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MANUAL DE FORMAÇÃO

UFCD 9134 - Anatomia


UFCD 9134 - Anatomia

Objetivos
 Reconhecer a importância da anatomia nos cuidados de beleza
 Conhecer e identificar factos relacionados com o desenvolvimento da Citologia;
 Compreender a importância da microscopia no estudo da célula;
 Compreender a organização geral da célula eucariótica e da célula procariótica
 Mencionar a estrutura e composição química da membrana plasmática;
 Compreender processos implicados no intercâmbio de substâncias entre a célula e o
meio;
 Referir os diferentes tipos de reforços da membrana e suas funções
 Distinguir os tecidos animais e descrever as suas funções;
 Classificar os tecidos de acordo com a forma da célula, o arranjo da célula e a função;
 Enumerar os vários tipos de tecidos especializados e distinguir as suas funções.
 Conhecer a constituição, classificação e organização dos ossos;
 Conhecer a constituição, classificação dos músculos
 Identificar e localizar os ossos e músculos dos membros superiores
 Identificar e localizar os ossos e músculos dos membros inferiores
 Identificar e localizar os ossos e músculos da cabeça
 Identificar e localizar os ossos e músculos do tronco.

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Índice
Objetivos ..................................................................................................................................................2

1 A importância do estudo da Anatomia na estética ..........................................................................6

2 BIOLOGIA CELULAR ..........................................................................................................................6

2.1 MICROSCOPIA E O ESTUDO DA CÉLULA ...................................................................................6

2.2 Organização celular ..................................................................................................................7

Tipos de Células ................................................................................................................................8

2.3 Membrana Plasmática .......................................................................................................... 12

Estrutura e composição química ................................................................................................... 12

Transporte de substâncias através da membrana ........................................................................ 13

REFORÇOS DA MEMBRANA........................................................................................................... 14

2.4 Níveis de organização estrutural ........................................................................................... 15

3 Tecidos .......................................................................................................................................... 16

3.1 Tecido Epitelial ...................................................................................................................... 16

3.2 Tecido epitelial de revestimento........................................................................................... 16

Tecido epitelial glandular .............................................................................................................. 18

Neuroepitélios ............................................................................................................................... 18

3.3 Tecido conjuntivo .................................................................................................................. 18

Tecido conjuntivo Propriamente Dito (TCPD) ............................................................................... 21

Tecido conjuntivo de transporte ................................................................................................... 21

Tecido conjuntivo de sustentação ................................................................................................ 21

3.4 Tecido muscular .................................................................................................................... 23

3.5 Tecido nervoso ...................................................................................................................... 24

4 Osteologia – noções básicas.......................................................................................................... 25

4.1 Formação e constituição dos ossos ....................................................................................... 25

4.2 Classificação dos ossos .......................................................................................................... 26

4.3 Termos usados nas descrições dos ossos.............................................................................. 27

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4.4 Esqueleto ............................................................................................................................... 28

5 Miologia – Noções Básicas ............................................................................................................ 28

5.1 Constituição dos Músculos.................................................................................................... 29

5.2 Classificação dos Músculos ................................................................................................... 30

5.3 FORMA DOS MÚSCULOS ....................................................................................................... 31

5.4 Fisiologia da contração muscular .......................................................................................... 32

6 Posições e direcções anatómicas .................................................................................................. 33

7 Osteo-miologia dos membros ....................................................................................................... 40

7.1 Osteo-miologia da Cintura Escapular e Membro Superior ................................................... 40

7.1.1.3 Escápula......................................................................................................................... 41

7.2 Ossos do membro superior ................................................................................................... 42

7.3 Músculos do membro superior ............................................................................................. 45

8 Osteo-miologia do Membro Inferior ............................................................................................. 55

8.1 Ossos do membro inferior .................................................................................................... 55

8.1.1.1 Osso Pélvico ou Coxal .................................................................................................... 55

8.1.1.2 Fémur ............................................................................................................................ 56

8.1.1.3 Rótula ............................................................................................................................ 57

8.1.1.4 Perónio .......................................................................................................................... 57

8.1.1.5 Tíbia ............................................................................................................................... 57

8.1.1.6 Tarso .............................................................................................................................. 58

8.2 Músculos do membro inferior .............................................................................................. 59

9 Osteo-miologia da cabeça ............................................................................................................. 71

9.1 CRÂNIO - Face e Calote ......................................................................................................... 71

10 MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL ........................................................................................ 83

10.1 Músculos cutâneos do crânio................................................................................................ 83

10.2 Músculos da região ocular e nariz ......................................................................................... 84

10.3 Músculos da região da boca .................................................................................................. 84


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10.4 Músculos cervicais superficiais ............................................................................................. 85

10.5 Músculos da mastigação ....................................................................................................... 85

10.6 Músculos que movem a cabeça ............................................................................................ 86

11 osteo-miologia do tronco .......................................................................................................... 89

11.1 Estrutura óssea ...................................................................................................................... 89

11.1.1.4 VÉRTEBRAS LOMBARES ............................................................................................. 93

11.1.1.5 SACRO ........................................................................................................................ 94

11.2 TÓRAX.................................................................................................................................... 95

11.2.1.1 ESTERNO .................................................................................................................... 95

11.2.1.2 COSTELAS................................................................................................................... 96

11.3 ESTRUTURA MUSCULAR ........................................................................................................ 97

11.4 Músculos da região Dorsal .................................................................................................... 99

Bibliografia .......................................................................................................................................... 102

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1 A importância do estudo da Anatomia na estética


O profissional especializado na área dos cuidados de beleza deve nutrir de todos os tipos de estudos
científicos, dentre eles a anatomia, pois, somente assim, poderá criar protocolos de tratamentos
diferenciados.
O mercado de trabalho da profissional de estética tem crescido ano após ano, não existindo nos dias
de hoje o “profissional papagaio”, que apenas repetia os procedimentos e protocolos aprendidos e
os utilizava, sem qualquer conhecimento científico. Sendo que é importante aplicar um tratamento
diferenciado e único a cada cliente. Dessa forma consegue obter resultados satisfatórios.
Não esquecendo que atualmente existe uma facilidade da cliente obter informações sobre
determinados termos e tratamentos na internet, o que visa a buscar na profissional argumentos
credíveis que as fidelize.
A anatomia é uma área que serve de base para adquirir conhecimentos gerais da estrutura do corpo
humano.

2 BIOLOGIA CELULAR
Biologia celular é o ramo da biologia que estuda as células quanto a sua estrutura , funções e
importancia na complexidade dos seres vivos. A biologia celular pretende entender o funcionamento
dos vários sistemas celulares.
Com a intervenção do microscópio ótico foi possivel observar as células de menores dimensões e
estuda-las melhor com a ajuda de variadas técnicas e com o desenvolvimento do microscópio
eletrónico.
Todos os seres vivos são constituidos por células, e todas as células provem de outras preexistentes.
As células são as unidades mais simples e pequenas de um organismo que conseguem viver
autonomamente, pelo que são a base estrutural e funcional da vida.

2.1 MICROSCOPIA E O ESTUDO DA CÉLULA


Devido ao tamanho da célula, o estudo desta unidade viva requer instrumentos de observação
adequados (microscópios) e técnicas especiais de conservação, coloração e fraccionamento celular,
para realçar os diferentes constituintes celulares.
Os microscópicos continuam a ter uma grande importância nos estudos citológicos.

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O microscópico óptico fornece imagens ampliadas dos objectos, permitindo a


observação de estruturas invisíveis à vista desarmada. O poder ampliador das
objectivas tem limites, uma vez que, quando se utilizam ampliações muito grandes, as
imagens começam a perder qualidades. Esta ampliação não é suficiente para se
verem os mais pequenos detalhes estruturais da célula. O aparecimento do microscópico electrónico
deu origem a uma nova época no estudo da estrutura celular. Este aparelho permite uma ampliação
de dezenas e mesmo de centenas de milhares de vezes maiores. Com este aparelho foi possível
ultrapassar algumas limitações do microscópico óptico, nomeadamente o
aumento da resolução de imagens permitindo, deste modo, o estudo de detalhes
estruturais da célula.
A medida utilizada para avaliar o tamanho da célula é o micrómetro, ou seja, a
milésima parte do milímetro. As células apresentam vários tamanhos que podem ir de 1 micrómetro
a 100 micrómetros, a visão humana não consegue duferenciar dois pontos ou riscos distanciados a
menos de 100 micromeros (0,1 mm).

2.2 Organização celular


O aperfeiçoamento dos microscópios e a evolução constante das técnicas citológicas e o contributo
da bioquímica e da biologia molecular permitiram um considerável progresso na conceção da célula
procariótica e eucariótica e, no conhecimento e estudo da ultra-estrutura celular (constituintes
celulares) através do microscópio eletrónico.
De acordo com a Teoria celular, a célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres
vivos, comportando-se como unidade independente, mesmo nos organismos multicelulares.
Apesar desta universalidade de estrutura e função, há diversidade no tamanho, forma e grau de
complexidade.
Algumas células possuem uma estrutura muito simples, mas a maioria apresenta uma maior
complexidade.
Todos os seres vivos são constituídos por células, mas o número de células difere de um ser para o
outro.
Existem os seres unicelulares, a palavra unicelular tem origem no latim uni, que significa "um, único".
Temos as bactérias, as cianobactérias, protozoários, as algas unicelulares e as leveduras.
E seres pluricelulares, a palavra pluricelular tem origem no latim pluri, que significa "mais, maior",

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Seres unicelulares possuem apenas uma célula que realiza todas as funções, enquanto os
seres pluricelulares são formados por várias células, são seres que possuem várias células
especializadas com diversas funções específicas.

Tipos de Células
As células das bactérias são as mais simples do mundo vivo, conhecidas como células procarióticas,
apresentando uma estrutura simplificada, sem núcleo individualizado. Todas as restantes células são
eucarióticas, isto é, tem um núcleo perfeitamente organizado e possuem outras estruturas,
apresentando uma morfologia mais complexa.

2.2.1.1 Células eucarióticas


A constituição e funcionamento das células eucarióticas têm uma organização complexa e organizada
visando a especialização do trabalho.
O citoplasma das células eucarióticas é o conjunto do citosol (hialoplasma) e dos organelos
(compartimentos rodeados por membranas que tem papeis especificos a desempenhar numa célula).
O citosol é a matriz semifluida (coloidal) das células, constituida essencialmente por água (cerca de
90%), onde estão dissolvidas substancias minerais e organicas. É no citosol que estão contidos os
organelos com funções diferenciadas, matendo-se no lugar através de uma rede tridimensional de
filamentos e microtúbulos que tem várias funções sendo uma delas dar forma e estrutura a célula – o
citoesqueleto.

Segue-se uma tabela com uma descrição breve de diversas estruturas e organelos celulares.
Quadro 1: Estruturas e organelos celulares
Estrutura/organelo celular Estrutura Função
Membrana celular Apresenta um bicamada Controla a entrada e saída de
fosfolipidica e proteínas substancias da célula. Limitam
integrada e perifericas e protegem a célula e
recebem informações.

