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>-PREPARATÓRIO PARA
PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA
,.....
SANAR~
• PREPARATÓRIO PARA
-
PROVAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA
COORDENADOR
Juliano Silveira de Araújo
,.....
SANAR~
O Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar ltda. pela Lei n° 9.6'1O, de
19 d~ Fevereiro de 1998. É pmibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer part~ deste livro, no
todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios {eletrônico, gravação, fotocópia ou outros),
essas proibições aplicam ·s~ também à editoração da obra, bem como às suas caracteristicas gráficas, sem per-
missão expressa da Editora.
O livro Preparatório em Residência Médica SUS/SP é o mais organizado e completo livro para
os residentes que desejam ser aprovados nos concursos do Brasil. Fruto de um rigoroso trabalho de
seleção de questões de concursos e elaboração de novos conteúdos, atende às mais diversas áreas
de conhecimento na Residência Médica.
A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos ser de fun-
damental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames na
Residência Médica:
1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas), por autores especializa-
dos.
2. 100% das questões são de concursos passados.
3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nos concursos.
4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.
S. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo com o seguin-
te modelo:
fAcll
•
IIITEIIMEOIÁIIIO
•
OIFICIL
•••
O livro Preparatório em Residência Médica SUS/SP será um grande facilitador para seus es-
tudos, sendo uma ferramenta diferencial para o aprendizado e, principalmente, ajudando você a
conseguir os seus objetivos.
Bons Estudos!
Geisel Alves
Edrtor
Sumário
1. 201 0
1. PEDIATRIA I ..........................................................................................................................................13
2. PEDIATRIA li ........................................................................................................................................ 16
3. CLINICA I .............................................................................................................................................. 21
4. CLINICA 11 ............................................................................................................................................. 24
S. CIRURGIA I ........................................................................................................................................... 28
6. CIRURGIA li .......................................................................................................................................... 31
7. GINECOLOGIA EOB.STETRICIA ................................................................................................................ .3S
8. GINECOLOGIA EOBSTETRfCIA11 .............................................................................................................. 42
9. MEDICINA PREVENTIVA ........................................................................................................................ S3
2. 2011 71
1. CLINICA 1...............................................................................................................................................71
2. CLI NICA li ............................................................................................................................................74
3. PEDIATRIA I ..........................................................................................................................................77
4. PEDIATRIA li ........................................................................................................................................ 81
S. CIRURGIA I ...........................................................................................................................................8S
6. CIRURGIA li .......................................................................................................................................... 89
7. MEDICI NA PREVENTIVA ........................................................................................................................ 94
8. GINECOLOGIA EOBSTETRfCIA ............................................................................................................... 109
9. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA li ............................................................................................................ 114
3. 2012
1. ME OICINA PREV ENTI VA ....................................................................................................................... 123
2. CLINICA I ...........................................................................................................................................136
3. CLINICA 11 .......................................................................................................................................... 140
4. PEDIATRIA I ....................................................................................................................................... 143
S. PEOIATR IA 11 ...................................................................................................................................... 147
6. CIRURGIA I ......................................................................................................................................... 1S1
7. CIRURGIA li ........................................................................................................................................ 1S4
8. GINECOLOGIA EOBSTETRiCIAI ............................................................................................................. 1S9
9. Gl NECOLOGIA EOBSTETRfCIA 11 ............................................................................................................ 164
4. 2013
1. MEDICI NA PREVENTIVA ....................................................................................................................... 171
2. CLfNICA I ............................................................................................................................................ 182
3. CLI NICA 11 .......................................................................................................................................... 186
4. PEDIATRIA I ........................................................................................................................................189
S. PEDIATRIA li ...................................................................................................................................... 193
6. CIRURGIA 1•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 198
7. CIRURGIA li ........................................................................................................................................201
8. GINECOLOGIA EOBSTETR((IA .••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.•..•.•..•.•..•.•.•.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 20S
9. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11 .•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.••.••..•.•..•.•..•.•..•.•.•.••.•.•.210
S. 2014
1. MEDICINA PREVENTIVA •.•.•••.•..•.•..•.•..•.•..•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 217
2. CLINICA 1. •..••..•••..•••..•••..•••.•••..•••..•••..•••..••..••••.••••.••••.••..•••..•••..•••..•••••.•..•.•..•.•..•.•..••..•••..•••..•••..•••.•••..•••. 22S
3. CLINICA 11 ••.•.•••.••••.••••.••••.•••.••.•.••.•.••.•.••••••••.••••.••••.••••.•••.••.•.••.•.••.•.•••.••••.••••.••••.••.•••••.••••.••••.••••.•.•.••.•.•• 230
4. PEDIATRIA 1........................................................................................................................................ 234
S. PEDIATRIA 11 •.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••..••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 242
6. CIRURGIA 1.................................................•....•....•....•...•....•....•....•...........................•....•....•................ 24S
7. CIRURGIAII •.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••••.••••.••••.••••••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 248
8. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA I •.•.••.•.••.•.••.•••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.•.•.••••.••••2S2
9. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11 .•.••••.••••.••.•••.•.••.•.••.•.••.•...•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 2S8
6. 2015
1. PEDIATRIA I ••.••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.•••.•••..••••267
2. PEDIATRIA 11 ....................................................................................................................................... 271
3. CL(NICA 1............................................................................................................................................ 27S
4. CLiNICA 11 •.•.•••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••••.••••.••••.••••.•••.••.•.•• 280
S. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA I ••••••••••••••••••••.••••.••••.••••.••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.••••.••••.••••.••••••••••••• 283
6. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11 .•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 288
7. MEDICINA PREVENTIVA •.•••••••..•••..•••..•••..•••.•.••.•.••.•.••.•••.•••..•••..•••..•••••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••292
8. CIRURGIA 1.......................................................................................................................................... 303
9. CIRURGIA 11 ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 30S
7. 2016
1. CliNICAI ••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•...•.•..•.•..•.•..•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.•..•.••313
2. CLINICA 11 •.•.•••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•••.••.•.••.•.••.•.•••.••••.••••.••••.••••••.•.••••.••••.••••.•.•.••.•.•• 317
3. PEDIATRIA I •..•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••••••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.•..•.•..•.•..•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••323
4. PEDIATRIA 11 ....................................................................................................................................... 328
S. GINECOLOGIA EOBSTETRIC.IA I •.•.•..•.•..•.•..•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.•..•.•.332
6. GINECOLOGIA EOBSTETR((IA 11 ••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•.•.••••.••••.••••.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••••.••••.••••.••••.•.•.••••.•• 338
7. MEDICINA PREVENTIVA •.••••••••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.•••.•••..••••346
8. CIRURGIA 11 •.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.•..•.•..•.•..•.•.•.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••3S6
8. 2017
1. CLINICA 1••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.•••.•.••.•.••372
2. MEDICINA PREVENTIVA ••.•••.•..•.•..•.•..•.•..•••.•.••.•.••.•.••.•...•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 37S
3. PEDIATRIA 1....•....•....•....•......................•....•....•....•..............................................•....•....•....•....•...•....•..388
4. PEDIATRIA 11 •.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•.•••.••••.•• 394
S. CLINICA li ............................................•....•....•....•........•....•....•....•...................................................... 400
6. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA I •.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.••.•.••.•.••.•••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••.•.•• 404
7. GINECOLOGIA EOBSTETR[CIA 11 •••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.•••••.••.•.••.•.••.•.••.••..••••.••••.••••.•••.•.••.•.•• 412
8. CIRURGIA I .••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••••.••••.••••.••..••.•.••.•.••.•.••.•.•••.••.•.•• 417
9. 2018
1. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA •.•••..•••..•••..•••.••••.••••.••••.•••.•••..•••..•••..•••.•.••.•.••.•.••.•.••.•••.••••.••••.••••.•••.••••.•••. 430
2. GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11 •.••••.••••.•••.••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••••.••••.••••.•••.••••.••••.••••.••••••.•.••.•.••.•.••.•.•.•.••••.••438
11
crônica, não sendo especifica para essa doença. ® Estreptococo do grupo B; listeria e H. in·
I Resposta: ©. fluenzae tipo 8.
® Estreptococo do grupo B; E. co li e listeria.
