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FISIOLOGIA HUMANA
2º PERÍODO - ODONTOLOGIA

SISTEMA DIGESTÓRIO

Porque precisamos da digestão, dos nutrientes? Sabemos que não é que o nosso corpo
precisa manter o seu metabolismo, então ele precisa de combustível, digamos assim, pra
manter esse metabolismo, precisa de energia.
Então, o metabolismo das células, metabolismo, celular ele depende de substratos, ou
seja, depende de nutrientes, de água, de eletrólitos.
Que vão ser obtidos como? Vão ser obtidos através da digestão e da absorção, dos
alimentos que normalmente ingere. E essa digestão, absorção, serão realizadas durante
a passagem no nosso trato gastrointestinal. Durante essa passagem os alimentos vão
sendo digeridos, que serão transformados em moléculas cada vez menores e quando
essas moléculas ficam bem pequenininhas, ou seja, quando são moléculas simples,
essas moléculas serão absorvidas, normalmente no intestino delgado, vamos passar para
a corrente sanguínea e aí vão ser distribuídas para o resto do nosso corpo, e aí as células
vão receber esse aporte de nutrientes, de íons, para que o metabolismo ele continue
acontecendo.
E aí, o que não foi digerido, absorvido normalmente, é eliminado no nosso organismo por
meio das fezes.
Cabe ressaltar que, a bile também é eliminada do nosso organismo, as fezes acabam
contendo também essa secreção biliar, e aí Junto com a secreção biliar, normalmente
também são excretas outros produtos do metabolismo. Então, é exemplo, a bilirrubina é
proveniente da degradação de hemácias, não somente bolo alimentar ele tem o que não
foi digerido, então, produtos do metabolismo acabam também estando nesse bolo
alimentar por conta da bile.
Então, a digestão acontece justamente com esse intuito de nutrir o nosso organismo e
dar insumos que as nossas células elas continuem justamente mantendo o metabolismo
delas e assim funcionando.
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Então, quais são as funções do sistema digestório? Esse sistema digestório ele vai
promover a quebra desses alimentos através da digestão, tornando os alimentos cada
vez em moléculas menores, para que, assim o nosso sistema digestório, lá no intestino
delgado, principalmente, ele consiga absorver essas moléculas pequenininhas. Então,
realmente os alimentos, os carboidratos, os lipídios, as proteínas geralmente são
estruturas grandes e o nosso intestino ele não consegue absorver essas estruturas
grandes, então elas precisam ser quebradas em moléculas pequenas, mais simples para
que ele consiga absorver, então a digestão faz isso.
Quando nos alimentamos, temos como objetivo de nutrir o nosso corpo, então, ofertar
nutrientes para o nosso sangue e aí esses nutrientes serem distribuídos para as células
do nosso organismo, para que as células mantenham o seu metabolismo para produzirem
energia.
A digestão resulta na hidrólise, ou seja, na quebra das macro moléculas, dessas
estruturas grandes que vem dos alimentos, nos processos químicos normalmente através
de enzimas e também por processos mecânicos.
Então, durante a gestão, para que haja quebra dos alimentos e aí eles se tornarem
moléculas cada vez menores, durante a passagem desses alimentos no trato
gastrointestinal existem enzimas que vão quebrar esses alimentos e também existe um
processo chamado de processo mecânico em que o trato gastrointestinal, ele faz
movimentos e esses movimentos acabam triturando os alimentos, misturando os
alimentos, empurrando os alimentos, então acabam auxiliando também na quebra desses
alimentos e na digestão também desses alimentos.
E a absorção desses alimentos, desses nutrientes, quando eles já estão na forma correta
para serem absorvidos, ou seja, moléculas pequenas, moléculas menores, ocorrem no
intestino delgado.
Então, normalmente, é no intestino delgado que termina a digestão dos alimentos, através
de enzimas produzidas até mesmo pelas células que estão no pólio desse intestino
delgado, então a digestão vai ocorrer a maior parte dela nesse intestino delgado e esse
intestino delgado, ele é todo preparado mesmo para fazer essa absorção. Inclusive
veremos que esse intestino delgado tem uma superfície de contato muito grande, ele tem
como se fosse umas dobras, tudo isso para aumentar o contato desses nutrientes que
estão passando por ali e conseguir absorver esses nutrientes, para o nosso organismo.
E aí depois ainda há uma absorção residual pouca, mas o que acontece de água e
eletrólitos lá no intestino grosso.
O que que faz parte do trato gastrointestinal? O sistema digestório, ele é composto por
um tubo oco, ou seja, órgãos que têm cavidades, e pelas glândulas que fazem parte, que
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estão interligadas nesse trato gastrointestinal que por sua vez irão secretar (expelir)
alguma coisa.
Então, a maior parte da absorção acontece no intestino delgado e aí um pouco de água
que ainda tem lá no bolo alimentar, que vai formando o bolo fecal e também de eletrônicos
que vão ser absorvidos no intestino grosso.
Quando falamos desse tubo oco, estamos falando justamente dos órgãos que compõem
o trato gastrointestinal.

Como é que esse sistema digestório do trato gastrointestinal? O alimento ele vai entrar
no trato gastrointestinal através da boca, sendo conduzido para o esôfago (que também
é um tubo oco), depois ele vai passar pelo estômago (que é o órgão que também é um
tubo oco que tem uma cavidade), vai para o intestino delgado, que tem 3 partes (duodeno,
jejuno e íleo), depois ele vai para o intestino grosso (que é formado pelo ceco, pelo cólon,
pelo reto e pelo ânus).