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Retículo Endoplasmático E constituído por um conjunto Síntese de vários compostos


de cisternas , vesículas e organicos como lipidos e
canalículos. O reticulo proteínas, e ajudam no
endoplasmatico rugoso (RER) transporte de proteinas e
apresentam ribossomas na outras substancias dentro da
membrana exterior. O reticulo célula.
endoplasmatico liso (REL) não
contem ribossomas.
Complexo de Golgi Conjunto de sáculos e Produzem lisossomas.
vesiculas que constituem uma Tem função de secreção e
estrutura individualizada no transformação de compostos
citoplasma. organicos.

Lisossomas Estruturas esféricas com Realizam decomposição de


membrana, que contem moléculas e participam na
enzimas no seu interior digestão intra celular.

Núcleo Estrutura celular limitada por Controla a atividade celular e


membrana dupla com poros. armazena o ADN.
No interior apresenta
filamentos – cromossomas.
Pode conter um ou mais
nucleolos.
MItocondrias Organelos ovais com duas Produzem energia sob a forma
membranas: uma externa e de ATP.
outra interna. O espaço
interna designa-se matriz
mitocondrial.

Ribossomas Estruturas de pequenas Sintese de proteínas.


dimensões podem estar em

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grupo ou isoladas, ou
associadas ao RER.

Centríolos Estruturas cilindricas Intervem na divisão celular.


constituidas por microtubulos.

Citosesqueleto Rede de vários tipos de fibras Confere suporte mecanico a


que se intercruzam no algumas estruturas. Mantem a
citoplasma. forma da célula.

Vacúolo Cavidades delimitadas por Armazenamento de


uma membrana contendo compostos organicos ou
agua com substancias reserva de ioes inorganicos.
dissolvidas. Mais comuns em
células vegetais.

Parede celular Parede rigida existente Suporte e proteção. Favorece


somente nas células vegetais conexão com células vizinhas.

Cloroplastos Organelos com pigmentos Transformam energia


fotossinteticos. Possuem luminosa em energia quimica.
membrana dupla: interna e (fotossintese)
externa. Exclusivo das células
vegetais.

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As células vegetais possuem parede celular e cloroplastos, ausentes nas células animais. Ainda
podemos dizer que as células vegetais apresentam vacúolos de maiores dimensões, sendo mais
comuns nas células vegetais.

Fig. Células eucarióticas e procarióticas

2.2.1.2 Células procarióticas

As células procarióticas apresentam uma estrutura simples comparartivamente as células


eucarióticas.
As células procarióticas apresentam parede celular, podendo apresentar uma capsula exterior e um
flagelo (prolongamento).
O material nuclear não está delimitado por involucro nuclear (membrana) designando-se por isso
nucleóide., pois não constitui um verdadeiro núcleo individualizado. O Citoplasma é rico em
ribossomas, mas é desprovido de todos os organelos membranares como: mitocondrias, RE,
Complexo de Golgi e lisossomas.

Fig. Célula procariótica

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2.3 Membrana Plasmática


A membrana celular ou plasmática é o revestimento exterior da célula que mantem a integridade da
mesma assegurando as trocas de substancias entre o meio intra e extra celular.
É composta por duas camadas de substâncias, denominadas Fosfolipídos. A disposição destas duas
camadas é feita de tal forma que a parte exterior (virada para fora e para dentro da célula) não
repele a água (Hidrófila) e a parte interior da membrana tem a função contrária (Hidrófoba).
A membrana é também composta por proteínas que servem de “poros” para a passagem de água e
de outras substâncias.
Só saem ou entram na célula as substâncias que a célula deseja. Esta função denomina-se
Permeabilidade Selectiva.
A membrana plasmática é uma estrutura altamente dinâmica que, para além de proteger e limitar a
célula, intervém activamente no controlo das substâncias que entram e saem dela.

Estrutura e composição química


As membranas são complexos lipoproteicos, contendo em peso 60 a 75% de proteínas e 25 a 40% de
lípidos. Estas proporções variam consoante o tipo de membrana, algumas contem ainda alguns
glícidos.
Os lípidos das membranas são essencialmente fosfolípidos (lípidos mais fosfato), colesterol e
glicolípidos (glícidos mais lípidos). Tanto os fosfolípidos como os glicolípidos possuem uma
extremidade polar (hidrofílica) e outra apolar (hidrofóbica).
O modelo do mosaico fluido (atualmente aceite para a composição e fisiologia da membrana
plasmática) considera a existência de um mosaico de moléculas proteicas inseridas numa dupla
camada de fosfolípidos.

Fig. Membrana plasmática

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Atendendo a localização das proteínas membranares podem ser classificadas da seguinte forma:
- Proteínas periféricas ou extrínsecas: estão a superfície e podem ser isoladas da membrana
- Proteínas integradas ou intrínsecas: estão fortemente ligadas aos fosfolípidos da membrana,
atravessando completamente ou parcialmente a bicamada fosfolipídica.

Na superfície externa da membrana existem moléculas de glícidos ligados as proteínas e aos lípidos,
formando as glicoproteínas e glicolípidos.

Transporte de substâncias através da membrana


A membrana plasmática é uma estrutura dinâmica que separa o meio extracelular do meio
intracelular facilitando ou dificultando a entrada ou saída de substâncias. Diz-se que a membrana
possui uma permeabilidade seletiva.
A permeabilidade seletiva é a capacidade que a membrana plasmática possui de facilitar ou dificultar
a entrada ou saída de substâncias da célula.

2.3.1.1 Osmose
No movimento da água entre a célula e o meio não intervém moléculas transportadoras, a água
transpõe a membrana através de fenómenos físicos.
-Osmose: difusão da água, através da membrana plasmática, do meio de menor concentração para o
de maior concentração em soluto.
Exemplo: Entrada e saída de água em células.

2.3.1.2 Difusão
Muitas substancias penetram ou saem da célula por difusão, ou seja, as partículas tendem a migrar
das zonas onde a sua concentração é mais elevada para as zonas onde a sua concentração é mais
baixa, até se atingir uma concentração uniforme.
-Difusão Simples: Movimentação de substâncias de uma zona de maior concentração para outra de
menor concentração, ou seja, a favor do gradiente de concentração.
Exemplo: passagem de gases e substâncias lipossolúveis para as células.

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REFORÇOS DA MEMBRANA

2.3.1.3 Microvilosidades
As células, que têm como principal função estabelecer trocas importantes com o meio extracelular,
como é o caso das células do epitélio intestinal, apresentam modificações superficiais que, se
alterarem o volume da célula, aumentam consideravelmente a sua superfície de contacto com o
meio.
Estas modificações podem ser fundamentalmente de dois tipos: microvilosidades (prolongamentos
em forma de dedos de luva) e invaginações, que podem ser mais ou menos profundas.

2.3.1.4 Desmossomas
Em todos os organismos pluricelulares as células não estão isoladas, formam conjuntos com funções
específicas. Nestes conjuntos de células (tecidos) verifica-se a existência de espaços intercelulares
que estão preenchidos por substâncias que mantêm coesão do edifício celular.
Existem vários tipos de junções celulares mas, na globalidade, a sua função é reforçar a adesão
intercelular. Mesmo no caso de existirem grandes espaços entre as células, estas mantêm-se
aderentes através de estruturas que funcionam como uma espécie de botões adesivos - os
desmossomas. Os tecidos que apresentam uma grande resistência estrutural.

Fig. Representação dos reforços da membrana: micovilosidades e desmossomas.

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2.4 Níveis de organização estrutural


O corpo humano está estruturado em vário níveis de organização que se inter-relacionam entre si. O
nível químico inclui todas as substâncias químicas para manter a vida. As substâncias químicas são
constituídas por átomos, a menor unidade de matéria e alguns deles como o Carbono, Oxigénio,
Nitrogénio, Cálcio, Potássio e Sódio, são essenciais para a manutenção da vida. Os átomos
combinam-se para formar moléculas.
As moléculas, por sua vez, juntam-se para formar o próximo nível de organização: nível celular. As
células são as unidades estruturais e funcionais de um organismo. Estas células adquirem funções
diferentes consoante a sua especialização.
O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de células semelhantes que,
juntas realizam uma função particular. Os quatro tipos básicos de tecidos são: epitelial, conjuntivo,
muscular e nervoso.
Quando diferentes tipos de tecido estão unidos, eles formam o próximo nível de organização: nível
orgânico. Os órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e
geralmente apresentam uma forma reconhecível.
O quinto nível de organização é o nível sistémico. Um sistema consiste em órgãos relacionados que
desempenham uma função comum.
O mais alto nível de organização é o nível de organismo. Todos os sistemas do corpo funcionam
como um todo e compõem o organismo- individuo vivo.

Fig. Níveis de organização estrutural

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3 Tecidos
As células são unidades altamente organizadas, mas não funcionam como unidades isoladas, pelo
contrário, elas trabalham juntas, em grupos estruturados com certas finalidades, denominados
tecidos. As células que formam tecidos têm aproximadamente a mesma estrutura e desempenham a
mesma função.

Existem quatro tipos de tecidos primários, de acordo com as suas funções e estrutura:
 Tecido epitelial – recobre a superfície corporal e as cavidades do corpo e forma as glândulas.
 Tecido conjuntivo – protege e suporta o corpo e os seus órgãos, mantendo-os unidos.
 Tecido muscular – tecido efector das respostas a estímulos quer do meio interno quer do
meio externo.
 Tecido nervoso –gera e transmite os impulsos nervosos que coordenam as actividades do
corpo.

De seguida, faremos uma breve abordagem às características de cada um dos grandes grupos de
tecidos.

3.1 Tecido Epitelial


 Reveste as superfícies corporais e cavidades do organismo.
 É uma barreira natural, impedindo a entrada de partículas inertes ou microrganismos.
 Desempenham função de protecção, absorção e excreção.
 Apresentam diversas características gerais, entre as quais.
o Constituído por células poliédricas e justapostas
o Possuem um grande número de junções celulares para manter a adesão intercelular.
o São avasculares, sendo nutridas a partir dos vasos do tecido conjuntivo.
o Estão sempre separadas do tecido conjuntivo por uma membrana basal que impede
a migração de células epiteliais normais para o conjuntivo, controlando o tráfego de
varias moléculas.
o São ricamente enervadas, com receptores sensoriais, que contribuem para manter
uma via de relação com o meio externo.
o Podem apresentar especializações de superfície.

De acordo com a função que desempenham no organismo podem classificar-se em três conjuntos: o
tecido epitelial de revestimento, o tecido epitelial glandular e os neuroepitélios.

3.2 Tecido epitelial de revestimento


Os epitélios de revestimento são tecidos constituídos por células estreitamente justapostas, com
muito pouco material extracelular entre elas, que revestem a superfície exterior, as cavidades do

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organismo e os vasos sanguíneos (neste último caso chama-se endotélios). São avasculares (sem
vasos sanguíneos) e a nutrição e a remoção de detritos são executados pela rede de vasos
sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente.
De acordo com a sua localização, os epitélios classificam-se em:
 Epiderme: camada mais externa da pele;
 Mucosas: membranas que revestem o interior de órgãos ocos, que estabelecem contacto
directo com o exterior. Ex: mucosa gástrica (estômago), mucosa intestinal, mucosa bucal e
mucosa nasal;
 Serosas: membranas que revestem externamente alguns órgãos ou uma cavidade, que não
comunicam com o exterior. Elas são poucas, recebendo nomes especiais: Pleura (envolve os
pulmões), Peritoneu (envolve órgãos abdominais) e o Pericárdio (envolve o coração).

