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MINISTRAÇÃO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 4
PARA COMPREENDER A TAREFA ................................................................................................ 4
A RELAÇÃO ENTRE A HOMILÉTICA E OUTRAS DISCIPLINAS ............................................... 4
DEUS NOS TEM FALADO ATRAVÉS DA PREGAÇÃO ............................................................... 4
O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA HOMILÉTICA ............................................................. 5
OS PROBLEMAS DA HOMILÉTICA ................................................................................................ 6
O PREGADOR E SUA MISSÃO ....................................................................................................... 6
INTERDISCIPLINARIDADE, ESTUDOS E VIDA ............................................................................ 6
HUMILDADE: DO CORAÇÃO PARA A RELEVÂNCIA.................................................................. 7
DEPENDÊNCIA E PIEDADE ............................................................................................................. 7
ORAÇÕES E EXEMPLO .................................................................................................................... 7
PREGANDO EM TODO LUGAR E A TODA HORA ....................................................................... 7
A BASE SÓLIDA DA PREGAÇÃO.................................................................................................. 10
TEXTO BÍBLICO: AUTORIDADE E NOSSA RENOVAÇÃO ....................................................... 10
COMO PREGAR SEM ATRAPALHAR O CULTO ........................................................................ 10
Sermões que atrapalham o culto: ............................................................................................... 11
QUALIDADES DO PREGADOR ..................................................................................................... 11
APROVEITE O MEDO ...................................................................................................................... 11
PARTE 2
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PARTE 3
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PARTE 1
INTRODUÇÃO
Nesta Oficina de ministração temos como intuito apresentar as ferramentas
necessárias para preparação de esboços e ministração em publico. Para isso
utilizaremos como ferramenta principal as técnicas de Homilética.
Pregar é uma das mais árduas e gloriosas tarefas reservadas ao ser humano, é
expor a mensagem de Deus ao seu povo.
• Definição de Homilética
Vista ainda sob outro prisma, a Homilética é também arte, uma vez que trabalha
artesanalmente, passo a passo, os elementos que formam o sermão. Homilética,
portanto, é a arte da pregação.
“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se
envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Tm 2.15).
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Quanto melhor o pregador conhece o texto básico de sua mensagem, tanto mais
condições têm de explaná-lo e ilustrá-lo, aplicando suas verdades à vida dos
ouvintes.
Uma análise do livro de Atos revela cinco elementos básicos comuns às mensagens
apostólicas: o Messias prometido no Antigo Testamento; a morte expiatória de Jesus
Cristo; Sua ressurreição pelo poder do Espírito Santo; a gloriosa volta de Cristo; e o
apelo ao ouvinte para que se arrependesse e cresse no evangelho.
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OS PROBLEMAS DA HOMILÉTICA
A palavra de Deus afirma que "a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de
Cristo" (Rm 10.17). Como é possível, então, que surjam dificuldades quando esta
palavra é proclamada?
O problema não está na Palavra de Deus, mas em sua proclamação, quando feita
por pregadores que não admitem suas imperfeições homiléticas pessoais!
• IMPORTANTÍSSIMO
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HUMILDADE: DO CORAÇÃO PARA A RELEVÂNCIA
O pregador, por mais preparado que seja, precisa ter em mente que a finalidade da
pregação não é agradar aos homens, mas ao Senhor.
Você pode dominar as técnicas, ter vasto conhecimento do texto, mas se você não
deixar o Espírito Santo agir, sua pregação será como uma pedra de gelo no coração
dos ouvintes.
Pregar é a mais honrosa missão reservada ao homem, mas o pregador por mais
erudito e eloquente que julgue ser, se não for capaz de descer até o mais humilde e
inculto ouvinte, jamais terá condições de pregar com relevância.
DEPENDÊNCIA E PIEDADE
• Primeiro passo para um bom sermão:
Conhecer o ser humano: precisamos ter uma visão clara das necessidades do
homem.
ORAÇÕES E EXEMPLO
Spurgeon declarou que o pregador precisa se distinguir de todas as demais pessoas
como um homem de oração.
2. Um bom programa de leitura variada também é importante, uma vez que muitas
idéias estão nas páginas dos livros e são localizadas quando os lemos.
3. Os fatos do dia-a-dia são uma excelente fonte de idéias para sermões, razão por
que, como pregadores, precisamos estar atentos aos acontecimentos que nos
cercam.
