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PRESSÃO ARTERIAL ........................................................................................... 23
PUPILAS ................................................................................................................ 24
COLORAÇÃO DA PELE ....................................................................................... 24
ESTADO DE CONSCIÊNCIA ............................................................................... 24
CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO ................................................................ 25
REAÇÃO A DOR ................................................................................................... 25
AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA, (EXAME SECUNDÁRIO) ....................... 25
AVALIAÇÃO CONTINUADA .............................................................................. 26
PARADA RESPIRATÓRIA ................................................................................... 26
Respiração Anormal ................................................................................................ 26
PARADA CARDÍACA........................................................................................... 27
Condutas ................................................................................................................. 27
CONSIDERAÇÕES DA RCP ................................................................................. 27
O USO DO DEA (DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO) ..................... 29
SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) EM
PACIENTES ADULTOS (MAIORES DE 14 ANOS) ............................................. 30
SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMA DE
1 A 14 ANOS. ......................................................................................................... 32
SUPORTE BÁSICO PARA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMAS
MENORES DE 1 ANO. .......................................................................................... 33
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE) ......... 34
OBSTRUÇÃO DA PASSAGEM DE AR: ............................................................... 34
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS .......................................................................... 35
ADULTOS OU CRIANÇAS MAIORES DE UM ANO .......................................... 35
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO EM LACTENTES
(MENOR UM ANO)............................................................................................... 36
HEMORRAGIAS ................................................................................................... 38
CLASSIFICACAO DAS HEMORRAGIAS: .......................................................... 38
RECONHECIMENTO: ........................................................................................... 38
HEMORRAGIA INTERNA :.................................................................................. 38
CONDUTA DE HEMOSTASIA: ............................................................................ 38
HEMORRAGIAS EXTERNAS: ............................................................................. 38
PROCEDIMENTOS DE CONTENCAO DE HEMORRAGIA: .............................. 39
OBSERVACOES SOBRE O TORNIQUETE: ........................................................ 39
HEMORRAGIAS INTERNAS: .............................................................................. 40
FERIMENTOS ....................................................................................................... 40
Ferimento na cabeça ................................................................................................ 40
Ferimento nos olhos: ............................................................................................... 40
3
Ferimento na orelha: ............................................................................................... 40
Ferimento na face: ................................................................................................... 41
Ferimento no nariz .................................................................................................. 41
Ferimento na boca ................................................................................................... 41
Ferimento no pescoço.............................................................................................. 41
Ferimento no tórax .................................................................................................. 41
Ferimento no abdome .............................................................................................. 42
Ferimento na região genital ..................................................................................... 42
CHOQUE ............................................................................................................... 42
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO ESTADO DE CHOQUE: ..................... 46
QUEIMADURAS ................................................................................................... 46
Condutas ................................................................................................................. 47
TÉRMICAS ............................................................................................................ 48
QUÍMICAS ............................................................................................................ 48
PROCEDIMENTOS EM CASOS DE QUEIMADURAS QUÍMICAS: ................... 48
QUEIMADURA ELÉTRICA .................................................................................. 49
FRATURAS ........................................................................................................... 50
Definição: ............................................................................................................... 50
Reconhecimento:..................................................................................................... 50
Sinais e Sintomas: ................................................................................................... 50
Atendimento: .......................................................................................................... 50
FRATURA DE EXTREMIDADES......................................................................... 51
Reconhecimento:..................................................................................................... 51
Conduta .................................................................................................................. 51
FRATURA DO CRÂNIO: ...................................................................................... 52
Reconhecimento:..................................................................................................... 52
Conduta .................................................................................................................. 52
FRATURA DE PELVE: ......................................................................................... 52
Procedimento: ......................................................................................................... 52
Conduta; ................................................................................................................. 52
FRATURA ABERTA: ............................................................................................ 53
Conduta: ................................................................................................................. 53
LUXAÇÕES ........................................................................................................... 53
COMO PROCEDER ............................................................................................... 53
ENTORSE .............................................................................................................. 53
Sinais e sintomas de entorses................................................................................... 54
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE) ........................................................... 54
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TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) ................................................................... 56
3.7. TRAUMA DE TÓRAX .................................................................................... 57
Considerações especiais de avaliação ...................................................................... 59
Condutas ................................................................................................................. 59
TRAUMA ABDOMINAL ...................................................................................... 60
Feridas abdominais contusas ................................................................................... 60
Eviscerações ........................................................................................................... 60
Tipos de Ferimentos ................................................................................................ 61
Definição: ............................................................................................................... 61
Fisiopatologia: ........................................................................................................ 61
A Gravidade da lesão depende: ............................................................................... 61
Quadro Clinico:....................................................................................................... 62
Conduta: ................................................................................................................. 62
CONVULSÕES ...................................................................................................... 62
CAUSAS: ............................................................................................................... 62
Sinais e Sintomas de uma Crise Convulsiva: ........................................................... 63
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DAS CONVULSÕES: ................................ 63
Após o término da crise ........................................................................................... 63
ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÕES ............................................................ 63
TIPOS DE VENENO QUE PODEM CAUSAR MOLÉSTIA .................................. 64
VIAS DE INTRODUÇÃO DOS VENENOS .......................................................... 64
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE ............................................... 64
SINAIS E SINTOMAS NOS CASOS DE ENVENENAMENTOS: ........................ 64
CONDUTAS........................................................................................................... 65
ENVENENAMENTO (INTOXICAÇÃO) POR INALAÇÃO ................................. 65
ENVENENAMENTO (INTOXICAÇÃO) POR CONTATO ................................... 65
ENVENENAMENTO (INTOXICAÇÃO) POR INGESTÃO .................................. 65
AFOGAMENTO..................................................................................................... 65
Condutas ................................................................................................................. 66
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS CARDIOVASCULARES ........................................ 66
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .................................................................. 66
Sinais e Sintomas: ................................................................................................... 66
Tratamento pré-hospitalar: ...................................................................................... 66
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA ..................................................... 67
Sinais e Sintomas: ................................................................................................... 67
Tratamento pré-hospitalar: ...................................................................................... 67
HIPERTENSÃO ARTERIAL ................................................................................. 68
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Valores normais: ..................................................................................................... 68
Sinais e Sintomas .................................................................................................... 68
Tratamento pré-hospitalar ....................................................................................... 68
Tratamento pré-hospitalar ....................................................................................... 68
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) .................................................. 68
Hemorragia: ............................................................................................................ 69
Sinais e Sintomas .................................................................................................... 69
Escala pré-hospitalar para AVE de Cincinnat .......................................................... 69
Queda Facial ........................................................................................................... 69
Debilidade nos braços ............................................................................................. 70
Fala anormal. .......................................................................................................... 70
INSUFICIÊNCIAS RESPIRATÓRIAS ................................................................... 70
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ............................... 70
HIPERGLICEMIA.................................................................................................. 71
HIPOGLICEMIA .................................................................................................... 71
DISPNÉIA (Falta de Ar) ......................................................................................... 72
Tratamento:............................................................................................................. 72
PARTO DE EMERGÊNCIA................................................................................... 73
SECUNDAMENTO:............................................................................................... 75
PÓS-PARTO IMEDIATO: ..................................................................................... 75
RISCOS E COMPLICAÇÕES: ............................................................................... 75
CONDUTAS DO SOCORRISTA PARA O PARTO DE EMERGÊNCIA: ............. 76
Atendimento Pré-Hospitalar do Recém-Nascido ...................................................... 77
Atendimento Pré-Hospitalar da Mãe:....................................................................... 77
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PRIMEIROS SOCORROS
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da vítima. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar
socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo,
é crime.
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previsto pelo imprudente. Exemplo: É imprudente o motorista que dirige um
veículo de emergência excedendo o limite de velocidade permitido na via.
FORMAS DE CONSENTIMENTO
O consentimento implícito: consideramos que o socorrista recebe um
consentimento implícito para atender uma vítima quando ela está gravemente
ferida, desorientada ou inconsciente, ou ainda é menor de 18 anos e não pode
tomar decisão sozinha. No caso da vítima inconsciente, assume-se que se
estivesse consciente e fora de risco, autorizaria a prestação do socorro.
Igualmente assume-se também que se um familiar ou representante legal do
menor estivesse presente, autorizaria o atendimento.
OMISSÃO DE SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em
"Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em
desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública”.
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
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Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.
Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que
a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para
atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
Atendimento pré-hospitalar
É todo atendimento prestado a uma vítima de trauma ou mal súbito, no
local de ocorrência do evento até que a mesma seja transporte a um hospital.
O atendimento pré-hospitalar tem por objetivo salvar a vida, não agravar
as lesões, aliviar sua dor e transportar a um hospital de referência.
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SEGURANÇA
Evitar por em perigo a vida de outras pessoas e a do próprio Socorrista.
Estar devidamente paramentado (uso de Equipamentos de Proteção
Individual), óculos de proteção, máscara facial e luvas de procedimentos.
Isolamento e controle de trânsito: utilizando cordas ou fitas de
isolamento, sinalizando o trânsito para evitar acidente em cadeia, desligar ao
cabo da bateria do automóvel, bem como calçar as rodas.
CENA
Observar o que aconteceu;
Identificar-se como socorrista;
Analisar o local do acidente:
Controlar e preparar o ambiente;
Afastar o risco da vítima ou a vítima do risco;
Proteger a vítima de curiosos, impedindo que tentem movê-la de
forma errada.
SITUAÇÃO
Informe-se sobre o ocorrido com a(s) vítima(s) ou com testemunhas
presentes no local;
Avaliar o mecanismo do trauma;
Tratar a queixa da vítima;
Levantar hipóteses de possíveis lesões;
Verifique se há outros ferimentos, tendo o cuidado de não movimentar
desnecessariamente a vítima;
Tenha sempre uma idéia do que se deve fazer para não expor a vítima.
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- TUBERCULOSE
- FEBRE AMARELA
- DUPLA ADULTO
- TRÍPLICE VIRAL
- INFLUENZA
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NO TRAUMA
Cinemática do trauma
Trauma é uma lesão caracterizada por uma alteração estrutural ou
fisiológica, de parte ou de todo o corpo, resultante da exposição excessiva a
uma energia ou da privação de uma energia essencial.
A cinemática do trauma é o estudo do movimento de um corpo que
sofreu um impacto ou agressão, relacionado-a com suas prováveis avarias e
lesões.
A história do trauma é constituída de três fases:
Fase do Pré-Impacto: inclui todos os eventos que precedem o evento,
como a ingestão de álcool ou outras drogas, doenças preexistentes e estado
mental da vítima.
Fase do Impacto: começa no momento do impacto entre um objeto em
movimento e um segundo objeto. Esse objeto pode estar em movimento ou
parado e pode ser um objeto ou ser humano.
Fase do Pós-Impacto: o socorrista usa a informação obtida durante as
fases de pré-impacto e impacto para atender a vítima.A cinemática do trauma se
apropria das leis da física:
1º Lei de Newton ou Lei da Inércia: um corpo em repouso permanecerá
em repouso e um corpo em movimento permanecerá em movimento, a menos
que uma força externa atue sobre ele.
Lei da Conservação de Energia: A energia não pode ser criada ou destruída. Ela
pode ser transformada ou transferida.
ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO
TIPOS DE COLISÕES:
FrontalFace, cabeça, pescoço (pára-brisas)
- Tórax e abdome (direção)
- Fratura de coluna cervical
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- Tórax instável
- Contusão miocárdica
- Pneumotórax
- Ruptura de aorta
- Ruptura de fígado / baço
- Lesões ósteo-articulares de quadril / joelho
Lateral
- Posição da vítima
- Intrusão do veículo
- Cabeça e pescoço (flexão lateral e rotação)
- Tórax (costelas e clavícula)
- Abdome
- Bacia e coxa
- Colisão com outro passageiro
Posterior
- Lesão cervical
- Crânio-encefálica
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Air bag
Abrasões em braço são secundárias a expansão rápida
do air bag, quando as mãos se encontram firmes sobre o
volante.
ATROPELAMENTO
A colisão automóvel e pedestre existe três etapas distintas, cada etapa
possui seu próprio padrão de lesão:
1. impacto inicial é nas pernas e às vezes nos quadris
2. o tronco rola sobre o capô do carro
3. a vítima cai do carro no asfalto, geralmente de cabeça, com
possível trauma da coluna cervical
Adulto
Criança
Criança
impacto frontal impacto lateral
ACIDENTES MOTOCICLISTICOS
QUEDA
Altura;
Superfície de contato;
Tempo de desaceleração..
De pé
Calcâneo / membros inferiores
Coluna
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Articulações
Membros superiores
Desaceleração
De cabeçaCrânio / Coluna
Tórax / Pelve
TRAUMAS PENETRANTES
A lesão produzida pela faca
depende do movimento da lâmina
dentro da vítima. Lesão por arma de fogo.
Cavidade
permanente Compressão e
esmagamento
trajetória projétil
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Impacto lateral ao Entorse do pescoço
automóvel Fratura de coluna cervical
Tórax instável lateral
Pneumotórax
Ruptura traumática da aorta
Ruptura do diafragma
Lesão do baço ou fígado
(dependendo do lado)
fratura de pelve ou acetábulo
Impacto traseiro por Lesão de coluna cervical
colisão
Ejeção do veículo A ejeção do veículo não perdiz
Padrão algum definido de lesão; no entanto coloca o
paciente no grupo de risco
de praticamente todo tipo de lesão
a mortalidade aumenta consideravelmente
Veículo Traumatismo craniano
automotor/pedestre Lesões torácicas e abdominais
Fraturas das extremidades inferiores
A irway
Estabilização da coluna cervical
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É a manobra mais eficaz para a queda
da língua.
Indicações
Possui a função de evitar a queda da língua
sobre a parede posterior da faringe e também
de abrir espaço para a introdução de cateteres
de aspiração.
Está indicada em vítimas inconsciente e não
reativas.
Conduta
- Confirmar a presença de inconsciência e ausência de reflexo de proteção da
via aérea.
- Medir a cânula, comparando-a à distância entre a comissura labial e o ângulo
da mandíbula, próximo ao lóbulo da orelha.
- Empregar apenas cânulas com dimensões apropriadas para o paciente.
- Lembrar que cânulas mal introduzidas podem agravar a obstrução.
- Introduzir com o lado côncavo para cima e efetuar a rotação de 180º quando
a extremidade distal atingir o palato mole, no adulto
- Introduzir com o lado côncavo para baixo, iniciar a introdução pela comissura
labial, na criança.
Respiração
B reathin Checar Respiração;
Observar a amplitude da respiração.
- ver , ouvir e sentir;
.
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- ventilação com oxigênio 10 a 15 l/min.
C irculation Circulação:
Checar a Circulação:
Pulso carotídeo (adulto) ou Braquial
(criança)
Identificar e tratar Hemorragias
(Hemostasia)
Perfusão capilar
Temperatura corporal
Prevenir e/ou tratar o estado de
choque.
D isability
Alterações neurológicas:
A – alerta
V – resposta a estímulo verbal
D – resposta a estímulo doloroso
N – não responde, nulo ou arreativo.
EXAME SECUNDÁRIO:
Consiste em um exame minucioso realizado da cabeça para os pés,
devendo procurar lesões que apesar da gravidade não coloca a vítima em risco
iminente de vida. Na ocasião verificar o histórico médico, examinar bolsos a
procura de informações.
Na criança o exame e realizado dos pés para a cabeça para ganhar a
confiança.
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AVALIAÇÃO DA CENA
Cinemática do trauma;
(Avaliação da cena);
Relato de testemunhas;
Histórico médico da vítima (Anamnese);
AVALIAÇÃO INICIAL
(ABCDE)
Este processo se constitui no ABCDE do atendimento ao traumatizado, a
saber:
A – Abrir vias aéreas
B – Verificar boa ventilação (respiração)
C – Circulação (com controle de hemorragias)
D – Distúrbios neurológicos
E – Expor o corpo da vítima (zelar pela integridade da
vítima)
A – Vias aéreas com controle da coluna cervical:
A avaliação inicial deve identificar rapidamente sinais sugestivos de
obstrução de vias aéreas, através da inspeção da cavidade oral e observação de
alguns sinais que possam indicar hipóxia e obstrução:
Agitação motora – sugere hipóxia;
Sonolência – sugere hipercabia;
Cianose – sugestivo de hipóxia;
Sons anormais (roncos) – obstrução de faringe;
Disfonia – obstrução de laringe.