Na classificação e denominação dos epitélios também se tem em conta a forma das células que o
compõem. Assim, encontram-se:
 Células achatadas ou pavimentosas;
 Células prismáticas;
 Células cúbicas;

Também se denominam os epitélios, de acordo com o número de camadas ou estratos celulares de


que é composto em:
 Epitélio simples, com uma única camada de células (intestino delgado);
 Epitélio estratificado, com vários estratos de células sobrepostas (epiderme).
 Pseudoestratificado

Simples pavimentoso Simples cubóide Simples prismático

estratificado pavimentoso 15 –estratificado


Tecido epitelial pseudoestratificado
revestimento
cubóide

Figura 1 - Tipos de Tecido epitelial revestimento

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Tecido epitelial glandular


Os epitélios glandulares são agrupamentos de células secretoras que elaboram uma ou mais
substâncias específicas. O produto dessa secreção é excretado para o meio exterior à célula, para o
sangue ou para a linfa. Há três tipos de glândulas:
 Glândulas exócrinas – lançam os produtos de secreção para o meio externo, tanto
directamente, como através de um canal excretor. Esse meio exterior pode ser a superfície
cutânea (glândulas sudoríparas, sebáceas) ou uma cavidade natural (glândulas digestivas).

 Glândulas endócrinas – libertam os produtos segregados, hormonas, diretamente no


sangue, na linfa, no espaço extracelular (tiroide, hipófise, suprarrenais).

 Glândulas mistas – apresentam os dois tipos de secreção, endócrino e exócrino (pâncreas,


ovários, testículos).

Figura 2- Tecido epitelial glandular

Neuroepitélios
Segundo alguns autores os neuroepitélios são constituídos por células receptoras, cada um deles
sensível a determinado agente e localizados nos órgãos dos sentidos.

3.3 Tecido conjuntivo


O tecido conjuntivo é o tipo de tecido mais disseminado pelo corpo, podendo dizer-se que em todos
os órgãos o podemos encontrar. Desempenha muitas funções, incluindo sustentação e nutrição de
outros tecidos, substância depositada nos espaços entre os órgãos, e defesa corporal para fagocitose

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e produção de anticorpos. Os tendões, que unem o músculo ao osso, permitem movimento de


deslocamento.

A característica essencial que distingue o tecido conjuntivo dos outros três tipos de tecido é o facto
de ser constituído por células separadas umas das outras por uma abundante matriz extracelular não
viva.

Os tecidos conjuntivos são constituídos por vários tipos de células e por uma matriz
extracelular\intercelular que preenche os espaços entre as células. A matriz intercelular apresenta-se
constituída por duas porções: a substância amorfa e as fibras. A substância amorfa é constituída por
água, polissacarídeos e proteínas. Às vezes, como acontece nos tecidos ósseos, a substância
intercelular é sólida, com uma rigidez considerável; outras vezes, como no plasma sanguíneo é
líquida. Na substância intercelular distribuem-se diferentes tipos de fibras, de natureza proteica, das
quais destacamos:
 Colagénio – as fibras mais frequentes do tecido conjuntivo; são fibras com alta resistência à
tracção e têm coloração esbranquiçada;
 Reticulina – as fibras mais finas do tecido conjuntivo;
 Elastina – dotadas de elasticidade, cedendo (ao contrário das colagéneas) facilmente à
tração;

Para além da matriz intercelular, o tecido conjuntivo é formado por diferentes tipos de células. Os
nomes das células terminam com sufixos que identificam as funções das células como -blastos, -citos
ou -clastos. Os blastos criam a matriz, os citos mantêm-na e os clastos degradam-na para
reconstrução. Por exemplo, os fibroblastos são células que formam o tecido conjuntivo fibroso, e os
condrócitos são células que mantêm a cartilagem. Os osteoblastos formam o osso, os osteócitos
mantêm-no e os osteoclastos degradam-no. Abaixo citamos algumas células presentes nos tecidos
conjuntivos:
 Fibroblastos – são as células mais frequentes do tecido conjuntivo. Têm grande actividade na
síntese de proteínas necessárias à organização e manutenção da substância intercelular;
 Macrófagos – desempenham funções de defesa, pela capacidade em digerir microrganismos
por fagocitose;
 Linfócitos – são as células mais abundantes na linfa, com papel fundamental na defesa
imunitária do organismo;
 Plasmócitos – são células também envolvidas nos processos de defesa imunitária,
segregando imunoglobulinas (anticorpos);

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 Células adiposas – Grandes células esféricas especializadas no armazenamento de lípidos


(gorduras).

Figura 3 - Constituição do tecido conjuntivo

A vascularização do tecido conjuntivo varia consideravelmente. Os tecidos conjuntivos frouxos


(descritos adiante) têm um rico suprimento sanguíneo, mas alguns tecidos conjuntivos densos têm
poucos vasos sanguíneos. A cartilagem é avascular.

Podemos classificar os tecidos conjuntivos da seguinte maneira:

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Tecido conjuntivo Propriamente Dito (TCPD)


No TCPD predominam as fibras proteicas na matriz extracelular e podem ser divididos em dois
subtipos, dependendo da quantidade de fibras proteicas presentes. Preenche espaços entre outros
tecidos, serve de apoio a epitélios, forra exteriormente vasos sanguíneos e linfáticos, estabelece a
conexão entre os órgãos.
Assim, pode classificar-se de acordo com a predominância relativa dos seus elementos em:
 Tecido conjuntivo frouxo ou laxo – caracteriza-se pela presença abundante de substância
intercelular, porém é relativamente pobre em fibras, que se encontram frouxamente
distribuídas. Tem papel de sustentação e de invólucro dos diversos órgãos e tecidos.
Assegura a passagem de variadas substâncias entre os tecidos e o sangue.
 Tecido conjuntivo denso – É pobre em substância intercelular, porém relativamente rico em
fibras, principalmente de colagénio. Tem um papel fundamental na sustentação mecânica de
estruturas.
 Tecido hematopoiético - responsável pela produção de células típicas do sangue e da linfa. A
maior parte do tecido hematopoiético encontra-se na medula óssea, que é o tecido
conjuntivo mole encontrado nas cavidades dos ossos. Existem dois tipos de medula óssea, a
medula amarela e a medula vermelha. A medula amarela é constituída por tecido adiposo
amarelo e a medula vermelha é constituída por tecido hematopoiético.
 Tecido adiposo - caracteriza-se pela presença predominante de células adiposas (adipócitos)
e localiza-se sobretudo na hipoderme. Representa uma das mais importantes reservas
energéticas do organismo.

Tecido conjuntivo de transporte


Os tecidos conjuntivos de transporte (tecido sanguíneo e tecido linfático) serão objecto do nosso
estudo quando abordarmos o aparelho cardiovascular e o sistema linfático.

Tecido conjuntivo de sustentação


Os tecidos conjuntivos de sustentação são tecidos rígidos\flexíveis, que mantém a forma do corpo e
servem de apoio para os músculos.

O tecido ósseo é o constituinte dos ossos e é um tecido dinâmico que está em constante renovação,
através do balanço entre duas acções que lhe são características – a reabsorção e a formação,
levadas a cabo por tipos especiais de células, respectivamente os osteoclastos e os osteoblastos.
Os osteoclastos são os responsáveis pela reabsorção óssea, libertando o cálcio e fósforo, necessários
a diversas funções orgânicas.
Os osteoblastos são responsáveis pela formação de osso novo destinado a substituir o osso
reabsorvido pelas osteoclastos. Os osteoblastos estão incrustados numa substância intersticial dura,
a osseína, que é fabricado pelos próprios osteoblastos, onde se depositam os sais minerais próprios
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do osso, nomeadamente os fosfatos, carbonatos, fluoreto de cálcio e fosfato de magnésio. Os sais


minerais representam ¼ do peso total do corpo.
Há dois tipos de tecido ósseo:
 Tecido ósseo esponjoso – caracterizado pela existência de grandes espaços medulares
preenchidos por medula óssea vermelha (medula formadora de glóbulos), cujo conjunto faz
lembrar uma esponja. É um tecido relativamente pouco resistente e localiza-se nas epífises
dos ossos longos, nas costelas, no esterno e nos corpos vertebrais.

 Tecido ósseo compacto – neste tipo de tecido ósseo, os osteoblastos estão organizados em
camadas concêntricas, constituindo lâminas ósseas, em torno dos canais de Havers. Os
canais de Havers são espaços medulares estreitos que alojam os vasos sanguíneos de
alimentação do osso e as terminações nervosas. O tecido ósseo compacto localiza-se na
diáfise dos ossos longos e na periferia das peças ósseas.

Figura 4-Tipos de tecido ósseo

O tecido cartilagíneo, é um tecido de menor consistência do que o osso, formado por células
arredondadas ou ovais, os condrócitos, que se encontram no seio de uma substância intercelular
orgânica, a condrina, produzida pelos condroblastos. A matriz contém fibras proteicas de colagénio
ou em alguns casos, colagénio e elastina. As fibras de colagénio conferem à cartilagem uma força
considerável.
Os vasos sanguíneos não penetram na cartilagem. Deste modo, depois de um ferimento, a cartilagem
cura-se muito lentamente, uma vez que as células e os nutrientes necessários à reparação do tecido,
não conseguem chegar facilmente à área danificada. Grande parte do fornecimento sanguíneo à

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3
cartilagem é feita através da difusão dos vasos sanguíneos, que estão situados no pericôndrio , um
tecido conjuntivo fibroso que reveste a cartilagem.

3.4 Tecido muscular


O tecido muscular, constitutivo dos músculos, é, como todos os tecidos, composto por células. A
principal característica do tecido muscular é que é contráctil e por isso mesmo responsável pelo
movimento. As células são alongadas, recebendo o nome de fibras. De acordo com a estrutura e a
propriedade das fibras, o tecido muscular pode classificar-se em estriado, liso e cardíaco.

Figura 5-Tipos de tecido muscular

O tecido muscular estriado esquelético é responsável pelo movimento do esqueleto e de outros


órgãos, como o globo ocular e a língua, entre outros. É muitas vezes designado tecido muscular
voluntário, visto poder ter controlo consciente. O tecido muscular estriado é o constituinte
fundamental dos músculos.
As fibras musculares estriadas são células muito alongadas, plurinucleares, cujo citoplasma apresenta
fibrilhas. São voluntários e de contracção rápida.

O tecido muscular liso constitui a componente muscular de órgãos como vasos sanguíneos, útero e
grande parte do tubo digestivo. Apresenta células com formato fusiforme, mononucleadas, que se
apresentam dispostas aleatoriamente. O tecido muscular liso está sob o controlo do sistema nervoso
autónomo e hormonal, pelo que também é conhecido por tecido muscular involuntário. É

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especializado em contrações contínuas e de fraca potência, originando movimentos lentos. Nas


células não se observa uma estriação transversal e daí a designação de tecido muscular liso.

