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Texto de Apoio da Cadeira de Estomatologia

Curso: Tecnico de Medicina Geral

Elaborado Por: dr.Sebastião Gimo


A estrutura do Cranio

O crânio humano consiste em cerca de 22 a 30 ossos individuais, que são em sua


maioria conectados uns aos outros por articulações ossificadas, as chamadas suturas. Ele
é subdividido nos ossos faciais (esqueleto facial) e na calota craniana (esqueleto
cerebral). O esqueleto facial protege e suporta as estruturas faciais subjacentes, e
envolve os globos oculares, enquanto a calota craniana abriga o cérebro, além das
estruturas dos ouvidos médio e interno (orelhas média e interna).

Maxilar

Nos mamíferos, o maxilar é a estrutura da região frontal do crânio que suporta os dentes
superiores e forma uma parte do palato, da cavidade nasal e da órbita ocular. Em
zoologia, por vezes, usa-se a palavra maxilar (por exemplo, "maxilar inferior", nos
mamíferos) para designar também a mandíbula.
Componentes

Cada metade da maxila fundida pode ser divida em:

 Corpo da maxila;
 Forame infraorbital;
 Seio maxilar e;
 Quatro processos:
 processo zigomático
 processo frontal
 Processo alveolar
 Processo palatino

Boca
A boca faz parte do sistema digestivo como abertura anterior do tubo digestivo dos
animais e onde inicia-se o processo da digestão no homem. Geralmente localiza-se na
parte frontal da cabeça do animal. A boca é formada pelos dentes, língua, gengiva,
palato – céu da boca –, bochecha e lábios. Esse grupo é responsável pelo início da
digestão. Um adulto tem 32 dentes e uma criança tem em sua dentição decídua ou
primária 20 dentes . A função dos quatro incisivos, que ficam na parte da frente da
arcada, é cortar a comida.
De fato a boca é simplesmente uma cavidade, a cavidade oral, porém essa cavidade está
rodeada de estruturas dinâmicas que lhe conferem propriedades distintas de outras
estruturas do corpo, mais ainda, quando a boca está situada na face, integrando a
unidade crânio-facial, que caracteriza um indivíduo, especialmente no relativo a suas
funções de relacionamento com o ambiente, constituído, principalmente, por outros
indivíduos da mesma espécie humana. Isso significa que a boca cumpre um importante
papel na vida de relacionamento, servindo como "posto de fronteira" do organismo em
contato com ambientes que sejam capazes de julgar a esse organismo como uma
entidade peculiar, que pode representar uma variação do ambiente ecotópico.

Lingua
A língua (do latim lingua) é um órgão muscular relacionado ao sentido do paladar, à
deglutição dos alimentos e à formação dos fonemas da fala. Fica localizado na parte
ventral da boca da maior parte dos animais vertebrados.

Amígdalas
As amígdalas ou tonsilas palatinas são órgãos constituídos por aglomerados de tecido
linfático. Esses dois órgãos ficam na parte oral da faringe, localizados, portanto, no
trajeto do sistema respiratório e digestório. Cada amígdala possui cerca de 20
invaginações que formam as chamadas criptas. Nessas criptas podem se acumular
micro-organismos, linfócitos e células epiteliais, o que pode ocasionar amidalites (ou
amigdalites)."

Palato
O palato (ou céu da boca) é o teto da boca dos animais vertebrados, incluindo os
humanos. Ele separa a cavidade oral da cavidade nasal. O palato é dividido em duas
partes, a parte óssea anterior ("palato duro") e a parte mole posterior ("palato mole" ou
"véu palatino").

Função das amígdalas


As amígdalas destacam-se por serem produtoras de linfócitos, ou seja, de células de
defesa do organismo. Assim, elas estão relacionadas com a proteção do organismo
contra antígenos que entram em nosso corpo pelo ar ou por meio da nossa alimentação."
Veja mais sobre
Gengiva
A gengiva é encontrada na cavidade oral ou boca dos seres humanos. Ela consiste de
tecido mucoso que recobre as apófises alveolares da maxila e da mandíbula, e terminam
no colo de cada dente. Ao contrário da restante mucosa oral, que possui muitas
glândulas salivares acessórias, a gengiva não possui submucosa nem glândulas.

Tipos de Gengiva
Existem dois tipos de gengiva que são claramente reconhecíveis, e são conhecidos como
gengiva marginal, que é móvel e gengiva fixa.
Gengiva marginal
A gengiva marginal é uma faixa de 1,5 mm de tecido gengival que envolve o colo dos
dentes, e é conhecida por esse nome devido ao fato de que a parede interna forma a
parede gengival do sulco. Isso significa que quando um dispositivo é colocado na
margem gengival de uma boca saudável, ele pode ser inserido até três milímetros no
sulco formado entre o dente e a mucosa, devido ao fato de que o tecido mole é móvel.
A gengiva está em íntimo contato com os dentes. Para conhecer melhor a anatomia
deles, confira o material a seguir.
Gengiva fixa
A gengiva fixa é o tecido gengival que encontra-se entre a gengiva móvel e a gengiva
alveolar. Possui quatro a cinco milímetros de largura e não é removível das estruturas
subjacentes sem causar danos.
Dente
É uma estrutura localizada na boca que é dura, mineralizada, saliente e esbranquiçada
composta por polpa, dentina e esmalte que é originada no maxilar e na mandíbula (ou
arcada dentária no ser humano) de muitos vertebrados. É usado para cortar, prender e
triturar alimentos, preparando-os para serem deglutidos.

Constituição do Dente
O dente humano e constituido por duas partes: Coroa e Raizes
Coroa: em dentes saudáveis, esta deve ser a única parte visível. A superfície da coroa
determina a função do dente. Por exemplo, os incisivos são planos e têm forma de
“lâmina de faca” para cortar, os caninos são aguçados para rasgar, enquanto que
osmolares e pré-molares têm superfícies planas e largas para mastigar convenientemente
os alimentos.
Raiz: é a parte do dente que está envolvida pelo osso e gengiva e tem como função
manter os dentes fixos ao maxilar. A raiz constitui até dois terços do dente.

Estrutura do Dente
1- Esmalte: é a estrutura que recobre a coroa dos dentes, sendo o tecido mais
mineralizado do organismo e o mais resistente. A sua coloração varia entre o
amarelo claro e o branco acinzentado.

2- Dentina: esta camada está situada por baixo do esmalte e do cemento e constitui o
mais extenso tecido dentário, incluindo no seu interior tecido nervoso responsável
pela condução dos estímulos dolorosos. É também um tecido vivo mineralizado, no
entanto, muito menos resistente que o esmalte à acção destruidora dos ácidos.
3- Polpa: é o tecido mole que se encontra no centro do dente e neste situam-se o nervo
dentário e os vasos sanguíneos do dente. Se a destruição atingir a polpa, a dor torna-
se insuportável.

4- Gengiva: é um tecido mole que rodeia os dentes e a sua cor varia entre o cor-de-
rosa e o vermelho.

5- Cemento: é a porção externa da raiz dentária e tem como função ligar o dente e o
osso.

6- Osso alveolar: é o osso do maxilar que rodeia os dentes. Deste osso partem fibras
de ligamento periodontal em direcção ao cemento dentário, ou seja, são fibras que
ligam os dentes ao osso alveolar.

7- Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são tubos ocos, como canos, que transportam sangue pelo corpo. O
sangue distribui oxigênio e nutrientes para todas as partes do corpo e remove resíduos,
como dióxido de carbono. As artérias têm paredes espessas revestidas com músculo.

