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Escola Técnica de Enfermagem de Itabuna-Polo Floresta Azul

Curso Técnico em Enfermagem


Disciplina- Noções de Nutrição
Profª - Hosana Bruneli

AULA 03- ANATOMO FISIOLOGIA DA DISGESTÃO

O corpo humano possui diferentes órgãos internos, cada um com uma função. Isso
permite com que nosso organismo funcione corretamente.
O sistema digestório é composto por vários desses órgãos. O Sistema Digestório é
também conhecido como Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo. Ele é formado por
um conjunto de órgãos que atuam no corpo humano.
A ação desses órgãos está relacionada ao processo de transformação do alimento,
que tem o objetivo de ajudar na absorção dos nutrientes. Tudo isso acontece por meio de
processos mecânicos e químicos.
Sistema digestório apresenta órgãos especializados na quebra dos alimentos em
partículas menores e no aproveitamento dos nutrientes neles presentes. Esse sistema é
também responsável por eliminar o material que não foi digerido.
O sistema digestório humano é formado por uma espécie de canal alimentar, o
qual se comunica com várias glândulas acessórias que liberam dentro dele substâncias
essenciais para o processo de digestão. A seguir conheceremos mais sobre esse importante
processo.

Funções do Sistema Digestivo

 Absorção de nutrientes obtidos na digestão de alimentos que asseguram a


manutenção dos processos vitais do organismo;
 Transformação das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas,
carboidratos, etc) em moléculas de tamanhos e formas apropriados para serem
absorvidas;
 Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais através dos capilares
sanguíneos presentes na mucosa do intestino;
 Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos em conjunto
com restos de células descamadas do trato gastro intestinal e substâncias
secretadas na luz do intestino.

Fisiologia do Sistema Digestivo


A fisiologia do sistema digestivo é constituída por vários órgãos que levam o alimento
e realizam sua digestão a absorção de seus nutrientes. Fazem parte do sistema digestivo
ou digestório humano a boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e ânus.
O sistema digestivo, ou digestório, é um canal que distende da cavidade bucal ao ânus,
podendo ser chamado também de trato gastrintestinal. Os órgãos que fazem parte do trato
digestório incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso,
reto e ânus.
Existem outros órgãos que fazem parte do sistema digestório mas que nunca entram
em contato com o alimento. Os órgãos digestórios acessórios auxiliam na digestão através
da produção ou armazenamento de secreções que passam para o trato gastrintestinal. São
eles: a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas.

Boca
A boca é o local onde a digestão dos alimentos começa. Nela os dentes trituram o
alimento e, em conjunto com a língua, envolvem os pedaços dos alimentos com a saliva,
que são produzidas e secretadas pelas glândulas salivares que ficam em anexo à boca.

Glândulas Salivares
As glândulas salivares quando estimuladas pelo alimento na boca, bem como sua
visão e cheiro, começam a secretar saliva que contém a enzima amilase salivar ou ptialina,
que digere o amido e outros polissacarídeos (carboidratos). Podemos observar três pares
de glândulas que secretam a saliva na cavidade bucal:

 Glândula parótida: está situada na parte lateral do rosto, adiante e abaixo do


pavilhão da orelha;
 Glândula submandibular: É redonda, e, como o nome sugere, está abaixo da
mandíbula;
 Glândula sublingual: Está situada abaixo da mucosa do assoalho da boca.
Faringe e Esôfago
A faringe é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório, por ela passam
o ar que encaminha-se para a laringe e o alimento vai para o esôfago.
O esôfago é o canal que, através dos movimentos peristálticos, leva o alimento ao
estômago. Ele está localizado entre os pulmões, atrás do coração, atravessando o músculo
diafragma.

Estômago
O estômago é o órgão onde os alimentos são armazenados e misturados com o
suco gástrico. Este é formado majoritariamente por ácido clorídrico (HCl), que torna o
pH do estômago ácido.
A principal enzima que age nesse órgão é a pepsina, que tem como função quebrar
as proteínas, através da catalização da hidrólise dessas proteínas, promovendo o
rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos.
Os alimentos permanecem no estômago por cerca de quatro horas. Ao se
misturarem ao suco gástrico é formada uma massa acidificada e semilíquida
chamada quimo. Este, aos poucos e através do piloro, que é um esfíncter muscular, vai
sendo liberado para o intestino delgado.

Intestino Delgado
O intestino delgado é o órgão onde ocorre a maior parte da digestão e a absorção
dos nutrientes que o organismo precisa. Estima-se que sua extensão seja de pouco mais
de 6m de comprimento por 4cm de diâmetro. Pode-se dividi-lo em três regiões: duodeno,
jejuno e íleo.

Duodeno
É a primeira porção do intestino delgado. Medindo cerca de 25cm, é nessa região
onde a digestão do quimo ocorre predominantemente. É no duodeno onde atua o suco
pancreático, secretado pelo pâncreas e que possui diversas enzimas digestivas em sua
composição. A secreção desse suco é responsável pela hidrólise de grande parte das
moléculas de alimento.
É no duodeno onde atua também a bile, que é produzida no fígado e armazenada
na vesícula biliar. A bile possui sais biliares que possuem ação detergente, emulsificando
os lipídios (gorduras).