O tecido cardíaco está na constituição do miocárdio (músculo do coração), forma a parte contráctil
da parede do coração. Este tecido tem contracção rápida, involuntária e rítmica. É composto por
células ramificadas que se associam em discos intercalares, proporcionando uma forte adesão celular
e comunicação/propagação do estímulo eléctrico.

3.5 Tecido nervoso


A quarta e última categoria de tecido é o tecido nervoso. Encontra-se no cérebro, na espinal medula
e nos nervos e é caracterizado pela capacidade para conduzir sinais eléctricos denominados
potenciais de acção. O tecido nervoso será objecto do nosso estudo aquando da abordagem do
sistema nervoso. No entanto, destacamos as suas características gerais.
O tecido nervoso é constituído por:
 Neurónios ou célula nervosa: é a unidade anatómica e funcional do tecido nervoso.
Transmitem informação de uma parte do corpo para outra. É constituído por corpo celular,
dendrites e axónio.
 Células de glia ou neuróglia: são células de sustentação e de defesa dos neurónios.

Figura 6 - Células do tecido nervoso

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4 Osteologia – noções básicas

A Osteologia é a ciência que estuda os ossos do corpo humano quanto à sua formação, constituição e
organização.

4.1 Formação e constituição dos ossos


A formação do esqueleto inicia-se no embrião sob a forma de pequenos rudimentos
membranosos ou cartilaginosos, moles e flexíveis, cujo crescimento é fruto de um depósito
gradual de sais minerais e em especial o cálcio que constitui o meio de cimentação. É este
processo de ossificação que dá origem aos ossos duros como os conhecemos, e que
normalmente não está concluído antes dos vinte e cinco anos de idade.

Cada osso é constituído por um conjunto de tecidos que trabalham de maneira conjunta,
cooperando uns com os outros. Além do tecido ósseo mineralizado, o osso contém vasos de
sangue, nervos, cartilagem e uma cobertura de revestimento membranosa denominada
periósteo.
Os ossos possuem também espaços de tamanho variável onde se encontra a medula óssea,
responsável pela produção de glóbulos vermelhos (eritrócitos).

ESTRUTURA ÓSSEA

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4.2 Classificação dos ossos


Longos: Ossos em que predomina o comprimento. (exemplo: fémur)

- Osso do Fémur (coxa)

Curtos: Ossos em que as três dimensões (largura, altura e espessura) são semelhantes.
(exemplo: ossos do carpo).

- Osso do Carpo (Pulso)

Planos: Ossos planos e finos. A espessura é menor do que o comprimento e largura.


(exemplo: ossos do crânio)

- Ossos do Crânio (cabeça)


Irregulares: Ossos aos quais não se pode atribuir nenhuma das designações anteriores.
(exemplo: vértebras)

- Vértebra Dorsal (Coluna vertebral)

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4.3 Termos usados nas descrições dos ossos


- Corpo: Parte maior e principal do osso. - 1
- Fossa: Depressão ou cavidade. - 2
- Apófise: Saliência dos ossos. - 3
- Côndilo: Saliência articular arredondada. - 4
- Epicôndilo: Saliência situada sobre um côndilo. - 5
- Tróclea: Saliência articular com uma depressão mediana. - 6
- Epitróclea: Saliência situada sobre uma tróclea. - 7
- Cabeça: Superfície articular situada na extremidade de um osso e separada deste por um
estrangulamento, designado colo (Ex. Cabeça do Fémur) - 8
- Crista: Saliência alongada não articulada (Ex. Crista da Tíbia). – 9

2
5

4 1

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4.4 Esqueleto

Organização do esqueleto
O esqueleto humano é a estrutura organizada de ossos do corpo, formado por mais de
duzentos ossos, sendo que alguns se fundem com a idade, pelo que, em geral, um individuo
adulto tem entre 203 a 205 ossos.

O Esqueleto divide-se em: Esqueleto Axial, composta pelos ossos da cabeça do pescoço e do
tronco e pelo Esqueleto Apendicular, composto pelos membros superiores e inferiores. A
união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.

Funções do esqueleto
- O Dar forma e sustentar o corpo.
- Permitir a articulação e o movimento.
- Proteger órgãos vitais como o coração, pulmões e o cérebro.
- Produzir células sanguíneas, especialmente glóbulos vermelhos.
- Armazenar alguns minerais, em especial o cálcio.

5 Miologia – Noções Básicas


O Estudo da miologia para esteticista reveste-se de uma grande importância, já que as
formas musculares moldam o corpo humano, muito especialmente as formas musculares
superficiais.
O tecido muscular constitui entre 40 a 50% do peso corporal.

O sistema muscular desempenha três funções importantes:


- Promove o movimento do corpo.
- Conserva a postura corporal.
- Produz calor, contribuindo para manter a temperatura corporal.

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5.1 Constituição dos Músculos


Os músculos estão protegidos, reforçados e unidos a outras estruturas por tecido conjuntivo
de revestimento:
- Epimísio: Membrana que envolve o músculo na sua totalidade.
- Perimísio: Membrana que envolve os fascículos musculares.
- Endomísio: Membrana que envolve as fibras musculares.
O músculo é constituído por milhares de células alongadas e cilíndricas, chamadas fibras
musculares.

Cada célula muscular é envolvida por uma membrana plasmática denominada sarcolema.
Observadas a grande ampliação, as fibras musculares revelam a presença de estruturas
filamentosas a que damos o nome de miofibrilas, compostas por dois tipos de proteínas-
Actina e Miosina.

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Todos os anteriores três elementos podem continuar-se como um tendão, o qual é um


cordão de tecido conjuntivo que insere o músculo ao osso. Em alguns casos, estes elementos
podem estender-se num tendão amplo e plano denominado aponeurose.

Aponeurose

Tendão

As fibras musculares, são células altamente especializadas, com quatro características


notáveis:
Irritabilidade: Habilidade de receber e responder a estímulos.
Contractilidade: Capacidade de encurtar-se e engrossar-se.
Extensibilidade: Capacidade de aumentar em comprimento.
Elasticidade: Habilidade para retornar à sua forma original.

5.2 Classificação dos Músculos


Existem três tipos de tecido muscular:
- Tecido muscular esquelético ou estriado - voluntário e reflexo, consiste em tecido
estriado, (move os ossos).
- Tecido muscular cardíaco - tecido estriado especializado, (bombeia o sangue do coração).
- Tecido muscular liso, visceral ou involuntário, tecido muscular liso, move substâncias
através das vísceras ocas (como os intestinos) e vasos sanguíneos.

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Músculo Esquelético Músculo cardíaco Músculo liso

5.3 FORMA DOS MÚSCULOS


Músculos Unipenados – Músculos que só têm um ventre muscular.
Músculo Bipenados – Músculos que têm dois ventres musculares
Músculo Multipenados – Músculos que têm mais do que um ventre musculares

Músculos longos – também denominados de fusiforme, quando o comprimento predomina


sobre a largura e espessura. Ex: Bíceps
Músculos largos – também denominados de planos, quando duas medidas se equivalem
(comprimento e largura predominam sobre a espessura). Ex: Grande dorsal
Músculos curtos – as três medidas se equivalem. Ex: extensor comum dos dedos.
Músculos orbiculares – fibras musculares em forma de anel. Ex: Orbicular dos olhos.

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Um músculo é definido pelo:


- Nome
- Inserção proximal: local onde o músculo tem a sua base de apoio e a partir do qual
exerce ação.
- Inserção distal: local onde se encontra a aderência mais distal do músculo.
- Ação
A localização de um músculo é dada pelo local da inserção proximal deste e o seu local de
origem. Assim, sabendo onde o músculo se inicia e onde este termina é compreendida a sua
localização e também a sua ação, sendo que a contração se efetua sempre da inserção para
a origem. Deste modo, é possível organizar todo o sistema muscular em diferentes grupos,
com base na ação do músculo quando em contração ou na sua localização.

5.4 Fisiologia da contração muscular


Os músculos são enervados e irrigados, daí que são suscetíveis de receber estímulos e
dotados da energia. É um processo fisiológico característico das fibras musculares que
corresponde a capacidade de gerar tensão com a ajuda de um neurônio motor. Na
contração muscular, a actina desliza sobre os filamentos da miosina, que conservam seus
comprimentos originais.
Quando a actina e a miosina regressam à posição inicial, o músculo relaxa.
No exercício físico intenso o O2 (oxigénio) é gasto na sua totalidade por isso tem que haver
produção de energia mesmo sem O2, o que resulta a produção de ácido láctico que fica
acumulado no músculo que produz e outra parte é eliminado através do suor.
A acumulação de ácido láctico no músculo produz DOR.
Repouso: - Pontes ATP descarregadas estendidas;
- Actina e Miosina separadas;
- Cálcio armazenado no retículo sarcoplasmático.

Contração: - ATP + Co2 + Calor + Vapor de água;


- Energia mobiliza as pontes;
- O músculo encurta-se, a actina desliza sobre a miosina.

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Restauração: - ATP ressintetizado;


- disfunção da actomiosina -» actina + miosina;
- Actina e Miosina entram novamente no ciclo.

Relaxamento: - Cessa o impulso nervoso;


- Cálcio é removido pela bomba de cálcio;
- O músculo volta ao estado de repouso.

6 Posições e direcções anatómicas

Artrologia
Uma articulação define se como um local de união de dois ou mais ossos.

Tipos de articulação
A simples é quando estão em contato apenas dois ossos.
A composta é quando estão em contato mais de dois ossos.
A principal função é o movimento, mas também absorver choques.

Classificação da Articulação Estrutural:


Articulação Fibrosa- quando os ossos estão ligados por tecido conjuntivo denso e fibroso.
Articulação Cartilaginosa- quando os ossos estão ligados por fibrocartilagem, ou por cartilagem
hialina.
Articulação Sinovial- quando os ossos estão ligados por uma capsula articular. Possuí cavidade
articular.

Classificação da Articulação Funcional:


Sinartrose-articulação que permite por ou nenhum movimento. (São do tipo fibrosas)
Exemplos de onde se pode encontrar: articulações da cabeça óssea ( suturas cranianas), sindesmoses
( articulação entre a tíbia e o perónio).

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Fig. Suturas cranianas Fig. Sindesmose

Anfiartrose- articulação que permite movimento moderado, mas limitado. (São do tipo
cartilaginosas)
Exemplos de onde se pode encontrar: Sínfises (discos intervertebrais, sínfise púbica), sincondroses
(cartilagem costal)

Fig. Sínfise Fig. Sincondrose

Diartrose- articulação móvel que permite muito movimento. ( São do tipo sinoviais)
Exemplos de onde podemos encontrar: gleno-umeral (ombro), coxo-femural (quadril) entre outras.
Nas articulações sinoviais, as superfícies articulares encontram-se recobertas por uma fina camada
de cartilagem hialina, a cartilagem articular, que protege os ossos do atrito e permite que as
superfícies articulares deslizem mais facilmente durante o movimento.
Neste tipo de articulação, a união entre as superfícies articulares é feita por meio de uma cápsula
articular fibrosa, revestida internamente por uma membrana sinovial, que produz líquido sinovial,
que nutre e lubrifica as articulações, permitindo movimentos suaves e indolores.
Em redor dessa cápsula articular existem ainda ligamentos que contribuem para fortalecer e
estabilizar a articulação

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Nas articulações sinoviais podemos ainda encontrar meniscos ou discos articulares), que
proporcionam força e resistência adicional à articulação. Podemos encontrar na articulação do
joelho, e assim como na TPM ( articulação tempero-mandibular).

