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Objetivos da Unidade:
ʪ Contextualização
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
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ʪ Contextualização
A obesidade ocorre quando a ingestão calórica é maior que o dispêndio de energia. Duas
ferramentas são essenciais no combate à obesidade: a reeducação alimentar e a prática
de exercício físico. Nesse sentido, tanto o sedentarismo quanto um desequilíbrio na
alimentação, mas também a presença de doenças metabólicas como, por exemplo, diabetes tipo
II e dislipidemia, que podem ser decorrentes da obesidade, exigem um trabalho
multiprofissional da área da saúde, a fim de combater os fatores que estão relacionados à
obesidade e proporcionar uma melhora na qualidade de vida e controle das doenças. Portanto,
ao final desta unidade, entenderemos como o corpo absorve nutrientes, as quantidades diárias
necessárias e como o exercício físico pode regular a ingestão calórica.
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ʪ Material Teórico
E é por meio da alimentação que conseguimos energia para manter o funcionamento dessa
poderosa máquina que é o organismo humano. Sem a energia que é obtida por meio da
alimentação, nenhum outro sistema conseguiria realizar suas funções fisiológicas
adequadamente. Além de todos os processos de transformação que acontecem quando o
alimento é transformado em energia, o sistema digestório também tem importante papel em
manter o balanço entre fome e saciedade. A sensação de fome é um poderoso mecanismo para a
conservação da vida, assim como a sensação de saciedade. Nesse sentido, a alimentação é a base
para se ter uma vida saudável. Porém, hoje em dia, com a vida moderna, está cada vez mais difícil
manter uma alimentação saudável e equilibrada e, consequentemente, manter esse poderoso
sistema funcionando adequadamente.
Os principais órgãos do sistema digestório são: boca, esôfago, estômago, intestino delgado e
grosso. De forma geral, o sistema digestório pode ser divido em três partes funcionais:
Digestão;
Absorção e excreção.
A boca e o esôfago são responsáveis pelo transporte do alimento até o estômago, onde ele
começará a ser digerido e quebrado em partículas menores. Após ser processado, o alimento se
transforma em macromoléculas e depois micromoléculas que serão digeridas e absorvidas no
intestino. Por outro lado, o que não for necessário para o corpo será excretado.
Boca
A principal função da boca é, por meio dos dentes, quebrar o alimento em partes menores. Além
da trituração exercida pelos dentes, a boca também tem a função de umedecer o bolo alimentar.
As glândulas parótidas e salivares secretam a saliva, que irá umedecer o bolo alimentar,
ajudando no transporte através do esôfago. A saliva contém uma enzima chamada amilase
salivar (chamada também de ptialina) que tem como função converter o amido em maltose,
atuando assim na digestão de polissacarídeos (carboidratos). Os polissacarídeos são as únicas
macromoléculas que têm a digestão iniciada ainda na boca.
Você Sabia?
Para secretar saliva, as glândulas não precisam do estímulo mecânico
da mastigação, apenas o estímulo visual e olfativo de ver e sentir o
cheiro do alimento já é suficiente para fazer as glândulas secretarem
saliva. É o famoso “isso me deu água na boca”!
Faringe/Esôfago
A deglutição envolve diversos mecanismos que são importantes para que o alimento passe da
cavidade bucal para a faringe e, em seguida, para o esôfago, sem que a respiração seja
atrapalhada ou que haja o refluxo do alimento para o nariz e para traqueia. Os principais
envolvidos nesse mecanismo são os receptores epiteliais da deglutição, que estimulam as
contrações musculares faríngeas automáticas, os nervos vago, trigêmeo, glossofaríngeo e a
epiglote (Figura 2).
De forma resumida, a deglutição começa com o fechamento da traqueia, seguido pela abertura
do esfíncter superior do esôfago. Então, a onda peristáltica criada pelos nervos da faringe
empurra o bolo alimentar para a parte superior do esôfago. O processo todo, em média, dura
apenas 2 segundos.