© E. coli; Estreptococo do grupo 8 e Pneu mo·
Um menino com 4 anos de idade apre- coco.
04
e
sent a arritmia ventricular de início súbito
é diagnosticada miocardite. A principal etio-
@ E. coli; Listeria e N. meningitidis.
® N. meningitidis; H. influenzae t ipo B e Pneu·
logia nestes casos é mococo.
tógenos que causam a sepse nesse período são para indicar tratamento.
geralmente os responsáveis pelas meningites, ® apenas observar.
sendo os mais prevalentes aqueles com predi- © administrar vitamina C na dose de 200 mg/
leção pelo SNC, como Streptoccocus grupo B dia para prevenir o desenvolvimento ou mini-
(especialmente tipo 111), Escherichia colí e lis- mizar os sintomas da doença.
teria monocytogenes. Haemophilus influenzae @ iniciar o oseltamivir devido ao risco de
tipo b, Neisseria meningitidis (meningococo) e doença grave nesta faixa etária.
Streptococcus pneumoniae {pneumococo) são ® realizar hemograma e proteína C-reativa
agentes responsáveis por aproximadamente para detectar período prodrômico e iniciar tra-
95% dos casos de meningite bacteriana após tamento se alterados.
os 2 meses de idade. Contudo, esses números
vêm m udando após a vacinação contra o H. in· ~ COMENTARIO: A quimioprofilaxia contra o vírus
fluenzae t ipo b, diminuindo consideravelmente influenza não está indicada em menores de 3
a incidência dessa bactéria. meses, apenas se a situação seja considerada
I Resposta: ® . crítica. Deve-se observar a presença de sinto-
mas da síndrome gripaI {febre alta, tosse, rínor-
neonatal da G6PD feita em papel de filtro (t este PEDIATRIA 11· RENATA DAVIN GOMES PARENTE
do pezinho).
No recém-nascido haverá uma circulação ente-
ro hepática elevada de bilirrubina decorrente Uma pré-escolar de cinco anos apresenta
da escassa flora in testinal e da maior ativida-
de da enzima beta-glicorunidase na mucosa
11 história de poliúria, polidipsia e náuseas.
O exame físico revela a presença de desidrata-
intestinal. Existe diminuição da conversão de ção Intensa e taquidispneia importante. levan·
mono e diglicuronídeos de bilirrubina em uro- do· se em conta o provável diagnóstico dest e
bilinogênio devido à pequena quantidade de caso, estará ocorrendo nesta criança:
bactérias intest inais, tornando os glicuronídeos
suscetfveis à desconjugação pela beta-glicuro- @ elevação da incorporação periférica de gli·
nidase. Isso se reflete na entrada da bilirrubina cose.
não conjugada pela circulação entero-hepática ® redução na concentração sérica de insulina
e na sobrecarga de bilirrubina ao hepat ócit o. O e hipo·osmolaridade sérica.
RN apresenta captação hepática limitada da bi- © redução da quebra de triglicérides.
lirrubina nos primeiros três a quatro dias devi- @ redução do catabolismo de aminoácidos
do à deficiência de ligandina, principal protefna ® baixa concentração intracelular de potássio.
carreadora da bilirrubina dentro do hepatócito.
Além disso, a conjugação hepática deficiente .. COMENTÁRIO:: Paciente com quadro de po-
decorre da atividade diminuída da glicuronil- liúria, polidipsia e náuseas com desidratação e
·transferase. Ao nascimento, a atividade é infe- taquidispneia. Ao exame ffsico observado desi-
rior a 0, 1% em relação à do adulto, atingindo dratação. Mediante essa clínica devemos pen·
seu nível entre 6 e 14 semanas. sar no diagnóstico de cetoacidose diabética
I Resposta: @ (CAD). Na CAD teremos uma baixa concentra·
ção de insulina, com consequente redução da
incorporação periférica de glicose e aumento
A infecção neonatal pela Klebsiella "ESBL" da quebra das triglicérides e aminoácidos para
1O é um problema que pode compromet er
o cuidado aos recém-nascidos de uma Unida-
obtenção de ATP. já que a glicose se mantem
no extracelular. Dessa maneira também temos
de de Neonatologia. O desenvolvimento desse uma hiperosmolalidade sé rica às custas do au-
tipo de resistência deve-se ao uso de mento da glicemia. Na CAD vemos um déficit
total de potássio sendo a maior perda de po·
@ cefalosporina de terceira geração. tássio a partir do pool intracelular (devido hi·
® carbapenem. pertonia e insulinopenia que geram efluxo de
© ampicilina. potássio das células). Além de haver perda de
@ aminoglicosídeo. potássio nos vômitos e pela diurese osmótica.
® sulfametoxazol-trimetoprima. Assim, existe um déficit de potássio, mas com
nfveis séricos normais. Após a correção da CAD
.. COMENTÁRIO:: Um mecanismo comum de há uma tendência de restit uição da concen·
resistência bacteriana aos antibióticos beta- tração intracelular de potássio podendo gerar
·lactãmicos é a produção de beta-lactamases, hipocalemia se este íon não for corretamente
que agem quebrando o anel beta-lactámico reposto.
das drogas derivadas da penicilina. O termo Alternativa A: INCORRETA. Há uma diminuição da
·seta-lactamase de Espectro Estendido" (ESBL) incorporação periférica de glicose por falta da
refere-se às beta-lactamases produzidas princ insulina.
palmente por Klebsiella spp. e Escherichia coli Alternativa 8: INCORRETA. Existe uma redução da
que apresent am resistência aos beta-lactãmi- i nsulina e uma hiper osmolalidade sérica. devi·
cos de amplo espectro, os quais normalmente do à alta glicemia.
possuem atividade contra os bacilos Gram-n Alternativa C: INCORRETA. Há aumento da quebra
egativos. Exemplos são: cefotaxima, ceftazidi- de triglicérides pela indisponibilidade da glico-
ma, aztreonam e cefpodoxima. se intracelular.
I Resposta: @
2010 17
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18 PreparatóriG para Residência Medica SUS/SP
Alternativa A: INCORRETA. Não há ausculta de bron- present e na doença de Von Willebrand tipo 1,
coespasmo para iniciar corticoide sistêmico no 28 e principalmente 2N. Esse dado poderia fa-
momento. E o beta adrenérgico de longa dura- zer confundir com a hemofilia A, mas a clínica
ção só deve ser introduzido após introdução do da paciente não é compatível com esse tipo de
cortícoide inalatório sem melhora. hemofilia. Diante disso, os exames laboratoriais
Alternativa B: CORRETA. Já que a criança tem uma que caracterizam a doença de Von Willebrand
asma mal controlada, temos que subir uma seriam TS e TTPA elevados.
etapa no tratamento. Como a criança estava Alternativa A: CORRETA. Elevação do TS e do TTPA
na etapa 1 (beta2 agonista se necessário), já que há falta do fator de Von Willebrand, al-
passamos para a etapa 2 adicionando um Cl terando a via intrínseca da coagulação que é
baixa dose. avaliada pelo TTPA; TP normal já que avalia a via
Alternativa C: INCORRETA. O salbutamol inalatório extrínseca que não está alterada, assim como
deve ser usado nas crises. contagem normal de plaquetas.
Alternativa D: INCORRETA. Não iniciar corticoide sis- Alternativa B: INCORRETA. Há elevação do TTPA.
têmico fora da crise. Alternativa C: INCORRETA. Não há elevação do TP.
Alternativa E: INCORRETA. Trata-se de uma asma Alternativa D: INCORRETA. TS está aumentado.
mal controlada, necessitando de subir uma eta- Alternativa E: INCORRETA. TTPA não está normal,
pa no tratamento. está aumentado.
Uma escolar de 1O anos de idade é trazi- Um lactente de seis meses com suspeita
13 da ao pronto-socorro por sangramento
excessivo de um corte na face. Tem histórico
14 de comunicação interventricular é avalia-
do. Espera-se aausculta deste bebê um sopro
de já ter procurado o pronto-socorro em outras
cinco oportunidades por quadros semelhantes. @ tele diastólico.
