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2. BOCA
A boca constitui a parte inicial do trato digestório, se comunica com o meio
externo pela rima oral, e com a orofaringe pelo istmo das fauces. Possui dois
compartimentos, sendo o vestíbulo oral o espaço situado internamente aos
lábios e bochechas e externamente às gengivas e arcadas dentárias, e cavidade
oral propriamente dita, é aquele espaço ocupado por grande parte da língua.
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2.1 Lábios
Os lábios, superior e inferior, são formações músculo-membranosas
que constituem a parede anterior do vestíbulo oral. A sobreposição dos lábios
origina uma abertura em fenda, a rima oral, cujas extremidades são os ângulos
da boca. Nas suas extremidades, os lábios se fundem, configurando as
comissuras labiais.
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Figura 02 – Face interna do
lábio superior e gengiva. 7 –
Mucosa gengival; 8 - Fórnice
superior do vestíbulo; 9 –
Frênulo labial superior; 10 –
Frênulo labial lateral.
2.2 Bochechas
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encontra-se, numa disposição horizontal, o ducto parotídeo que, após transpor
a margem anterior do músculo masseter, atravessa o músculo bucinador para
abrir-se na papila parotídea. Entre o ducto parotídeo e o músculo bucinador
encontra-se um agrupamento de tecido adiposo, corpo adiposo da bochecha
(de Bichat), que se aprofunda entre os músculos bucinador e masseter.
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2.3 Palato
Palato é o termo que designa o teto da boca e orofaringe. Sua parte rostral
se caracteriza por uma túnica mucosa firme, o palato duro, apoiada sobre os
processos palatinos dos ossos maxilares e porção horizontal dos ossos
palatinos, e uma submucosa intensamente vascularizada.
O palato duro apresenta uma prega mediana, rafe palatina e, no seu terço
rostral, uma sequência de dobras transversais, as denominadas rugas
palatinas. Na extremidade rostral da rafe palatina acha-se um pequeno relevo,
a papila incisiva.
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Próximo à margem livre do palato mole observam-se, bilateralmente, duas
dobras transversais da mucosa, denominadas arco palatoglosso (destinado à
margem da língua) e arco palatofaríngeo que, numa trajetória póstero-inferior,
percorre a parede lateral da faringe até às imediações da entrada do esôfago.
Os arcos palatoglossos, direito e esquerdo, delimitam o estreito entre a boca e a
faringe, o denominado istmo das fauces. Entre os arcos palatoglosso e
palatofaríngeo acha-se a parede lateral da orofaringe, onde se encontra,
bilateralmente, a tonsila palatina (na fossa tonsilar).
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língua e a gengiva inferior, pelos chamados recessos sublinguais laterais.
Neste assoalho encontra-se, bilateralmente, uma prega sublingual, onde se
abrem numerosos pequenos orifícios para a desembocadura dos ductos
menores da glândula salivar sublingual.
2.5 Gengivas
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2.6 Língua
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gustativa são assim denominadas por apresentar, em suas margens,
agrupamentos de células sensoriais, ciliadas, os corpúsculos gustativos,
receptores de estímulos da gustação. A este grupo pertencem as papilas
fungiformes (semelhantes a pequenas colônias de fungos), papilas valadas
(são maiores e contornadas por um sulco) e papilas folhadas; estas últimas têm
formato laminar e encontram-se agrupadas nas margens da língua, bem próximo
à junção do arco palaglosso.
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Figura 10 – Papilas linguais.
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Figura 11 – Musculatura intrínseca da língua.
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d) M. palatoglosso – tem origem nas margens laterais do palato mole,
configura o arco palatoglosso, e sua função harmoniza as ações conjuntas do
palato mole e língua, em especial na deglutição.
Inervação da língua
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Figura 13 – Representação da inervação da língua.
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b) glândulas salivares maiores – localizam-se à distância da mucosa oral, se
apresentam aos pares, e sua secreção é conduzida por ductos excretores até à
mucosa. Por serem observadas macroscopicamente, são aqui estudadas.
Figura 14 – Glândula salivar parótida com seu ducto excretor e glândula salivar
acessória.
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A glândula salivar submandibular, que possui um corpo e um processo
sublingual, situa-se medialmente nas imediações do ângulo da mandíbula. Seu
ducto excretor, conduzindo-se sobre o músculo miloióideo, orienta-se
rostralmente até atingir, no assoalho da boca, a carúncula sublingual, onde
desemboca mediante um pequeno orifício.
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Figura 16 – Glândulas salivares submandibular e sublingual e seus ductos
excretores.
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2.8 Dentes
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exibirá apenas 20 dentes em cada arcada; e uma segunda dentição,
permanente, que substituirá, pela ordem do seu surgimento, os elementos da
primeira dentição. Ressalte-se, no entanto, que nesta segunda dentição surgem
os dentes molares, sendo em número de 3 (três) para cada hemi-arcada,
totalizando, portanto, 32 dentes após finalizada a segunda dentição. Os últimos
dentes molares, entretanto, surgem apenas no início da fase adulta das pessoas.
Figura 19 – Dentição
decídua, com 20 dentes, que
será substituída pela
dentição permanente.
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No que tange à sua estrutura, cada dente possui uma substância própria,
a dentina, que é recoberta, na coroa, pelo esmalte, e na raiz pelo cemento.
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A polpa dentária, que ocupa a cavidade dentária, é formada por uma
matriz de tecido conjuntivo, contendo vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, os
quais têm passagem pelo forame apical. Na face interna da dentina, aquela em
contato com a polpa dentária, encontra-se uma camada de odontoblastos, cuja
diferenciação garante a reposição da dentina quando desgastada.
