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Preparatório para

OVADO
RESIDÊNCIA
MEDICINA VETERINÁRIA

Bromatologi
Clínica Médica e Cirúrgica de
Grandes Animais

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Preparatório para
OVADO
RESIDÊNCIA
MEDICINA VETERINÁRIA

Bromatologi
Clínica Médica e Cirúrgica de
Grandes Animais

Autores
Natale Oliveira de Souza
Daniela Mello Vianna Ferrer
Marcos Vinicius Dias Rosa
Endrigo Adonis Braga de Araujo

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2019
© Todos os direitos Todos os direitos reservados à Editora Sanar Ltda.
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por
quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa da Editora.

Título | Preparatório para Residência em Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais


Editor | Fernanda Fernandes
Diagramação | Rebeca Lacerda
Capa | Fabrício Sawczen
Copidesque | Rebeca Lacerda
Conselho Editorial | Caio Vinicius Menezes Nunes
Itaciara Larroza Nunes
Paulo Costa Lima
Sandra de Quadros Uzêda
Silvio José Albergaria da Silva

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

P296 Preparatório para residência em clínica médica e ci-


rúrgica de grandes animais / Natale Oliveira de Souza et al.
... [et al.], autores. – Salvador : SANAR, 2019.
370 p. : il. ; 14x21 cm. – (Preparatório para Residência
em Medicina Veterinária ; 4).

ISBN 978-85-5462-187-2

1. Medicina veterinária - Problemas, questões, exercí-


cios. 2. Clínica veterinária. 3. Cirurgia veterinária. 4. Cirurgia
- Grandes animais. I. Souza, Natale Oliveira de, aut. II. Série.

CDU: 619:617

Elaboração: Fábio Andrade Gomes - CRB-5/1513

Editora Sanar Ltda.


Rua Alceu Amoroso Lima, 172 – Caminho das Árvores
Edf. Salvador Office e Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770 – Salvador/BA
Telefone: 71 3052-4831
atendimento@editorasanar.com.br
www.editorasanar.com.br

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Autores

AUTORES
NATALE OLIVEIRA DE SOUZA
Enfermeira obstétrica, graduada pela UEFS, em 1998, pós-graduada em Gestão em
Saúde, Saúde Pública, Urgência e Emergência, Auditoria de Sistemas, Enfermagem do
Trabalho e Direito Sanitário. Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS. Atualmente atua co-
mo coach, mentora e consultora/professora na área de Concursos Públicos e Residências.
Além de ser funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador – Atenção Básica.
Conta com 16 aprovações em concursos e seleções públicas, dentre elas: Programa de In-
teriorização dos Profissionais de Saúde, lotada em Minas; Consultora do Programa Nacio-
nal de Controle da Dengue (OPAS), lotada em Brasília; Consultora Internacional do Progra-
ma Melhoria da Qualidade em Saúde pelo Banco Mundial, lotada em Salvador. Governo
do Estado da Bahia – SESAB, Prefeitura Municipal de Aracaju, Prefeitura Municipal de Sal-
vador, Professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Governo do Estado de Sergi-
pe (SAMU); Educadora/FIOCRUZ, dentre outros.

DANIELA MELLO VIANNA FERRER


Doutora em Biologia Animal (Ciências) pela Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (2004), mestre em Biologia Animal pela Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (1999), graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Flumi-
nense (1991), especialista em Sanidade de Ruminantes pela Universidade do Grande
Rio, UNIGRANRIO (2006) e em Saúde Pública (Sanitarista) pela Escola Nacional de Saúde
Pública Sergio Arouca, ENSP/FIOCRUZ (2007). Desde 2002 é professora titular do Cen-
tro Universitário Serra dos Órgãos nas disciplinas de Clínica Médica de Animais de Pro-
dução, Produção Animal (equino e suíno) e Estágio Supervisionado, assim como desde
1993 é médica veterinária da Prefeitura Municipal de Duque de Caxias (SMS) no Núcleo
de Zoonoses e Animais Peçonhentos e Sinantrópicos.

