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LÍNGUA

PORTUGUESA
Crase

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LÍNGUA PORTUGUESA
Crase
Elias Santana

Sumário
Crase e Acentuação......................................................................................................................... 3
1. Preposição (Por Regência) + Artigo.......................................................................................... 5
2. Preposição (Por Regência) + Pronome...................................................................................12
3. Locuções Femininas...................................................................................................................15
4. Mais Alguns Casos Especiais................................................................................................... 17
5. Algo Muito Especial: O Paralelismo Sintático.. .................................................................... 18
Questões de Concurso.................................................................................................................. 26
Gabarito............................................................................................................................................ 66

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CRASE E ACENTUAÇÃO

Esses dois assuntos estão reunidos em um único PDF por um motivo simples: agudo, cir-
cunflexo e grave são os únicos acentos da língua portuguesa.
Para a IADES, os dois assuntos são muito importantes; todavia, por incrível que pareça,
peço que você tome muito cuidado com o segundo! Nessa banca, crase é fácil. Acentuação
também não costuma oferecer dificuldades, mas a IADES explora, sempre que pode, a parte
ligada ao novo acordo! Por isso, atenção redobrada!

Crase
Falaremos agora sobre um dos assuntos mais aguardados – e temidos – de todo o curso:
o emprego do acento grave, também conhecido como o sinal indicativo de crase. Se fizermos
uma pesquisa entre os brasileiros sobre qual tópico da língua portuguesa oferece maior difi-
culdade, a crase ganhará com sobras! No entanto, preciso preparar o terreno um pouco antes
de aprofundarmos nossos estudos.
Primeiramente, quero te fazer entender o que significa crase. Para isso, precisaremos voltar
ao estudo de literatura. Você se lembra de quando aprendeu a fazer a contagem de sílabas poé-
ticas? Veja o verso abaixo: “Tente entender a minha ironia”.
O trecho acima foi retirado da música Tent’entender, composta por Duca Leindecker e
Humberto Gessinger. Ele servirá para que eu explique a origem da crase.
Fazer a contagem de sílabas poéticas (também conhecida como escansão poética) é di-
ferente de separar as sílabas de uma palavra. Em poesia, o critério de divisão é fonético. Por
isso, quando uma palavra termina em vogal, e a próxima começa com vogal, conta-se uma
única sílaba poética. Além disso, a contagem termina na sílaba tônica da última palavra. Veja
como seria:

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 ---
Ten te en ten der a mi nha i ro ni a

O verso em questão apresenta nove sílabas poéticas (chamado também de verso eneassí-
labo). Quero que você olhe com carinho para as sílabas 2 e 7. Veja que, nelas, a vogal que ter-
mina uma palavra e a que inicia a próxima se encontram. Isso ocorre porque, foneticamente,
os sons vocálicos se unem! Faça um teste: leia o verso em velocidade normal, como se você
estivesse fazendo uma declamação! Perceberá que os sons vocálicos destacados se fundem.
Quando as vogais que se encontram são diferentes (como na sílaba 7), chamamos de elisão.
Quando as vogais que se encontram são iguais (como na sílaba 2), chamamos de crase.
O fenômeno da crase é, portanto, originário dos estudos poéticos. Sempre que quaisquer
duas vogais iguais se encontram, chamamos, em literatura, de crase. “Importamos” essa noção
para os estudos gramaticais, uma vez que algumas fusões também ocorrem fora da poesia.
Aliás, em gramática, só consideramos a fusão do som do a. Para sinalizar essa mistura, usamos
(`), conhecido como acento grave.
Para a gramática, essa fusão é ainda mais delimitada. Só ocorre entre preposição e artigos
OU preposição e pronome, da seguinte forma:

Mas, agora, precisamos discutir um outro ponto: você sabe diferenciar as ocorrências do a?
Isso é mais que fundamental! Eu até digo mais: muitas pessoas não sabem o assunto crase por
não saberem morfologia! Isso mesmo! O PDF sobre morfologia é pré-requisito para este PDF!

Veja os seguintes exemplos.


(1) A Criança esperta sempre fala a verdade.
(2) Eu comprei uma casa parecida com a que você possui.
(3) Ela doou brinquedos a meninos carentes.

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Venha comigo: em 1, os vocábulos destacados são artigos (femininos e singulares),
uma vez que acompanham os substantivos “criança” e “verdade”, respectivamente. Em 2,
a palavra destacada não pode ser artigo (por não acompanhar um substantivo), mas foi
usada para retomar e substituir o substantivo “casa” e, por isso, é classificada como pro-
nome demonstrativo, que poderia, inclusive, ser substituído por aquela. Em 3, o vocábulo
destacado não é artigo (pois não acompanha um substantivo feminino e singular) e nem
pronome (pois não se refere a nenhum substantivo). Neste caso, o “a” é uma exigência do
verbo “doar” para introduzir o complemento indireto (doou algo a alguém); estamos, por-
tanto, diante de uma preposição.
Sem esse conhecimento – que é simples – você jamais será capaz de entender crase! Te-
mos um defeito: quando estamos diante de uma questão sobre crase, o nosso hábito nos faz
olhar para o acento grave, o que é um erro! O acento é uma mera consequência! O que preci-
samos saber é investigar as causas que proporcionam (ou não) a ocorrência do acento! Você
está preparado(a) para isso?
Para facilitar nosso aprendizado, dividi o estudo da crase em três casos:
1) preposição (por regência1) + artigo;
2) preposição (por regência) + pronome;
3) locuções femininas.
Chegou a hora! Sei que, ao fim deste PDF, você estará pronto(a) para acertar muitas ques-
tões sobre esse assunto!

1. Preposição (Por Regência) + Artigo


Eu já te adianto: este é o caso mais cobrado em provas! Então, foco total!
Para saber analisar esse caso, você precisa seguir os seguintes passos:
1º) saber se algum vocábulo na oração exige a presença de uma preposição a. Esse vocá-
bulo é conhecido como termo regente ou subordinante;
2º) saber se o vocábulo ou expressão que receberá a preposição obriga, rejeita ou faculta
a presença de um artigo a ou as. Quem recebe a preposição é conhecido como termo regido
ou subordinado.

1
A preposição por regência ocorre quando um vocábulo (que pode ser um verbo, um substantivo, um adjetivo ou um advér-
bio) exige a presença de uma preposição para introduzir o seu complemento. É importante que você tenha duas informa-
ções claras:
• nem toda preposição é exigida (nas locuções, por exemplo);
• não só o verbo exige preposição.

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Veja comigo o esquema abaixo:

O que precisamos analisar:


1º) a forma verbal “se referiu” exige a presença da preposição a para introduzir o seu
complemento;
2º) os termos pospostos ao verbo devem ser avaliados acerca do artigo. Em outras pala-
vras, precisamos saber se eles obrigam, rejeitam ou facultam a presença do artigo.

Como saber se um termo obriga, rejeita ou faculta a presença de artigo?


Existem algumas formas para saber se um termo obriga, rejeita ou faculta o artigo. Eu, Elias,
prefiro uma: o teste do sujeito.
Como funciona: para saber se um termo obriga, rejeita ou faculta um artigo, você deve colocá-
-lo na posição de sujeito de uma outra oração. Um sujeito não pode ser preposicionado, mas
pode ser iniciado com um artigo. Basta testar.
• A atitude é fundamental. (oração aceitável)
• A atitude é fundamental. (oração aceitável)

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No primeiro teste, percebemos que, gramaticalmente, o artigo é facultativo. A depender do
texto, o sentido entre essas orações pode ser diferente (sem o artigo, “atitude” apresenta sen-
tido genérico; com o artigo, sentido específico). Todavia, o importante é perceber que as duas
construções são aceitáveis.
• Atitude do político foi incorreta. (oração não aceitável)
• A atitude do político foi incorreta. (oração aceitável)

No segundo teste, percebemos que o artigo é obrigatório. Como o texto não fala de uma atitu-
de qualquer, mas da atitude do político, a presença do artigo passa a ser necessária.
• Essa atitude é maravilhosa! (oração aceitável)
• A essa atitude é maravilhosa! (oração não aceitável)
No terceiro teste, notamos que o artigo é proibido. A presença do pronome demonstrativo
“essa” repele a existência do artigo.
Entendeu como funciona? Agora, basta testar todas as possibilidades! Com o passar do tempo
(e de muito treino), você começará a memorizar as formas mais recorrentes, e esse teste ficará
praticamente automático! Mas é preciso praticar bastante!

