinha cinco mil réis no bolso. (José Lins do Rego)
c) Eu preparo uma canção / Que faça acordar os homens / E adormecer as crianças. (Carlos D. de Andrade)
d) ... ele, monge ou ermitão, (...) ia acordando da memória as fabulosas campanhas do dia. (Cruz e Sousa)

Comentário: Questão simples porque você vai matando por eliminação. Você sabe que o plural de
“dramalhão” é “dramalhões”; de “capitão” é “capitães”; de “canção” é “canções”.

Assim, resta o plural de “ermitão”, que pode ser ermitãos, ermitães, ermitões.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

24. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Em relação ao gênero do substantivo, assinale a alternativa incorreta.
a) O champanha que compramos para a ceia de Natal não era francês. Fomos enganados!
b) Todos ficaram com muito dó das vítimas do último ataque terrorista.
c) O eclipse da Lua até hoje inspira os poetas.
d) A maracajá é uma espécie de jaguatirica.

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois “champanha” é um substantivo masculino.

A alternativa (B) está correta, pois “dó” é um substantivo masculino.

A alternativa (C) está correta, pois “eclipse” é um substantivo masculino.

A alternativa (D) é a errada, pois “maracajá” é um substantivo epiceno: o maracajá (macho ou fêmea).

Gabarito: D

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25. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Considerando o número dos substantivos, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente,
as lacunas.
1- Na Itália há vários_______em atividade.
2- Os_______são músculos da mastigação originados na arcada zigomática e inseridos na mandíbula.
3- Segundo a crença popular, as amásias de padres recebem a seguinte punição: são transformadas em
_______.
4- Os _______são pássaros cuja língua fina e comprida serve para sugar o néctar das flores.
a) vulcães, masseter, mulas sem cabeças, beijas-flores
b) vulcãos, masseteres, mula sem cabeça, beijas-flores
c) vulcões, masseteres, mulas sem cabeças, beija-flores
d) vulcões, masseteres, mulas sem cabeça, beija-flores

Comentário: Os plurais de “vulcão” podem ser “vulcões” e “vulcãos”.

O plural de palavra terminada em “r” ocorre com o acréscimo de “es”: “masseter” tem o seu plural
em “masseteres”.

O plural de substantivo composto com preposição ao centro ocorre com a flexão apenas da primeira
palavra: mulas sem cabeça.

O plural de substantivo composto com verbo e substantivo ocorre com a flexão apenas da segunda
palavra: beija-flores.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

26. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica – 2016)


Numere os parênteses de acordo com o gênero dos substantivos e assinale a sequência resultante.
1 – Sobrecomum
2 – Comum de dois
( ) motorista
( ) celebridade
( ) colega
( ) repórter
( ) testemunha
a) 2-1-2-2-1

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b) 1-2-2-1-2
c) 2-2-1-1-1
d) 1-1-1-2-2

Comentário: Ambos os substantivos não se flexionam em gênero, por serem considerados substantivos
uniformes.

O substantivo comum de dois gêneros apresenta artigos distintos para masculino e feminino. Já o
substantivo sobrecomum apresenta somente um artigo para os dois gêneros.

Os substantivos “motorista”, “colega” e “repórter” são comuns de dois gêneros, pois os artigos
variam: “o/a motorista”, “o/a colega” e “o/a repórter”.

Os substantivos “celebridade” e “testemunha” são sobrecomuns, pois apresentam um só artigo para


masculino ou feminino:

“aquele homem é uma celebridade” e “aquele rapaz é a testemunha”.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

27. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica – 2015)


Em relação à forma plural dos substantivos abaixo, coloque C para certo ou E para errado.
( ) o álcool – os álcoois
( ) o xadrez – os xadrezes
( ) o escrivão – os escrivões
( ) o tenente-coronel – os tenentes-coronéis
( ) o abaixo-assinado – os abaixos-assinados
Assinale a alternativa com a sequência correta:
a) E – C – E – C – E
b) C – E – C – E – C
c) E – E – E – C – C
d) C – C – E – C – E

Comentário: Vimos na teoria que o plural de “álcool” pode ocorrer de duas formas: “álcoois” ou “alcoóis”.
Assim, a primeira lacuna já recebe (C), de certo. Com isso, eliminamos as alternativas (A) e (C).

Vimos anteriormente que, para pluralizarmos substantivos terminados em R ou Z, acrescentamos ES.


Assim, o plural de “xadrez” é “xadrezes”.

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Dessa forma, já sabemos que a alternativa correta é a (D).

Agora, devemos apenas confirmar.

O plural de “escrivão” é “escrivães”. Assim, a lacuna 3 recebe (E), de errado.

O plural do substantivo composto, constituído de dois substantivos variáveis, ocorre com a flexão dos
dois elementos: “tenentes-coronéis”. Assim, a lacuna 4 recebe (C), de certo.

O plural do substantivo composto, constituído de um advérbio e um adjetivo, ocorre com a flexão


apenas do adjetivo: “abaixo-assinados”. Assim, a lacuna 5 recebe (E), de errado.

Gabarito: D

28. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)


Assinale a alternativa em que o substantivo destacado é comum de dois gêneros.
a) O cônjuge celebrava o amor todos os dias, para manter acesa a chama da paixão.
b) O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a personagem.
c) A criança mamava no colo materno quando uma bala perdida a atingiu.
d) Diante de poucas provas materiais, o juiz não dispensou a testemunha.

Comentário: O substantivo comum de dois gêneros apresenta artigos distintos para masculino e feminino.
Já o substantivo sobrecomum apresenta somente um artigo para os dois gêneros. Assim, a alternativa (B) é
a correta, pois podemos dizer: a personagem ou o personagem.

Já os demais substantivos em negrito são sobrecomuns, pois apresentam apenas um artigo para os
dois gêneros: o cônjuge (para homem ou mulher), a criança (para menino ou menina) e a testemunha (para
homem ou mulher).

Gabarito: B

29. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)


Na hora em que tudo morre
esta saudade fina de Pasárgada
é um veneno gostoso dentro do meu coração.
Quanto à classificação dos substantivos destacados no texto, é correto afirmar que
a) veneno e coração são substantivos simples; veneno é também abstrato; coração, também concreto.
b) saudade e hora são substantivos comuns e abstratos.
c) Pasárgada é substantivo próprio e derivado.
d) Todos são primitivos.

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Comentário: A alternativa (A) está errada. Os substantivos “veneno” e “coração” são simples por possuírem
apenas um radical. Esses dois substantivos são concretos, porque ambos têm vida própria, são palpáveis.

A alternativa (B) está errada, pois “saudade” é o nome de um sentimento, por isso é abstrato; porém
“hora” é um substantivo concreto. Ambos os substantivos são comuns.

A alternativa (C) está errada, pois o substantivo próprio “Pasárgada” não foi gerado de outro nome.
Ele é primitivo.

A alternativa (D) é a correta, pois todos os substantivos comentados nesta questão não foram
formados a partir de outra palavra da Língua Portuguesa. Elas são palavras primitivas.

Gabarito: D

30. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2014)


Na sexta-feira, o tenente-coronel e o capitão leram o decreto-lei que tratava de assuntos pertinentes à
carreira militar.
Assinale a alternativa com a correta flexão de plural dos substantivos em destaque no texto acima.
a) sextas-feiras, tenentes-coronéis, capitães, decretos-leis
b) sextas-feiras, tenente-coronéis, capitãos, decretos-leis
c) sexta-feiras, tenentes-coronéis, capitãos, decreto-leis
d) sextas-feira, tenente-coronéis, capitães, decretos-lei

Comentário: O plural de substantivo composto constituído de numeral e adjetivo ocorre com a flexão das
duas palavras: sextas-feiras.

O plural de substantivo composto constituído de dois substantivos ocorre com a flexão das duas
palavras: tenentes-coronéis.

O plural de capitão é capitães.

O plural de substantivo composto constituído de dois substantivos ocorre com a flexão das duas
palavras: decretos-leis.

Assim, a alternativa correta é a (A).

Gabarito: A

31. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2012)


“Ele chegou, num avião da FAB, mandado pelos rapazes da Proteção aos Índios, numa derradeira tentativa
de salvação. É um dos pouquíssimos remanescentes de uma tribo que se acaba (...). Mationã, o índio, tem
uns oito anos, parecia um bichinho moribundo (...) de uma magreza espantosa, o olhar vidrado (...), boca
chagada de febre, a mãozinha seca feito uma garra de pássaro (...).”

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Marque F para Falso ou V para Verdadeiro para as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa
com a sequência correta.
( ) O substantivo magreza é derivado de uma outra palavra da língua, sendo formado pelo processo de
sufixação.
( ) Quanto ao gênero, os substantivos rapazes e índios classificam-se como comum de dois gêneros.
( ) O substantivo mãozinha tem seu plural formado como no seu grau normal (mão).
( ) A palavra olhar no texto aparece substantivada pela anteposição de um artigo.
a) V – F – F – V
b) F – V – V – F
c) V – F – V – V
d) F – V – F – V

Comentário: A primeira lacuna é verdadeira, pois o substantivo “magreza” é derivado do adjetivo “magro”,
o qual recebeu o sufixo “-eza”, gerando o processo de sufixação.

A segunda lacuna é falsa, pois os comuns de dois são os que têm uma só forma para ambos os
gêneros, com artigos distintos: o pianista, a pianista. Note que o substantivo “rapazes” apresenta forma
apenas para o masculino. Já “índios” apresenta uma forma para masculino e uma para feminino: índias.

A terceira lacuna é verdadeira, pois o plural de palavra terminada em vogal ou semivogal ocorre com
o acréscimo de “s”: “mãozinha”, “mãozinhas”; “mão” é “mãos”.

A quarta lacuna é verdadeira, pois o verbo “olhar” realmente foi substantivado pelo artigo “o”.
Observe:

(...) de uma magreza espantosa, o olhar vidrado (...), boca chagada de febre, a mãozinha seca feito uma garra
de pássaro (...).”
Assim, alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

32. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro-Tenente – 2017)


“O poder aéreo nasceu em 1913, após o homem adquirir o domínio das máquinas voadoras, um pouco antes
do início da Primeira Guerra Mundial. No Brasil, mediante acordo governamental, tivemos a presença de
militares franceses ligados ao que, naquele tempo, não era ainda uma arma aérea, mas uma capacidade
bélica de emprego dos ‘engenhos voadores’”.
(Disponível em: <http://freepages.military.rootsweb.ancestry.com/~otranto/fab/historia_fab. htm> .
Acesso em: 20 mar. 2017)
Qual alternativa indica a classificação do substantivo em destaque no trecho acima?
a) Próprio, abstrato.

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b) Próprio, concreto.
c) Comum, abstrato.
d) Comum, concreto.

Comentário: O substantivo “poder” não dá nome individualizado. Assim, é comum e por isso eliminamos as
alternativas (A) e (B).

A palavra “poder” representa algo não palpável: não o tocamos, não o vemos, mas apenas sentimos
o seu resultado.

Assim, tal substantivo é abstrato e a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

33. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro-Tenente – 2017)


Há significantes que não possuem marcas de número, quer no singular quer no plural, pois se mostram
alheios à classe gramatical de número. Qual das palavras citadas exemplifica esse enunciado?
a) Xis.
b) Giz.
c) Funil.
d) Gérmen.

Comentário: O plural de “giz” é “gizes”; de “funil” é “funis” e de “gérmen” pode ser “germens” ou gérmenes”.

Assim, a alternativa correta é a (A), pois “xis” não apresenta flexão em número.

Gabarito: A

34. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente – 2016)


Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
A palavra _______________ segue a mesma regra ortográfica de “estigmatizar”, pois possui um sufixo
formador de _______________.
a) humanizar / verbo
b) animalizar / adjetivo
c) exalar / substantivo abstrato
d) problematização / substantivo

Comentário: A palavra “estigmatizar” apresenta o sufixo verbal “-izar”. O mesmo ocorre com o a palavra
“humanizar”. Assim, a alternativa correta é a (A).

Emprego das Classes de Palavras 48

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A alternativa (B) está errada, pois o substantivo “animal” recebeu o sufixo verbal “-izar”. Assim,
“animalizar” é verbo, e não adjetivo, como afirma a alternativa.

A alternativa (C) está errada, pois “exalar” é verbo, e não substantivo, como afirma a alternativa.

A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “problema” recebe o sufixo verbal “-izar”, resultando
“problematizar”. Mas a alternativa apresenta é o substantivo “problematização”, com a inserção do sufixo
nominal “-ção”.

Gabarito: A

35. (Aeronáutica / AFA Aviador 2017)


Analise a assertiva que diz respeito ao trecho a seguir:
“Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do teórico da
comunicação americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo até morrer),
relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The guardian.”
Julgue a afirmação como C (CERTO) ou E (ERRADO)
O substantivo livreto encontra-se flexionado no grau diminutivo sintético para representar uma relação de
tamanho.

Comentário: Entendemos de “livreto” um livro de poucas páginas, um livro pequeno. Assim, realmente esse
substantivo encontra-se no grau diminutivo sintético para representar uma relação de tamanho e a
afirmação está correta.

Gabarito: C

4 - Artigo
O artigo é a palavra que fica anteposta ao substantivo, para generalizá-lo, particularizá-lo ou determinar o
seu sentido.

Muitas vezes, é o artigo que especifica o gênero e o número do substantivo.

O pianista tocou por longa noite para os artistas homenageados.

A pianista tocou por longa noite para as artistas homenageadas.

O lápis estava na carteira.

Os lápis estavam na carteira.

Emprego das Classes de Palavras 49

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Em função da particularização ou generalização referente ao substantivo, o artigo pode ser


considerado definido e indefinido.

O artigo indefinido (um, uma, uns, umas) generaliza o substantivo, determinando-o de modo vago:

Gostaria de ter uma conversa com você.

Já o artigo definido (o, a, os, as) particulariza o substantivo, determinando-o de modo mais preciso:

A conversa que tivemos ontem não ajudou em nada.

Identificados os tipos de artigo, agora vamos ao seu emprego:

a) Pode-se inserir artigo diante de nomes de obras literárias e outros:

Eneida e Jerusalém Libertada são nomes de obras literárias e seus autores não colocaram artigo no
título dessas obras. Mas, se queremos mencioná-las em um texto, podemos acrescentar-lhes o artigo:

Para um trabalho acadêmico, li e resumi a Eneida e a Jerusalém Libertada.

b) Se o artigo já pertence ao título, há de ser escrito obrigatoriamente com maiúscula:

Os Lusíadas, A Tempestade, Os Sertões, As Memórias Póstumas de Braz Cubas, etc.

Note agora que os autores inseriram o artigo no título das obras. Assim, ao mencionarmos tais obras
em nosso texto, naturalmente o artigo será grafado com inicial maiúscula:

Para um trabalho acadêmico, li e resumi Os Lusíadas, A Tempestade, Os Sertões, As Memórias Póstumas de


Braz Cubas.

c) Não pode haver contração, quando o artigo faz parte do título e a preposição não.

Em Os Sertões, conta-se a história da Guerra de Canudos.

Li ontem em O Globo as astúcias jurídicas dos mensaleiros.

Assim, não se admitem contrações, como “Nos Sertões”, ou “no Globo”, pois o artigo faz parte do
título e a preposição não.

Note que a contração é cabível quando o título não apresenta artigo, como vimos em Eneida e
Jerusalém Libertada. Assim, podemos dizer:

Li na Eneida e na Jerusalém Libertada várias passagens importantes de uso da palavra “que”.

d) O artigo definido geralmente não é empregado antes de nomes próprios de cidades:

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Aula 03

Paris é uma cidade gloriosa.

Estivemos em Nova Iorque, Paris e Lisboa nas últimas férias.

Porém, se o nome próprio de cidade vier determinado por adjetivo ou expressão adjetiva, o uso do
artigo vai ser obrigatório:

A Roma dos césares foi um marco na história.

Iremos à Lisboa dos meus antepassados.

e) Geralmente vêm precedidos de artigo os demais nomes próprios geográficos, de continentes, países,
estados, províncias, oceanos, montanhas, rios:

A Europa, o Paraguai, a Argentina, o oceano Pacífico, o Nilo, as Canárias, a Alemanha, etc.

Mas também existem países, estados e cidades que não permitem o artigo:

Portugal, Cuba, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, etc.

f) O artigo tem seu uso facultativo antes de nomes próprios de pessoa:

O Paulo também vai viajar conosco?

Paulo também vai viajar conosco?

É preciso dizer ao Pedro que vamos amanhã bem cedo.

É preciso dizer a Pedro que vamos amanhã bem cedo.

g) Antes de expressões de tratamento, o artigo é omitido:

Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Excelência e Vossa Senhoria vão apoiar o plano de paz da ONU.

h) O artigo deve ser excluído antes da palavra "casa" no sentido de “própria moradia", desde que não venha
particularizada:

Vamos para casa? (própria moradia)

Voltamos bem tarde a casa. (própria moradia)

Note que, neste segundo exemplo, a palavra “casa” não está precedida de artigo “a”, mas da
preposição “a”.

Assim, quando a palavra "casa" se encontra no sentido de "própria moradia" e apresenta expressão
particularizante, naturalmente recebe artigo:

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Aula 03

Vamos para a casa velha?

Voltamos bem tarde à casa dos amigos.

i) O artigo deve ser excluído antes da palavra "terra" e "bordo", quando empregadas como antônimos:

Veio de bordo para terra.