E as glândulas acessórias elas participam desse processo de digestão e muitas vezes


elas têm outras funções, como o fígado, por exemplo, mais as glândulas que estão
associadas ao trato gastrointestinal são as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.
Então cada glândula dessa, terá o seu papel associado à digestão dos alimentos.
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A imagem abaixo, é um esquema muito simples do trato gastrointestinal:

O trato gastrointestinal tem uma histologia própria, que é uma histologia inclusive
funcional, uma histologia que é voltada realmente para digestão e absorção desses
alimentos, desses nutrientes.
Então a partir do terço médio desse trato gastrointestinal até o reto, até quase o final
desse trato, esse trato gastrointestinal será formado por 4 camadas, em termos de
tecidos, se cortássemos e os víssemos em microscópio, por exemplo, veríamos 4
camadas de tecidos diferentes e seria: mucosa, submucosa, uma camada muscular
externa e a serosa.
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E aí cada camada dessa terá a sua peculiaridade, então por exemplo, na camada mucosa
os enterócitos formarão uma camada epitelial da camada mucosa que é justamente a
camada que está em contato com a luz do órgão em si, que está voltada para a cavidade
do órgão. Esses enterócitos são de diversos tipos, participam de diversos processos
como a absorção do conteúdo que está passando ali por aquele órgão para o sangue,
esses enterócitos podem secretar enzimas, podem secretar hormônios, dependendo de
que enterócito seja, ou de que célula seja, podem participar do controle da atividade do
sistema digestório quanto do comportamento alimentar. Então esses enterócitos podem
ter várias atividades.
E ainda na camada mucosa desse trato gastrointestinal, existe uma camadinha de
músculo, então ainda nessa camada mucosa que é a primeira, se a gente cortasse e
visse a camada aí de tecidos que formam esse trato gastrointestinal, veríamos a
camadinha de musculo dessa mucosa, o músculo liso que promove até dobramentos
dessa mucosa para auxiliar nos movimentos de mistura desses alimentos, desse
conteúdo que está sendo digerido.
Mais externamente a mucosa vai existir a submucosa, que é formada por tecido
conjuntivo e ela permite a distensão, permite que a parede do órgão se distenda para
acomodar o conteúdo que está passando por ali.
Mais externamente vai existir uma camada muscular que é a muscular externa, que são
2 camadas aí de tecido, de músculo liso para que o órgão faça movimentos de mistura,
movimento de propulsão do alimento, para misturar o alimento e empurrando o alimento
através do trato gastrointestinal.
E a última camada de tecido do órgão que é a camada mais externa é a camada serosa
que irá revestir o órgão em si e aí será um tecido conjuntivo fibroso, que é uma camada
mais resistente, que sustenta aquele órgão. Ainda tem uma outra camada, chamada de
mesotélio, mais externa que secreta uma substância que é lubrificante, porque como
esses órgãos, eles fazem o movimento, eles podem sofrer atrito, eles deslizam entre si,
então tem que ter alguma substância lubrificante ali entre esses órgãos para que acabe
não havendo lesões durante essa movimentação deles.
Então essa serosa, ainda produz essa sua secreção de substância, lubrificante para que
os órgãos deslizem.

Essa figura acima é uma imagem esquemática mostrando a divisão dos tecidos que
formam essa parte do trato gastrointestinal.
Uma coisa interessante além do sistema imunológico, das células de defesa que circulam
no nosso corpo, ainda existe um sistema imunológico do trato gastrointestinal, que fica
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no trato gastrointestinal para defender justamente essa área, então esse sistema
imunológico do trato gastrointestinal, ele fica na camada mucosa e na camada
submucosa e é formado pelo que a gente chama de plascas de Peyer.
Então existem essas placas de Peyer, que são Placas que estão cheias de células do
sistema imunológico, células essas que ficam ali no trato gastrointestinal, é nessas duas
camadas que são camadas mais internas, fazendo a defesa desse trato, desses órgãos.
Se a pessoa, ingeriu alguma coisa, com bactérias nocivas, com algum agente nocivo, e
esse agente tentar penetrar através dessa mucosa, dessa submucosa, vai existir também
as placas de Peyer cheias de células de defesa para tentar acabar, eliminar de cara com
esses agentes que estão tentando penetrar, ali, através dos alimentos que foram
ingeridos.

E como eu falei para vocês, o fato gastrointestinal, ele faz movimentos, ele precisa fazer
movimentos, tanto para ajudar a misturar o bolo alimentar e a digestão, quanto também
para empurrar o bolo alimentar. Então, existem 3 tipos de movimentos que esse trato
gastrointestinal faz: Propulsão, mistura e Inter digestivo.

• Movimento de Propulsão: Ele irá empurrar o conteúdo alimentar, no sentido boca –


ânus, ou seja, para que ele possa chegar e ir passando pela boca, esôfago, estômago,
no sentido que já conhecemos até chegar no ânus e as fezes serão eliminadas. Então ele
vai empurrar o conteúdo devido às contrações que a gente chama de contrações
peristálticas, justamente os músculos que fazem parte do trato gastrointestinal, eles vão
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se contraindo atrás do conteúdo, empurrando esse conteúdo cada vez mais para frente,
para o segmento seguinte, até que justamente conteúdo chegue no seu destino final.

• Movimento de mistura: Vai ocorrer devido a contrações dos segmentos.