Glossário
Deglutição: ato de engolir os alimentos; é uma ação automática
comandada pelo tronco cerebral e que visa a transportar o bolo
alimentar da boca para o esôfago.
Na porção superior do esôfago, existe uma estrutura chamada esfíncter, que se abre quando o
bolo alimentar precisa passar da cavidade bucal para o esôfago e fecha assim que o bolo adentra
o órgão, evitando que o alimento retorne para a cavidade bucal. A mesma estrutura também está
presente na parte inferior do esôfago e impede que o alimento retorne do estômago para o
esôfago. Porém, por estar muito perto do diafragma, a atividade do esfíncter inferior pode ser
prejudicada caso haja disfunções no diafragma.
Estômago
O estômago é divido em duas partes principais, o corpo e o antro (Figura 3), e possui duas
funções principais: armazenar o bolo alimentar e começar a digestão desse formando o quimo
(mistura semilíquida formada no interior do estômago), que será liberado lentamente para o
próximo órgão do tubo digestório. Em situações fisiológicas normais, o estômago tem a
capacidade de armazenar de 0,8 a 1,5 litros. Ademais, na parede do corpo do estômago, estão
presentes as glândulas gástricas, responsáveis pela secreção de suco gástrico o qual, em
conjunto com os movimentos peristálticos do estômago, transforma o bolo alimentar no
quimo.
Figura 3 – Anatomia do Estômago
Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011
Intestinos
O intestino delgado é dividido em três partes:
Duodeno;
Jejuno;
Íleo.
O quimo sai do estômago e adentra o intestino delgado pelo piloro, responsável por liberar o
quimo, pouco a pouco, para o duodeno (porção inicial do intestino delgado). Após, o quimo sai
do intestino delgado e vai para o intestino grosso pela parte ilíaca. O íleo, assim como nas outras
estruturas terminais dos órgãos do sistema digestório, também possui um mecanismo para
evitar o refluxo, a válvula ileocecal. O intestino grosso também é dividido em três partes, elas são
denominadas cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente (Figura 4). As principais
funções dos intestinos são digerir o quimo e absorver as micromoléculas presentes nele. Porém
o que não é interessante para o organismo é misturado com água e formará o bolo fecal, que
sairá do intestino e chegará ao ânus, local de excreção, através do reto.
Você Sabia?
A quantidade de neurônio no sistema nervoso entérico é de cerca de 100
milhões, quase a mesma quantidade da medula espinhal.
Figura 5 – Controle do Sistema Nervoso no intestino
Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011
Figura 6 – Corte transversal do tecido intestinal,
mostrando as diferentes camadas musculares
Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011
Você Sabia?
O “frio na barriga” que sentimos quando estamos com medo é uma
resposta do sistema nervoso simpático que restringe a circulação
sanguínea das vísceras (causando queda na temperatura) e manda o
fluxo para o músculo que precisa de maior fluxo sanguíneo para
“correr e fugir do perigo”.
Digestão
Secreção Gástrica
Quando o bolo alimentar chega ao estômago, já existe ali um microambiente propício para
iniciar a digestão alimentar. Na mucosa gástrica, há dois tipos de glândulas: as glândulas
oxínticas, que produzem e secretam ácido clorídrico (HCl - o qual a produção pode ser
estimulada pelo hormônio gastrina, que é liberado quando há presença de proteína no
estômago), pepsinogênio (forma inativa da enzima pepsina) e muco, e as glândulas pilóricas,
que secretam muco (para proteger a mucosa gástrica do ácido clorídrico) e gastrina. O HCl, as
enzimas e o muco presentes no estômago formam uma substância chamada suco gástrico. Além
disso, a principal função do HCl é ajudar na digestão de proteínas e ele exerce essa função de
duas formas diferentes:
Ademais, além de atuar na digestão das proteínas, o HCl também atua controlando o
crescimento bacteriano.
Importante!
Apesar de ser essencial para a digestão do bolo alimentar, o HCl pode
causar danos à mucosa do estômago, e é por isso que a sua produção e
secreção precisam ser extremamente controladas.