Fig. Articulação do tipo sinovial

Planos e eixos de referência:


 Movimentos anatómicos

Utilização de um sistema de planos imaginários de referência, perpendiculares entre si, que


intercetam um corpo em posição anatómica.
Tipos de planos anatómicos:
1- SAGITAL
2- FRONTAL
3- TRANSVERSO

Plano Sagital
• Divide o corpo verticalmente em direita e esquerda.

• Se coincidir com a linha mediana – plano sagital mediano.

• Permite o movimento no plano anterior-posterior (flexão-extensão).

Plano Frontal ou Coronal


• Divide o corpo em anterior e posterior.

• Permite movimentos laterais. Medial- Lateral (adução-abdução)

Plano Transversal, Axial ou Horizontal


• Divide o corpo de forma horizontal. Em superior e inferior.

• Permite fazer o movimento de rotação.

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Fig. Planos e termos de direção anatómica

Tipos de movimentos articulares:


Movimentos no Plano Sagital
1. Flexão: Movimento em direção anterior para a cabeça, tronco e membro superior. E
posterior para uma seção da perna.

2. Extensão: Movimento que retorna um segmento anatómico fletido à sua posição anterior.

3. Hiperextensão: Extensão para além da posição anatómica de referência. Direção oposta à


flexão.

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Movimentos no Plano Frontal


1. Adução: Traz um segmento anatómico para junto da linha mediana do corpo. (aproximar)

2. Abdução: Um segmento anatómico move-se para lá da linha mediana do corpo.


(afastamento)

Movimentos no Plano Transversal


1. Rotação direita e esquerda: Movimento da cabeça, pescoço e tronco.
2. Rotação Medial e Lateral: Descreve o movimento da perna e do braço . Medial- no sentido da
linha média do corpo. Lateral – no sentido oposto.
3. Supinação e Pronação: Rotação do antebraço.
 Pronação: é o movimento do antebraço, em que o rádio se sobrepõe ao cúbito.
 Supinação: o rádio descruza para voltar a uma posição paralela ao cúbito.

Movimento combinatório- Circundação


 Movimento combinatório de 4 ações (adução, extensão, abdução e flexão).

 A extremidade distal do segmento descreve um quadrado /círculo.

 Ocorre exclusivamente nas articulações do quadril e do ombro, onde existe a cabeça do osso
com formato esférico.

Posição Anatómica
Optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatómica.
Posição para o mapeamento do corpo.
Permite nos identificar as localizações do corpo humano de uma forma clara e técnica (terminologia
específica).
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Nela o indivíduo está com:


 Posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede),

 Face voltada para a frente,

 Olhar dirigido para o horizonte,

 Membros superiores estendidos, lateralmente,

 Palmas voltadas para a frente,

 Membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.

Fig. Posição anatómica de referência

Principais cavidades do corpo

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7 Osteo-miologia dos membros

7.1 Osteo-miologia da Cintura Escapular e Membro Superior

7.1.1.1 Ossos da Cintura Escapular


É formado pelas duas clavículas e duas escápulas (omoplatas).

Escapula

Ombro
Clavícula

Esterno - clavicular
Osso esterno

7.1.1.2 Clavícula
Osso longo que une a escápula ao Esterno. Apresenta como características anatómicas duas
extremidades, que fazem essa união:
Extremidade Esternal: articula-se com o "manúbrio" do esterno.
Extremidade Acromial: articula-se com a "apófise acromial" da omoplata.

clavícula

Escapula

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7.1.1.3 Escápula (omoplata)


Osso triangular e achatado. Localiza-se na parte dorsal do tórax. Apresenta 2 faces: Face Dorsal e
Face Costal, 3 bordos: Bordo superior, bordo lateral e bordo medial e 3 ângulos: ângulo inferior,
ângulo superior ângulo lateral.

Características anatómicas:
- Espinha escapular: Crista bem desenvolvida, com direção diagonal, através da superfície posterior
da Omoplata, terminando numa apófise achatada denominada "acrómio". - 1
- Acrómio: Proeminência alargada no extremo lateral da "espinha". Articula-se com a Clavícula, sendo
a parte mais externa e saliente do ombro. - 2
- Apófise Coracoide: Proeminência na superfície anterior do bordo superior do osso. - 3
- Cavidade Glenoide : Cavidade por baixo do "acrómio" que se articula com a "cabeça" do úmero. - 4
- Fossa Subescapular : Depressão na face anterior para o músculo - 5
- Fossa Supra espinhosa : Depressão na face posterior, por cima da "espinha" para a inserção do
músculo supra-espinhoso. - 6
- Fossa Infraespinhosa : Depressão situada na face posterior, por baixo da "espinha" para inserção
do músculo infraespinhoso. – 7

3 6
2 4
1

5 7

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7.2 Ossos do membro superior

7.2.1.1 Úmero
Osso longo do braço, sendo o maior do membro superior.

Características anatómicas:
- Cabeça: Parte superior do osso, que se articula com a "cavidade glenoide" da Omoplata.- 1
- Tubérculo Maior: Saliência arredondada, localizada lateral e posteriormente à "cabeça" - 2
- Tróclea: Proeminência que serve para a articulação com o Cúbito. - 3
- Côndilo: Proeminência que se articula com o Rádio.- 4
- Epicôndilo: Saliência lateral ao côndilo para inserção muscular. - 5
- Epitróclea: Saliência lateral á tróclea para inserção muscular. - 6
- Fossa Olecraniana: Depressão na face posterior, imediatamente acima da Tróclea, e onde
se aloja o Olecrânio do Cúbito quando se estende o antebraço. - 7
- Fossa Coronoide: Depressão na face anterior, e onde se aloja a apófise coronoide do Cúbito
quando se flexiona o antebraço.- 8

1 2 2 1

7
5
6 4
3 3
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7.2.1.2 Cúbito
Osso do antebraço localizado no lado interno.

Características anatómicas:
- Cabeça: Saliência na parte inferior, que serve para articulação com os ossos do punho. - 1
- Olecrânio: Apófise que forma a parte posterior do cotovelo. - 2
- Apófise Coronoide: Saliência na face anterior da parte superior do Cúbito. A Tróclea do úmero
adapta-se ajustadamente entre o Olecrânio e esta apófise. - 3
2 2
3
3

1 1

7.2.1.3 Rádio
Osso lateral externo do antebraço.

Características anatómicas:
- Cabeça: Apófise em forma de disco, na parte superior do osso.- 1
- Apófise Estiloide: Saliência na parte inferior e externa do osso. - 2

1 1

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7.2.1.4 Carpo
Consta de 8 pequenos ossos, em cada mão, unidos entre si por ligamentos e dispostos em duas filas
transversais com 4 ossos cada uma.

A fila proximal é constituida pelos ossos:- Escafoide – Semilunar – Piramidal - Pisiforme


A fila distal é constituída pelos ossos: - Trapézio - Trapezoide – Cubóide - Unciforme

Metacarpo - É formado por cinco ossos em cada mão, constituindo o esqueleto da palma da mão.
Cada osso metacarpiano está dividido em três partes: base, corpo e cabeça.

Falanges - As falanges ou ossos dos dedos são 14 em cada mão. Há duas falanges no dedo polegar e
três nos restantes dedos.

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7.3 Músculos do membro superior

7.3.1.1 Músculos da Cintura Escapular


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Grande peitoral Clavícula, esterno e 6 Parte superior do Adução e rotação interna
primeiras costelas corpo de úmero do braço. Elevação das
costelas (inspirador)
Pequeno peitoral 3ª, 4ª e 5ª costela Apófise coracoide - Baixa a escápula. Elevação
Escapula das costelas (inspirador)
Grande dentado Primeiras 8 costelas Ângulo superior e Move a omoplata para a
bordo inferior da frente e para cima
omoplata (responsável pelo socar)
Eleva e baixa as costelas
Infra e supra Fossa infra e Tubérculo maior do Abdução e rotação
Espinhoso: supraespinhosa da úmero externa do braço. Fixam a
omoplata articulação escápulo-
umeral
Grande e pequeno Ângulo inferior e bordo Tubérculo maior do Adução e rotação interna
Redondo: externo da omoplata úmero do braço. Fixam a
articulação escápulo-
umeral.
Deltóide Clavícula, acrómio e Tuberosidade Flexão, extensão e
espinha da omoplata deltóide do úmero abdução do braço

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7.3.1.2 Músculos do Braço – Face anterior e posterior

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Bíceps braquial Ângulo externo da Tuberosidade do Flexão e supinação
omoplata rádio do antebraço
Braquial anterior Face anterior do Apófise coronoide Flexão do antebraço
úmero do cúbito
Coracobraquial Apófise coracoide da Face interna do Flexão e adução do
omoplata úmero braço

Tríceps Braquial Bordo axilar da Olecrânio do cúbito Extensão do


omoplata e parte antebraço
posterior do corpo
úmero

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7.3.1.3 Músculos do Antebraço


Os músculos do antebraço dividem-se em: músculos anteriores, músculos posteriores superficiais,
músculos posteriores profundos e músculos externos.

7.3.1.4 Músculos anteriores do antebraço:

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Redondo pronador Epitróclea do úmero Face externa do Corpo Pronação e flexão do
através do tendão do rádio antebraço
comum
Grande palmar Epitróclea do úmero Extremidade do Flexão da mão e do
através do tendão segundo metacárpico antebraço
comum
Flexor radial do carpo Epitróclea do úmero Aponeurose palmar Flexão da mão. Tensor
através do tendão da aponevrose
comum palmar, permitindo
agarrar objetos.

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Flexor Cubital do Epitróclea do úmero Face anterior do osso Flexão e adução da


carpo através do tendão pisiforme do carpo mão
comum e no cúbito.
Flexor comum Epitróclea do úmero Falanges médias dos Flexão dos quatro
superficial dos dedos através do tendão quatro dedos através dedos e da mão
comum e no rádio e de quatro tendões.
cúbito.
Flexor comum Face anterior do corpo Falanges distais dos Flexão dos quatro
profundo dos dedos do cúbito quatro dedos através dedos
de quatro tendões
Longo flexor do Face anterior do corpo Falange distal do Flexão do polegar
polegar do rádio polegar
Quadrado pronador Face anterior do corpo Face anterior do rádio Pronação do
do cúbito antebraço.

