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Sistema Internacional ou FDI

A orientação no gráfico segue a tradicional "visão do dentista", isto é, à

direita do paciente corresponde a esquerda no gráfico da notação. A indicação

"esquerda" e "direita" no gráfico, entretanto, sempre corresponde a esquerda

ou direita do paciente, respectivamente.

Sistema Universal

Este método também é conhecido como nomenclatura norte-americana

e, embora pouco utilizado, ainda há odontologistas que o empregam.

Este sistema enumera de forma consecutiva todas as peças dentárias,

de 1 a 32, começando pelo quadrante superior direito.

Neste caso, o número 1 seria utilizado para designar o terceiro molar superior direito,
enquanto o 16 seria o mesmo dente, mas da zona esquerda. Para os quadrantes
inferiores, começa-se a contar pelo número 17 para indicar o terceiro molar inferior
esquerdo, até chegar ao número 32.

Sistema de Palmer

Este método é similar à primeira nomenclatura, o Sistema Internacional

(FDI), visto que cada peça dentária recebe um número. No entanto, neste

sistema não há um número para indicar o quadrante a que cada dente

pertence.

Neste sistema, cada peça dentária recebe um número de 1 a 8 a partir do centro da


boca, e é necessário esclarecer a qual dos quadrantes pertence, além de ser superior
ou inferior.

ANATOMIA DENTÁRIA
A segunda dentição, que começa a formar-se por vota dos seis anos

completando-se aproximadamente aos treze anos, é denominada dentição

permanente ou secundária. Nesta dentição existem, normalmente, 32 dentes

sendo dezesseis em cada arcada.

As arcadas dentárias (superior e inferior)

As faces de todos os dentes humanos voltadas para a bochecha, lábio

ou língua tem, cada face, uma morfologia curva que lembra a forma de um

arco. Quando os dentes estão em posição na boca eles se colocam lado a lado

e o conjunto deste arcos individuais forma uma curva denominada de arcada

dental (o termo “arcada” é usado para lembrar que tal curva é formada por um

conjunto de “arcos”).

Os incisivos são dentes espatulados e cuneiformes, que possuem uma

borda cortante e situam-se imediatamente atrás dos lábios, os quais funcionam

como suporte, evitando que os incisivos se desloquem para adiante.

Os caninos, que seguem aos incisivos na sequência normal dos dentes

nas arcadas dentárias. Os caninos possuem formas aguçadas e são de volume

maior que o dos incisivos. Distinguem-se destes por terem borda cortante

dividida em dois segmentos distintos por uma ponta nítida, que ultrapassa o

plano incisal normal dos dentes espatulados.

A trituração dos alimentos é feita pelos pré-molares e pelos

molares. Se a simplicidade de forma adaptada à função é uma característica

dos dentes anteriores, a complexidade é que se sobressai nos posteriores. A

morfologia dos dentes complica-se à medida que retrocedemos na arcada


dentária. Este fato deve-se à presença de saliências, sulcos e depressões mais

ou menos acentuadas, que tornam os pré-molares e molares aptos a

desempenharem suas funções de verdadeiras mós (daí o nome ‘molar’) ou de

um pistilo no gral no ato de reduzirem substâncias alimentares a partículas

mais facilmente deglutíveis e digeríveis.

DIVISÃO ANATÔMICA DO DENTE

Do ponto de vista anatômico e descritivo, o dente é formado por três

partes distintas: coroa, colo e raiz (figura seguinte).

A coroa dentária é a porção visível e funcionante na mastigação e seu aspecto

distingue-se de imediato das demais partes. Ela é brilhante e permanece acima

dos ossos de suporte e gengiva (é o que a gente vê quando olhamos nossos

dentes no espelho). O formato da coroa determina a função do dente.

A fixação do dente no osso se dá através da raiz em cavidades próprias

(alvéolos) no interior do osso. A raiz dentária suporta o impacto das forças

mastigatórias, graças às suas relações com as paredes do alvéolo dentário

através de fibras do desmodonto . Resumindo, é a parte do dente que está


dentro do osso. A raiz, que mantém o dente inserido no osso, constitui mais ou

menos dois terços do seu tamanho.

O colo é o segmento imediato entre a coroa e a raiz. É a parte mais

estrangulada do dente (o ‘pescoço’ do dente) e é limitado por uma linha

sinuosa que se interpõe entre as duas outras partes do dente. Sem a

escovação e uso adequado do fio dental, nesta área podem se formar a placa e

o tártaro, causando gengivite e outros males.

DIVISÃO ARQUITETURAL E ESTRUTURAL DO DENTE

Do ponto de vista arquitetural, e estrutural, o dente pode ser descrito

com o sendo formado de quatro partes: esmalte, dentina, cemento e polpa.

As três primeiras formações são duras, calcificadas, enquanto que a polpa é o

único tecido mole do dente.