Para quê? Para fragmentar o conteúdo alimentar que ingerimos em porções. Isso
aumenta a superfície de contato, e o tempo de deslocamento desses alimentos no trato
gastrointestinal, permite que o conteúdo que ingerimos, seja, misturado em secreções do
trato gastrointestinal, essas secreções tem enzimas, tem componentes importantes para
que esse conteúdo seja digerido.
Existe movimento de mistura para ir quebrando, fragmentando o bolo alimentar e
misturando também as secreções do nosso trato.
• Movimento Interdigestivo: Que é o que ocorre nos intervalos das atividades
digestivas, ou seja, entre os momentos em que nos alimentamos e fazemos a digestão.
Então são contrações, intercaladas, com um longo período de sem atividade digestiva,
que é entre 75 a 90 minutos móvel, e aí, depois desse momento em que o trato
gastrointestinal fica móvel, ele faz 5 a 10 minutos de movimentos.
Então essas contrações tem início no estômago e aí vão sendo conduzidos pelo nosso
trato gastrointestinal.
Com que objetivo? Com o objetivo de empurrar resíduos da digestão e também bactérias
que ficaram sobrando no nosso trato gastrointestinal, até o intestino grosso, até o final do
trato gastrointestinal.

Essa foto abaixo está mostrando os dois movimentos: Movimento (A) é o


movimento de propulsão ou peristáltico e o movimento (B) é o movimento de
mistura.

O movimento (A) é quando precisamos empurrar alguma coisa e aí vamos espremendo


o tubo para ir empurrando aquela coisa até o final. Então o movimento (A) é justamente
isso, é aquele movimento de empurrar o bolo alimentar ou o bolo fecal até o segmento
seguinte, empurrar para frente ao longo do trato gastrointestinal.
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O (B) é um movimento de mistura, ou seja, para fragmentar e misturar o bolo alimentar lá


no trato gastrointestinal, o conteúdo daquele órgão será fragmentado e será misturado as
secreções que estão ali naquele órgão.

O que regula a função do nosso sistema digestório? É o nosso sistema digestório, é


regulado pela ação do sistema nervoso e também por hormônios, que são secretados
normalmente pelo estômago e pelo intestino delgado.
Então, os neurônios que regulam a atividade do nosso trato gastrointestinal, eles vão
perceber estímulos internos, por conta da ingestão dos alimentos, ingerimos os alimentos
e isso provoca mudanças no nosso trato gastrointestinal, então a mudança de PH,
estiramentos dos órgãos, os produtos da digestão, então isso é percebido pelos
neurônios.
E esses neurônios também vão perceber estímulos externos, por exemplo, através da
visão, visualizar o alimento, sentir o cheiro do alimento. Então isso também ajuda a
regular a função gastrointestinal.
E como resultado dessa regulação é tanto hormonal, quanto também dessa regulação aí
nervosa do trato gastrointestinal, o que acontece com esse trato gastrointestinal, o que
pode acontecer com ele? Pode acontecer a contração um relaxamento dos músicos, ou
seja, aquela movimentação que a gente acabou de ver, pode acontecer a secreção de
enzimas, a secreção de muco, de ácido, sabemos que dentro do estômago há muita
acidez, a secreção de bicarbonato que dependendo de onde esteja passando ajudará a
diminuir a acidez do conteúdo alimentar para que esse bolo alimentar não venha a
prejudicar o órgão, e também poderá a secretar a produção de mais hormônios. Tudo
isso poderá ser resultado dessa regulação da função gastrointestinal.
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O que irá acontecer com os alimentos que ingerimos?


Como eu falei para vocês, a gente vai comer um arroz, um feijão, uma Batatinha, vai
tomar um caldo ou vai comer uma pizza, vai comer qualquer coisa normalmente, o que a
gente ingere em termos de proteína, de carboidrato, de lipídios vem em estruturas
grandes que precisam ser quebradas. Então é durante a passagem desses alimentos
durante o trato gastrointestinal vai ocorrer a digestão desses alimentos, ou seja, esses
alimentos precisam ser quebrados em moléculas menores.
A digestão de proteínas em moléculas menores, sabemos que as proteínas são
compostas por aminoácidos. Então aminoácidos se juntam e formam peptídeos, aí esses
peptídeos cada vez maiores irão formar de fato as proteínas, mas cada pedacinho que
compõem as proteínas são os aminoácidos, tanto que as proteínas precisam ser
quebradas para que esses aminoácidos sejam absorvidos no intestino delgado. A quebra
dessas proteínas irá acontecer por enzimas chamadas de proteases.
Protease são enzimas que digerem, que quebram peptídeos.

Existem várias proteases diferentes:

• Endopeptidases: Quebram proteínas em pedaços, em


fragmentos chamados de
peptídeos.

• Exopeptidases: Liberam aminoácidos a partir da extremidade


das cadeias de peptídeos.

• Dipeptidases: Liberam aminoácidos a partir de peptídeos que


são formados por dois ou três aminoácidos, que são
conhecidos como DI e TRIPEPTÍDEOS.

Da mesma forma, os carboidratos, polissacarídeos que são grandões, eles precisam ser
quebrados também até chegarem a ser monossacarídeos, para que sejam absorvidos,
esses carboidratos, eles vão ser digeridos sem dissacarídeos.
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Os dissacarídeos são formados por 2 monossacarídeos, exemplos de dissacarídeos são


