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Beatriz Rebello Ottoni

Odontologia
 1º período

Trabalho
Anatomia:

Nervo trigêmeo (descrição), carótida externa e seus ramos, e boca


(divisão, língua e glândulas)
1) Nervo Trigêmeo:
É predominantemente sensitivo, e é responsável pela sensibilidade
somática de quase toda a cabeça. Possui três divisões bem definidas:
o ramo oftálmico, o ramo maxilar e o ramo mandibular. Os ramos
oftálmico e maxilar contém apenas fibras sensitivas, enquanto o ramo
mandibular possui tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. Os ramos
do nervo trigêmeo inervam uma grande área, incluindo toda a fronte, a
face, as regiões laterais da cabeça e a porção mais superior do pescoço,
sendo integrantes importantes da neuroanatomia.
Os núcleos do nervo trigêmeo estão localizados no tronco encefálico e na
parte superior da medula espinhal.
. O núcleo mesencefálico do nervo trigêmeo é encontrado na região lateral
da substância cinzenta periaquedutal, no mesencéfalo. Ele contém os
primeiros neurônios responsáveis pela propriocepção da mandíbula e dos
músculos intrínsecos do olho, articulações temporomandibulares, dentes e
maxila.

. O núcleo principal do nervo trigêmeo está localizado no tegmento pontino


dorsolateral. Sua principal tarefa é a sensação táctil.

. O núcleo espinhal do nervo trigêmeo é um longo núcleo sensitivo,


estendendo-se desde a ponte até os três segmentos mais superiores do
corno dorsal da medula espinhal. Está relacionado primariamente com a
percepção da dor e da temperatura.

-RAMOS:

Ramo oftálmico: O primeiro ramo do nervo trigêmeo é responsável


pela inervação da fronte, do nariz e das regiões oftálmicas da face. Ele
deixa o crânio através da fissura orbitária superior na parte óssea da
órbita. Tanto o ramo oftálmico quanto o ramo maxilar do nervo trigêmeo
(trigémeo) inervam a cartilagem nasal com ramos terminais.

-Ramo Maxilar: O segundo ramo fornece receptores nervosos para a face


abaixo dos olhos e para a região maxilar. Uma importante ramificação do
nervo maxilar é o nervo alveolar superior, que inerva os dentes da arcada
superior no interior da cavidade oral.
-Ramo Mandibular: O terceiro ramo do nervo trigêmeo é responsável
pela sensibilidade da porção mais inferior da face, a região da mandíbula
e o assoalho da cavidade oral. Além disso, ele fornece ramos
motores para todos os músculos mandibulares, incluindo os músculos
envolvidos na mastigação. Um importante ramo que inerva a língua é
o nervo lingual.

2) Carótida Externa:
A artéria carótida externa é uma das duas principais divisões da artéria
carótida comum, uma das artérias mais importantes do sistema
cardiovascular. Ela emerge do arco aórtico do lado esquerdo e da artéria
braquiocefálica do lado direito. Ascende na lateral do pescoço no interior
da bainha carotídea, que é encontrada logo posteriormente ao músculo
esternocleidomastóideo. A bifurcação carotídea ocorre ao nível da
cartilagem tireóidea, na laringe. A artéria carótida externa é a única divisão
da artéria carótida comum que emite ramos na região do pescoço, e
fornece suprimento sanguíneo às estruturas externas da cabeça e da
face.

-RAMOS:
Artéria tireóidea superior: A artéria tireóidea superior (S) é a origem da
artéria laríngea superior, que fornece suprimento sanguíneo à laringe. A
artéria principal é responsável ainda pelo suprimento sanguíneo
da glândula tireoide, dos músculos infra-hióideos e do músculo
esternocleidomastóideo.
Artéria faríngea ascendente: A artéria faríngea ascendente (A) cursa
superiormente ao longo da faringe, enquanto se ramifica para a faringe,
os músculos pré-vertebrais, o ouvido médio e as meninges cranianas.