8- Nervo
O nervo do dente faz parte de uma das 3 principais partes da estrutura do dente, a polpa
dentária, incluindo também o esmalte e a dentina.
A polpa, por sua vez, é a estrutura interna do dente, sendo formada por tecido
conjuntivo frouxo muito vascularizado e inervado e odontoblastos que também são
células da dentina e que formam a superfície pulpar. A polpa dentária tem origem
embriológica na papila dentária.

Tipos de Dentes e Sua Função


A maioria de nós sabe quão importante é cuidar dos dentes, mas você sabe quais são os
diferentes tipos de dentes que temos e como nós os usamos? Os dentes não só ajudam
você a morder e mastigar, mas também têm um papel importante na fala e dão suporte a
vários aspectos na estrutura do seu rosto. De acordo com a própria Colgate, há quatro
tipos de dentes na sua boca, e cada um deles possui uma função levemente diferente.
Além disso, há três formações raras que podem ocorrer em uma arcada dentária em
processo de crescimento. Vejamos quais são esses tipos e o nome dos dentes
correspondentes:
Incisivos
Na frente da boca estão oito dentes finos e retos chamados incisivos – quatro na parte
superior e outros quatro na parte inferior –, que cortam a comida que você come e
ajudam a pronunciar as palavras que você fala. Os incisivos também dão suporte aos
lábios.
Caninos
Ao lado dos incisivos superiores e inferiores estão os caninos, somando um total de
quatro. Esses dentes são pontiagudos e, tal como os incisivos, cortam ou estraçalham a
comida e dão suporte aos lábios. Outra função dos caninos é ajudar a guiar todos os
dentes para o seu lugar certo quando a mandíbula e a maxila (parte de cima da
mandíbula) se juntam.
Pré-molares
Atrás dos caninos estão os pré-molares, que têm o topo achatado e são usados para
mastigar a comida e manter a altura do rosto. Há oito pré-molares na boca de um adulto,
quatro em cima e quatro embaixo.
Molares
Perto dos pré-molares estão os molares. Esses são os seus dentes mais largos e mais
achatados, e somam 12 ao total: seis na maxila e seis na mandíbula. A Associação
Americana de Dentistas (ADA, em inglês) descreve os dentes do siso como os quatro
molares no fundo da boca, tanto em cima quanto embaixo, e eles são os últimos a
aparecer durante a juventude (você pode ver um conteúdo similar e em português aqui
no site da Colgate). Limpar os dentes do siso pode ser difícil porque eles estão lá no
fundo da boca, mas escovas dentais ultrafinas como a Colgate ® SlimSoft ™ podem
ajudar. Assim como os pré-molares, os molares são usados para triturar a comida e
manter a altura do rosto. Os molares inferiores possuem duas raízes, enquanto os
molares superiores têm três.
Tipos de Dentição
A primeira (dentição de “leite” ou “decidua”) é formada por 20 dentinhos, sendo 10 em
cada arcada. Esta dentição inicia-se por volta dos 6 meses de idade e completa-se por
volta dos 2 anos. Aos 6 anos a criança ganha o primeiro dente permanente (1ºs
molares), que vem logo atrás dos últimos molares de “leite”, nessa fase começa a troca
dos dentes de “leite” pelos permanentes.
Primeira Dentição ( Decidua ou de Leite)
A primeira dentição (“dentes de leite”) é formada por 20 dentinhos, sendo 10 em cada
arcada. Esta dentição inicia-se por volta dos 6 meses de idade e completa-se por volta
dos 2 anos.
Dentição Permanente
Por volta dos 6 anos a criança ganha o primeiro dente permanente. Nessa fase começa a
troca dos dentes de “leite” pelos permanentes. Por volta dos 13 anos, a dentição
permanente está quase completa, faltando apenas os 4 dentes do “siso” (terceiros
molares), que erupcionam entre 17 e 30 anos.
O adulto tem 32 dentes permanentes, sendo 16 em cada arcada.

Faces dos Dentes


Dar nome as partes das estruturas bucais ajuda a odontologia a evoluir. Além disso,
facilita a comunicação entre os profissionais da área. Assim surgiram nomes para
diversas partes da parte, como as faces do dente. Nesse artigo, vamos explicar o que são
as faces do dente. Quantas faces existem? Por que essa nomenclatura foi necessária?
Confira todos os detalhes! As faces do dente são os “lados do dente”. Comparando o
dente a uma caixa, cada lado da caixa seria uma face do dente!
Existem quatro faces, mas cada face tem suas subdivisões! Parece difícil, mas a divisão
é feita justamente para que não exista nenhuma confusão por conta da nomenclatura. A
seguir, listamos as faces e cada uma de suas subdivisões:
Faces Livres As faces livres são aquelas que não mantém contato com outros dentes.
Elas são duas:
Face vestibular: é a frente do dente. Essa face fica voltada para os lábios ou bochecha.
Face lingual/palatal: é parte de trás do dente. Essa face fica voltada para o palato ou
para a língua.
Cada face livre pode ser subdividida em terços. Imagine três linhas verticais e três
linhas horizontais, formando nove quadrados iguais. Isso é colocado sobre a coroa do
dente e cada linha e coluna ganham um nome próprio:
Na horizontal: terço mesial, terço médio, terço distal; Na vertical: terço oclusal/incisal,
terço médio, terço cervical. Essa subdivisão é feita para que a identificação seja precisa.
Por exemplo, se o dentista identificar uma cárie na face vestibular, pode ser em qualquer
parte dessa face.
No entanto, se a cárie for identificada na face vestibular, no terço mesial com o terço
médio, a área afetada é mais específica e fácil de ser encontrada por outro profissional.
Faces Proximais
As faces proximais são as duas faces que fazem contato com os dentes vizinhos. Cada
uma tem um nome próprio:
 Face mesial: é a face voltada para a linha média.
 Face distal: é a face voltada para o fim do arco.
Assim como as faces livres, as faces proximais são divididas em terços. A divisão é
feita da mesma forma, mas os nomes das colunas e linhas mudam,
 Na horizontal: terço cervical, terço médio, terço incisal.
 Na vertical: terço lingual, terço médio, terço vestibular.
Essa subdivisão é feita pelos mesmos motivos que a divisão das faces livres!
Face oclusal
A face oclusal é o topo dos dentes posteriores. Essa face também pode ser reconhecida
como o lado cortante dos posteriores, que fica voltada para o dente antagonista.
Assim como as duas faces que já citamos, a face oclusal também é dividida em terços.
Aqui, os nomes são:
 No sentido mésio-distal: terço mesial, terço médio, terço distal.
 No sentido vestíbulo-lingual: terço vestibular, terço médio, terço lingual.
Borda incisal
Os dentes anteriores não possuem um “quinto lado”, ou melhor, uma face oclusal. É por
isso que foi criado o termo borda incisal, que define o encontro das faces vestibular e
lingual.
Nomenclatura dos Dentes
Existe um total de trinta e dois dentes na cavidade oral de um adulto com dentição
saudável. Metade, ou dezesseis, são fixados à maxila, enquanto a outra metade
encontra-se na mandíbula. Os nomes dos dentes em cada arcada são intuitivos - os
dezesseis dentes superiores, que se fixam à maxila, são chamados de 'dentes da arcada
superior' ou 'dentes maxilares', enquanto os da metade inferior são chamados de 'dentes
da arcada inferior', ou 'dentes mandibulares'. Cada arcada é um espelho da arcada
oposta, contendo tipos de dentes correspondentes, porém não idênticos.
Os dentes em cada fileira ou arcada são divididos em quatro grupos, nomeados
conforme a seguir, da linha dentária média em direção às laterais:
Incisivos (4) - incisivos centrais (2) e incisivos laterais (2)
Caninos (2)
Pré-molares (4) - primeiros pré-molares, seguidos dos segundos pré-molares
Molares (6) - primeiros molares, em seguida segundos molares e finalmente os
terceiros molares (dentes sisos)
Com o objetivo de simplificar a identificação dos dentes, os profissionais de
odontologia usam uma variedade de sistemas de numeração.
Sistema de notação
FDI O sistema de notação FDI leva esse nome pois foi desenvolvido pela Féderation
Dentaire Internationale. Ele também é conhecido como sistema ISO. É considerado o
padrão internacional para a numeração e nomeação de dentes, conforme definido pela
Organização Mundial da Saúde. Cada dente é denotado por dois números.
O primeiro número se refere ao quadrante em que o dente está localizado:
Quadrante superior direito = 1
Quadrante superior esquerdo = 2
Quadrante inferior esquerdo = 3
Quadrante inferior direito = 4
O segundo número refere-se à posição do dente dentro do quadrante:
Incisivo central = 1
Incisivo lateral = 2
Canino = 3
1º pré-molar = 4
2º pré-molar = 5
1º molar = 6
2º molar = 7
3º molar = 8
Portanto, para identificar o segundo pré-molar do quadrante superior esquerdo, por
exemplo, usa-se a notação: '25'.
Sistema de numeração universal
O sistema de numeração universal da American Dental Association é usado
principalmente nos Estados Unidos. Os dentes são numerados de 1 a 32; superiormente
da direita para a esquerda e inferiormente da esquerda para a direita.
Dentes e Número de Raizes