lactose, maltose e sacarose.
E quem normalmente quebra é esses carboidratos em dissacarídeos são as amilases que
são as enzimas, e esses dissacarídeos terão que ser quebrados em monossacarídeos,
que é justamente o que o intestino delgado consegue absorver.
E aí monossacarídeos temos a glicose que é a principal fonte de energia do nosso corpo,
também temos a frutose e a galactose, e quem quebra por sua vez esses dissacarídeos
em monossacarídeos, são as dissacaridases.
Existe um carboidrato chamado celulose que o ser humano não consegue digerir, essa
celulose faz parte dos vegetais e o ser humano não consegue digerir ela, mas cabe
ressaltar que ela é importante em termos de dieta, porque é um importante componente
fibroso. Então ela ajuda, inclusive, né, a compor o bolo fecal, ajuda, inclusive, a não dar
aquela prisão de ventre, aquela constipação.
Entre os lipídios não será diferente, entre eles serão quebrados em monoglicerídeos e
ácidos graxos livres por enzimas, chamadas de lipases, então essas lípases é que fazem
a digestão, a quebra dos lipídios, nessas 2 partes: monoglicerídeos e ácidos graxos livres,
existem também para os lipases.
O interessante dos lipídios é que a digestão deles vai depender da atuação da bile.
Porque dependerá da bile? Porque a bile emulsifica a gordura em pequenas partículas
chamadas de micela.
Porque que a gente não consegue digerir a celulose? Porque esse carboidrato está em
um formato em que as nossas enzimas não conseguem agir. Então a gente não consegue
digerir completamente ele, então acaba formando um componente fibroso.

➔ Boca: É a primeira parte do tubo digestivo e é ao local onde começa a digestão


mecânica e também a gente pode falar enzimática por conta da saliva. Mas a começamos
o processo de gestão de forma geral dos alimentos pela boca.
Então a digestão mecânica dos alimentos começa por conta da própria mastigação que
por sua vez, irá ocorrer a trituração dos alimentos através dos dentes.
Na boca também há secreção salivar, então a saliva, ela vai ser produzida pelas glândulas
salivares e existem, é pares de glândulas salivares, que são as: sublinguais e as
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submandibulares e normalmente essas glândulas salivares liberam, dois tipos de


secreção, que são as chamadas: Secreção Serosa e a Secreção Mucosa.
E ainda existe as glândulas parótidas são as maiores glândulas salivares que temos em
nosso organismo, elas trabalham praticamente o dia inteiro, mas possuem uma função
aumentada durante o período de alimentação.
Mas qual a diferença entre essa secreção mucosa e serosa? A secreção mucosa é feita
para lubrificar o bolo alimentar e facilitar a deglutição desse bolo, já a secreção serosa é
a parte dessa saliva que possui a enzima chamada de enzima amilase salivar ou ptialina
que começa a digerir aí o carboidrato dos alimentos, que no caso é o amido dos alimentos
em oligossacarídeos quebrando esses alimentos em pedaços menores que são os
oligossacarídeos, além também de ajudar a fluidificação o bolo alimentar.

A saliva terá várias funções, não só de digestão ou de fluidificação.


Então o que a saliva faz? A saliva faz a limpeza de restos de alimentos e bactérias na
boca, além de lubrificar a boca para que ela não fique seca, a saliva, tem atividade
antimicrobiana porque ela tem lisozima que é uma enzima que acaba fazendo lesão,
acaba agindo contra os microrganismos, ela tem ação antimicrobiana, essa saliva acaba
também, é fazendo a dissolução de compostos para que melhoremos a percepção dos
alimentos conseguindo sentir melhor esses alimentos.
A saliva facilita a fala, a mastigação e também a deglutição (que é o ato de engolir).
A saliva faz a digestão inicial do amido para transformar em óleo oligossacarídeos.
A saliva também faz a limpeza esofagiana além de tamponamento do ácido gástrico
depois do refluxo, porque as vezes temos o refluxo do estômago, então a saliva ajuda a
tamponar a diminuir essa acidez gástrica depois desses refluxos, cabe ressaltar que
dependendo de quanto de refluxo o indivíduo tenha, a saliva tem um limite aí desse
tamponamento.
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E aí depois da trituração, da saliva e tudo mais, o conteúdo do que está na boca do


alimento lá triturado, do bolo alimentar, ele vai precisar ser deglutido, ele precisará ser
engolido e aí temos 3 fases que fazem parte dessa deglutição.

Temos 3 fases da deglutição:

1º - Fase oral voluntária: É onde a língua faz um


movimento voluntário para empurrar o alimento para a
faringe.

2º - Fase faríngea: É involuntária, que ocorrem


movimentos musculares para impedir que o alimento
volte para a faringe, a glote fecha para inibir a respiração
para evitar que o alimento vá para via respiratória, às
vezes dá ruim e é por isso que nos engasgamos, e
também ocorre o relaxamento do esfíncter faringiano
superior e isso dá onda peristáltica para empurrar o bolo
alimentar para o estômago.

3º - Fase esofágica: É quando o bolo alimentar está


passando da faringe em direção ao estômago.

Depois interligada a essa boca, depois da faringe e tudo mais, terá o esôfago, que é um
canal de passagem para o estômago, ele terá muco para protege-lo de abrasões de
alimentos que estão passando ali, também para protege-lo da secreção ácida do
estômago.
E a movimentação nesse esôfago que normalmente são duas ondas peristálticas que são
chamadas de primária e secundária.
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Primária: É para empurrar o Secundária: É para remover o


alimento, o bolo alimentar que que a primária não conseguiu
está sendo digerido. empurrar.

Essa imagem aqui está mostrando a deglutição, os 3 caminhos, o alimento sendo


empurrado primeiro pela língua, depois ele vai passar pela faringe, e aí tendo toda a
movimentação para que é o alimento faringe seguindo justamente o caminho para o
esôfago e aí vai ser empurrado lá em direção ao esôfago para que ele desça por esse
esôfago e chega então ao estômago.