A mãe é portadora de doença de Von Wille- ® sistólico com um clique meso sistólico.
brand. O paciente tem nível sérico do fator VIII © contínuo tipo maquinaria.
reduzido. Que outras alterações laboratoriais @ holosistólico.
seriam esperadas para este caso? Observação: ® sistólico ejetivo em crescendo e decrescendo
TS = Tempo de Sangramento; TP = Tempo de
Protrombina; TTPA =Tempo de Tromboplastina ._ COMENTARIO:: A questão traz um lactente com
Parcial Ativada. uma comunicação interventricular e pergunta
qual a característica do sopro esperada. A co-
@ Elevação do TS e do TTPA; TP normal e con- munícação interventrkular (CIV) apresentará
tagem normal de plaquetas. um sopro que se inicia simultaneamente com
® Elevação do TS; TP, TTPA e plaquetas nor- a primeira bulha cardíaca e continua durante
mais. toda a sístole, ao que damos o nome de sopro
© Elevação do TS, do TTPA e do TP; plaquetas pansistólico ou holosistólico. Este sopro está re-
normais. lacionado á passagem do sangue desde o início
@ Elevação do TTPA; TS normal; plaquetas da sístole do ventrículo em contração através
normais e TP normal. de uma abertura anormal (CIV) até o final da
® Elevação do TS; redução das plaquetas; TP sístole.
e TTPA normais. Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. Não há clique meso sis-
._ COMENTARIO:: A paciente em questão apre- tólico.
senta histórico de sangramento excessivo após Alternativa C: INCORRETA. O sopro é apenas na sís-
lesões cortantes. A mãe é portadora de doen- tole.
ça de Von Willebrand, logo a melhor hipótese Alternativa E: INCORRETA. O sopro sistólico é con-
diagnóstica para a criança é que tenha herdado tínuo
a doença da mãe. A questão fala que a paciente I Resposta: @
tem nível sérico que fator VIII reduzido o que é
2010 19
gismo importante (> 20 maços-ano), fala muito ® sepse e choque séptico como responsáveis
mais a favor de DPOC. por mais da metade d os caso s.
Alternativa D: INCORRETA. Como discut ido, essas ® p ressão d e o clusão de art éria pulmonar
condições aumentam a irritabilidade d as vias > 18mmHg.
aéreas, e co m isso a chance d e crise asmát ica. © p reenchimento alveo lar, atelect asia e vidro
Alternativa E: INCORRETA. Como d iscut ido, essas despolido ~ tomografia de tórax.
condições aument am a irrit abilidade d as vias @ pa02/Fi02 menor ou igual a 200 mmHg.
aéreas, e com isso a chance d e crise asmática. ® dimin uição da complacência pulmonar.
._ COMENTÁRIO: A sind rome do de sconforto res-
Mulher de 4 5 ano s, apresenta há meses piratório agudo, se t rata de uma red ução na
26 cansaço, h u mor d ep ressivo, sonolência
e obstipação. Ao exame físico está pálida, com
comp lacência pulmo nar, e sua nova definição
(chamada de d efinição e Berlim), é:
p ele seca, pulso de 50 bpm e pressão arterial de
130 x 100 mmHg. Dos d ado s abaixo, o q ue tem Tempo de até 1 semana d o evento causa-
MENOR p robabilid ade de ser encontrado nesta d or;
p acient e é: Op acid ad es b ilat erais, não exp licad as por
derrame, atelectasias, nód ulos ou massas
@ CPK e aldolase aumentadas. pulmonares;
® hemoglobina de 8,2 g/d l e VCM aumentado. Excluir causas card io gênicas.
© ecocardiograma com derrame pericárdico. E são classificad as confo rme a relação
@ hemoglobina glicad a d e 7,8%. pa02/
® LDL colesterol d e 160 mg /dL. Fi0 2:
Leve: 300- 201 mmHg;
._ COMENTÁRIO: Pacient e com sin tomas de can- Moderad a: 200-1 0 1 mmHg;
saço e humor d ep rimid o e si nais de pele seca, Grave: s100 mmHg.
bradicardia, p ressão arterial convergente, a
primeira h ipó tese é h ip otireoid ismo, d entre Alternativa A: CORRETA. Maior p arte d os caso s são
outras manifestações d o h ipotireoidismo, d es- causad os por sep se e choq ue séptico.
tacam-se: Alternativa 8: INCORRETA. Respo nd e a q uestão.
Alternativa A: INCORRETA.- Rab dmiólise, levand o a Uma PSAP acima d e 18 m mHg, é um si nal esp e-
CPK e aldolase aumentad a - cífico de sob recarga volêmica, portanto prova-
Alternativa B: INCORRETA. - Anemia macrocítica, velmente cau sa cardiaca.
p ela p rópria d eficiência d o hormõnio tireoi- Alternativa C: CORRETA. Achados de o pacidad es b i-
diano ou associação frequente co m anemia laterais são caracterist icas da sindrome.
perniciosa • Alternativa D: CORRETA. Na SDRA a d efinição é me-
Alternativa C: INCORRETA. - Derrames cavitários - no r que pa0 2/Fi02< 300 mg, logo quando me-
p ericárdico e pleural p rincipalmente - nor que 200 está incluído nesse intervalo.
Alternativa E: INCORRETA. - Aumento do LDL na cir- Alternativa E: CORRETA. Um dos princip ai s efeitos
culação pela red ução d o receptor BE, respon- fisiopatológicos é redução d a complacência
sável pela en trada do LDL no l igado - A ún ica pulmonar.
alternativa que não faz parte das manifestações
frequentes d o hipotireoidismo é o aumento d a
hemoglobina glicad a (letra D), uma vez que o ~característica d a síndro me d e secreção
ho rmõnio tireo id iano não tem ação d iret a nos
mecanismos regulatórios da glicemia.
28 i napropriad a de ho rmônio antid iurét ico:
gia), passa a apresent ar alteração do ciclo sono- 50 anos de idade com a Pesquisa de Sangue
-vigllia e déficit de atenção. Não há relato sobre Oculto nas Fezes (PSOF) anualmente, retossig-
qualquer intercorrência na cirurgia e sintomas moidoscopia a cada cinco anos e/ou colonos-
começam apenas no segundo pós-operatório. copia a cada 1O anos (USTasKForce). No caso de
Assim, o enuciado da questão leva ao diag- pessoa com antecedente familiar de câncer de
nóstico de delirium (causa comum de confu- intestino, iniciar aos 40 anos ou 1O anos antes
são mental no doso). Na definição de delirium do familiar com doença mais precoce (quem for
(OSM-V), t emos: distúrbio da atenção (isto é, primeiro) através da colonoscopia (Sociedade
capacidade de dirigir, manter o foco e desviar Brasileira de Coloproctologia). O familiar teve
a atenção reduzida) e consciência, alterações câncer de cólon aos 62 anos. Assim, o rastreio
na cognição (por exemplo, déficit de memória, deve ter inicio aos 40 anos para os parentes de
desorientação, perturbação da linguagem, dis- primeiro grau.
túrbios de percepção) e presente ao longo de I Resposta: @
um período curto (normalmente horas a dias),
tendendo à flutuação.
Dentre as várias causas do delirium, podemos Em relação ao uso de betabloqueadores
destacar as infecciosas (deixando instável a
pressão arterial e/ou a frequência cardíaca), e
36 na insuficiência cardlaca (IC):
... '
a um tamponamento promovido por pleura ou
pericárdio, ou, ainda, apenas ruptura intimai da
aorta. Uma dissecção traumática da aorta pode
causar compressão da luz real do vaso e simular
··~-
uma coactação da aorta, levando à assimetria de
pulsos entre MMSS e MMII, com hipertensão nos
MMSS.
I Rtsposta: ©
·- .r.-.
2010 29
classe 111/IV:
:lO PreparatóriG para Residência Medica SUS/SP
associada a vômitos e icterícia. Negava febre. obstrução intestinal baixa: neoplasia colorre-
Tinha dor à palpação no epigástrio, com perís- tal.volvo de sigmoide/megacólon chagásico,
talse diminuída. T: 37,2'C. Amiiase sé rica: 1.400 estenose do íleo terminal (doença inflamató-
U/L; leucócitos = 12.000/mm3; AST (TGO): 80 ria). invaginação.