Pedro já está em terra.

j) Palavra “terra" como antônimo de “bordo", mas com expressão particularizante, recebe artigo:

Veio de bordo para a terra dos amigos.

Pedro já está na sua terra natal.

k) Antes de pronomes adjetivos possessivos, o uso do artigo é geralmente facultativo:

Nosso irmão esteve aqui.

O nosso irmão esteve aqui.

Entreguei o bolo para minha irmã.

Entreguei o bolo para a minha irmã.

Porém, quando o possessivo for um pronome substantivo, o uso do artigo é obrigatório:

Marcela já fez mais uma das suas.

Ele não viu a sua cara, mas a minha.

l) Quando anteposto ao numeral, o artigo denota aproximação:

Teria ele uns trinta anos.

Ficamos lá uma meia hora.

m) Antes de pronomes indefinidos "certo", "outro“ o uso do artigo deve ser evitado:

Falaremos disso em outra ocasião.

Certa pessoa veio aqui.

Assim, não cabem as construções “em uma outra ocasião”, “Uma certa pessoa”.

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n) O pronome todo/toda, no singular, no sentido de totalidade, por inteiro, deve ser seguido de artigo.

Toda a família receberá a vacina. (a família totalmente)

Todo o grupo se perdeu naquela ilha. (o grupo totalmente)

o) Quando no sentido de cada, qualquer, não pode ser seguido de artigo.

Toda família receberá a vacina. (cada família)

Todo cidadão tem direito a votar.

p) No plural, todos exige artigo, a menos que haja outro determinante, substituindo o artigo:

Todas as famílias receberão a vacina.

Todas estas famílias receberão a vacina.

q) Não haverá artigo após “todos” quando o vocábulo de valor substantivo não admitir artigo:

Todos vocês foram elogiados pelo chefe.

Todos três foram elogiados pelo chefe.

r) Quando o numeral for seguido de substantivo, receberá artigo:

Todos os três alunos foram aprovados.

s) Costuma-se omitir o artigo com a palavra palácio, quando desacompanhada de modificador:

“Perguntou o mestre-escola afoitamente à sentinela do paço se o representante nacional, Morgado da Agra,


estava em palácio” (Camilo Castelo Branco)

t) Aparece quando se expressa valor de coisas (assume valor de cada):

Comprei por trinta reais o quilo.

u) Junto às designações de partes do corpo e nomes de parentesco, os artigos denotam posse:

Traz a cabeça esbranquiçada pelas preocupações.

Tem o rosto sereno, mas as mãos trêmulas.

A prima veio ontem com toda a elegância.

Traz sua cabeça esbranquiçada pelas preocupações.

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Aula 03

Tem seu rosto sereno, mas suas mãos trêmulas.

Sua/Nossa prima veio ontem com toda a elegância.

v) O artigo definido faz parte do adjetivo superlativo relativo, para especificar o ser dentro de um grupo:

Ele é o mais exigente de todos os irmãos.

Você é o menos crítico do grupo.

x) Principalmente nas ideias de comer e beber, os artigos costumam ser empregados juntamente com a
preposição com valor partitivo.

Beba do vinho que lhe dei e coma do pão que está à mesa.

Compare a construção acima com a de baixo já sem a presença da preposição:

Beba o vinho que lhe dei e coma o pão que está à mesa.

z) Muitas vezes, o artigo substitui o substantivo já escrito anteriormente no texto. Esse recurso é chamado
de elipse e é usado para se evitar a repetição desnecessária de palavra:

Esta é a necessidade do aluno e a dos docentes.

Note que o segundo artigo “a” sinaliza a elipse do substantivo “necessidade”.

Ainda sobre a coesão referencial com artigo, notamos que o artigo definido é determinante de um
substantivo já conhecido e normalmente já mencionado no texto. Assim, é natural (não é regra) que
insiramos um substantivo na primeira vez sem artigo ou com artigo indefinido. Em seguida, ao querermos
retomar aquela informação, inserimos o artigo definido.

Uma empresa de produtos agrícolas iniciou seus trabalhos com equipamento de última geração no
Sul do Brasil. A empresa já lucrou, somente nos dois primeiros anos, mais do que as da região Sudeste juntas.

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36. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2015)

Assinale a opção em que a palavra sublinhada é um artigo.

a) Segundo a Marinha, houve inspeções na área da Amazônia Azul.

b) A operação visou a aprimorar a força naval.

c) A Marinha chegou a regiões marítimas de difícil acesso.

d) A Amazônia Azul corresponde a regiões marítimas com potencial estratégico e econômico.

e) A operação esteve a cargo da Marinha do Brasil.

Comentário: O artigo é palavra que precede substantivo e com ele concorda.

A alternativa (A) é a correta, pois o substantivo feminino singular “Marinha” foi precedido do artigo
definido feminino singular “a”.

Na alternativa (B), o verbo “visou” exigiu a preposição “a” diante do verbo “aprimorar”.

Na alternativa (C), o verbo “chegou” exigiu a preposição “a”. Note que “regiões” é um substantivo
feminino plural e a palavra “a” não se flexionou no plural, reforçando que ela é uma preposição.

Na alternativa (D), o verbo “corresponde” exigiu a preposição “a”. Note que “regiões” é um
substantivo feminino plural e a palavra “a” não se flexionou no plural, reforçando que ela é uma preposição.

Na alternativa (E), o substantivo “cargo” é masculino singular e a palavra “a” não se flexionou no
masculino, reforçando que é uma preposição.

Gabarito: A

37. (Exército / EsPCEx Cadete do Exército – 2015)


Assinale a única opção em que a palavra “a" é artigo.
a) Hoje, ele veio a falar comigo
b) Essa caneta não é a que te emprestei.
c) Convenci-a com poucas palavras.

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d) Obrigou-me a arcar com mais despesas.


e) Marquei-te a fronte, mísero poeta.

Comentário: Vimos que o artigo determina o substantivo, antecedendo-lhe. Veremos ainda os demais
valores do vocábulo “a”, como preposição e pronome. Mas, para resolver esta questão, basta identificarmos
o substantivo após o artigo, o que ocorreu apenas na alternativa (E), em que “fronte” é o substantivo,
precedido do artigo “a”. Para se ter certeza, basta flexionar esse substantivo no plural para que este artigo
também se flexione: as frontes.

Nas alternativas (A) e (D), o vocábulo “a” é uma preposição, a qual precede verbo.

Na alternativa (B), o vocábulo “a” é um pronome demonstrativo, o qual precede o pronome relativo
“que”.

Na alternativa (C), o vocábulo “a” é um pronome átono, o qual se liga ao verbo.

Gabarito: E

38. (Exército / IME Engenheiro Militar 2014)


No título do texto 5 (O QUASE), a palavra “quase” aparece precedida do artigo “O”. Nesse contexto, o artigo
tem a função de:
a) particularizar um substantivo.
b) atribuir intensidade à palavra “quase”.
c) mudar a classe sintática da palavra “quase” de adjunto adnominal para adjunto adverbial.
d) mudar a classe gramatical da palavra “quase” de advérbio para substantivo.
e) mudar o campo semântico da palavra “quase”.

Comentário: A palavra “quase” originalmente é um advérbio. Ao receber o artigo “o”, passa a substantivo,
mudando a classe gramatical.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

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5 - Adjetivo
Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de
ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções sintáticas na oração: aposto explicativo,
adjunto adnominal ou predicativo. Os adjetivos classificam-se em:

1) Os adjetivos primitivos não são formados por derivação de nenhuma outra palavra: deles é que se formam
outras palavras: azul, claro, curto, grande.

2) Os adjetivos derivados são aqueles formados por derivação de outras palavras: cheiroso, invisível, infeliz,
esverdeado, desconfortável.

3) Os adjetivos simples apresentam um único radical em sua estrutura. É o caso de todos os exemplos
apontados nos itens anteriores.

4) Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura: ítalo-brasileiro, luso-
africano, socioeconômico, político-institucional.

1. Flexões em gênero

Flexão de gênero (masculino/feminino):

O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere:

Um comportamento estranho uma atitude estranha

Um jornalista ativo uma jornalista ativa

Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes.

I - Adjetivos biformes

A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo com a terminação da forma
masculina, de modo semelhante ao que acontece com os substantivos.

a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a:

ativo / ativa branco / branca honesto / honesta

Em alguns casos, além da mudança na terminação, há alteração no timbre da vogal tônica, que de
fechado passa a aberto:

brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa

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b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a terminação –a:


português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua.

Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis:

hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor.

O mesmo ocorre com estas formas comparativas:

maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior.

Cuidado com o par mau / má.

c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e, mais raramente, por –
oa:

são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa

d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre aberto); os terminados
em –éu, por –oa :

plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa

Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia.

II - Adjetivos uniformes: São os adjetivos que possuem uma única forma para o masculino e o feminino:

pássaro frágil ave frágil planejamento agrícola empresa agrícola

ator ruim atriz ruim comportamento exemplar vida exemplar

2. Flexão de número

A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da formação do plural dos
substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e são formados pela expressão “cor de + substantivo”
são invariáveis em gênero e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida.

papel cor-de-rosa papéis cor-de-rosa

giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja

carro (cor de) creme carros (cor de) creme

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camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza

Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura: ítalo-brasileiro, luso-
africano, socioeconômico, político-institucional.

A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos

I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural):

Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último elemento sofre flexão:

cidadão luso-brasileiro cidadãos luso-brasileiros

cidadã luso-brasileira cidadãs luso-brasileiras

olho verde-claro olhos verde-claros

camisa verde-clara camisas verde-claras

Aqueles em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis:

tecido amarelo-ouro tecidos amarelo-ouro

camisa amarelo-ouro camisas amarelo-ouro

terno verde-mar ternos verde-mar

camisa verde-mar camisas verde-mar

Observações:

a. azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são sempre invariáveis:

Leve seus ternos azul-marinho e não os azul-celeste.

O sol transmite raios ultravioleta.

b. Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.

Aqueles rapazes surdos-mudos têm prioridade de acesso à recepção.

Aquelas moças surdas-mudas têm prioridade de acesso à recepção.

Os indivíduos peles-vermelhas têm princípios diferentes dos da nossa sociedade.

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3. Flexão de grau:

Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar ou intensificar as características que


atribuem. Há, portanto, dois graus de adjetivo: o comparativo e o superlativo:

1) Comparativo: compara uma qualidade entre dois elementos ou duas qualidades de um mesmo elemento.
São três os comparativos:

De superioridade:

Para alguns alunos, Português é mais fácil (do) que Química.

De igualdade:

Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química.

Ele é tão exigente quanto (ou como) seu irmão.

De inferioridade:

Para alguns alunos, Português é menos fácil (do) que Química.

Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor),
porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas
analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno.

Essa solução é melhor (do) que a outra.

Minha voz é pior (do) que a sua.

O descaso pela miséria é maior (do) que o senso humanitário.

Ele é mais bom (do) que inteligente.

Todo corrupto é mais mau (do) que esperto.

Meu salário é mais pequeno (do) que justo.

Atente para o fato de que as formas menor e pior são comparativas de superioridade, pois equivalem
a mais pequeno e mais mau, respectivamente.

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2) Superlativo: nesse grau, a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de forma relativa ou
absoluta.

a) No grau superlativo relativo, essa intensificação é feita em relação a todos os demais seres de um
conjunto que a possuem. O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou inferioridade e é sempre
expresso de forma analítica:

I – superlativo relativo de superioridade:

Ele é o mais atento da sala. Ele é o mais exigente de todos os irmãos.

II - superlativo relativo de inferioridade:

Você é o menos crítico do grupo. Você é o menos importante da firma.

Observações:

• Note o uso do artigo definido (o, a, os, as) e da preposição (de), empregados para especificar o ser
(papel fundamental do artigo) dentro de um grupo (uso da preposição para indicar limitação).

Você é o menos crítico do grupo.

• As formas do superlativo relativo de superioridade dos adjetivos bom, mau, grande e pequeno são
sintéticas: o melhor, o pior, o maior e o menor.

b) No grau superlativo absoluto, intensifica-se a característica atribuída pelo adjetivo a um determinado


ser, transmitindo ideia de excesso. O superlativo absoluto pode ser analítico ou sintético:

I – O superlativo absoluto analítico é formado normalmente com a participação de um advérbio:

Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente.

Somos excessivamente tolerantes.

II – O superlativo absoluto sintético é expresso com a participação de sufixos. O mais comum deles
é –íssimo; nos adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acrescentado o sufixo do superlativo:

Trata-se de um artista originalíssimo. Ele é exigentíssimo.

Seremos tolerantíssimos.

Vários adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau superlativo absoluto sintético.
Muitas dessas irregularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o
caso dos terminados em –vel, que assumem a terminação –bilíssimo (volúvel, volubilíssimo; indelével,
indelebilíssimo). Na relação a seguir, você encontrará muitas formas irregulares do superlativo absoluto

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sintético. Observe que algumas são de uso comum (facílimo e dificílimo, por exemplo), enquanto outras
pertencem à linguagem formal (acérrimo e pulquérrimo, por exemplo).

Adjetivo Superlativo absoluto sintético Adjetivo Superlativo absoluto sintético


acre acérrimo geral generalíssimo
ágil agílimo grande máximo
agudo acutíssimo humilde humílimo
alto altíssimo, supremo incrível incredibilíssimo
amargo amaríssimo infame infamérrimo
amável amabilíssimo inimigo inimicíssimo
amigo amicíssimo jovem juveníssimo
antigo antiquíssimo livre libérrimo
áspero aspérrimo magnífico magnificentíssimo
atroz atrocíssimo magro macérrimo ou magríssimo
audaz audacíssimo manso mansuetíssimo
benéfico beneficentíssimo mau péssimo
benévolo benevolentíssimo miserável miserabilíssimo
bom boníssimo ou ótimo miúdo minutíssimo
capaz capacíssimo negro Nigérrimo ou negríssimo
célebre celebérrimo nobre nobilíssimo
comum comuníssimo notável notabilíssimo
cruel crudelíssimo pequeno mínimo
difícil dificílimo perspicaz perspicacíssimo
doce dulcíssimo pessoal personalíssimo
eficaz eficacíssimo pobre paupérrimo, pobríssimo
fácil facílimo possível possibilíssimo
feliz felicíssimo pródigo prodigalíssimo
feroz ferocíssimo próspero prospérrimo
fiel fidelíssimo sábio sapientíssimo
frágil fragílimo sagrado sacratíssimo
frio friíssimo ou frigidíssimo soberbo superbíssimo

Locuções adjetivas: Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expressão
formada por mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e
o mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos:

Noite de chuva (chuvosa) Atitudes de anjo (angelical)

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39. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2018)


Marque a opção em que o comentário sobre o emprego do grau do adjetivo no termo "nobilíssima" está
correto.
a) O grau é o comparativo de igualdade, e o radical usado é de forma erudita.
b) Ocorre o superlativo relativo de superioridade, com radical de forma portuguesa.
c) Superlativo absoluto analítico é o grau, e poderia ser usada a forma “nobrérrima".
d) Este é um caso de comparativo de superioridade, e o radical da palavra é “nobil-".
e) A forma “nobríssima” também é correta, e o grau é superlativo absoluto sintético.

Comentário: O adjetivo “nobilíssima” encontra-se no grau superlativo absoluto sintético de “nobre”. A forma
“nobríssima” também é correntemente empregada.

Assim, a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

40. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)


Assinale a opção em que o adjetivo sublinhado, quanto ao gênero, é uniforme.
A) Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro (...).
B) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
C) (...) meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário (...).
D) (...) são humildes coisas, e você é tão bela e estranha!
E) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...).

Comentário: O adjetivo uniforme quanto ao gênero não apresenta a desinência de gênero “o”, “a”. Assim,
devemos observar se conseguimos transformar o adjetivo em gênero feminino ou masculino, por meio
dessas terminações.

Na alternativa (A), conseguimos mudar “redondas” para “redondos”, bastando modificar o


substantivo: pedrinhas redondas, perímetros redondos.

Na alternativa (B), conseguimos mudar “maduros” para “maduras”, bastando modificar o


substantivo: cajus maduros, mangas maduras.

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Na alternativa (C), conseguimos mudar “feio” para “feia”, bastando modificar o substantivo: menino
feio, menina feia.

A alternativa (D) é a que apresenta o adjetivo uniforme, pois humildes apresenta a mesma forma
para caracterizar o substantivo masculino ou feminino: coisas humildes, meninos humildes.

Na alternativa (E), conseguimos mudar “pequenas” para “pequenos”, bastando modificar o


substantivo: coisas pequenas, objetos pequenos.

Gabarito: D

41. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)


Assinale a opção em que a expressão sublinhada NÃO tem valor de um adjetivo.
A) Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e
coco.
B) Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros (...).
C) O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da
pedra.
D) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...).
E) Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do
brejo no meio dos dedos dos pés.

Comentário: a questão basicamente quer que você observe a relação da locução adjetiva com seu
substantivo, isto é , notamos que a locução adjetiva se refere a um substantivo e o caracteriza.0

Na alternativa (A), notamos que a expressão “de fora” caracteriza o substantivo “menina” (menina
rica e de fora), por isso é ma locução adjetiva.