Depois que o bolo alimentar passou pelo esôfago ele vai chegar no estômago, e o que o
estômago faz? Ele inicia a digestão das proteínas, misturando o alimento com as
secreções gástricas, ele vai servir para um reservatório do alimento ingerido, controlando
a passagem desse alimento pro resto do trato gastrointestinal, ou seja, lá no intestino
delgado, no intestino grosso. Esse estômago esteriliza o bolo alimentar porque ele é muito
ácido, e além de tudo, ele também produz um fator chamado fator intrínseco, que é
importante para que a vitamina B12 seja absorvida no intestino delgado. Então digere
proteínas, esteriliza, digere o bolo alimentar, libera gradativamente o bolo com intestino
delgado e ainda, produz o fator intrínseco para que a vitamina B12 seja absorvida no
intestino delgado.
E aí, depois que tudo isso acontece, o que saí desse estômago acaba sendo chamado
de quimo. Então a digestão lá no estômago resulta na formação do quimo, que tem uma
consistência mais líquida e mais ácida, esse bolo alimentar depois que sai do estômago,
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ele vai ter chamado desse quimo que tem uma consistência mais líquida do que entrou
ali naquele estômago e será mais ácida também.

Então a parte de cima (parte superior) estamos vendo o Fundo, a parte mas no meio do
estômago é o Corpo, lá pro final dele tem o Antro, e ainda conseguimos ver o Piloro que
é um esfíncter justamente que vai é separar esse estômago do intestino delgado, que é
o próximo órgão.
Aqui conseguimos ver o estômago, e tem partes, que podem ser divididos em: Fundo,
Corpo e Antro.

O estômago pode ser dividido em:


➔ Fundo
➔ Corpo
➔ Antro

O Fundo e o Corpo são regiões que acomodam essa grande quantidade de alimentos
sem aumentar a pressão interna desse órgão, então essa, essas 2 partes, esse Fundo,
esse Corpo é acomoda somente quantidade, não aumentando a pressão, desse
estômago, não dá pra sentir muita essa pressão por conta de 2 elementos que são úteis:
Peptídeo intestinal vasoativo e do óxido nítrico, que promovem o relaxamento do órgão
para que o alimento se acomode, e aí, o Antro ele tem uma musculatura bem espessa, e
é responsável pela digestão mecânica do alimento, então é no antro que vai acontecer
justamente a movimentação para que o alimento ele seja fragmentado e misturado.
E o Piloto é justamente a válvula que separa e que também de certa forma, vai controlar
o esvaziamento do sistema.
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Diversas células, fazem parte desse estômago e secretam substâncias diferentes


também, então existem: Células Parietais, Epiteliais e as Células Principais.

Células Parietais do estômago: São as que secretam ácido clorídrico, esse ácido
clorídrico, ele é importante porque ele ativa, as proteases do estômago, é claro, é você
acha com clorídrico ele acaba sendo um cético, ele desnatura proteínas do bolo alimentar.
Trump é um e essas células parietais, elas vão agir, vão secretar esses ação clorídrico,
através do estímulo de alguns elementos, de, por exemplo, da acetilcolina, que a gente
já viu antes da família da gastrina, e a secreção desse ato ácido clorídrico pode ser inibida
por um por uma outra, um outra categoria de substâncias chamadas de poxa bandido.
Existem substâncias que estimulam a secreção de ácido clorídrico, como acetilcolina,
histamina gastrina, que é um hormônio e existe substância que inibe a secreção do ácido
clorídrico com as prostaglandinas.
Além disso, essas células parietais são aquelas que secretam o fator intrínseco que está
relacionado a absorção da vitamina B12 no intestino delgado.

Células Epiteliais do estômago: Secretam o muco e bicarbonato pra proteger


justamente a parede do estômago, controlar a acidez também do estômago.

Células Principais do estômago: Secretam pepsinogênio.


Pepsinogênio é o precursor da enzima que tem atividade protease.
Então esse pepsinogênio, ele vai é ser metabolizado, vai ser quebrado, na forma ativa
dele que é pepsina, através do PH ácido, então o PH abaixo do estômago faz com que o
pepsinogênio se transforme em pepsina e essa pepsina que tem atividade de protease,
de quebra de proteínas.
Outra coisa que é importante em relação ao estômago é que o esvaziamento desse
estômago é gradativo, e esse esvaziamento gradativo é importante inclusive pelo controle
da acidez, do bolo alimentar, se tudo o que está no estômago fosse jogado de uma vez
para o duodeno, lá no intestino delgado, esse intestino delgado iria sofrer porque é ácido
o conteúdo que está dentro do estômago.
Então o esvaziamento do estômago vai acontecendo gradativamente para que o duodeno
não sofra lesões sérias por conta da acidez desse bolo alimentar, desse quimo que está
saindo lá do estômago.
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Seguindo depois do estômago, esse conteúdo, esse bolo alimentar vai chegar no intestino
delgado. É no intestino delgado aonde termina, o processo de digestão dos alimentos, e
vai a formação do que chamamos de quilo, depois da passagem desse bolo alimentar
pelo intestino delgado, esse quilo é rico em nutrientes que vão sendo absorvidos, depois
que esse alimento é todo digerido, é formado o quilo que ele é cheio de nutrientes, que
vão ser absorvidos no próprio intestino delgado.
O intestino delgado é composto por 3 porções que são o duodeno (que é mais curta), o
jejuno, e o íleo.

