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INTERAÇÃO COMUNITÁRIA III

EXAME FÍSICO CABEÇA E PESCOÇO- 2023


Elaborado por: Prof. Me. Mateus Goulart Alves; Prof. Me. Iacara de Oliveira; Prof. Dra. Nariman Lenza; Prof. Me. Camilla
Borges; Prof. Dra. Elexandra Bernardes; Prof. Dra. Amanda Aparecida Borges

1 ANAMNESE
• Identificação: Nome completo, DM/idade, sexo, estado civil, profissão, procedência/naturalidade,
endereço e viagens recentes.
• Queixa Principal: motivo principal que o levou à consulta médica.
• História na Moléstia atual: dor - tipo, localização, intensidade, duração, frequência, irradiação,
fatores de melhora ou piora, sintomas associados. Evolução cronológica dos sintomas.
• História Patológica Pregressa: doenças na infância, traumas, vacinações, hemotransfusões,
cirurgias, uso de medicamento, exames de rastreio, história obstétrica, alergias, vícios.
• História familiar: vasculhar doenças na família pra encontrar caracteres genéticos associados ao
desenvolvimento de doenças multifatoriais, bem como traçar um perfil psicológico familiar. Óbitos
e causas, autoextermínio, depressão, drogas, etilismo, tabagismo e violência.
• História pessoal e social: Escolaridade, trabalho, moradia, hábitos de vida, planos para o futuro,
alimentação, ingesta hídrica, evacuação e diurese, círculo social.

2 REVISÃO DE SISTEMAS
• Alteração na pele: cor, textura, umidade, temperatura, prurido, sensibilidade, lesões, queda de
cabelo, unhas, nevos, pelos faciais [em mulher].
• Cabeça: cefaleia, tonturas, traumatismos
• Olhos: uso de óculos ou lente de contato, exoftalmia, fotofobia, hiperemia, diplopia, dor,
Glaucoma, catarata, lacrimejamento, Último exame oftalmológico
• Ouvidos: otalgia, otorragia, otorreia, prurido, vertigem, tinido, Uso de aparelhos auditivos.
• Nariz e seios da face: congestão, coriza, dor facial, epistaxe
• Cavidade oral e anexos: aftas, boca seca, dor de dente, halitose, próteses dentárias, rouquidão,
sangramentos gengivais, dor de garganta.
• Pescoço: nódulos, rigidez, linfadenopatia, bócio.

3 EXAME FÍSICO DA CABEÇA E CRÂNIO

✓ CABEÇA
• Inspeção e palpação: tamanho geral (Macrocefalia ou microcefalia), contorno do crânio
(Cranioestenose: acrocefalia ou crânio em torre (cabeça alongada para cima, pontuda, lembrando
uma torre), escafocefalia (levantamento da parte mediana do crânio, conferindo um aspecto de
casco de navio invertido) , dolicocefalia (aumento do diâmetro anteroposterior, que se torna maior no
transverso), braquicefalia (corresponde ao aumento do diâmetro do transverso) e plagiocefalia
(deformação que confere ao crânio um aspecto assimétrico; pode estar relacionado à posição de dormir).

• Verifique se há: Deformidades; depressões; nódulos; sensibilidades e movimentos anormais.


✓ COURO CABELUDO
• Inspeção: Implantação, distribuição, quantidade, coloração, brilho, espessura, consistência, queda
de cabelo e outros.