B – Respiração e ventilação:
A permeabilidade das vias aéreas não garante uma ventilação satisfatória
do paciente, para isso é fundamental um adequado funcionamento do tórax,
pulmões e diafragma. Algumas situações podem comprometer a ventilação:
Pneumotórax hipertensivo;
Contusão pulmonar;
Pneumotórax aberto;
Hemotórax maciço.
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C – Circulação com controle de hemorragias:
A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a principal
causa de morte em pacientes traumatizados. Alguns parâmetros são de
fundamental importância na avaliação inicial e determinação da hipovolemia;
Pulso;
Cor da pele;
Enchimento capilar;
Pressão arterial;
Pressão de pulso;
Sudorese.
AVALIAÇÃO DIRIGIDA
Etapa da avaliação onde o socorrista realiza a aferição e
observação da cor da pele do paciente, da reação pupilar, da respiração,
pulso, pressão arterial (se tiver o aparelho) e temperatura relativa da pele
do paciente e perfusão capilar.
TEMPERATURA
O socorrista nessa etapa deve tocar a pele do paciente para obter índices
de variações superficiais, próximo às regiões de gânglios com a região posterior
da mão, não utiliza o termômetro, tais como:
PULSO
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RESPIRAÇÃO
PRESSÃO ARTERIAL
Valores normais:
Adulto:
Nível da Pressão Arterial Classificação
Criança:
As pressões sistólica e diastólica presumíveis podem ser calculadas através
das seguintes equações:
Sistólica: 80 mmHg + 2 vezes a idade.
Diastólica: ⅔ da sistólica.
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Dentro desses valores, consideramos a PA normal; se exceder à máxima,
denominamos alta (hipertensão) e ao contrário, se não atinge o nível mínimo,
denominamos baixa (hipotensão).
Em geral não se afere PA em crianças com menos de 3 anos de idade. Nos casos
de hemorragias ou choque, a PA mantêm-se constante dentro de valores
normais para no final desenvolver uma queda abrupta.
PUPILAS
COLORAÇÃO DA PELE
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
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desde leve confusão mental por embriaguez, até coma profundo, como
resultado de uma lesão craniana ou envenenamento.
CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO
REAÇÃO A DOR
A reação a dor somente deve ser utilizada para ver o nível de consciência
se o socorrista dominar a Escala de Glasgow. Do contrário deve ser utilizada
para detectar a perda do movimento voluntário das extremidades, após uma
lesão, geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade.
Entretanto, ocasionalmente o movimento é mantido, e a vítima se queixa
apenas de perda da sensibilidade ou dormência nas extremidades. É
extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de
provável lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do acidentado
não agrave o trauma inicial.
A avaliação física detalhada da cabeça aos pés deve ser realizada pelo
socorrista em cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo não precisa ser
realizado em todos os pacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em
pacientes que sofreram pequenos acidentes ou que possuem emergências
médicas evidentes.
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o socorrista deverá:
1) Verificar a cabeça (couro cabeludo) e região occipital, parietal e frontal;
2) Verificar a face do paciente. Inspecionar Região orbital, zigomático, vômer e
nasal, maxilar, mandíbula e se há otorragia,
3) Verificar a região posterior, anterior e lateral do pescoço (antes da aplicação
do colar cervical);
4) Inspecionar o ombro (cintura escapular) bilateralmente distal / proximal;
5) Inspecionar as regiões anterior e lateral do tórax, clavícula, esterno e
costelas;
6) Inspecionar o abdômen em sete quadrantes separadamente;
7) Inspecionar as regiões anterior e lateral da pelve e a região genital;
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8) Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a
presença de pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a
perfusão e a sensibilidade;
9) Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a
presença de pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a
perfusão e a sensibilidade;
10) Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a região dorsal.
AVALIAÇÃO CONTINUADA
PARADA RESPIRATÓRIA
Respiração Anormal
- Nenhum movimento torácico ou movimentos assimétricos.
- Não é possível sentir ou ouvir o ar movimentando-se através do nariz ou
boca.
- A respiração é ruidosa ou ofegante.
- O ritmo da respiração é irregular, ou taquipnéica ou bradipnéica.
- A respiração é muito superficial, muito profunda e difícil; ou ainda a
respiração é feita com grande esforço, especialmente em crianças e bebês.
- A pele do paciente fica cianótica, acinzentada ou pálida.
- O paciente está obviamente se esforçando para respirar, usando os
músculos da parte superior do tórax, ao redor dos ombros, e os músculos
do pescoço.
- Há batimentos de asas do nariz, especialmente em crianças.
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PARADA CARDÍACA
Condutas
1. Iniciar ventilação com bolsa-válvula-máscara utilizando oxigênio com fluxo de
15 l/min.
2. Verificar expansão torácica a cada ventilação.
3. Reposicionar a cabeça se o não expandir.
4. Iniciar o protocolo de desobstrução de vias aéreas, caso o tórax não se
expanda após uma tentativa de reposicionamento da cabeça.
5. Inserir cânula orofaringe, caso não haja suspeita de obstrução por corpo
estranho.
6. Manter as seguintes seqüências de ventilação:
adultos: 12 por minuto ou uma ventilação a cada 5 segundos
crianças > 2 anos: 15 por minuto ou uma ventilação a cada 3 segundos
crianças < 2 anos: 20 por minuto ou uma ventilação a cada 3 segundos
bebê < 1 anos: 30 por minuto ou uma ventilação a cada 2 segundos
7. Monitorar o paciente com o oxímetro de pulso e sinais vitais.
8. Transporte imediato ao hospital de referência.
Complicações da RCP
- fratura de costelas
- pneumotórax
- distensão gástrica
- lesões pulmonares
CONSIDERAÇÕES DA RCP
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posicione-se do lado direito da vítima. A vítima deve estar sobre um superfície
rígida.
O sincronismo entre as compressões e ventilações é realizado na
proporção de 30 compressões para 2 ventilações (30:2). A ventilação é
administrada em 1 segundo gerando aproximadamente 10 a 12 ventilações por
minuto.
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O USO DO DEA (DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO)
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SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) EM PACIENTES
ADULTOS (MAIORES DE 14 ANOS)
Verificar nível de
consciência
Inconsciente consciente
Respiração Respiração
ausente presente
presente ausente
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de compressão e ventilação, acoplar o aparelho e seguir orientações do
aparelho.
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SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMA DE 1 A
14 ANOS.
Verificar nível de
consciência
Inconsciente consciente
Respiração Respiração
ausente presente
presente ausente
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SUPORTE BÁSICO PARA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMAS
MENORES DE 1 ANO.
Verificar nível de
consciência
Inconsciente consciente
Respiração Respiração
ausente presente
presente ausente
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OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE)
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ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS
Tem com finalidade a remoção de sangue, vômito e de outros matérias
de vias aéreas.
Conduta
1. Utilizar cateteres rígidos para a aspiração orofaríngea.
2. Monitorar o paciente com oxímetro de pulso.
3. Pré-oxigenar a vítima ventilando-o com bolsa-válvula-máscara com 10 l/min
de oxigênio.
4. Introduzir o cateter sem aspirar.
5. Efetuar a aspiração na retirada do cateter.
6. Limitar a duração do procedimento por cerca de dez segundos.
7. Remover o cateter de aspiração com movimentos rotatórios.
8. Repetir o procedimento, se necessário. O paciente deve ser novamente pré-
oxigenado.
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Se a obstrução persistir após duas seqüências de manobras
1. iniciar transporte caso contato seja impossível.
2. repetir durante o transporte as manobras de desobstrução de vias aéreas até
o corpo estranho ser removido
- Vítima inconsciente
1. ventilar duas vezes sob máscara com oxigênio no fluxo de 10 a 15 l/min.
2. efetuar cinco compressões abdominais (em gestantes e obesos efetuar
compressões torácicas). Posicione sobre a vítima e efetue 05 compressões no
estômago ou no esterno (gestantes e obesos), até que o corpo estranho saia.
3. verificar a presença de corpo estranho visível na orofaringe removê-lo se
possível.
4. repetir a seqüência de ventilações, compressões e exame da orofaringe.
5. iniciar transporte caso contato impossível.
6. repetir durante o transporte as manobras de obstrução de vias aéreas até o
corpo estranho ser removido
Caso a vítima se encontre deitada (inconsciente),
Verifique a respiração (se não respirar);
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1. não interferir ativamente.
2. não tentar remover o objeto com os dedos a não ser que ele seja visível.
3. administrar oxigênio 5 l/min sob máscara.
4. transportar o paciente semi-sentado junto aos pais.