O intestino delgado é composto por 3 porções que são:

➔ DUODENO

➔ JEJUNO

➔ ÍLEO

O duodeno vai receber secreções diferentes, a secreção pancreática, biliar, e junto com
o jejuno, ele vai formar justamente a região onde ocorre a maior parte da digestão e
também da absorção de nutrientes.
Então são justamente as duas primeiras partes do intestino delgado, que é onde ocorre
a maior parte, o maior percentual da digestão e absorção dos nutrientes.
O quimo ele vai sair do estômago, ele vai distender o duodeno, vai haver por conta dessa
distinção, a secreção de dois hormônios que são chamados de: secretina e
colecistoquinina.
Cabe ressaltar que, esses dois hormônios mencionados acima, irão interferir na secreção
pancreática, na secreção biliar, e essa secretina ainda retarda o esvaziamento gástrico.
Então, isso tudo por conta da distensão do duodeno, então começa a sair o bolo
alimentar, o quimo, lá do estômago e distende um pouco o duodeno, isso já é percebido
pelo sistema nervoso, pelas células que estão ali, e aí é esses dois hormônios vão ser
liberados e irão interferir tanto na secreção pancreática quanto na biliar, e a secretina
ainda, retarda o esvaziamento do que está dentro desse estômago, para que isso
aconteça de forma gradativa, de forma mais devagar, para que não haja nenhuma lesão
nesse intestino.
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E também ocorrem obviamente, movimentos de mistura e propulsão nesse intestino


delgado.
Então abaixo está o intestino delgado, podemos ver que a primeira parte dele, o duodeno,
depois vem o jejuno e a parte final é o íleo.

Uma coisa bem interessante em relação ao intestino delgado, é que existem adaptações
na mucosa dele, então existem dobras na parede da mucosa dele, de vilosidades como
se fossem voltinhas, ondinhas na parede, e aí, cada célula que forma, a mucosa desse
intestino delgado, ela tem microvilosidades, podemos ver na imagem “C”, que cada célula
tem essas vilosidades, essas voltinhas, que chamamos de “borda em escova” tudo isso
para aumentar a superfície de contato.
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E aí, em relação às intestino delgado, eu não poderia deixar de falar para vocês das
secreções que são lançadas ou que são produzidas por ele também, então existem 3
secreções que atuam no intestino delgado, que são: a pancreática, a biliar e a entérica.

Existem 3 secreções que atuam no intestino delgado:

➔ PANCREÁTICA

➔ BILIAR

➔ ENTÉRICA

Secreção Pancreática: É aquela que vem do pâncreas, então ela é cheia de enzimas
que vão atuar sobre as proteínas que ainda não foram digeridas, sobre os carboidratos e
as gorduras.
Então, essas enzimas são secretadas pelas células chamadas de acinares do pâncreas,
então vão existir enzimas diferentes, tipo a tripsina e a quimiotripsina, para agir sobre as
proteínas, amilase pancreática e a lipase pancreática, que vão agir sobre os carboidratos
e as gorduras respectivamente.
E ainda, o pâncreas produz uma secreção cheia de água e bicarbonato para neutralizar
a acidez justamente do bolo alimentar, do quimo que vem lá do estômago.

Bile: Também atua no intestino delgado (já falei um pouco da bile para vocês), ela é
produzida no, hepatócitos do fígado, e durante o período que na digestão ela fica
acumulada na vesícula biliar, e aí essa bile ajuda a emulsifica as gorduras para que as
enzimas consigam agir sobre as gorduras.

Secreção Entérica: É formada por muco, que acaba protegendo a mucosa e por um suco
é digestivo também, que favorece ações enzimática, transporte e absorção de nutrientes,
e também existem enzimas que fazem parte dessa secreção entérica, que são produzidas
pelas próprias células do intestino delgado. Então essas enzimas, mas não é como
dissacaridases, lipases intestinais, proteases, amilases, ajudam a quebrar justamente o
que ainda não foi digerido no finalzinho da digestão, então, vão digerir o alimento
enquanto eles estão sendo absorvidos, tudo o que não conseguiu ficar na forma final da
digestão essas enzimas da secreção entérica vão digerir.
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FISIOLOGIA HUMANA
2º PERÍODO - ODONTOLOGIA

Então no intestino grosso, depois que há a digestão final no intestino delgado e a


absorção desses nutrientes lá, o que sobra, vai ser conduzido para o intestino grosso,
que é formado por 3 partes: ceco, cólon e o reto.

O Intestino Grosso é formado por três partes:

➔ CECO

➔ CÓLON

➔ RETO

O intestino grosso não tem vilosidades, no entanto é revestido por muco, ou seja, a
camada mucosa do intestino grosso não apresenta vilosidades como as que estão
presentes no intestino delgado.
A função do ceco é absorver água e eletrólitos que ainda não foram absorvidos e que
ainda se encontram no bolo fecal.
O ceco também consegue armazenar o material fecal até ele ser eliminado.

O intestino grosso tem uma motilidade mais lenta e em determinada frequência durante
o dia essa motilidade passa a uma propulsão em massa. Essa propulsão em massa
acontece em uma parte do intestino grosso chamado de cólon transverso.
Essa propulsão em massa vai servir justamente para quê? Para deslocar o conteúdo bolo
fecal que está no intestino grosso cada vez mais até o final do trato gastrointestinal, ou
seja, até o cólon sigmoide, onde as fezes vão ficar armazenadas até que sejam
eliminadas através da defecação.
Cabe ressaltar que, essa propulsão em massa ela pode ser intensificada pela distensão
do estômago e também do duodeno. Então o hábito de comer acaba incitando essa
propulsão em massa, ou seja, empurrar o bolo fecal para ele ser excretado.
E aí com a contração em massa desse cólon, da distensão da parede vai acabar
justamente desencadeando o reflexo da defecação, então o aumento do peristaltismo das
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FISIOLOGIA HUMANA
2º PERÍODO - ODONTOLOGIA

últimas partes do intestino grosso, do cólon descendente, sigmoide e reto, forçando as


fezes até o ânus relaxando o esfíncter anal externo.
É preciso lembrar que para que as fezes saíam é necessário que o esfíncter anal externo
tem que relaxar, e que esse relaxamento é voluntário.