Saiba Mais
Existem milhares de bactérias colonizando o estômago e os intestinos.
Essas bactérias são chamadas de bactérias comensais e ajudam na
digestão de determinados alimentos, os quais o nosso trato digestório
não daria conta sozinho.
Secreção Pancreática
Por sua vez, as enzimas necessárias para a digestão dos carboidratos e da gordura são
produzidas pelo pâncreas, mais especificamente pelos ácinos pancreáticos. Os ácinos
pancreáticos também produzem grande quantidade de bicarbonato de sódio e de enzimas que
atuam na digestão de proteínas (tripsina é a mais abundante). As enzimas e o bicarbonato de
sódio são depositados no ducto pancreático e depois são drenados para o ducto hepático,
chegando, em seguida, ao jejuno. A enzima pancreática que digere carboidratos é a amilase
pancreática, que hidrolisa os polissacarídeos para formar carboidratos menores, chamados de
dissacarídeos. Além disso, a amilase também hidrolisa amido e glicogênio. Por outro lado, para a
digestão de gordura, o pâncreas produz três enzimas: a lipase pancreática, colesterol esterase e a
fosfolipase.
Glossário
Hidrolisar: quebra de uma substância pela ação da água.
Importante!
As enzimas que digerem proteína são secretadas na forma inativa e só
se tornam enzimas ativas no intestino. Se elas fossem secretadas já
ativas, elas seriam capazes de digerir o próprio pâncreas.
Glossário
Emulsificar: mistura de uma substância gordurosa com uma não
gordurosa.
Importante!
A bile é constantemente secretada pelo fígado e permanece
armazenada na vesícula biliar.
Digestão de Carboidratos
Há três principais fontes de carboidrato no organismo:
Amido, polissacarídeo presente em alimento que não seja de origem animal (batata,
por exemplo).
Esses sacarídeos maiores são digeridos por enzimas liberadas no intestino delgado
denominadas, lactase, sacarase, maltase e α-dextrinase. A lactase hidrolisa a lactose, gerando
uma molécula de galactose e uma de glicose. A sacarose hidrolisa a sacarase, formando uma
molécula de frutose e uma de glicose, a maltose se divide em inúmeras moléculas de glicose. Os
produtos finais são monossacarídeos e podem finalmente ser absorvidos.
Saiba Mais
Alergia à lactose e intolerância à lactose são duas condições distintas.
A primeira acontece por um processo alérgico em que o sistema imune
assume que a molécula de lactose é perigosa para o organismo e
começa a atacá-las. A intolerância é uma incapacidade de produzir a
enzima lactase. Quem tem intolerância à lactose pode tomar um
comprimido que contém a lactase antes de ingerir alimentos ricos em
lactose e, assim, minimizar a falta da lactase.
Digestão de Proteínas
No estômago, a enzima pepsina reduz as proteínas (por meio de hidrólise, quebrando as
ligações peptídicas entre os aminoácidos), para proteosas, peptonas e polipepitídeos. As
enzimas presentes no suco pancreático reduzem essas moléculas para moléculas ainda
menores, denominadas dipeptídeo e tripeptídeo. Os enterócitos, células presentes na parte
duodenal e do jejuno, apresentam bordas em escova, que consistem em milhares de
microvilosidades projetadas na superfície da célula. Nessas microvilosidades, há peptidades,
enzimas que hidrolisam os maiores polipeptídeos remanescentes e os reduzem para di e
tripeptídeos que poderão então ser absorvidos.