A média de raízes dentárias são:

 Incisivos e Caninos (dentes anteriores superiores): apresentam uma raiz,


 Incisivos inferiores: apresentam uma raiz
 Caninos Inferiores: quase a totalidade apresenta uma raiz
 Primeiro pré-molares superiores: apresentam 2 raízes
 Segundo pré-molares superiores: apresentam em 50% dos casos uma raiz
 Pré-molares inferiores: apresenta quase em sua totalidade uma raiz
 Molares superiores: apresenta praticamente 100% três raízes
 Molares inferiores: apresentam na sua maioria 3 raízes

Falta de vitaminas & manifestações bucais.

Nas férias acabamos abusando um pouco de má alimentação, hábitos nocivos e


exagerados, portanto, não deixe de ter uma alimentação balanceada, exposição ao
sol com moderação e proteção e se hidrate bastante, certo?

A maioria dos trabalhos pesquisados relatam algum tipo de manifestação sistêmica e


oral provocada pela deficiência de vitaminas, neste contexto, temos que ter ciência
que, a nutrição é importante para a manutenção da saúde oral.

As deficiências de vitaminas podem levar a:

 C – Danos nos tecidos periodontais; como a gengivite escorbútica e


esfoliação dental.
 K – Hemorragias nos tecidos orais.
 Complexo B – Patologias como queilites, glossites e estomatites
 D – Hipoplasia acentuada do amarelado para amarronzado do esmalte
dentário em todos os dentes permanentes, má oclusão e doenças periodontais
crônicas.

Analisando estas questões podemos enfatizar que, todas estas patologias poderiam
ser evitadas através de uma dieta alimentar adequada e se indicado, uma
suplementação também pode ser feita.
Fatores orgânicos e hábitos também estão associados ao início da progressão da
doença periodontal e incluem: fumo, diabete, osteoporose e osteopenia, stress e a
presença de uma patogenia periodontal.

A deficiência da vitamina C, tem como resultado uma deficiência na formação de


colágeno, consequentemente, todos os órgãos compostos por ele como, pele,
periodonto, etc… são afetados. Com a ingestão de 60 mg ao dia, 80 à 90% da
vitamina C é absorvida e mantém o corpo em um nível adequado, toda havia, para
os fumantes vale o alerta, pois, a vitamina C no sangue do fumante pode ter sua
absorção diminuída em comparação aos dos não fumantes.

Recomendações de ingestão diária:

Primeiramente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomenda a


dose dietética de 45 mg de AA, fundamentando-se na prevenção da doença de
deficiência de vitamina C, o escorbuto (ANVISA, 2004), porém, o nível de
suplementação em torno da atual RDA (Recommended Dietary Allowance) de
vitamina C para mulheres e homens não fumantes é de 75 mg e 90 mg,
respectivamente, estando muito abaixo daquela realmente necessária para manter
uma boa saúde (LIU, 2009), neste caso, o recomendado é procurar profissional
especializado para entender as necessidades individuais.

Os cirurgiões Dentistas:

Diante deste contexto os cirurgiões dentistas devem saber diagnosticar e associadas


as avitaminoses preocupando-se em orientar os pacientes quanto a importância da
higiene e de uma alimentação balanceada para a saúde oral.

E em caso de anormalidades, indicar que o paciente procure um profissional de


saúde especializado.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados


podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As
informações disponíveis possuem apenas caráter educativo e informativo.
O histórico clínico
é uma relação de todos os dados e informações sobre a saúde de uma pessoa. Sendo
assim, de acordo com o artigo científico “Agonia da história clínica e suas
consequências para o ensino médico”, a história clínica é uma ferramenta indispensável
para a boa formação do profissional de saúde.
Segundo o conteúdo publicado na Revista Brasileira de Educação Médica, “a história
clínica não é um “formato” ou uma formalidade, mas sim um acontecer sucessivo das
queixas do paciente e do que o médico realmente fez em seu benefício”. Na prática, essa
ferramenta consiste na combinação das informações coletadas na anamnese e no exame
físico.
A partir do histórico de diferentes fases da vida, o médico possui um meio de estudo
sobre a saúde do paciente. Esse conjunto de dados é muito rico e oferece ideais que
nortearão a investigação médica em busca do diagnóstico. Além disso, a história clínica
também reúne informações que permitem traçar uma linha do tempo com todas as
doenças e problemas que determinado paciente já enfrentou.
Sendo assim, a história clínica é uma espécie de relatório que reúne, num só local, as
doenças atuais e pregressas, além de enfermidades presentes na família, resultados de
exames, fichas de anamnese, entre outros. Esse documento deve ser armazenado pela
instituição de saúde com sigilo e segurança, junto ao prontuário do paciente.
A importância de acompanhar a história clínica
A história clínica, além de tudo, é um documento que serve como norteador para o
profissional da saúde. Com ele, o médico consegue identificar diversos fatores sobre a
condição de saúde do paciente. Dessa forma, é possível entender alguns sintomas e ligá-
los a possíveis diagnósticos, assim como prever patologias genéticas ou possíveis
agravamentos.
Por exemplo, diversas doenças são assintomáticas e, portanto, mais desafiadoras no
momento do diagnóstico. No entanto, muitas delas podem ser cogitadas se o médico
avaliar o histórico clínico do paciente e fizer uma análise de suas doenças pregressas.
Além disso, antes de receitar qualquer medicamento ou tratamento, o médico precisa ter
informações do que já foi realizado, quais foram os resultados obtidos e o que
funcionou melhor em cada situação. Isso especialmente se o paciente possui alguma
alergia ou restrição. A ficha de história clínica, portanto, guarda informações preciosas e
relevantes para o bom atendimento médico.
O que analisamos na historia clinica
O documento de história clínica é recheado de informações valiosas para o médico.
Inicialmente, ele apresenta informações como nome completo, data de nascimento,
sexo, endereço, telefone e outras opções de contato. Mas, para além dos dados de
identificação do paciente, a história clínica também contém:
1 – Informações físicas
O corpo pode dizer muito a respeito da saúde de um paciente. Dentre as informações
que precisam ser avaliadas, já que estão relacionadas a doenças específicas, estão:
altura, peso, cor, tipo sanguíneo, uso contínuo de medicamentos, vícios, atividades
físicas, sedentarismo, entre outras.
2 – Histórico recente
Nesta etapa, são preenchidas e armazenadas informações mais direcionadas à saúde e
dados recentes do paciente. Essas informações são valiosas para que o médico possa
considerar possíveis complicações, efeitos colaterais consequentes de algum
medicamento ou tratamento recém-receitado, por exemplo. Além disso, o médico
poderá verificar se o paciente estava bem, se passou ou passa por alguma doença, se foi
recentemente internado ou fez alguma cirurgia nos últimos tempos. Lembrando que o
documento da história clínica sempre vai possuir dados fidedignos e confiáveis.
3 – Doenças crônicas
A história clínica deve conter todas as doenças crônicas do paciente. Elas são doenças
de progressão lenta que podem nos acompanhar durante grande parte da vida. Essas
patologias são fatores agravantes e apresentam sintomas específicos. Além disso, alguns
remédios e tratamentos não são indicados para pacientes com esse tipo de doença.
4 – Histórico familiar
Além do histórico do próprio paciente, devem ser analisadas as informações do
histórico de saúde da família, para poder avaliar se há a possibilidade de alguma doença
hereditária e genética. Essas informações devem ser de conhecimento médico.
5 – Histórico de medicamentos
Se atentar também aos medicamentos de uso contínuo ou aos que foram utilizados para
tratar determinada doença relatada é importante. Isso evita a prescrição de
medicamentos que possam cortar ou reduzir o efeito uns dos outros.
6 – Outras informações
É importante entender que cada paciente é único e pode apresentar suas
particularidades clínicas. Dessa forma, uma história clínica nunca vai seguir totalmente
um mesmo padrão. Por isso, não se prenda somente às informações básicas. Avalie tudo
o que paciente revelar no momento da anamnese.
Historia clinica na area de Estomatologia

