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Os peritônios parietal e visceral são contínuos um com o outro por meio de reflexões da
serosa que fica os órgãos à parede do corpo. Estas fixações coletivamente constituem os
mesentérios e são denominadas de acordo com o órgão que sustentam. Vasos
sanguíneos, linfáticos e nervos cursam dentro dos mesentérios, atingindo os órgãos por
meio deles.
A parede do trato digestório compreende quatro camadas, ou túnicas. Estas são, de
dentro para fora: (1) a túnica muscular, (2) a túnica submucosa, (3) a túnica muscular
e (4) a túnica serosa, ou túnica adventícia.
A entrada da boca é definida pelos lábios, cuja aparência e mobilidade variam entre
espécies. As partes externas dos lábios são recobertas por pele pilosa típica, que muda
para membrana mucosa na junção mucotânea das margens labiais.
O palato duro é formado por elementos horizontais dos ossos incisivo, maxilar e
palatino, e sua membrana mucosa espessa envolvente é caracterizada por pregas
transversas proeminentes denominadas rugas palatinas.
O palato mole é uma lâmina musculosa que se estende em direção à base da epiglote.
Dentes
Alguns dentes possuem coroa curta separada da raiz pelo colo distinto. Esses dentes,
dos quais os incisivos dos ruminantes são um exemplo, estão descritos como
braqiodontes. Ao contrário, os incisivos do equino e os dentes molares possuem coroa
alta, reta e sem colo perceptível. Esses destes estão descritos como hipsodontes.
Superficial à dentina está a camada de esmalte, uma camada branca que consiste em
cristais inorgânicos. O esmalte é a substância mais dura no corpo. Ele também é
insubstituível, já que as células que o geram (ameloblastos) se perdem após a formação
do dente. Apenas as coroas dos dentes braquiodontes são recobertas com esmalte, ao
passo que quase todos os dentes hipsodontes possuem uma camada de esmalte, com
apenas uma região pequena e curta de raiz do dente ausente nesta camada.
Cimento (cemento) é uma camada fina em forma de osso na superfície do dente. Ele
recobre apenas a raiz dos dentes braquiodontes, mas se estende da raiz e recobre a coroa
do dente hipsodonte.
Ruminantes não possuem dentes caninos, e, embora possam ser bem desenvolvidos em
garanhões, eles são pequenos ou ausentes em éguas e cavalos castrados. Os dentes
caninos de suínos são grandes, especialmente em varrões, e nesta espécie geralmente
são chamados presas.
As presas suínas estão descritas como enraizados abertos, significando que continuam a
crescer por toda a vida. A presa inferior geralmente é muito maior do que seu par na
arcada superior. Em suínos, os caninos permanentes são precedidos por dentes decíduos
análogos; no equino, os caninos decíduos frequentemente estão ausentes ou são tão
pequenos que suas coroas não irrompem.
No equino jovem, apenas pequena parte de cada dente molar é visível, já que a maioria
das coroas se desenvolveu, mas não irrompeu pela gengiva. Por toda a vida do equino,
esses dentes continuam a irromper, de forma que eles mantêm suas alturas intra-oral
mesmo que estejam gastos por forragem áspera que o equino come. Os dentes molares
quinos não são de raiz aberta; nenhum novo tecido dentário é criado após o dente estar
inicialmente formado. Eles, em vez disso, são descritos como de erupção lenta. Por
causa deste fenômeno, os equinos ficam propensos a desenvolver cristas agudas
alongadas de esmalte em seus dentes molares. Estes são diferentemente denominados
pontos ou ganchos e podem causar dor considerável ao equino se cortarem as
bochechas, a língua e as gengivas moles. Por esta razão, é considerado de bom manejo
zootécnico desgastar os pontos ou ganchos periodicamente, um procedimento
denominado raspar os dentes que é feito com um raspador especial.
Língua
Consiste em uma massa muscular recoberta por mucosa. Dividida em um ápice livre na
terminação rostral, um corpo carnoso e uma raiz caudal adjacente à faringe. Toda a
língua é móvel dadas suas fixações musculares ao aparelho hióde e à mandíbula. Os
músculos da língua (músculos intrínsecos) possuem fibras orientadas nas direções
longitudinal, perpendicular e transversa, permitindo à língua variação ampla de
movimentos. Isto é particularmente evidente no bovino, que utiliza sua língua como
órgão de preensão.
A língua é recoberta por epitélio escamoso estratificado ceratinizado. A superfície é
caracterizada por grande número de projeções, as papilas, que são particularmente bem
desenvolvidas na superfície dorsal.