• Palpação: Reparta o cabelo do paciente em vários locais. Verifique se há: Descamação - causada
por doenças inflamatórias, como dermatite seborreica e foliculite; Depressões - são pequenos
abaulamentos ao longo do couro cabeludo; Tumores - podem estar escondidos em meio ao cabelo;
Tumefações - Aumento de volume de uma parte do couro cabeludo. Pode indicar processos
inflamatórios, cistos intradérmicos ou até mesmo, tumores intradérmicos; Bossas - elevação
geralmente causados por acumulo de secreções serosas ou sangue entre a pele e os ossos, podendo
invadir as suturas cranianas; Hematomas - acúmulos de sangue entre a derme e os ossos,
geralmente causado por traumas ou lesões mecânicas; Nódulos - são caroços/elevações
avermelhadas ou arroxeadas e de consistência mais sólida. Podem indicar cistos calcificados, alguns
tipos de tumores; Nevos - são manchas ou pintas, podendo ou não ter diferença de textura ou
relevo.
• Pontos dolorosos - são pontos na região de couro cabeludo que apresentam dor. Geralmente o
paciente chega com a queixa definida. Outras vezes pode-se acontecer de detectá-los durante o
exame físico: à pressão, o paciente pode demonstrar desconforto ou mesmo queixar-se de dor.

✓ FACE
• Inspeção e palpação: expressão fisionômica, contorno facial, pele e pelos. Simetria ou assimetria.
Edema, movimentos involuntários, massas, palidez, cianose, icterícia, queda de sobrancelhas e
manchas.
• Identificar o tipo de Fácies: Normal ou atípica, Hipocrática (olhos fundos, parados e inexpressivos.
O nariz afila-se, e os lábios se tornam adelgaçados. Palidez cutânea e uma discreta cianose labial),
Renal (edema que predomina ao redor dos olhos, palidez cutânea. Síndrome nefrótica e na
glomerulonefrite difusa aguda), Leonina (lesões do mal de Hansen. A pele, é espessa e tem
lepromas de tamanhos variados. Os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. Os lábios
tornam-se mais grossos e proeminentes. As bochechas se deformam pelo aparecimento de
nódulos), Adenoideana (o nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta), Parkinsoniana (a
cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel nesta posição. O olhar fixo, os
supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto) ,
Basedowiana (olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira no rosto
magro, presença de bócio. Indica hipertireoidismo), Mixedematosa (constituída por um rosto
arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. As
pálpebras tomam-se infiltradas e enrugadas. Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem
brilho. Ex: Hipotireodismo), Acromegálica (Saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das
maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, além do aumento do tamanho do
nariz, lábios e orelhas), Cushingóide (arredondamento do rosto, com atenuação dos traços faciais),
Mongolóide (está na fenda palpebral seu elemento característico: é uma prega cutânea (epicanto)
que torna os olhos oblíquos, bem distantes um do outro, lembrando o tipo de olhos dos chineses),
Depressão (Cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante), Pseudobulbar
(súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar
contê-las, dando um aspecto espasmódico à fácies), Paralisia periférica (Há assimetria da face, com
impossibilidade de fechar as pálpebras e há repuxamento do lábio para o lado), Miastênica ou
fácies de Hutchinson (Ocorre na miastenia gravis e em outras miopatias que comprometem os
músculos da pálpebra superior) Deficiência mental (é muito característica, mas de difícil descrição.
Os traços faciais são apagados e grosseiros; a boca constantemente entreaberta, às vezes com
salivação) , Etílica (chamam a atenção os olhos avermelhados e certa ruborização da face. O hálito
etílico, a voz pastosa e um sorriso meio indefinido), Esclerodérmico (denominada também fácies
de múmia pois sua característica fundamental é a quase completa imobilidade facial. Isso se deve
às alterações da pele, que se torna apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos,
com repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. A fisionomia é
inexpressiva, parada, imutável).
• Pele: cor, a pigmentação, a textura, a espessura, lesões e a distribuição de pelos.
• Posição e movimentos: movimentos anormais. Observe: Torcicolo, contrações e tiques