MARCOS VINICIUS DIAS ROSA


Mestre em Ciências Clínicas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense; especialista
em Clínica e Cirurgia de Equinos pelo Centro Universitário de Jaguariúna. Atua como Clí-

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6 ▕ Autores

nico e Cirurgião na Clínica HDM Horse Service em Cachoeiras de Macacu, Rio de Janei-
ro; e professor no Centro Universitário Serra dos Órgãos em Teresópolis, Rio de Janeiro.

ENDRIGO ADONIS BRAGA DE ARAUJO


Mestre em Biotecnologia Animal e Residência em Fisiopatologia da Reprodução e
Obstetrícia Veterinária pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, UNESP,
Botucatu (SP); graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Bahia.
Atualmente, é doutorando em Ciência Animal nos Trópicos pela Universidade Federal
da Bahia e Coordenador do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UNIFTC –
Salvador (BA).

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Apresentação

O livro Preparatório para Residência em Clínica Médica e Cirúrgica de Gran-


des Animais é o mais organizado e completo livro para os Veterinários que desejam
ser aprovados nas provas de residências do Brasil. Fruto de um rigoroso trabalho de
seleção de questões de residência e elaboração de novos conteúdos, atende a área de
Clínica Médica e Cirúrgica de Grande Animais.
A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos
ser de fundamental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos
mais diversos exames em Medicina Veterinária:
1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas), por autores
especializados.
2. 100% das questões são de provas passadas de residências.
3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nas
residências.
4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.
5. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo
com o seguinte modelo:

FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL

Bons Estudos!

Fernanda Fernandes
Editora

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Sumário

1. Legislação do SUS.................................................................................................................. 13
Referências................................................................................................................................................. 119
2. Afecções do Sistema Neurológico...........................................................................................125
Resumo prático........................................................................................................................................... 131
Referências................................................................................................................................................. 135
3. Afecções do Sistema Cardiorrespiratório.................................................................................137
Resumo prático........................................................................................................................................... 147
Referências................................................................................................................................................. 153
4. Afecções do Sistema Digestório e Glândulas Anexas................................................................155
Resumo prático........................................................................................................................................... 173
Referências................................................................................................................................................. 183
5. Afecções Sistema Urinário.....................................................................................................185
Resumo prático........................................................................................................................................... 189
Referências................................................................................................................................................. 191
6. Afecções do Sistema Reprodutor de Machos e Fêmeas.............................................................193
Retenção de Placentas................................................................................................................................ 193
Mastite....................................................................................................................................................... 194
Afeições do sistema reprodutor................................................................................................................... 196
Afecções do Parto........................................................................................................................................ 199
Degeneração testicular............................................................................................................................... 201
Estática fetal – manobras obstétricas.......................................................................................................... 201
Resumo prático........................................................................................................................................... 201
Retenção de placenta........................................................................................................................ 202
Referências................................................................................................................................................. 205
7. Afecções do Sistema Locomotor (Ossos, músculos e articulações)..............................................207
Resumo prático........................................................................................................................................... 221
Referências................................................................................................................................................. 235

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8. Afecções do Sistema Tegumentar (Pele e anexos)....................................................................237
Resumo prático........................................................................................................................................... 241
Referências................................................................................................................................................. 247
9. Afecções sistêmicas..............................................................................................................249
Raiva........................................................................................................................................................... 277
Botulismo.................................................................................................................................................... 277
Resumo prático............................................................................................................................................ 277
Hipocalcemia pós-parto.................................................................................................................... 278
Cetose em ruminantes (Acetonemia em bovinos e Toxemia da gestação em ovinos).......................... 279
Doenças Carenciais............................................................................................................................ 280
Tripanossomíase............................................................................................................................... 282
Acidose Ruminal............................................................................................................................... 283
Reticulo Peritonite traumática (RPT)................................................................................................. 284
Tétano............................................................................................................................................... 286
Anemia Infecciosa Equina (AIE)......................................................................................................... 286
Tuberculose....................................................................................................................................... 287
Tristeza Parasitária Bovina (TPB)....................................................................................................... 287
Febre Catarral Maligna...................................................................................................................... 288
Coccidiose......................................................................................................................................... 288
Indigestão Vagal............................................................................................................................... 289
Septicemia........................................................................................................................................ 289
Exame dos Linfonodos...................................................................................................................... 290
Verminose......................................................................................................................................... 291
Exame do Suco Ruminal.................................................................................................................... 291
Referências................................................................................................................................................. 293
10. Afecções de animais jovens (Potros, Bezerros e Neonatos)......................................................295
Resumo prático........................................................................................................................................... 299
Referências................................................................................................................................................. 301
11. Intoxicação por ingestão de medicamentos e plantas tóxicas.................................................303
Resumo prático........................................................................................................................................... 309
Referências................................................................................................................................................. 311
12. Hérnia...............................................................................................................................313
Resumo prático........................................................................................................................................... 317
Referências................................................................................................................................................. 319