A alternativa (B) é a que devemos marcas, pos não se quer caracterizar os tipos de soldados, como se
existissem os soldados da canoa, mas de onde eles davam tiros. Eles davam tiros de uma canoa. Assim,
mesmo a expressão “de canoa” estando próxima do substantivo “soldados”, tal termo naõ se refere a
soldados, mas moodifica a ação verbal “dando”: dando tiros de uma canoa.

Na alternativa (C), notamos que a expressão “do mar” caracteriza o substantivo “algas” (algas do
mar), por isso é uma locução adjetiva.

Na alternativa (D), notamos que a expressão “do mato” caracteriza o substantivo “coisas” (algas do
mato), por isso é uma locução adjetiva.

Na alternativa (E), notamos que a expressão “do brejo” caracteriza o substantivo “lama” (lama seca
e do brejo), por isso é uma locução adjetiva.

Gabarito: B

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42. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)


O adjetivo é na essência um termo modificador do substantivo e pode se antepor ou pospor a este. Assinale
a opção em que se percebe mudança de sentido quanto à posição do adjetivo.
A) (...) os sanhaços estão bicando os caius maduros.
B) Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras (...).
C) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
D) Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual (...).
E) (...) são humildes coisas, e você é tão bela e estranha!

Comentário: Ao trocarmos a posição dos adjetivos com os respectivos substantivos em “cajus maduros”,
“ideia vaga”, “sombra fria” e “humildes coisas” (“maduros cajua”, “vaga ideia”,”fria sombra” e “coisas
humildes”), notamos que essemcialmente o sentido premanece.

Porém, na alternativa (B), ao afirmamos que há uma simples menina, entendemos o adjetivo
“simples” no sentido de comum, fazendo contraste à expressão “bela mulher estranha”.

Ao afirmarmos que há uma menina simples, entendemos o asjetivo “simples” com o sentido de
modesta, humilde, pobre.

Assim, é a alternativa (B) que devemos marcar.

Gabarito: B

43. (Marinha / SMV Oficial 2016)


Assinale a opção em que o correspondente semântico do termo destacado está INCORRETO.
A) Flor da selva = silvestre.
B) Água da chuva = fluvial.
C) Rosto de anjo = angelical.
D) Brincadeira de criança = pueril.
E) Era do gelo = glacial.

Comentário: Entendemos que a locução adjetiva “da selva” tem relação com o adjetivo “silvestre”; “de anjo”,
com angelical; “de criança”, com “pueril”; “do gelo”, com “glacial”; mas “da chuva, com “pluvial”, não com
“fluvial”, que significa “do rio”.

Assim, a alternativa incorreta é a (B).

Gabarito: B

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44. (Marinha / SMV Oficial 2016)


Que opção NÃO apresenta um correspondente semântico corretamente indicado, de acordo com a norma
culta?
a) Vida de monge = monástica.
b) Plantas dos lagos = lacustres.
c) Material de guerra = balístico.
d) Livro destinado ao ensino = didático.
e) Acordo entre Brasil e Portugal = luso-brasileiro.

Comentário: A alternativa (C) é a errada, pois a locução adjetiva “de guerra” encontra correspondente
adjetivo em “bélico”, e não “balístico”. As demais estão corretas e é importante anotar as locuções que
apresentem novidades no seu estudo. Assim, se cair novamente em prova, você já sabe.

Gabarito: C

45. (Marinha / SMV Oficial 2016)


Assinale a opção em que a anteposição ou a posposição do adjetivo resulta em alteração do sentido.
A) Livro grande/ Grande livro.
B) Mulher corajosa/ Corajosa mulher.
C) Criança manhosa/ Manhosa criança.
D) Coincidência feliz/ Feliz coincidência.
E) História interessante/ Interessante história.

Comentário: Ao trocarmos a posição dos adjetivos com os respectivos substantivos em “mulher corajosa”,
“criança manhosa”, “coincidência feliz” e “história interessante” (“corajosa mulher”, “manhosa criança”,
“feliz coincidência” e “interessante história”), notamos que essencialmente o sentido permanece.

Porém, na alternativa (A), ao afirmarmos que há um livro grande, entendemos o adjetivo “grande”
no sentido de tamanho acima do normal.

Porém, ao afirmarmos que há um grande livro, entendemos o adjetivo “grande” como o sentido de
notável, grandioso, respeitável.

Assim, é a alternativa (A) que devemos marcar.

Gabarito: A

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46. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2016)


O adjetivo “ferocíssimas” está flexionado, quanto ao grau, na forma
a) superlativa relativa de superioridade.
b) superlativa absoluta sintética.
c) comparativa de superioridade.
d) superlativa absoluta analítica.
e) comparativa de igualdade.

Comentário: O adjetivo “feroz” pode ser flexionado no grau superlativo absoluto analítico com a presença
do advérbio de intensidade “muito”: muito feroz.

Porém, em vez de haver o advérbio, houve o acréscimo so sufixo “-íssimas”. Assim, ferocíssimas
apresenta grau superlativo absoluto sintético e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

47. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2015)


A palavra destacada no trecho “De coisa gostosa?” é um adjetivo. Em que frase a seguir a palavra ou
expressão destacada NÃO corresponde a um adjetivo?
a) A água é importantíssima para a vida.
b) O príncipe era um tanto arrogante.
c) Cuidado: nesse bairro há muitos bandidos perigosos.
d) O turista alemão prometeu retornar ao Rio.
e) O esperto nem se deu ao trabalho de argumentar.

Comentário: Na alternativa (A), “importantíssima” é um adjetivo que caracteriza o substantivo “água”.

Na alternativa (B), “arrogante” é um adjetivo que caracteriza o substantivo “príncipe”.

Na alternativa (C), “perigosos” é um adjetivo que caracteriza o substantivo “bandidos”.

Na alternativa (D), “alemão” é um adjetivo que caracteriza o substantivo “turista”.

Assim, a alternativa (E) é a que deve ser marcada, pois “esperto” originalmente é um adjetivo, porém
foi empregado neste contexto como substantivo, tendo em vista ser precedido do artigo “O”.

Gabarito: E

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Aula 03

48. (Exército / EsFCEx Oficial 2017)


Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de afirmativa
verdadeira, e a letra “F” quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta
a sequência correta.
( ) Em “Todos os candidatos foram ótimos nas tarefas teóricas e péssimos nas tarefas práticas.” há dois
adjetivos superlativos absolutos.
( ) Em “Indivíduos anoréxicos geralmente apresentam aparência macérrima e parcíssimo índice de
nutrientes no organismo.” há dois adjetivos superlativos sintéticos.
( ) Em “José Teixeira fez o melhor projeto para a empresa, sendo considerado mais habilitado que os outros
candidatos para assumir a vaga de diretor geral.” há dois adjetivos superlativos relativos.
a) V - F - F
b) V - F - V
c) F -V -V
d) V - V - F
e) F - F - V

Comentário: A primeira afirmação é verdadeira, pois “ótimo” é superlativo absoluto sintético de “bom”, e
“péssimo” é superlativo absoluto sintético de “ruim”.

A segunda afirmação é verdadeira, pois “macérrima” é superlativo absoluto sintético de “magro”, e


“parcíssimo” é superlativo absoluto sintético de “parco”.

A terceira afirmação é falsa, pois “o melhor” encontra-se no grau superlativo relativo e “mais
habilitado que” encontra-se no grau comparativo.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

49. (Exército / EsSA Sargento 2014)


No período "Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça”, os vocábulos em
destaque são, respectivamente
a) adjetivo e substantivo.
b) pronome indefinido e adjetivo
c) pronome adjetivo e substantivo.
d) substantivo e adjetivo.
e) advérbio de intensidade e substantivo.

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Aula 03

Comentário: O vocábulo “grosso” caracteriza o substantivo “coração”, por isso é um adjetivo. Já “desgraça”
é precedido do pronome “sua” e é um substantivo.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

50. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


“Novamente a cavalo [...], Vicente marcha através da estrada vermelha e pedregosa, [...] pela galharia negra
da caatinga morta. Os cascos [...] pareciam tirar fogo nos seixos do caminho. Lagartixas davam carreirinhas
intermitentes por cima das folhas secas do chão que estalavam como papel queimado.”
(Raquel de Queiroz)
Quantos adjetivos há no texto?
A) 5.
B) 6.
C) 7.
D) 8.

Comentário: Observe abaixo o trecho reescrito com os adjetivos em negrito e os nomes que eles modificam
sublinhados.

“Novamente a cavalo [...], Vicente marcha através da estrada vermelha e pedregosa, [...] pela galharia negra
da caatinga morta. Os cascos [...] pareciam tirar fogo nos seixos do caminho. Lagartixas davam carreirinhas
intermitentes por cima das folhas secas do chão que estalavam como papel queimado.”

Dessa forma, há 7 adjetivos e a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

51. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


I- Não sei onde está o meu protetor de orelha.
II- A casa do bispo é uma construção do século XIX.
III- O olho da fera é assustador.
Assinale a alternativa em que os adjetivos correspondem, correta e respectivamente, às locuções adjetivas
em destaque.
A) Auricular, episcopal, ferino.
B) Ovino, episcopal, ferino.
C) Auditivo, bispal, felino.
D) Ótico, bispal, felídeo.

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Comentário: O adjetivo que equivale à locução “de orelha” é “auricular”.

O adjetivo que equivale à locução “do bispo” é “episcopal”.

O adjetivo que equivale à locução “da fera” é “ferino”.

Portanto, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

52. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


Assinale a frase em que o grau do adjetivo em destaque está incorretamente mencionado.
A) Superlativo relativo: “Ele é um ótimo profissional.”
B) Superlativo absoluto sintético: “Suas alegações estão corretíssimas!”
C) Superlativo relativo de superioridade: “Esta casa é a melhor de todas.”
D) Comparativo de superioridade: “Este caminho é pior que o outro.”

Comentário: A alternativa (A) é a errada, pois o adjetivo “ótimo” está flexionado no grau superlativo absoluto
sintético.

A alternativa (B) está correta, pois o adjetivo “corretíssimas” está flexionado no grau superlativo
absoluto sintético, tendo em vista a inserção do sufixo “-íssimas”.

A alternativa (C) está correta, pois o adjetivo “a melhor” está flexionado no grau superlativo relativo
de superioridade.

A alternativa (D) está correta, pois o adjetivo “pior” está flexionado no grau comparativo de
superioridade, pois o adjetivo “ruim” (mau) não pode receber o intensificador “mais”, por isso não cabe a
forma analítica “mais ruim” ou “mais mau”, e sim “pior”.

Gabarito: A

53. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)


No trecho “Mui [=muito] grande é o vosso amor e o meu delito/ Porém pode ter fim todo o pecar,/ E não o
vosso amor que é infinito” (Gregório de Matos), a expressão destacada, em relação à flexão de grau dos
adjetivos, classifica-se como
a) comparativo de igualdade.
b) comparativo de superioridade.
c) superlativo absoluto sintético.
d) superlativo absoluto analítico.

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Comentário: O adjetivo “grande” foi intensificado pelo advérbio “mui” (muito”), formando o grau superlativo
absoluto analítico, e a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

54. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.
Chamas de louco ou tolo ao apaixonado que sente ciúmes quando ouve sua amada dizer que na véspera de
tarde o céu estava uma coisa lindíssima, com mil pequenas nuvens de leve púrpura sobre um azul de
sonho. (Rubem Braga)
Assinale a alternativa correta referente ao adjetivo destacado no texto.
a) Caracteriza o substantivo tarde e está no grau superlativo absoluto sintético.
b) Caracteriza o substantivo amada e está no grau superlativo absoluto analítico.
c) Caracteriza o substantivo coisa e está no grau superlativo absoluto sintético.
d) Caracteriza o substantivo véspera e está no grau superlativo absoluto analítico.

Comentário: O adjetivo “lindíssima” caracteriza o substantivo “coisa”. Assim, já sabemos que a alternativa
(C) é a correta. Note que o sufixo “-íssima” indica o grau superlativo absoluto sintético.

Gabarito: C

55. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Leia:
I. O meu trabalho é nobre. É nobilíssimo/nobrérrimo.
II. Cuidado! Esta violeta é frágil. É fragílima/ fragilíssima.
III. O anoréxico quer ficar muito magro. Quer ficar magríssimo/macérrimo.
Segundo a norma culta da língua, as duas formas superlativas indicadas para os adjetivos destacados estão
corretas apenas em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.

Comentário: A primeira afirmação está errada, pois o superlativo absoluto sintético de nobre é nobilíssimo,
mas também se admite a forma nobríssimo, mas não nobrérrimo.

A segunda afirmação está correta, pois realmente o superlativo absoluto sintético de frágil é fragílimo
ou fragilíssimo.

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A terceira afirmação está correta, pois realmente o superlativo absoluto sintético de magro é
magríssimo ou macérrimo.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

56. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Assinale a alternativa que apresenta o adjetivo negros no grau comparativo.
a) Iracema tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna.
b) Aqueles são os cabelos mais negros de toda a tribo.
c) Iracema tinha os cabelos muito negros!
d) Que lindos e negríssimos cabelos!

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “mais negros que” apresenta o grau comparativo de
superioridade entre a negritude do cabelo de Iracema e da asa da graúna.

Na alternativa (B), a expressão “mais negros de toda a tribo” apresenta o grau superlativo relativo de
superioridade.

Na alternativa (C), a expressão “muito negros” apresenta o grau superlativo absoluto analítico.

Na alternativa (D), o adjetivo “negríssimos” apresenta o grau superlativo absoluto sintético.

Gabarito: A

57. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


“Naquele tempo, as janelas da escola eram muito grandes e as ruas eram um teatro - não como são hoje as
ruas de São Paulo, tomadas pelos carros, sem calçadas. Tinha o sujeito que vinha com a matraca,
vendendo biju, tinha o padeiro que trazia o cheiro do pão e a beleza de seus arranjos na perua. "
Em qual alternativa há duas locuções adjetivas retiradas do texto acima?
a) do pão / na perua
b) da escola / de São Paulo
c) pelos carros / sem calçadas
d) com a matraca / muito grandes

Comentário: Se o adjetivo é palavra que caracteriza o substantivo, a locução adjetiva é a expressão precedida
de preposição e seguida por um nome a qual caracteriza um substantivo.

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A expressão “da escola” caracteriza o substantivo “janelas”, “de São Paulo” caracteriza o substantivo
“ruas”, “do pão” caracteriza o substantivo “cheiro”. As demais expressões destacadas no texto são locuções
adverbiais.

Assim, a alternativa correta é a (B).

Gabarito: B

58. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2016)


Marque a opção em que o termo em destaque não modifica um substantivo.
a) E nesse dia então/ vai dar na primeira edição/ cena de sangue num bar da Avenida São João. (Paulo
Vanzolini)
b) esta situação, como outras que o dia a ouviram o brado retumbante de um povo heroico. (Joaquim
Osório Duque Estrada)
c) Alguma coisa acontece no meu coração/que só quando cruza a Ipiranga com a avenida São João.
(Caetano Veloso)
d) Gostava do Ipiranga quando ele ainda era um riacho bucólico e despoluído.

Comentário: O valor adjetivo pode ser encontrado em palavras que caracterizam o substantivo, podendo ser
o próprio adjetivo (menina bela), numeral (segundo ano), artigo (o aluno), pronome (meu pai) e também
locuções adjetivas (preposição + nome: casa de pedra).

A questão pede a alternativa que apresenta expressão em negrito que não modifica um substantivo,
isto é, que não o caracteriza. Assim, fica fácil notar que a alternativa (D) apresenta o complemento verbal
“do Ipiranga”, pois ele está ligado ao verbo, não a um nome. Por isso, devemos marcar esta alternativa.

Já as demais alternativas apresentam expressão de valor adjetivo, pois “da Avenida São João”
caracteriza o substantivo “bar”; “do Ipiranga” caracteriza o substantivo “margens” e “meu” caracteriza o
substantivo “coração”.

Gabarito: D

59. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2016)


Em qual alternativa a forma plural dos adjetivos compostos está incorreta?
a) competição infanto-juvenil /competições infanto-juvenis
b) olho castanho-escuro / olhos castanhos-escuros
c) aluno surdo-mudo / alunos surdos-mudos
d) blusa azul-turquesa / blusas azul-turquesa

Comentário: A alternativa (A) está correta, haja vista que o adjetivo composto flexiona apenas o segundo
elemento se este for adjetivo, como ocorreu com “infanto-juvenis”.

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A alternativa (B) é a errada, pois o primeiro elemento do adjetivo composto não varia. Assim, a flexão
correta é “olhos castanho-escuros”.

A alternativa (C) está correta, pois o adjetivo composto “surdo-mudo” permite a variação de ambos
os elementos: “surdos-mudos”.

A alternativa (D) está correta, pois, segundo o Dicionário Aurélio, “turquesa” originalmente é um
substantivo que se refere ao mineral triclínico, azulado ou esverdeado, fosfato hidratado de alumínio e
cobre, usado como pedra preciosa. Assim, seu comportamento de flexão é idêntico ao que vimos em “cinza”,
“violeta”, isto é, não varia com valor adjetivo.

Gabarito: B

60. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)


Relacione a coluna da direita com a da esquerda quanto à correspondência entre os adjetivos e as locuções
adjetivas. A seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.
1. de estômago ( ) auricular
2. de coração ( ) cardíaco
3. de fígado ( ) hepático
4. de orelha ( ) gástrico
a) 2 – 3 – 4 – 1
b) 4 – 2 – 3 – 1
c) 2 – 4 – 3 – 1
d) 4 – 1 – 2 – 3

Comentário: O adjetivo “auricular” tem relação com “orelha”, por isso recebe o número 4; “cardíaco” tem
relação com coração, por isso recebe o número 2. Assim, já sabemos que a alternativa (B) é a correta.