Então nessa imagem que a última podemos ver todo o funcionamento do intestino grosso
que acabamos de falar.
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2º PERÍODO - ODONTOLOGIA

ESTUDO DIRIGIDO

1- Explique a importância da digestão e da absorção dos alimentos.

• O metabolismo celular depende de substratos, ou seja, de nutrientes, água e eletrólitos,


que são obtidos por meio de processos de digestão e absorção realizados pelo trato
gastrointestinal (TGI).

Comentário da Questão: Nós sabemos que o nosso sistema digestório a função dele
como o próprio nome dele diz é o de digerir os alimentos.
Mas porque será que essa digestão de alimentos, essa absorção é tão importante?
Quando pensamos no nosso corpo, lembramos que as nossas células precisam manter
o metabolismo delas para que continuemos vivos.
E o metabolismo dessas células vai depender justamente de quê? Dependerá de
substratos, ou seja, de nutrientes, água e eletrólitos, que conseguiremos justamente da
alimentação. Então conseguiremos esses nutrientes, essa água, esse eletrólito por meio
da digestão e da absorção que são utilizados lá no trato gastrointestinal, é importante que
essa digestão e, essa absorção aconteça justamente porque as células precisam receber
esses substratos que iremos conseguir através desses dois processos. Tanto é que
quando se tem problemas de absorção normalmente no intestino, começamos a ter algum
tipo de disfunção, os nossos exames começam a ficar com algumas alterações como
anemia, algum nutriente mais baixo precisando fazer suplementação.

2- Em que porção do trato gastrointestinal ocorre a absorção dos nutrientes?

• A absorção dos nutrientes ocorre no intestino delgado, pois é nessa região que acontece
o término da digestão.
• A região apresenta uma grande superfície de contato, resultante de vilosidades da
mucosa e microvilosidades da membrana dos enterócitos.
• Há absorção residual de água e eletrólitos no intestino grosso.
Comentário da Questão: Temos o trato gastrointestinal, a boca, as vias que fazem o
transporte do alimento (esôfago e etc.), e temos as porções que vão participando
ativamente da digestão e da absorção. E a parte do trato gastrointestinal que de fato vai
absorver a maior parte dos substratos é o intestino delgado. É no intestino delgado que a
absorção dos nutrientes vai acontecer. Se formos reparar no intestino delgado, ele é todo
adaptado a essa absorção, ele tem vilosidades, as células tem microvilosidades na ponta
delas, justamente para conseguir absorver o máximo possível de nutrientes a partir dos
alimentos.
No intestino grosso vai ocorrer uma absorção residual de água e eletrólitos, só isso. Então
quem de fato, vai trabalhar no sentido de absorver mesmo os nutrientes é o intestino
delgado.
Então quando pensamos em intestino delgado, estamos falamos da parte do nosso trato
gastrointestinal que vai absorver os nutrientes.
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2º PERÍODO - ODONTOLOGIA

E o intestino grosso? Ele vai conseguir absorver a água, um pouco de eletrólitos, mais
quem de fato vai absorver os nutrientes para suprir as necessidades do nosso organismo
será o intestino delgado.

3- Como ocorre a digestão química de proteínas, carboidratos e lipídeos?

• Digestão de Proteínas → Quebra de sua cadeia por meio de proteases.


• Endopeptidases: Quebram as proteínas em fragmentos de peptídeos.
• Exopeptidases: Liberam aminoácidos pela extremidade da cadeia.
• Dipeptidases: Liberam aminoácidos dos di e tripeptídeos.

• Carboidratos (polissacarídeos) → São digeridos em dissacarídeos (lactose, maltose e


sacarose) pelas amilases, e posteriormente em monossacarídeos (glicose, frutose e
galactose) pelas dissacaridases.
• Celulose não é digerida pelo homem, mas é importante a sua obtenção na dieta,
pois é um importante componente fibroso.

• Lipídeos → São digeridos em monoglicerídeos e ácidos graxos livres, pelas lipases.


• Digestão depende da atuação da bile, que emulsifica as gotas de gordura em
pequenas partículas (micelas), onde as enzimas conseguem atuar.

Comentário da Questão: Quando eu pergunto sobre a digestão química, estamos


falando sobre os compostos químicos, ou seja, as enzimas que vão ajudar a quebrar
esses substratos, ou seja, as proteínas, os carboidratos e os lipídeos. No nosso trato
gastrointestinal temos várias enzimas que vão ajudar a quebrar esses três componentes.
As enzimas que quebram as proteínas são chamadas de proteases. Por sua vez existem
algumas proteases que são lançadas no nosso trato gastrointestinal que vão quebrar
proteínas: Endopeptidases, Exopeptidases, Dipeptidases. Todas essas três são enzimas
que quebram proteínas, cada uma com sua especificidade.
Endopeptidases → Vão quebrar as proteínas em pedaços menores chamados de
peptídeos.
Exopeptidases → Vão liberar aminoácidos a partir de uma extremidade de uma cadeia
peptídica (lembrando que as proteínas são formadas por vários aminoácidos que ficam
ligados uns aos outros).
Dipeptidases → São enzimas que irão liberar aminoácidos a partir de peptídeos
pequenos de DI e de TRIpeptídeos.
DIpeptídeos é um pedacinho de proteína em que só tem dois aminoácidos.
TRIpeptídeos é um pedacinho de proteína em que só tem três aminoácidos.