Artéria lingual: A artéria lingual (L) é coberta pelo nervo hipoglosso (NC
XII), pelo músculo estilo-hióideo e pelo ventre posterior do músculo
digástrico. Ela cursa sob os músculos hioglossos e se ramifica nas
artérias lingual profunda e sublingual, que fornecem suprimento
sanguíneo para os músculos intrínsecos da língua e para o assoalho
da boca.

Artéria facial: A artéria facial (F) cursa ao redor do meio


da mandíbula antes de entrar na face, onde emite ramos para
as tonsilas, o palato e as glândulas submandibulares.

Artéria occipital: A artéria occipital (O) fornece suprimento sanguíneo à


região posterior do escalpo e sulcos da base do crânio, ao longo de seu
trajeto. Inicialmente ela passa posterior ao ventre posterior do músculo
digástrico.

Artéria auricular posterior: A artéria auricular posterior (P) cursa


posteriormente ao meato acústico externo e ao processo mastoide,
separando as duas estruturas. Ela fornece suprimento sanguíneo à
musculatura adjacente, à glândula parótida, ao nervo facial (NC VII),
à orelha e ao escalpo.

Artéria maxilar: A artéria maxilar (M) é o maior dos dois ramos terminais
que podem preceder um ao outro, dependendo de a qual anatomista você
pergunta. Seus ramos fornecem suprimento sanguíneo para:

 o meato acústico externo


 a membrana timpânica
 a dura-máter
 a calvária
 a mandíbula
 a gengiva
 os dentes
 o músculo temporal
 o músculo pterigóideo
 o músculo masseter
 o músculo bucinador
Artéria temporal superficial: A artéria temporal superficial (S) fornece
suprimento somente para a região temporal do escalpo, como é o ramo
terminal menor e não possui ramificações ou divisões adicionais
nomeadas.