O adjetivo “hepático” tem relação com “fígado”, por isso recebe o número 3; e “gástrico” tem relação
com “estômago”, por isso recebe o número 1.

Gabarito: B

61. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)


Marque a opção em que a expressão destacada possui valor adjetivo.
a) Com medo, enfiou-se sob a mesa.
b) Sem piedade, os romanos aniquilaram reinos vizinhos.
c) Os cientistas, com a mesma cautela de sempre, negaram a existência de seres de outros planetas.
d) Descobri que, na vida, por conta da ignorância, os homens sem educação oferecem maior resistência às
novas ideias.

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Aula 03

Comentário: Para a expressão apresentar valor adjetivo, deve se ligar a um substantivo e o caracterizar. Isso
ocorre apenas na alternativa (D), que é a correta, pois a locução adjetiva “sem educação” caracteriza o
substantivo “homens”: homens sem educação.

Na alternativa (A), há locução adverbial, pois “Com medo” modifica o verbo “enfiou” e transmite
circunstância de modo: Enfiou-se como? Com medo.

Na alternativa (B), há locução adverbial, pois “Sem piedade” modifica o verbo “aniquilaram” e
transmite circunstância de modo: Aniquilaram reinos vizinhos como? Sem piedade.

Na alternativa (C), há locução adverbial, pois “com a mesma cautela de sempre” modifica o verbo
“negaram” e transmite circunstância de modo: Negaram como? Com a mesma cautela de sempre.

Gabarito: D

62. (Aeronáutica / AFA Aviador 2017)


Assinale a alternativa em que a mudança de lugar do vocábulo em destaque NÃO provoca modificação no
sentido da frase.
a) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo (...)” => Graças a ela temos acesso à informação
toda do mundo (...)
b) “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos...” => um admirável novo mundo abriu-se ante
nossos olhos...
c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” => As redes sociais desfraldaram um
mundo novo completamente...
d) “...trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes...” => ...trouxe para perto das pessoas
comuns os distantes amigos...

Comentário: Na alternativa (A), há modificação de sentido, pois, em “temos acesso a toda informação do
mundo”, há uma noção de qualquer informação que há no mundo; já em “temos acesso à informação toda
do mundo”, note o artigo “a” antes de informação. Note que agora o sentido é de uma só informação por
completo, e não qualquer informação.

A alternativa (B) é a que devemos marcar, pois as expressões “um admirável mundo novo” e “um
admirável novo mundo” transmitem uma ideia de moderno, recente, renovado.

Na alternativa (C), temos a mesma expressão “mundo novo”, “novo mundo”, porém há a presença
do advérbio “completamente”, o que acaba fazendo diferença no sentido. Note que, em “desfraldaram um
mundo completamente novo”, o advérbio “completamente” modifica o adjetivo “novo”: completamente
novo, novo por completo. Já, em “desfraldaram um mundo novo completamente”, entendemos que o
advérbio “completamente” modifica o verbo “desfraldaram”: desfraldaram-no completamente.

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Na alternativa (D), a expressão “os amigos distantes” transmite a ideia de que os amigos estão
concretamente distantes, moram longe. Porém, na expressão “distantes amigos”, há a ideia de que os
amigos não são tão próximos abstratamente, isto é, a relação de amizade é fria, não é intensa.

Gabarito: B

63. (Aeronáutica / AFA Aspirante 2017)


Assinale a alternativa em que a mudança de lugar do vocábulo em destaque NÃO provoca modificação no
sentido da frase.
a) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo (...)” => Graças a ela temos acesso à informação
toda do mundo (...)
b) “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos...” => um admirável novo mundo abriu-se ante
nossos olhos...
c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” => As redes sociais desfraldaram um
mundo novo completamente...
d) “...trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes...” => ...trouxe para perto das pessoas
comuns os distantes amigos...

Comentário: Na alternativa (A), “toda” antes de “informação” tem valor de qualquer; já após tem valor de
totalidade.

A alternativa (B) é a correta, pois “mundo novo” e “novo mundo” apresentam a mesma ideia de
moderno, recente.

Na alternativa (C), “novo” se encontra após o advérbio “completamente”, o qual modifica tal adjetivo.
Assim, entendemos que o mundo é novo por completo. Já na segunda estrutura o adjetivo “novo” encontra-
se antes do advérbio. Assim, tal advérbio pode modificar não mais o adjetivo, mas a ação verbal
“desfraldaram”. Assim, a modificação da posição do adjetivo novo fez com que o advérbio “completamente”
mudasse o seu referente e naturalmente isso muda o sentido.

Na alternativa (D), amigos distantes significa aqueles que estão longe, distantes fisicamente; já
distantes amigos significa aqueles que não apresentam muita afinidade com os demais.

Gabarito: B

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6 - Numeral
O numeral tem função quantificadora, a qual transmite um valor definido. Ele pode indicar:

a) quantidade - Choveu durante quatro semanas.

b) ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto.

c) multiplicação - O operário pediu o dobro do salário.

d) fração - Comeu meia maça.

Assim, os numerais podem se classificar em:

a. Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres.

b. Ordinal: indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.

c. Multiplicativo: expressa quantas vezes a quantidade foi aumentada.

d. Fracionário: indica em quantas partes a quantidade foi dividida.

Veja um quadro que nos mostra esses numerais:

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro meio
três terceiro triplo terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze undécimo undécuplo onze avos
doze duodécimo duodécuplo doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
quatorze ou catorze décimo quarto - quatorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos

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dezesseis décimo sexto - dezesseis avos


dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos tricentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos seiscentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão ou bilião bilionésimo - bilionésimo

1 – Flexão

a. Flexão em gênero: variam em gênero os cardinais um, dois e os de duzentos a novecentos; todos os
ordinais; os multiplicativos e os fracionários quando expressam uma ideia adjetiva em relação ao
substantivo. Exemplos:

João deu um salto duplo e um triplo e tomou uma dose quádrupla de vitaminas.

Comi meio abacate e meia banana.

Emprego das Classes de Palavras 78

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b. Flexão em número: variam em número os cardinais terminados em “-ão” (Bilhões de dólares foram
perdidos com a crise.), todos os ordinais (As primeiras pessoas passaram no teste.), os multiplicativos com
valor de adjetivo (Tomei dois copos duplos de leite.), os fracionários, dependendo do cardinal que os
antecede (Gastou dois terços do salário.).

Observações:

a. O numeral ora aparece com valor substantivo ora com valor adjetivo (acompanhando o substantivo)

b. O numeral pode ser substantivado pela anteposição de artigo ou outro determinante:

O um fica depois do efe na sigla da Ferrari: F1.

Agora vamos tirar a prova dos noves.

Os quatros da placa estão tortos.

c. Com valor adjetivo normalmente o numeral tem a função sintática de adjunto adnominal e, por isso,
passível deslocamentos dentro do sintagma nominal:

Ele era o segundo irmão entre os homens.

Ele era o irmão segundo entre os homens.

Pode combinar-se coordenativamente com outros adjetivos:

Choveu muito nos primeiros e gelados dias deste inverno.

d. A palavra ambos alude a dois seres concretos já mencionados no discurso:

Pai e filho acidentaram-se, mas ambos não tiveram nenhuma escoriação.

Algumas gramáticas divergem quanto à sua classificação morfológica, porque ela não só quantifica (papel
fundamental do numeral), mas também, refere-se a seres já previamente indicados ou conhecidos no
discurso – dêixis anafórica – (papel do pronome). Portanto, fica para ambos uma das duas classificações:
numeral ou pronome.

Ambos admite posição anteposta ou posposta ao nome que modifica:

Ambos os filhos ou os filhos ambos

Aceita também a anteposição ou posposição do numeral dois, para registrar ênfase:

João e Maria eram irmãos; os dois ambos são engenheiros.

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7 - Preposição
A preposição é palavra que não se flexiona e liga palavras ou orações reduzidas. Essa ligação pode se dar pela
regência verbal ou nominal, a qual chamamos de preposição relacional ou pela necessidade de sentido, a
qual é chamada de preposição nocional.

Assim, normalmente as preposições que iniciam o objeto indireto, o complemento nominal, as


orações subordinadas substantivas objetivas indiretas e as completivas nominais são as relacionais e não
possuem sentido. Já as preposições que iniciam adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais e orações
subordinadas adverbiais reduzidas são as nocionais.

Exemplos com preposições relacionais:

Obedeço aos meus princípios. Sou obediente aos meus princípios.


VTI objeto indireto VL + predicativo complemento nominal

Tenho certeza de que você será aprovado.


oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal

Não duvide de que você será aprovado.


oração principal oração subordinada substantiva objetiva indireta

Exemplos com preposições nocionais:

Estou sem recursos. Estudei a aula de Regência Verbal


VI adjunto adverbial de modo VTD adjunto adnominal
objeto direto

Comprei esta aula para realizar muitos exercícios.


oração principal oração subordinada adverbial de finalidade

Além dessa divisão das preposições, as palavras exclusivamente de valor preposicional são chamadas
preposições essenciais (a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob,
sobre, trás); e as palavras de outras classes gramaticais que, em determinados contextos, podem atuar como

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preposições são chamadas de preposições acidentais (como=na qualidade de, exceto, fora, mediante, salvo,
senão, tirante).

Como advogado, não é conveniente agir dessa forma.

O conjunto de duas ou mais palavras que tem o valor de uma preposição é chamado de locuções
prepositivas. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição: abaixo de, acerca de, acima de, ao
lado de, a respeito de, a despeito de, de acordo com, dentro de, embaixo de, em cima de, em frente a, em
redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás de etc

Várias preposições ligam-se a palavras de outras classes gramaticais, passando a constituir um único
vocábulo. Essa ligação se dá por combinação ou contração.

a) Ocorre combinação quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas. É o
que acontece entre a preposição a e o artigo masculino o, os: ao, aos.

b) Ocorre contração quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, sofre modificações em sua estrutura
fonológica. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos
pronomes, originando formas como as seguintes: do, dos, da, das, num, numa, numas, disto, disso, daquilo,
naquele, naqueles, naquela, naquelas, pelo, pelos, pela, pelas.

c) A contração da preposição a com artigos ou pronomes demonstrativos a, as ou com o a inicial dos


pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo recebe o nome de crase: à, às, àquele, àqueles, àquela,
àquelas, àquilo.

Observação: Deve-se evitar a contração de preposição que inicia orações preposicionadas com o
sujeito dela, em construções como “Está na hora da onça beber água”. O ideal é a separação. Veja:

Está na hora de a onça beber água.

Neste caso, perceba que a preposição “de” é exigida pelo substantivo “hora” para iniciar a oração
subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo “de a onça beber água” (Está na hora
disso.), e o sujeito do verbo “beber” é apenas “a onça”, sem a preposição “de”. Por isso, devemos evitar a
contração.

Vejamos, agora, os principais valores e empregos das preposições:

A: Normalmente introduz o objeto indireto, o complemento nominal e o adjunto adverbial. Pode, ainda, ligar
os verbos de uma locução (estou a entender). Veja os principais sentidos da preposição nocional “a”:

1) causa ou motivo: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido dos amigos.

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2) conformativa: puxar ao pai; sair à mãe.

3) destino (em correlação com a preposição de): de São Paulo a Salvador; daqui a Belo Horizonte.

Ante: Normalmente introduz adjunto adverbial, indicando posicionamento:

1) lugar: em frente a, perante: A verdade está ante nossos olhos;

2) causa: em consequência de; diante de: Ante os protestos, recuou da decisão.

Observação: A preposição “ante” não admite outra preposição em seguida. Assim, não se pode dizer
“Ante a ela...”, o correto é “Ante ela...”.

O mesmo ocorre com “perante”: “Chorou perante ela.”

Veja que a preposição “ante” tem como sinônimas as locuções prepositivas “em frente a”, “em
consequência de”, “diante de”, as quais obrigatoriamente são finalizadas com a preposição “de”.

Até: Normalmente introduz adjunto adverbial; indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando
substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da preposição a:

Caminharam até a entrada do estacionamento. ou

Caminharam até à entrada do estacionamento.

Observação: Não devemos confundi-la com a palavra denotativa de inclusão “até”, que se usa para reforçar
uma declaração com o sentido de “inclusive”, “também”, “mesmo”, “ainda”. Isso é importante, porque a
preposição pede pronome pessoal oblíquo: João chegou até mim e disse tudo.

Já a palavra denotativa exige pronome pessoal reto: Até eu acreditei nele.

Com: A preposição “com” introduz objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial e indica estas
relações:

1) causa: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação.

2) companhia: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos.

3) concessão: com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro; com ser imperfeito, o homem constrói
máquinas perfeitas.

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4) instrumento: abrir a porta com a chave, matar alguém com as mãos.

5) matéria: vinho se faz com uva.

6) modo: andar com cuidado; tratar com carinho.

7) oposição: jogar com (= contra) os ingleses.

8) referência: com sua irmã aconteceu diferente; comigo sempre é assim.

9) simultaneidade (tempo): o povo canta, com os soldados, o Hino Nacional; com o tempo os frutos
amadurecem; hoje, em todas as atividades a mulher concorre com o homem.

Contra: Introduz objeto indireto ou adjunto adverbial e indica estas relações:

1) oposição: jogar contra os ingleses; lançar uma pedra contra alguém; remar contra a maré; depor contra
alguém; ser contra o governo.

2) direção: olhar contra o sol.

3) proximidade ou contiguidade: apertar alguém contra o peito; cingir contra o coração a bandeira.

De: A preposição “de” introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto
adnominal, adjunto adverbial e indica estas relações:

1) assunto: falar de futebol.

2) causa: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade.

3) conteúdo: xícara de café; maço de cigarros.

4) definição: homem de bom-senso; pessoa de coragem.

5) dimensão: prédio de dois andares; sala de vinte metros quadrados.

6) fim: dar-lhe algo de beber; automóvel de passeio.

7) instrumento ou meio: apanhar de chicote; briga de faca, brincar de mão, viajar de avião, viver de ilusões.

8) lugar (de origem): vir de Madri; descender de alemães; ver de perto.

9) matéria: corrente de ouro; chapéu de palha; material feito de plástico.

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10) medida ou extensão: régua de 30cm, rua de 20km.

11) modo: olhar alguém de frente, ficar de pé.

12) posse: casa de Luís, olhar de Maísa.

13) preço: caderno de um real.

14) qualidade: vender artigo de primeira.

15) semelhança ou comparação: olhos de gata, atitudes de imbecil.

16) tempo: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite.

Desde: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações:

1) lugar: dormir desde lá até cá.

2) tempo: desde ontem estou assim.

É errada a construção “desde de”: desde de 1945 isso não acontece por aqui.

Em: Introduz objeto indireto, complemento nominal e adjunto adverbial e indica estas relações:

1) estado ou qualidade: ferro em brasa; televisor em cores; foto em branco e preto; votos em branco.

2) fim: vir em socorro; pedir em casamento.

3) forma ou semelhança: juntar as mãos em conchas.

4) limitação: em Matemática nunca foi bom aluno.

5) lugar: ficar em casa; o jantar está na mesa.

6) meio: pagar em cheque; indenizar em ações.

7) modo: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês.

8) preço: avaliar a casa em milhares de reais.

9) sucessão: de grão em grão; de porta em porta.

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10) tempo: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em minutos, no ano 2000.

11) transformação ou alteração: mudar a água em vinho, transformar reais em dólares.

Entre: Introduz adjunto adverbial e indica posição intermediária:

1) lugar: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os aprovados.


2) meio social: entre os índios se age dessa forma.

3) reciprocidade: entre mim e ela sempre houve harmonia; entre nós há paz.

4) tempo: ela virá entre dez e onze horas.

Para: Introduz complemento nominal, adjunto adverbial e pode indicar estas relações:

1) consequência: estar muito alegre para preocupar-se com mesquinharias; ser bastante inteligente para não
cair em esparrela.

2) fim: nascer para o trabalho; vir para ficar; chegar para a conferência.

3) lugar de destino, direção: ir para Madri; apontar o dedo para o céu.

Observação: Não é de rigor, mas a preposição “para”, com valor de lugar de destino dá ideia de estada
permanente ou definitiva; ao contrário da preposição “a”, que geralmente exprime breve regresso: De fato,
vamos para o céu, para o inferno, etc.

Deve-se evitar a construção “Vamos ao céu, ao inferno”, porque de tais lugares não há regresso.

4) proporção: As baleias estão para os peixes assim como nós estamos para as galinhas.
5) em benefício: Busque para mim aquele lençol, menino.

6) tempo: Aqui tem água para dois dias apenas. Para o ano irei a Salvador. Lá para o final de dezembro
viajaremos.

7) opinião: Para mim o Brasil nunca teve políticos de verdade.

Perante: Introduz adjunto adverbial e indica a relação de lugar (posição em frente): Perante o juiz, negou o
crime.

Seu sentido se estende ao posicionamento sobre algo:

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Perante tais circunstâncias, inclinei-me a defender o réu.