5. monitorizar com oxímetro de pulso.
6. observar, interferindo imediatamente caso a vítima apresente sinais de
obstrução severa.
Lactente inconsciente
1. abrir via aérea com manobra manual.
2. inspecionar a boca do lactente, procurando o corpo estranho.
3. remover o corpo estranho se o mesmo for visível.
4. tentar ventilar sob máscara com oxigênio 5l/min.
5. efetuar 5 compressões torácicas
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6. pedir apoio médico.
7. iniciar transporte caso contato com central de regulação seja impossível.
8. repetir a seqüência até desobstruir a via aérea ou a chegada de apoio
médico.
HEMORRAGIAS
CLASSIFICACAO DAS HEMORRAGIAS:
Externa
Interna
RECONHECIMENTO:
HEMORRAGIA EXTERNA :
Saida de sangue pela ferida ou por orificios naturais do corpo;
Presenca de Fraturas Expostas;
Presenca de hematoma;
Sinais vitais anormais;
Sinais e sintomas do estado de choque.
HEMORRAGIA INTERNA :
Sinais e sintomas do estado de choque;
Suspeitar em casos de: Rigidez ou distensao da parede abdominal, multiplas
fraturas, fratura de femur e/ou cintura pelvica;
Presenca de hematoma;
Natureza do acidente;
Usar a cinematica do trauma para suspeitar de lesoes principalmente nos
rins,
baco e figado;
Sinais vitais anormais*;
*Indicativo tardio que quando identificado significa que a hemorragia esta em
um estagio
mais avancado. Portanto, nao pode ser usado como fator isolado e soberano na
constatacao de uma hemorragia interna.
CONDUTA DE HEMOSTASIA:
HEMORRAGIAS EXTERNAS:
O tratamento especifico das hemorragias externas esta contido na letra C
da
38
avaliacao primaria e e identico ao estado de choque (ver tratamento de estado
de choque).
Os procedimentos em vitimas com hemorragia sao:
1. Realizar o ABCDE observando a cinematica do trauma;
2. Oxigenoterapia de 12 a 15 l/min;
3. Controle das hemorragias externas.
4. No suporte avancado e feito a reposicao volemica;
5. Cobrir a vitima com cobertor aluminizado;
6. Transportar o mais rapido possivel ao suporte avançado;
7. Continuar com o atendimento e avaliacao durante o transporte.
39
3- Anote o horario de inicio do procedimento e informar a equipe medica;
4- Nao afrouxar o torniquete. Antes era indicado aliviar a pressao para nao
acarretar lesoes vasculares e necrose dos tecidos, mas hoje estudos mostram
que o torniquete pode ficar seguramente por um periodo prolongado de ate
120 minutos.
Considerar o tempo de uso do torniquete dentro do hospital, ou seja,
transportar a vitima o mais rapido possivel preparando a equipe hospitalar
ainda durante o transporte da mesma;
5- Nao use arame, fios ou similares para nao agravar as lesoes dos tecidos do
membro.
HEMORRAGIAS INTERNAS:
O tratamento das hemorragias internas é cirurgico.
No ambiente pre-hospitalar o tratamento É prevenir o estado de choque
com os seguintes procedimentos:
1. Realizar o ABCDE observando a cinematica do trauma;
2. Oxigenoterapia de 15 l/min (ver estado de choque);
3. Elevacao dos membros (melhorar a oxigenacao cerebral) caso nao haja
complicacoes
4. Controle das hemorragias externas;
5. Imobilizacao das fraturas. Podem diminuir as hemorragias internas;
6. Cobrir a vitima com cobertor de la ou aluminio;
7. Transportar o mais rapido possivel ao suporte;
8. Continuar com o atendimento e avaliacao durante o transporte.
FERIMENTOS
Ferimento na cabeça
- Procedimento semelhante a ferimentos em partes moles;
- Não tente limpar o ferimento, há perigo de aumentar a hemorragia;
- Não faca compressão com os dedos;
- Controle o sangramento com curativo limpo e pouca pressão;
- Procure socorro adequado;
Ferimento na orelha:
- Curativo ou bandagem, em caso de ferimento na orelha;
- Nunca feche o canal auditivo em caso de hemorragia;
40
- Saída de liquido claro e/ou sangue significa traumatismo crânio
encefálico;
- Procure socorro adequado.
Ferimento na face:
- Corrige problemas respiratórios;
- Não esqueça da possibilidade de lesão na coluna;
- Use pressão suficiente para parar o sangramento;
- Retire corpos estranhos do ferimento da boca;
- Retire objetos empalados na bochecha se penetrar na cavidade oral;
- Faça curativo;
- Obs. Procure o medico adequado.
Ferimento no nariz
- Controle hemorragia;
- Curativo
Epistaxe (sangramento nasal)
- Coloque o paciente sentado;
- Cabeça ligeiramente inclinada para frente
- Procure socorro adequado
Ferimento na boca
- Remova objetos estranhos;
- Procure o socorro adequado;
Ferimento no pescoço
- Mantenha p paciente calmo;
- Peça a vítima respirar devagar e observe a respiração;
- Administre oxigênio;
- Não se esqueça da possibilidade de trauma de coluna;
- Curativo oclusivo com uma compressa, devendo esta ser coberta com
plástico estéril ou papel alumínio.
- Perigo de embolia traumática pelo ar.
- Não aplique pressão sobre as vias aéreas;
- Não aplique dos dois lados ao mesmo tempo;
- Procure socorro adequado.
Ferimento no tórax
- Mantenha a vítima deitada sobre o lado da lesão;
- Coloque curativo oclusivo preso em três lados;
- Administre oxigênio;
- Aspire sangue e secreções caso necessário;
- Procure socorro adequado;
41
- Transporte sobre o lado ferido.
Ferimento no abdome
- Mantenha a vítima deitada;
- Mantenha suporte básico de vida;
- Fique alerta para vômito;
- Não toque nem recoloque no lugar as viceras;
- Cubra as viceras com curativo oclusivo embebido em soro fisiológico,
cobrindo este com plástico estéril ou papel alumínio;
- Não remova objetos empalados;
CHOQUE
Tipos de choque:
O choque pode ser classificado de várias formas porque existem mais de
uma causa para ele. O socorrista não necessita conhecer todas essas formas de
42
choque, no entanto, é fundamental que ele entenda de que forma os pacientes
podem desenvolver o choque.
Choque hemorrágico: é o choque causado pela perda de sangue e/ou
pela perda plasma. Ex.: Sangramentos graves ou queimaduras.
Choque cardiogênico: é o choque cardíaco. Este choque é causado pela
falha do coração no bombeamento sanguíneo para todas as partes vitais do
corpo.
Choque neurogênico: é o choque do sistema nervoso, em outras
palavras, a vítima sofre um trauma o sistema nervoso não consegue controlar o
calibre (diâmetro) dos vasos sanguíneos. O volume de sangue disponível é
insuficiente para preencher todo o espaço dos vasos sanguíneos dilatados.
Choque anafilático: é o choque alérgico. Desenvolve-se no caso de uma
pessoa entrar em contato com determinada substância da qual é extremamente
alérgica, por exemplo, alimentos, medicamentos, substâncias inaladas ou em
contato com a pele. O choque anafilático é o resultado de uma reação alérgica
severa e que ameaça a vida.
Choque metabólico: é o choque da perda de fluídos corporais. Ex.:
Vômito e diarréia graves.
Choque psicogênico: é o choque do desfalecimento. Ocorre quando por
algum fator, como, por exemplo, um forte estresse ou medo, produz no sistema
nervoso uma reação e, consequentemente, uma vasodilatação. O paciente sofre
uma perda temporária da consciência, provocada pela redução do sangue
circulante no cérebro. Também chamado de desmaio, o choque psicogênico é
uma forma de autoproteção utilizada para evitar um anoxia. Essa é uma forma
mais leve de choque que não deve ser confundida com o choque neurogênico.
Choque séptico: é o choque da infecção. Microrganismos lançam
substâncias prejudiciais que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O
volume de sangue torna-se insuficiente para preencher o sistema circulatório
dilatado. O choque séptico ocorre geralmente no ambiente hospitalar e,
portanto, é pouco observado pelos profissionais socorristas que atuam no
ambiente pré-hospitalar.