U/L; ALT (TGP): 95 Ull ; bilírrubinas totais: 3.4 I RespGsta: ©
mg/dl, bilirrubina direta: 2,7 mg/dl. Ultrassom:
coielitíase e pequena quantidade de líquido
livre na cavidade peritoneal; vesícula biliar Uma mulher de 37 anos apresenta lesão
normodistendida, com paredes de 2 mm de es-
pessura. Após 72 horas de jejum e hidratação,
49 enegrecida de cerca de 0,8 em de diâme-
tro, no dorso. Tipo de biópsia recomendada:
a paciente ficou praticamente assintomática.
No sexto dia de internação, alimentava-se nor- ® Por shaving.
malmente por via oral. Amilase e transaminases ® Por agulha grossa.
eram, então, normais. Diagnóstico inicial: © De excisão.
@ lncisional.
® colecistite aguda. ® Porpunch.
® pileflebite.
© pancreat ite aguda. .. COMENTÁRIO: Lesão cutânea enegrecida em
@ colangite aguda. questões de prova tem que vir a cabeça o me-
® abscesso hepático. lanoma! A melhor forma de biopsiar esse tipo
de lesão é com uma biópsia excisionai, para es-
.. COMENTARIO: A pancreatite aguda t em diag- tadia r com o Breslow, e, se necessário agendar
nóstico clínico, com a presença de dor abdomi- uma ampliação de margem.
nal no andar superior e amilase 3x o valor basal I Resposta: ©
(que gira em torno de 200). Nos casos não com-
plicados o tratamento inicial é o jejum oral,
analgesia e hidratação vigorosa, com melhora Em pacientes com câncer avançado do
dos sintomas em torno de 48-72h, seguido da
queda e normalização da amilase. A principal
5O sistema digestivo, níveis elevados de
fator de necrose tumoral (TNF, tumor necrosis
etiologia é a coledocoiitiase. factor) associam-se a alterações metabólicas
I Resposta: © que causam caquexia. Das alterações metabóli-
cas abaixo, a que ocorre nessa situação é:
Causa. mais frequente de obstrução de ® inibição da proteólise muscular com limi ta-
48 rntestono grosso: ção da liberação de aminoácidos.
® diminuição do balanço nitrogenado e inibi-
® aderências pós-operatórias (bridas). ção da síntese hepática de proteínas
® hérnia interna. © redução do gasto energético basai e au-
© doença neoplásica. mento do consumo de glicose.
@ megacólon chagásico (volvo ou fecaloma). @ redução da lipólise e dos nlveis séricos de
® doença diverticular na forma hip ertônica. lipídeos.
® redução da produção hepática de glicose e
.. COMENTÁRIO: As principais causas de obstru- gliconeogênese.
ção intestinal são: neoplasias, hérnias, bridas,
volvo, intussuscepção. Diante de algum dado .. COMENTÁRIO: A Síndrome da Anorexia-Ca-
clfnico da história que a questão fornecer, po- quexia (SAC) é uma complicação frequente no
demos triar para um causa específica. Como a paciente portador de uma neoplasia maligna
questão não determina isso, temos que usar em estado avançado. Caracteriza-se por um in -
como referência alguma estatística ou infor- tenso consumo dos tecidos muscular e adiposo,
mação de grande impacto. Escolhemos o livro com consequente perda involuntária de peso,
de Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da além de anemia, astenia, balanço nitrogenado
USP. que apresenta como principais causas de negativo, devido a alterações fisiológicas, me-
2010 31
de a ser menor que a do diâmetro transverso no @ infecção do trato urinário, polidràmnio, am-
estreito médio. niorrexe prematura, vaginose bacteriana.
@ o conjugado anatômico é menor que o ® vaginose bacteriana, oligo-hidrãmnio, hi·
conjugado obstétrico que é menor que o con- potireoidismo, sobrepeso.
j ugado diagonal. © placenta prévia, polidrâmnio, gemelarida-
® o diâmetro bitrocantérico e o quadrilátero de, tabagismo.
de Michaelis auxiliam na estimativa do diâme- @ tabagismo, hipotireoidismo, infecção do
tro cóccige-subpúbíco. trato urinári01 sobrepeso.
® amniorrexe prematura, gemelaridade, oli·
Alternativa A: Considerada incorreta pela banca, go-hidrâmnio, placenta prévia.
mas é correta. A bacia obstétrica é dividida nos
estreitos superior, médio e inferior. No estreito Alternativa A: CORRETA. Causas infecciosas (infec-
superior, encontram-se os diâmetros oblíquos: çãodo trato urinário, vaginose bacteriana), su·
também chamados de diâmetros de insinua- perdistensão uterina (polidrâmnio, gemelar) e
ção, vão de uma eminência ileopectínea de amniorrexe prematura (está presente em 30·
um lado à articulação sacroillaca contralateral. 40% dos casos) são fatores de risco para traba-
O primeiro oblíquo parte da eminência ileo- lho de parto prematuro. Deve-se lembrar que
pectfnea esquerda e o segundo oblfquo, da amniorrexe é uma das contraindicações para a
direita. Eles medem aproximadamente 12 em e inibição do trabalho de parto prematuro.
o primeiro é discretamente maior do que o se- Alternativa B: INCORRETA. Pois oligo-hidrâmnio não
gundo. Já o diâmetro t ransverso máximo vai do aumenta a chance de trabalho de parto prema·
ponto mais afastado da linha inominada de um turo; hipotireoidismo pode estar relacionado a
lado à l inha do lado oposto e mede em torno prematuridade em casos de descompensação
de 13 a 13,5 em. Talvez a alternativa tenha sido clínica; sobrepeso isoladamen te não está re-
considerada incorreta pois ambos os oblíquos lacionado a aumento do risco de trabalho de
apresentam diâmetros próximos. parto prematuro, mas de prematuridade, por
Alternativa B: CORRETA. A pelvimetria externa, do aumentar a incidência de diabetes mellitus
ponto de vista prático, se resume à medida do gestacional e pré-eclâmpsia.
diâmetro bituberoso do estreito inferior. O diâ- Alternativa C: INCORRETA. Placenta prévia aumenta
metro biciático é avaliado na pelvigrafia interna
2010 37
o risco de prematuridade eletiva, devido as t etrícia relatando ter sido estuprada e solicita
complicações maternas e fetais presentes nes- interrupção da gestação. O médico deve:
ses casos. Quanto ao tabagismo, o risco de
prematuridade se relaciona com o número de @ encaminhar pedido de interrupção da gra-
cigarros consumidos durante a gestação. videz ao juiz.
Alternativa D: INCORRETA. Pelo sobrepeso. ® encaminhar a paciente para avaliação psi-
Alternativa E: INCORRETA. Pela placenta prévia e oli- cológica e agendar retorno em 4 semanas.
go-hidrâmnio. © solicitar a apresent ação de boletim de ocor-
rência.
@ esclarecer que só faria a interrupção se a
Considere a~ seguintes afirmações sobre cardiopatia fosse grave.
64 placenta prev1a: ® internar a paciente para interrupção da
gestação.
I. Apresenta sintomas sobretudo no segundo
perfodo do parto. .,. COMENTARIO: De acordo com o artigo 128,
11. Ocorre junto com descolamento prematuro inciso 11 do Código Penal, o abortamento é um
de placenta em parte dos casos. procedimento licito •quando a gravidez resulta
111. Está relacionada à ocorrência de placenta de estupro~ que é o crime tipificado no artigo
acreta, mas não de percreta. 213 do Código Penal. Nessa hipótese, o aborta-
IV. Tem como fatores de risco cicatriz uterina, mento é um fato típico. ou seja, está previsto no
sinéquias e endometrite. tipo penal, mas não é criminoso, porque não é
antijurídico. Trata-se do chamado 'aborto sen-
Está correto o que se afirma em: timental' ou 'aborto ético• ou 'aborto humani-
tário: uma das duas hipóteses de 'aborto legal:
@ 1,11,111, apenas. ou seja, de "aborto não cr imi noso~ Nesse caso,
® l.ll,lll eiV. exige-se o consentimento da mulher que foi es-
© IV, apenas. tuprada ou, quando incapaz, de seu represen-
@ I e 111, apenas. tante legal. E, como o sistema penal considera
® 11 e IV, apenas. lícita e não criminosa a prática do abortamento
nessa situação, é direito da mulher interromper
I -Classicamente, a placenta prévia se manifes- a gestação decorrente de estupro. Em resumo:
ta por sangramento vaginal indolor no final do Alternativa A: INCORRETA. Não é necessária autori-
segundo ou no início do terceiro trimestre da zação de juiz para interromper a gravidez; esta
gestação. situação já está amparada pela legislação.