Observação: Esta preposição não admite outra preposição em seguida. Assim, não use perante a: perante a
Deus, perante ao juiz, etc.

Por: Introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial e pode indicar
estas relações:

1) causa: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem, por isso é que a chamei.

2) conformativa: tocar pela partitura; copiar pelo original.

3) favor: morrer pela pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu.

4) lugar: ir por Bauru, morar por aqui.

5) medida: vender bolacha por quilo.

6) meio: ler pelo rascunho; ir por terra; levar pela mão; contar pelos dedos; enviar pelo Correio; mandar um
recado por alguém.

7) modo: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por alto o que aconteceu.

8) preço: comprar o livro por dois reais; vender a mercadoria pelo custo.

9) quantidade: chorar por três vezes; perder por O a 2.

10) substituição: deixar o certo pelo duvidoso; comprar gato por lebre; jurar por Deus; valer por cinco homens.

11) tempo: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela manhã.

Sem: Introduz adjunto adnominal e adjunto adverbial e indica a relação de ausência ou desacompanhamento
(que pode ser vista como modo): estar sem dinheiro; palavras sem sentido; sem o empréstimo, não
construiremos a casa; não se vive sem oxigênio.

Sob: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações:

1) lugar (posição inferior): ficar sob o viaduto.

2) modo: sair sob pretexto não convincente.

3) tempo: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II.

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Sobre: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações:

1) assunto: conversar sobre política; falar sobre futebol.

2) direção: ir sobre o adversário.

3) excesso: sobre ser ignorante, era presunçoso.

4) lugar (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz; flutuar sobre as ondas.

Trás: No português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; atua, sempre, como parte de outras
expressões: nas locuções adverbiais “para trás” e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução
prepositiva “por trás de” (ficar por trás do muro).

Observações:

a) Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra, sem que isso acarrete prejuízo
de construção ou de significado. Eis alguns exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo,
em frente a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto a/com/de.

b) Com o verbo ter, usa-se “de” ou “que”, havendo ideia de obrigatoriedade ou necessidade: Tenho
de/que viajar amanhã sem falta.

Temos de/que terminar isto ainda hoje.

O “que”, neste caso, é uma preposição.

c) A preposição “de” faz parte do adjetivo superlativo relativo, indicando limitação de um grupo:

Ele é o mais exigente de todos os irmãos.

Você é o menos crítico do grupo.

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64. (Marinha / Colégio Naval Aluno 2017)


Assinale a opção na qual o valor semântico da preposição em destaque foi classificado corretamente.
a) "[...] pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao vivo [...]." (1°§) - tempo
b) "[...] esta situação, como outras que o dia a dia me oferece [...]" (3°§) - sucessão
c) "[...] deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros." (1°§) - finalidade
d) "[...] sem compromisso, a não ser o de evitar a chatice." (6°§) - oposição
e) "Um casal de meia idade se senta à mesa vizinha [...]." (1°§) - origem

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a preposição “a” em “ao vivo” tem valor de modo.

A alternativa (B) é a correta, pois a preposição “a” em “dia a dia” marca uma sucessão temporal.
Assim, entendemos que dia após dia algo ocorre.

A alternativa (C) está errada, pois o verbo “deu” exigiu a preposição “para”. Assim, neste contexto,
tal preposição é relacional, não apresenta sentido.

A alternativa (D) está errada, pois a preposição “a”, neste contexto, não transmite valor de oposição,
mas auxilia no valor de exceção da expressão “a não ser”.

A alternativa (E) está errada, pois a preposição “de” inicia o adjunto adnominal “de meia idade”.
Assim, tem valor restritivo.

Gabarito: B

65. (Marinha / Colégio Naval Aluno 2014)


Assinale a opção que indica corretamente o valor semântico da preposição em destaque.
a) "[...]pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto [...]" (5°§) - lugar.
b) "[...]para buscar textos sobre um tema [...]" (4°§)- posição superior.
c) "[..,] após um dia de intenso trabalho no retorno para casa [...]"(3°§) - modo.
d) "Aí, um belo dia elas vão para a escola." (7°§) - origem.
e) "Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos" (6°§) - delimitação.

Comentário: Na alternativa (A), a preposição “para” pode ser substituída por “a fim de”. Assim, entendemos
que há o valor de finalidade, e não de lugar.

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Na alternativa (B), a preposição “sobre” apresenta valor de assunto, e não de posição superior.

Na alternativa (C), a preposição “de” delimita o sentido do substantivo “dia”. Assim, não cabe modo.

Na alternativa (D), a preposição “para” transmite valor de destino, e não de origem.

A alternativa (E) é a correta, pois “de estímulos” é uma locução adjetiva que delimita o sentido do
substantivo “profusão”. Assim, a preposição “de” apresenta valor de delimitação.

Gabarito: E

66. (Marinha / SMV Oficial 2016)


Qual o valor semântico da preposição na frase "Comprou um livro para presentear o amigo."?
A) Meio.
B) Finalidade.
C) Instrumento.
D) Matéria.
E) Causa.

Comentário: Podemos trocar, neste contexto, a preposição “para” por “a fim de”, “com o objetivo de”, por
isso cabe o valor semântico de finalidade e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

67. (Marinha / SMV Oficial 2016)


Qual o valor semântico da preposição na frase "A jovem comprou um lindo anel de ouro."?
a) Causa.
b) Matéria.
c) Companhia.
d) Finalidade.
e) Instrumento.

Comentário: A preposição da frase é “de”, a qual inicia a locução adjetiva “de ouro” que qualifica “anel”,
transmitindo valor de matéria, isto é, de que é feito o anel, qual material é utilizado.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

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68. (Marinha / SMV Praça 2016)


Qual o valor semântico da preposição destacada na frase
"Muita gente morre de fome no país."?
a) Meio.
b) Causa.
c) Companhia.
d) Instrumento.
e) Modo.

Comentário: A preposição “de” transmite valor de causa, pois podemos entender que muita gente morre
por causa da fome, devido a ela.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

69. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2016)


Assinale a opção na qual a preposição em destaque tem o mesmo valor semântico que "[...] pessoas em
bares e restaurantes que não interagem [...]." (2°§)
a) Em 1990, poucas eram as pessoas que utilizavam o aparelho celular.
b) Em se tratando de educação, estamos aquém dos japoneses e dos canadenses.
c) Em dias de chuva, o prudente é dirigir mais devagar e mais atentamente.
d) Os candidatos, enfileirados, estavam em posição de sentido.
e) Quando puder, morarei em Maceió porque é uma cidade encantadora.

Comentário: A preposição “em”, no pedido da questão, transmite valor de lugar. Onde? Em bares e
restaurantes.

Na alternativa (A), a preposição “em”, na locução adverbial “Em 1990”, transmite valor de tempo.
Quando? Em 1990.

Na alternativa (B), a preposição “em”, na oração “Em se tratando de educação”, transmite valor de
referência ou enquadramento semântico, isto é, relativo, referente a tal tema.

Na alternativa (C), a preposição “em”, na locução adverbial “Em dias de chuva”, transmite valor de
tempo. Quando? Em dias de chuva.

Na alternativa (D), a preposição “em”, na locução adverbial “em posição de sentido”, transmite valor
de modo. Estavam como? Em posição de sentido.

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A alternativa (E) é a que devemos marcar, pois “em Maceió” transmite valor de lugar. Morará onde?
Em Maceió.

Gabarito: E

70. (Exército / EsFCEx Oficial 2018)


No trecho “O que valida a existência da moeda é uma gigantesca planilha que detém o conjunto de todas as
operações já feitas, constantemente atualizada por milhares de servidores anônimos ao redor do
mundo.”, há:
I. Somente uma preposição essencial.
II. Somente uma locução prepositiva.
III. Duas preposições acidentais.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas I e III estão corretas.
e) Apenas II e III estão corretas.

Comentário: A afirmação I está errada, pois no trecho há as preposições essenciais “de”, “por” e “a”.

A afirmação II está correta, pois “ao redor de” é uma locução prepositiva, por ser constituída de
preposição + nome + preposição.

A afirmação III está errada, pois não há preposição acidental neste trecho.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

71. (Exército / EsFCEx Oficial 2017)


Marque a alternativa correta acerca da circunstância introduzida pelas preposições em destaque no texto
abaixo:
“Alguns disparos podem calar representantes emblemáticos da vida selvagem, como Cecil, o leão mais
querido do Zimbábue, morto em julho a flechadas, ou as dezenas de rinocerontes e elefantes ameaçados
de extinção que são derrubados a bala, todo mês, em diversos países da África.”
a) destino
b) instrumento
c) posse
d) gradação

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e) extensão

Comentário: Entendemos que alguém utilizou flechas para matar o leão e outra utilizou munição, bala para
matar dezenas de rinocerontes e elefantes. Assim, vemos que a preposição “a” em “a flechadas” e “a bala”
tem valor de instrumento e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

72. (Exército / EsFCEx Oficial 2015)


Leia o trecho a seguir, analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra “V", quando se tratar
de afirmativa verdadeira, e a letra “F", quando se tratar de afirmativa falsa. Em seguida, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
“Esse crescimento exponencial da população se reflete, também, na superexploração de recursos naturais e
na degradação de ambientes em todo o planeta."
No trecho em destaque:
( ) As palavras se e na são classificadas como preposições acidentais.
( ) As palavras de e em são classificadas como preposições essenciais.
( ) A palavra da é classificada como uma preposição essencial combinada.
( ) A palavra na é classificada como uma preposição contraída graças à ressonância nasal.
a) V -V -F -V
b) F - V - F - V
c) F - V - F - F
d) V - V - F - F
e) F - V - V - F

Comentário: A primeira afirmação é falsa, pois “se” é um pronome e “na” é uma contração da preposição
essencial “em” com o artigo “a”.

A segunda afirmação é verdadeira, pois as preposições “de” e “em” são essenciais.

A terceira afirmação é falsa, pois a palavra “da” é resultado da contração da preposição essencial
“de” com o artigo “a”. Assim, não cabe combinação, mas contração.

A quarta afirmação é verdadeira, pois a palavra “na” é resultado da contração da preposição “em”
com o artigo “a”.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

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73. (Aeronáutica / EPCAR Cadete 2015)


Assinale a alternativa em que a preposição de estabelece a mesma relação semântica presente na frase
abaixo.
“...num curioso teste de autoconhecimento: ..." (l.109 e 110)
a) “...as pernas bambas de tanto rir."
b) “Você precisa de tristeza e de alegria..."
c) “Sob os olhos atentos de uma enfermeira."
d) “...há muitos profissionais de saúde..."

Comentário: Na expressão “...num curioso teste de autoconhecimento: ...", notamos que a preposição “de”
inicia locução adjetiva que transmite valor de tipo, referente a.

O mesmo ocorre na alternativa (D), pois entendemos que são profissionais de uma área, profissionais
referentes à saúde.

Na alternativa (A), “de tanto rir” é a causa de as pernas estarem bambas. Assim, a preposição “de”
transmite valor de causa.

Na alternativa (B), a preposição “de” é relacional, isto é, é uma exigência do verbo “precisa”.

Na alternativa (C), a preposição “de” tem valor de posse, pois entendemos que os olhos atentos são
de uma enfermeira.

Gabarito: D

8 - Advérbio
O advérbio é palavra que não varia e transmite circunstância. Ela pode modificar o verbo, o adjetivo, outro
advérbio e também toda uma oração. Vemos na aula de sintaxe que sua função sintática é a de adjunto
adverbial. Pode haver duas ou mais palavras com valor de um advérbio. A elas chamamos locução adverbial,
a qual é iniciada por uma preposição.

Os principais advérbios e locuções adverbiais são de:

1) Lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, longe, perto, dentro, adiante, defronte, onde, acima, abaixo,
atrás, em cima, por fora, de cima, à direita, à esquerda, ao lado, de fora, alhures (= em outro lugar) nenhures
(= em nenhum lugar), algures (= em algum lugar) etc.

Deixei minha carteira ali. Estavam todos atrás da porta.

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Aula 03

2) Tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente, sempre, nunca, jamais, cedo, tarde,
antes, depois, logo, já, agora, ora, então, outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando,
às vezes, de repente, hoje em dia etc.

Ontem falei com ela. Estudaram à noite.

3) Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, às claras, às pressas, à vontade, à toa, de cor, de mansinho,
de cócoras, em silêncio, com rancor, sem medo, frente a frente, face a face, facilmente (e a maioria dos
terminados em –mente), rapidamente, lentamente etc.

Eles entraram depressa. Ela está bem.

4) Intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, tão, bastante, assaz, demais, bem, tanto, de pouco,
deveras, quanto, quase, apenas, mal, de todo etc.

Meu irmão estuda muito. (ligado ao verbo estuda)

Ela é muito alta. (ligado ao adjetivo alta)

Seu colega escreve muito bem. (ligado ao advérbio bem)

5) Afirmação: sim, decerto, efetivamente, seguramente, realmente, certamente, sem dúvida, por certo, com
certeza etc.

Iremos realmente. Estarei aí amanhã com certeza.

6) Negação: não.

Não participarei da reunião.

7) Dúvida: talvez, acaso, porventura, quiçá, provavelmente, possivelmente, eventualmente etc.

Talvez ele acerte tudo.

Além dessas circunstâncias, veja outras que só podem ocorrer com locuções adverbiais:

1) De causa: Tremia de frio.

2) De meio: Iremos de navio.

3) De instrumento: Cortou-se com a lâmina.

4) De condição: As feras não vivem sem carne.

5) De concessão: Foi à praia apesar do temporal.

Emprego das Classes de Palavras 94

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6) De conformativa: Agiu conforme a situação.

7) De assunto: Conversaram sobre a situação.

8) De fim ou finalidade: Sempre viveu para o estudo.

9) De companhia: Saiu com o pai.

Também é importante ressaltarmos os advérbios interrogativos, os quais são empregados em frases


interrogativas diretas ou indiretas. Esses advérbios podem exprimir lugar, tempo, modo, causa ou preço:

1) De lugar: onde?

Onde está o material? Ignoro onde está o material.

2) De tempo: quando?

Quando virá o cientista? Não sei quando virá o cientista.

3) De modo: como?

Como aconteceu o acidente?

Desconhecemos como aconteceu o acidente.

4) De preço ou valor: quanto?

Quanto custa o aparelho? Não me disseram quanto custa o aparelho.

5) De causa: por que?

Por que ele faltou? Explique-me por que ele faltou.

Nessas construções, perceba que a frase interrogativa direta é a que termina com ponto de
interrogação, e a interrogativa indireta normalmente possui verbo transitivo direto. Assim, as orações “onde
está o material”, “quando virá o cientista”, “como aconteceu o acidente”, “quanto custa o aparelho”, “por
que ele faltou” são subordinadas substantivas objetivas diretas, pois os verbos “Ignoro”, “sei”,
“Desconhecemos” e “disseram” são transitivos diretos e “Explique” é transitivo direto e indireto.

Esta é uma das peculiaridades da oração subordinada substantiva objetiva direta. Note que as
orações elencadas acima não estão sendo iniciadas por conjunção integrante, mas por advérbios
interrogativos.

Emprego das Classes de Palavras 95

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Aula 03

Veja que a última oração (“por que ele faltou”) é entendida como oração objetiva direta
preposicionada, por ser iniciada com a preposição “por” sem a exigência do verbo “Explique-me”.

Observações:

a) Os vocábulos “muito, pouco, bastante, tanto, mais, menos” podem ser advérbios de intensidade ou
pronomes indefinidos. Assim, dependendo do contexto muda-se a classe gramatical:

Eles falavam bastante. Tenho bastantes livros.

Eles falavam muito. Recebi muitos apoios.

advérbio pronome indefinido

b) A palavra “bem” pode ser advérbio de intensidade ou de modo.

Ele fala bem. (advérbio de modo)

Ele está bem cansado. (advérbio de intensidade)

c) As palavras derivadas terminadas em -mente são advérbios.

Antigamente se lia menos. (advérbio de tempo)

Andavam tranquilamente pela praia. (advérbio de modo)

Irei certamente à noite. (advérbio de afirmação)

d) Nunca e jamais são advérbios de tempo.

Jamais farei isso. (Em momento algum farei isso.)

74. (Marinha / Escola Naval Oficial 2017)


Leia o trecho abaixo.
"Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real.” (9°§)
Assinale a opção que apresenta um sentido equivalente ao da expressão destacada acima.
a) Dificilmente.

Emprego das Classes de Palavras 96

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Aula 03

b) Repetidamente.
c) Ocasionalmente.
d) Paulatinamente.
e) Exaustivamente.