✓ OLHOS
• Inspeção: Sensação de corpo estranho, Queimação ou ardência, Prurido, Sensação de olho seco,
Lacrimejamento, Epífora (lacrimejamento excessivo), Dor ocular, Fotofobia (aversão à luz pela dor
que ela produz em casos de afecções oculares ou neurológicas), Cefaleia, Xantopsia (Visão
amarelada), Escotoma (O escotoma caracteriza-se pela perda total ou parcial da capacidade de
visão de uma região do campo visual), Nistagmo (Movimentos repetitivos rítmicos dos olhos).
• Principais sintomas das afecções oculares: Diminuição e perda da visão: Se sim, qual a localização,
forma, tamanho, intensidade e quando teve início/evolução.
• Fâneros - cílios e supercílios (Madarose (termo utilizado para a perda parcial de cílios e/ou da
sobrancelha) Triquíase (Os cílios crescem com desvio para dentro do globo ocular), Poliose
(Branqueamento precoce e/ou localizado do cabelo devido a causas hereditárias, congênitas ou
adquiridas) - Implantação: Entrópio (a pálpebra (geralmente a pálpebra inferior) se dobra para
dentro lesionando a córnea), Ectrópio (a pálpebra se dobra para fora (evertida) de modo que sua
borda não entra em contato com o globo ocular).
• Reborda óssea: Hipertelorismo (é uma malformação do crânio do bebê, que ocorre durante a
gestação, e se caracteriza pelo afastamento dos olhos); Microftalmia (é a denominação de um
olho patologicamente pequeno, mal formado, normalmente possuindo uma capacidade visual bem
comprometida), Exoftalmia (é a saliência ou protusão do globo ocular para fora).
• Ducto nasolacrimal: aumento de volume, secreção, dor à palpação, Consistência, Profundidade,
Sensibilidade das glândulas lacrimais. (Para reconhecer pequenos aumentos de volume, levante a
pálpebra do paciente, pedindo que ele olhe para baixo e para dentro; Para verificar se há presença
de secreção, peça ao paciente que olhe para cima e pressione sua pálpebra inferior, próximo ao
canto medial, na borda interna da órbita óssea).
• Conjuntiva: rósea; pálidas; amareladas; hiperemiadas; hiperemia conjuntival, conjuntivite,
hemorragia subconjuntival (Para avaliar sinais de anemia faça a eversão da pálpebra inferior - basta
apenas puxá-la para baixo. Para avaliar a conjuntiva deve everter a pálpebra superior).

Peça para que o paciente olhe para baixo, segure seus cílios
com uma das mãos puxando para fora e para baixo, ao
mesmo tempo que exerce pressão com um cotonete. Para
voltar a posição normal basta pedir que o paciente olhe
para cima.

• Pálpebras: Inspeção e Palpação: edemas e lesões. Se o edema não for visível, faça uma pinça com
os dedos para verificação de edemas nas pálpebras. Ptose: é o termo utilizado para referir a queda
da pálpebra superior. Pode ser uni ou bilateral. Suas causas incluem a miastenia grave, lesão do
nervo oculomotor e lesão da inervação simpática (síndrome de Horner).
• Esclera: icterícia, hipercoloração (vermelhidão), hipocoloração (rosa-pálido ou branco), Pterígio
(Espessamento vascularizado da conjuntiva, de forma triangular, que se estende do ângulo interno
do olho na direção da córnea), nódulos, edema.
• Córnea: Megalocórnea (Refere-se ao alargamento da córnea, que pode ultrapassar 13 mm, não
progressiva, presente desde o nascimento. Pacientes nesta condição apresentam alto grau de
miopia e astigmatismo), Microcórnea (Refere-se à diminuição do tamanho da córnea. Presente na
catarata), Leucoma (É uma opacidade corneana. A córnea toma aspecto branco em toda sua
extensão). Catarata: é uma opacidade parcial ou total do cristalino. Assim a opacidade acontece no
alo da córnea.
• Pupilas: Formas, localização e Tamanho: Isocoria (Estado normal das duas pupilas, que apresentam
a mesma dimensão) Midríase (Dilatação da pupila), Miose (é um termo utilizado para a constrição
(diminuição do diâmetro) da pupila), Anisocoria (É uma condição caracterizada pelo tamanho
(diâmetro) desigual das pupilas).
• Diminuição e perda da visão: localização, forma, tamanho, intensidade, início/ evolução