3) Boca:
3.1) Divisões da boca: A anatomia da boca, além de estabelecer
ligação com o tubo digestivo, apresenta seis limites principais.
O da frente é formado pelos lábios, as bochechas são os limites laterais,
e os palatos duro e mole na parte de cima. Dessa forma, no fundo da
boca, há uma passagem que liga a cavidade e a parte interna do corpo.
Embaixo, a boca é limitada pela língua e região sublingual. A língua tem
a capacidade de preencher quase inteiramente a boca quando está
fechada, encostando-se no palato.
Assim, a boca também pode ser dividida, de maneira mais simples, em
duas porções: a primeira é composta pelo vestíbulo da cavidade, pela a
porção mais externa e menor, e a segunda é cavidade bucal
propriamente dita, mais interna e maior.
A boca apresenta então seis diferentes limites principais:
1) O da frente é formado pelos lábios;
2) Dos dois lados, as bochechas;
3) Em cima, uma abóbada formada pelos palatos duro e mole;
4) No fundo, há uma passagem que estabelece comunicação entre a
cavidade e os compartimentos mais internos;
5) Embaixo, a boca é limitada pela língua e região sublingual;
6) Quando fechada, a língua preenche-a quase inteiramente,
encostando-se no palato.
A arcada dentária dos maxilares apresenta-se como um muro, em forma
de ferradura, que divide então a cavidade em duas partes da boca. A
exterior é o chamado vestíbulo e a interior, a boca propriamente dita.
1) A parede anterior (lábios):
Os lábios, superior e inferior, são quem recobre a porção anterior das
arcadas dentárias. Caso eles se afastem um pouco, abrem a fenda
bucal. Dessa forma, essa é então a porta de comunicação do canal
digestivo e de parte das vias respiratórias com o meio exterior.
Para conseguir se movimentar, os lábios possuem então um aparelho
muscular bastante complexo. Este é formado por alguns dos chamados
músculos da m. A m é uma mica que se constitui de: fibras de
musculatura estriada e feixes dessas fibras percorrem um trajeto
ovalado, em torno da fenda bucal, formando o músculo orbicular dos
lábios. À sua volta, outros feixes musculares dispõem-se em raios, cada
um com determinada função.
Ainda assim, o revestimento da parte externa dos lábios é uma
continuação da pele do rosto e da mucosa da boca. Dessa forma, essa
mucosa é rica em terminações nervosas, que tem como objetivo a
percepção da sensibilidade térmica (frio e calor) e tátil. Ainda assim, a
parte interna é revestida por uma mucosa grossa. A beirada livre dos
lábios é revestida por uma mucosa tão fina que deixa transparecer o
vermelho vivo dos feixes musculares, intensamente irrigados. Os lábios
são constituídos de 5 estruturas: Rima da boca; Ângulo da boca; Filtro;
Sulco nasolabial; Sulco labiomarginal.
2) As paredes laterais (bochechas):
As bochechas são as paredes que delimitam a boca em sua posição nas
laterais. Nelas encontram-se os másculos bucinadores. Dessa forma,
vários elementos anatômicos como o músculo bucinador, o corpo
adiposo da bochecha, o ducto parotídeo e alguns músculos da expressão
facial (mímicos) podem ser vistos na camada subcutânea. Seu limite
externo é extenso e não muito preciso. Internamente este limite é menor
e está delimitado em sua porção superior e inferior pelo fórnice do
vestíbulo e posteriormente pela prega pterigomandibular. Esta prega é
formada pelo ligamento pterigomandibular coberto por mucosa, ele fica
bem visível quando se abre amplamente a boca. Internamente, na altura
do segundo molar superior, é onde se abre o ducto parotídeo que é
protegido por uma saliência, normalmente de forma triangular, a papila
parotídea. As principais estruturas que compõem são:
Limite lateral da boca;
Parte externa: pele;
Parte interna: Mucosa;
Músculos e glândulas;
Fundo de Sulco.
3) A parede superior:
Na parede posterior é o local onde se abre a passagem para a faringe,
não é uma simples abertura, mas uma ligação com os canais internos.
Um istmo liga os dois lados da passagem, ou seja, é o istmo da
garganta, formado pela raiz da língua. O contorno dessa abertura é
estabelecido pelo véu palatino, que se inclina para trás e para baixo, o
contorno inferior do véu palatino apresenta, no centro, uma saliência em
forma de cone a úvula, conhecida popularmente como a campainha.
Dessa forma, essa é a estrutura que contém um músculo especial para
se movimentar: o músculo da úvula. De cada lado da úvula se erguem
duas arcadas curvas, que formam os pilares anterior e posterior, entre
eles há um pequeno canal onde se salientam duas glândulas linfáticas,
chamadas de as amígdalas ou tonsilas palatinas.
4) O vestíbulo oral na anatomia da boca:
Essa cavidade é delimitada externamente pelos lábios e bochechas e
internamente pelos dentes e processos alveolares recobertas pela
mucosa. A mucosa interna, tanto dos lábios como das bochechas,
continua para cima e para baixo. Ela forma um sulco que os une, que é
conhecido como o fórnice do vestíbulo. Dessa forma, após a mucosa se
dobrar no fórnice, esta passa a recobrir o osso alveolar e recebe o nome
de mucosa alveolar, esta se comunica com uma mucosa muito
especializada, espessa e mais clara chamada de gengiva. O limite entre
estas duas mucosas é perceptível por meio de uma linha sinuosa,
conhecida como junção mucogengival.
No vestíbulo da boca, encontramos então:
-Pregas mucosas, que unem a mucosa à gengiva dos lábios e da
bochecha;
-Os freios labiais superior e inferior (estruturas medianas);
-Freios laterais, menores, encontrados na região dos dentes caninos e
pré-molares.
-A gengiva é dividida segundo suas características em gengiva inserida e
livre. É bem presa ao osso alveolar, mas tem a borda que circunda cada
dente não aderente, formando o sulco gengival de 1 a 2 mm de
profundidade.
3.2) Descrição sobre a língua:
A língua exerce importantes funções na mastigação, deglutição,
gustação e articulação das palavras. É um órgão muscular revestido por
mucosa. Dessa forma, a língua é um órgão muscular, localizada na
cavidade própria da boca, presa por sua base ao soalho da cavidade
oral.
1) Músculos da língua: Ela é constituída por músculos extrínsecos e
intrínsecos. Os músculos extrínsecos a prendem à mandíbula, ao
osso hioide, ao processo estiloide e ao palato. Quando estes
músculos se contraem, movimentam a língua em todas as direções.
Os músculos intrínsecos, por sua vez, estão contidos inteiramente
na língua, com origem e inserção nela e são responsáveis pela
alteração de sua forma.