11 - Descolamento prematuro de placenta é um Alternativa B: INCORRETA. Não é preciso esperar 4
diagnóstico diferencial de placenta prévia, não semanas para indução do aborto.
sendo comum a concomitância destas afec- Alternativa C: INCORRETA. Não se deve exigir bole-
ções. tim de ocorrência à vitima de violência sexual; a
111 - Placenta prévia está relacionada a placen- assistência médica e a investigação policial de-
tas acretas, ineretas e percretas. vem andar separadamente; pode-se orientar ou
IV - São fatores de risco para placenta prévia: sugerir à paciente a atitude de se defender do
cicatriz uterina (quanto maior o número de ci- agressor, inclusive com boletim de ocorrência.
catrizes, maior o risco), sinéquias, endometrite, Alternativa D: INCORRETA. A indicação da interrup-
idade materna avançada, multiparidade, gesta- ção da gestação não está justificada pela car-
ção múltipla, tabagismo. diopatia, mas pela gestação resultante de vio-
I Resposta: © lência sexual.
Alternativa E: CORRETA. ~ direito da mulher inter-
romper a gestação decorrente de estupro.
Paciente gesta 2, para 1 (cesárea). porta-
65 dora de prótese metálica mitral normo-
funcionante, procura pronto-socorro de obs- Paciente de 36 anos, gesta 3, para 2 (par-
66 tos vaginais), de 31 semanas, apresentou
:18 Preparatório para Residência Médica SUS/SP
glicemia de jejum = 120 mg/dl na primeira consulta com 10 semanas de gestação. O exame físico
em consulta atual apresenta-se sem alterações, porém com altura uterina de 36 em. Neste caso,
faz-se o diagnóstico de diabetes gestacional:
@ solicitando Hb glicada.
® iniciando dieta para diabético e glicemia capilar nos períodos pós-prandiais por 3 dias.
© realizando glicemia capilar em jejum e nos períodos põs-prandiais por 3 dias.
@ confirmando sob repeso fetal e/ou polidrâmnio.
® solicitando nova glicemia de jejum.
.,_ COMENTARIO: Questão polêmica. Recomenda-se responder baseado na bibliografia recomenda-
da. De acordo com "international Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSGJ: é
recomendado que uma única medida de glicemia de jejum maior ou igual a 92 mg/dl no in feio da
gestação seja classificado como diabetes mellitus gestacional; logo, nenhuma outra medida seria
necessária para o diagnóstico. No entanto, pelo manual da FEBRASGO de 2011, pacientes com gli-
cemia de jejum entre 85 e 125 mg/dl deveriam realizar teste oral de tolerância a glicose com idade
gestacional entre 24 e 28 semanas.
85·125 mgld
TOTG • 75 g · 2h
.....s_l_
m--'1----~ 24 · 28 semanas
Diabetes
FE81lA.S001 10t0
Primigesta de 22 anos, 38 semanas de gestação, sem doenças, foi internada por queixa de
67 dor em baixo ventre e encaminhada ao centro obstétrico de imediato. A evolução de seu
trabalho de parto encontra-se registrada abaixo (VER IMAGEM).
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l!<liS:I (11
40 Preparatório para Residência Médica SUS/SP
® A infusão de ocitocina na velocidade entre 2 e 30 mUI por minuto corrige a distócia apresen-
tada.
® A velocidade de dilatação na fase ativa do trabalho de parto registrado é menor que O,S em
por hora.
© Na hora Sdo registro há indicação de parto cesárea por distócia funcional.
@ As contrações estão adequadas nas horas 1, 5, 6, 7 e 8 do registro.
® A amniotomia deve ser precoce nestes casos.
.,_ COMENTÁRIO: Aqui se nota um partograma que tipicamente foi iniciado em momento mais pre-
coce que o recomendado. Essa mesma foto é o exemplo de erro na construção do partograma
do manual do Ministério da Saúde (2011). E importante relembrar que, para o acompanhamento
do trabalho de parto, a fase ou divisão funcional de interesse na aplicação do partograma é a de
dilatação ou fase ativa, com velocidade de dilatação cervical mínima de 1 em/ hora. A abertura do
partograma na fase latente ou no início da dilatação (menor que 3-4 em) implicaria em interven-
ções não só desnecessárias, mas também iatrogênicas.
Alternativa A: INCORRETA. Neste caso. somente a partir da horaS o partograma deveria ter sido iniciado,
pois até então a paciente se encontrava no período de latência. Assim, não há indicação de infusão
de ocitocina exógena: o trabalho
de parto, a partir do momento em que inicia a fase ativa, está evoluindo conforme se espera.
Alternativa B: INCORRETA. Na fase ativa (a partir da
hora 5, neste caso), a velocidade de dilatação é
exatamente de 1 em/hora.
Alternativa C: INCORRETA. Mais uma vez, a hora 5 é a
hora em que o registro do partograma deveria
ter sido iniciado; não há indicação de cesárea neste caso.
Alternativa D: CORRETA. As contrações correspondem à fase do trabalho de parto nas horas menciona-
das. Na hora 1, a presença de uma contração moderada é compatível com a fase.
A partir da hora S, há otimização da dinâmica uterina e progressão da cervicodilatação de modo
proporcional.
I Resposta: @
7o
ultrassonografia transvaginal = útero vazio,
grande quantidade de líquido livre em cavida· Na gravidez:
de pélvica. Conduta adequada:
Alternativa D: INCORRETA. O aumento de contratili- rico, sendo o mais utilizado na gestação para
dade está relacionado a um aumento na vole- rastreio. Está posi tivo entre 5·6 semanas após
mia, que implica em maior volume sistólico e, a infecção, podendo permanecer positivo em
por conseguinte, maior débito cardíaco. baixos títulos mesmo após o tratamento.
Alternativa E: INCORRETA. Para garantir o aporte de Alternativa 8: CORRETA. Em todas as fases de mani-
glicose necessário para o feto, ocorre aumento festação clínica da sífilis (primária, secundária,
da resistência periférica à insulina, com hiper- latente ou terciária} pode haver transmissão
glicemia pó~prandial e consequente hiperin- vertical, porém as taxas de transmissão vertical
sulinismo. Estes efeitos são mediados por pro- nas fases primária e secundária variam de SO-
lactina e HLP. l 00%, enquanto na latente tardia e terciária em
torno de 10%. Entre as gestantes infectadas não
tratadas, 70·100% dos fetos serão acometidos.
GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11· JULIANA GIROTTI Alternativa C: INCORRETA. O tratamento na gesta-
SPERANDIO ção é realizado de acordo com o esquema re·
sumido abaixo:
sífilis primária, secundária e latente recen-
te: penicilina benza tina 2400 OOOUIIM dose
71 Sobre a doença causada pelo Treponema
pallidum e o ciclo gravídico-puerperal, única;
sífilis latente tardia, indeterminada, terci-
~ correto afirmar: ária (forma mais comum de apresentação
na gestação, com VRDL positivo sem lesões
® Na persistência de t ítulos de VDRL dois me- evidentes): penicilina benza tina 2400 OOOUI
ses após o tratamento medicamentoso, deve- IM, uma vez por semana, durante três se·
·se fazer p esquisa do agente no liquor. manas;
® A transmissão vertical é mais frequente nos neurossífilis: penicilina cristalina 3000
casos primários não tratados do que nos terciá- OOOUI a 4000 000 UI, EV, a cada 4 horas, por
rios. 10-14 dias. Após, penicilina benza t ina 2400
© Sua forma congênita é evitada adminis- OOOUIIM uma vez por semana, durante três
trando- se eritromicina à gestante com a forma semanas;
secundária. Alternativa D: INCORRETA. O VDRL é um teste com
@ ~diagnosticada por títulos deVDRL = 1:2 na alta sensibilidade, porém pouco especifico. ~
gestação. considerado positivo a partir dos titulos 1:16,
® O uso do teste treponêmico para seu diag- sendo assim necessária a confirmação de infec·
nóstico é controverso devido à alta sensibilida- ção pelos testes treponêmicos, já que as taxas
de e baixa especificidade do método. de falso positivos do VDRL podem existir (rea·
ções cruzadas com ou/tras infecções) .