✓ TESTE: Avaliação da acuidade visual (Snellen)


• Tabela de Snellen, boa iluminação, paciente a uma distância de 20 pés (6 metros) do quadro.
• Paciente para cobrir um dos olhos com um cartão ou, se cobrir com as mãos, solicite ao paciente
que não pressione, pois pode causar distorção na imagem.
• Se o paciente não conseguir ler, deve ser posicionado mais próximo do quadro, anotando a distância.
• A acuidade visual normal por convenção é 20/20, na qual o numerador indica a distância que o
paciente está em relação ao quadro, e o denominador, a distância que um paciente com visão
normal consegue ler as letras.

✓ TESTE: Verificação dos movimentos extraoculares (Teste do H)


• Peça ao paciente que acompanhe seu
dedo ou um lápis
• Trace um grande H no ar, conduzindo
o olhar do paciente: Para a extrema
direita do paciente, Para a direita e
para cima, Para baixo no lado
direito; em seguida, Sem pausar no
centro, para a extrema esquerda,
Para a esquerda e para cima, e Para
baixo no lado esquerdo
• Faça uma pausa entre o movimento
para cima e para o lado buscando
detectar nistagmo

✓ TESTE: Verificação do reflexo de acomodação visual/ convergência


• Paciente que acompanhe seu dedo ou o lápis
• Examinador desloca lápis em direção ao dorso do nariz dele.
• Olhos convergentes normalmente acompanham o objeto até cerca de 5 a 8 cm do nariz.
✓ TESTE: Verificação campo visual (4 quadrantes)
• Campo visual | Teste estático
• Posicione-se a uma distância de um
braço do paciente, feche um olho,
para imitar o campo de visão do
paciente, e peça para que ele cubra o
olho que está de frente para o seu
olho aberto;
• Coloque as mãos a cerca de 60 cm de
distância da vista do paciente, lateral
às orelhas dele;
• Mexa seus dedos e lentamente os
aproximepara o centro da visão do
paciente. Solicite que ele avise
quando perceber o movimento dos
seus dedos.
• Teste cada quadrante.

• Campo visual | Teste cinético.


• De frente para o paciente, mova um alfinete de 5 mm com a cabeça vermelha desde os limites de
cada quadrante do campo visual até a linha média;
• Peça ao paciente para avisar quando percebe a cor vermelha pela primeira vez.

✓ TESTE: Verificação do teste do reflexo fotomotor direto e consensual


• Sala com baixa iluminação
• Solicite ao paciente que olhe para um ponto distante e ilumine obliquamente uma pupila de cada
vez, com uma luz forte.
• Verifique se há a presença de duas reações: reação direta e reação consensual

✓ OFTALMOSCOPIA
• Use o oftalmoscópio direto
• Sala com baixa iluminação
• Solicite ao paciente que olhe para um ponto fixo (oftalmoscópio) e ilumine o olho do paciente.
• Observar se existem lesões brancas na retina (coloração normal é vermelha), observar o disco
óptico, o nervo óptico e os vasos da retina.
• Usar mão direita para examinar olho direito do paciente.
• Usar mão esquerda para examinar o olho esquerdo do paciente.