Choque respiratório: é o choque dos pulmões. Este choque é causado
pela baixa concentração de oxigênio no sangue e ocorre devido a uma falha no
processo respiratório, no entanto, desde que o sistema circulatório esteja
bombeando sangue para todos os órgãos vitais, existindo uma boa perfusão,
não podemos considerar esta como uma forma verdadeira de choque.
43
Hipovolêmico Obstrutivo
Trauma Pneumotórax hipertensivo
Hemorragia Gastrointestinal Embolia Pulmonar
Desidratação Dissecção Aórtica
Vômitos Hipertensão Arterial Pulmonar Aguda
Diarréia Tamponamento Pericárdico
Fístula Ventilação por Pressão Positiva
Queimadura Tumores Mediastínicos
Perda para 3º espaço
Cardiogênico Distributivo
Infarto Agudo do Miocárdio SRIS (Sepse, Pancreatite, Trauma, Queimadura)
Contusão Miocárdica Anafilático Neurogênico (Trauma Raquimedular)
Miocardite Cardiodepressão Farmacológico (vaso dilatadores,
(drogas, acidose, hipóxia) benzodiazepínicos)
Estenose ou Regurgitação Valvular Endócrino (Mixedema, Insuf. Adrenal)
Arritmias
44
Classificação do choque hipovolêmico
CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV
Perda sanguínea(ml) Até 750 750 – 1500 1500 - 2000 > 2000
Perda sanguínea (% V. Até 15% 15 – 30% 30 – 40% > 40%
S.)
Freqüência de pulso < 100 >100 >120 > 140
Pressão arterial normal normal diminuída diminuída
Pressão de pulso (mm normal ou diminuída diminuída diminuída
hg) aumentada
Freqüência respiratória 14 - 20 20 – 30 30 - 40 > 35
Diurese (ml/ h) > 30 20 – 30 5 - 15 desprezível
Estado mental/ SNC Ansiedade leve Ansiedade Ansiedade Confusão
moderada confusão letargia
Reposição volêmica Cristalóide Cristalóide Cristalóide e Cristalóide e
(regra 3:1) sangue sangue
Prurido na pele.
Sensação de queimação na pele.
Edema generalizado.
Dificuldade respiratória.
Inconsciência.
45
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO ESTADO DE CHOQUE:
Avalie nível de consciência;
Posicione a vítima deitada (decúbito dorsal);
Abra as VA estabilizando a coluna cervical;
Avalie a respiração e a circulação;
Efetue hemostasia;
Afrouxe roupas;
Aqueça o paciente;
Não dar nada de comer ou beber;
Elevar os MMII (caso haja fraturas, elevar após posicioná-la sobre uma maca
rígida, exceto se houver suspeita de TCE). (Posição Trendelemburg)
Imobilize fraturas;
Ministre oxigênio suplementar;
Transporte o paciente imediatamente para o hospital
QUEIMADURAS
É uma lesão produzida no tecido de revestimento por agentes térmicos
(calor, frio e eletricidade), produtos químicos corrosivos e irradiações.
Quando o socorrista depara-se com vítima(s) de queimadura(s), ele deve
ter em mente algumas prioridades para tentar diminuir o sofrimento causado
pela lesão, a seguir descritos:
Salvar a vida.
Aliviar ou reduzir a dor.
Prevenir o estado de choque.
Prevenir a infecção.
46
Quanto a superfície corporal
No atendimento pré-hospitalar emprega-se a regra dos nove em função
da facilidade de avaliação.
Condutas
1. Ao prestar os primeiros socorros a um queimado, caso sua roupa esteja em
chamas, utilize, para abafá-las um coberto, casaco, tapete ou então, faça-o rolar
sobre se mesmo no chão. Em seguida, corte e retire a roupa, se não estiver
presa a pele. Neste caso, recorte ao redor da lesão e tire o restante da roupa
solta.
2. Separar a causa da vítima ou a vítima da causa.
3. Desobstrua as vias aéreas, administre oxigênio 10-15 l/min por
máscara. Institua via aérea avançada em queimaduras da face e
inalação de fumaça.
4. Imobilize a coluna cervical (pescoço).
5. Verifique respiração, pulso.
6. Acesso venoso periférico com cateter curto e calibroso,
reposição volêmica com ringer lactato 4ml/kg por % de superfície
corpórea queimada.
7. Retire as partes de sua roupa que não estejam grudadas na área queimada.
8. Proteja a área queimada com compressas ou gazes limpas e úmidas com soro
fisiológico 0.9% em queimaduras de primeiro e segundo grau. A queimadura de
terceiro grau cobrir com pano limpo, a aplicação de soro fisiológico pode
provocar hipotermia e causar infecção, assim não está indicado.
47
9. manter vítima aquecido com o uso de manta aluminizada.
10. Deve-se providenciar o transporte imediato do acidentado, quando a área
do corpo queimada for estimada entre 60 e 80%.
Observações:
- Além da percentagem da área corporal atingida, a gravidade das queimaduras
é maior nos menores de cinco anos e maiores de 60.
- Não passe pomadas, mercúrio ou quaisquer outros produtos.
TÉRMICAS
Cubra os olhos da vítima com compressa macia de gaze umidificada com
soro fisiológico, fixando as mesmas;
QUÍMICAS
Identificar o agente agressor;
Lave os olhos da vítima abundantemente com água ou soro fisiológico sem
efetuar pressão;
Transporte à mesma para o hospital.
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QUEIMADURA ELÉTRICA
Algoritmo
Sim Não
Administrar oxigênio 10
l/min
Pulso carotídeo
Monitorização cardíaca
Acesso venoso
Aferir sinais vitais
Não Sim
Sinais de choque
49
FRATURAS
Definição:
É uma ruptura total ou parcial da
estrutura óssea (solução de
continuidade no osso).
Tipos:
- Completa - (quando há quebra
de osso);
- Incompleta – (quando ocorre
uma fissura);
- Aberta – (provoca ferida na
pele);
- Fechada – (não há perfuração
da pele);
Reconhecimento:
- Deformação (angulada e encurtamento);
- Inchaço e hematomas;
- Ferida (pode existir ou não);
- Palidez ou cianose da extremidade;
- Diferença de temperatura no membro afetado;
- Crepitação (rangido);
- Incapacidade funcional.
Sinais e Sintomas:
- Dor intensa no local
- Edema (inchaço);
- Coloração roxa no local da fratura;
- Membro ou local afetado fica em posição disforme (braço, perna, etc.),
anatomicamente mal posicionado;
- Dificuldade para movimentar o membro ou ausência de movimentos;
- Presença ou não de pulso (pulsação arterial) no mem bro.;
Atendimento:
Evite movimentar o local fraturado
Caso o socorro for demorar, ou seja, um local onde não tenha como
chamar uma ambulância e for necessário transportar, serão necessários
procedimentos para atender a vítima antes de transportá-la.(imobilização
adequada).
Se foi chamado socorro, não realize esses procedimentos, deixe que a
equipe de socorro o faça, pois eles dispõem de material adequado para o
mesmo.
50
Se a fratura for em braço, dedo ou perna, retire objetos que possam
interferir na circulação (relógio, anéis, calçados, etc.), porque ocorre
edema (inchaço) no membro atingido.
Em caso de fratura exposta, há sangramento, podendo ser intenso ou de
pouco fluxo, proteja a área com um pano limpo e enrole com uma
atadura no local do sangramento
Evite comprimir o osso
Improvise uma tala. Utilize revistas, papelão, madeiras. Imobilize o
membro da maneira que se encontra, sem movimentá-lo.
Fixe as extremidades com tiras largas
51
- Nos deslocamentos, em fraturas expostas e fraturas em articulações
imobilize na posição encontrada com tala rígida;
- A tentativa de alinhar devera ser feita, suavemente, e uma única vez; se
houver resistência, imobilize na posição encontrada com tal rígida;
- Use bandagens para imobilizar fraturas ou luxações na clavícula,
escapula e cabeça do úmero;
- Após a imobilização continue checando pulso e perfusão capilar;
- Fratura de fêmur não tente realinhar, imobilize na posição encontradas
com duas talas rígidas, ate o nível da cintura pélvica, e transporte em
prancha longa.
FRATURA DO CRÂNIO:
Reconhecimento:
- Ferimento extenso ou profundo na cabeça;
- Verifique presença de hematomas nas pálpebras (guaxinim) e saída de
sangue e/ou liguor pelo nariz e ouvido;
- Verifique estado neurológico, através de respostas e reações da vítima
(AVDN);
- Alterações da resposta pupilar (pupilas desiguais);
- Controle e alterações do padrão respiratório;
- Sinal característico atrás da orelha (sinal de BATTLE);
- Monitore pulso e pressão arterial.