1. Doutrinas bíblicas
➢ Revelação;
➢ Deus;
➢ Criação;
➢ Fé;
➢ Pecado;
➢ Encarnação;
➢ Jesus Cristo;
➢ Espírito Santo;
➢ Trindade;
➢ Igreja;
➢ Graça
➢ Vida Futura;
2. Pactos de Deus
➢ Com Adão;
➢ Com Noé;
➢ Com Abraão;
➢ Com Moisés;
➢ Com os Israelitas;
➢ A Nova Aliança.
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➢ Do homem firme (1.1);
➢ Do pecador perdoado (32.1; 128.1);
➢ Do homem íntegro (32.2);
➢ Do homem bom (41.1);
➢ Do homem equilibrado (119.1);
➢ Do homem seguro (1.1);
➢ Do homem piedoso (119.2);
➢ Do homem que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos (128.2);
➢ Dos pais (127.5);
➢ Do homem que busca refúgio em Deus (146.5);
➢ Da nação (32.12);
➢ Do povo (149.15).
➢ Amor (30);
➢ Criador (19);
➢ Esperança (39.7);
➢ Infinito (90);
➢ Luz (27.1);
➢ Misericordioso (103);
➢ Onipotente (90);
➢ Onipresente (139);
➢ Pastor (23);
➢ Presente (90);
➢ Refúgio e Fortaleza (46).
9. Outras séries:
➢ A família;
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➢ A oração do Pai Nosso;
➢ A segunda vinda de Jesus;
➢ As parábolas de Deus ao homem;
➢ As promessas de Jesus;
➢ As sete igrejas da Ásia;
➢ As sete palavras da cruz;
➢ Céu;
➢ Homens do Antigo Testamento;
➢ Jovens do Antigo Testamento;
➢ Jovens do Novo Testamento;
➢ Mães do Novo Testamento;
➢ Meninos da Bíblia;
➢ Milagres no Antigo Testamento;
➢ Mulheres do Antigo Testamento;
➢ Mulheres do Novo Testamento;
➢ Os apóstolos de Jesus;
➢ Os ricos em Lucas;
➢ Passos para a realização na vida cristã.
Parece exagero dizer que o sermão prejudica o culto, mas a Bíblia adverte contra
pastores que apascentam tão mal que fazem as ovelhas fugir: "Portanto assim diz o
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Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós
dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes...“ (Jr 23.2).
QUALIDADES DO PREGADOR
“A boca fala do que o coração está cheio. (Mt 12.34b) "
➢ Caráter
➢ Entusiasmo
➢ Determinação
➢ Inspiração
➢ Sensibilidade
➢ Observação
➢ Capacidade de síntese
➢ Imaginação e criatividade
➢ Memória
➢ Boa aparência
➢ Vocabulário
➢ Humildade
APROVEITE O MEDO
Diante do medo, existem duas alternativas: fugir ou enfrentar. Se você escolher a
primeira, nunca será um orador. Se escolher a segunda, você tem tudo para ser um
orador.
PARTE 2
Saiba manejar a palavra. “termos prazer na lei do Senhor e na sua Palavra meditar,
de dia e de noite (Sl 1.2). ”
A mensagem bíblica encontra-se no texto bíblico em si, não em nós. Somos apenas
portadores da mensagem divina presente na Bíblia. Por isso, temos de bombardear
o texto bíblico com perguntas, analisá-lo, expô-lo e interpretá-lo, se quisermos
comunicá-lo.
Aspectos da exegese:
O Texto: O primeiro passo é escolher o texto, determinar a sua extensão e confirmar
a sua integridade através de suas variantes textuais.
A extensão do texto deve ser determinada pela sua especificidade; devemos ter em
mente o assunto tratado, que pode estar em um capítulo ou em alguns versículos
que não estejam necessariamente limitados a um capítulo.
Vale a pena observar também as seguintes regras práticas na escolha de seu texto:
O Contexto: Os textos bíblicos não são fragmentos isolados; eles ocorrem dentro de
um contexto histórico, estando integrado com o que foi registrado antes e depois.
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Portanto, analise o contexto, leia o(s) capítulo(s) anterior(es) e posterior(es),
examine as referências paralelas, as introduções, resumos, consulte os aspectos
históricos, geográficos e culturais. Reflita sobre o contexto bíblico e teológico.