Comentário: Se algo quase nunca ocorre, então dificilmente ocorre. Assim, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

75. (Marinha / Escola Naval Oficial 2015)


Fragmentos do texto: Resolvi optar pela forma de plural, pois vejo tanta gente agora com, pelo menos, dois.
O que me pergunto é como se comportaria a maioria das pessoas sem celular, como viver hoje sem ele?
Uma epidemia neurótica grave atacaria a população? Certamente! Quem não tem seu celular hoje em
dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, com ele. Apenas uns poucos retrógrados, avessos ao
progresso tecnológico. A força consumista do aparelho foi crescendo com a possibilidade de suas
crescentes utilizações. Me poupem de enumerá-las, pois só sei de algumas. De fato, ele faz hoje em dia
de um tudo. Diria mesmo que o celular veio a modificar as relações do ser humano com a vida e com as
outras pessoas.
Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho ! Nem posso deixar de reconhecer que ele tem
me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da vida. Mas me utilizo dele pouco e apenas para
receber e efetuar ligações. (...)
Isso tudo me ocorreu enquanto lia o livro infantil O menino que queria ser celular, de Marcelo Pires, com
ilustrações de Roberto Lautert, conta a história de um garotinho que não suporta mais a falta de
comunicação com o pai e a mãe, já que ambos não conseguem desligar o celular nem por um instante,
nem no fim de semana - levam o celular até para o banheiro.
Leia os trechos abaixo:

I) "Até que não custei tanto assim a aderir [...]." (TEXTO 1, 2 °§)
II) "[...] levam o celular até para o banheiro." (TEXTO 2, 5 °§)
Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego dos elementos destacados está correto.
a) No primeiro trecho, o elemento sublinhado funciona como preposição; no segundo, funciona como
advérbio de tempo.
b) No primeiro trecho, a expressão indica realce; no segundo, a palavra em destaque é denotativa,
indicando inclusão.
c) As características morfológicas e semânticas dos elementos em destaque são idênticas em ambos os
trechos.
d) No primeiro trecho, a expressão indica inclusão; no segundo, "até" é advérbio de tempo.
e) Em ambos os trechos, temos elementos denotativos que apresentam significados complementares.

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Comentário: Note que podemos excluir a expressão “Até que”, o que nos indica que é uma expressão
expletiva, de realce. Compare:

Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho!

Não custei tanto assim a aderir a este telefoninho!

Já a segunda palavra é denotativa de inclusão, pois podemos substituí-la por “inclusive”. Confirme:

...já que ambos não conseguem desligar o celular nem por um instante, nem no fim de semana - levam o
celular até para o banheiro.

...já que ambos não conseguem desligar o celular nem por um instante, nem no fim de semana - levam o
celular inclusive para o banheiro.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

76. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)


Fragmentos do texto: A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. (...)
A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa,
sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela
mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias começaram a estourar
como pipoca. (...)
Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos,
religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria
(porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria
devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do
candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do candomblé... (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que
sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar
destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina
aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece:
pum! − e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia
sonhado. (...)
Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia
ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme
barulheira. (...)
As expressões sublinhadas estabelecem uma noção de tempo, EXCETO a que aparece na opção
a) De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar.
b) Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca.

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c) Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do candomblé (...)
d) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum!
e) Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira.

Comentário: Nas alternativas (A) e (B), conseguimos perceber facilmente que as expressões “De vez em
quando” e “dias atrás” transmitem valor de tempo.

Nas alternativas (C) e (D), entendemos uma evolução temporal, em que, após uma ação anterior,
ocorre a próxima: “Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do
candomblé” e “Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum!”.

Já o advérbio “Repentinamente”, isto é, de repente, de maneira repentina, transmite valor de modo:


Como os grãos começaram a estourar? De maneira repentina, repentinamente.

Assim, a alternativa (E) é a que deve ser marcada.

Gabarito: E

77. (Marinha / SMV Oficial 2017)


Assinale a opção em que o sufixo adverbial mente exprime tempo.
A) Mormente.
B) Terrivelmente.
C) Possivelmente.
D) Inadvertidamente.
E) Concomitantemente.

Comentário: O advérbio “concomitantemente” significa “ao mesmo tempo”. Assim, a alternativa (E) é a
correta.

Os demais advérbios apresentam valor de modo.

Gabarito: E

78. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2017)


Em “Mal colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala (...)”, o valor
semântico de mal estabelece gramaticalmente entre as orações que liga uma relação de
a) causa.
b) modo.
c) finalidade.
d) tempo.

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e) contrariedade.

Comentário: O advérbio “mal” está sendo empregado como conectivo que liga duas orações, transmitindo
uma noção de tempo. Entendemos do trecho que, tão logo (assim que, logo que) colocou o papel na
máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

79. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


Assinale a alternativa cuja frase não contém advérbio ou locução adverbial de modo.
A) “Em mim se apoiava, / Em mim se firmava, / Em mim descansava, / que filho lhe sou.” (Gonçalves Dias)
B) “As seculares eram abeatadas, umas pobretonas, falavam muito baixinho, à surdina.” (C. Castelo Branco)
C) “Caminhando às surdas pelo corredor, abriu o armário sutilmente, depôs a carta e desapareceu.” (C.
Castelo Branco)
D) “Subitamente um formidável brado suplantou o barulho das ondas.” (Xavier Marques)

Comentário: A alternativa (A) é a que devemos marcar, pois não encontramos nem advérbio nem locução
adverbial de modo no trecho do poema de Gonçalves Dias.

A alternativa (B) está errada, pois a palavra “muito” é um advérbio de intensidade e a expressão “à
surdina” é locução adverbial de modo.

A alternativa (C) está errada, pois a expressão “às surdas” é locução adverbial de modo e a palavra
“sutilmente” é um advérbio de modo.

A alternativa (D) está errada, pois a palavra “subitamente” é um advérbio de modo.

Gabarito: A

80. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)


Assinale a alternativa em que o termo em destaque não é locução adverbial.
a) “A noite chega mansinho
Estrelas conversam em voz baixa.”
b) “Um dia
Eu hei de morar nas Terras do Sem-fim.”
c) “Eu amo seus olhos que choram sem causa
Um pranto sem dor.”
d) “Eu amo esses olhos que falam de amores

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Com tanta paixão.”

Comentário: Note que a locução “em voz baixa” modifica o verbo “conversam”, transmitindo circunstância
de modo; “nas Terras do Sem-fim” modifica o verbo “morar”, transmitindo circunstância de lugar; e “Com
tanta paixão” modifica o verbo “falam”, transmitindo circunstância de modo. Assim, tais locuções são
adverbiais.

Porém, a locução “sem dor” não se liga ao verbo, mas ao substantivo “pranto”. Assim, é uma locução
adjetiva e tem como papel caracterizar o substantivo.

Portanto, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

81. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Marque a alternativa incorreta quanto à classificação do termo em destaque.
a) A porta do escritório abre-se de manso, os passos de seu Ribeiro afastam-se. (Graciliano Ramos) –
locução adverbial de modo
b) – Mas casaco de pele não se precisa no calor do Rio... (Clarice Lispector) – advérbio de tempo
c) Todas as coisas de que falo estão na cidade / entre o céu e a terra. (Ferreira Gullar) – advérbio de lugar
d) Talvez fosse possível substituir na cabeça uma língua pela outra, paulatinamente, descartando uma
palavra a cada palavra adquirida. (Chico Buarque) – advérbio de intensidade

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois “de manso” é o modo como se abre. Uma forma de termos
certeza desse valor é realizando a seguinte pergunta: A porta do escritório abre-se como?

A alternativa (B) está correta, pois “no calor do Rio” é o tempo. Uma forma de termos certeza desse
valor é realizando a seguinte pergunta: casaco de pele não se precisa quando?

A alternativa (C) está correta, pois “na cidade” é o lugar onde estão todas as coisas de que falo. Uma
forma de termos certeza desse valor é realizando a seguinte pergunta: Todas as coisas de que falo estão
onde?

A alternativa (D) é a errada, pois “paulatinamente” é um advérbio de modo, e não de intensidade.


Uma forma de termos certeza desse valor é realizando a seguinte pergunta: Talvez fosse possível substituir
na cabeça uma língua pela outra como?

Gabarito: D

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82. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Assinale a alternativa em que o termo destacado é advérbio.
a) O bravo chefe falou com o empregado.
b) Rodolfo foi o melhor aluno que eu já tive.
c) Aquele candidato ao cargo de vereador discursa mal.
d) Meu irmão fez um mau negócio ao comprar aquele sítio.

Comentário: Advérbio é palavra que modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio e não se flexiona.

Na alternativa (A), “bravo” caracteriza o substantivo “chefe”. Assim, é adjetivo.

Na alternativa (B), “melhor” caracteriza o substantivo “aluno”. Assim, é adjetivo.

A alternativa (C) é a correta, pois “mal” modifica o verbo “discursa”. Assim, é advérbio.

Na alternativa (D), “mau” caracteriza o substantivo “negócio”. Assim, é adjetivo.

Gabarito: C

83. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2016)


Em qual das alternativas abaixo o advérbio em destaque é classificado como advérbio de tempo?
a) Não gosto de salada excessivamente temperada.
b) Ele calmamente se trocou, estava com o uniforme errado.
c) Aquela vaga na garagem do condomínio finalmente será minha.
d) Provavelmente trocariam os móveis da casa após a mudança.

Comentário: Na alternativa (A), “excessivamente” é o advérbio de intensidade, isto é, muito temperada.

Na alternativa (B), “calmamente” é o advérbio de modo, isto é, a forma com ele se trocou.

A alternativa (C) é a correta, pois “finalmente” transmite a ideia de tempo, isto é, antes a vaga não
era dele, agora é.

Na alternativa (D), o advérbio “provavelmente” é o advérbio de dúvida, pois não há certeza da troca.

Gabarito: C

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84. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)


Assinale a alternativa em que o advérbio destacado não se classifica como advérbio de modo.
a) “O canto do galo solou cheio, melodiosamente, dentro da noite clara."
b) “Lânguida, flutua como os caminhos troçados pelos amantes. / (...) olha docemente pelo sono da
humanidade."
c) “... a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava
a marcha, e o vaqueiro precisava chegar (...)"
d) “A mãe cantarolava e fitava o filho. Estava cansada... Cantava e esperava que delicadamente os sonhos
invadissem os olhos inocentes e os doridos."

Comentário: Para termos certeza de haver advérbio de modo, basta fazermos a pergunta “como?” ao verbo.

Na alternativa (A), o advérbio “melodiosamente” apresenta circunstância de modo, pois podemos


fazer a pergunta ao verbo: solou como? Melodiosamente.

Na alternativa (B), o advérbio “docemente” apresenta circunstância de modo, pois podemos fazer a
pergunta ao verbo: olha como? Docemente.

A alternativa (C) é a que deve ser marcada, pois o advérbio “certamente” traduz valor de certeza,
confirmação, e não modo.

Na alternativa (D), o advérbio “delicadamente” apresenta circunstância de modo, pois podemos fazer
a pergunta ao verbo: invadissem como? Delicadamente.

Gabarito: C

85. (Aeronáutica / AFA Aviador 2019)


Fragmento do texto: XANTÓS – Agora que já sabemos o que há de melhor na terra, vejamos o que há de pior
na opinião deste horrendo escravo! Língua, ainda? Mais língua? Não disseste que língua era o que havia
de melhor? Queres ser espancado?
Julgue a afirmação como C (CERTA) ou E (ERRADA).
Entre as palavras “agora”, “pior” “ainda” e “não” (linhas 1 e 2), há advérbios classificados como de tempo,
intensidade e negação.

Comentário: Os vocábulos “agora” e “ainda” são advérbios de tempo, e o vocábulo “não” é advérbio de
negação. Já o vocábulo “pior” é o adjetivo superlativo absoluto sintético, referente a “mau”.

Gabarito: C

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9 – Lista de questões

1. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2019)


Em “Desatentos a esses acontecimentos, nos tornamos escorregadios." (5°§) e “[...] apenas perpetuar o
sistema, tudo o que possa evitar o questionamento [...] (6°§), os termos em destaque são,
respectivamente:
a) um pronome e um artigo.
b) uma conjunção e um artigo.
c) um artigo e uma preposição.
d) uma preposição e um pronome.
e) um artigo e uma conjunção.
2. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2015)

As palavras sublinhadas na seguinte passagem do texto "A operação encerrou-se no dia 22 de fevereiro"
foram empregadas, respectivamente, como

a) substantivo, verbo e conjunção.

b) adjetivo, preposição e conjunção.

c) advérbio, verbo e preposição.

d) substantivo, verbo e preposição.

e) adjetivo, advérbio e pronome.

3. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2018)


Na oração “Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do
alemão.”, as palavras destacadas são classificadas quanto a sua classe, respectivamente, como:
a) verbo, artigo, conjunção e substantivo.
b) artigo, conjunção, verbo e numeral.
c) verbo, preposição, conjunção e adjetivo.

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d) conjunção, conjunção, verbo e adjetivo.


e) artigo, conjunção, verbo e substantivo.
4. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2016)
Em qual alternativa a palavra destacada do texto é advérbio?
a) Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem.
b) Falar português não é difícil.
c) No Brasil as palavras envelhecem e caem como folhas secas.
d) Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
e) (…) pegarão um defluxo em vez de um resfriado, (...)
5. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente 2016)
De acordo com seu significado, o conjunto de características formais e sua posição estrutural no interior da
oração, as palavras podem pertencer à mesma classe de palavras ou não. Estabeleça a relação correta
entre as colunas a seguir considerando tais aspectos (considere as palavras em destaque).
(1) advérbio
(2) pronome
(3) conjunção
(4) substantivo
( ) “Não há prisão pior [...]” (1º§)
( ) “O lugar de estudo era isso.” (1º§)
( ) “E o olho sem se mexer [...]” (1º§)
( ) “Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, [...]” (4º§)
( ) “Emília respondeu com uma pergunta que me espantou.” (2º§)
A sequência está correta em
a) 1 – 4 – 2 – 3 – 2
b) 2 – 1 – 3 – 3 – 4
c) 3 – 4 – 1 – 3 – 2
d) 4 – 2 – 4 – 1 – 3
6. (Marinha / Colégio Naval Aluno 2016)
Assinale a opção INCORRETA com relação ao emprego do gênero do substantivo em destaque.
a) Se meus filhos desejarem, farei a musse de maracujá para a sobremesa desta noite.
b) Assim que o veterinário examinou o pobre cão, sentiu muito dó, comovendo-se bastante.
c) A próxima eclipse ocorrerá no final deste mês, à noitinha, mas somente no Sudeste.
d) Como todos sabem, o plasma é fundamental na cura de certas doenças graves.

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e) Trouxeram o champanhe que eu encomendei, há dias, para o jantar de hoje?


7. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2016)
Em que opção o plural do substantivo composto segue a mesma regra de flexão do termo destacado em o
tão sonhado embarque no Navio-Escola." (11°§)?
a) água-marinha valiosa.
b) obra-prima da Natureza.
c) vitória-régia da Amazônia.
d) salário-família irrisório.
e) carta-bilhete do Aspirante.
8. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2016)
Laivos de memória
"... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
ao fim dessa primeira etapa,
mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela."
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de
adolescente soube suportar com bravura.
Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica
cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão
caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos
à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos
e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.
Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens?
Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas - e despedidas são sempre
dolorosas - não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu
coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval,
como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval,
não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele
momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda,
experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem
agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas

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cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa
enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria a histórica Villegagnon em
meio à sublime baia de Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval.
Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de
aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-
unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.
Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e
inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios.
Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas
para o mar - a razão de ser da carreira naval.
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem
maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de
participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira.
Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da
vida profissional - no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável
separação da Turma do CN-62/63 e da EN-64/67.
Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se
apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos
estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a
compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos
ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro
Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: "...é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide
exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a
despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos".
E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios,
deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória, Com o passar dos tempos, inúmeros
Conveses e Praça d'Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada
um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.
Ah ! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos,
tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis
e saudosos navios...
E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de
dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que
formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com
passagens, visitas e arribadas em um sem número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e
canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e
ventos tranquilos e favoráveis.
Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre
nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos

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diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os
ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Siri Lanka .
Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova
enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia
Câmara Cascudo, "o mar não guarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a
ilusão cordial do descobrimento”.
(CÉSAR, CMG (RMl) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, n° 4, 2009. p. 42-
50. Texto adaptado) Assinale a opção em que a troca de posição dos termos acarreta alteração de sentido.
a)"[...]novos cargos e deveres novos[,..]"(14°§)/ cargos novos e novos deveres.
b)"[...] a bordo de velhos e saudosos navios [...]" (14°§)/ a bordo de navios velhos e saudosos.
c)"[...]agradáveis e duradouras lembranças[...]"(14°§)/ lembranças agradáveis e duradouras.
d)"[...]inesquecíveis e saudosos navios[...]" (15°§)/ navios inesquecíveis e saudosos.
e)"[...] inestimáveis e valiosos conhecimentos[...]"(17°§)/ conhecimentos valiosos e inestimáveis.
9. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2014)
Em que opção houve mudança de classe gramatical do termo destacado?
a) "Era um oásis a caminhar." (2°§}
b) "E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, [...]." (3°§)
c) "[...] convertendo a arma em caneta ou lápis [...]." (3°§)
d) "[...] que na mesa interior marulhavam lembranças [...]." (4°§}
e) "O mar é um morrer sucessivo e [...]."(8°§}
10. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)
Assinale a opção em que um substantivo presente no fragmento do texto tem uma noção de aglomerado,
grande quantidade.
A) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
B) Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira
do açude.
C) (...) vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
D) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
E) Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual (..).
11. (Marinha / SMV Oficial 2017)
Assinale a opção em que os substantivos são exclusivamente do gênero masculino.
a) clã - milhar.
b) hélice - diabete.
c) síndrome - libido

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d) proclama - cataplasma.
e) suéter - indivíduo.
12. (Marinha / SMV Oficial 2016)
Tendo em vista a norma padrão, assinale a opção em que o plural do substantivo está corretamente grafado.
a) Álbum - Álbums.
b) Cidadão - Cidadãos.
c) Degrau - Degrais.
d) Irmã - Irmães.
e) Papel - Papéus.
13. (Marinha / Comando do 5º Distrito Naval SMV 2016)
Na frase "Sentiu dor na cabeça.", a palavra "cabeça" significa "parte do corpo". Contudo, em outra frase, se
antecedermos à palavra "cabeça" o artigo definido masculino "o", seu significado será de "chefia". Em
qual das opções abaixo também há alteração do significado da palavra?
A) O dentista - A dentista.
B) O moral - A moral.
C) O estudante - A estudante.
D) O gerente - A gerente.
E) O intérprete - A intérprete.
14. Marinha / EAM Marinheiro 2019)
Em que opção os termos se flexionam, respectivamente, no mesmo gênero que os destacados em “[...] o
cidadão possui a palavra."?
A) indivíduo / dó (compaixão).
B) alface / testemunha.
C) personagem / moral (ânimo).
D) grama (peso) / pessoa.
E) couve / telefonema.
15. (Exército / EsFCEx Oficial 2016)
Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa
verdadeira, e a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. Em seguida, assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta.
( ) As palavras cabido, falange e plêiade são classificadas como substantivos coletivos referentes a
conjuntos de pessoas.
( ) As palavras junta, piara e ruma são consideradas substantivos coletivos utilizados para se referir a
grupos de coisas ou objetos.