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 ▏ 11

13. Cirurgia do Sistema Digestório.............................................................................................321


Suturas Separadas ou Interrompidas........................................................................................................... 327
Resumo prático........................................................................................................................................... 327
Suturas Contínuas............................................................................................................................. 328
Referências................................................................................................................................................. 333
14. Cirurgia do Sistema Reprodutor de Machos e Fêmeas............................................................335
Técnicas cirúrgicas no Sistema Reprodutor das fêmeas................................................................................ 335
Técnicas cirúrgicas no Sistema Reprodutor dos machos............................................................................... 338
Prolapso vaginal......................................................................................................................................... 345
Cesariana em grandes animais.................................................................................................................... 345
Resumo prático........................................................................................................................................... 345
Laceração perineal de 3° grau............................................................................................................... 346
Referências................................................................................................................................................. 347
15. Cirurgia do Sistema Locomotor............................................................................................349
Resumo prático........................................................................................................................................... 353
Referências................................................................................................................................................. 355
16. Cirurgia de Cavidade Abdominal..........................................................................................357
Laparotomia............................................................................................................................................... 357
Técnicas cirúrgicas do abdomen.................................................................................................................. 359
Resumo prático........................................................................................................................................... 363
Referências................................................................................................................................................. 367
17. Questões Extras: assuntos menos ocorrentes........................................................................369
Clínica......................................................................................................................................................... 369
Afecções do Sistema Ocular............................................................................................................... 369
Programas sanitários......................................................................................................................... 369
Nutrição............................................................................................................................................ 370
Cirurgia....................................................................................................................................................... 371
Cirurgia do Sistema Ocular................................................................................................................ 371
Cirurgia de Sistema Respiratório........................................................................................................ 372
Cirurgia de Sistema Tegumentar e Neoplasias................................................................................... 373
Farmacologia.................................................................................................................................... 375
Generalidades em clínica médica e cirúrgica..................................................................................... 376
Cirurgia do Sistema Urinário.............................................................................................................. 377
Resumo prático........................................................................................................................................... 379
Referências................................................................................................................................................. 385

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Afecções do Sistema
Neurológico 2
Marcos Vinicius Dias Rosa

