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OVADO
RESIDÊNCIA
MEDICINA VETERINÁRIA
Bromatologi
Clínica Médica e Cirúrgica de
Grandes Animais
Bromatologi
Clínica Médica e Cirúrgica de
Grandes Animais
Autores
Natale Oliveira de Souza
Daniela Mello Vianna Ferrer
Marcos Vinicius Dias Rosa
Endrigo Adonis Braga de Araujo
ISBN 978-85-5462-187-2
CDU: 619:617
AUTORES
NATALE OLIVEIRA DE SOUZA
Enfermeira obstétrica, graduada pela UEFS, em 1998, pós-graduada em Gestão em
Saúde, Saúde Pública, Urgência e Emergência, Auditoria de Sistemas, Enfermagem do
Trabalho e Direito Sanitário. Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS. Atualmente atua co-
mo coach, mentora e consultora/professora na área de Concursos Públicos e Residências.
Além de ser funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador – Atenção Básica.
Conta com 16 aprovações em concursos e seleções públicas, dentre elas: Programa de In-
teriorização dos Profissionais de Saúde, lotada em Minas; Consultora do Programa Nacio-
nal de Controle da Dengue (OPAS), lotada em Brasília; Consultora Internacional do Progra-
ma Melhoria da Qualidade em Saúde pelo Banco Mundial, lotada em Salvador. Governo
do Estado da Bahia – SESAB, Prefeitura Municipal de Aracaju, Prefeitura Municipal de Sal-
vador, Professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Governo do Estado de Sergi-
pe (SAMU); Educadora/FIOCRUZ, dentre outros.
nico e Cirurgião na Clínica HDM Horse Service em Cachoeiras de Macacu, Rio de Janei-
ro; e professor no Centro Universitário Serra dos Órgãos em Teresópolis, Rio de Janeiro.
FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL
Bons Estudos!
Fernanda Fernandes
Editora
1. Legislação do SUS.................................................................................................................. 13
Referências................................................................................................................................................. 119
2. Afecções do Sistema Neurológico...........................................................................................125
Resumo prático........................................................................................................................................... 131
Referências................................................................................................................................................. 135
3. Afecções do Sistema Cardiorrespiratório.................................................................................137
Resumo prático........................................................................................................................................... 147
Referências................................................................................................................................................. 153
4. Afecções do Sistema Digestório e Glândulas Anexas................................................................155
Resumo prático........................................................................................................................................... 173
Referências................................................................................................................................................. 183
5. Afecções Sistema Urinário.....................................................................................................185
Resumo prático........................................................................................................................................... 189
Referências................................................................................................................................................. 191
6. Afecções do Sistema Reprodutor de Machos e Fêmeas.............................................................193
Retenção de Placentas................................................................................................................................ 193
Mastite....................................................................................................................................................... 194
Afeições do sistema reprodutor................................................................................................................... 196
Afecções do Parto........................................................................................................................................ 199
Degeneração testicular............................................................................................................................... 201
Estática fetal – manobras obstétricas.......................................................................................................... 201
Resumo prático........................................................................................................................................... 201
Retenção de placenta........................................................................................................................ 202
Referências................................................................................................................................................. 205
7. Afecções do Sistema Locomotor (Ossos, músculos e articulações)..............................................207
Resumo prático........................................................................................................................................... 221
Referências................................................................................................................................................. 235
01 02
(UFPI – COPESE – 2016) Marque a (UFCG – COMPROV – 2017) Analise
opção que contém o agente as afirmativas em relação à mie-
etiológico da Mieloencefalite loencefalomielite protozoária.
Protozoária Equina (EPM).
I. O cavalo se infecta ao ingerir esporo-
ⒶⒶ Nuttalia equi. zoítos de Sarcocystis neurona.
ⒷⒷ Anaplasma sp. II. O animal pode apresentar atrofia dos
ⒸⒸ Trypanosoma vivax. músculos quadríceps e glúteos.
ⒹⒹ Sarcocystis neurona. III. A suspeita clínica pode ser confirma-
ⒺⒺ Eimeria sp. da por exames imunodiagnósticos
(“immunoblot”) do soro e do líquido
DIFICULDADE cefalorraquidiano.
Dica do autor: Dentre as opções fornecidas,
a opção correta é a única que contém um Estão corretas:
micro-organismo que causa sintomatolo-
ⒶⒶ Apenas a I.
gia majoritariamente neurológica.
ⒷⒷ Apenas a I e a II.
Alternativa A: INCORRETA. A Nutaliose é outro
ⒸⒸ Apenas a II e a III.
nome para a Babesiose, que não é o agen-
ⒹⒹ Apenas a I e a III.
te etiológico da EPM.²
ⒺⒺ I, II e III.
Alternativa B: INCORRETA. Anaplasma sp. é o
agente etiológico da Anaplasmose.¹
DIFICULDADE
Alternativa C: INCORRETA. Trypanosoma vi-
vax, agente etiológico da Tripanossomía- Dica do autor: É importante relembrar o mé-
se, não foi relatada em equinos, mas em todo mais comum de infecção, além dos
bovinos.² sinais clínicos e dos métodos diagnósticos.