Conduta
- Evite manobras que podem agravar possível lesão na coluna;
- Imobilize coluna cervical;
- Ministre oxigênio;
- Esteja preparado para aspirar e retirar secreções;
- Controle as condições e sinais vitais do paciente;
- Não obstrua a saída de sangue ou líquor dos ouvidos e nariz;
- Monitore pulso e pressão arterial;
- Procure socorro adequado.
FRATURA DE PELVE:
Procedimento:
- Associe a lesão com o acidente;
- Dor intensa na região à movimentação;
- Perda de mobilidade dos membros inferiores (não obrigatório);
- Hematoma localizado (não obrigatório)
Conduta;
- Com vítima deitada de decúbito dorsal, coloque um cobertor ou outro
material disponível, dobrado entre as suas pernas (se tiver disponível);
52
- Prenda suas pernas com faixas ou bandagens;
- Transporte em prancha longa;
- Procure socorro adequado.
FRATURA ABERTA:
Conduta:
- Controle da hemorragia;
- Não tente recolocar o osso exposto no interior da ferida;
- Não limpe ou passe qualquer produto na ponta do osso exposto;
- Proteja o ferimento com gaze, ou atadura limpa;
- Imobilize com tala rígida, abrangendo uma articulação acima e outra
abaixo;
- Em todos os casos, previna o agravamento da contaminação;
- Procure socorro adequado.
LUXAÇÕES
Luxação: É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação
fazendo com que as superfícies articulares percam o contato entre si.
COMO PROCEDER
ENTORSE
53
Sinais e sintomas de entorses
54
2. considerar qualquer alteração de nível de comportamento sempre como
decorrentes de distúrbios respiratório, choque ou trauma de cabeça até prova
em contrário, e não a álcool ou droga.
3. considerar qualquer paciente com nível de consciência alterado para
transporte rápido.
4. no exame detalhado:
- avaliar a pontuação do paciente na escala de coma de Glasgow (coma é
definido como Glasgow ≤ 8, é indicado a instituição de via aérea avançada).
- verificar as pupilas quanto a simetria e reação à luz, anisocoria (pupila de
diâmetros diferentes significa geralmente lesão cerebral).
- verificar sempre motricidade e sensibilidade.
- obter sinais vitais – hipertensão arterial e bradicardia sugerem hipertensão
intracraniana.
5. monitorizar nível de consciência e respiração.
6. ficar atendo para vômitos.
7. o uso de manitol é indicado no TCE com déficit neurológico agudo, como
apresentação de pupila dilatada (anisocoria), hemiparesia ou perda de
consciência. O manitor reduz a PIC, apresenta em solução a 20%, é diurético
osmótico, dosagem 1g/kg endovenoso em bolus rápido em cinco minutos.
Condutas
1. ter certeza que as vias aéreas estão aberta e que a respiração e circulação
estão adequadas. Imobilizar coluna cervical.
2. abrir a via aérea com manobra manual caso indicado, observando cuidados
com a coluna cervical.
3. administrar oxigênio sob máscara com fluxo de 10 a 15 l/min. Ventilar com
bolsa-válvula-máscara vítima apresentando ventilação inadequada, FR < 10 ipm,
> 30 ipm ou inconsciência.
4. manter a coluna cervical imobilizada manualmente até que a vítima esteja
fixado à prancha com colar cervical e imobilizador lateral de cabeça ou ao KED.
5. controlar sangramentos externos importantes com compressão direta ou com
curativo compressivo.
6. empregar técnicas de extricção rápida na presença de situações de risco ou
instabilidade.
7. imobilizar com o KED vítimas estáveis encontradas sentadas.
8. realizar avaliação rápida do traumatizado.
9. hiperventilar com FR de 24 ipm vítimas com piora progressiva do nível de
consciência. Instituir via aérea avançada em vítimas com Glasgow ≤ 8.
10. utilizar manobras de rolamento para posicionar a vítima sobre a prancha
longa.
11. monitorizar sinais vitais.
12. obter acesso venoso periférico em extremidade superior com cateter curto e
calibroso (abocath/jelco 14), desde que não retarde o transporte.
55
13. efetuar exame detalhado no local se a vítima estiver estável ou a caminho
do hospital se a vítima estiver instável.
14. transporte imediatamente para o hospital de referência.
15. reavaliar a vítima continuamente durante o transporte.
Abertura ocular:
Espontânea...........................................................4
Estímulo verbal................................................... .3
Estímulo doloroso............................................... .2
Não ocorre......................................................... .1
Melhor resposta verbal
Orientado............................................................5
Confuso..............................................................4
Palavras desconexas...........................................3
Sons incompreensíveis.................................... ..2
Nenhuma............................................................1
Melhor resposta motora
Obedece a comando............................................6
Localiza a dor.....................................................5
Fuga a dor...........................................................4
Decorticação..................................................... .3
Descerebração....................................................2
Nenhuma............................................................1
56
Dormência nos membros Superiores e Inferiores;
Paralisia (Paraplegia e ou Tetraplegia);
Alterações da função respiratória;
Respiração abdominal / paralisia dos músculos torácicos;
Braços cruzados acima da cabeça ou em cima do tórax;
Insensibilidade do local da lesão para baixo;
A sudorese se apresenta acima do local do trauma;
Priapismo;
Deformações na coluna vertebral.
Lesão a nível de C4, C5 provocam parada respiratória.
Condutas
1. desobstrua as vias aéreas.
2. imobilize a coluna cervical (pescoço).
3. verifique respiração, ventilar ou administrar oxigênio 10 a 15 l/min por
máscara.
4. acesso venoso periférico com cateter curto e calibroso, infusão de ringer com
lactato.
Nas primeiras oito horas após o trauma e na vigência de lesão medular deve-se
utilizar corticóide em dose alta visando a bloquear o dano celular irreversível à
célula nervosa. Desse modo administramos metilpredinisolona (solumedrol) na
dosagem de 30mg/Kg na 1ª hora e de 5,4 mg/Kg de hora em hora nas 23
horas restantes em bomba de infusão.
5. verifique pulso, pressão arterial.
6. movimentar o paciente em bloco e com pelo menos 3 Socorristas.
7. imobilizar o paciente em uma prancha longa, curta, KED.
8. prevenir o estado de choque.
9. transportar a um hospital de referência.
10. ao proceder a exposição; fazer teste de mobilidade e sensibilidade e
procurar coletar informações junto à vítima, se a mesma estiver consciente.
57
Dispnéia.
Hemotórax
È a presença de sangue nos pulmões,
impedindo a expansão dos mesmos levando a
um colabamento e em conseqüência uma
parada respiratória.
Pneumotórax
È a presença de ar nos pulmões,
impedindo a expansão dos mesmos
levando a um colabamento e em
conseqüência uma parada
respiratória. Pode-se executar
curativo três pontas no caso de feridas
abertas.
Pneumotórax hipertensivo: Condição determinada pela entrada contínua
de ar no espaço pleural, a partir do parênquima pulmonar ou de um defeito da
parede torácica, sem a saída do mesmo (mecanismo valvar) levando ao colapso
pulmonar. Ocorre desvio das estruturas mediastinais para o lado colateral,
prejudicando o retorno venoso e levando à instabilidade hemodinâmica.
As principais causas são: ventilação mecânica sob pressão positiva,
trauma fechado e das condições não traumáticas, o pneumotórax espontâneo.
58
Considerações especiais de avaliação
1. observar deformidades na parede torácica: ferimentos penetrantes, tórax
instável, ferimentos aspirativos e respiração paradoxal.
2. observar e atuar em qualquer distúrbio respiratório (abrir via aérea,
administrar oxigênio 10 l/min, assistir ventilação).
3. suspeitar de traumatismo abdominal associado em todos os casos
4. verificar turgência de jugular e desvio de traquéia
5. auscultar torácica para determinar se ruídos respiratórios estão presentes
bilateralmente.
6. Suspeitar de pneumotórax hipertensivo caso a vítima apresente:
- dispnéia que piora progressivamente.
- ruídos respiratórios ausentes ou diminuídos de uni ou bilateral.
- distensão de jugulares.
- desvio de traquéia para o lado oposto da lesão.
- sinais de choque.