O primeiro exame dental de rotina deve ocorrer por volta de 1 ano de idade ou
quando da erupção do primeiro dente. Avaliações subsequentes devem acontecer em
intervalos de 6 meses ou sempre que houver sintomas. O exame da cavidade oral é
parte do exame físico geral. Muitas doenças sistêmicas têm achados orais únicos,
algumas vezes patognomônicos, e podem ser o primeiro sinal da doença O câncer
oral é passível de ser detectado em estágio precoce.

História

Sintomas dentários importantes são sangramento, dor, má oclusão, novos


crescimentos, dormência ou parestesia e problemas de mastigação (ver tabela
Alguns sintomas orais e possíveis causas); sintomas dentários prolongados podem
diminuir a ingestão oral, levando à perda ponderal. Informações gerais incluem o
uso de álcool ou tabaco (ambos os fatores de risco de câncer de cabeça e pescoço) e
sintomas sistêmicos, como febre e perda ponderal.

Exame físico

Inspeção minuciosa requer boa iluminação, abaixador de língua, luvas e pacote de


gazes. Próteses dentais parciais ou totais são removidas para que os tecidos
subjacentes possam ser vistos.

A maioria dos médicos usa uma fonte de luz acoplada à cabeça. No entanto, como a
luz nem sempre pode ser precisamente alinhada ao eixo de visão, é difícil evitar a
formação de sombras em áreas mais estreitas. Melhores resultados de iluminação
são conseguidos com um espelho convexo montado na cabeça; o médico olha
através de um furo no centro do espelho, de modo que a iluminação é sempre no
eixo da visão. O espelho frontal reflete a luz emitida por uma fonte (qualquer luz
incandescente) localizada atrás e em um dos lados do paciente e requer certa prática
para seu uso efetivo.

Face

Verrugas orais Verrugas orais © SPRINGER SCIENCE+BUSINESS MEDIA


Língua geográfica (com língua fissurada) Língua geográfica (com língua fissurada)
O examinador inicialmente observa a face na busca de assimetrias, tumorações e
lesões de pele. Ligeira assimetria facial é normal, porém uma assimetria mais
pronunciada pode indicar alguma doença subjacente, congênita ou adquirida

Dentes

Inspeciona-se nos dentes a forma, alinhamento, irregularidades, mobilidade, cor e


presença de placa aderente, matéria alba (bactérias mortas, restos de alimentos e
descamação epitelial) e cálculo dental (tártaro).

Os dentes são delicadamente tocados por um abaixador de língua ou o cabo de um


espelho clínico para testar a sensibilidade (percussão). A sensibilidade à percussão
sugere a presença de cáries (cárie dentária) profundas que causaram necrose pulpar
com abscesso periapical ou doença periodontal grave. Sensibilidade à percussão ou
dor à mordida também pode indicar fratura incompleta (em galho verde) de um
dente. A sensibilidade percussiva em múltiplos dentes superiores adjacentes pode
ser consequente à sinusite maxilar. Sensibilidade à palpação ao redor dos ápices
dentais também pode indicar abscesso.

Dentes soltos geralmente indicam doença periodontal grave, mas podem ser
causados por bruxismo (apertamento ou rangido dos dentes) ou traumatismo que
afete os tecidos periodontais. Raramente, os dentes ficam amolecidos quando o osso
alveolar é erodido por massa subjacente (p. ex., ameloblastoma, granuloma
eosinofílico). Suspeita-se de tumor ou causa sistêmica de perda de osso alveolar (p.
ex., diabetes mellitus, hiperparatireoidismo, osteoporose, síndrome de Cushing)
quando os dentes estão amolecidos, mas não há placa ou tártaro abundante.

O cálculo dental (tártaro) é a mineralização da placa bacteriana — uma concreção


de bactérias, resíduos alimentares, saliva e muco, com sais de cálcio e fosfato. Após
a higiene dental, um revestimento de mucopolissacarídios (película) é depositado
quase imediatamente. Após cerca de 24 h, a colonização bacteriana transforma essa
película em placa. Depois de aproximadamente 72 h, a placa começa a sofrer
calcificação, tornando-se tártaro. Quando presente, o tártaro é depositado, com mais
abundância, na face lingual (interna) dos dentes inferiores anteriores, próximo à
desembocadura dos ductos sublinguais e submandibulares (ductos de Wharton) e na
face vestibular dos molares superiores, próximo aos orifícios dos ductos parotídeos
(ductos de Stensen).
Cáries (cárie dentária) aparecem primeiro como manchas brancas/defeitos no
esmalte dentário devido à desmineralização. A progressão da cárie resulta em uma
lesão marrom cavitada. A remineralização de uma mancha branca resulta na
reparação do defeito no esmalte.

O desgaste dos dentes pode resultar da exposição ao ácido gástrico decorrente de


refluxo gastroesofágico (erosão), ação mecânica (abrasão) por bruxismo ou coroa de
porcelana que causa fricção no esmalte oposto (a porcelana é mais dura do que o
esmalte) ou envelhecimento. O desgaste torna a mastigação menos eficaz e faz com
que dentes não cariados se tornem dolorosos quando o esmalte erodido expõe a
dentina subjacente. A dentina é sensível ao toque e às mudanças de temperatura. O
dentista pode proceder a dessensibilização desses dentes ou restaurar a anatomia
dental, confeccionando coroas ou restaurações sobre dentes gravemente
desgastados. Nos casos de sensibilidade radicular leve, a raiz exposta pode ser
dessensibilizada pela aplicação de flúor ou nitrato de potássio ou agentes de união
dentinários.