➢ Quando aconteceu?
➢ Quem fez acontecer?
➢ Por que aconteceu?
➢ Quem?
➢ Quando?
➢ Por que?
➢ Que mais aconteceu?
➢ Em que lugar?
➢ Sob quais circunstâncias?
➢ Quais as razões?
➢ Qual a ênfase do autor, suas proposições principais e conceitos?
➢ Quais as implicações disso?
Considere o que o diz o texto: Sem que o pregador interprete o texto, jamais
chegará ao conhecimento de seu sentido claro. É preciso compreender que o texto
teve uma significação para seus primeiros destinatários. A preocupação inicial do
pregador deve ser descobrir esse significado primário.
Use as dez regras didáticas expostas anteriormente para elaborar esta exegese.
1. Em espírito de oração, leia o texto em voz alta diversas vezes. Em seguida, anote
o primeiro impacto que a passagem causou em você.
2. Agora, repita o texto com suas próprias palavras, sem olhar na Bíblia, para
verificar se realmente compreendeu seu conteúdo.
5. Determine o significado exato de cada palavra básica, assim como sua origem e
seu uso na Bíblia.
v. 1: "seguiram"
v. 2: "eis"
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a. Como o Novo Testamento emprega esse termo?
b. Qual seu significado aqui?
v. 2: "adorou-o"
v. 2: "se quiseres"
v. 2: "purificar-me"
v. 3: "tocou-lhe"
v. 3: "quero"
v. 3: "imediatamente"
v. 4: "fazer a oferta"
10. Resuma o trabalho exegético desenvolvido até aqui com a seguinte frase: O
assunto principal desta passagem é... (ou esse texto fala sobre... )
Uma ICT tem como características: ser uma frase com sentido completo; ter o
verbo principal no pretérito; ser clara, concisa e objetiva; ser comunicativa e,
principalmente, ter a capacidade de identificar o texto em pauta.
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TEXTO LUCAS 15.11-16
FOCO DO TEXTO A falta de limites do filho pródigo.
IDÉIA CENTRAL DO O filho pródigo, ignorando seus limites, afastou-se do
TEXTO pai e tentou exceder, mas fracassou terrivelmente.
CONTEXTUALIZAÇÃO A opção por uma vida de excessos conduz ao mais
terrível fracasso.
DESAFIO Viver com moderação diante de Deus.
A CONTEXTUALIZAÇÃO
A pregação não pode ficar limitada à interpretação; se não houver contextualização
não há pregação. Vimos que a interpretação é indispensável à boa pregação;
entretanto, não basta interpretar o texto, é preciso contextualizá-lo, trazendo sua
mensagem do passado para o presente.
“o abismo entre a igreja e o mundo secular já é tão grande que restam poucas
pontes pelas quais esses dois mundos possam entrar em contato”. (John Stott)
A TESE
Como deve ser a tese?
Texto: 2 Tm 2.15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não
tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”
ICT – Paulo desafiou Timóteo a viver dignamente e pregar diligentemente para ser
aprovado por Deus.
Tese – Somente com uma vida digna e uma pregação diligente somos aprovados
por Deus.
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Ajuda os pecadores a firmarem um compromisso com Jesus,
EVANGELÍSTICO aceitando-o como Senhor e Salvador pessoal. É a mensagem de
salvação.
Motiva os crentes a aprofundar seu relacionamento com Jesus,
DEVOCIONAL amando-o mais e mais e buscando crescer na graça e
conhecimento dele; apresenta os desafios do seguir a Cristo. É a
mensagem da comunhão com Deus.
Desafia os crentes a uma entrega de seus dons e talentos a serviço
MISSIONÁRIO do Senhor, a uma resposta missionária. É a mensagem de
consagração.
Apresenta o bálsamo de Cristo nos momentos de dificuldades e
PASTORAL crises; tem um grande alcance. Deve ser pregado sempre e não
apenas nas catástrofes. É a mensagem de alento ou conforto.
Persuade a uma melhor comunhão com o próximo, pelo exemplo
ÉTICO de Cristo, desafiando os ouvintes a vivenciarem o amor e a justiça
em seus relacionamentos. É a mensagem do amor ao próximo.