 Esmalte— a camada mais externa da superfície do dente. É o tecido

mais duro e mineralizado de todo o corpo humano, mas pode ser

danificado se os dentes não forem higienizados adequadamente.

 Dentina— camada dentária situada abaixo do esmalte. Se a cárie

conseguir atravessar o esmalte, ela passa a atacar a dentina, onde há

milhões de pequenos túbulos que vão diretamente à polpa do dente.

 Polpa—tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o

nervo e os vasos sanguíneos. Quando a cárie atingir essa área, as

pessoas geralmente sentem dor.

O sigmatismo, mais conhecido como ceceio, é um problema de

articulação, caracterizado pela alteração de alguns sons da fala.

O ceceio é o nome popular da interposição da língua na arcada dentária,

quando se fala com a língua entre dentes em alguns sons: os mais comuns são

em S, Z, X, CH e J.

Muitas pessoas confundem ceceio com língua presa. Na verdade, a

língua não está presa e sim mal posicionada durante a articulação. Isto é, ao

falar o indivíduo projeta a língua para frente e entre os dentes, causando o

sigmatismo frontal, onde há distorção do fonema /s/ e /z/. Ou a língua se


projeta lateralmente, denominado sigmatismo lateral, sendo o som do x e som

do j os mais distorcidos.

O equilíbrio das estruturas estomatognáticas ou orofaciais como dentes,

lábios e língua, é importante na articulação de consoantes, pela alteração que

provocam no fluxo de ar. Os fricativos são os sons mais fáceis de serem

distorcidos por serem contínuos e, portanto, qualquer alteração no padrão de

pressão do ar pela constrição anterior da cavidade oral pode resultar na

distorção desse som.

São vários os tipos de ceceio observados, dentre eles, os mais comuns

são:

Ceceio central ou anterior: ocorre quando o sopro respiratório é emitido

centralmente, mas a língua encontra-se mal posicionada nos planos vertical e

ântero-posterior, em geral entre os dentes anteriores.

Ceceio lateral: ocorre quando a ponta da língua faz pressão sobre os incisivos

centrais superiores ou no alvéolo, a corrente de ar é dividida e observa-se um

escape lateral do ar pela cavidade oral.

Ceceio nasal: é relativamente raro, sendo decorrente de um insuficiente

fechamento velofaríngeo, associado à retração da língua.


A faringe é uma coluna muscular que cursa entre a cavidade oral e
o esôfago. Ela é dividida em três partes principais, conhecidas como:

 a orofaringe: Se comunica com a cavidade da boca pelo seguimemso mais


conhecido como goela.

 a nasofaringe: é a parte mais alta da faringe e se comunica anteriormente com


as fossas nasais e os seguimentos auditivos

 a laringofaringe: se comunica com a laringe

Essas três cavidades se abrem posteriormente para o tubo faríngeo.

Músculo Constritor Superior da Faringe

O músculo se origina do:

 hâmulo pterigóideo

 rafe pterigomandibular

 trígono retromolar da mandíbula

 da lateral da língua

Ele estreita o espaço faríngeo e juntamente com os músculos do palato fecha a


parte nasal da faringe no processo de deglutição separando com maior eficiência
parte oral e nasal da faringe

Ele se insere no tubérculo faríngeo e na rafe faríngea. Sua função é a


de constrição da parte superior da faringe.

Músculo Constritor Médio da Faringe

Origina-se dos cornos maior e menor do hioide até o terço médio da rafe da
faringe

1 Ele se insere distalmente na rafe faríngea, da mesma forma que o músculo


constritor inferior da faringe. Ele realiza a constrição da parte média da faringe.
Músculo Constritor Inferior da Faringe

O músculo se origina da linha oblíqua da cartilagem tireóidea da laringe, e do


aspecto lateral da cartilagem cricóide da laringe. Ele age na constrição da parte
inferior da faringe.

Músculo Palatofaríngeo

O músculo se inicia na borda posterior do palato duro, na aponeurose palatina,


e termina no aspecto posterior da lâmina da cartilagem tireóidea da laringe, da
mesma forma que os outros músculos pareados. Ele eleva a faringe para fechar
a nasofaringe durante a deglutição.

Músculo Salpingofaríngeo

É delgado e fusiforme e se origina da margem inferior da tuba auditiva e sua


extremidade é na parte nasal da faringe. Atua na elevação da faringe e pode
auxiliar na abertura da tuba auditiva na hora da deglutição

Músculo Estilofaríngeo

É longo, delgado e com formato cilíndrico. Se origina do processo


estiloide do temporal e se insere juntamente com o musculo palato
faríngeo da face posterior da cartilagem tireoide. Ele atua na
elevação da laringe e expande-a lateralmente

Músculos supra-hióideos e infra-hióideos

Os músculos supra-hióideos (supra-hioideus) são um grupo de quatro


músculos que cursam da mandíbula até o osso hióide.