Dentes deformados podem indicar distúrbio de desenvolvimento ou


endocrinológico. Na síndrome de Down, os dentes são pequenos, às vezes com
agenesia dos incisivos ou pré-molares laterais e incisivos inferiores em forma
cônica. Na sífilis congênita, os incisivos podem ser menores no terço incisal,
gerando aspecto em “cavilha” ou “chave de fenda”, com entalhe no centro da borda
incisal (dentes de Hutchinson), e o 1º molar é pequeno, com pequena superfície
oclusal, a qual é grosseira, de aspecto lobulado, frequentemente com hipoplasia de
esmalte (molar em amora). Na displasia ectodérmica, os dentes estão ausentes ou
são cônicos, de tal modo que podem ser necessárias próteses desde a infância.

A dentinogênese imperfeita, distúrbio congênito autossômico dominante, gera


dentina anormal, com tonalidade castanho-azulada, opalescente, que não suporta
adequadamente o esmalte sobrejacente. Esses dentes não suportam o estresse oclusal
e ficam desgastados com rapidez.

Pessoas com nanismo hipofisário ou hipoparatireoidismo congênito têm raízes


dentárias curtas; pessoas com gigantismo as têm grandes. A acromegalia causa
excesso de cemento nas raízes, bem como alargamento da mandíbula, de forma que
os dentes podem se apresentar com amplo espaço entre eles. A acromegalia também
pode causar mordida aberta, uma condição que ocorre quando os incisivos
superiores e inferiores não entram em contato quando as mandíbulas se fecham.

Incisivos laterais congenitamente estreitos podem existir na ausência de doença


sistêmica. As ausências dentais congênitas mais comuns são de terceiros molares,
seguidas em frequência pela ausência de incisivos laterais superiores, e segundos
pré-molares inferiores.

Defeitos na coloração dentária devem ser diferenciados de escurecimento ou


amarelamento que são provocados por pigmentos, envelhecimento, e, sobretudo,
tabagismo. Um dente pode parecer cinza por causa de necrose pulpar, geralmente
decorrente de extensas cáries penetrando a polpa, ou em virtude do depósito de
hemossiderina na dentina após traumatismo, com ou sem necrose da polpa.

Os dentes da criança escurecem de forma considerável e até permanentemente após


o uso de tetraciclina, mesmo por curto tempo, pela mãe, durante a 2ª metade de sua
gestação ou pela própria criança durante a odontogênese (desenvolvimento
dentário), especificamente na fase de calcificação das coroas, o que ocorre até os 9
anos de vida. As tetraciclinas raramente causam pigmentação de dentes totalmente
formados em adultos. No entanto, a minociclina escurece os ossos, o que pode ser
observado na boca, quando gengiva e mucosa sobrejacentes são finas. Os dentes
acometidos fluorescem com cores diferentes sob a luz ultravioleta, de acordo com a
tetraciclina ingerida.

Na porfiria congênita, tanto os dentes decíduos como os permanentes podem


apresentar pigmentação avermelhada ou acastanhada, mas sempre fluorescem de
forma avermelhada graças ao pigmento que se deposita na dentina.
Hiperbilirrubinemia congênita ocasiona pigmentação amarelada dos dentes.

Os defeitos do esmalte dental podem ser provocados por raquitismo, gerando faixa
áspera, irregular no esmalte. Qualquer doença febril prolongada durante a
odontogênese pode ocasionar área estreita de depressões no esmalte, com aspecto
calcário ou simplesmente pigmentação esbranquiçada após a erupção do dente.
Portanto, a idade em que a doença ocorreu e a sua duração podem ser estimadas por
localização e altura da faixa malformada.
Corrosão do esmalte também ocorre na esclerose tuberosa e síndrome de Angelman.
A amelogênese imperfeita, doença autossômica dominante, causa hipoplasia grave
do esmalte. Vômitos crônicos e refluxo esofágico podem provocar descalcificação
das coroas dentais, primariamente as faces palatinas dos dentes superiores
anteriores.

O hábito crônico de aspirar cocaína pode resultar em descalcificação disseminada


dos dentes, uma vez que o fármaco gera dissociação da saliva em uma base e ácido
hidroclórico. O uso regular de metanfetaminas induz xerostomia, que aumenta
acentuadamente a incidência de cáries e a inflamação periodontal ("boca
anfetamínica").

Nadadores que passam longos períodos em piscinas com tratamento de cloro podem
perder o esmalte da face vestibular dos dentes, em especial os incisivos superiores,
caninos e 1ºs pré-molares. Se houver acréscimo de carbonato de sódio à água da
piscina, para corrigir seu pH, cálculos acastanhados se desenvolvem, removíveis à
limpeza dental.

A fluorose se manifesta pelo esmalte mosqueado que pode se desenvolver em


crianças que ingerem água contendo > 1 ppm de flúor, durante o desenvolvimento
dentário. A fluorose depende da quantidade de flúor ingerida e da idade da criança
durante a exposição. As mudanças do esmalte variam desde áreas opacas
esbranquiçadas irregulares à pigmentação acastanhada grave de toda a coroa, com
superfície rugosa. Esses dentes são altamente resistentes à cárie.

Boca e cavidade oral

Os lábios são palpados. Com a boca do paciente aberta, as mucosas jugal e labial
são examinadas com um abaixador de língua; então, palatos duro e mole, úvula e
orofaringe são visualizados. Solicita-se que paciente estenda ao máximo a língua, e,
assim, movê-la ao máximo para cada lado, de forma que se visualize sua superfície
posterolateral de cada lado. Se o paciente não realizar a protrusão o suficiente para
expor as papilas circunvaladas, o examinador traciona a língua por sua ponta, com o
auxílio de uma gaze. A língua deve ser elevada para se visualizar sua face ventral e
o assoalho bucal. Dentes e gengiva são visualizados.
Distribuição anormal de mucosa queratinizada ou não queratinizada demanda
atenção especial. Tecido queratinizado que ocupa áreas normalmente não
queratinizadas se apresenta esbranquiçado. Essa condição, denominada
leucoplaquia, requer biópsia, pois pode ser lesão maligna ou pré-maligna. Mais
perigosas, porém, são as áreas de adelgaçamento de mucosa. Tais áreas
avermelhadas, chamadas de eritroplaquias, se presentes por, no mínimo 2 semanas,
em particular na face ventral da língua e no assoalho bucal, sugerem displasia,
carcinoma in situ, ou câncer.

Munido de luvas, o examinador palpa os vestíbulos e o assoalho da boca, incluindo


as glândulas sublinguais e submandibulares. Para tonar essa palpação mais
confortável, o examinador sugere que o paciente relaxe a boca, mantendo abertura
suficiente apenas para permitir o acesso de suas mãos.

Articulação temporomandibular

A articulação temporomandibular é examinada, observando se há desvio da


mandíbula à abertura da boca, e por meio de palpação da cabeça de seu côndilo,
anteriormente ao meato auditivo externo. Os profissionais de saúde efetuando o
exame introduzem então os dedos mínimos nos canais auditivos externos com as
polpas das pontas dos dedos tracionando levemente a parede anterior enquanto o
paciente abre e fecha a boca repetidamente. Os pacientes também devem abrir a
boca o suficiente, de forma que caibam 3 de seus dedos entre os incisivos, na
vertical (tipicamente 4 a 5 cm).