Enfoca, de modo especial, uma doutrina bíblica. Tem sido
DOUTRINÁRIO chamado de informativo, uma vez que visa informar, esclarecer,
infundir convicção bíblica. É a mensagem elucidadora.
PB: EVANGELÍSTICO
PB: EVANGELÍSTICO
Necessidade dos ouvintes: Salvação
Texto: (João 3.16) “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito,
para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Tese: Deus ama a todos os homens e quer que sejam salvos pela fé em Jesus.
PE: Persuadir os não-crentes a aceitar o amor de Deus, assumindo um compromisso
com Jesus.
PB: DEVOCIONAL
Necessidade dos ouvintes: Comunhão plena com Jesus.
Texto: (2 Pe 3.18) “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo”.
Tese: A nossa comunhão com Cristo deve crescer sempre.
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PE: Incentivar os crentes a crescerem na graça e no conhecimento de cristo.
O pregador pode estabelecer o título a partir de uma frase do texto que fala de um
modo especial, enunciando-o não mais com as palavras do texto, mas com suas
próprias palavras.
TEXTO: (Fp 1.21) “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”.
ICT: O apóstolo Paulo apresentou Cristo como a razão do seu viver.
TESE: Cristo é a razão do viver de todos quantos nele confiam como Senhor e
Salvador.
PB: Devocional
PE: Motivar os crentes a terem em Jesus Cristo a razão do viver.
TÍTULO: Cristo, razão do viver!
TEXTO: (Fp 4.4) “Alegrem-se no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!”
ICT: Paulo aconselhou os crentes em Filipos a se alegrarem sempre no Senhor.
TESE: É em Cristo que devemos nos alegrar sempre.
PB: Ético.
PE: Desafiar os ouvintes a se alegrarem sempre em Cristo.
TÍTULO: Cristo, alegria do viver!
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CARACTERÍSTICAS DE UM BOM TÍTULO
➢ Biblicidade
➢ Atualidade
➢ Honestidade
➢ Divisibilidade
➢ Novidade
➢ Comunicabilidade
➢ Simplicidade
➢ Objetividade
➢ Brevidade
PRINCÍPIOS DO ESBOÇAR
Há alguns princípios que ajudam o pregador a dividir o sermão em tópicos,
possibilitando assim a elaboração de um trabalho bíblico, claro, lógico e objetivo.
A pesquisa do texto possibilita a ICT, da ICT vem a tese e da tese vem o título. Ex.:
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INSATISFAÇÃO INCOMPREENSÃO INGRATIDÃO
3. Tópicos, divididos devem criar duas ou mais partes.
É impossível efetuar-se uma divisão sem se obter duas ou mais partes. Dividindo os
três tópicos no exemplo, temos três subdivisões em cada tópico.
4. Nenhum tópico deve conter mais que uma idéia. Basta uma idéia por tópico.
Havendo mais de uma idéia, novos tópicos surgirão. No exemplo a seguir, vemos
somente uma ideia em cada tópico.
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• Nos momentos mais difíceis. A incompreensão vem nos
• Das formas mais cruéis. momentos mais difíceis e das
• Com resultados surpreendentes. formas mais cruéis, entretanto,
pode ter resultados
surpreendentes, dependendo do
modo como reagimos.
7. O conteúdo de uma divisão não deve ser muito maior do que o da outra.
O conteúdo de uma divisão não deve ser muito maior do que o da outra. As divisões
não precisam ser exatamente iguais, mas nenhuma dever ser tão grande a ponto de
sacrificar o tempo das demais. Para que as divisões tenham um parâmetro, mais ou
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menos uniforme, devemos trabalhar os elementos funcionais: explanação, ilustração
e aplicação em cada tópico.
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PEDRAS NO UNGIDO SENHOR
ILUSTRAÇÕES
As ilustrações são, muitas vezes, a parte do sermão que mais fica gravada no
coração e na mente dos ouvintes; por essa razão é preciso cuidado ao selecioná-
las. Uma boa ilustração é aquela história cuja história está de acordo com a tese e o
propósito específico da mensagem. Por mais que uma história seja excelente, se a
lembrança dela não tornar mais clara a verdade central da mensagem e seu apelo,
não terá sido válida a sua inserção no sermão.
As melhores histórias não estão nos livros de ilustrações, mas ao nosso redor no
dia-a-dia. Precisamos de perspicácia para ver tudo quanto está acontecendo e daí
tirar nossas ilustrações.