.. COMENTARIO: A sífilis é uma doença causada Alternativa E: INCORRETA. O FTA·Abs (fluorescent
pelo espiroqueta Treponema Pallídum. A sífilis treponemal antibody absorption test) é o tes-
congênita pode ocasionar repercussões fetais, te esp ecífico mais utilizado para confirmação
como alteração de função hepática, hepato- diagnóstica, com melhor especificidade do que
megalia, trombocitopenia, anemia, ascite, os· oVDRL.
teocondrite, retardo mental e até óbito fetal/
neonatal.
Alternativa A: INCORRETA. O diagnóstico sorológi- Considere os seguintes casos clínicos: I.
co na gestação, quando não há evidência de
lesões onde se possa isolar o treponema por
72 Mulher de 64 anos, menopausa aos 49
anos, nunca tendo se submetido à terapêutica
meio de biópsia ou exame microscópico de hormonal da pós-menopausa com estrogênios
campo escuro, pode ser realizado por meio ou progestagênios. Queixa-se de leucorreia
dos testes treponêmicos (dosagem de anticor- com odor forte. Ao exame físico, vagina atrófica
pos específicos para treponema) ou não tre· ++/3, presença de leucorreia fluida acinzenta-
ponêmicos. O VDRL (Venera! disease research da com liberação de odor fétido após adição de
laboratory - não treponêmico} é um teste sé· solução de KOH;
2010 43
VAGINOSE BACTERIANA
11. Mulher de 37 anos, u tilizando pílula anticoncep cional hormonal do tipo combinad a, queixa-se
de leucorreia que p ercebe na roupa, com coloração amarelada. Refere irritação e p rurid o vulvova/
ginal. Ao exame ginecológico, vagina hiperemiad a com leucorreia b ranca em p lacas e grumos
sob re a mucosa. CANDIDfASE VULVOVAGINAL
É correto afirmar:
® O pH vaginal no caso I deve ser menos ácido do que o normal, e o tratamento p od e ser realiza-
do com cremes vaginais com derivados imidazólico s.
® O tratamen to de primeira lin ha para a pacient e do caso I é por meio d e cremes vagi nais com
estrogênios conjugad os.
© A p llula favorece a infecção pelo agente etiológico d o caso 11, enquanto a gravidez dificulta a
ocorrência d o mesmo agente.
@ O agen te et iológico mais p rovável no caso I é um fungo, e o pH vaginal deve ser ácido.
® O agente etiológico mais provável no caso 11 é u m p rotozoário, e o pH vaginal d eve ser alcal ino.
~ COMENTARIO: Para facilitar a memorização d os principais conceitos para as p rovas d e residência e
responder à questão, foi construíd a a tabela abaixo:
Alternativa A: CORRETA. PH vaginal na vagi nose bacteriana é, em g eral, menos ácid o que o usual, e o
tratamento pod e ser realizado com cremes imidazólicos.
Alternativa B: INCORRETA. O tratament o para vaginose bacteriana já foi comentad o anteriormente. Os
cremes vaginais com estrogênios t ópicos estão indicados em casos d e pacient es com vaginite atró -
fica e sint omas associados, como, por exemplo, sensação de ressecamento vaginal, dispareunia,
disúria.
Alternativa C: INCORRETA. Tanto a pílula anticoncepcional quanto a g estação predispõem à p roliferação
fúngica, favorecendo o d esenvolvimento d a candidíase.
Alternativa 0: INCORRETA. O agente etiológico mais provável d o caso I é uma bactéria, e o PH vaginal é,
em geral, mais básico d o que o usual.
Alternativa E: INCORRETA. O agente etiológico do caso 11 é um fungo, e o PH deve ser mais ácid o que
o usual.
44 PteparatóriG para Residência Medica SUS/SP
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fijrllrlrn)tm ~ih~
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P!eudo-hifas. após •
(dlulas "'mo nOdeo a~o de KOH 1011>( especulor, podern
Achados mioosc.>
pkos vlslveO após ad~o lise celularcom libera- tllarpoosl!f'I!I!Sos
de sotu~de soro strowMry tpot>, que
çao das melmas) ~ hemonagias su-
fislol6gla>0.9!ti
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colo ótero sugestiYos
do colplto dífu sa
metronidaml500 mg ftuconazoiiSO mttronldazd 2 g VO
mg doso ónica OU ou 500 mg 12112hs
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figura retirada do Williams, gyne<ology. Aseta mostra as due <ellsem esfregaço de <orrimentovaginal sugestivo de
,_ _ _vaginose ba<teriana.
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figura retiradado Williams, gyne<ology . Aseta mostra as due <ells em esfregaço de corrimentovaginal sugestivo de
vaginose ba<teriana.
c)
H-1 H· I ti ·3
L
E do o crescimento folicular e a seleção do folí-
s ENZIMA•.z;• culo dominante durante o ciclo ovariano e, em
T
•
~
H ·2 H·2 H· 4
conjunto com a aromatase, estimula conversão
o de androgênios em estrogênios nas camada da
L
granulosa ovariana.
_... .
.. COMENTARIO: Para responder a questão, basta não é destruído pelo sistema de defesa imuno·
conhecer a teoria das "duas células-duas gona- lógica e, provavelmente, causará a doença.
dotrofinas'; contemplada na figura abaixo: @ Sua simples presença no colo, vagina ou
.--·- '!lif
,...... o.. • vulva triplicao risco de desenvolver câncer cer-
vicouterino.
--· ·-
~-; c-•o·Al bi<-HII
' ® A simples detecção do HPV não implica na
.._,
• e-.rt
,,-oo.._.._
·~Mf!i:" I
~
·-·
~ c--7~
......1-
-·
existência de uma lesão identificável. Além dis-
so, pode ocorrer remissão espontânea .
·-
- Alternativa A: INCORRETA. De acordo com o manual
de prevenção ao câncer cervical publicado pelo
Desta maneira, temos:· célula 1: teca · célula 2: DATASUS em 2016 , "A história natural do cân-
granulosa • ligante A: LH • ligante 8: FSH • enzi· cer do colo do útero geralmente apresenta um
2010 47
deveriam ser combinados com estrogênios ou lula pode contribuir para a interrupção do seu
utilizados em altas doses (como, por exemplo, crescimento estatura!.
o acetato de medroziprogesterona de depósito,
injetável trimestral). Vale lembrar que existe uma Alt•mativa A: INCORRETA. O médico deve realizar
exceção, o desogestrel, que pode ser utilizado anamnese cuidadosa e, se não houverem con
via oral em baixas doses diariamente, e possui traindicações, prescrever o método contracep·
efeito tanto na redução do sangramento quanto tivo que mais se adéque à paciente, sempre
na estabilização do crescimento miomatoso. relembrando a utilização do preservativo, tan·
Ah•rnativa 0: INCORRETA. Os análogos de GnRH to para prevenção contra doenças sexualmen·
tem sua utilização autolimitada, por possuírem te transmissíveis (OST) quanto para auxílio na
efeitos colaterais, como perda de massa óssea contracepção como método combinado.
e sintomas climatéricos, e possuem indicação Alt•mativa 8: INCORRETA. De acordo com capitulo
quando o volume uterino é muito aumentado IX, artigo 74 do Código de ética médica, "é ve-
no preparo pré-operatório dessas pacientes. dado ao médico revelar segredo profissional
Ah•rnatlva E: INCORRETA. A paciente em questão, referende a paciente menor de idade, inclusive
apesar da idade avançada, não apresenta ne· a seus pais ou responsáveis legais, desde que
nhuma contraindicação formal absoluta ao uso a menor tenha capacidade de discernimento,
de pílula combinada. salvo quando a não revelação possa acarretar
danos ao paciente.·
Alt•rnativa C: CORRETA. Conforme explanado nas
Adolescente do sexo feminino com 16 alternativas A e B, não necessita-se dos respon-
77 anos de idade, saudável. procura aten·
dimento na Unidade Básica de Saúde desa·
sáveis legais para prescrição de contracepção,
e deve-se sempre salientar, principalmente a
companhada, referindo ter vida sexual ativa, adolescentes, que o anticoncepcional não pre-
geralmente com uso do preservativo mascu· vine contra DST.