Trismo, a incapacidade de abrir a boca, pode indicar distúrbio temporomandibular


(a causa mais comum), pericondrite, esclerose sitêmica, artrite, ancilose da
articulação temporomandibular, deslocamento do disco articular, tétano ou abscesso
peritonsilar. Raramente, a abertura excessiva da boca sugere subluxação ou
síndrome de Ehlers-Danlos do tipo III.

Exames

Para um paciente novo, ou para alguém que requeira tratamento extensivo, o


dentista solicita séries radiográficas de boca inteira. Essa série consiste em 14 a 16
radiografias periapicais para mostrar raízes e ossos, mais 4 radiografias
interproximais para detectar cáries precoces entre os dentes posteriores. Técnicas
modernas reduzem a exposição à radiação a um nível quase desprezível.

Pacientes com alto risco de cáries (isto é, ou seja, aqueles nos quais as cáries foram
detectadas durante o exame clínico, os que têm muitas restaurações, ou têm cáries
recorrentes em dentes previamente restaurados) devem ser submetidos a radiografias
interproximais a cada 6 a 12 meses. Caso contrário, radiografias interproximais são
indicadas a cada 2 a 3 anos.

Radiografia panorâmica pode revelar informações úteis sobre o desenvolvimento


dental, cistos ou tumores mandibulares, dentes supranumerários ou congenitamente
ausentes, impactação de terceiros molares, síndrome de Eagle (com menos
frequência) e placas ateromatosas de carótidas.
Odontograma
Odontograma
Odontograma
Carie Dentaria

A cárie é uma infecção dos dentes causada por bactérias naturalmente presentes na
boca e que se acumulam formando placas duras e difíceis de serem removidas em
casa. Nesta placa, as bactérias vão aos poucos perfurando o esmalte dos dentes e
causando dor e desconforto quando chegam nas partes mais profundas dos dentes.

Principais Fatores que Influêcia no Aparecimento da Carie Dentaria

Principais fatores que inlunenciam na apareção da carie dentaria são quatro fatores
nomeadamente. O Dente, O Tempo, Dieta, Placa Bacteriana.

No ambiente bucal, que são: a presença de placa bacteriana sobre os dentes, em


segundo o substrato, que são preferencialmente açúcares provenientes dos alimentos
ingeridos e, por último, o tempo que os dois primeiros vão permanecer em contato
com a superfície dental.

Traduzindo, para que a cárie aconteça é necessário que a escovação seja ruim e que
reste sobre os dentes placa bacteriana, somado a isso teremos uma ingestão
frequente de alimentos cariogênicos que vão fornecer o alimento para as bactérias.
Isso acontecendo com frequência (tempo), faz com que o ácido produzido pelas
bactérias, que é resultado da “digestão do alimento”, ataque a superfície do dente,
causando uma erosão. Assim se dá o processo da cárie, explicando de uma forma
muito simples.

Outros fatores importantes para o aparecimento da carie dentaria são:

Individuos que produzem muita saliva tem menor proprablidade de contrir a carie
dentaria em relação aqueles que produzem pouca saliva, individuos com duenças
cronicas tambêm tem maior proprablidade de contrair carie dentaria, indiviuos que
tomam medicamentos como por exemplo Citosistaticos e Tranquilizantes tambêm
tem maior proprabilidade de contrair carie denteria.

Sintomas e Sinais da Cárie Dentaria

Os principais sintomas indicativos de cárie são:

 Dor de dente;
 Dor que piora ao comer ou beber algo doce, frio ou quente;
 Presença de furinhos em um ou mais dentes;
 Manchas marrom ou brancas na superfície do dente;
 Sensibilidade ao tocar em um dente;
 Gengiva inchada e dolorida.

Na fase inicial, muitas vezes a cárie não apresenta qualquer sintoma e, por isso,
quando surgem os primeiros sintomas é muito importante ir imediatamente ao
dentista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, evitando
complicações como uma infecção mais grave ou a perda de um dente, por exemplo.

Principais causas

A principal causa de cárie é a falta de higienização bucal adequada, pois nesses


casos o excesso de bactérias presente na boca e o resto de alimentos não são
devidamente removidos, o que favorece o desenvolvimento de placas e cáries. Além
disso, o consumo exagerado de alimentos com açúcar, como bolos, doces ou
biscoitos, são fatores que facilitam o desenvolvimento de bactérias nos dentes.

A principal bactéria relacionada com a cárie é a Streptococcus mutans, que está


presente no esmalte dos dentes e que se desenvolve quando há grandes quantidades
de açúcar na boca. Assim, para captar maior quantidades de açúcar possível, essas
bactérias unem-se em grupos, dando origem às placas bacterianas. Além disso,
produzem ácido que corrói o esmalte do dente e destrói os minerais presentes, o que
pode favorecer a quebra desse dente.

Apesar de ser causada por uma bactéria, a cárie não é transmitida de pessoa para
pessoa por meio de beijos ou compartilhamento de objetos, isso porque está
diretamente relacionada com os hábitos alimentares e de higiene de cada pessoa.

Prevênção da Carie Dentaria

A melhor estratégia para evitar a cárie é escovar os dentes pelo menos 2 vezes por
dia para eliminar os restos de comida dos dentes e evitar a formação de placa
bacteriana, além de passar o fio dental de forma regular, pois ajuda a remover restos
de comidas que possam estar entre os dentes e que não conseguiram ser removidos
apenas com a escovação. Outros cuidados importantes para prevenir a cárie são:

 Diminuir o consumo de açúcar e de alimentos que grudam nos dentes;


 Preferir um creme dental com flúor sempre que escovar os dentes;
 Comer 1 maçã depois da refeição para limpar os dentes;
 Comer 1 fatia de queijo amarelo como cheddar, por exemplo para
normalizar o pH da boca, protegendo os dentes das bactérias que causam
cáries;
 Ter sempre um chiclete sem açúcar por perto porque a mastigação
estimula a salivação e esta protege os dentes porque não permite que as
bactérias produzam o ácido que corroem os dentes.
 Passar o fio dental e enxaguante bucal, principalmente antes de dormir, e
se usar aparelho, sempre depois de comer.

Além disso, é aconselhado ir ao dentista a cada 6 meses, para fazer uma limpeza
mais profunda nos dentes, removendo completamente a placa bacteriana. Em alguns
casos, o dentista pode também aplicar uma fina camada de flúor nos dentes,
especialmente nos das crianças para fortalecer os dentes.

Além da maçã e do queijo amarelo, outros alimentos também podem ajudar a limpar
os dentes e a equilibrar o pH da boca, diminuindo o risco de cáries, como os
alimentos fibrosos, como cenoura, pepino e salsão, e alimentos ricos em proteínas,
como atum, ovos e carnes, por exemplo.