Condutas
1. manter vias aéreas pérvias, abrir com manobra manual se necessário. Instituir
via aérea avançada.
2. manter a coluna cervical imobilizada manualmente até que a vítima esteja
fixado a prancha com colar cervical e imobilizador lateral de cabeça ou ao KED.
3. administrar oxigênio suplementar sob máscara com reservatório com fluxo de
10 a 15 l/min.
4. ventilar com bolsa-válvula-máscara vítima com ventilações inadequadas, FR
<10ipm, >30 min ou inconsciência.
5. ocluir ferimentos torácicos aspirativos com curativos três pontos ou valvulado.
Cobrir o ferimento com um curativo de material impermeável (plástico) fixado
somente em três pontos, o que funciona como válvula unidirecional. O ar deixa
a cavidade torácica durante a expiração sendo impedido de retornar na
inspiração.
6. abrir um lado do curativo caso o paciente piore e apresente sinais de
pneumotórax hipertensivo.
7. acesso venoso em membro superior com cateter curto e calibroso. Infusão de
ringer com lactato de acordo com a perda volêmica.
8. controlar sangramentos externos.
9.impedir que a vítima se movimente por meios próprios, faça esforços ou ingira
líquidos ou alimentos.
10. monitorizar a vítima (PA, oximetria de pulso, FR, FC).
11. transportar imediatamente vítimas graves com respiração inadequada e
grande perda sanguínea, completar o exame detalhado durante o transporte.
12. manter junto à maca em todos os momentos os seguintes equipamentos:
bolsa-válvula-máscara, cilindro de oxigênio com fluxômetro, aspirador e
cateteres de aspiração.
13. reavaliar continuamente a vítima durante o transporte.
59
TRAUMA ABDOMINAL
As lesões abdominais podem ser fechadas ou abertas, e podem
comprometer órgãos ocos ou sólidos.
Sinais de lesão abdominal
Suspeitar da posição em que o paciente encontra-se deitado;
Feridas cutâneas, perfuração ou escoriações na região abdominal.
Queda de P.A. e pulso fraco.
Respiração rápida e superficial.
Sinais de choque em geral.
Se consciente o paciente pode indicar a dor.
Náuseas e vômitos.
Evisceração.
OBS: Suspeitar de lesão abdominal em todos os pacientes envolvidos em
acidentes automobilístico.
Eviscerações
Desobstrua as vias aéreas.
Imobilize a coluna cervical (pescoço).
Verifique respiração.
60
Forneça oxigenoterapia.
Verifique pulso.
Não recolocar as vísceras para dentro.
Cobrir as vísceras com material estéril (Plástico) ou no mínimo cobrir com
uma bandagem e mantê-la umedecida com aplicação de soro fisiológico.
Colocar um apoio abaixo dos joelhos para manter o paciente com as
pernas flexionadas.
Prevenir o estado de choque.
Transportar ao hospital.
Tipos de Ferimentos
Existem diferentes tipos de ferimentos abertos em partes moles, os mais
comuns são:
Abrasões ou Escoriações;
Lacerantes ou Lacerações:
Contusos;
Cortantes;
Perfurantes ou Penetrantes.
CHOQUE ELÉTRICO
Definição:
Acidente causado pólo contato com corrente de alta ou baixa tensão
elétrica.
Fisiopatologia:
A energia elétrica é convertida em calor, em contato com a pele ou mucosa,
causando uma lesão térmica. Isto é explicado pela lei de Joule:
calor – resistência x (intensidade da corrente) 2
A lesão é auto limitada, ou seja, interrompida a corrente, não causa mais
lesão.
A temperatura atingida no tecido é o fator critico que chamamos de
magnitude da lesão.
Sempre encontramos um ponto de entrada, trajeto e ponto de saída.
61
Quanto maior for a intensidade e duração do estimulo, maior será a lesão.
Os calos são formados por camadas de queratina.
Quadro Clinico:
- Queimaduras:
A lesão cutânea é mínima quando comparada a lesões profundas. Temos
um ponto de entrada (contato) e um ponto de saída (terra).
- Alterações cardíacas:
A corrente elétrica provoca alterações na despolarização cardíaca, podendo
levar a arritmias, fibrilação e parada cardíaca.
- Alterações pulmonares:
Ocorrem lesões pulmonares térmicas com insuficiência respiratória grave.
- Complicações neurológicas:
Agitação perda de consciência, amnésia, cefaléia, déficits motores, sensoriais
e convulsões.
- Lesões musculares:
Queimaduras e catarata tardia.
Infecções.
Insuficiência renal aguda.
- Alterações vasculares:
Hemorragia, trombose e vasculites que podem comprometer o segmento
distal.
Conduta:
- Desligue a energia e afaste –se a vitima da fonte, antes de iniciar o
atendimento.
- Verifique sinais vitais e inicie as manobras de reanimação se necessário.
- Ministre oxigênio.
- Trate as queimaduras, no ponto de entrada e saída da corrente elétrica.
- Transporte para o hospital.
CONVULSÕES
CAUSAS:
Intoxicação;
Doenças neurológicas;
Traumatismo cranioencefálico;
Hipertermia
62
Ocorrem somente em algumas crianças menores de 5 anos,
desencadeadas durante hipertermias. É rara entre 2 a 6 meses e não ocorre
abaixo dos 2 meses.
Baixe a temperatura com banhos ou aplicação de compressas frias e
transporte para o hospital.
Doenças infecciosas (meningite, tétano)
Epilepsia
ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÕES
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socorro forem tomadas rápida e eficiente, a grande maioria dos acidentados
podem se recuperar, pois a ação patogênica dos tóxicos é transitória.
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Evidência , na boca, de haver o acidentado comido folhas ou frutos
venenosos.
Estado de inconsciência, de confusão ou mal súbito, quando for possível o
acesso ou contato da vítima com venenos.
CONDUTAS
Ministre o antídoto recomendado no recipiente de que proveio o veneno;
Aja antes que o organismo da vítima tenha tempo de absorver o veneno;
Se houver mais de um socorrista, enquanto um procura o médico ou um
meio de transporte, o outro toma as seguintes medidas:
AFOGAMENTO
Considerações especiais de avaliação
1. anotar o tempo de submersão, se possível.
2. considerar possíveis lesões de coluna cervical associadas (mergulho em águas
rasas).
3. solicitar apoio imediatamente se você não tiver treinamento adequado para o
resgate aquático. Não tentar resgate, se não for treinado para esse
procedimento.
4. a lesão pulmonar pode ocorrer horas após o episódio de submersão por
curto período de tempo.
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Condutas
1. retirar a vítima da água o mais rápido possível.
2. imobilizar coluna cervical.
3. abrir as vias aéreas com manobras manuais.
4. ventilar com bolsa-válvula-máscara vítima com ventilações inadequadas, FR
<10ipm, >30 min ou inconsciência.
5. administrar oxigênio suplementar sob máscara com reservatório com fluxo de
10 a 15 l/min.
6. evitar a manobra de Heimlich, compressão abdominal. Não tentar retirar a
água dos pulmões ou do estômago.
7. prevenir a broncoaspiração em vítimas com respiração espontânea,
colocando-a em decúbito lateral (posição de segurança), caso ocorram vômitos.
8. monitorizar a vítima, aquecer.
9. iniciar reanimação cardiopulmonar na ausência de pulso carotídeo mesmo
em indivíduos que ficaram submersos por até uma hora.
10. acalmar a vítima consciente.
11. acesso venoso periférico com cateter calibroso, reposição volêmica de
acordo com a resposta hemodinâmica (PA, nível de consciência, FR, FC).
12. reavaliar a vítima continuamente até a chegada ao hospital.
Sinais e Sintomas:
Dor ou sensação de opressão no peito podendo irradiar-se para braços e
mandíbula, com duração superior a 30 minutos;
Náuseas;
Dificuldade respiratória;
Sudorese;
Fraqueza;
Parada cardíaca.
Se qualquer um destes sinais ou sintomas estiver presente, assuma que o
paciente está sofrendo um IAM.
Tratamento pré-hospitalar:
Sinais e Sintomas:
Respiração ofegante e ruidosa, insuficiência respiratória;
Ansiedade e agitação;
Edema no tornozelo;
Edema no abdômen;
Veias do pescoço distendidas;
Cianose;
O paciente insiste em ficar sentado ou de pé.
Na insuficiência cardíaca não é frequente que a vítima apresente dor
torácica.