01 02
(UFPI – COPESE – 2016) Marque a (UFCG – COMPROV – 2017) Analise
opção que contém o agente as afirmativas em relação à mie-
etiológico da Mieloencefalite loencefalomielite protozoária.
Protozoária Equina (EPM).
I. O cavalo se infecta ao ingerir esporo-
ⒶⒶ Nuttalia equi. zoítos de Sarcocystis neurona.
ⒷⒷ Anaplasma sp. II. O animal pode apresentar atrofia dos
ⒸⒸ Trypanosoma vivax. músculos quadríceps e glúteos.
ⒹⒹ Sarcocystis neurona. III. A suspeita clínica pode ser confirma-
ⒺⒺ Eimeria sp. da por exames imunodiagnósticos
(“immunoblot”) do soro e do líquido
DIFICULDADE cefalorraquidiano.
Dica do autor: Dentre as opções fornecidas,
a opção correta é a única que contém um Estão corretas:
micro-organismo que causa sintomatolo-
ⒶⒶ Apenas a I.
gia majoritariamente neurológica.
ⒷⒷ Apenas a I e a II.
Alternativa A: INCORRETA. A Nutaliose é outro
ⒸⒸ Apenas a II e a III.
nome para a Babesiose, que não é o agen-
ⒹⒹ Apenas a I e a III.
te etiológico da EPM.²
ⒺⒺ I, II e III.
Alternativa B: INCORRETA. Anaplasma sp. é o
agente etiológico da Anaplasmose.¹
DIFICULDADE
Alternativa C: INCORRETA. Trypanosoma vi-
vax, agente etiológico da Tripanossomía- Dica do autor: É importante relembrar o mé-
se, não foi relatada em equinos, mas em todo mais comum de infecção, além dos
bovinos.² sinais clínicos e dos métodos diagnósticos.
Alternativa D: CORRETA. Esse é o agente etio- Afirmativa I: VERDADEIRA. A ingestão acidental
lógico correto para a doença.³ dos esporozoítos do S. neurona é o método
Alternativa E: INCORRETA. Eimeria sp. é o de transmissão dessa afecção em equinos.²
agente etiológico de uma coccidiose, Afirmativa II: VERDADEIRA. Atrofia dos quadrí-
cujos sinais clínicos são de caráter gas- ceps e dos glúteos são alguns dos sinais
trointestinal.¹ clínicos que podem ocorrer, mas não são
os únicos, nem os principais.²

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126 ▕ Afecções do Sistema Neurológico

Afirmativa III: VERDADEIRA. Ambos são os mé- Alternativa C: CORRETA. Os antibióticos afetam
todos diagnósticos válidos para essa pato- a flora intestinal, assim como excesso de
logia, porém a sorologia do sangue é ines- proteína na dieta e acidose lática favore-
pecífica e não indica que os sinais clínicos cem o crescimento de bactérias produto-
apresentados pelo animal sejam relacio- ras de tiaminase.²
nados à infecção do micro-organismo.² Alternativa D: CORRETA. O pirofosfato de tia-
RESPOSTA: E mina é necessário para o funcionamento
das enzimas piruvato descarboxilase, piru-
vato desidrogenase, α-cetoglutarato de-

03
(UFERSA – COREMU – 2018) Com re- sidrogenase, transcetolase e acetolactato
lação à polioencefalomalácia sintetase, as quais estão intimamente in-
(PEM) é INCORRETO afirmar que: tegradas no metabolismo energético, lo-
go sua deficiência deprime a capacidade
ⒶⒶ mudança brusca na dieta é um fator de produção energética.²
extremamente importante no apare- Alternativa E: CORRETA. Esses são sinais clíni-
cimento da doença. cos dessa doença.²
ⒷⒷ deficiências na dieta de sulfatos, co-
balto e tiamina são determinantes no

04
aparecimento da alteração. (UFERSA – COREMU – 2017) Em rela-
ⒸⒸ uso oral de antibióticos, excesso de ção a polioencefalomalácia to-
proteínas na dieta e acidose lática po- das as afirmativas são corretas,
dem estar envolvidas no aparecimen- EXCETO:
to dessa patologia.
ⒹⒹ a deficiência de vitamina B1 leva à re- ⒶⒶ Deve ser tratada com vitamina B1 na
dução da atividade das enzimas de- dose de 10 mg por kg de peso vivo a
pendentes dessa vitamina, dificultan- cada 6 horas. O uso de diuréticos e an-
do a oxidação da glicose, que é a prin- ti-inflamatórios também é indicado.
cipal fonte de energia dos neurônios. ⒷⒷ Pode acometer bovinos, ovinos e ca-
ⒺⒺ os principais sinais clínicos dessa prinos.
doença são cegueira, andar em círcu- ⒸⒸ Ocorre em diversas doenças incluindo
los, opistótono, rigidez da nuca, estra- deficiência de vitamina B1, intoxicação
bismo e incoordenação progressiva. por cloreto de sódio, intoxicação por
chumbo, encefalite por herpesvírus
DIFICULDADE bovino-5 e intoxicação por enxofre.
ⒹⒹ Fazem parte dos sinais clínicos da en-
Dica do autor: É importante levar em con-
fermidade cegueira total ou parcial,
sideração os tipos de deficiência e con-
opistótono, pressão da cabeça, nistag-
dições que podem influenciar o apareci-
mo e estrabismo.
mento dessa doença.
ⒺⒺ Histologicamente caracteriza-se por ne-
Alternativa A: CORRETA. A mudança brusca na
crose laminar do córtex cerebral e mi-
dieta aumenta a liberação de enzima tia-
croabscedações no tronco encefálico.
minase, levando a uma queda dos níveis
séricos de tiamina, acarretando no apare-
DIFICULDADE
cimento dos sinais.²
Alternativa B: INCORRETA. A deficiência de Dica do autor: A localização e as caracterís-
CHUMBO e não cobalto é determinan- ticas das lesões refletem nos sinais clíni-
te para o aparecimento dessa alteração.² cos observados.