2) Mucosa da língua: A mucosa da língua adere fortemente a toda


sua massa muscular e, dependendo da parte da língua que
reveste, apresenta coloração, inervação e função diferentes. A
língua é dividida em dois terços anteriores, composto de:
-Dorso;
-Margens;
-Face inferior e ápice;
-Um terço posterior (raiz da língua).
A face inferior da língua está voltada para diante e em contato com o
soalho da boca, sendo que sua mucosa adere intimamente e de forma
contínua com a musculatura lingual. Nesta face, encontramos na linha
mediana uma prega mucosa, o freio lingual. Próximo da extremidade
anterior e mais apical do freio lingual. Além disso, é possível notar então
o aparecimento de outra prega mucosa com bordas onduladas e
irregulares que recebe o nome de prega franjada.
A face dorsal da língua é dividida em terços. Os dois terços anteriores
estão separados do terço posterior por um sulco em forma de V,
chamado de sulco terminal.
O terço posterior da língua, que também é sua raiz, está voltado para a
parte oral da faringe (orofaringe). Sua mucosa possui muitas saliências
ou pequenas massas de tecido linfoide que recebem o nome de tonsila
lingual.

3) Papilas da língua: Espalhadas por todo dorso e bordas marginais


da língua, temos as papilas linguais, denominadas de papilas
circunvaladas, fungiformes e filiformes e folhadas. Essas são as
responsáveis pelo gosto dos alimentos. As papilas circunvaladas
são as mais volumosas de todas, encontram-se enfileiradas à
frente do sulco terminal, paralelas a ele. Cada papila circunvalada
está mergulhada na mucosa lingual, apresenta a forma semelhante
a um cogumelo, sendo circundada por um valo.
Dessa forma, é nessa cavidade então em que se abrem os ductos de
glândulas linguais serosas, cuja secreção mantém limpo este valo para a
perfeita ação dos calículos gustatórios, que são importantes receptores
do paladar.
As papilas fungiformes são menos volumosas do que as circunvaladas,
apresentam-se mais espaçadas na mucosa lingual, sendo lisas e
avermelhadas.
Já as papilas filiformes, são longas e estreitas e estão distribuídas
densamente por todo o dorso da língua. São estas papilas que dão um
aspecto piloso à língua.
4) Glândulas Salivares: As glândulas salivares são consideradas
anexas ao sistema digestivo, são responsáveis por funções
digestivas e pela secreção de salivas e se apresentam em três
pares principais: parótidas, submandibulares e sublinguais.
- As parótidas estão localizadas laterais a face e anterior a orelha
externa. Elas possuem o canal excretor denominado ducto
parotídico, que se abre no vestíbulo da boca, próximo ao 2º molar
superior. A inflamação desta glândula causa um processo
denominado parotidite, popularmente chamado de caxumba.

- As submandibulares são ântero inferior à glândula parótida,


protegida pelo corpo da mandíbula. O seu ducto abre no assoalho
da boca bem abaixo da língua, através das carúnculas sublinguais.

-A sublingual. Ela é a menor, lateral e inferior à língua, abaixo da


mucosa que reveste o assoalho da boca. Sua secreção é enviada
para cavidade bucal, por ductos que chegam através de orifícios no
assoalho da cavidade da boca.

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