7.3.1.5 Músculos externos do antebraço:


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Supinador Bordo externo do Face externa anterior Supinação do
corpo do cúbito do rádio antebraço

Primeiro radial Bordo externo do Apófise estiloide do Extensão e abdução


externo corpo do úmero rádio da mão
Segundo radial Epicôndilo do úmero Terceiro metacárpico Extensão da mão
externo

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7.3.1.6 Músculos posteriores superficiais do antebraço:


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Extensor comum dos Tendão comum fixo ao Falanges dos quatro Extensão dos quatro
dedos epicôndilo lateral do dedos dedos e da mão
úmero
Extensor do dedo Tendão comum fixo ao Tendão do extensor Extensão do dedo
mínimo epicôndilo lateral do comum que se dirige mínimo
úmero ao dedo mínimo
Cubital posterior Tendão comum fixo ao Base do quinto Extensão e adução da
epicôndilo do úmero e metacárpico mão
corpo do cúbito
Ancóneo Epicôndilo do úmero Olecrânio e face Extensão do
posterior do cúbito antebraço
Braquirradial Face lateral inferior do Face lateral distal do Flexão do antebraço
úmero rádio

7.3.1.7 Músculos posteriores profundos do antebraço:


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Longo abdutor do Face posterior do Primeiro metacárpico Abdução e extensão
polegar rádio e cúbito do polegar
Curto extensor do Corpo do rádio e do Falange proximal do Abdução e extensão
polegar cúbito polegar do polegar
Longo extensor do Corpo do cúbito Falange distal do Extensão do polegar
polegar polegar
Extensor do indicador Corpo do cúbito Tendão do extensor extensão do indicador
comum que se dirige
ao dedo indicador

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7.3.1.8 Músculos da mão

7.3.1.9 Músculos palmares externos ou da eminência Thenar


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Curto abdutor do Escafoide Falange proximal do Abdução do polegar
polegar polegar
Curto flexor do Trapézio e Falange proximal do Flexão e abdução do
polegar trapezoide polegar polegar
Oponente do Trapézio Primeiro Oponência do
polegar metacárpico polegar
Adutor do polegar Trapezóide e 3º Falange proximal do Adução do polegar
metacárpico polegar

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7.3.1.10 Músculos palmares internos ou da eminência hipothenar:


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Palmar cutâneo Aponevrose da Pele da palma da Pregueia a pele da
eminência mão eminência
hipothenar hipothenar
Abdutor do dedo Pisiforme Falange proximal do Adução do dedo
dedo mínimo
mínimo mínimo
Curto flexor do Unciforme Falange proximal do Flexão do dedo
dedo mínimo
dedo mínimo mínimo
Oponente do dedo Uniciforme 5º Metacárpico Oponência do dedo
mínimo mínimo

7.3.1.11 Músculos palmares médios e interósseos:


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Lumbricais Tendão do flexor Falanges proximais Flexão da falange
comum dos dedos dos dedos, exceto proximal e extensão
do polegar das outras duas, dos
dedos (exceto o
polegar)
Interósseos Corpo dos Falanges proximais Adução dos dedos e
Palmares metacárpicos dos dedos, exceto flexão das falanges
do polegar proximais, exceto o
polegar
Interósseos dorsais Corpo dos Falanges proximais Abdução dos dedos
metacárpicos dos dedos, exceto e flexão das falanges
do polegar proximais, exceto o
polegar.

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Retináculo dos flexores - forte faixa fibrosa que cruza a frente do carpo e converte a
concavidade anterior no túnel cárpico, através da qual passam os tendões flexores dos
dedos e o nervo mediano.

Retináculo dos extensores - uma robusta faixa fibrosa, que se estende obliquamente através
do dorso do pulso, consistindo de parte da fáscia antebraquial, reforçada pelo acréscimo de
algumas fibras cruzadas obliquamente.

Aponevrose palmar - É um tendão estendido do Longo Palmar. A base divide-se em quatro


fascículos (uma para cada dedo) e as fibras superficiais estão fortemente ligadas à pele da
palma da mão e dos dedos.

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8 Osteo-miologia do Membro Inferior

8.1 Ossos do membro inferior

8.1.1.1 Osso Pélvico ou Coxal

É um osso par que, juntamente com o Sacro e o Cóccix, formam a cavidade pélvica onde se
unem as extremidades inferiores. Os dois ossos coxais unem-se na parte anterior na sínfise
púbica e na parte posterior ligam-se ao sacro.
Este osso é constituído por três porções ósseas distintas:
- Ílion: Porção superior que se alarga.
- Ísquion: Porção póstero-inferior.
- Púbis: Porção ântero-inferior.

Características anatómicas:
- Acetábulo: Cavidade articular para a cabeça do fémur. - 1
- Crista Ilíaca: Limite superior e curvo do Ílion. - 2
- Fossa Ilíaca: Superfície interna, côncava, lisa e extensa do Ílion.- 3
- Tuberosidade Isquiática: Apófise quadrilátera, grande e áspera, que forma a parte inferior
do ísquion. Quando nos sentamos, o corpo apoia-se nestas tuberosidades.- 4
- Sínfise púbica: Articulação cartilaginosa entre os ossos do púbis.
- Orifício Obturado: Orifício na superfície anterior do osso coxal, formado pelo púbis e pelo
ísquion. É o orifício de maior diâmetro do organismo.- 5
- Estreito superior da Pelve: Limite da abertura que conduz à Verdadeira Pelve. A forma e o
tamanho do estreito superior tem grande importância obstétrica, pois as suas dimensões
podem não permitir efetuar um parto natural - 6

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2
3 3
6
1
5
4
Sínfise púbica

8.1.1.2 Fémur
Localizado na coxa é o maior e mais pesado osso do organismo.
Características anatómicas:
- Cabeça: Extremo superior que se adapta no acetábulo do osso coxal, formando a
articulação coxofemoral. - 1
- Grande trocânter: Saliência situada abaixo e do lado externo da cabeça.- 2
- Pequeno trocânter: Saliência r situada por baixo e internamente ao grande trocânter. - 3
- Côndilos: Apófises articulares, arredondadas e volumosas, localizadas de ambos os lados,
no extremo inferior do fémur.- 4
- Tróclea: Superfície articular, sulcada, na face anterior do fémur, entre os dois côndilos, para
a articulação com a Rótula. - 5

2 1 2
3

5 4

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8.1.1.3 Rótula
Pequeno osso de forma triangular que se articula com a tróclea femoral e constitui a parte
mais saliente do joelho.

8.1.1.4 Perónio
Está situado lateralmente à Tíbia, sendo mais pequeno que esta.
Características anatómicas:
- Cabeça: Saliência lateral externa da perna, a cabeça do perónio encontra-se encostada ao
osso da tíbia.- 1
- Maléolo Externo: Saliência arredondada no extremo inferior e externo do osso. Produz uma
saliência no tornozelo.- 2

8.1.1.5 Tíbia
É o maior osso da perna, situada medianamente a esta.
Características anatómicas:
- Côndilos: Saliências notáveis no extremo superior da tíbia, articulando-se com os côndilos
femorais.- 3
- Crista da Tíbia: Bordo cortante na superfície anterior.- 4
- Maléolo Interno: Proeminência arredondada e descendente do extremo inferior da tíbia,
formando a eminência óssea, da face interna do tornozelo.- 5

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3
1 1

5
2 2

8.1.1.6 Tarso
Designa o conjunto de 7 ossos que constituem a estrutura do tornozelo.
Na parte posterior do pé: - ASTRÁGALO ou Tálus - CALCÂNEO.
Na parte anterior do pé: - CUBÓIDE - ESCAFÓIDE ou Navicular - 3 CUNEIFORMES (lateral,
intermédio e medial)

Metatarso - Formado por cinco ossos em cada pé. Articulam-se atrás com os cuneiformes e
o cubóide, e à frente com as falanges.

Falanges - As falanges do pé reproduzem as da mão em número e disposição.


O primeiro dedo tem apenas duas falanges, maiores que as restantes. Todos os outros
possuem três falanges cada.

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8.2 Músculos do membro inferior

8.2.1.1 Músculos da anca


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Glúteo pequeno Crista e fossa ilíaca Grande trocânter Abdução e rotação
interna e externa da
coxa
Glúteo medio Crista e fossa ilíaca Grande trocânter Abdução e rotação
interna e externa da
coxa
Glúteo grande Crista e fossa ilíaca, Linha áspera do Extensão, adução e
sacro e cóccix fémur rotação externa da
coxa (utilizado para
subir escadas e
correr)

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8.2.1.2 Músculos da coxa

8.2.1.3 Músculos anteriores da coxa


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Tensor da fáscia lata Crista ilíaca Face externa da tíbia Abdução e rotação
interna da coxa.
Flexão da perna
Sartório ou Crista ilíaca Face interna da tíbia Flexão, abdução e
Costureiro rotação externa da
coxa. Flexão da
perna
Quadricípe Femural:
Recto anterior Parte ântero-inferior Rótula, através do Extensão da perna e
da crista ilíaca tendão do flexão da coxa
Vasto intermédio ou Face anterior e quadricípite Extensão da perna
Crural lateral do fémur
Vasto externo ou Grande trocânter e Extensão da perna
lateral corpo do fémur
Vasto interno ou Face posterior do Extensão da perna
medial fémur
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8.2.1.4 Músculos internos da coxa


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Psoas-líaco Fossa ilíaca e Pequeno trocânter Flexão da coxa
vértebras lombares do fémur
Pectíneo Púbis Linha áspera do Flexão e adução da
fémur coxa
Adutor: Púbis Linha áspera do Adução da coxa
Grande fémur
Médio
Pequeno

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8.2.1.5 Músculos posteriores da coxa


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Bíceps femoral Tuberosidade Cabeça do perónio Flexão e rotação
isquiática externa da perna e
extensão da coxa
Semimembranoso Tuberosidade Côndilo interno da Flexão e rotação
isquiática tíbia interna da perna e
extensão da coxa
Semitendinoso Tuberosidade Côndilo interno da Flexão e rotação
isquiática tíbia interna da perna e
extensão da coxa

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8.2.1.6 Músculos da perna

8.2.1.7 Músculos anteriores da perna


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Tibial anterior Face lateral superior 1º cuneiforme e 1º Flexão dorsal,
da tíbia metatársico adução e rotação
interna do pé
Extensor próprio do Face interna do Falange distal do extensão do halux,
halux perónio halux flexão dorsal e
rotação interna do

Extensor comum Côndilo lateral da Falanges distais dos extensão dos quatro
dos dedos tíbia e superfície dedos do pé dedos. Abdução e
mediana do perónio rotação externa do
pé.
Peronial anterior Face inferior interna 5º Metatársico Flexão dorsal,
do perónio abdução e rotação
externa do pé

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8.2.1.8 Músculos externos da perna

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Peronial curto Porção anterior 5º Osso metatársico Abdução e rotação
externa do perónio externa do pé
Peronial longo Porção anterior 1º Osso metatársico extensão plantar,
externa do perónio abdução e rotação
externa do pé

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8.2.1.9 Músculos posteriores da perna


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Poplíteo Côndilo externo do Superfície posterior Rotação da perna
fémur da tíbia quando o joelho
está em flexão
Solear Cabeça do perónio e Calcâneo, através do Extensão (flexão
porção superior tendão de Aquiles plantar) do pé.
posterior da tíbia Fornece a força
propulsora do andar
e do saltar

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Gémeos Côndilo interno e Calcâneo, através do Extensão (flexão


externo do fémur tendão de Aquiles plantar) do pé.
Fornece a força
propulsora do andar
e do saltar
Flexor longo do Superfície posterior Face plantar da Flexão do halux
halux do perónio falange distal do
halux
Flexor longo dos Superfície posterior Falanges distais dos Flexão dos dedos do
dedos da tíbia quatro dedos do pé pé