Você realizou os testes? Com base neles, a conclusão é a seguinte:

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O resultado disso para o emprego do sinal indicativo de crase é:

Algumas considerações importantes: em 5, 6, 8 e 12, o artigo é proibido; portanto, empre-


ga-se só a preposição. Em 4, o artigo feminino é proibido (por isso, a primeira opção é apenas
a preposição); no entanto, pode-se empregar um artigo masculino e plural, pois o substantivo
“comportamentos” apresenta essas flexões;
• tenha muito cuidado com os casos em que o artigo é facultativo. Em 1, 9 e 10, o artigo
possui exatamente a mesma grafia da preposição; logo, além de dizer que o artigo é fa-
cultativo, podemos afirmar que o acento grave também é facultativo! Entretanto, em 3 e
11, o artigo não é escrito da mesma forma que a preposição! Por conseguinte, podemos
afirmar que o artigo é facultativo nestes dois casos, mas o emprego do acento grave ou
é proibido (quando se emprega só a preposição) ou é obrigatório (quando se emprega a
preposição “a” e o artigo “as”);
• cuidado com as generalizações! Você vai ouvir dizer que os pronomes demonstrativos
e os indefinidos rejeitam o artigo, mas, em 7, há um pronome demonstrativo (“mesma”),

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que obriga a presença do artigo, e, em 9, há um pronome indefinido (“outra”) que faculta
a presença do artigo! Por isso, antes de produzir generalizações, faça testes e use o
raciocínio!

001. (2013/CESPE/MPU) Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro


está finalmente diante de uma oportunidade concreta de mudanças, principalmente em rela-
ção a aspectos que dão margem a uma série de deformações e estimulam a corrupção já a
partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas às transformações não pre-
valecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de inovações
com chance de valerem já para as próximas eleições.
Mantém-se a correção gramatical do texto ao se substituir o trecho “a uma série” (R.4) por à
uma série, dado o caráter facultativo do emprego do sinal indicativo de crase nesse caso.

A expressão “uma série de deformações” rejeita a presença de um artigo definido


feminino e singular, uma vez que “uma” já é um artigo, só que indefinido.
Errado.

002. (2013/CESPE/MPU) Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro


está finalmente diante de uma oportunidade concreta de mudanças, principalmente em rela-
ção a aspectos que dão margem a uma série de deformações e estimulam a corrupção já a
partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas às transformações não pre-
valecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de inovações
com chance de valerem já para as próximas eleições.
Na linha 6, o emprego do sinal indicativo de crase em “às transformações” justifica-se porque
o termo “restrições” exige complemento regido pela preposição a e a palavra “transformações”
está precedida de artigo definido feminino no plural.

No trecho, o substantivo “restrições” exige a presença da preposição “a” para introduzir o seu
complemento, e o substantivo “transformações”, por ser feminino e plural, admite a ocorrência
do artigo “as”.
Certo.

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003. (2013/IADES/EBSERH) Em “serviços prestados às gestantes assistidas pelo SUS”, o em-
prego da crase é facultativo; já, em “qualidade da assistência à saúde”, é obrigatório.

O vocábulo “prestados” exige a presença da preposição “a” para introduzir o seu complemen-
to. Por isso, retirar o acento grave significa abrir mão da preposição e manter apenas o artigo
“as”, o que é um equívoco gramatical. Portanto, entendemos que a crase, no primeiro caso, é
obrigatória. No segundo caso, o substantivo “saúde” faculta a ocorrência do artigo “a”. Como o
artigo e a preposição apresentam a mesma grafia, é possível afirmar que o emprego do acento
grave é facultativo.
Errado.

004. (2010/IADES/CFA) Antes de pronome possessivo feminino a crase é facultativa, entre-


tanto em “Devido as suas limitações físicas” o acento grave não foi empregado, pois há apenas
a preposição.

Primeiramente, a construção “devido as suas limitações físicas” está gramaticalmente incorre-


ta. “Devido” exige a presença da preposição “a”, e “suas limitações físicas” faculta a ocorrência
do artigo definido, feminino e plural. As possíveis construções seriam devido a suas limitações
físicas (só com a preposição) ou devido às suas limitações físicas (com a preposição e o ar-
tigo). Empregar apenas “as” significa abrir mão da preposição e manter apenas o artigo, o que
é incorreto. De maneira semelhante, é incorreto redigir devido à suas limitações físicas, uma
vez que o emprego do acento grave indica a ocorrência de artigo a, feminino e singular, que não
concorda com o substantivo “limitações”.
Errado.

005. (2011/CESPE/TC-DF) O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cida-
des, no período renascentista, representaram profundas mudanças para a sociedade da épo-
ca, mas, do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do poder nas
mãos dos soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua autoridade, unificaram os diversos
feudos e formaram vários dos Estados modernos que hoje conhecemos. Exceção a essa regra
foi a Inglaterra, onde, já em 1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres,
que o obrigaram a pedir autorização a um conselho constituído por vinte e cinco barões para
aumentar os impostos.

006. No trecho “Exceção a essa regra”, é opcional o emprego do sinal indicativo de crase no “a”.

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O vocábulo “exceção” exige a presença da preposição “a”, mas a expressão “essa regra” rejeita
a ocorrência de artigo.
Errado.

007. (2012/CESPE/MME) As hidrelétricas garantem ao Brasil o título de maior gerador de energia


limpa do mundo, mas esse modelo, que começou a ser desenhado há mais de quarenta anos, tem-
-se mostrado cada vez mais vulnerável às mudanças climáticas.
No trecho “tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mudanças”, a substituição de “às” por
a provocaria erro gramatical.

No texto original, perceba que foi empregada a preposição “a” (exigência de “vulnerável”) e o
artigo “as” (porque “mudanças” é um substantivo feminino e plural). O que a questão quer sa-
ber é se o artigo é facultativo. Veja comigo o teste do sujeito.
• Mudanças climáticas ocorreram. (oração aceitável)
• As mudanças climáticas ocorreram. (oração aceitável)
Notamos, portanto, que o emprego do artigo antes de “mudanças climáticas” é gramatical-
mente facultativo. Portanto, é correto usar tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mu-
danças climáticas (preposição + artigo) ou tem-se mostrado cada vez mais vulnerável a mu-
danças climáticas (só preposição).
Errado

2. Preposição (Por Regência) + Pronome

Vamos voltar a um exemplo já apresentado neste PDF:

(2) Eu comprei uma casa parecida com a que você possui.

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A estrutura morfológica dessa oração apresenta a seguinte característica:

Como você pode constatar, há uma preposição “com”, exigida pelo adjetivo “parecida” e um
pronome demonstrativo substantivo “a”, usado para retomar “casa”.
Agora, o que aconteceria se trocássemos o adjetivo “parecida” por diferente?

Perceba que houve a alteração da preposição, em função da regência do adjetivo. Como a


preposição de consegue se fundir com o pronome a, formou-se “da”.
Último teste: vamos trocar “diferente” por igual!

A regência do adjetivo “igual” exige a presença da preposição a; esta, unida ao pronome,


forma “à”. Você acaba de entender o caso 2!
Por ser um pronome demonstrativo, podemos trocar o pronome por aquela. O resultado será:
• Eu comprei uma casa igual àquela que você possui.

E se trocarmos “casa” por carro?