Tratamento para cárie dentária

Principais tratamentos da carie dentaria são:

1. Restauração,

A restauração é um reparo realizado na coroa do dente, que é a parte exposta da


cavidade oral, que fica acima do nível da gengiva. A necessidade de restauração de
um dente

2. Obturação
A obturação consiste no selamento do canal radicular – a raiz do dente, situada
dentro do osso, diferentemente da restauração, que trata o problema externamente.
3. TPR
Um tratamento de canal radicular é um procedimento realizado para remover a
polpa doente do dente. A polpa é o tecido que contém os nervos e vasos sanguíneos
que preenchem as raízes do dente. Cada raiz protege seu dente às gengivas e ao osso
da mandíbula. Você pode precisar de tratamento de canal se seu dente estiver
danificado ou infectado. Um abscesso (bolsa de pus), uma cavidade ou um acidente
ou lesão também pode levar ao tratamento do canal radicular.
4. Extração Dentaria
A exodontia, conhecida popularmente como extração dentária, é uma pequena
cirurgia para remoção do dente que, em alguns casos extremos, não há possibilidade
de recuperação por meio de outros tratamentos. Este procedimento pode ser feito em
qualquer um dos dentes, sendo mais comum quando há problema no crescimento do
dente do siso.
Quando é necessário fazer a extração
 Existem algumas causas em que é recomendada a extração do dente:
 Quando os dentes não conseguem se desenvolver totalmente, não
atingindo sua posição na arcada dentária no tempo estimado;
 Dente partido, ou quebrado na coroa, ou na raiz, sendo necessária em
alguns casos a remoção residual de raiz presa no tecido ósseo do dente
ou na gengiva;
 Em dente cariado, quando já não é mais compensatório recuperar o
dente;
 Dente do siso, incluso ou semi-incluso, que nasçam em desordem ou
para prevenir eventuais problemas.

A única forma de tratar uma cárie dentária é numa consulta com o dentista, não
existindo um tratamento caseiro capaz de eliminá-la. Por vezes, basta apenas 1
sessão para eliminar a cárie, com uma restauração do dente, em que é feita a
remoção da cárie e de todo o tecido infectado, seguida da aplicação de resina.

Quando a cárie é identificada em muitos dentes, o tratamento pode ser mais


prolongado, podendo ser preciso recorrer ao tratamento de canal, também conhecido
por obturação, ou até mesmo à retirada do dente, que depois precisa ser substituído
por uma prótese.

Além disso, o tratamento para a cárie envolve a realização de uma limpeza, que
consiste na remoção das placas bacterianas presentes na boca.

Material Necessario para uma Extrasão Dentaria

Os materiais nesseceario para extração Dentaria são:

1. Cdeira dentaria
2. Seringa a Carpule
3. Agulha
4. Anestesia a Carpule
5. Alavenca recta ou curva
6. Boticoes
Podemos encontrar varios tipos de Boticoes que são:
Boticoes para incisivos superiores
Boticoes para incisivos inferiores
Botecoes para caninos e premolares superiores
Botecoes para caninos e premolares inferiores
Boticoes para amolares superior directo e esquerdo
Boticoes para amolares inferiores
Baionetas
7. Piça diagonal
8. Compresas.
Inervação de Dente
Principais Nervos dos Dentes
O nervo do dente é chamado de polpa dentária. Basicamente, esse é um tecido mole que
vai da área da dentina até a raiz do dente. Ele é composto por nervos, vasos sanguíneos,
células do conjuntivo e fibras.
Essa polpa é a estrutura responsável por manter a vitalidade do dente. Ela ainda é
dividida em coronária e radicular.

Funções da polpa
1. Função Formativa: nesta região há dentinogénese, que são os odontoblastos que
formam a dentina;
2. Funções Nutritivas: fornece nutrientes essenciais para formação da dentina;
3. Função Defensiva: tem a capacidade de reação aos estímulos patológicos;
4. Funções Sensitivas: transmite estímulos neurais mediados através do esmalte ou
da dentina para o centro nervoso;
5. Função reguladora: controla e regula o volume e velocidade do fluxo sanguíneo.

Essas funções podem variar de acordo com várias características, inclusive com o
espaço ocupado pela polpa que vai diminuindo ao longo dos anos.
Existem também a irrigação dos dentes e a inervação da boca, que são outros
procedimentos parecidos.

Inervação dos Dentes Pela Arcada Dentária Superior


Esse é conhecido como um meio de inervação maxilar. Esse nervo carrega fibras
sensitivas para os dentes. Sua principal característica é cursar o seio cavernoso pela
lateral.
Além disso, deixa o crânio através de um forame redondo, localizado na fossa craniana
média e em direção à fossa pterigopalatina. É nesse local em que ele se divide em
quatro ramos principais:

1. Nervo infraorbitário;
2. Alveolar superior posterior;
3. Nervo alveolar superior anterior;
4. Aalveolar superior médio.
Dessa forma, existem ainda outros ramos desse mesmo nervo maxilar, que são os ramos
ganglionares, o nervo alveolar superior posterior e o nervo zigomático.

Ele continua da fossa pterigopalatina por meio do forame infraorbitário para o interior
da órbita. Após isso, deixa a órbita através do sulco orbitário inferior e o canal
infraorbitário anteriormente.

Por fim, emerge na face por meio do forame infraorbitário. É nesse momento que se
divide em três ramos: o nasal, o palpebral inferior e o labial superior.

Inervação dos Dentes Pela Arcada Dentária Inferior

Já os dentes da arcada inferior são inervados por quatro nervos principais:

1. Nervo mandibular;
2. Alveolar inferior;
3. Nervo mentoniano;
4. Incisivo

O primeiro que é o maior de todos, é o nervo mandibular, ou seja, responsável pela


inervação mandibular. Ele é a terceira divisão do nervo trigêmeo.

Uma de suas principais funções, é levar fibras sensitivas e motoras, graças à fusão de
suas grande fibras sensitivas e pequenas raízes motoras, logo após deixar o crânio
através do forame oval.

Dessa forma, a inervação dos dentes envolve um processo importantíssimo que deve ser
conhecido pelos cirurgiões-dentistas, principalmente quando falamos de casos de
anestesia local.

Tipo de anestesia

Os anestésicos odontológicos mais conhecidos

As técnicas para inibir a dor já evoluíram bastante desde que a anestesia foi criada,
por isso, não faltam opções de anestésicos odontológicos. Segundo a dentista,
existem pelo menos cinco tipos mais comercializados. Em cada um deles, alguns
critérios como características do paciente e qual procedimento será realizado são
levados em consideração na hora da escolha.
Lidocaína

É considerado, de acordo com Viviane, o anestésico padrão na odontologia. Ele


costuma ser utilizado para procedimentos de duração média e também é o mais
indicado para gestantes. A ação no organismo começa entre dois a três minutos.

Articaína

Ao contrário da lidocaína, esse é um anestésico de longa duração e não é apropriado


para gestantes, podendo oferecer alguns riscos tanto para a mãe quanto para o feto.
Com ele, o efeito tem início a partir de dois minutos.

Prilocaína

A dentista conta que essa substância tem as mesmas características da articaína,


também deve ser evitada em gestantes e pacientes que apresentam hipotireoidismo,
diabetes e ansiedade.

Mepivacaína

Esse anestésico é outra opção para os procedimentos de duração intermediária.


Viviane explica, no entanto, que a substância tem toxicidade e potência duas vezes
mais forte que a lidocaína. Com ela, o efeito no organismo acontece depois de um
ou dois minutos.

Bupivacaína

Esse anestésico é o que apresenta duração mais longa e sua diferença para os outros
tipos é bem significativa. De acordo com Viviane, a potência da bupivacaína é
quatro vezes mais forte que a da lidocaína. No corpo, o efeito começa entre seis a
oito minutos.

Quantidade de anestesia aplicar num paciente

Para a extração de um dente é necessario aplicar no caso de tecnica infiltrativa 3 ml na


parte vestibular e o restante na parte lingual corespondente 1ml totalizando 4ml.

No caso de anestesia troncular aplicamos 0,5 ml lingual, 0,5 ml bocal e restarnte 3 ml


aplicamos no nervo alviolar inferior.
Tecnica de Anestesia

Na area da estomatologia existem dua principais tecnicas de anestecia que são:

Tecnica de Anestesia infiltativa e Tecnica de Anestsia troncular.