lino, embora o parceiro nem sempre o utilize. Alt•rnativa 0: INCORRETA. Conforme explanado nas
Gostaria de fazer uso da pllula anticoncepcio· alternativas A e 8, não há necessidade de res-
nal para aumentar a segurança anticoncepcio- ponsáveis legais ou assinatura de termo de res-
nal, embora afirme que o parceiro continuará ponsabilidade para prescrição de contracepção.
a utilizar o preservativo. Considerando que a Alt•mativa E: INCORRETA. A maioria dos anticon-
adolescente não apresenta nenhuma contrain· cepcionais orais não interferem na idade óssea
dicaçáo médica ao uso do método pretendido, de adolescentes sem comorbidades, mas deve
o médico que a atende: ser prescrita sempre após anamnese e exame
físico cuidadoso.
@ não deve prescrever a pílula por haver
grande risco de abandono do preservativo, que
confere proteção contra doenças sexualmente Mulher de 21 anos, nuligesta, com vida
transmissíveis.
® pode prescrever a pílula, mesmo sem a pre·
78 sexual ativa, em uso de "tabelinha" ou
preservativo como métodos anticoncepcionais,
sença dos responsáveis legais, mas deve comu· procura atendimento de urgência, queixando-se
nicá·los que a adolescente já apresenta ativida· de dor em baixo ventre há alguns dias e que vem
de sexual, pois a mesma é menor de idade. se intensificando. Sem queixas urinárias ou gas-
© pode prescrever a pílula, não devendo exigir trointestinais. Suas menstruações são regulares
a presença dos responsáveis legais, mas deve a cada 28 ou 30 dias, tendo a última se iniciado
alertá·la de que a pílula não confere proteção há 7 dias e com duração de 4 dias. Ao exame físi-
contra doenças sexualmente transmissfveis. co, bom estado geral, temperatura axilar de 37,9
@ não deve prescrever a pílula sem a presença 'C. Abdome levemente doloroso à palpação
dos pais ou responsáveis. Caso eles compare- profunda de todo o baixo ventre, com descom-
çam, deve exigir que assinem termo de respon· pressão brusca negativa e ruídos hidroaéreos
sabilidade. presentes. Exame especular revela colo hipere-
® pode prescrever a pílula, mas deve, antes, miado com secreção mucoide amarela escura.
verificar a idade óssea da adolescente, pois a pf· Ao toque, útero em anteversão de tamanho
50 PleparatóriG paraResidência Médica SUS/SP
normal, colo e útero dolorosos à mobilização, e Não apresenta, porém, características clínicas
ausência de massas palpáveis. ~correto afirmar: de MIPA complicada, que seriam sinais de
sepse e comprometimento do estado geral do
@ Etiologia polimicrobiana é comum em ca- paciente, de abscesso (massa anexial/ pélvica)
sos como esse; a ceftriaxona intramuscular é ou peritonite (dor à descompressão brusca).
um dos antibióticos que podem ser indicados Dessa maneira, a paciente não necessita de
nesses casos. internação para tratamento, porém deve ser
® Trata-se de pelveperitonite por bactérias acompanhada e reavaliada em 48 a 72 horas
do gênero Neisseria. Essa infecção deve ter sido após o início da medicação.
precedida por uma vaginose bateria na, o que é Alternativa A: CORRETA. A etilogia é polimicrobiana
comum nesses casos. e a principal forma de tratamento é ceftriaxone
© Por ter bactérias dos gêneros Neisseria e 250 mg intramuscular dose única+ doxiciclina
Chamydia como agentes etiológicos, a benzil- 100 mg de 12 em 12 horas, por 14 dias, asso-
penicilina benzatina 1,2 milhão de unidades ciado ou não a metronidazol 500 mg 2 vezes
por via intramuscular em dose única é a melhor ao dia por 14 dias (associação de metronidazol
escolha terapêutica. deve ser realizada quando há suspeita de vagi-
@ O primeiro procedimento, nesse caso, deve nose bacteriana ou tricomonfase associada).
ser a iaparoscopia. Caso se constate a presença Alternativa 8: INCORRETA. Além de a paciente não
de abscessos pélvicos, os mesmos devem ser apresentar sinais de peritonismo, a vaginose
drenados. bacteriana pode preceder a infecção, mas é
® O agente microbiano primário mais prová- causada pela Gardnerella vaginalis e não pelo
vel é a Escherichia coli. O tratamento pode ser gonococo.
realizado com dose única de quinolónicos fluo- Alternativa C: INCORRETA. Como já explanado na al-
rados por via oral. tera nativa A, a principal forma de tratamento é
ceftriaxone 250 mg intramuscular dose única+
.,_ COMENTÁRIO: O caso descrito sugere fortemen- doxiciciina 100 mg de 12 em 12 horas por 14
te a hipótese diagnóstica de Moléstia Inflama- dias, associado ou não a metronidazol 500 mg 2
tória Pélvica. (MIPA) É uma doença de etiologia vezes ao dia por 14 dias (associação de metroni-
polimicrobiana, sendo mais prevalentes a ela- dazol deve ser realizada quando há suspeita de
mídia e o gonococo. O quadro clínico decorre vaginose bacteriana ou tricomoníase associada).
de ascensão de patógenos presentes na vagina Alternativa D: INCORRETA. A intervenção cirúrgica
para o cérvix, cavidade uterina, salpinges e até se faz necessária apenas em casos de falha de
peritóneo. Temos uma mulher jovem, com vida tratamento clínico, instabilidade hemodinâmi·
sexual ativa, sem utilização de método de bar- ca ou necessidade de realízar diagnóstico dife-
reira, fatos que sugerem alto risco para DSTs. O rencial com outras causas de abdome agudo
exame clinico evidencia (destacado em tom es- inflamatório.
curecido): Alternativa E: INCORRETA. Conforme já citado nas
alteranativas anteriores, a etiologia da MIPA é
Critérios menores palil
polimicrobiana e o tratamento de escolha cef·
Critérios maiores palil MIPA (nio sio necessá- triaxone+ doxiciclina.
MIPA (mlnlmo 2 de 3 rios pa11 o dlagnóstco,
palil o diagnóstico) mas podem estar
presente) Considere os seguintes casos clínicos de
dor à palpação de
baixo ventte
Febre
79 mulheres na menacme com vida sexual
ativa, sem parceiro fixo que apresente as se-
do à palpação guintes lesões genitais: I. Vesrculas coalescen-
descarga cervical tes dolorosas na região genital externa, algu-
anexial
dor à mobilização aumento de PCR e/ou mas rotas com exulceração e crostas. Presença
do colo uterino VHS de gânglios inguinais um pouco aumentados e
dolorosos; 11. Lesão ulcerada indolor de bordas
presença de gonococo
salientes e endurecidas, base avermelhada não
e ela mídia em culturas
vaginais
2010 51
@ Caso 1: Herpes simplex vírus; cuidados locais. Caso 11: Haemophilus ducreyi; azitromicina.
@ Caso 1: Chlamydia trachomatis; doxiciclina. caso 11: Treponema pallidum; penicilina benzatina.
© Caso 1: Haemophilus ducreyi; azitromicina. Caso 11: Treponema pallidum; penicilina benzatina.
@ Caso 1: Herpes simplex vírus; aciclovir. Caso 11: Treponema pallidum; penicilina benzatina.
® Caso 1: Herpes simplex vírus; aciclovir. Caso 11: Haemophilus ducreyi; doxiciclina.