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( ) As palavras cordão, fato e lote podem ser utilizadas como substantivos coletivos para designar grupos
de animais.
a) V -V -V
b) F - V - F
c) V - F - V
d) F - F - V
e) V - V - F
16. (Exército / EsFCEx Primeiro Tenente – 2015)
Assinale a alternativa cujo plural esteja de acordo com os padrões normativos.
a) grãos-priores.
b) mulas sem cabeças.
c) mangas-rosa.
d) salários-famílias.
e) cabras-cega.
17. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)
Leia:
1 – A cal usada no reboco era de péssima qualidade.
2 – O apendicite provocou infecção generalizada no paciente.
3 – O jogador caiu de mal jeito e teve problemas no omoplata.
4 – Faltam alguns gramas de presunto para melhorar o sabor da lasanha.
O gênero dos substantivos destacados está correto em qual alternativa?
A) 2 e 3.
B) 1 e 4.
C) 2 e 4.
D) 1 e 3.
18. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)
Quanto ao gênero dos substantivos, assinale a alternativa incorreta.
A) Aquele gol, no início do segundo tempo, levantou o moral do time.
B) Enviamos a guia para que o caixa do banco efetuasse o pagamento.
C) A guarda do Palácio de Buckingham é uma atração turística em Londres.
D) O idoso tropeçou no banheiro, fraturou a perna e a rádio e ficou com o braço imobilizado.

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19. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


Leia os versos do Hino à Bandeira reproduzidos abaixo.
“Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.” (Olavo Bilac)
Nesses versos, é incorreto afirmar que o substantivo
A) céu é concreto.
B) mata é derivado.
C) verdura é abstrato.
D) Cruzeiro do Sul é próprio.
20. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)
Assinale a alternativa em que o coletivo em destaque foi corretamente empregado, considerando o
contexto.
a) Os escoteiros foram atacados na mata por uma matilha feroz. Os leões estavam famintos.
b) Ficamos encantados com o colorido daquela revoada sobre as folhas verdes. Quantas borboletas, meu
Deus!
c) Há muito a poluição vem prejudicando a fauna brasileira. Nossos animais silvestres têm se alimentado
de pastagens contaminadas.
d) Vou montar uma pinacoteca com os muitos discos de vinil que ganhei de herança de meu pai e fazer
uma campanha para ganhar outros.
21. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)
Assinale o par de substantivos em que a mudança de gênero de masculino para feminino não altera o
significado da palavra.
a) o/a cura – o/a moral
b) o/a grama – o/a capital
c) o/a criança – o/a cabeça
d) o/a personagem – o/a modelo
22. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
Das alternativas abaixo, assinale aquela em que o gênero dos substantivos não está corretamente
empregado.
a) o trema
b) a eclipse
c) a omoplata
d) o grama (peso)

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23. (Aeronáutica / EEAR Sargento CTA – 2017)


Marque a alternativa em que o substantivo em destaque forma o plural com a terminação -ãos.
a) A peça era um dramalhão. (Machado de Assis)
b) O capitão Vitorino Carneiro da Cunha tinha cinco mil réis no bolso. (José Lins do Rego)
c) Eu preparo uma canção / Que faça acordar os homens / E adormecer as crianças. (Carlos D. de Andrade)
d) ... ele, monge ou ermitão, (...) ia acordando da memória as fabulosas campanhas do dia. (Cruz e Sousa)
24. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
Em relação ao gênero do substantivo, assinale a alternativa incorreta.
a) O champanha que compramos para a ceia de Natal não era francês. Fomos enganados!
b) Todos ficaram com muito dó das vítimas do último ataque terrorista.
c) O eclipse da Lua até hoje inspira os poetas.
d) A maracajá é uma espécie de jaguatirica.
25. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
Considerando o número dos substantivos, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente,
as lacunas.
1- Na Itália há vários_______em atividade.
2- Os_______são músculos da mastigação originados na arcada zigomática e inseridos na mandíbula.
3- Segundo a crença popular, as amásias de padres recebem a seguinte punição: são transformadas em
_______.
4- Os _______são pássaros cuja língua fina e comprida serve para sugar o néctar das flores.
a) vulcães, masseter, mulas sem cabeças, beijas-flores
b) vulcãos, masseteres, mula sem cabeça, beijas-flores
c) vulcões, masseteres, mulas sem cabeças, beija-flores
d) vulcões, masseteres, mulas sem cabeça, beija-flores
26. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica – 2016)
Numere os parênteses de acordo com o gênero dos substantivos e assinale a sequência resultante.
1 – Sobrecomum
2 – Comum de dois
( ) motorista
( ) celebridade
( ) colega
( ) repórter
( ) testemunha

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a) 2-1-2-2-1
b) 1-2-2-1-2
c) 2-2-1-1-1
d) 1-1-1-2-2
27. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica – 2015)
Em relação à forma plural dos substantivos abaixo, coloque C para certo ou E para errado.
( ) o álcool – os álcoois
( ) o xadrez – os xadrezes
( ) o escrivão – os escrivões
( ) o tenente-coronel – os tenentes-coronéis
( ) o abaixo-assinado – os abaixos-assinados
Assinale a alternativa com a sequência correta:
a) E – C – E – C – E
b) C – E – C – E – C
c) E – E – E – C – C
d) C – C – E – C – E
28. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)
Assinale a alternativa em que o substantivo destacado é comum de dois gêneros.
a) O cônjuge celebrava o amor todos os dias, para manter acesa a chama da paixão.
b) O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a personagem.
c) A criança mamava no colo materno quando uma bala perdida a atingiu.
d) Diante de poucas provas materiais, o juiz não dispensou a testemunha.
29. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)
Na hora em que tudo morre
esta saudade fina de Pasárgada
é um veneno gostoso dentro do meu coração.
Quanto à classificação dos substantivos destacados no texto, é correto afirmar que
a) veneno e coração são substantivos simples; veneno é também abstrato; coração, também concreto.
b) saudade e hora são substantivos comuns e abstratos.
c) Pasárgada é substantivo próprio e derivado.
d) Todos são primitivos.

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30. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2014)


Na sexta-feira, o tenente-coronel e o capitão leram o decreto-lei que tratava de assuntos pertinentes à
carreira militar.
Assinale a alternativa com a correta flexão de plural dos substantivos em destaque no texto acima.
a) sextas-feiras, tenentes-coronéis, capitães, decretos-leis
b) sextas-feiras, tenente-coronéis, capitãos, decretos-leis
c) sexta-feiras, tenentes-coronéis, capitãos, decreto-leis
d) sextas-feira, tenente-coronéis, capitães, decretos-lei
31. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2012)
“Ele chegou, num avião da FAB, mandado pelos rapazes da Proteção aos Índios, numa derradeira tentativa
de salvação. É um dos pouquíssimos remanescentes de uma tribo que se acaba (...). Mationã, o índio, tem
uns oito anos, parecia um bichinho moribundo (...) de uma magreza espantosa, o olhar vidrado (...), boca
chagada de febre, a mãozinha seca feito uma garra de pássaro (...).”
Marque F para Falso ou V para Verdadeiro para as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa
com a sequência correta.
( ) O substantivo magreza é derivado de uma outra palavra da língua, sendo formado pelo processo de
sufixação.
( ) Quanto ao gênero, os substantivos rapazes e índios classificam-se como comum de dois gêneros.
( ) O substantivo mãozinha tem seu plural formado como no seu grau normal (mão).
( ) A palavra olhar no texto aparece substantivada pela anteposição de um artigo.
a) V – F – F – V
b) F – V – V – F
c) V – F – V – V
d) F – V – F – V
32. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro-Tenente – 2017)
“O poder aéreo nasceu em 1913, após o homem adquirir o domínio das máquinas voadoras, um pouco antes
do início da Primeira Guerra Mundial. No Brasil, mediante acordo governamental, tivemos a presença de
militares franceses ligados ao que, naquele tempo, não era ainda uma arma aérea, mas uma capacidade
bélica de emprego dos ‘engenhos voadores’”.
(Disponível em: <http://freepages.military.rootsweb.ancestry.com/~otranto/fab/historia_fab. htm> .
Acesso em: 20 mar. 2017)
Qual alternativa indica a classificação do substantivo em destaque no trecho acima?
a) Próprio, abstrato.
b) Próprio, concreto.
c) Comum, abstrato.

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d) Comum, concreto.
33. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro-Tenente – 2017)
Há significantes que não possuem marcas de número, quer no singular quer no plural, pois se mostram
alheios à classe gramatical de número. Qual das palavras citadas exemplifica esse enunciado?
a) Xis.
b) Giz.
c) Funil.
d) Gérmen.
34. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente – 2016)
Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
A palavra _______________ segue a mesma regra ortográfica de “estigmatizar”, pois possui um sufixo
formador de _______________.
a) humanizar / verbo
b) animalizar / adjetivo
c) exalar / substantivo abstrato
d) problematização / substantivo
35. (Aeronáutica / AFA Aviador 2017)
Analise a assertiva que diz respeito ao trecho a seguir:
“Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do teórico da
comunicação americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo até morrer),
relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The guardian.”
Julgue a afirmação como C (CERTO) ou E (ERRADO)
O substantivo livreto encontra-se flexionado no grau diminutivo sintético para representar uma relação de
tamanho.
36. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2015)

Assinale a opção em que a palavra sublinhada é um artigo.

a) Segundo a Marinha, houve inspeções na área da Amazônia Azul.

b) A operação visou a aprimorar a força naval.

c) A Marinha chegou a regiões marítimas de difícil acesso.

d) A Amazônia Azul corresponde a regiões marítimas com potencial estratégico e econômico.

e) A operação esteve a cargo da Marinha do Brasil.

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37. (Exército / EsPCEx Cadete do Exército – 2015)


Assinale a única opção em que a palavra “a" é artigo.
a) Hoje, ele veio a falar comigo
b) Essa caneta não é a que te emprestei.
c) Convenci-a com poucas palavras.
d) Obrigou-me a arcar com mais despesas.
e) Marquei-te a fronte, mísero poeta.
38. (Exército / IME Engenheiro Militar 2014)
No título do texto 5 (O QUASE), a palavra “quase” aparece precedida do artigo “O”. Nesse contexto, o artigo
tem a função de:
a) particularizar um substantivo.
b) atribuir intensidade à palavra “quase”.
c) mudar a classe sintática da palavra “quase” de adjunto adnominal para adjunto adverbial.
d) mudar a classe gramatical da palavra “quase” de advérbio para substantivo.
e) mudar o campo semântico da palavra “quase”.
39. (Marinha / Escola Naval Aspirante 2018)
Marque a opção em que o comentário sobre o emprego do grau do adjetivo no termo "nobilíssima" está
correto.
a) O grau é o comparativo de igualdade, e o radical usado é de forma erudita.
b) Ocorre o superlativo relativo de superioridade, com radical de forma portuguesa.
c) Superlativo absoluto analítico é o grau, e poderia ser usada a forma “nobrérrima".
d) Este é um caso de comparativo de superioridade, e o radical da palavra é “nobil-".
e) A forma “nobríssima” também é correta, e o grau é superlativo absoluto sintético.
40. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)
Assinale a opção em que o adjetivo sublinhado, quanto ao gênero, é uniforme.
A) Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro (...).
B) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
C) (...) meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário (...).
D) (...) são humildes coisas, e você é tão bela e estranha!
E) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...).

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41. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)


Assinale a opção em que a expressão sublinhada NÃO tem valor de um adjetivo.
A) Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e
coco.
B) Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros (...).
C) O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da
pedra.
D) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...).
E) Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do
brejo no meio dos dedos dos pés.
42. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)
O adjetivo é na essência um termo modificador do substantivo e pode se antepor ou pospor a este. Assinale
a opção em que se percebe mudança de sentido quanto à posição do adjetivo.
A) (...) os sanhaços estão bicando os caius maduros.
B) Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras (...).
C) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
D) Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual (...).
E) (...) são humildes coisas, e você é tão bela e estranha!
43. (Marinha / SMV Oficial 2016)
Assinale a opção em que o correspondente semântico do termo destacado está INCORRETO.
A) Flor da selva = silvestre.
B) Água da chuva = fluvial.
C) Rosto de anjo = angelical.
D) Brincadeira de criança = pueril.
E) Era do gelo = glacial.
44. (Marinha / SMV Oficial 2016)
Que opção NÃO apresenta um correspondente semântico corretamente indicado, de acordo com a norma
culta?
a) Vida de monge = monástica.
b) Plantas dos lagos = lacustres.
c) Material de guerra = balístico.
d) Livro destinado ao ensino = didático.
e) Acordo entre Brasil e Portugal = luso-brasileiro.

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45. (Marinha / SMV Oficial 2016)


Assinale a opção em que a anteposição ou a posposição do adjetivo resulta em alteração do sentido.
A) Livro grande/ Grande livro.
B) Mulher corajosa/ Corajosa mulher.
C) Criança manhosa/ Manhosa criança.
D) Coincidência feliz/ Feliz coincidência.
E) História interessante/ Interessante história.
46. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2016)
O adjetivo “ferocíssimas” está flexionado, quanto ao grau, na forma
a) superlativa relativa de superioridade.
b) superlativa absoluta sintética.
c) comparativa de superioridade.
d) superlativa absoluta analítica.
e) comparativa de igualdade.
47. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2015)
A palavra destacada no trecho “De coisa gostosa?” é um adjetivo. Em que frase a seguir a palavra ou
expressão destacada NÃO corresponde a um adjetivo?
a) A água é importantíssima para a vida.
b) O príncipe era um tanto arrogante.
c) Cuidado: nesse bairro há muitos bandidos perigosos.
d) O turista alemão prometeu retornar ao Rio.
e) O esperto nem se deu ao trabalho de argumentar.
48. (Exército / EsFCEx Oficial 2017)
Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de afirmativa
verdadeira, e a letra “F” quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta
a sequência correta.
( ) Em “Todos os candidatos foram ótimos nas tarefas teóricas e péssimos nas tarefas práticas.” há dois
adjetivos superlativos absolutos.
( ) Em “Indivíduos anoréxicos geralmente apresentam aparência macérrima e parcíssimo índice de
nutrientes no organismo.” há dois adjetivos superlativos sintéticos.
( ) Em “José Teixeira fez o melhor projeto para a empresa, sendo considerado mais habilitado que os outros
candidatos para assumir a vaga de diretor geral.” há dois adjetivos superlativos relativos.
a) V - F - F
b) V - F - V

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c) F -V -V
d) V - V - F
e) F - F - V
49. (Exército / EsSA Sargento 2014)
No período "Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça”, os vocábulos em
destaque são, respectivamente
a) adjetivo e substantivo.
b) pronome indefinido e adjetivo
c) pronome adjetivo e substantivo.
d) substantivo e adjetivo.
e) advérbio de intensidade e substantivo.
50. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)
“Novamente a cavalo [...], Vicente marcha através da estrada vermelha e pedregosa, [...] pela galharia negra
da caatinga morta. Os cascos [...] pareciam tirar fogo nos seixos do caminho. Lagartixas davam carreirinhas
intermitentes por cima das folhas secas do chão que estalavam como papel queimado.”
(Raquel de Queiroz)
Quantos adjetivos há no texto?
A) 5.
B) 6.
C) 7.
D) 8.
51. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)
I- Não sei onde está o meu protetor de orelha.
II- A casa do bispo é uma construção do século XIX.
III- O olho da fera é assustador.
Assinale a alternativa em que os adjetivos correspondem, correta e respectivamente, às locuções adjetivas
em destaque.
A) Auricular, episcopal, ferino.
B) Ovino, episcopal, ferino.
C) Auditivo, bispal, felino.
D) Ótico, bispal, felídeo.