✓ OUVIDOS
• Inspeção: Pavilhão auricular: Tecidos adjacentes, deformidades, nódulos e lesões cutâneas.
secreção ou inflamação.
• OTOSCOPIA: Avaliar Meato acústico e tímpano: Tumefações, crescimento ósseo exagerado,
secreção corpos estranhos, edema e cerume. No Tímpano: Coloração, contorno, formas do martelo.
• Palpação: Deslocar o pavilhão para cima e para baixo; comprimir o trago e pressionar a parte atrás
da orelha externa;

• Antes de iniciar os testes auditivos pergunte ao paciente: Percebeu perda auditiva ou maior
dificuldade para ouvir? Qual lado escuta melhor?
✓ TESTES: Voz sussurrada
• Examinador fica de pé 60 cm atrás do paciente sentado, de modo que ele não consiga ler seus
lábios.
• Tampe a orelha que não está sendo avaliada com um dedo da mão e delicadamente freccione o
trago em um movimento circular para evitar transferência do som para orelha que não está sendo
testada.
• Expire bem antes de sussurrar para garantir que a voz sairá baixa.
• Sussurre uma combinação de três números e letras, tais como 3-U-1.
• Use uma combinação diferente de números/letras para testar a outra orelha.

✓ Teste com diapasão - TESTE DE WEBER


• Utilize diapasão de 512 cps (ciclos por segundo)
• Coloque no vértice da abóbada craniana após estimulá-lo.
• Vibração é percebida igualmente por ambos os ouvidos (Weber "indiferente").
• Quando há surdez unilateral, entretanto, as vibrações são bem mais audíveis por um dos ouvidos.
Quando se trata de surdez unilateral por lesão da orelha interna (surdez neurossensorial), a
vibração sonora é mais bem percebida pelo ouvido normal; quando, porém, há lesão da orelha
média ou do ouvido externo (surdez de transmissão), a vibração sonora é mais audível pelo ouvido
surdo (Weber lateralizado para a esquerda ou para a direita).

✓ Teste com diapasão - TESTE DE RINNE


• Apoie a base do diapasão em vibração suave no processo mastoide, por trás da orelha e no mesmo
nível do meato acústico.
• Quando o paciente deixar de escutar o som, aproxime rapidamente o diapasão do meato acústico
e
• Pergunte ao paciente se escuta a vibração.
• Nesse momento, o “U” do diapasão deve estar virado para frente, o que maximiza a transmissão do
som para o paciente.
• Normalmente, o som é escutado mais tempo quando conduzido pelo ar que pelo osso.

✓ NARIZ E SEIOS PARANASAIS


• Sinais e sintomas: Obstrução nasal, rinorreia, alteração do olfato e epistaxe
• Inspeção: pirâmide nasal (dismorfias, distúrbios de desenvolvimento e desvios); sinais sugestivos
de processos infecciosos: hiperemia, edema e abaulamento; presença de traço sobre o dorso nasal
denominado “saudação alérgica” que pode estar presente em pacientes com rinite.
• Observar a fáceis característica do respirador bucal (ausência de vedamento labial, encurtamento
de lábio superior, eversão de lábio inferior, narinas estreitas, olheiras evidentes).

✓ Rinoscopia anterior:
• Exame das cavidades nasais
• Necessário iluminação obtida por uma fonte de luz externa.
• Com um espéculo nasal apropriado e de tamanho adequado para cada paciente, promove-se a
lateralização da asa do nasal para permitir melhor visão do interior da cavidade nasal.
• Observar: Inferiormente, o assoalho da cavidade nasal e se há secreções ou lesões; lateralmente, a
cabeça da concha inferior (coloração da mucosa, hipertrofia, degenerações polipoides), cabeça da
concha média e meato médio (local em que ocorre drenagem das secreções provenientes dos seios
frontal maxilar e etmoidal anterior); medialmente, septo nasal (deformidades, perfurações,
ulcerações e abaulamentos).

✓ Rinoscopia posterior:
• Com a língua relaxada, apoiada no assoalho da boca e assim mantida com auxílio de abaixador de
língua, introduz o espelho de laringe pequeno, previamente aquecido à parede posterior da
orofaringe até ultrapassar os limites do palato mole.
• Avaliar as paredes da rinofaringe, as cóanas, a cauda da concha inferior, a porção posterior do septo
nasal, o tamanho das tonsilas faríngeas e as tubas auditivas bilateralmente (exame de difícil
realização em crianças e pacientes não colaborativos).