Tecnica de Anestesia Infiltrativa

A anestesia infiltrativa é aquela que se aplica através de uma agulha numa zona da
cavidade bucal. Sua administração é mais dolorosa e tende a provocar maior reação de
medo no paciente.

Essa tecnica de anestesia é usada para anestesiar todos dentes superiores e insicivos,
canino e premolares inferiores.

Tecnica de Anestsia troncular

Essa tecnica consiste em bloquear os tres nervos principais que nervam todos molares
inferiores os do terceiro quadrante e os do quarto quadrante, nesse caso bloqueamos o
nervo bocal, o nervo lingual e o nervo alviolar inferior. Essa tecnica de anestesia e
usada exclusivamente para anestesiar todos molares inferiores.

Duração de efeito de Anestesia

A anestesia no dente pode durarar de 2 a 5 horas de tempo chegando em alguns casos


ate 12 horas de efeito, dependendo do anestesico usado pelo dentista. Alem disso algum
casos depende mais da tecnica utilizada e pode ser necessario aplicar a anestecia mais
de uma vez durante o procedimento para garantir o maximo de conforto para o paciente.

Efeitos colaterais da anestesia Dentaria

O efeito colateral mais comum e a dormrcencia ou formigueiro que voce pode sentir do
lado onde a anestesia foi aplicada, alem disso tem mas algums efeitos temporarios que
são:

- Dificuldade para piscar o olho

- Enchaso e ematoma

- Arritimia cardiaca

- Dor no nervo apos o procedimento

A Arritimia cardiaca dura no maximo dois minitos por conta da caracteristica


vascontrutura da anestesia.
Quando Que Um Dente Esta Indicado Para Ser Extraido
Um dente esta indicado para ser extraido quando:
- Quando possueuma carie profunda e não é possivel sua recuperação
- Quando o dente esta traumatizado e com uma mobilidade acentuada
- Quando o dente tem uma mobilidade resultante de uma periodentite
- Quando o dente não possue mais condicoes para ser tratado.
Tempo de espera para o começo da extração dentaria

Depois da aplicacao da anestesia independentemente da tecnica devemos esperar no


minimo tres minutos e no maximo cinco minuto, mais em alguns casos a anestesia pode
demorar dar o seu efeito dependendo do paciente.

Indicações Pôs extração dentaria

Depios de uma extração dentaria o dentista da as seguintes indicaçõe ao paciente:

- Tirar a comprensa depois de 30 minutos

- Evitar cospir com frequencia

- Evitar consumo de alimentos quentes

- Evitar o consumo de bebidas alcolicas por 72horas

- Evitar fumar nas primeiras 72horas

- Evitar meter dedo na ferida

- No dia seguinte ferver agua por um pouco de sal deixar ficar morna e faze bucheco
tres vezes por dia durante tres dias ou ate a ferida curar.

Complicações apôs a extração dentaria

Os problemas pós-extração são um subconjunto de emergências odontológicas que


exigem tratamento imediato. Esses problemas são

 Edema e dor
 Alveolite após extração
 Osteomielite
 Sangramento
Edema e dor
O edema é normal após cirurgia oral e é proporcional ao nível de manipulação e trauma.
Uma bolsa de gelo (ou um saco plástico congelado, que se adapta aos contornos faciais)
deve ser utilizada no primeiro dia. Compressa fria é aplicada por períodos de 25
minutos a cada 1 ou 2 horas. Se o edema não começar a melhorar no 3º dia pós-
operatório, infecção é provável e antibiótico pode ser prescrito (p. ex., penicilina V 500
mg por via oral a cada 6 horas, ou clindamicina, 300 mg por via oral a cada 6 h) até 72
horas após a melhora dos sintomas.

Alveolite pós-extração (alvéolo seco)

A alveolite pós-extração (alvéolo seco) é a dor proveniente da exposição óssea se


houver quebra do alvéolo dental. Embora esse quadro seja autolimitado, é muito
doloroso e geralmente requer algum tipo de intervenção. É muito mais comum em
fumantes e usuárias de contraceptivo oral e ocorre principalmente depois da remoção
dos molares mandibulares, quase sempre dos sisos. Com frequência, a dor se inicia no
2º ou no 3º dia pós-operatório e refere para a orelha e dura de alguns dias a várias
semanas.

Deve-se enxaguar o alvéolo com soro fisiológico ou clorexidina a 0,12% e colocar


algum tipo de material paliativo. Uma opção há muito tempo utilizada é colocar no
alvéolo tiras de gaze de 2,5 a 5 cm com iodofórmio, saturadas em eugenol (um
analgésico) ou recobertas com pomada anestésica, como a lidocaína a 2,5% ou a
tetracaína a 0,5%. O curativo é trocado a cada 1 a 3 dias até os sintomas desparecerem
após a retirada da gaze por algumas horas. Mais recentemente, uma mistura
comercialmente disponível debutamben (um anestésico), eugenol e iodofórmio
(antimicrobiano) começou a ser mais utilizada. Embora não seja reabsorvível, essa
mistura limpa espontaneamente o alvéolo após alguns dias. Esses procedimentos
tipicamente eliminam a necessidade de analgésicos sistêmicos, embora anti-
inflamatórios não esteroides (AINEs) possam ser administrados se for necessário alívio
adicional da dor. Os pacientes devem consultar um dentista em 24 horas.

Osteomielite

Osteomielite, que em raros casos é confundida com alveolite, é diferenciada por febre,
sensibilidade local e edema. Se os sintomas durarem um mês, sequestro ósseo, (i. e.,
área localizada do osso necrótico), que é diagnóstico de osteomielite, deve ser buscado
por radiografia. A osteomielite necessita de tratamento de longo prazo, com antibióticos
efetivos contra microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos e o encaminhamento
do paciente para tratamento definitivo.

Sangramento

Sangramento após extração dental quase sempre acontece nos pequenos vasos
sanguíneos. Qualquer coágulo saindo do alvéolo é removido com gaze e compressa de
10 cm (dobrada) ou é colocada uma compressa (contendo ácido tânico) sobre o alvéolo.
O paciente é instruído a aplicar pressão contínua, mordendo a gaze por 1 hora. O
procedimento pode ter de ser repetido 2 ou 3 vezes. Os pacientes são orientados a
aguardar pelo menos 1 hora antes de visualizarem o local para não haver rompimento na
formação do coágulo. Eles também são informados que algumas gotas de sangue,
diluídas na boca cheia de saliva, aparentam ser maior quantidade de sangue do que
aquela que realmente está presente.

Se o sangramento continuar, o local pode ser anestesiado por meio do bloqueio do nervo
ou infiltração local de lidocaína a 2%, contendo 1:100.000 de adrenalina. O alvéolo é,
então, curetado para remover o coágulo existente e restaurar o osso, que é irrigado com
soro fisiológico. Após isso, a área é suturada com suave tensão. Agentes hemostáticos
locais, como celulose oxidada, trombina tópica sobre esponja hemostática ou colágeno
microfibrilar, podem ser colocados no alvéolo antes de suturá-lo.

Na maioria dos casos, os pacientes que tomam anticoagulantes (p. ex., ácido
acetilsalicílico, clopidogrel, varfarina, anticoagulantes orais de ação direta) não
precisam interromper o tratamento antes da cirurgia dental (3). Para aqueles com risco
aumentado de hemorragia por doença comórbida ou naqueles submetidos a
procedimentos mais extensos, indica-se consultar o médico do paciente sobre o
momento de uso de agentes antiplaquetários ou anticoagulantes, ou realizar uma breve
interrupção de 24 a 48 horas no tratamento.

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