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52. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)


Assinale a frase em que o grau do adjetivo em destaque está incorretamente mencionado.
A) Superlativo relativo: “Ele é um ótimo profissional.”
B) Superlativo absoluto sintético: “Suas alegações estão corretíssimas!”
C) Superlativo relativo de superioridade: “Esta casa é a melhor de todas.”
D) Comparativo de superioridade: “Este caminho é pior que o outro.”
53. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)
No trecho “Mui [=muito] grande é o vosso amor e o meu delito/ Porém pode ter fim todo o pecar,/ E não o
vosso amor que é infinito” (Gregório de Matos), a expressão destacada, em relação à flexão de grau dos
adjetivos, classifica-se como
a) comparativo de igualdade.
b) comparativo de superioridade.
c) superlativo absoluto sintético.
d) superlativo absoluto analítico.

Comentário: O adjetivo “grande” foi intensificado pelo advérbio “mui” (muito”), formando o grau superlativo
absoluto analítico, e a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

54. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)


Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.
Chamas de louco ou tolo ao apaixonado que sente ciúmes quando ouve sua amada dizer que na véspera de
tarde o céu estava uma coisa lindíssima, com mil pequenas nuvens de leve púrpura sobre um azul de
sonho. (Rubem Braga)
Assinale a alternativa correta referente ao adjetivo destacado no texto.
a) Caracteriza o substantivo tarde e está no grau superlativo absoluto sintético.
b) Caracteriza o substantivo amada e está no grau superlativo absoluto analítico.
c) Caracteriza o substantivo coisa e está no grau superlativo absoluto sintético.
d) Caracteriza o substantivo véspera e está no grau superlativo absoluto analítico.
55. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
Leia:
I. O meu trabalho é nobre. É nobilíssimo/nobrérrimo.
II. Cuidado! Esta violeta é frágil. É fragílima/ fragilíssima.
III. O anoréxico quer ficar muito magro. Quer ficar magríssimo/macérrimo.

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Segundo a norma culta da língua, as duas formas superlativas indicadas para os adjetivos destacados estão
corretas apenas em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.
56. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
Assinale a alternativa que apresenta o adjetivo negros no grau comparativo.
a) Iracema tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna.
b) Aqueles são os cabelos mais negros de toda a tribo.
c) Iracema tinha os cabelos muito negros!
d) Que lindos e negríssimos cabelos!
57. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
“Naquele tempo, as janelas da escola eram muito grandes e as ruas eram um teatro - não como são hoje as
ruas de São Paulo, tomadas pelos carros, sem calçadas. Tinha o sujeito que vinha com a matraca,
vendendo biju, tinha o padeiro que trazia o cheiro do pão e a beleza de seus arranjos na perua. "
Em qual alternativa há duas locuções adjetivas retiradas do texto acima?
a) do pão / na perua
b) da escola / de São Paulo
c) pelos carros / sem calçadas
d) com a matraca / muito grandes
58. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2016)
Marque a opção em que o termo em destaque não modifica um substantivo.
a) E nesse dia então/ vai dar na primeira edição/ cena de sangue num bar da Avenida São João. (Paulo
Vanzolini)
b) esta situação, como outras que o dia a ouviram o brado retumbante de um povo heroico. (Joaquim
Osório Duque Estrada)
c) Alguma coisa acontece no meu coração/que só quando cruza a Ipiranga com a avenida São João.
(Caetano Veloso)
d) Gostava do Ipiranga quando ele ainda era um riacho bucólico e despoluído.
59. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2016)
Em qual alternativa a forma plural dos adjetivos compostos está incorreta?
a) competição infanto-juvenil /competições infanto-juvenis
b) olho castanho-escuro / olhos castanhos-escuros

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c) aluno surdo-mudo / alunos surdos-mudos


d) blusa azul-turquesa / blusas azul-turquesa
60. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)
Relacione a coluna da direita com a da esquerda quanto à correspondência entre os adjetivos e as locuções
adjetivas. A seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.
1. de estômago ( ) auricular
2. de coração ( ) cardíaco
3. de fígado ( ) hepático
4. de orelha ( ) gástrico
a) 2 – 3 – 4 – 1
b) 4 – 2 – 3 – 1
c) 2 – 4 – 3 – 1
d) 4 – 1 – 2 – 3
61. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)
Marque a opção em que a expressão destacada possui valor adjetivo.
a) Com medo, enfiou-se sob a mesa.
b) Sem piedade, os romanos aniquilaram reinos vizinhos.
c) Os cientistas, com a mesma cautela de sempre, negaram a existência de seres de outros planetas.
d) Descobri que, na vida, por conta da ignorância, os homens sem educação oferecem maior resistência às
novas ideias.
62. (Aeronáutica / AFA Aviador 2017)
Assinale a alternativa em que a mudança de lugar do vocábulo em destaque NÃO provoca modificação no
sentido da frase.
a) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo (...)” => Graças a ela temos acesso à informação
toda do mundo (...)
b) “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos...” => um admirável novo mundo abriu-se ante
nossos olhos...
c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” => As redes sociais desfraldaram um
mundo novo completamente...
d) “...trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes...” => ...trouxe para perto das pessoas
comuns os distantes amigos...
63. (Aeronáutica / AFA Aspirante 2017)
Assinale a alternativa em que a mudança de lugar do vocábulo em destaque NÃO provoca modificação no
sentido da frase.

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a) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo (...)” => Graças a ela temos acesso à informação
toda do mundo (...)
b) “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos...” => um admirável novo mundo abriu-se ante
nossos olhos...
c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” => As redes sociais desfraldaram um
mundo novo completamente...
d) “...trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes...” => ...trouxe para perto das pessoas
comuns os distantes amigos...
64. (Marinha / Colégio Naval Aluno 2017)
Assinale a opção na qual o valor semântico da preposição em destaque foi classificado corretamente.
a) "[...] pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao vivo [...]." (1°§) - tempo
b) "[...] esta situação, como outras que o dia a dia me oferece [...]" (3°§) - sucessão
c) "[...] deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros." (1°§) - finalidade
d) "[...] sem compromisso, a não ser o de evitar a chatice." (6°§) - oposição
e) "Um casal de meia idade se senta à mesa vizinha [...]." (1°§) - origem
65. (Marinha / Colégio Naval Aluno 2014)
Assinale a opção que indica corretamente o valor semântico da preposição em destaque.
a) "[...]pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto [...]" (5°§) - lugar.
b) "[...]para buscar textos sobre um tema [...]" (4°§)- posição superior.
c) "[..,] após um dia de intenso trabalho no retorno para casa [...]"(3°§) - modo.
d) "Aí, um belo dia elas vão para a escola." (7°§) - origem.
e) "Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos" (6°§) - delimitação.
66. (Marinha / SMV Oficial 2016)
Qual o valor semântico da preposição na frase "Comprou um livro para presentear o amigo."?
A) Meio.
B) Finalidade.
C) Instrumento.
D) Matéria.
E) Causa.
67. (Marinha / SMV Oficial 2016)
Qual o valor semântico da preposição na frase "A jovem comprou um lindo anel de ouro."?
a) Causa.
b) Matéria.

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c) Companhia.
d) Finalidade.
e) Instrumento.
68. (Marinha / SMV Praça 2016)
Qual o valor semântico da preposição destacada na frase
"Muita gente morre de fome no país."?
a) Meio.
b) Causa.
c) Companhia.
d) Instrumento.
e) Modo.
69. (Marinha / EAM Aprendizes-Marinheiros 2016)
Assinale a opção na qual a preposição em destaque tem o mesmo valor semântico que "[...] pessoas em
bares e restaurantes que não interagem [...]." (2°§)
a) Em 1990, poucas eram as pessoas que utilizavam o aparelho celular.
b) Em se tratando de educação, estamos aquém dos japoneses e dos canadenses.
c) Em dias de chuva, o prudente é dirigir mais devagar e mais atentamente.
d) Os candidatos, enfileirados, estavam em posição de sentido.
e) Quando puder, morarei em Maceió porque é uma cidade encantadora.
70. (Exército / EsFCEx Oficial 2018)
No trecho “O que valida a existência da moeda é uma gigantesca planilha que detém o conjunto de todas as
operações já feitas, constantemente atualizada por milhares de servidores anônimos ao redor do
mundo.”, há:
I. Somente uma preposição essencial.
II. Somente uma locução prepositiva.
III. Duas preposições acidentais.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas I e III estão corretas.
e) Apenas II e III estão corretas.

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71. (Exército / EsFCEx Oficial 2017)


Marque a alternativa correta acerca da circunstância introduzida pelas preposições em destaque no texto
abaixo:
“Alguns disparos podem calar representantes emblemáticos da vida selvagem, como Cecil, o leão mais
querido do Zimbábue, morto em julho a flechadas, ou as dezenas de rinocerontes e elefantes ameaçados
de extinção que são derrubados a bala, todo mês, em diversos países da África.”
a) destino
b) instrumento
c) posse
d) gradação
e) extensão
72. (Exército / EsFCEx Oficial 2015)
Leia o trecho a seguir, analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra “V", quando se tratar
de afirmativa verdadeira, e a letra “F", quando se tratar de afirmativa falsa. Em seguida, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
“Esse crescimento exponencial da população se reflete, também, na superexploração de recursos naturais e
na degradação de ambientes em todo o planeta."
No trecho em destaque:
( ) As palavras se e na são classificadas como preposições acidentais.
( ) As palavras de e em são classificadas como preposições essenciais.
( ) A palavra da é classificada como uma preposição essencial combinada.
( ) A palavra na é classificada como uma preposição contraída graças à ressonância nasal.
a) V -V -F -V
b) F - V - F - V
c) F - V - F - F
d) V - V - F - F
e) F - V - V - F
73. (Aeronáutica / EPCAR Cadete 2015)
Assinale a alternativa em que a preposição de estabelece a mesma relação semântica presente na frase
abaixo.
“...num curioso teste de autoconhecimento: ..." (l.109 e 110)
a) “...as pernas bambas de tanto rir."
b) “Você precisa de tristeza e de alegria..."
c) “Sob os olhos atentos de uma enfermeira."

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d) “...há muitos profissionais de saúde..."


74. (Marinha / Escola Naval Oficial 2017)
Leia o trecho abaixo.
"Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real.” (9°§)
Assinale a opção que apresenta um sentido equivalente ao da expressão destacada acima.
a) Dificilmente.
b) Repetidamente.
c) Ocasionalmente.
d) Paulatinamente.
e) Exaustivamente.
75. (Marinha / Escola Naval Oficial 2015)
Fragmentos do texto: Resolvi optar pela forma de plural, pois vejo tanta gente agora com, pelo menos, dois.
O que me pergunto é como se comportaria a maioria das pessoas sem celular, como viver hoje sem ele?
Uma epidemia neurótica grave atacaria a população? Certamente! Quem não tem seu celular hoje em
dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, com ele. Apenas uns poucos retrógrados, avessos ao
progresso tecnológico. A força consumista do aparelho foi crescendo com a possibilidade de suas
crescentes utilizações. Me poupem de enumerá-las, pois só sei de algumas. De fato, ele faz hoje em dia
de um tudo. Diria mesmo que o celular veio a modificar as relações do ser humano com a vida e com as
outras pessoas.
Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho ! Nem posso deixar de reconhecer que ele tem
me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da vida. Mas me utilizo dele pouco e apenas para
receber e efetuar ligações. (...)
Isso tudo me ocorreu enquanto lia o livro infantil O menino que queria ser celular, de Marcelo Pires, com
ilustrações de Roberto Lautert, conta a história de um garotinho que não suporta mais a falta de
comunicação com o pai e a mãe, já que ambos não conseguem desligar o celular nem por um instante,
nem no fim de semana - levam o celular até para o banheiro.
Leia os trechos abaixo:

I) "Até que não custei tanto assim a aderir [...]." (TEXTO 1, 2 °§)
II) "[...] levam o celular até para o banheiro." (TEXTO 2, 5 °§)
Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego dos elementos destacados está correto.
a) No primeiro trecho, o elemento sublinhado funciona como preposição; no segundo, funciona como
advérbio de tempo.
b) No primeiro trecho, a expressão indica realce; no segundo, a palavra em destaque é denotativa,
indicando inclusão.

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c) As características morfológicas e semânticas dos elementos em destaque são idênticas em ambos os


trechos.
d) No primeiro trecho, a expressão indica inclusão; no segundo, "até" é advérbio de tempo.
e) Em ambos os trechos, temos elementos denotativos que apresentam significados complementares.
76. (Marinha / EFOMM Oficial da Marinha Mercante – 2018)
Fragmentos do texto: A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. (...)
A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa,
sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela
mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias começaram a estourar
como pipoca. (...)
Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos,
religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria
(porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria
devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do
candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do candomblé... (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que
sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar
destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina
aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece:
pum! − e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia
sonhado. (...)
Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia
ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme
barulheira. (...)
As expressões sublinhadas estabelecem uma noção de tempo, EXCETO a que aparece na opção
a) De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar.
b) Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca.
c) Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do candomblé (...)
d) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum!
e) Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira.
77. (Marinha / SMV Oficial 2017)
Assinale a opção em que o sufixo adverbial mente exprime tempo.
A) Mormente.
B) Terrivelmente.
C) Possivelmente.
D) Inadvertidamente.

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E) Concomitantemente.
78. (Marinha / CFN Fuzileiros Navais 2017)
Em “Mal colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala (...)”, o valor
semântico de mal estabelece gramaticalmente entre as orações que liga uma relação de
a) causa.
b) modo.
c) finalidade.
d) tempo.
e) contrariedade.
79. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2019)
Assinale a alternativa cuja frase não contém advérbio ou locução adverbial de modo.
A) “Em mim se apoiava, / Em mim se firmava, / Em mim descansava, / que filho lhe sou.” (Gonçalves Dias)
B) “As seculares eram abeatadas, umas pobretonas, falavam muito baixinho, à surdina.” (C. Castelo Branco)
C) “Caminhando às surdas pelo corredor, abriu o armário sutilmente, depôs a carta e desapareceu.” (C.
Castelo Branco)
D) “Subitamente um formidável brado suplantou o barulho das ondas.” (Xavier Marques)
80. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2018)
Assinale a alternativa em que o termo em destaque não é locução adverbial.
a) “A noite chega mansinho
Estrelas conversam em voz baixa.”
b) “Um dia
Eu hei de morar nas Terras do Sem-fim.”
c) “Eu amo seus olhos que choram sem causa
Um pranto sem dor.”
d) “Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.”
81. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
Marque a alternativa incorreta quanto à classificação do termo em destaque.
a) A porta do escritório abre-se de manso, os passos de seu Ribeiro afastam-se. (Graciliano Ramos) –
locução adverbial de modo
b) – Mas casaco de pele não se precisa no calor do Rio... (Clarice Lispector) – advérbio de tempo
c) Todas as coisas de que falo estão na cidade / entre o céu e a terra. (Ferreira Gullar) – advérbio de lugar

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d) Talvez fosse possível substituir na cabeça uma língua pela outra, paulatinamente, descartando uma
palavra a cada palavra adquirida. (Chico Buarque) – advérbio de intensidade
82. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2017)
Assinale a alternativa em que o termo destacado é advérbio.
a) O bravo chefe falou com o empregado.
b) Rodolfo foi o melhor aluno que eu já tive.
c) Aquele candidato ao cargo de vereador discursa mal.
d) Meu irmão fez um mau negócio ao comprar aquele sítio.
83. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2016)
Em qual das alternativas abaixo o advérbio em destaque é classificado como advérbio de tempo?
a) Não gosto de salada excessivamente temperada.
b) Ele calmamente se trocou, estava com o uniforme errado.
c) Aquela vaga na garagem do condomínio finalmente será minha.
d) Provavelmente trocariam os móveis da casa após a mudança.
84. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2015)
Assinale a alternativa em que o advérbio destacado não se classifica como advérbio de modo.
a) “O canto do galo solou cheio, melodiosamente, dentro da noite clara."
b) “Lânguida, flutua como os caminhos troçados pelos amantes. / (...) olha docemente pelo sono da
humanidade."
c) “... a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava
a marcha, e o vaqueiro precisava chegar (...)"
d) “A mãe cantarolava e fitava o filho. Estava cansada... Cantava e esperava que delicadamente os sonhos
invadissem os olhos inocentes e os doridos."
85. (Aeronáutica / AFA Aviador 2019)
Fragmento do texto: XANTÓS – Agora que já sabemos o que há de melhor na terra, vejamos o que há de pior
na opinião deste horrendo escravo! Língua, ainda? Mais língua? Não disseste que língua era o que havia
de melhor? Queres ser espancado?
Julgue a afirmação como C (CERTA) ou E (ERRADA).
Entre as palavras “agora”, “pior” “ainda” e “não” (linhas 1 e 2), há advérbios classificados como de tempo,
intensidade e negação.

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10 - Gabarito
1. D 43. B 85. C
2. D 44. C
3. E 45. A
4. A 46. B
5. A 47. E
6. C 48. D
7. D 49. A
8. B 50. C
9. E 51. A
10. E 52. A
11. A 53. D
12. B 54. C
13. B 55. D
14. D 56. A
15. C 57. B
16. C 58. D
17. B 59. B
18. D 60. B
19. B 61. D
20. C 62. B
21. D 63. B
22. B 64. B
23. D 65. E
24. D 66. B
25. D 67. B
26. A 68. B
27. D 69. E
28. B 70. B
29. D 71. B
30. A 72. B
31. C 73. D
32. C 74. A
33. A 75. B
34. A 76. E
35. C 77. E
36. A 78. D
37. E 79. A
38. D 80. C
39. E 81. D
40. D 82. C
41. B 83. C
42. B 84. C

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