✓ BOCA
Realizar Oroscopia: Usando luvas, palpe qualquer
lesão da cavidade oral. Com a mão direita, segure
a ponta da língua com uma gaze e, delicadamente,
desloque-a para a esquerda do paciente. Palpe-a
com a mão esquerda enluvada. Repita o
procedimento do lado oposto. Utilize abaixador de
língua (espátula) e lanterna.

• Palpação dos seios paranasais: Comprima a parte óssea das sobrancelhas, de baixo para cima (não
comprimir os olhos), para palpar os seios frontais. Em seguida, comprima os seios maxilares,
também de baixo para cima.
• Avaliar a região bucomaxilofacial: Maxila, Mandíbula, Cavidade bucal, Articulação temporal
mandibular, Músculos da mastigação, Cavidades nasais, Glândulas salivares, Complexo
dentoalveolar
• Sinais e sintomas: Dor de garganta, dispneia, disfagia, tosse e halitose.
• Inspeção: avaliar o formato, simetria e a coloração das estruturas (orofaringe, tonsilas palatinas,
os arcos palatoglosso e palatofaríngeo, o tamanho da língua e sua relação com o palato mole).
• Palpação: palpar os músculos a mastigação, fazer a palpação da articulação temporomandibular
para ajudar no diagnóstico de tendinites, capsulites.
• Músculos da mastigação: Compreendem: masseter, temporal, pterigoides medial e lateral e
diagástrico. O exame ocorre concomitante com a articulação tempomandibular.
• Intrabucal: Semimucosa labial superior e inferior (Forma; coloração; textura; simetria; flexibilidade;
presença de lesões). Mucosa labial superior e inferior deve estar (Úmida, brilhante e corada).
• Avaliar os palatos mole e duro.
• Observar os dentes.
• No assoalho da boca os tecidos devem se apresentar hidratados e ricos em vascularização.
• Língua (avaliar): Posição, tamanho, cor, umidade, textura, movimentos e existência de lesões.
Tonsilas: Palpe regiões suspeitas nas tonsilas.
CLASSIFICAÇÃO DE BRODSKY - avalia a posição e o tamanho das tonsilas.

CLASSIFICAÇÃO DE MALLAMPATI – avalia a visualização da úvula.


✓ PARÓTIDA
• A glândula parótida está situada posteriormente a mandíbula (visível e palpável quando
aumentada).
• A abertura dos ductos parotídeos são quase sempre visíveis na cavidade oral.
• Palpe a região em busca de alterações

✓ ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
• Orientar o paciente em abrir e fechar a mandíbula
• Orientar o paciente a fazer protusão e retração (projetando a mandíbula para frente)
• Orientar o paciente a movimentar a mandíbula de um lado para o outro
• Dedo na boca (abertura)
• Coloque a ponta dos dedos indicadores à frente do trago de cada orelha e peça ao paciente para
abrir a boca.

✓ PESCOÇO
• Pele: Fistulização; Presença de cicatrizes; Sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor).
• Forma e volume: alterações da forma e volume decorrente do aumento da tireoide (Exame da
tireoide), linfonodos (Exame físico dos linfonodos), parótidas e presença de tumores benignos ou
malignos.