Tibial posterior Superfície posterior Escafóide Extensão (flexão


da tíbia plantar) adução do

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8.2.1.10 Músculos do pé

8.2.1.11 Músculos dorsais do pé


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Extensor curto dos Calcâneo Tendão do extensor Extensão dos dedos
dedos comum dos dedos
Extensor curto do Calcâneo Falange proximal do Extensão do halux
halux halux

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8.2.1.12 Músculos plantares camada externa


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Abdutor do halux Calcâneo Falange proximal do Abdução do halux
halux
Flexor curto do 5º Metatársico Falange proximal do Flexão do quinto
quinto dedo quinto dedo dedo
Abdutor do 5º dedo Calcâneo Falange proximal do Abdução e flexão do
5º dedo 5º dedo

8.2.1.13 Músculos plantares camada média


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Flexor plantar curto Calcâneo Falanges médias dos Flexor dos quatro
dedos (exceto halux) dedos (exceto do
halux)
Quadrado plantar Calcâneo Tendão do flexor Flexor dos dedos
longo dos dedos
Lumbricais Tendão do flexor Falanges proximais Flexão dos quatro
longo dos dedos dos quatro dedos dedos (exceto do
halux)

8.2.1.14 Músculos plantares camada interna


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Flexor curto do Cubóide e Falange proximal do Flexão do halux
halux cuneiforme halux
Adutor do halux Calcâneo Falange proximal do Adução do halux
halux

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8.2.1.15 Músculos interósseos


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Interósseos dorsais Metatársicos Falanges proximais Flexão dos dedos.
dos dedos Abdução dos dedos
do pé
Interósseos Metatársicos Falanges proximais Flexão dos dedos.
plantares dos dedos Adução dos dedos
do pé

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Ligamento anelar do tarso: É uma forte fáscia fibrosa na frente do tornozelo, com uma faixa
superior e outra inferior que prendem os tendões como uma ligadura anelar e os impedem
de oscilar (Retináculo Superior e Inferior dos músculos extensores).

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9 Osteo-miologia da cabeça

9.1 CRÂNIO - Face e Calote


O crânio é constituído por duas partes principais:

A Face - maciço ósseo situado adiante da base do crânio, constituindo um conjunto de cavidades,
onde se encontram a maior parte dos órgãos dos sentidos.
A Calote - Composta por uma parte superior, a abóbada craniana e uma parte inferior, a base do
crânio.

OSSOS DA FACE – A face óssea é constituída por catorze ossos, sendo dois ímpares e seis pares
(compostos por duas partes simétricas).
Os seis ossos pares são: maxilar superior ou maxila, osso malar, osso lacrimal, osso nasal, corneto
inferior e osso palatino.
Os dois ossos ímpares são: o maxilar inferior ou mandíbula e o Vómer.

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9.1.1.1 Ossos da Face


Maxilar superior: Osso par que forma a parte inferior das órbitas, o palato e a parte lateral e inferior
das fossas nasais.
Conexões - Articula-se com a outro maxilar superior, o frontal, o etmoide, o malar, o lacrimal, o
nasal, o Vómer, o corneto inferior e o palatino

Características anatómicas:
- Arcada alveolar.
- Seio maxilar.
- Apófise palatina.

-Maxilar inferior: Osso ímpar. Único osso móvel do crânio, sendo o maior e o mais forte.
Conexões: Articula-se com os dois ossos temporais.

Características anatómicas:- Corpo.


- Arcada alveolar.
- Mento.
- Ramos.
- Côndilo.
- Apófise coronoide.

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Forame mandibular

Apófise coronoide

Côndilo mandibular

Espinha mentual Ramo

Apófise alveolar ângulo


inferior Corpo
Forame mentual

Malar ou Zigomático: Osso par. Forma as "maçãs do rosto" e parte da orbita.

Conexões: Articula-se com o frontal, o maxilar superior, o temporal e o Esfenoide.

Características anatómicas:- Apófise temporal.

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Lacrimal: Osso par, composto por duas pequenas lâminas ósseas que formam a parede interna das
Órbitas e parte das cavidades nasais.

Conexões: Articula-se com o frontal, o etmoide, o maxilar superior e o corneto inferior.

Lacrimal

Nasal: Osso par de pequeno tamanho que forma o dorso do nariz.

Conexões: Articula-se com o outro osso nasal, o frontal, o etmoide e o maxilar superior.

Nasal

Corneto Inferior: Osso par, cujas duas partes se projetam para dentro das cavidades nasais. Tem
como funções filtrar, aquecer e humidificar o ar.
Conexões: Articula-se com o etmóide, o maxilar superior, o lacrimal e o palatino
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Vómer: Osso ímpar, de forma triangular, que se encontra localizado na parte inferior do septo nasal.
Conexões: Articula-se com o Esfenóide, o etmóide, os dois palatinos e os dois maxilares superiores.

Vómer

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Palatino: Osso par com a forma de "L", constituindo a parte posterior do palato, parte inferior das
fossas nasais e das órbitas.
Conexões: Articula-se com o outro palatino, o maxilar superior, o esfenóide, o etmóide, o corneto
inferior e o vómer

Palato

9.1.1.2 OSSOS DA CALOTE

Frontal: Osso ímpar que forma a parte anterior do crânio e a parte superior das órbitas.
Conexões: Articula-se com os dois parietais, o etmóide, o esfenóide, os dois maxilares superiores, os
dois malares, os dois nasais e os dois lacrimais.

características anatómicas: - Arcos supraciliares.


- Glabela.

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Parietal: Osso par que constitui a parte superior e lateral do crânio.


Conexões: Articula-se com o outro parietal, o frontal, o occipital, o temporal e o esfenóide.

Parietal

Occipital: Osso ímpar, localizado na parte posterior e inferior do crânio.


Conexões: Articula-se com o esfenóide, os dois parietais, os dois temporais e o atlas.
características anatómicas:- Buraco occipital.
- Côndilos.

Occipital
Occipital

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Temporal: Osso par que forma a parte lateral e base do crânio.


Conexões: Articula-se com o parietal, o occipital, o esfenóide, o malar e o maxilar inferior.
características anatómicas: - Apófise mastóide.
- Apófise estilóide
- Apófise zigomática.
- Canal auditivo.
Temporal

Esfenóide: Osso ímpar, localizado no interior do crânio, com forma semelhante à de um "morcego".
Conexões: Articula-se com todos os ossos da calote do crânio e com os dois malares, os dois
palatinos e o vómer.

Esfenóide

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Etmóide: Osso ímpar, localizado na frente do esfenóide e na parte posterior dos ossos nasais. Forma
parte da parede interna da órbita, a parte superior do septo nasal e as paredes laterais e superiores
das cavidades nasais.
Conexões: Articula-se com o frontal, o esfenóide, os dois palatinos, os dois nasais, os dois maxilares,
os dois lacrimais e o vómer.

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6
5

9
7

11

10

12

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1
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3 5

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13

12

11 -

8-

14 -

4-

10 -

5-

1-

13 -

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OSSO HIÓIDE - Osso em forma de U, situado no pescoço, entre o maxilar inferior e a porção
superior da Laringe. É o único osso do organismo que não se articula com outro osso. Sustenta a
língua e permite a inserção de alguns dos seus músculos.

Características anatómicas:- Corpo.


- Cornos Grandes.
- Cornos Pequenos.

Cornos Grandes

Cornos pequenos

Corpo

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10 MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL

10.1 Músculos cutâneos do crânio

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Frontal Aponeurose do crânio Pele sobre a linha Franze a pele da
supra-orbital região frontal
Occipital Occipital e apófise Aponeurose do crânio Puxa o couro cabeludo
mastóide para trás

Aponeurose

Frontal craniana

Occipita
l

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10.2 Músculos da região ocular e nariz

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Orbicular do olho Trajeto circular à volta da orbita (tipo anel Fecha a pálpebra
muscular)
Supraciliar Parte interna do arco Pele ao meio da Puxa para baixo e para
supraciliar sobrancelha dentro a pele da
região supraciliar
Piramidal Parte posterior do Pele entre as Puxa para baixo a pele
osso nasal sobrancelhas do espaço supraciliar
Transverso do nariz Osso maxilar Aponeurose do dorso Puxa para cima e para
ou Nasal do nariz fora a asa do nariz,
dilatando as narinas
Elevador da asa do Parte superior da Pele do nariz e Dilata e eleva o lábio
nariz e lábio superior maxila músculo orbicular da superior
boca

10.3 Músculos da região da boca

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Orbicular da boca Trajeto circular à volta da boca (tipo anel Fecha os lábios
muscular) conduzindo à oclusão
da boca

Zigomático: menor e Osso malar Ângulo da boca Puxa para cima e para

maior fora a comissura labial


Risório Cápsula fibrosa da Ângulo da boca Puxa para fora e para
glândula parótida trás a comissura labial
Bucinador Bordos alveolares dos Pele da comissura Puxa para trás a
maxilares labial comissura labial
Quadrado do mento Maxilar inferior Pele do lábio inferior Puxa para baixo e para
fora a comissura labial

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(Depressor do lábio
inferior)
Triangular dos lábios Maxilar inferior Ângulo da boca Puxa para baixo e para
fora a comissura labial
(Depressor do ângulo
da boca)
Músculo do mento Maxilar inferior Pele da região do Eleva a pelo do mento
mento

10.4 Músculos cervicais superficiais

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Cutâneo do pescoço Tecido subcutâneo da Bordo inferior do Puxa para baixo a pele
região inferior à maxilar inferior do mento e baixa a
clavícula comissura labial

10.5 Músculos da mastigação

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Masséter Arco zigomático Ramo e corpo do Eleva o maxilar
maxilar inferior inferior
Temporal Osso temporal Apófise coronoide do Eleva o maxilar
maxilar inferior inferior

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10.6 Músculos que movem a cabeça

NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO


Esterno- Esterno e clavícula Apófise e mastoide A contração dos dois
Cleido-Mastoideo músculos flexiona a
cabeça. A contração
de um só roda ou
inclina lateralmente a
cabeça para o lado
oposto.
Esplenio Apófises espinhosas Ligamentos da nuca A contração dos dois
de C7 e de D1 e D4 músculos estende a
cabeça. A contração
de um só roda a
cabeça para o mesmo
lado.
Escalenos: anterior; Apófises transversais Primeira e segundas A contração do
médio e posterior das vértebras cervicais costelas músculo de um dos
lados auxilia a rotação
da cabeça para o lado
oposto e a inclinação
desta para o mesmo
lado.