• Eu comprei um carro igual àquele que você possui.
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Esta última construção sempre gera uma dúvida: “Elias, mas pode haver crase com palavra
masculina?”
Cuidado para não confundir os casos! No caso 1, o fenômeno da crase ocorre em função
da preposição com o artigo feminino e, por isso, não há a possibilidade de se empregar o acen-
to grave antes de palavra masculina. No caso 2, a fusão ocorre entre a preposição a e aquele
(esta palavra se inicia com o mesmo som da preposição). Agora você entende por que é im-
portante entender o que é o fenômeno da crase? Você domina a lógica do processo, e não uma
mera memorização de formas.
Há ainda também o caso de fusão da preposição a com os pronomes relativos a qual e as
quais. Mas falaremos melhor sobre isso no próximo PDF, que é quando vou te explicar detalha-
damente o que é um pronome relativo!

008. (2013/CESPE/MI) É interessante notar que, em 1750, com a assinatura do Tratado de Madri,
o Brasil já tinha uma configuração territorial bastante semelhante à de hoje.
Imediatamente antes do trecho “de hoje”, está implícita a ideia de “configuração territorial”,
pelo que se justifica o emprego do sinal indicativo de crase.

Pela construção textual, percebemos que a crase ocorre em função da fusão entre preposição
(exigida por “semelhante”) e pronome demonstrativo (que retoma “configuração territorial”).
Certo.

009. (2013/CESPE/MME) Suas turbinas produzem entre 90 e 94-95 milhões de MWh, anual-
mente, uma oferta de energia superior à que vem conseguindo a hidrelétrica chinesa de Três
Gargantas.
Em “superior à que vem conseguindo”, o elemento “à” está acentuado em razão de sua subor-
dinação sintática à forma verbal “vem conseguindo”.

Quando a questão cita que o sinal indicativo de crase foi empregado em razão da “subordi-
nação sintática à forma verbal ‘vem conseguindo’”, ela quer dizer que “vem conseguindo” é
responsável por exigir a preposição! Todavia, a crase foi empregada porque “superior” exige a
preposição a e o pronome demonstrativo a retoma o termo “oferta”.
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3. Locuções Femininas
Compare comigo as seguintes construções:

(4) Ele vendeu o prazo.


(5) Ele vendeu a prazo.

Você reconhece a diferença de sentido entre elas, certo? Em 4, entende-se que o prazo foi
vendido (o objeto da venda); em 5, “a prazo” é o modo como a venda foi feita. Em 4, o verbo “ven-
deu” é transitivo direto; em 5, é intransitivo. Se levarmos em consideração a análise morfossin-
tática, sabemos que “o prazo” é objeto direto, formado por artigo + substantivo, ao passo que “a
prazo” é um adjunto adverbial de modo (sintaxe), uma locução adverbial (morfologia) formada
por preposição + substantivo.
Agora, veja a próxima oração:

(6) Ele vendeu a vista.

Eu lhe pergunto: a vista foi vendida ou diz respeito à modalidade de venda? Melhor dizendo:
o vocábulo “a” é uma preposição ou artigo? Temos uma certeza: a oração 6 está ambígua! Mas
há uma forma de resolver o problema:
• Ele vendeu a vista (“a vista” foi vendida = OD).
• Ele vendeu à vista (“à vista” é o modo de venda = locução adverbial de modo).

A inserção do acento grave é necessária para desfazer o duplo sentido – que pode ocorrer
quando o núcleo da locução for feminino. Mas concorda comigo que seria muito mais compli-
cado ter de ler a oração, analisar se há ambiguidade para decidir sobre o emprego do acento
grave? Por isso, a gramática definiu que, em casos de locuções (adjetivas, adverbiais, preposi-
tivas ou conjuntivas) com núcleo feminino, o emprego da crase é obrigatório!
Vamos ver casos em que isso ocorre:

(7) À noite, Maria ainda trabalhava.


(8) O marido preparou um jantar à luz de velas.
(9) Bolt estava à frente dos demais corredores.
(10) À medida que estudamos, aprendemos mais.

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Em todos os exemplos, há locuções com núcleos femininos. Em 7, a locução adverbial “à
noite” indica quando Maria trabalhava; em 8, a locução adjetiva “à luz de velas” caracteriza o
substantivo “jantar”; em 9, a locução prepositiva “à frente dos” serve para introduzir a locução
adverbial “à frente dos demais corredores”; em 10, a locução conjuntiva “à medida que” foi
usada para indicar proporção (quanto mais se estuda, mais se aprende).
Algo merece ser destacado em todas essas construções: em nenhuma delas, há um termo
que peça a presença da preposição a. Ela simplesmente aparece para formar a locução, sem
que um termo regente a exija!

010. (2014/IADES/SEAP-DF) Nas passagens “Eu era ligado à MPB de Caetano”, “Depois que
Renato Russo veio à redação do Correio” e “À época, a Plebe era a mais falada”, o emprego
da crase é
a) obrigatório nas três situações.
b) facultativo nas três situações.
c) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.
d) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.
e) proibido apenas na primeira situação.

As duas primeiras orações estão ligadas ao caso 1 de crase: “ligado” exige a preposição a e
“MPB de Caetano” obriga a presença do artigo a; “veio” exige a preposição a e “redação do cor-
reio” obriga a presença do artigo a. Na última, temos um caso de locução com núcleo feminino
(por isso, o emprego da crase é obrigatório)! “À época” indica quando a Plebe era a mais falada!
Letra a.

CUIDADO! O emprego do sinal indicativo de crase também é obrigatório em locuções que


tenham “à moda de” ou “à maneira de” implícitas! Veja comigo um exemplo:

(11) Comi um camarão à Rio de Janeiro.

A expressão “à Rio de Janeiro” é uma locução adjetiva que caracteriza o substantivo “ca-
marão”. Sei que “Rio de Janeiro” é masculino, mas temos implícita a expressão à moda do. Por
isso, a crase passa a ser obrigatória!
Veja mais um:

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(12) Ele só se veste à Clodovil!

“À Clodovil” é uma locução adverbial que indica modo. “Clodovil” é um substantivo mascu-
lino, mas temos implícita a expressão a maneira de. A crase é, novamente, obrigatória!
Uma dica importante: só se tem as expressões a moda de ou a maneira de implícitas
quando, na locução, há nomes de pessoas ou lugares, pois a ideia é transmitir que algo
é feito conforme o estilo de alguém ou de alguma região. Por isso, em “comi um frango
a passarinho”, não há crase, pois passarinho não é pessoa ou lugar. “a passarinho” é uma
locução adjetiva com núcleo masculino e dispensa o uso do artigo.

4. Mais Alguns Casos Especiais


Quando se usa a locução “a distância”, sem qualquer especificação, a crase é rejeitada.
Situação semelhante ocorre antes da palavra “casa” e “terra” (com o sentido de terra firme).

Ele só estuda a distância.


Agora, nós vamos a casa.
Os botes chegaram a terra.

Também não se usa crase antes de pronomes de tratamento.

Ele disse a Vossa Excelência que não chegará atrasado.

O emprego do acento grave é facultativo na locução “até a”.

Ele vai até a(à) sala buscar o irmão.

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5. Algo Muito Especial: O Paralelismo Sintático

Eu digo que esta seção é muito especial por alguns motivos:


I. vai além da crase;
II. cai em provas;
III. pode passar despercebido ao olhar de quem lê;
IV. há poucos materiais sobre o assunto.

011. (2014/IADES/SESDF) Assinale a alternativa que, em conformidade com a norma-padrão,


preenche adequadamente as lacunas do período “Nas próximas semanas, o plantão da enfer-
meira será, de quarta-feira__ domingo, das 8h___ 14h”.
a) a e às.
b) à e às.
c) a e as.
d) à e as.
e) a e a.

Essa questão envolve paralelismo sintático. Veja que a expressão “de quarta-feira a domingo”
é única, não divisível (não há sentido usar só “de quarta-feira”, por exemplo). O paralelismo sig-
nifica dar tratamento igualitário a formas coordenadas ou correlatas. Na prática é muito mais
fácil! Se “quarta-feira” recebeu apenas preposição, “domingo” só pode receber apenas preposi-
ção; se “8h” recebeu preposição + artigo, “14h” deve receber preposição mais artigo!
Letra a.

Compare as frases abaixo.