Músculos supra-hióideos (supra-hioideus):

 Músculo digástrico
 Músculo milo-hióideo

 Músculo gênio-hióideo

 Músculo estilo-hióideo

Os músculos supra-hióideos (supra-hioideus) não só formam o assoalho da


boca, como também possuem um importante papel na mastigação, deglutição e
na fala.

Estes músculos, em conjunto com os infra-hióideos (infra-hioideus), são


responsáveis por posicionar o osso hióide.

O músculo digástrico consiste de duas partes que são separados por


um tendão intermediário (intermédio). O ventre anterior se origina da fossa
digástrica da mandíbula, enquanto o ventre posterior se origina do eminência
mastóidea do osso temporal. Juntos eles se inserem no tendão intermediário
(intermédio).

O músculo milo-hióideo possui dois pontos importantes em lados opostos. É


um divisor de aguas entre o pescoço e boca. Possui um formato de pena ou
folha. Se insere na linha mileoide da mandíbula e embaixo o hioide.

O músculo gênio-hióideo se localiza anatomicamente dentro da boca: acima


do millo- hoide do lado esquerdo. Gênio quer dizer queixo. Ele está inserido nas
espinhas geniais da mandíbula e se insere na região ao osso hioide

O músculo estilo-hióideo (estilo-hioideu) se estende do processo (apófise)


estilóide do osso temporal até o corpo do osso hióide. Em sua parte distal o
músculo se divide em dois tendões. É inervado pelo nervo facial.

Os músculos infra-hióideos são um grupo de quatro músculos abaixo


do osso hióide, que se inserem no esterno, laringe e escápula.

Músculos infra-hióideos:
 Músculo omo-hióideo

 Músculo esternotireóideo

 Músculo tíreo-hióideo

 Músculo esterno-hióideo

O músculo omo-hióideo é dividido nos ventres superior e inferior. O ventre


inferior se inicia na borda superior da escápula, ascende cranial e medialmente e
se funde com um tendão intermédio à altura da região cervical lateral

O músculo esternotireóideo se origina da superfície dorsal do manúbrio e se


insere na linha oblíqua da cartilagem tireóidea. Esse é o motivo pelo qual o
esternotireóideo é o único músculo hióideo que não se insere diretamente no
osso hióide. O esternotireóideo encontra-se em íntima relação com a cápsula da
glândula tireóide.

O músculo tireo-hióideo consiste da continuação do esternotireóideo,


iniciando-se na linha oblíqua da cartilagem tireóidea e se inserindo no corpo do
hióide e corno maior.

O músculo esterno-hióideo possui sua origem na superfície dorsal


do manúbrio e na articulação esternoclavicular, e sua inserção se dá no corpo do
hióide. O esterno-hióideo é o mais superficial de todos os músculos infra-
hióideos.
A disfagia é uma doença caracterizada pela dificuldade de engolir, ou seja,
fazer a deglutição (levar alimentos ou saliva deSde a boca até o estômago) de
alimentos ou de líquidos. Não está necessariamente associada à dor para
engolir, mas sim a uma sensação subjetiva de dificuldade de fazer o alimento
percorrer o caminho entre a boca e o estômago. A dor para deglutir é chamada
de odinofagia e está habitualmente relacionada a quadros de inflamação da
garganta, ela não implica necessariamente qualquer problema com o processo
de deglutição. Odinofagia e disfagia são sintomas diferentes, que costumam
ocorrer em doenças distintas, daí a importância de saber distingui-las.

Os sintomas da disfagia são variados engasgo, pigarros, saliva que escapa,


necessidade de engolir várias vezes para o alimento "descer", sensação de
alimento parado na garganta, mudança da voz durante as refeições, cansaço,
desconforto respiratório ou tempo muito prolongado para comer estão entre as
principais alterações causadas pelo problema.

Em geral existem dois tipos de disfagia, a esofágica (disfagia baixa) e a


orofaríngea (disfagia alta).

A primeira esofágica, é um tipo de disfagia que acontece no esôfago, e há uma


irritação ou bloqueio que geralmente requer um procedimento cirúrgico, ela é
mais frequente devido a uma obstrução mecânica muito comum na velhice.É
necessário muito cuidado quando se fala em hábitos alimentares nessa fase da
vida para evitar tal disfagia.

A orofaríngea, é tipo de disfagia ocorre na garganta ou na boca, é


caracterizada disfagia alta devido à sua localização e às vezes é causada por
fraqueza na língua após um derrame, também pode ocorrer de dificuldade em
fazer saliva, e também há uma dificuldade em iniciar a deglutição. Identifica-se
a área cervical como a mais problemática. Este tipo de distúrbio é causado por
doenças neurológicas, a mais comum é o AVC.

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