Jejuno
É a continuação do duodeno, é denominado desta forma pois sempre que é aberto
se encontra vazio. Mede cerca de 5m e possui a parede mais espessa e mais vascular do
que o íleo. É nessa região, onde ocorre a absorção da maioria dos nutrientes pelo capilares
sanguíneos presentes na parede mucosa, nutrindo todas as células do organismo.
Íleo
É a última porção do intestino delgado, sendo a continuação do jejuno. Mede cerca
de 1,5m, sendo mais estreito e possuindo túnicas mais finas e menos vascularizadas que
o jejuno. O que não foi absorvido, como água e o resto da massa alimentar que possui,
principalmente as fibras, é direcionado para o intestino grosso.

Intestino Grosso
O intestino grosso é local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a água que
provém das secreções digestivas. Medindo cerca de 1,5m de comprimento e 6,5cm de
diâmetro. A absorção de água ocorre rapidamente, de forma que, em mais ou menos 14
horas, a consistência do material alimentar se torna a consistência própria do bolo fecal.
Funções do Intestino Grosso
Absorção de água e eletrólitos;
Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
Eliminação de resíduos (defecação).

Processo digestório
Para que os nutrientes possam ser utilizados pelo organismo, os alimentos têm de
passar por várias transformações químicas. Muitos nutrientes, por exemplo são grandes
demais para entrar nas células, onde irão desempenhar suas funções, e por isso eles tem
de ser quebrados em partes menores. Esse processo é chamado de digestão e para realizá-
lo o corpo usa água e substâncias especiais chamadas enzimas digestivas.
O processo de digestão se inicia ao vermos e sentirmos o cheiro do alimento.
Nesse momento, as glândulas salivares se antecipam e começam a fabricar saliva. Quando
o alimento entra na boca, os dentes cortam e amassam o alimento e vão, junto com a
língua, misturando-o à saliva. A saliva possui uma enzima capaz de iniciar a quebra dos
glicídios em partes menores, e por isso o tempo que passamos com o alimento na boca é
fundamental para que aproveitemos bem esse nutrientes. Além disso, a mastigação
também é muito importante porque as enzimas digestivas só agem na parte externa das
partículas alimentares, e se os alimentos não estiverem bem trituradas, os nutrientes
acabam não podendo ser totalmente aproveitados pelo organismo.
Depois que o alimento sai da boca, ele e empurrado para a faringe e, em seguida,
para um longo tubo, o esôfago. Os músculos do esôfago levam o alimento até o estômago.
Lá, músculos do esôfago levam o alimento até o alimento com um suco ácido chamado
suco gástrico. Esse suco possui ácido clorídrico que facilita a digestão e mata muitos
germes perigosos e, enzimas que ajudam a quebrar as proteínas e gorduras em partes
menores.
Quando o alimento sai do estômago e chega ao intestino delgado entram em ação
o fígado e o pâncreas. O fígado é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo.
Funcionando como um complicado laboratório químico, ele transforma alguns nutrientes
em outros, de acordo com as necessidades do organismo; destrói substâncias tóxicas e
retira da circulação células sanguíneas que não estão mais sendo úteis. Além de tudo, ele
ainda produz a bile, que é armazenada na vesícula biliar, antes de ser jogada no intestino.
A bile atua como uma espécie de detergente dividindo a gordura em gotículas pequenas
que se dissolvem na água. Isso facilita o trabalho das enzimas que quebram as gorduras
em partes menores.
Enquanto isso, o pâncreas bombardeia o bolo alimentar com vários tipos de
enzimas capazes de atacar as proteínas, os lipídios e os glicídios. Ao longo do intestino
delgado o alimento ainda vai receber diversas enzimas que terminam a digestão.
Depois de todos esses “ataques” das enzimas, a comida se transformou numa
mistura de muitos pequenos nutrientes, em condições de serem absorvidos pelo intestino
delgado e lançados no sangue. O sangue então, se encarrega de distribuir os nutrientes
para todas as células.
Quando o que restou da comida que colocamos na boca sai do intestino delgado
vai para o intestino grosso. Nesse momento ocorre absorção de água e de alguns minerais.
No final de todo esse caminho sobraram as fezes, um lixo contendo aquilo que
não foi absorvido pelo organismo e será eliminado pelo reto, na parte final do intestino
grosso. As fezes são formadas por água, restos não digeridos de alimentos, bem como por
bactérias e células mortas e eliminadas pelo intestino.
O alimento é ingerido, digerido e absorvido com a finalidade principal de produzir
energia. A unidade usada para medir tal energia é a caloria, que é também conhecida
como quilocaloria e abreviada como kcal. Uma quilocaloria é a quantidade de energia
calorífica necessária para elevar a temperatura de 1 quilograma de água em um grau
centígrado (celsius).
Se os requerimentos energéticos são satisfatórios e a pessoa mantém seus níveis
de atividade, o peso corporal é mantido. Se maior quantidade de alimentos que a
necessária para a energia é ingerida, a pessoa ganha peso; se menor, a pessoa perde peso.
O organismo obtém seus requerimentos energéticos pela ingestão de proteínas, lipídios,
glicídios e álcool. As vitaminas e minerais apenas interferem nos fenômenos de liberação
de energia.

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