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Marcos Vinicius Dias Rosa ▏ 127

Alternativa A: CORRETA. Todas essas são op- Alternativa B: INCORRETA. Essa é a outra doen-
ções válidas e corretas, baseadas nos si- ça cuja icterícia pode ser observada; po-
nais e sintomas da doença.² rém, nada sugere no histórico apresenta-
Alternativa B: CORRETA. Todas essas espécies do que a alimentação deste animal envol-
podem ser acometidas.² va o uso de milho, necessário para a infec-
Alternativa C: CORRETA. A polioencefalomalá- ção que causa essa doença.²
cia pode ocorrer em todas essas doenças.² Alternativa C: INCORRETA. A EPM não causa ic-
Alternativa D: CORRETA. Esses são sinais clíni- terícia, apesar de os sintomas também se-
cos dessa doença.² rem progressivos.²
Alternativa E: INCORRETA. Histologicamen- Alternativa D: INCORRETA. A influenza não cau-
te, observa-se degeneração e necrose do sa sintomatologia neurológica.²
córtex cerebral.² Alternativa E: CORRETA. Baseado no históri-
co apresentado, esta é a doença correta. ²
O enunciado abaixo deve ser utilizado para respon-
der às questões de 5 a 7:

06
(UFCG – COMPROV – 2017) Conside-
Um equino mestiço, fêmea, com sete anos ra-se como etiologia:
de idade, pesando 420 kg, criado em re-
gime semi-intensivo em pastagem nativa,
apresentou apatia, inapetência, conjunti- ⒶⒶ Intoxicação por micotoxinas.
vas congestas, escleras ictéricas, emagreci- ⒷⒷ Infecção por Sarcocystis neurona.
mento progressivo, depressão acentuada, ⒸⒸ Intoxicação por fumonisina B1.
andar a esmo, ataxia, convulsões e, poste- ⒹⒹ Intoxicação crônica pela in-
riormente, decúbito seguido de morte. De gestão de Crotalaria retusa.
acordo com esse relato, responda às ques- ⒺⒺ Toxinfecção por neurotoxinas.
tões a seguir.
DIFICULDADE

05
Dica do autor: Devido ao histórico clínico
(UFCG – COMPROV – 2017) Qual a apresentado, atentar para possíveis meios
suspeita clínica? de intoxicação progressiva.
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser uma
alternativa válida, não condiz com o histó-
ⒶⒶ Raiva.
rico apresentado, necessitando a ingestão
ⒷⒷ Leucoencefalomalácia.
de certos tipos de alimentos que inevita-
ⒸⒸ Encefalomielite por protozoário.
velmente precisam ser relatados.²
ⒹⒹ Influenza equina.
Alternativa B: INCORRETA. A infecção por esse
ⒺⒺ Encefalopatia hepática.
micro-organismo não apresenta alguns si-
nais como icterícia e convulsões.²
DIFICULDADE
Alternativa C: INCORRETA. Por ser uma mico-
Dica do autor: Dentre as opções disponíveis, toxina, cabe a mesma justificativa da al-
a icterícia como sinal clínico é importante ternativa A.²
para a escolha da opção correta. Alternativa D: CORRETA. A Crotalaria retusa,
Alternativa A: INCORRETA. Icterícia não é um uma planta que contém alcaloides da pirro-
achado comum da raiva, além do emagre- lizidina, inibe a replicação celular e síntese
cimento progressivo, o que indica um cur- de proteínas dos hepatócitos, causando os
so lento da doença, que geralmente tam- sinais clínicos observados no enunciado.²
bém não é o caso desta.²

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Resumo prático

A fisiologia gastrointestinal se inicia na boca; sendo assim, é importante relem-


brar alguns detalhes a respeito da mastigação e dentição equina, que serão destaca-
dos nas figuras 4.1 e 4.2.