INTRODUÇÃO
A melhor fórmula para juntar os ingredientes que fazem uma boa introdução é
recorrer à pesquisa, com os passos para a preparação do sermão, ou seja:
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11. OBJETIVIDADE
12. PLANEJAMENTO
1. PEDIR DESCULPAS
2. SENSACIONALISMO
3. PIADAS
4. FALSA HUMILDADE
5. JARGÕES E EXPRESSÕES ROTINEIRAS
6. DOGMATISMO
Objetivos da Introdução:
➢ Afirmação
➢ Dramatização
➢ Ilustração
➢ Interrogação
➢ Música
➢ Negação
➢ Ocasião especial
➢ Poética
➢ Recurso visual
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➢ Situação real
➢ Tese
➢ Textual
O pregador entra diretamente na idéia central, sem preparação, mas com ousadia,
de maneira que surpreende o auditório. É um tipo difícil de prender a atenção porque
o assunto precisa ser realmente interessante, ou ser dito de maneira interessante
para poder causar impacto.
Introdução temática
Introdução textual
O pregador inicia direto com a leitura de um texto bíblico. Essa introdução parece
não ser atraente. Contudo, é bom lembrar que uma leitura bíblica bem-feita, com
boa voz e entonação, possui um elemento de poder por ser a Palavra de Deus.
Esta por si só é respeitada como a voz de Deus. Essa leitura tem de ser seguida de
um comentário interessante e diferente sobre o texto lido, para manter presa a
atenção/Essa introdução também pode começar com uma citação, pensamento ou
provérbio, mas é preciso que seja algo realmente interessante.
Introdução histórica
Essa introdução poderia ser uma referência à época ou à região em que foi escrito o
texto a ser usado. Difere da introdução textual pelo fato de a história vir antes do
texto. É preciso ter cuidado porque temas históricos tendem a ser meio cansativos.
Para ficar interessante, deve haver elementos de comparação entre a história e o
presente.
Introdução ilustrativa
Em certo sentido, toda introdução é ilustrativa. Mas aqui diz respeito à ilustração
como história, incidente ou experiência.
FRASE DE TRANSIÇÃO
Deve-se fazer a transição entre as divisões do sermão. A frase de transição ela liga
a introdução do sermão, e a apresentação do tema-tese, ao restante do discurso. O
pregador introduz o tema, e com esta frase prepara a Igreja para seguir o seu
raciocínio, e chega a mesma conclusão que ele chegou ao estudar o assunto, tudo
ligado pela frase de transição.
Ex.: Na proposição "A Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa" podemos incluir a
seguinte interrogativa: "Quais são os motivos que nos levam a considerar que a Vida
Cristã é uma Vida Vitoriosa?“.
Frase de Transição: "Vejamos cinco motivos pelos quais podemos afirmar que a
Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa". A palavra motivo é a palavra- chave da transição.
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CORPO DO SERMÃO
Esta deve ser a principal parte do sermão. Aqui o pregador irá expor idéias e
pensamentos que deseja passar para os ouvintes. As divisões devem ter
significados para os ouvintes e, não devem se desviar da mensagem principal que é
a coluna do sermão, o objetivo será finalizado e apresentado na conclusão.
Resumindo...
Exemplo:
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Objetivo Específico: Meu ouvinte reconhece Jesus como filho de Deus e o recebe
em sua vida como Senhor e Salvador.
Frase de Transição: “Que farei de Jesus chamado Cristo?”
Introdução
Corpo (Tópicos)
Ignorá-lo-ei (v. 17)
Rejeitá-lo-ei (vv. 21-22)
Reconhecê-lo-ei (v. 54)
Conclusão
APLICAÇÃO
O Sermão que alcança na atualidade é aquele cuja mensagem fala à vida do
ouvinte. Quanto mais nos aproximamos do ouvinte tanto mais condições temos de
fazê-lo aproximar-se da mensagem.
CONCLUSÃO
Um sermão não precisa ser interminável para ter valores eternos. […] Alguns
pregadores não sabem parar quando, na realidade, já terminaram.
Encerrar no momento certo é uma das grandes habilidades que o pregador deve
desenvolver.
A importância da conclusão
a) A conclusão é a parte do sermão que deve receber mais atenção por parte do
pregador durante a sua pregação;
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b) A conclusão é como o acabamento de um prédio. Ela deve encerrar toda a
beleza do sermão e animar o ouvinte a seguir pelo caminho determinado pelo
objetivo do sermão.