• A loja está aberta de 8h a 18h. (certo)
• A loja está aberta das 8h às 18h. (certo)
• A loja está aberta de 8h às 18h. (errado)
• A loja está aberta das 8h a 18h. (errado)
• Ele verificou o documento de ponta a ponta. (certo)
• Ele verificou o documento de ponta à ponta. (errado)
• Ela se perfumou dos pés à cabeça. (certo)
• Ela se perfumou dos pés a cabeça. (errado)


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Há ainda os casos de enumeração. Se o primeiro termo vier só com preposição, os demais
podem apresentar apenas preposição:
• Ele tem acesso a cultura, educação e dignidade.
• Ele tem acesso a cultura, a educação e a dignidade.

Se o primeiro vier com preposição + artigo, os depois podem apresentar preposição + artigo.
• Ele tem acesso à cultura, educação e dignidade.
• Ele tem acesso à cultura, à educação e à dignidade.

Exemplos do que não pode ser feito:
• Ele tem acesso a cultura, à educação e à dignidade.
• Ele tem acesso à cultura, a educação e a dignidade.

 Obs.: isso vale para qualquer preposição.

Outro caso famoso em provas envolve a enumeração de substantivos e verbos. Se o pri-


meiro termo da enumeração tiver como núcleo um substantivo, os demais deverão ter como
núcleo um substantivo. Se o primeiro termo da enumeração tiver como núcleo um verbo, os
demais deverão ter como núcleo um verbo.

• A doação de roupas e a entrega de alimentos são atitudes que enobrecem o homem.


(certo)
• Doar roupas e entregar alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (certo)
• Doar roupas e a entrega de alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (errado)
• A doação de roupas e entregar alimentos são atitudes que enobrecem o homem.
(errado)

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Acentuação

Ao contrário do que muitos pensam, a acentuação gráfica não existe para complicar a
nossa vida, mas para facilitá-la. Nossa língua tem propriedades tonais! Como diferenciar, por
exemplo, secretária de secretaria? Sabia de sabiá? E, por mais incrível que pareça, os princí-
pios de acentuação foram formulados com base em critérios lógicos e estatísticos.
A minha missão contigo é falar das regras, a fim de que você tenha bom desempenho nas
questões de provas. Então, vamos lá!

REGRAS GERAIS

1. Toda proparoxítona é acentuada.

Exemplo: lâmpada.

2. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O e EM (seguidas ou não de S).

Exemplo: pará, patês, gigolô e armazéns.

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3. Acentuam-se as paroxítonas não terminadas em A, E, O e EM (seguidas ou não de S).

Exemplo: caráter, táxis, hífen, amável, ânus, tórax, tríceps, álbum.

O que é oxítona, paroxítona e proparoxítona?


São classificações das palavras quanto à tonicidade. Palavras oxítonas são aquelas que têm a
última sílaba como tônica; paroxítonas, penúltima; proparoxítonas, antepenúltima.

Algumas observações MUITO IMPORTANTES:


1) “hífen” só possui acento no singular. No plural – por terminar em -ens, como “armazéns” – o
acento é retirado. O mesmo acontece, por exemplo, com hímen e pólen;
2) uma das polêmicas do momento envolve as paroxítonas terminadas em ditongo. Algumas
bancas as consideram parte da regra 3 (portanto, “responsável” e “necessário” pertenceriam à
mesma regra); outras não comungam desse posicionamento. Isso é horrível, uma vez que não
há qualquer documento oficial que garanta essa questão. No meu entendimento (baseado em
diversas análises gramaticais), a primeira visão é a correta. Mas a minha sugestão é que você
sempre observe pelas questões o que a banca entende;
3) “necessário” é uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona? Essa é mais
uma grande polêmica em torno do assunto. O entendimento dominante em provas de concur-
sos públicos reza que, quando há essa dúvida (que ocorre com várias palavras), o correto é
classificar a palavra como paroxítona terminada em ditongo (visão com a qual eu concordo).
Ainda voltaremos a falar desse assunto mais tarde, em uma outra comparação.

4. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em A, E e O.

Exemplo: lá, ré, dó.


Cuidado para não confundir com a regra 2!

5. Acentuam-se os ditongos aberto EU, EI e OI, quando aparecem em posição oxítona.

Exemplo: chapéu, pastéis e corrói.

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6. Acentuam-se as vogais I e U, quando ocupam a posição de segunda vogal em um hiato.

Exemplo.: prejuízos, saúde.

Observações MUITO IMPORTANTES:


1) “céu” e “réu” encaixam-se na regra 5, mesmo sendo monossílabos (não vou entrar aqui em
outra polêmica gramatical, que discute se palavra monossílaba é também oxítona);
2) palavras como deficiência, judiciário e sabíamos possuem hiato, mas não são acentuadas
pela regra 6! As duas primeiras apresentam acento nas vogais E e A (e não I e U, conforme está
na regra). Na terceira, a vogal I é a primeira – e não a segunda – vogal do hiato (conforme está
na regra). Parece exagero, mas essa é a principal dúvida que recebo há anos;
3) nas regras 5 e 6, houve intervenção do Novo Acordo Ortográfico. Na 5, palavras como ideia,
geleia, assembleia, boia e joia perderam o acento, uma vez que os ditongos abertos estão em
posição paroxítona (e não oxítona, conforme a nova regra). Na 6, só houve alteração quando o
hiato é antecedido por ditongo. Se o hiato estiver em posição paroxítona, há a perda do acento
(como em baiuca e feiura). Se estiver em posição oxítona, o acento é mantido (como em Piauí);
4) quando o hiato é seguido de R, Z, M ou NH, não haverá acento. É o que acontece com ruir,
juiz, ruim e rainha. Detalhe: juízes é acentuado.

012. (CESPE/2013/ANTT) O emprego do acento gráfico em “política”, “veículo” e “público”


deve-se à mesma regra de acentuação gráfica.

A banca entendeu que “veículo” está apenas na regra do hiato, e não das proparoxítonas.
A banca errou feio! No mínimo, ela deveria admitir que as duas regras (proparoxítonas e hia-
to) incidem sobre essa palavra. Agora, se a discussão for em torno de qual regra prevalece, a
banca perde novamente! Se analisarmos uma palavra como maiúsculo, notamos que o acen-
to, mesmo após o Novo Acordo, foi mantido (e se trata de um hiato antecedido por ditongo,
como está nas observações feitas acima). E sabe por que o acento foi mantido? Porque a
palavra é proparoxítona! Entende-se, portanto, que a regra das proparoxítonas se sobrepõe à
regra do hiato.
Errado.

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013. (CESPE/2013/STF) O emprego do acento gráfico em “remédios” pode ser justificado
com base em duas regras distintas de acentuação.

A banca considerou que “remédios” é simultaneamente uma paroxítona terminada em ditongo


e proparoxítona.
Certo.

014. (CESPE/2017/TRF1) O emprego de acento na palavra “memória” pode ser justificado por
duas regras de acentuação distintas.

A banca considerou que “memória” é simultaneamente uma paroxítona terminada em ditongo


e proparoxítona.
Eu não vou nem me alongar na discussão acerca de proparoxítonas eventuais ou aparentes
(que não é resolvida por falta de um posicionamento técnico de estudiosos notáveis). O pro-
blema maior é: como a banca não admite que podem incidir duas regras sobre uma mesma
palavra na questão 11 e admite que isso ocorra na questão 12 e na 13? E isso sem qualquer
amparo na literatura de amplo acesso! A banca, nas três situações acima, agiu de maneira
arbitrária. Aliás, é muito mais simples justificar que há duas regras em “veículo” do que em
“remédios” e “memória”.
Toda essa discussão não serve apenas para quem vai fazer provas do CESPE, mas para todos
os brasileiros! Busque entender o que sua banca pensa sobre cada assunto (apesar de que
o CESPE é capaz de ter dois pensamentos diferentes sobre um mesmo tema, conforme de-
monstrado). Para os demais brasileiros: que lutemos sempre em favor de uma educação mais
científica e uniforme, a fim de que polêmicas subjetivas não possam se sobrepor à beleza do
entendimento lógico e didaticamente orientado.
Certo.