✓ PULSO CAROTÍDEO
• Examine o pulso carotídeo, incluindo o impulso ascendente carotídeo, sua amplitude e contorno,
e a presença ou ausência de frêmitos ou sopros.
• Pulso carotídeo fornece informações valiosas sobre a função cardíaca, principalmente Estenose da
valva aórtica e regurgitação.
• Amplitude e contorno.
• O paciente deve ser deitado com a cabeça do leito elevado aproximadamente 30º.
• Examine primeiro, o pescoço para pulsação carotídeas, frequentemente visíveis imediatamente
mediais aos músculos esternocleidomastoideos.
• Palpação: coloque seus dedos, indicador e médio ou polegar esquerdo sobre a artéria carótida
direita no terço inferior do pescoço e palpe para ver se há pulsações.
• Evite comprimir o seio carotídeo, situado adjacente a cartilagem tireóidea, utilize seu dedo ou
polegar direito para examinar a artéria carotídea esquerda.
• Nunca palpe as artérias carótidas ao mesmo tempo. Isso pode diminuir o fluxo sanguíneo para o
cérebro e induzir sincope.
• Frêmitos e ruídos da artéria carótida: vibrações, ou frêmito percebidos como a garganta de um
gato ronronando.
• Ausculte ambas as artérias carótidas para ouvir um sopro um ruído semelhante a uma bulha
decorrente de fluxo sanguíneo arterial turbulento.
• Pede-se ao paciente que prenda a respiração por 15 segundos detecta os sons mais agudos dos
ruídos arteriais melhor que a campânula.
• Faça a ausculta das artérias carótidas, na face lateral do pescoço, uma cada vez, sem pressionar
muito.
✓ EXAME DA TIREOIDE
• Inspeção: Definir a forma e o tamanho da glândula. Se houver aumento, deve-se esclarecer se é
global ou localizado. Solicitar que o paciente realize deglutições em seco.
• Palpação: Definir a forma e os limites da tireoide (deslizar os dedos em vários sentidos, procurando
definir a forma e os limites da tireóide).
• Abordagem posterior: paciente sentado e o examinador de pé atrás dele. As mãos e os dedos
rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca, e as pontas dos indicadores e médios quase a
se tocarem na linha mediana. O lobo direito é palpado pelos dedos médios e o indicador da mão
direita; para o lobo esquerdo, usamos os dedos médio e indicador da mão esquerda.
• Abordagem anterior: paciente sentado ou em pé e o examinador também sentado ou em pé,
postado à sua frente. São os dedos indicadores e médios que palpam a glândula enquanto os
polegares apoiam-se sobre o tórax do paciente. O lado direito é palpado pelos dedos médio e
indicador da mão esquerda e o lobo esquerdo é palpado pelos dedos médio e indicador da mão
direita.

✓ LINFONODOS
• Inspeção: Observar região do pescoço.
• Palpação: palpe os seguintes linfonodos:
• Pré-auriculares: à frente da orelha
• Auriculares Posteriores: sobre o processo mastoide;
• Occiptais: na base do crânio, posteriores;
• Tonsilares: no ângulo da mandibula
• Submandibulares: localizados no ponto médio entre o ângulo e a extremidade da mandibula
• Submentuais: na linha médio, atrás da extremidade da mandíbula
• Cervicais superficiais: superficiais ao músculo esternocleidomastóideo
• Cervicais posteriores: ao longo da borda anterior do músculo trapézio
• Cadeia cervical profunda: profundos em relação ao músculo esternocleidomastóideo e
frequentemente inacessíveis ao exame. Faça um gancho com seu polegar e seus dedos em torno de
cada lado do músculo esternocleidomastoideo, na tentativa de palpá-los
• Supraclaviculares profundos: ângulo formado pela clavícula e o músculo esternocleidomastóideo.
• Características a se analisar: Localização, Tamanho ou volume, Coalescência (junção de dois ou
mais linfonodos, formando uma massa de limites imprecisos), Consistência (endurecido,
amolecido, flutuação), Mobilidade, Sensibilidade.

Referências:

BATES, B. HOCHELMAN, R.A. Propedêutica Médica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
Cap 7, 209-259.

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médicaICelmoCelenoPorto ; coeditor Arnaldo Lemos Porto. -


8. ed.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Cap. 6; 8 (50-66; 78-116) 15-30 (176- 245).

PORTO, C. C. et al. Exame de Cabeça e Pescoço. In: PORTO, C.C.; PORTO, A.L. Exame Clínico. 8. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. cap. 15, 341- 362

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