1. Apelo direto
2. Aplicação.
3. Ilustração.
4. Interrogação.
5. Música.
6. Poética.
7. Sumária.
O SERMÃO TEMÁTICO
É aquele cuja divisão é extraída do tema. Em outras palavras, divide-se o tema, não
do texto de onde o tema é tirado.
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2. É o de lógica mais fácil. O sermão temático é o que mais se presta à
observação da ordem e da harmonia das partes.
3. Conserva melhor a unidade. A proporção entre o primeiro e o último ponto e a
relação de harmonia entre estes e o tema constituem o segredo de sua unidade.
Assim, é mais fácil ser mantido até o fim.
4. Presta-se melhor à discussão de temas morais, evangelísticos e ocasionais.
5. Adapta-se melhor à arte da oratória.
➢ Perdoou a Davi
➢ Perdoou a Pedro
➢ Perdoa Você
O SERMÃO TEXTUAL
É o sermão cuja divisão baseia-se no texto. Neste caso, divide-se o texto e não o
tema.
O SERMÃO EXPOSITIVO
O sermão expositivo tira da Palavra de Deus os argumentos principais da exegese
ou exposição completa de um trecho mais ou menos extenso.
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Esboço temático forçado. Finalmente, o sermão expositivo não é um esboço
temático baseado em um texto único. Ou seja, é preciso que o assunto provenha do
texto, e não que o texto seja arranjado para adaptar-se ao assunto que o pregador
tem na cabeça.
APELO
O sermão fica incompleto quando o pregador deixa de fazer um apelo direto ao
coração do ouvinte. Todo sermão, desde o seu início deve ser um apelo direto aos
ouvintes. Mas também há a necessidade de levar o pecador a uma manifestação
pública ao lado de Cristo, no final do sermão. O apelo foi definido por alguém como
“uma chamada à decisão depois de uma exposição clara do assunto pregado”. Não
só os sermões evangelísticos devem possuir apelo, mas também os demais
(Consagração, Ético, Doutrinário, Pastoral e Devocional).
9º Ser breve.
Aconselham os mestres em homilética que é preferível falar menos que o tempo
disponível do que ir além dele.
1. Preparo do coração
Para o pleno êxito na entrega da mensagem, o pregador deve ter a mensagem no
coração e falar com o coração.
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ESTRUTURA FINAL DO SERMÃO
PARTE 3
O QUE É ORATÓRIA?
Oratória: Conjunto de regras que constituem a arte do bem dizer, a arte da
eloqüência; retórica. Então quando estamos falando sobre oratória, estamos
comunicando sobre um conjunto de coisas que vai te ajudar a transmitir da melhor
maneira possível o conteúdo a seu público.
Trazendo isso para o mundo ministerial do pregador, oratória ajuda você a fazer
uma pregação de maneira que todos entendam. Essa oratória ao ponto da
pregação, se trata de algumas coisas que vai deixar a igreja mais apreensiva a
mensagem que você vai estar transmitindo na Palavra de Deus.
Alerta: O pregador que não reconhece a importância de uma boa oratória em sua
pregação, dificilmente vai pregar com excelência. Pois pregação não é apenas
conhecer bem o texto, mas também, saber transmitir com clareza o texto.
Antes de pensar propriamente nos elementos que compões uma boa oratória. Você
deve pensar no conteúdo que vai estar transmitindo. Uma coisa é certa, quanto mais
a pessoa se prepara para transmitir o ensinamento bíblico, mais confiante ela chega
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no momento da pregação, e quanto mais confiança, melhor você vai acertar o seu
jeito de falar.
Quando for começar uma pregação não se esqueça de saudar a igreja. Você
fazendo isso cria uma recepção maior dos seus ouvintes. Não chegue somente
falando, mostre que tem a educação necessária e cumprimenta o povo de Deus.
Procure fazer isso com um semblante feliz, porque ninguém gosta de alguém com
“cara fechada”.
➢ Cumprimente a igreja.
➢ Agradeça o convite que teve para estar pregando o evangelho.
➢ Expresse a felicidade de estar ali.
➢ Sempre com um semblante feliz.