Digestão de Gorduras
A principal fonte de gordura são os triglicerídeos, um tipo de gordura neutra. O triglicerídeo é
formado por três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol esterificado. A digestão da
gordura começa com a emulsão que ocorre no estômago. Os movimentos peristálticos do
estômago misturam a gordura com as secreções gástricas. A gordura passa, então, a ser
quebrada em moléculas menores, que sofrerão a ação das enzimas digestivas. Quando o quimo
chega ao duodeno, a emulsão se torna ainda mais ativa com a presença dos sais biliares. O
principal sal biliar presente na bile é a lecitina, que irá, sob agitação, quebrar os glóbulos
gordurosos e os tornar pequenos fragmentos. Em resumo, a bile, em conjunto com a agitação,
transforma a gordura em gordura emulsificada e, então, a lipase transforma a gordura
emulsificada em ácidos graxos. A maior parte do colesterol está associada a uma molécula de
ácido graxo; a enzima hidrolase de éster colesterol digere essa molécula. Os fosfolipídeos
também estão conjugados a uma molécula de ácido graxo, mas são digeridos por outra a enzima,
a fosfolipase A2.
Absorção
Após a digestão do bolo alimentar, as micromoléculas estão prontas para serem absorvidas pelo
organismo. Para absorver as micromoléculas, o intestino delgado possui uma superfície
característica. Para aumentar a área de superfície do intestino, as células da mucosa intestinal
possuem várias pregas denominadas válvulas coniventes. Essas pregas se estendem até 8
milímetros no lúmen intestinal (Figura 7). A capacidade de absorção do intestino delgado é de
100 gramas ou mais de gordura, 50 a 100 gramas de aminoácidos e íons, muitas gramas de
carboidrato e de 7 a 8 litros de água. O intestino grosso pode absorver ainda mais água e íons,
mas poucos nutrientes.
Figura 7 – Corte longitudinal do intestino, mostrando as
projeções da mucosa que têm como função aumentar a
superfície de absorção
Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011
A absorção da água presente no quimo acontece no intestino delgado, por meio de osmose. Já os
íons, como o sódio, são absorvidos pelas células da mucosa intestinal por transporte ativo. Em
condições fisiológicas normais, apenas cerca de 0,5% do sódio não é absorvido pelo organismo
e é excretado por meio das fezes. Por sua vez, a glicose, principal monossacarídeo da digestão de
carboidratos, é absorvida pelas células epiteliais através do cotransporte com o sódio. Uma
molécula de sódio se liga à proteína transportadora que só irá fazer o transporte quando uma
molécula de glicose estiver ligada a ela também. É dessa mesma forma que a galactose também é
absorvida. Por outro lado, a frutose é transportada por difusão facilitada. Dentro da célula
epitelial, a frutose será transformada também em glicose.
Glossário
Osmose: é a passagem de uma substância para dentro de uma célula
por diferença de concentração. Por exemplo, se houver mais água no
espaço extracelular e menos nas células, a água entrará na célula até
essa concentração se igualar.
Fome e Saciedade
A ingestão de alimentos é essencial para a manutenção do organismo, entretanto essa ingestão
precisa ser controlada para que ela não ocorra em excesso. Se ingerirmos mais alimentos que o
necessário para a manutenção do nosso organismo (essa quantidade varia de indivíduo para
indivíduo e dos tipos de atividades físicas praticadas), os nutrientes, principalmente a gordura,
se acumularão no organismo, podendo causar diversas doenças, como a obesidade, pressão alta,
diabetes. Contudo o organismo tem formas de controlar a ingestão de alimentos por meio da
saciedade.
Importante!
Fome e apetite não são a mesma coisa. Apetite é o desejo por comer
determinados alimentos, fome é necessidade energética. Excesso de
apetite é denominado gula.
No hipotálamo, há uma área denominada núcleos laterais, que atua como o centro da fome, em
contrapartida, os núcleos ventromediais do hipotálamo atuam como o centro da saciedade. Se o
centro da saciedade não está ativado, ele estimulará o centro da fome, por outro lado, se o centro
da saciedade estiver ativado, ele inibirá o da fome. Nesse sentido, diferentes substâncias
secretadas por órgãos que compõem o tubo digestório podem ativar o centro da saciedade
(Figura 9).