Os Acentos Diferenciais

Ainda existem, em nossa língua, casos em que um acento pode diferenciar palavras de
escrita idêntica (são os famosos acentos diferenciais). Com o Novo Acordo, alguns foram re-
tirados; outros, mantidos. No grupo dos acentos retirados, podemos citar os seguintes pares
de palavras: “para” (preposição, sempre foi sem acento) e “para” (verbo, que era com acento);
“pelo” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pelo” (substantivo, que era
com acento); “pela” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pela” (verbo,

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que era com acento); “polo” (contração arcaica, sempre foi sem acento) e “polo” (substantivo,
que era com acento); e “pera” (contração arcaica, sempre foi sem acento” e “pera” (fruta, que
era com acento).
Já sobre os acentos diferenciais mantidos, temos: “tem” (verbo na 3ª pessoa do singu-
lar) e “têm” (verbo na terceira pessoa do plural); “vem” (verbo na terceira pessoa do singu-
lar) e “vêm” (verbo na terceira pessoa do plural); “pode” (verbo no presente do indicativo)
e “pôde” (verbo no pretérito perfeito do indicativo); e “por” (preposição) e “pôr” (verbo).

 Obs.: verbos derivados de “ter” e “vir” também mantiveram acentos diferenciais, como ocorre
em “mantém/mantêm” e “intervém/intervêm”.

Por fim, houve a retirada dos acentos das palavras paroxítonas marcadas pela repetição de
vogais. É o caso de “voo”, “enjoo”, “veem” e “creem”, por exemplo.

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O QUE CAI, ELIAS?

Sobre crase, a banca adora explorar o caso mais comum (preposição + artigo). Analise
com cuidado principalmente o artigo, porque é com ele que a IADES mais gosta de trabalhar.
Sobre acentuação, tenha cuidado com o que foi alterado depois do Novo Acordo!

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IADES/CORREIOS/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA NO TRABALHO/2017)

Considerando apenas as regras para o uso do sinal indicativo de crase, o emissor, caso julgas-
se necessário modificar o texto original, poderia substituir, sem alteração na correção gramati-
cal, o período “É você quem tira esses sonhos do papel” pela redação
a) É você quem traz a realidade esses sonhos que estão à sua espera no papel.
b) A pessoa que, a partir de hoje, dá vida à esses sonhos do papel é você.
c) Às vésperas do Natal, você é quem tira esses sonhos do papel e os leva a vida de muitas
crianças.
d) É você, a pessoa a qual me refiro, quem tira esses sonhos do papel.
e) Refiro-me a você, que é a pessoa a qual pode garantir às crianças a realização desses so-
nhos registrados no papel.

a) Errada. O certo é “à realidade”.


b) Errada. “Esses sonhos” não aceita artigo.
c) Errada. O certo é “à vida”.
d) Errada. O certo é “à qual”.
Letra e.

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002. (IADE/CORREIOS/TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO/2017)

Uma das alternativas a seguir apresenta uma redação que reproduz uma informação compa-
tível com o texto. Considerando que a referida redação deve estar em conformidade com as
regras prescritas pela norma-padrão sobre o uso do sinal indicativo de crase e a regência dos
verbos e nomes, assinale a alternativa correta.
a) O Blog dos Correios, antes de esclarecer o seu objetivo, dá as boas-vindas à qualquer pes-
soa que tenha acesso à plataforma.
b) A criação do Blog do Correios reflete sobre a situação importante de modernização à qual
atravessa a empresa.
c) O Blog dos Correios disponibiliza a sociedade brasileira um canal de acesso à empresa.
d) O canal de comunicação criado pelos Correios viabiliza à troca de informações e opiniões
visando à transparência da gestão corporativa da empresa.
e) O Blog do Correios trata de temas relativos às questões institucionais das diversas áreas
dos Correios e dá às pessoas que o acessam a oportunidade de comentar os posts publicados.

a) Errada. “qualquer pessoa” não aceita artigo.


b) Errada. Como “atravessa” é VTD, não há preposição para se unir ao pronome relativo.
c) Errada. O correto é “à sociedade brasileira”.
d) Errada. Como “viabiliza” é VTD, não deveria haver crase em “à troca”.
Letra e.

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003. (IADES/CREMEB/ADVOGADO/2017)

Tendo como referência apenas as regras de regência e do uso do sinal indicativo de crase pres-
critas pela norma padrão, considere o período “O CREMEB também apoia o Setembro Verde!”
e assinale a alternativa correta.
a) O autor poderia substituir corretamente a forma “apoia” pela construção começou à apoiar.
b) O emprego da preposição “a” seria inviável, caso o autor substituísse a forma “apoia” pela
construção se aliou.
c) A redação O CREMEB também presta apoio à campanha do Setembro Verde! poderia subs-
tituir corretamente a original.
d) A redação O CREMEB também se solidariza do Setembro Verde! poderia substituir correta-
mente a original.
e) A construção à campanha do Setembro Verde poderia ser empregada corretamente no
lugar do trecho “o Setembro Verde”.

a) Errada. Como “apoiar” é verbo, não é possível empregar o acento grave.


b) Errada. A preposição deveria ser empregada, pois “aliar-se” exige a preposição a.
d) Errada. O correto é com o Setembro Verde.
e) Errada. Como o verbo “apoia” é transitivo direto, não seria possível empregar o acento grave.
Letra c.

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004. (IADES/CRF-DF/ANALISTA/ADVOCACIA/2017)

Tendo como referência as regras para o uso do sinal indicativo de crase e a acentuação gráfi-
ca das palavras, considere o período “Com isso, uma drogaria que funciona 24 horas por dia,
respeitando a carga horária de 8 horas, necessita de, pelo menos, três farmacêuticos em seu
quadro” (linhas de 27 a 29) e assinale a alternativa correta.
a) A construção “Com isso” poderia ser substituída por qualquer uma das seguintes reda-
ções: Devido à essa lei ou Devido à lei mencionada, sem alterações no sentido do trecho.

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b) Caso julgasse necessário, o autor poderia empregar corretamente a redação drogarias que
tem expediente 24 horas por dia no lugar do trecho “uma drogaria que funciona 24 horas por
dia”.
c) O autor poderia, corretamente, incluir a forma às antes do termo “24 horas por dia”.
d) O trecho “respeitando a carga horária de 8 horas” estaria correto se reescrito da seguinte
maneira: considerando o respeito a carga horária de 8 horas.
e) Apenas uma das construções a seguir poderia ser empregada corretamente no lugar
do termo “em seu quadro” (linha 29): à sua disposição ou ao seu dispor.

a) Errada. “essa lei” rejeita artigo.


b) Errada. Seria necessário empregar “têm”.
c) Errada. Haveria mudança de sentido.
d) Errada. O correto seria à carga horária.
Letra e.

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005. (IADES/CRF-DF/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2017)

Todas as alternativas a seguir apresentam um trecho extraído do texto, seguido de uma proposta
de nova redação. Entretanto, em apenas uma delas, a substituição de um fragmento pelo outro se-
ria possível, pois preservaria o sentido original e estaria em conformidade com as regras prescritas
pela norma-padrão acerca da colocação pronominal, da regência e do uso do sinal indicativo de
crase. Assinale essa alternativa.
a) “Faz bem contar com um farmacêutico” / Faz bem à qualquer pessoa ter à sua disposição
um farmacêutico.
b) “Faz bem contar com um farmacêutico” / Se prejudica a si mesmo quem não conta com
um farmacêutico.
c) “Ele é um profissional indispensável” / Ele é um profissional que não pode-se dispensar.
d) “(...) no cuidado com a sua saúde” / no cuidado que se dispensa a sua saúde.
e) “(...) e está sempre perto de você” / e sempre encontra-se próximo à você.

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a) Errada. “qualquer pessoa” não aceitar artigo.


b) Errada. Não se pode iniciar uma frase com POA.
c) Errada. Houve desrespeito ao fator de atração.
e) Errada. Houve desrespeito ao fator de atração; “você” não aceita artigo.
Letra d.

006. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA/ADMINISTRADOR/2017)

Com base apenas nas regras prescritas pela norma-padrão acerca da acentuação gráfica e do
uso do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta.
a) A construção “Orientações para o doador” poderia ser substituída pela redação Orienta-
ções à toda pessoa que pretende doar.
b) Caso o emissor decidisse explicitar o local de doação de sangue, poderia substituir a cons-
trução “Levar documento oficial de identidade com foto” por qualquer uma das seguintes reda-
ções: Levar à sua unidade de doação documento oficial de identidade com foto ou Levar a sua
unidade de doação documento oficial de identidade com foto.
c) Assim como o vocábulo “saúde”, também estão corretamente acentuados saída, gratuíto
e rúbrica
d) O emissor poderia substituir a expressão “alimentos gordurosos” pela redação alimentos
que contém gordura.
e) O trecho “nas três horas que antecedem a doação” poderia ser substituído por apenas uma
das seguintes redações: nas três horas anteriores a doação ou à três horas antes da doação.

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a) Errada. “toda pessoa” rejeita artigo.


c) Errada. O correto é gratuito e rubrica.
d) Errada. O verbo correto é contêm.
e) Errada. “três horas” não aceita o artigo “a”.
Letra b.

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007. (IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2016)

Considerando apenas as regras que orientam a acentuação gráfica dos vocábulos e o emprego
do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta.

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a) Se o vocábulo sublinhado no trecho “e com salários que batem na casa dos R$ 18 mil no
topo da carreira” (linhas 1 e 2) fosse substituído pela forma verbal ultrapassam, o uso do sinal
indicativo de crase diante do substantivo “casa” seria opcional.
b) Outra redação possível para o trecho “deixou as salas de aula em que lecionava para alunos
do ensino médio” (linhas 20 e 21) seria abandonou as salas de aula as quais se dirigia a fim de
lecionar para alunos do ensino médio.
c) O período “Aprovada, Fernanda passou a carregar, além das joias que usa, o distintivo da
Polícia Civil em uma correntinha pendurada no pescoço e uma pistola semiautomática Taurus
40 na cintura.” (linhas de 25 a 28) está parcialmente de acordo com as regras de acentuação
gráfica vigentes.
d) Caso o pronome aquele fosse utilizado como determinante do substantivo sublinhado no
período “Comecei a sonhar em ser perita assistindo ao seriado Arquivo X” (linhas 32 e 33), o
emprego do sinal indicativo de crase seria inviável.
e) Caso fosse necessário, o trecho “diz ela, referindo-se à dupla de detetives que investiga-
vam casos envolvendo extraterrestres.” (linhas 33 e 34) poderia ser substituído pela seguinte
redação: diz ela, fazendo menção à dupla de detetives a qual investigava casos envolvendo
extraterrestres.

a) Errada. O verbo “ultrapassar” é VTD.


b) Errada. O correto é às quais, em função da regência de “se dirigia”.
c) Errada. Está completamente de acordo com as regras de acentuação.
d) Errada. O uso do acento grave seria obrigatório.
Letra e.

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008. (IADES/CRESS-MG/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2016)

Caso julgasse necessário, o autor poderia, desde que respeitadas as regras acerca do emprego
do sinal indicativo de crase, substituir o período “Cria campanhas de alimentação, saúde, edu-
cação e recreação e implanta projetos assistenciais.” (linhas de 6 a 8) pela seguinte redação:
a) Dá vida à campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação e implanta projetos de
assistência à população marginalizada.
b) Traz à realidade campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação e implanta pro-
jetos de assistência àqueles indivíduos em situação de risco.
c) Cria campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação direcionadas às crianças
carentes e implanta projetos assistenciais dirigidos à certa parcela da população de adoles-
centes e adultos.
d) Volta-se à criação de campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação e implanta
projetos assistenciais destinados à uma população necessitada.
e) Dá origem à cinco campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação e implanta à
sua maneira projetos assistenciais.

a) Errada. “campanhas” não aceita o artigo “a”.


c) Errada. “certa parcela” não aceita o artigo “a”.
d) Errada. “uma população” não aceita o artigo “a”.
e) Errada. “cinco campanhas” não aceita o artigo “a”.
Letra b.

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009. (IADES/CRESS-MG/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2016) Assinale a alternativa que
apresenta oração na qual o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo.
a) Todo cidadão deve preservar o respeito à Pátria.
b) A capital mineira fica à distância de 716 quilômetros da capital federal.
c) Diversas solicitações às nossas autoridades são feitas diariamente.
d) Guimarães Rosa sempre voltava à terra onde nasceu e cresceu.
e) A população mineira demonstra dedicação às tradições religiosas e culturais.

Essa questão, na verdade, é SEM RESPOSTA. A “mais próxima” seria a letra C, mas o que é
facultativo em “às nossas autoridades” não é a crase, mais o artigo.
Letra c.

010. (IADES/ELETROBRAS/MÉDICO DO TRABALHO/2015)

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Crase
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De acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais referentes ao período “Some o tem-
po em que a tela não está ligada às horas em que o micro-ondas fica sem uso.” (linhas 18 e 19),
o emprego do sinal indicativo de crase
a) está inadequado.
b) é facultativo.
c) seria inviável caso o substantivo “horas” estivesse antecedido pelo pronome certas.
d) também deveria ocorrer diante do substantivo “tela”.
e) seria proibido caso o substantivo “horas” fosse antecedido pelo pronome aquelas.

Com a colocação do pronome indefinido “certas” o artigo passaria a ser proibido.


Letra c.

011. (IADES/ELETROBRAS/ELETRICISTA/2015)

Disponível em: < http:// www.eletrobras.com/ elb/natrilhadaenergia/energia– eletrica/>. Acesso

em: 15/01/2015, com adaptações.

Considerando os trechos a seguir, assinale a alternativa em que o emprego do sinal indicativo


de crase não é obrigatório.
a) “Atividades simples como assistir à televisão” (linhas 2 e 3).
b) “porque a energia elétrica chega à sua casa” (linha 4).
c) “avanços tecnológicos alcançados se deve à energia elétrica” (linhas 6 e 7).
d) “dirige-se às pessoas, no mundo inteiro,” (linhas 9 e 10).
e) “integrados às seguintes quatro etapas” (linhas 10 e 11).

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Crase
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Agora sim um caso aceitável (diferente do que ocorreu na questão 9). Como o artigo é singular
(e é facultativo), é possível omitir o acento sem prejuízo à correção e ao sentido.
Letra b.

012. (IADES/EBSERH/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRANALHO/2015)

Com base na norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa que apresenta trecho
em que o emprego do acento indicativo de crase é facultativo.
a) “levam à ocorrência de agravos” (linhas 4 e 5)
b) “infrações às suas normas trabalhistas” (linha 6)
c) “agravos à saúde do trabalhador” (linha 5)
d) “proteção à segurança e saúde no trabalho” (linha 7)
e) “vinculado à Secretaria de Inspeção do Trabalho” (linha 11)

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Questão novamente sem resposta, pelo mesmo motivo da 9. A que mais se aproxima é a letra b.
Letra b.

013. (IADES/SEAP-DF/AUXILIAR OPERACIONAL/2014) De acordo com o que prescreve a


norma-padrão acerca do emprego do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta.
a) O diretor do hospital referia-se à algumas enfermeiras que estiveram no plantão de ontem.
b) Cheguei à acreditar que a médica receitaria um analgésico à minha mãe.
c) O enfermeiro conduzirá à paciente até o ambulatório.
d) A doutora começa a atender às 8 horas.
e) Daqui a duas horas, retornarei a farmácia, que fica ao lado da pediatria.

a) Errada. “algumas enfermeiras” rejeita artigo “a”.


b) Errada. “acreditar” rejeita artigo “a”.
c) Errada. O verbo “conduzirá” é VTD.
e) Errada. É preciso empregar o acento grave em à farmácia.
Letra d.