É importante mencionar que você não deve gastar tempo demais nos cumprimentos
iniciais. É algo breve, mas que não deve ser descartado. Aliás, ninguém gosta
quando um pregador fala, fala, fala e nunca começa o sermão, né? Então seja breve
e objetivo.
3. A imposição de voz
Usar a voz de maneira adequada, infelizmente, é uma das coisas que os pregadores
mais erram. Alguns gritam demais, outros, nem demonstram entusiasmo. Você tem
que entender que está ali para pregar a palavra de Deus, e em alguns momentos
você realmente deve impor mais a voz, para demonstrar maior ênfase, contudo,
jamais gritando.
Treine seu jeito de falar, isso nada mais é do que se expressar corretamente. Você
precisar falar entusiasmado, mas sem gritar! Posso mencionar também sobre o
controle respiratório, tem pessoas que quando vão pregar parece que estão
morrendo sufocadas, pois respiram de forma difícil devido ao nervosismo, fazendo
barulhos estranhos no microfone. Por isso, controle bem sua respiração e
nervosismo que vai te ajudar a impor a voz de maneira correta.
Né. Éééé… Ahnnn… Bom! Tá Bom! Amém! Aleluia! Louvado seja Deus… Tipo. Tipo
assim.
E entre outras palavras que entram nos meios das frases e nada mais são do que
um vício de linguagem, vencer isso vai precisar de uma dedicação pessoal sua em
ver quais são os seus. Às vezes, você pode pedir a opinião sincera de alguém que
está próximo de você para te ajudar a descobrir seus vícios de linguagem.
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É importante que você como pregador do evangelho tenha um bom domínio da
língua portuguesa, um jeito bom de se aperfeiçoar é bastante leitura. O pregador
deve estar estudando sempre, sendo assim melhore seu português.
O que eu estou querendo dizer com “hábitos incomuns?” São aquelas que de uma
forma ou de outra, nosso corpo as vezes manifesta, contudo ficar fazendo isso na
hora da pregação é um erro.
Tente ser o mais natural possível, dentro de uma gesticulação comum e não
incomum.
“O corpo fala”, nossas gesticulações também é uma forma de falar. Com isso, o
pregador deve se preocupar com os seus gestos quando está pregando. Tem
movimentos que atrapalham drasticamente seu sermão. O gesto correto é aquele
que tem as seguintes funções:
Deixe sempre os braços a frente do corpo, sem muita movimentação; gesticula com
eles, partindo do ombro, as mãos afastadas, prontas para corresponderem a
mensagem que está sendo transmitida. Tome cuidado também ao movimentar a
mão que está segurando o microfone, se possível pode deixá-la o mais fixa possível,
pois movimentando ela, você vai acabar atrapalhando o som da sua voz.
O pregador jamais deve ficar com cabeça baixa durante uma pregação, isso
demonstra uma sensação nos ouvintes de que você não tem confiança no que está
falando. Algo que deve ser cultivado é o olho no olho durante um sermão. Procure
olhar ao máximo para seus ouvintes, para todos eles, e não apenas um!
Se estiver com vergonha na sua primeira pregação, escolha 3 pontos na igreja que
você possa estar olhando… Não é 3 pessoas e sim 3 pontos. Esses pontos têm que
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ser algo que está na direção do público, não adianta também escolher um ponto que
não está na direção dos ouvintes.
Mas, acima de tudo vai praticando o olho no olho e perdendo essa vergonha.
Quando ao falar você olha para alguém, dá uma sensação de impacto maior na
pessoa. Cuidado também ao proferir uma frase mais “dura”, pois se você olhar para
uma pessoa fixamente e demonstrar que está falando exclusivamente para ela, pode
acabar criando um constrangimento interno naquela pessoa.
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BIBLIOGRAFIA
MARINHO, M. Robson. A arte de Pregar – Como alcançar o ouvinte pós-
moderno. Vida Nova, 2008
MORAES, Jilton. Homilética. Da Pesquisa ao Púlpito. São Paulo: Vida Nova, 2005.
REIFLER, Hans Ulrich. Pregação ao Alcance de Todos. São Paulo: Vida Nova,
2008.
ROBINSON, Haddon. A arte e o ofício da pregação bíblica. São Paulo: Vida Nova,
2009
MARTYN, D; JONES, Lloyd. Pregação & Pregadores. São Paulo: Fiel, 1984
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