Figura 4.1 Ciclo mastigatório do equino.

(A) Frames isolados retratando um único ciclo de mastigação do equino. (B) Esquema de fases do ciclo mastigatório.
Os números de 1 a 3 representam a fase de abertura, 4 e 5 a fase de fechamento, de 6 a 9 a fase de impacto e atrito e 10 a fase de retorno.¹

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174 ▕ Resumo prático

Figura 4.2 – A classificação Triadan para a dentição equina.

O primeiro dígito se refere ao quadrante. Número 1 para quadrante superior direito, 2 quadrante superior esquerdo,
3 para o quadrante inferior esquerdo e 4 para o quadrante inferior direito.¹

A fórmula para dentição permanen- Esôfago → (Cárdia) → Estômago →


te é seguinte: 2(I 3/3, C1/1 ou 0/0, PM 3/3 (Piloro) → Duodeno → Jejuno →
ou 4/4, M 3/3) = Total 36 ou 44, o canino Íleo → (ileocecal) → Ceco → (Válvula
ocorre mais frequentemente em machos Cecocólica) → Cólon Ventral Direito
do que em fêmeas e a variação de pré- → (Flexura Esternal) → Cólon Ventral
-molares varia devido à presença ou não Esquerdo → (Flexura Pélvica) →
do “dente de lobo”. Cólon Dorsal Esquerdo → (Flexura
Para entender as diferentes afecções Diafragmática) → Cólon Dorsal Direito
do trato gastrointestinal é essencial ter → Cólon Transverso → Cólon Menor
em mente o caminho que o bolo alimen- → Reto → Ânus
tar faz ao ser deglutido e as barreiras na-
turais, até o ânus. A tabela abaixo faz um breve resumo
do tempo médio da ingesta, capacidade e
comprimento médio dos órgãos de maior
importância clínica. Essas informações de-
vem ser levadas em consideração nas di-
versas patologias que serão abordadas.

CAPACIDADE/COMPRIMENTO
ÓRGÃO TEMPO MÉDIO DO ALIMENTO
MÉDIO
ESTÔMAGO 15 MINUTOS 8 A 15 LITROS
INTESTINO DELGADO
30 A 90 MINUTOS 56 LITROS/ 20 METROS
(Duodeno, Jejuno, Íleo)
INTESTINO GROSSO 36 A 72 HORAS 30 LITROS (CECO)
(Ceco e Cólon Maior) (MÉDIA 56 HORAS) 80 LITROS (CÓLON MAIOR)

A tabela abaixo serve de referência para a abordagem do paciente com cólica,


lembrando que para diferentes autores estes podem ter ordens de importância dife-
rentes, sendo assim, deve ser utilizada apenas como guia para o Médico Veterinário.

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Referências

1. Easley KJ, Dixon PM, Schumacher J, Equi- 4. Reed MS, Bayly MW. Medicina interna
ne dentistry. 3. ed. Edinburgh: Elsevier equina. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
Saunders; 2011. 395 p. gan; 2000.
2. Hendrickson DA. Técnicas cirúrgicas em 5. Sotomaior CS, Moraes FR, Souza FP,
grandes animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Milczewski V, Pasqualin CA. Parasitoses
Guanabara Koogan; 2010. 332 p. gastrintestinais dos Ovinos e Caprinos:
3. Radostits OM, Gay CC, Blood DC, Hinch- alternativas de controle. Curitiba: Insti-
cliff KW, McKenzie RA. Clínica Veterinária: tuto Emater; 2009. 36 p. il. (Informação
um tratado de doenças dos bovinos, ovi- Técnica, 080)
nos, suínos, caprinos e equinos. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.

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