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11 osteo-miologia do tronco

11.1 Estrutura óssea


Coluna vertebral é um "eixo cilindrico" segmentado em estruturas denominadas vértebras, flexível,
cuja forma é comparada à de uma letra S alongada. Forma o eixo central do corpo, contendo a
espinal medula e articulando-se com o osso occipital do crânio, com as costelas e com os ossos ilíacos
da pélvis.
No adulto, a coluna vertebral é constituída por vinte e quatro vértebras individualizadas, pelo sacro
(composto por cinco vértebras aglutinadas) e pelo cóccix (composto por três a cinco vértebras
soldadas).
A coluna vertebral apresenta quatro curvaturas que dão a forma básica do corpo humano:
- A curvatura cervical é composta por sete vértebras cervicais.
- A curvatura dorsal (cifose) é côncava para a frente e compõe-se de doze vértebras dorsais.
- A curvatura lombar (lordose) é convexa para diante e fazem parte dela as cinco vértebras
lombares.
- A curvatura sacral, o sacro e o cóccix. Esta curvatura é mais proeminente na mulher e,
junto com o facto da bacia feminina estar mais inclinada para diante, resulta na projeção
para trás das nádegas da mulher.

Exceto no caso das duas primeiras vértebras cervicais, todas as vértebras individuais estão separadas
por uma almofada de uma substância fibro-gelatinosa em forma de anel, que facultam o movimento
das vértebras e funcionam como amortecedores de choques, a que denominamos discos
intervertebrais.

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No caso de patologia a coluna vertebral pode apresentar curvaturas laterais, designando-se por
escoliose.

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11.1.1.1 ANATOMIA DE UMA VÉRTEBRA TÍPICA


- Corpo: Massa plana de contornos arredondados situada por diante. Constitui a porção principal da
vértebra que suporta o seu peso.- 1

- Orifício Vertebral: Orifício no centro das vértebras que, quando as vértebras se sobrepõem umas às
outras, forma o Canal Raquídeo que aloja e protege a espinal medula.- 2
- Apófise Espinhosa: Apófise pontiaguda que se projeta para trás e para baixo de uma linha
imaginária média. - 4
- Apófises Transversas: Prolongamentos ósseos para ambos os lados do orifício vertebral. Servem,
junto com a Apófise Espinhosa, para a inserção de músculos e como alavancas para que a coluna
possa fletir.- 3

- Apófises Articulares superior e inferior: Projeções que permitem a articulação com as vértebras
subjacentes. Servem essencialmente para restringir o movimento e para evitar o deslocamento de
uma vértebra sobre a seguinte.- 5 e 6

5
1

6
4 3

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11.1.1.2 VÉRTEBRAS CERVICAIS

Características gerais: - Corpo da vértebra é pequeno.


- Orifício vertebral grande e triangular.
- Apófise espinhosa curta (exceto a 7ª que é longa e palpável como uma saliência, ao inclinar a
cabeça para diante).
- Apófise transversa com orifícios (para dar passagem à artéria e veia vertebral e a um plexo
nervoso).

A primeira e segundas vértebras cervicais são diferentes das restantes e denominam-se


respetivamente:
Atlas: É a primeira vértebra cervical e não tem corpo nem apófise espinhosa. As apófises
articulares superiores, côncavas e ovaladas, apoiam os côndilos do occipital.
Áxis: É a segunda vértebra cervical e permite a rotação da cabeça. Assim apresenta uma
Apófise Odontoide que acuta como eixo para a rotação do Atlas.

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11.1.1.3 VÉRTEBRAS DORSAIS


O corpo destas vértebras é maior e mais forte do que o das vertebras cervicais e, lateralmente,
apresentam duas facetas articulares para a cabeça das costelas (a 11ª e 12ª só apresentam uma
faceta).
- A apófise espinhosa é longa e projetada para baixo.
- As apófises transversas são maiores e mais grossos que os das vértebras cervicais e apresentam
facetas para articulação com os tubérculos das costelas.

11.1.1.4 VÉRTEBRAS LOMBARES


Estas vértebras são mais fortes e volumosas que as anteriores.
- As apófises articulares superiores estão dirigidas para dentro e não para cima.
- As apófises inferiores estão dirigidas para fora e não para baixo.
- A apófise espinhosa é curta.

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11.1.1.5 SACRO
Este osso é formado por cinco segmentos vertebrais que se fundiram num osso cuneiforme. Serve
como suporte forte e participa na formação da cintura pélvica (situa-se na cavidade posterior da
cavidade pélvica, entre os ossos coxais).

Características anatómicas:
- Orifícios pélvicos e sacros dorsais: orifícios situados nas extremidades das linhas transversais e pelos
quais passam nervos e vasos sanguíneos.
- Crista sacra média: parte rugosa mediando a face posterior, resultante da fusão das apófises
espinhosas das vértebras.
- Canal sacro: continuação do canal vertebral.
- Apófises articulares superiores: região de articulação com a 5ª vértebra lombar.
- Superfícies articulares: encontram-se de ambos os lados do osso e servem para a articulação com o
Ílion.

11.1.1.6 CÓCCIX
Osso triangular que resulta da fusão das vértebras coccígeas articulando-se com o Sacro. É a parte
mais rudimentar da coluna vertebral.

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11.2 TÓRAX
É uma caixa óssea formada pelo Esterno, Costelas e Coluna Dorsal.

11.2.1.1 ESTERNO
Osso situado na linha média da parte anterior do tórax. Tem a forma de uma espada achatada.

Características anatómicas:
- Manúbrio: Porção superior, triangular, cuja superfície superior tem Uma depressão - incisura
jugular - e a cada lado desta uma incisura clavicular, que articula com os extremos proximais das
clavículas. Também se articula com a 1ª e 2ª costela.
- Corpo: Porção central principal do osso que se articula, direta ou indiretamente, com as costelas (2ª
até à 10ª costela), através das cartilagens costais.
- Apêndice Xifoide: Projeção de cartilagem no bordo inferior do osso ao qual não se articula qualquer
costela, porém proporciona a inserção a alguns músculos abdominais.

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11.2.1.2 COSTELAS
O tórax contém 12 pares de costelas que aumentam de comprimento da 1ª à 7ª para logo
decrescerem no seu comprimento até à 12ª.
Atrás, cada costela articula-se com a correspondente vértebra dorsal. À frente, as sete primeiras
costelas unem-se ao Esterno através das cartilagens costais, denominando-se, por isso, Costelas
Verdadeiras. As três seguintes, são chamadas de Costelas Falsas, porque não se unem diretamente
com o Esterno. De facto, a 8ª, 9ª e 10ª unem-se entre si e depois à cartilagem costal da 7ª costela.
Por último, as restantes duas costelas não se unem ao Esterno, nem direta, nem indiretamente, pelo
que são chamadas de Costelas Flutuantes.

Características anatómicas:
- Cabeça: Projeção do extremo posterior da costela que se articula com a vértebra dorsal
correspondente e subjacente, exceto as três últimas que se articulam exclusivamente com as
vértebras que lhes correspondem.
- Colo: Porção estreita, imediatamente a seguir à cabeça.
- Corpo: Parte principal da costela. A superfície inferior do corpo tem uma fenda, denominada sulco
costal, onde passam o nervo intercostal e vasos sanguíneos.
- Cartilagem Costal: Cartilagem no extremo esternal das costelas.

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11.3 ESTRUTURA MUSCULAR

11.3.1.1 Músculos do tórax


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Intercostais Bordo inferior das Bordo superior das Elevação das costelas
costelas costelas (inspirador)
Diafragma Circunferência inferior Tendão central (centro Aumento do volume
do tórax frénico) torácico

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11.3.1.2 Músculos da região abdominal anterior


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Reto abdominal Sínfise púbica Cartilagem da 5ª à 7ª Flexão do tronco
Comprime o conteúdo
costela e apêndice
abdominal
xifoide.
Grande oblíquo Costelas inferiores Crista ilíaca a Flexão do tronco.
(Externo)
aponevrose anterior Comprime o conteúdo
do abdómen (linha abdominal.
alba)
Pequeno oblíquo Crista ilíaca e
( Interno)
ligamento inguinal
Transverso do Ligamento inguinal, Linha alba e púbis Comprime o conteúdo
abdómen
crista ilíaca, fáscia abdominal.
lombo sacral e seis
cartilagens costais
inferiores

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11.4 Músculos da região Dorsal

11.4.1.1 Músculos dorsais superficiais


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Trapézio Occipital a apófises Espinha e acrómio da Elevação e
espinhosas de C7 e D1 omoplata e clavícula aproximação da
a D10 omoplata da linha
media corpo. Flexão
lateral da cabeça.
Grande dorsal Três últimas costelas e Parte superior do Adução e a rotação
apófises espinhosas de úmero interna do braço.
D5 até ao sacro.
Grande lombar Parte posterior da Apófises transversas Baixa as costelas
(expirador).
crista ilíaca de L2 a L5 e na 12ª
Flexão lateral da
costela
coluna
Angular da omoplata Apófises transversais Ângulo superior da Elevação da omoplata.
Flexão lateral da
das primeiras omoplata
coluna cervical
vértebras cervicais
Rombóides Ligamento da nuca e Bordo vertebral e Aproximação da
Grande ou inferior apófises espinhosas de espinha da omoplata omoplata da linha
Pequeno C7 e de D1 a D5 mediana do corpo
Ou superior
Pequeno dentado Apófises espinhosas Quatro últimas Baixa as últimas
posterior inferior de D11 a L3 costelas costelas promovendo
a expiração
Pequeno dentado Apófises espinhosas Quatro primeiras Elevação das primeiras
posterior superior de C7 até D3 costelas costelas promovendo
a inspiração

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Semi-Esplénio

Esplénio da cabeça

Trapézio
Angular da
omoplata

Romboide menor

Serrátil Sup.

Romboide maior

Grande Dorsal

Serrátil Inf.
Quadrado
lombar
Fáscia
Toracolombar

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11.4.1.2 Músculos eretores da espinha


NOME INSERÇÃO Proximal INSERÇÃO Distal ACÇÃO
Sacroespinhal: Aponevrose ligada ao Apófise espinhosa das A contração bi-lateral
Iliocostal sacro e à crista ilíaca vértebras ao longo da destes músculos faz a
Longo coluna vertebral extensão da coluna
Espinhal vertebral. A contração
unilateral produz a
flexão lateral do
tronco

Sacroespinhal
iliocostal

Serrátil Sup.. Sacroespinhal


longo

Sacroespinhal
espinhal

Serrátil Inf.

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Bibliografia

 ABRAHAMS, Peter, Atlas do Corpo Humano – Um guia completo do funcionamento do corpo, Lisboa,
Editorial Estampa, 2003.
 ALCARAVELA, M. ; RODRIGUES, A. – Ciências da Terra e da Vida 10º ano , 1996, Plátano Editora.
 AMABIS, José Mariano; Gilberto R. Martho, Biologia das células, São Paulo, Editora Moderna.
 AZEVEDO, CARLOS E OUTROS - Biologia Celular, Edições da Fundação Gomes Teixeira, 1992, Porto
 JÂCOME, M. ; LOURENÇO, Mª. ; - Ciências da Terra e da Vida 10º ano, Lisboa Editora
 JONES, Kenneth; GAUDIN, Anthony - Introdução à biologia, Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa,1977
 NÁPOLES, A. ; BRANCO, Mª. ; - Ciências da Terra e da vida 10 º ano, 1996, Didáctica Editora
 Netter interactive Atlas of human anatomy, 3rd edition, by Frank H Netter, MD
 Atlas de anatomia humana – Sabotta
 Osso músculos e articulações – Biblioteca médica da família.

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