Figura 9 – Substâncias que podem regular o centro da
fome, localizado no hipotálamo
Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011
As substâncias que inibem o centro da fome podem ser subdivididas em fatores pré-absortivos e
pós-absortivos. A estimulação do nervo vago causada pela distensão gástrica estimula o centro
da saciedade, inibindo o centro da fome. Quando o quimo adentra o duodeno, o hormônio CCK é
produzido, este hormônio, por meio da corrente sanguínea, ativará o centro da saciedade. De
forma contrária, ou seja, estimulando a fome, ocorre a produção do hormônio grelina pelo
estômago, quando este está vazio ou quando há rápida perda de peso. A grelina chega ao
hipotálamo pela corrente sanguínea e inibe o centro da saciedade. Porém, quando a glicose é
absorvida e cai na corrente sanguínea, há uma diferença de concentração de glicose no sangue
arterial e venoso (sangue arterial fica com concentração superior ao sangue venoso), e essa
diferença causa ativação do centro da saciedade.
Você Sabia?
A temperatura corpórea também pode regular o centro da saciedade.
Quando a temperatura está elevada, ela ativa o centro da saciedade, por
isso tendemos a comer mais durante o frio e não sentir fome quando
estamos em estado febril.
Saiba Mais
Substâncias endocanabinoides estimulam o hipotálamo a liberar NPY,
inibindo o centro da saciedade. É por isso que pessoas que fumam
cannabis tendem a sentir fome após o uso.
Tabela 1 – Substâncias Liberadas pelo Tubo Digestório que podem agir Aumentando ou
Diminuindo a Ingestão de Alimentos
Hormônio Estimulante do α-
Neuropeptídeo Y
MSH)
Hormônio Concentrador de
Serotonina
Melanina (MCH)
Norepinefrina Orexinas A e B
Hormônio Liberador da
Endorfinas
Corticotropina
Aminoácidos (Glutamato e
Colecistocinina
ácido γ-aminobutírico)
Peptídeo Semelhante ao
Cortisol
Glucagon (GLP)
Vídeos
Sistema Digestório
Que tal ilustrarmos, de forma rápida, um pouco do que foi falado até
aqui? Para isso, assista ao vídeo a seguir. Bom vídeo!
SISTEMA DIGESTÓRIO
Importante!
Mesmo os nutrientes sendo importantes para a saúde, o seu excesso,
assim como a falta, pode ser prejudicial. É importante manter o
equilíbrio da ingestão dos diversos tipos alimentares, nas porções
recomendadas.
Dessa forma, o balanço energético corresponde à quantidade de energia de alimentos que deve
ser ingerida para a manutenção do organismo, massa e composição corporal, considerando a
ingestão calórica em relação à quantidade de dispêndio energético, incluindo atividades diárias e
a prática esportiva. Nesse caso, a nutrição se torna ainda mais importante pois, quando um
indivíduo pratica com regularidade algum exercício físico, principalmente exercícios de alta
intensidade (incluindo atletas de elite), as recomendações nutricionais são essenciais para um
bom desempenho físico. Quando um nutricionista avalia um atleta, por exemplo, ele leva em
consideração diferentes variáveis, como o tipo de treino, a modalidade esportiva praticada, a
intensidade do treinamento e o planejamento e objetivos a curto e longo prazo a partir da
periodização. Variáveis do indivíduo como o peso, altura, força muscular, assim como seus
objetivos: aumento da massa magra, da força muscular, aumento do metabolismo, também são
importantes na prescrição. Somente após uma análise completa, as recomendações serão
passadas, assim como a necessidade de suplementos nutricionais.
Além do controle no balanço energético, o exercício físico também tem efeitos importantes no
sistema digestório. Dentre esses efeitos, podemos citar a inibição do processo digestório de
digestão e absorção dos nutrientes durante a prática de exercícios, especialmente os intensos.
Isso se deve à necessidade de aporte energético para manutenção do desempenho, assim como
a ativação do sistema nervoso simpático, que inibe ações digestórias e privilegia processos que
disponibilizem energia para os membros da periferia, especialmente o tecido muscular
esquelético.
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ʪ Material Complementar
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ʪ Referências
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.