Os carboidratos serão digeridos em dissacarídeos (que são menores) pelas enzimas


chamadas de amilases, e depois esses dissacarídeos serão quebrados em
monossacarídeos por outras enzimas chamadas de dissacaridases. Em termos de
carboidratos temos duas principais enzimas as amilases (que pegam o carboidrato
grande e quebram em fragmentos menores, que são os dissacarídeos), e depois as
dissacaridases (que vão pegar esses dissacarídeos, cada sacarídeo tem dois
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2º PERÍODO - ODONTOLOGIA

monossacarídeos, e essas dissacaridases vão pegar os dissacarídeos e vão quebrar em


monossacarídeos).
Os lipídios serão quebrados pelas enzimas chamadas de lipases. Essas lipases só
conseguirão agir sobre os lipídios depois da ação da bile, essa bile que o fígado produz,
que fica armazenada na vesícula biliar ela vai ajudar a emulsificar a gordura, ou seja, ela
prepara a gordura que vem lá do estômago, para que essa lipase consiga quebrar essa
gordura.
Lembre-se que a bile não quebra gordura, ela prepara, emulsifica essa gordura para que
a enzima de fato que é a lipase consiga quebrar essa gordura.

4- Quais são as funções do estômago?

• Iniciar a digestão enzimática de proteínas;


• Misturar o alimento com secreções gástricas; Funcionar como um reservatório do
alimento ingerido, liberando o produto da digestão de forma gradativa para o intestino
delgado;
• Esterilizar o bolo alimentar, devido à sua secreção ser ácida;
• Produção do fator intrínseco, importante para absorção da vitamina B12 no intestino
delgado.

Comentário da Questão:
O que o estômago faz? A digestão.
O estômago é responsável por começar a digestão das proteínas.
O estômago mistura o alimento com as secreções gástricas, ele também servirá como
reservatório do alimento, ou seja, o alimento fica um tempo no estômago. O estômago irá
liberar esse alimento gradativamente para o intestino delgado. As vezes sentimos aquela
má digestão, isso é o tempo que o alimento está ali no seu estômago, esperando para
ser liberado gradativamente para o intestino delgado, o estômago não libera o alimento
todo de uma vez mandando o intestino delgado se virar, ele faz isso gradativamente.
O estômago esteriliza o bolo alimentar, então como a secreção do estômago é muito
ácida esse ácido acaba praticamente esterilizando o bolo alimentar.
O estômago produz uma substância chamada de fator intrínseco, que por sua vez, é muito
importante para que consiga a absorção da vitamina B12 no intestino delgado.
5- Descreva o papel da secreção pancreática e da bile que atuam no intestino
delgado durante a digestão.

• Secreção Pancreática → Rica em enzimas que atuam sobre as proteínas, carboidratos


e gordura. Tripsina e quimiotripsina (proteínas); Amilase pancreática e lipase
pancretárica (carboidratos e gorduras, respectivamente). Ainda, liberação de secreção
aquosa roca em bicabornato para neutralizar acidez.
• Bile → Produzida de forma contínua pelos hepatócitos, e durante o período
interdigestivo é conduzida para a vesícula biliar. Composição: sais biliares, colesterol,
fosfolipídios e pigmentos biliares. Emulsifica gorduras e excreta produtos do
metabolismo hepático, como a bilirrubina (oriunda da degradação de hemácias).
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2º PERÍODO - ODONTOLOGIA

Comentário da Questão:
A secreção pancreática tem várias enzimas que irão atuar sobre as proteínas, os
carboidratos e a gordura. Então temos a Tripsina e a quimiotripsina no suco pancreático
para a digestão das proteínas; Amilase pancreática para a digestão dos carboidratos;
Lipase pancreática para a digestão das gorduras.
Esse suco pancreático tem na sua composição bastante bicabornato justamente para
neutralizar a acidez desse bolo alimentar que vem lá do estômago, a pesar desse bolo
alimentar ser liberado gradativamente do estômago para o intestino ele vem ácido, então
esse suco pancreático ele tem uma composição que vai ajudar a neutralizar essa acidez.
Então a secreção pancreática, o suco pancreático tem um monte de enzima, tripsina e
quimiotripsina para a proteína, amilase para carboidrato e a lipase para as gorduras,
então esse monte de enzimas é para quebrar os substratos que vem dos alimentos.
E ainda o suco pancreático é aquoso e rico em bicabornato para neutralizar a acidez do
bolo alimentar.
A bile vai ser produzida pelo fígado, e quando não estivermos digerindo nada, ela ficará
armazenada na vesícula biliar, essa bile acaba emulsificando gorduras.
Essa bile é composta por: sais biliares, colesterol, fosfolipídios e pigmentos biliares, esses
componentes juntos irão emulsificar gorduras, ou seja, preparar gorduras para ação da
lipase e também essa bile acaba servindo como forma de excreção de produtos lá no
metabolismo do fígado, como a bilirrubina.
Como normalmente a gente tira as emacias de circulação, as hemácias tem mais ou
menos 120 dias de vida, então temos uma retirada de hemácia de circulação e aí por
conta dessa destruição de hemácias, produzimos um pigmento chamado de bilirrubina,
que é um substrato do metabolismo – metabólico, então essa bile também serve para
excretar essa bilirrubina através do trato gastrointestinal.
Então a principal função da bile é ajudar a preparar os lipídios para serem quebrados,
emulsifica gorduras, ela não é uma enzima.
O bicarbonato ajuda a tamponar o PH do bolo alimentar, o bicarbonato não é jogado no
estômago, o suco pancreático lá no intestino delgado ele terá o bicarbonato, e aí quando
o bolo alimentar ácido chegar no intestino delgado, esse bicabornato do suco pancreático
vai ajudar a ajustar o PH do bolo alimentar.

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