Alternativa D: CORRETA. Esse é o agente etio- Afirmativa I: VERDADEIRA. A ingestão acidental
lógico correto para a doença.³ dos esporozoítos do S. neurona é o método
Alternativa E: INCORRETA. Eimeria sp. é o de transmissão dessa afecção em equinos.²
agente etiológico de uma coccidiose, Afirmativa II: VERDADEIRA. Atrofia dos quadrí-
cujos sinais clínicos são de caráter gas- ceps e dos glúteos são alguns dos sinais
trointestinal.¹ clínicos que podem ocorrer, mas não são
os únicos, nem os principais.²
Afirmativa III: VERDADEIRA. Ambos são os mé- Alternativa C: CORRETA. Os antibióticos afetam
todos diagnósticos válidos para essa pato- a flora intestinal, assim como excesso de
logia, porém a sorologia do sangue é ines- proteína na dieta e acidose lática favore-
pecífica e não indica que os sinais clínicos cem o crescimento de bactérias produto-
apresentados pelo animal sejam relacio- ras de tiaminase.²
nados à infecção do micro-organismo.² Alternativa D: CORRETA. O pirofosfato de tia-
RESPOSTA: E mina é necessário para o funcionamento
das enzimas piruvato descarboxilase, piru-
vato desidrogenase, α-cetoglutarato de-
03
(UFERSA – COREMU – 2018) Com re- sidrogenase, transcetolase e acetolactato
lação à polioencefalomalácia sintetase, as quais estão intimamente in-
(PEM) é INCORRETO afirmar que: tegradas no metabolismo energético, lo-
go sua deficiência deprime a capacidade
ⒶⒶ mudança brusca na dieta é um fator de produção energética.²
extremamente importante no apare- Alternativa E: CORRETA. Esses são sinais clíni-
cimento da doença. cos dessa doença.²
ⒷⒷ deficiências na dieta de sulfatos, co-
balto e tiamina são determinantes no
04
aparecimento da alteração. (UFERSA – COREMU – 2017) Em rela-
ⒸⒸ uso oral de antibióticos, excesso de ção a polioencefalomalácia to-
proteínas na dieta e acidose lática po- das as afirmativas são corretas,
dem estar envolvidas no aparecimen- EXCETO:
to dessa patologia.
ⒹⒹ a deficiência de vitamina B1 leva à re- ⒶⒶ Deve ser tratada com vitamina B1 na
dução da atividade das enzimas de- dose de 10 mg por kg de peso vivo a
pendentes dessa vitamina, dificultan- cada 6 horas. O uso de diuréticos e an-
do a oxidação da glicose, que é a prin- ti-inflamatórios também é indicado.
cipal fonte de energia dos neurônios. ⒷⒷ Pode acometer bovinos, ovinos e ca-
ⒺⒺ os principais sinais clínicos dessa prinos.
doença são cegueira, andar em círcu- ⒸⒸ Ocorre em diversas doenças incluindo
los, opistótono, rigidez da nuca, estra- deficiência de vitamina B1, intoxicação
bismo e incoordenação progressiva. por cloreto de sódio, intoxicação por
chumbo, encefalite por herpesvírus
DIFICULDADE bovino-5 e intoxicação por enxofre.
ⒹⒹ Fazem parte dos sinais clínicos da en-
Dica do autor: É importante levar em con-
fermidade cegueira total ou parcial,
sideração os tipos de deficiência e con-
opistótono, pressão da cabeça, nistag-
dições que podem influenciar o apareci-
mo e estrabismo.
mento dessa doença.
ⒺⒺ Histologicamente caracteriza-se por ne-
Alternativa A: CORRETA. A mudança brusca na
crose laminar do córtex cerebral e mi-
dieta aumenta a liberação de enzima tia-
croabscedações no tronco encefálico.
minase, levando a uma queda dos níveis
séricos de tiamina, acarretando no apare-
DIFICULDADE
cimento dos sinais.²
Alternativa B: INCORRETA. A deficiência de Dica do autor: A localização e as caracterís-
CHUMBO e não cobalto é determinan- ticas das lesões refletem nos sinais clíni-
te para o aparecimento dessa alteração.² cos observados.