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3. FARINGE
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A nasofaringe é a divisão da faringe situada dorsalmente ao palato mole
e se comunica, rostralmente, por meio das coanas, com a cavidade nasal e,
posteriormente, através do óstio intrafaríngico, com a laringofaringe. Na
parede lateral da nasofaringe encontra-se o óstio faríngico da tuba auditiva,
que é um orifício com abertura em funil, cercado por tecido linfoide, que constitui
a tonsila tubária. Acima do óstio verifica-se o toro tubário, anteriormente
observa-se a prega salpingopalatina e, posteriormente ao óstio, a prega
salpingofaríngea. Na parede da parte mais alta da nasofaringe encontra-se a
tonsila faríngea.
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são promovidos pela ação dos músculos do palato mole e funciona como uma
válvula, fechando-se por ocasião da deglutição e mantendo-se aberta para a
respiração.
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Músculos extrínsecos da faringe
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Deglutição
4. ESÔFAGO
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Apresenta, portanto, uma parte cervical, uma torácica e uma pequena parte
abdominal.
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Vascularização sanguínea do esôfago
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5. ESTÔMAGO
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As partes anatômicas do estômago são: uma região em fundo cego,
situada no antímero esquerdo do abdome, denominada fundo do estômago; o
ângulo formado entre o esôfago e o fundo do estômago é a incisura cárdica. A
parte do estômago que se segue ao fundo é o corpo do estômago, cujo eixo
longitudinal é inclinado ínfero-medialmente e cruza a linha mediana do abdome;
a terceira parte do estômago, denominada parte pilórica, encontra-se no
antímero direito, sua forma lembra um funil, e é constituída pelo antro pilórico
e canal pilórico, que termina no óstio pilórico. A parede anterior do
estômago é voltada para a parede anterior do abdome, já a sua parede
posterior faz contato com vísceras mais profundas, tais como o fígado e o
pâncreas. No corpo do estômago transita, internamente, junto à curvatura
menor, o canal gástrico, que une o fundo do estômago à parte pilórica.
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Figura 29 – Configuração estrutural do estômago.
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6. INTESTINO
Figura 31 – Duodeno
in situ e suas divisões.
1. Parte superior; 2.
Parte descendente; 3.
Parte horizontal; e 4.
Parte ascendente.
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A mucosa da parte descendente do duodeno é rica em pregas circulares
e ali se encontram as papilas duodenais, maior e menor. Na papila duodenal
maior desembocam os ductos colédoco (biliar) e pancreático principal; a papila
duodenal menor, posicionada logo acima da maior, serve de desembocadura
para o ducto pancreático acessório.
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Figura 33 – Irrigação sanguínea do duodeno e pâncreas.
Figura 34 – Drenagem
sanguínea do duodeno.
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O jejuno é a parte do intestino delgado contínua ao duodeno, recebe este
nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. Quando comparado com
o íleo, o duodeno é mais dilatado, sua parede é mais espessa, mais
vascularizada e sua mucosa, além de apresentar um número maior de pregas
circulares, é de cor rósea mais forte.
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Figura 36 – Características anatômicas do íleo.
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Figura 37 – Irrigação
sanguínea do intestino
delgado.
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Intestino grosso
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Figura 40 – Vista geral do intestino grosso, suas divisões e componentes
anatômicos.
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Junto à transição cecocólica, internamente, encontra-se a papila ileal e,
no centro desta, o óstio ileal, onde se dá a desembocadura do íleo. As margens
da papila ileal formam os lábios ileocólico e ileocecal; na comissura desses
dois lábios observa-se o frênulo do óstio ileal.
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Figura 42 – Irrigação
sanguínea do intestino
grosso.
Figura 43 – Drenagem
sanguínea do intestino
grosso.
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A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que se
prolonga do ceco até o ânus, com as seguintes partes: cólon ascendente, cólon
transverso, cólon descendente e cólon sigmoide.
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interno; apresenta três disposições de suas fibras musculares, que são:
subcutâneo, superficial e profundo.
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Figura 45 – Reto e canal anal, em corte longitudinal, e seus componentes
estruturais.
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Figura 46 – Irrigação sanguínea da porção final do intestino grosso.
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Figura 47 – Drenagem sanguínea do reto e canal anal.
7. FÍGADO
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côncava, do diafragma, à qual se fixa pelo ligamento coronário e pelos
ligamentos triangulares, direito e esquerdo. A face visceral é irregularmente
côncava pela presença de impressões viscerais.
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Figura 49 – Vista da face visceral do fígado.
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Ainda nesta face visceral do fígado observa-se, logo acima da porta do
fígado, o lobo caudado e suas divisões em processo caudado e processo
papilar (Fig. 49).
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papila possui, ao redor do seu óstio, um pequeno esfíncter, que controla o fluxo
das secreções que por ali fluem (bile e suco pancreático).
8. PÂNCREAS
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A forma do pâncreas é piramidal, achatado no sentido ântero-posterior,
apresenta duas faces, anterior e posterior, e duas margens, superior e
inferior; sua localização é abdominal alta, posterior ao estômago. O
comprimento varia de 12,5 a 15cm e seu peso é de 14,95g, na mulher, e 16,08g
no homem. Divide-se em cabeça (alojada na margem côncava do duodeno),
colo, corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e cauda (Fig.
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ampola hepatopancreática (de Vater), situada na papila duodenal maior, cujo
orifício de desembocadura no duodeno é guarnecido pelo esfíncter da ampola.
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