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014. (IADES/SEAP-DF/AUXILIAR OPERACIONAL DE SERVIÇOS DIVERSOS/2014)

Considerando a oração “‘Nessa situação, o paciente dedica a maior parte do seu tempo à TV’”
(linhas 6 e 7), assinale a alternativa correta.
a) A inclusão do artigo uma diante de “TV” tornaria o emprego da crase facultativo.
b) Se, no lugar de “TV”, tivesse sido utilizado o substantivo televisão, o emprego da crase seria
proibido.
c) O emprego do sinal indicativo de crase diante de “TV” está inadequado.
d) O emprego do sinal indicativo de crase diante de “TV” é obrigatório.
e) O emprego do sinal indicativo de crase diante de “TV” é facultativo.

Como quem dedica, dedica algo a algo, é necessário empregar o acento grave.
Letra d.

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015. (IADES/SEAP-DF/ANALISTA/DIREITO/2014)

Nas passagens “Eu era ligado à MPB de Caetano” (linhas 5 e 6), “Depois que Renato Russo
veio à redação do Correio” (linhas 9 e 10) e “À época, a Plebe era a mais falada.” (linha 21), o
emprego da crase é

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a) obrigatório nas três situações.
b) facultativo nas três situações.
c) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.
d) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.
e) proibido apenas na primeira situação.

Nos dois primeiros casos, há termos que exigem a preposição, e o artigo é obrigatório; no ter-
ceiro, trata-se de uma locução com núcleo feminino.
Letra a.

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016. (IADES/METRÔ-DF/TÉCNICO EM ELETRÔNICA/2014)

Considerando as regras prescritas pela norma-padrão acerca do uso da crase, assinale a alter-
nativa correta.
a) No título, o uso da crase é facultativo, pois o substantivo “velocidade” está subentendido
antes de “dos carros”.
b) O trecho “com velocidade média até quatro vezes maior do que a dos carros nas ruas da
metrópole.” (linhas 2 e 3) também poderia ser reescrito assim: com velocidade média até qua-
tro vezes maior do que à dos carros nas ruas da metrópole.

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c) Em “os usuários do transporte público sobre trilhos deslocam-se a 32,4 quilômetros por
hora (km/h), em média.” (linhas de 4 a 6), é possível o uso da crase.
d) Em “Lei de Acesso à Informação” (linha 13), o uso da crase é facultativo.
e) Na oração “O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma bicicleta, 20,6
km/h.” (linhas 10 e 11), se o verbo em destaque fosse substituído por chega, o uso da crase
seria obrigatório.

a) Errada. Como o verbo “superar” é VTD, não há a preposição.


b) Errada. Deve-se empregar apenas o pronome (sem crase).
c) Errada. “32,4 quilômetros” não aceita artigo.
d) Errada. O uso da crase é obrigatório.
Letra e.

017. (IADES/METRÔ-DF/SEGURANÇA METROFERROVIÁRIO/2014)

A respeito do emprego da crase no texto, considere a norma-padrão e assinale a alternati-


va correta.
a) Em “cujo acesso fica próximo à quadra 1 do Setor Bancário Sul” (linhas 4 e 5), o uso da
crase é facultativo.
b) Em “os objetos são doados à Administração Regional de Brasília”, (linhas 6 e 7) a crase foi
empregada indevidamente.
c) Em “O serviço funciona de segunda a sexta-feira” (linhas 8 e 9), o uso da crase é proibido.
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d) Em “das 7h às 19h” (linha 9), o uso da crase é facultativo.
e) Em “das 7h às 19h” (linha 9), caso o termo destacado fosse substituído por 1h, o uso da
crase seria proibido.

a) Errada. A crase é obrigatória.


b) Errada. A crase está correta.
d) Errada. Por paralelismo, é obrigatório.
e) Errada. Por paralelismo, é obrigatório.
Letra c.

018. (IADES/MPE-GO/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013)

Com fundamento na estruturação linguística do texto, assinale a alternativa correta.


a) “Belém” (linha 2), “Pará” (linha 2) e “Caratê” (linha 4) são palavras acentuadas porque são
paroxítonas terminadas em “em”, “a” e “e”.
b) As aspas utilizadas em “É na queda que aprendemos mais” (linha 8) podem ser substitu-
ídas, sem alteração sintática do texto, por travessões, sem mudança de parágrafo, indicando
alternância de falas em diálogo.
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c) O emprego do acento indicativo de crase em “às” (linha 9) deve-se à presença do verbo
“ensinar” (linha 9), cujo complemento deve ser introduzido pela preposição a.
d) O termo “Todo profissional” (linha 12) pode ser substituído, sem alteração sintática e se-
mântica do texto, por “Todo o profissional”.
e) O título do texto gera no leitor uma expectativa que não é suprida pela leitura.

a) Errada. Todas as palavras são oxítonas.


b) Errada. Por ser uma citação interna ao texto, a única opção são as aspas.
d) Errada. Com o acréscimo do artigo, nesse caso há mudança de sentido.
e) Errada. A leitura supre a expectativa do leitor.
Letra c.

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019. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017)

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Pró-Sangue. Banco de Sangue Grupo Gestão e

Tecnologia em Saúde. Disponível em: <http://www.unimed.coop.br/ pct/index.jsp?cd_

canal=53023&cd_secao=53015&cd_materia=370105>. Acesso em: 24 dez. 2016.

Considerando vocábulos do texto, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, uma


palavra paroxítona e uma proparoxítona.
a) “saúde” e “últimas”
b) “necessário” e “órgão”
c) “doação” e “médico”

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d) “justificável” e “mínimo”.
e) “alimentação” e “análise”

Tanto a letra d quanto a letra a estão corretas. A banca deveria ter anulado a questão. O enun-
ciado pediu uma palavra paroxítona e uma proparoxítona, e não palavras que são acentuadas
com base na regra das paroxítonas e das proparoxítonas. A banca errou feio no enunciado!
Letra d.

020. (IADES/CRESS-MG/AGENTE FISCAL/2016)

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Considerando o trecho “dia 11 de outubro, dia instituído pela ONU como Dia Internacional da
Menina” (linhas 28 e 29), assinale a alternativa em que o vocábulo recebe acento gráfico pelo
mesmo motivo que a palavra sublinhada.
a) humanitária
b) política
c) violências
d) saúde
e) gênero

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“instituído” e “saúde” são acentuados pela regra do hiato.


Letra d.

021. (IADES/CRESS-MG/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2016)

Considerando as regras de ortografia e de acentuação gráfica vigentes, assinale a alternati-


va correta.
a) A grafia correta do vocábulo “bem-estar” (linha 3) é bem estar.
b) Assim como o vocábulo “adolescentes” (linha 6), adolescencia também deixou de ser
acentuado graficamente.
c) Outra redação possível para o trecho “propondo ações para melhorar as condições de vida
de crianças, adolescentes e adultos.” (linhas 5 e 6) seria propondo ações para melhorar as
condições de vida que crianças, adolescentes e adultos tem.
d) Caso o autor resolvesse acrescentar o prefixo hiper ao substantivo população, deveria gra-
far hiperpopulação.
e) Se o vocábulo “obrigatória” (linha 10) é acentuado graficamente, logo o seu derivado obri-
gatóriamente também o é.

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a) Errada. O correto é “bem-estar”, com hífen.


b) Errada. Adolescência sempre teve acento.
c) Errada. O verbo “tem” deveria estar com acento diferencial.
d) Errada. “obrigatoriamente” não possui acento.
Letra d.

022. (IADES/CRC-MG/MOTORISTA/2015)

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Assinale a alternativa que apresenta somente palavras proparoxítonas.
a) Álcool, física.
b) Trânsito, fácil.
c) Próprios, alcoólicas.
d) Veículos, imprescindível.
e) Consciência, aconselhável.

Chamo a sua atenção para a primeira palavra. A separação correta é ál-co-ol, OK


Letra a.

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023. (IADES/ELETROBRAS/ELETRICISTA/2015)

Disponível em: < http://www.cruzeirofm104.com.br/home/>. Acesso em: 10 jan. 2015, com


adaptações.