Alternativa A: CORRETA. Todas essas são op- Alternativa B: INCORRETA. Essa é a outra doen-
ções válidas e corretas, baseadas nos si- ça cuja icterícia pode ser observada; po-
nais e sintomas da doença.² rém, nada sugere no histórico apresenta-
Alternativa B: CORRETA. Todas essas espécies do que a alimentação deste animal envol-
podem ser acometidas.² va o uso de milho, necessário para a infec-
Alternativa C: CORRETA. A polioencefalomalá- ção que causa essa doença.²
cia pode ocorrer em todas essas doenças.² Alternativa C: INCORRETA. A EPM não causa ic-
Alternativa D: CORRETA. Esses são sinais clíni- terícia, apesar de os sintomas também se-
cos dessa doença.² rem progressivos.²
Alternativa E: INCORRETA. Histologicamen- Alternativa D: INCORRETA. A influenza não cau-
te, observa-se degeneração e necrose do sa sintomatologia neurológica.²
córtex cerebral.² Alternativa E: CORRETA. Baseado no históri-
co apresentado, esta é a doença correta. ²
O enunciado abaixo deve ser utilizado para respon-
der às questões de 5 a 7:
06
(UFCG – COMPROV – 2017) Conside-
Um equino mestiço, fêmea, com sete anos ra-se como etiologia:
de idade, pesando 420 kg, criado em re-
gime semi-intensivo em pastagem nativa,
apresentou apatia, inapetência, conjunti- ⒶⒶ Intoxicação por micotoxinas.
vas congestas, escleras ictéricas, emagreci- ⒷⒷ Infecção por Sarcocystis neurona.
mento progressivo, depressão acentuada, ⒸⒸ Intoxicação por fumonisina B1.
andar a esmo, ataxia, convulsões e, poste- ⒹⒹ Intoxicação crônica pela in-
riormente, decúbito seguido de morte. De gestão de Crotalaria retusa.
acordo com esse relato, responda às ques- ⒺⒺ Toxinfecção por neurotoxinas.
tões a seguir.
DIFICULDADE
05
Dica do autor: Devido ao histórico clínico
(UFCG – COMPROV – 2017) Qual a apresentado, atentar para possíveis meios
suspeita clínica? de intoxicação progressiva.
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser uma
alternativa válida, não condiz com o histó-
ⒶⒶ Raiva.
rico apresentado, necessitando a ingestão
ⒷⒷ Leucoencefalomalácia.
de certos tipos de alimentos que inevita-
ⒸⒸ Encefalomielite por protozoário.
velmente precisam ser relatados.²
ⒹⒹ Influenza equina.
Alternativa B: INCORRETA. A infecção por esse
ⒺⒺ Encefalopatia hepática.
micro-organismo não apresenta alguns si-
nais como icterícia e convulsões.²
DIFICULDADE
Alternativa C: INCORRETA. Por ser uma mico-
Dica do autor: Dentre as opções disponíveis, toxina, cabe a mesma justificativa da al-
a icterícia como sinal clínico é importante ternativa A.²
para a escolha da opção correta. Alternativa D: CORRETA. A Crotalaria retusa,
Alternativa A: INCORRETA. Icterícia não é um uma planta que contém alcaloides da pirro-
achado comum da raiva, além do emagre- lizidina, inibe a replicação celular e síntese
cimento progressivo, o que indica um cur- de proteínas dos hepatócitos, causando os
so lento da doença, que geralmente tam- sinais clínicos observados no enunciado.²
bém não é o caso desta.²
(A) Frames isolados retratando um único ciclo de mastigação do equino. (B) Esquema de fases do ciclo mastigatório.
Os números de 1 a 3 representam a fase de abertura, 4 e 5 a fase de fechamento, de 6 a 9 a fase de impacto e atrito e 10 a fase de retorno.¹
O primeiro dígito se refere ao quadrante. Número 1 para quadrante superior direito, 2 quadrante superior esquerdo,
3 para o quadrante inferior esquerdo e 4 para o quadrante inferior direito.¹
CAPACIDADE/COMPRIMENTO
ÓRGÃO TEMPO MÉDIO DO ALIMENTO
MÉDIO
ESTÔMAGO 15 MINUTOS 8 A 15 LITROS
INTESTINO DELGADO
30 A 90 MINUTOS 56 LITROS/ 20 METROS
(Duodeno, Jejuno, Íleo)
INTESTINO GROSSO 36 A 72 HORAS 30 LITROS (CECO)
(Ceco e Cólon Maior) (MÉDIA 56 HORAS) 80 LITROS (CÓLON MAIOR)
1. Easley KJ, Dixon PM, Schumacher J, Equi- 4. Reed MS, Bayly MW. Medicina interna
ne dentistry. 3. ed. Edinburgh: Elsevier equina. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
Saunders; 2011. 395 p. gan; 2000.
2. Hendrickson DA. Técnicas cirúrgicas em 5. Sotomaior CS, Moraes FR, Souza FP,
grandes animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Milczewski V, Pasqualin CA. Parasitoses
Guanabara Koogan; 2010. 332 p. gastrintestinais dos Ovinos e Caprinos:
3. Radostits OM, Gay CC, Blood DC, Hinch- alternativas de controle. Curitiba: Insti-
cliff KW, McKenzie RA. Clínica Veterinária: tuto Emater; 2009. 36 p. il. (Informação
um tratado de doenças dos bovinos, ovi- Técnica, 080)
nos, suínos, caprinos e equinos. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.