Tratamento pré-hospitalar:
Mantenha as vias aéreas permeáveis.
Mantenha o paciente em posição de repouso, de modo a permitir uma
respiração mais confortável.
Administre oxigênio suplementar.
Promova suporte emocional.
Transporte o paciente.
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HIPERTENSÃO ARTERIAL
Valores normais:
Diástole: 60 a 90mmHg
Sístole: 100 a 150mmHg
Sinais e Sintomas
Cefaléia;
Náuseas;
Ansiedade;
Zumbido na orelha interna;
Alteração visual;
Hemorragia nasal;
Formigamento na face e extremidades.
Tratamento pré-hospitalar
1. Mantenha a via aérea permeável.
2. Coloque o paciente em posição sentada ou semi-sentada.
3. Mantenha o paciente em repouso.
4. Promova o suporte emocional.
5. Oriente para que tome a medicação habitual.
Tratamento pré-hospitalar
Mantenha a via aérea permeável.
Coloque o paciente em posição Trendelemburg.
Mantenha o paciente em repouso.
Promova o suporte emocional.
Levante anamnese, para possível diagnóstico.
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Causada quando um trombo ou êmbolo obstrui uma artéria encefálica,
impedindo que o sangue oxigenado nutra a porção correspondente do
encéfalo.
Hemorragia:
Causada quando uma artéria rompe-se deixando a área do encéfalo sem
nutrição. O sangue que sai do vaso rompido aumenta a pressão intracraniana
pressionando o encéfalo e interferindo em suas funções.
Sinais e Sintomas
Variam muito dependendo da localização do dano, incluem:
Cefaléia, que pode ser o único sintoma;
Alteração no nível de consciência;
Formigamento ou paralisia das extremidades e/ou face;
Dificuldade para falar e/ou respirar;
Alteração visual;
Convulsão;
Pupilas desiguais;
Perda do controle urinário ou intestinal.
Hipertensão
O risco de um AVE aumenta com a idade.
Queda Facial
Este sinal fica mais evidente quando o socorrista pede para o paciente
sorrir ou mostrar os dentes. Se um dos lados da face estiver caído ou não se
mover tão bem quanto o outro. (Garatuja)
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Debilidade nos braços
Isto se torna muito evidente, se o paciente estender os braços para frente
por 10 segundos, com os olhos fechados. Se um braço pender para baixo ou
não puder se movimentar, isto pode indicar um AVE.
Fala anormal.
Quando o paciente pronuncia frases ininteligíveis; é incapaz de falar ou a
fala sai arrastada.
Peça para que o paciente diga “o rato roeu a roupa do rei de Roma”, ou
outra frase similar. (Afasia)
INSUFICIÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
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Asma brônquica;
Bronquite;
Enfisema.
HIPERGLICEMIA
HIPOGLICEMIA
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ANGINA
Estreitamento da artéria do coração.
A) Sinais e sintomas -Dor (esforço ou emoção);
-Geralmente curta duração;
-Melhora com o uso de vasodilatadores.
B) Conduta: -Manter a vitima em repouso;
-Monitorar sinais vitais;
-Transportar ao hospital com oxigênio.
2. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO = obstrução da artéria do músculo
cardíaco.
a) sinais e sintomas; -Dor súbita e de duração prolongada na região do
peito;.
-Não é aliviada;
-Dor pode irradiar para área adjacentes ao coração;
área adjacentes ao coração;
-Mal estar (náuseas, vômitos, palidez, sudorese e
choque)
b) Conduta: -Repouso;
-Monitorar sinais vitais;
-Afrouxar as vestes;
-RCP se necessário
-Usar oxigênio;
-Transportar na posição semi-sentado.
PARTO DE EMERGÊNCIA
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Mecônio: Primeira matéria fecal do recém-nascido, é indicativo de sofrimento
fetal.
Placenta: Órgão formado durante a gravidez constituída por tecido materno e
do concepto, permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e feto. Normalmente
expelida ao final do trabalho de parto. Pesa aproximadamente 500g, na
gravidez a termo.
Cordão umbilical: Estrutura constituída por vasos sanguíneos através da qual o
feto se une a placenta, seu comprimento é em média 55cm.
Parto: Expulsão do feto viável através das vias genitais ou a extração do feto por
meios cirúrgicos.
Aborto: Feto com menos de 500g ou com menos de 20 semanas de gestação.
Pré-maturo: Até 37 semanas de gestação ou pesando menos de 2.500g
A termo: De 38 a 41 semanas de gestação.
Pós-maturo: Apartir de 42 semanas de gestação.
Definições:
Gestação normal corresponde a 40 semanas, de 38 a 42 semanas.
Feto a termo é aquele nascido entre 38 a 42 semanas.
Abortamento é termino de sua gravidez antes de 20 semanas.
Prematuridade extrema é quando o feto nasce entre 20 a 28 semanas.
Prematuridade é aquele feto nascido de 28 a 38 semanas incompletas.
Primaras são as gestantes que parem pela primeira vez.
Multíparas mais de uma gestação.
DILATAÇÃO;
- Contrações uterinas de 5 em 5 minutos com duração de
aproximadamente 30 segundos.
- Duração média é de 12 horas nas primíparas e 7 horas
nas multíparas.
- O pólo cefálico força a dilatação do colo uterino materno.
EXPULSÃO:
- Sua duração é de aproximadamente de 50 minutos na primíparas e de 20
minutos nas multíparas.
- Corresponde ao desprendimento do feto.
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- Coloca-se a parturiente na posição deitada, com as pernas dobradas sobre o
quadril e os joelhos flertidos.
- Deve-se observar o períneo e a limpeza da gestante.
- Acompanha-se como expectante a saída do feto auxiliando
nas manobras para o nascimento.
- Aspira-se ou limpa as vias aéreas do recém-nascido e aguarde
o choro caso não ocorra é necessário estimular a respiração do bebê.
- Aguarde o cordão umbilical parar de pulsar e depois clampear,
deve-se cortar a uma distância de aproximadamente um palmo
do abdome do recém-nascido.
- Deve-se aquecer o RN e coloca-lo junto à mãe.
SECUNDAMENTO:
- Ocorre após o nascimento do feto, e se caracteriza pelo deslocamento,
descida e expulsão da placenta e anexos para fora das vias genitais, sua
duração é muito variável e sua perda sanguínea é em torno de 300 a 500
ml.
- Após a descida da placenta deve-se leva-la a maternidade junto com a mãe e
o RN para avaliação médica.
PÓS-PARTO IMEDIATO:
Caracteriza-se por várias alterações anatômicas que visam à regressão das
modificações do organismo materno frente a gravidez.
Deve-se preocupar com possíveis sangramentos, caso presentes utilizar técnica
de hemostasia por tamponamento.
Monitorar sinais vitais da mãe e bebê.
RISCOS E COMPLICAÇÕES:
Antes, durante e depois do parto:
- Adolescente ou mulher acima de 35 anos;
- Primeira gravidez ou mais de cinco gestações;
- Sangramento no pré-parto;
- Diabete;
- História de convulsões;
- Ruptura prematura de membrana (bolsa dӇgua);
- Trauma;
- Apresentação pélvica ou de membros do feto;
- Dor abdominal intensa da gestante;
- Gestante em parada Cardiorespiratória;
- RN em Parada Cardiorespiratória;
- Saída de liquido esverdeado;
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ADVERTÊNCIAS
A gestante no último trimestre não deve ficar em
decúbito dorsal, devido ao grande volume do útero que
comprime a veia cava diminuindo o retorno venoso
causando hipotensão e choque.
Lembrar que se tratam de duas vítimas ao invés de
uma e que a gravidade das lesões maternas não
determinam somente a sobrevida materna como também
a fetal.
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baixo e para cima, sem forçá-la, facilitando assim a liberação dos ombros e
posteriormente de todo o corpo;
14. Deslize a mão que está sobre a face no sentido craniocaudal, segurando
firmemente os tornozelos do bebê;
15. Apoie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isto se faz para
permitir que o sangue, o líquido amniótico e o muco que estão na boca e
nariz possam escorrer para o exterior;
16. Peça para o auxiliar anotar a data, hora, lugar do nascimento, nome da mãe
e sexo do bebê;
17. Observe se o bebê chorou. Retire o campo que se encontra abaixo da
abertura da vagina, coloque-o deitado lateralmente no mesmo nível do
canal de parto.
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