Com a relação à acentuação gráfica de vocábulos do texto, é correto afirmar que são proparo-
xítonas as palavras
a) “sustentável” e “necessário”.
b) “eletrodomésticos” e “mínimo”.
c) “possível” e “residência”.
d) “água” e indispensável”.
e) “não” e “posição”.

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São as únicas palavras apresentas com a antepenúltima vogal tônica.


Letra b.

024. (IADES/EBSERH/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/2015)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com relação a vocábulos do texto, é cor-
reto afirmar que seguem a mesma regra de acentuação gráfica as seguintes palavras:

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a) “análises” (linha 3), “ocorrência” (linha 5), “proteção” (linha 7).
b) “concluíram” (linha 2), “saúde” (linha 5), “infrações” (linha 6).
c) “têm” (linha 13), “ações” (linha 15), “divulgação” (linha 17).
d) “ministério” (linha 9), “área” (linha 15), “circunstância” (linha 22).
e) “ocorrência” (linha 5), “saúde” (linha 5), “prevenção” (linha 19).

Todas são paroxítonas terminadas em ditongo.


Letra d.

025. (IADES/SEAP-DF/AUXILIAR OPERACIONAL/2014)

Os vocábulos acentuados graficamente pela mesma regra são


a) “características” e “bebês”.
b) “número” e “níveis”.
c) “bebês” e “é”.
d) “além” e “água”.
e) “consistência” e “lábios”.

As duas são paroxítonas terminadas em ditongo.


Letra e.

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026. (IADES/UFBA/NÍVEL MÉDIO/2014)

No texto, as palavras acentuadas segundo a mesma regra gramatical são


a) “assistência” (linha 7) e “intoxicações” (linha 18).
b) “atenção” (linha 3) e “sérias” (linha 5).
c) “condições” (linha 14) e “espécies” (linha 17).
d) “vestuário” (linha 4) e “saúde” (linha 5).
e) “diária” (linha 1) e “áreas” (linha 17).

As duas são paroxítonas terminadas em ditongo.


Letra e.

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027. (IADES/METRÔ-DF/ENGENHEIRO ELETRICISTA/2014)

Os vocábulos “deficiência” e “horários” são acentuados graficamente porque


a) ambos são paroxítonos terminados em ditongo crescente.
b) o primeiro possui um hiato formado por uma vogal tônica e o segundo é um proparoxítono.
c) ambos são oxítonos terminados em vogal seguida ou não de s.
d) o primeiro é um proparoxítono e o segundo é um monossílabo tônico terminado em vogal
seguida de s.
e) ambos são substantivos derivados de adjetivo.

O próprio item faz a justificativa.


Letra a.

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028. (IADES/METRÔ-DF/ADMINISTRADOR/2014)

Acerca da acentuação e da ortografia dos vocábulos utilizados no texto, é correto afirmar que
a) “metrô” (linha 1) é acentuado por ser um monossílabo tônico terminado em vogal.
b) “Alguém” (linha 3) ilustra um caso especial da língua portuguesa: quando empregado no
plural, deixa de ser acentuado.
c) “crítica” (linha 6) e “Só” (linha 1) são acentuados por serem, respectivamente, proparoxíto-
no e monossílabo tônico terminado em “o”.
d) os autores deveriam ter empregado Mais no lugar de “Mas” (linha 9).
e) “mal” (linha 18) está grafado incorretamente, já que a forma correta seria mau.

a) Errada. “metrô” é dissílabo.


b) Errada. Você já viu na sua vida o plural de “alguém”?
d) Errada. Por ser adversativo, o correto é “mas”.
e) Errada. Por ser advérbio, o correto é mal.
Letra c.

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029. (IADES/METRÔ-DF/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2014)

Assinale a alternativa que apresenta os vocábulos que são acentuados graficamente pela
mesma regra.
a) “Metrô” (linha 1), “Águas” (linha 7) e “Ceilândia” (linha 5).
b) “Guará” (linha 7), “Indústria” (linha 7) e “Brasília” (linha 5).
c) “média” (linha 3), “Águas” (linha 7) e “Ceilândia” (linha 5).
d) “é” (linha 1), “até” (linha 13) e “Guará” (linha 7).
e) “Metrô” (linha 1), “Guará” (linha 7) e “é” (linha 1).

Todas são paroxítonas terminadas em ditongo.


Letra c.

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030. (IADES/METRÔ-DF/SEGURANÇA METROFERROVIÁRIO/2014)

Nos dois primeiros períodos, foram empregadas, respectivamente, as formas “têm” e “tem”.
Considerando a norma-padrão e o contexto em que elas aparecem, é correto concluir que a
acentuação gráfica do verbo ter
a) é facultativa quando ele for empregado na terceira pessoa do singular, mas é obrigatória
quando estiver na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.
b) está inadequada nos dois casos, pois o uso do acento diferencial é obrigatório na terceira
pessoa do singular do presente do indicativo.
c) ocorre obrigatoriamente apenas quando ele estiver flexionado na terceira pessoa do plural
do presente do indicativo.
d) está inadequada no primeiro caso, pois a forma correta é têem.
e) é facultativa nos dois casos.

O próprio item justifica a resposta.


Letra c.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Crase
Elias Santana
031. (IADES/TRE-PA/TÉCNICO JUDUCIÁRIO/2014)

São acentuados graficamente, pela mesma regra, os vocábulos


a) “biométrico” e “será”.
b) unicípios” e “curuçá”
c) “biométrico” e “físicos”.
d) “será” e “municípios”.
e) “físicos” e “curuçá”.

São palavras proparoxítonas.


Letra c.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Crase
Elias Santana
032. (IADES/FUNPRESP-EXE/NÍVEL SUPERIOR/2014)

Acerca das questões gramaticais que envolvem a acentuação gráfica das palavras utilizadas
no texto, é correto afirmar que o(s) vocábulo(s)
a) “município” (linha 3) e “áreas” (linha 22) acentuam-se pela mesma regra que justifica a
acentuação gráfica de “português” (linha 16).
b) “sócio” (linha 5) e “memória” (linha 5) são acentuados pela mesma razão.
c) “saudável” (linha 7) e “possível” (linha 11) são acentuados por serem proparoxítonos.
d) “saúde” (linha 8) é acentuado por ser uma proparoxítona, com sílaba tônica formada por
hiato.

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Crase
Elias Santana
e) “inúmeros” (linha 20) é acentuado pela mesma regra que orienta a acentuação gráfica de
inumeráveis.

a) Errada. “português” é oxítona, enquanto as outras duas palavras são paroxítonas.


c) Errada. São paroxítonos.
d) Errada. Pela regra do hiato.
e) Errada. “inúmeros” é proparoxítona; “inumeráveis”, paroxítona.
Letra b.

033. (IADES/MPE-GO/AUXILIAR MOTORISTA/2013)

Com relação à acentuação gráfica das palavras utilizadas no texto, marque a alternativa correta.
a) “Você” é acentuada por ser uma paroxítona terminada em vogal.
b) O uso do acento gráfico em “potência” é opcional.
c) Toda palavra paroxítona é acentuada. Essa regra justifica o acento gráfico em “tática”.
d) Toda palavra paroxítona terminada em l é acentuada, por isso o uso do acento gráfico em
“combustível” é obrigatório.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Crase
Elias Santana
e) Acentua-se “veículo” por se tratar de uma palavra proparoxítona cuja sílaba tônica é um
ditongo aberto.

a) Errada. “Você” é oxítona.


b) Errada. É obrigatório (pelo texto).
c) Errada. “tática” é proparoxítona.
e) Errada. Só por ser proparoxítona.
Letra d.

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Crase
Elias Santana
GABARITO
1. e 12. b 23. b
2. e 13. d 24. d
3. c 14. d 25. e
4. e 15. a 26. e
5. d 16. e 27. a
6. b 17. c 28. c
7. e 18. c 29. c
8. b 19. d 30. c
9. c 20. d 31. c
10. c 21. d 32. b
11. b 22. a 33. d

Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui
mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque
em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro­fessor em vários
colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá­tica, redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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