~ COMENTARIO: Para facilitar a compreensão, uma tabela com a síndrome de úlcera genital foi de-
senvolvida, com os diagnósticos diferenciais
Treoonemg
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~)OUpoiS mg iM dosê
llniGI dias (RKooonll>) ..........
lO IW'lpo<
onoca
52 PreparatóriG para Residência Médica SUS/SP
Alternativa E: INCORRETA. ~estabelecido como "janela de oporttJnidade" para o início da TH a idade entre
50 e 59 anos, ou menos de dez anos após a menopausa, período em que o benefício da TH supera os
riscos, principalmente considerando-se o risco cardiovascular. A paciente em questão possui 73 anos
e apresentou menopausa aos 52 anos, não sendo indicada introdução de TH atualmente.
@ HOMENS: estômago, pulmão, próstata, cólon/reto, boca. MULHERES: colo do útero, mama, có·
lon/reto, pulmão, ovário.
® HOMENS: próstata, pulmão, cólon/reto, linfomas, boca. MULHERES: mama, colo do útero, puI·
mão, estômago, cólon/reto.
© HOMENS: pulmão, próstata, estômago, cólon/reto, boca. MULHERES: mama, colo do útero, có·
lon/reto, pulmão, estômago.
@ HOMENS: próstata, pulmão, estômago, cólon/reto, boca. MULHERES: mama, colo do útero, có·
lon/reto, pulmão, estômago.
® HOMENS: pulmão, próstata, cólon/reto, boca, leucemias. MULHERES: colo do útero, mama, có·
lon/reto, pulmão, estômago.
.,_ COMENTARIO: Atenção! A questão solicita os cinco mais prevalentes com exceção do Câncer de
Pele não Melanoma.
Câncer Geral
Estimativa dt casos novos
local~ão primária
Masculino Feminino Total
Próstata 49.530 49.530
Mama Feminina 49.400 49.400
Traquéia. Brõnquio e Pulmão 17.810 9.460 27.270
Cólon e Reto 12.490 14.500 26.990
Estômago 14.080 7.720 21.800
Colo do Otero 18.680 18.680
Cavid<>de Oral 10.380 3.780 14.160
Esôfago 7.900 2.650 10.550
Leucemias 5.220 4.320 9.540
Pele Melanoma 2.950 2.970 5.920
Outras Localiuoçôes 55.610 62.270 117.880
Subtotal 175.970 175.750 351.720
Pele Nlio-Melanoma 55.890 59.120 11 5.010
Todas as neoplasias 231.860 234.870 466.730
"A Estimativa 2008 de Incidência do cancer no Brasil revela que aproximadamente 470 mil novos
casos da doença deverão ocorrer no país em 2008 e 2009:' O tipo mais incidente será o câncer de
pele não melanoma, com 115.01Ocasos a cada ano. Em seguida, vêm: câncer de próstata (49.530
54 Preparatório para Residência Medica SUS/SP
novos casos), mama (49.400), pulmão (27.270), cólon e reto (26.990), estômago (21 .800) e colo de
útero (18.680).
I Resposta:@
# Dados para 20 16
·-·-·----·-·--·-----·-·------
Pró<lal3 61200 16.~
T r - IJr(JnqutoaNnlo 17 330 8.1..
C'*">. Reto I ~ (i(() 7.8..
E>~ 17920 60'1
Clvl<ladtOral 11140 S.~
Fonte:hnp://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id= 1793
PreparatóriG para Residência Medica SUS/SP
56
@ Se o RN apresentar alteração liquórica, o tratamento deve ser realizado com penicilina G ben-
zatina, 2.400.000 UI, via intramuscular.
® Se a sorolog ia do RN for reagente e a criança assintomática, o tratamento é 50.000 UI de penici-
lina em dose única, via intramuscular, durante os seis p rimeiros meses de vida.
© O RN só deve ser tratado se houver alterações clfnicas e/ou ósseas, e/ou hematológicas, e o
tratamento é realizado com 50.000 UI d e penicilina em dose única, via intramuscular.
@ O RN deve ser tratado com 50.000 UI de penicilina em dose única, via intramuscular, sempre
que a mãe tiver um teste treponêmico reagente durante a gest ação.
® Se não houver alterações clfn icas, radiológicas, hematológicas e ou liquóricas, e a sorologia
fo r negativa, deve-se proceder ao tratamento com dose única d e pen icilina G benza ti na, em dose
ún ica, 50.000 Ul/kg, via intramuscular.
I
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que é de caráter mais abrangente. Exemplo: número de óbit os por doenças cardiovasculares em
relação ao número de óbitos em geral.
Distribuição Proporcional =No parcial de casos x 100 No total de casos Alternativa •e•: INCORRETA.
Razão de Taxas é o Quociente entre Coeficient es (vide Item C).
~ COMENT~RIO: De acordo com a Clas.sificação de leveall e Clark (vide tabela abaixo), com exceção
da l etra A (Prevenção Primária), as demais afirmativas são classificadas como prevenção secundá-
ria. A Fluoretaçâo da água, para prevenção de cárie dental, é uma medida que ANTECEDE o apare-
cimento da doença per si.
Quadro I
Apromoção da saúde e os nlvelsde preven~ão s~undo Leavell & Clark (1965)
A promoção da saúde aparece como prevenção primária.. confundindo-se com a
prevenção referente à proteção específica (vacinação. por exemplo}. Corresponde
a medktas gerais, educativas, que objetivam melhorar a resistência e o bem-es-
Primária (promoção da
tar geral dos indtvrduos (comportamentos alimentares, exerdcfo ffslco e repouso,
saúde e proteção espe-
contenção de estresse. não ingestáo de drogas ou de tabaco). para que resistam
cífica)
ãs agressões dos agentes. Também diz respeito a ações de orientação para cuida-
dos com o ambiente. para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes
etiológicos (comportamentos higiênicos relacionados~ habitaç~ e aos entornes).
Engloba estratégias populacionais para detecção precoce de doenças, como por
exemplo o rastreamento de câncer de colo uterino. Também contempla ações
S.cundárla (dlagnóst1-
com indivíduos doentes ou acidentados com diagnóstkos confirmados, para que
co e tratamento preco·
se curem ou mantenham~se funcionalmente sadios, evitando complicações e
ce; limitação da invali-
mortes prematuras. Isto se dá por melo de práticas clinicas preventivas e de edu ~
dez)
cação em saúde, objetivando a adoção/mudança de comportamento (alimenta~
res, atividades fisicas etc}.
Consiste no cuidado de sujeitos com sequelasde doenças ou acidentes. visando a
Terciária (reabilitação)
recuperação ou a manutenção em equillbrio funcional.
roote:úortsnlo, O. (lOO.l). O<oo<Oito do l'lld" • <ileltnl' '""' l""'fl\loti'Omoçlo. P""'~' elo wllde: <On«it.,. o<~.,;.,. ~ndlnói~ l, l9-S<.
I Resposta:@
@ Hepatit e 8.
® Tétano.
© Febre Amarela.
@ Dengue.
60 PreparatóriG para Residência Medica SUS/SP
gal. De Acordo com o Sexto Código de ~tiça recrutaram voluntários com HPB que foram di-
Médica: vididos, de forma aleatória, em dois grupos").
A"ornativa A: CORRETA. Capitulo X - "Art. 11 6 - ~ Cedo "Simples-Cego" ("Os volun tários tinham
vedado : Expedir bolet im médico falso ou t en- conhecimento de qual suco estavam toman-
denciosoN do, mas os pesquisadores que realizaram seu
A"trnativa 8: CORRETA. Capitulo X -"Art. 11 7 - t ve- atendimento clínico não tiveram acesso a esta
dado: Elaborar ou divulgar boletim médico que informação").
revele o diagnóstico, prognóstico ou terapêut i-
ca, sem expressa autorização do paciente ou de Oes•nhos cJ. pesquisa Areas cJ. interesse
seu responsável lega l~ Estudosde casos e Quadro clínico (doen-
A"trnatlva C: CORRETA. "Art. 11O- ÉVedado: Forne- relatos de casos çasraras)
cer at estado sem ter praticado o ato profissio-
Estudos transversais Frequênclas
nal que o justifique ou que não corresponda à
verdade~ Estudos de dete<:çáo
Fatores de risco
A"trnatlva O: CORRETA. Art. 91. ÉVedado. Deixar de de casos
atestar atos executados no exercício pro fissio- Procedimentos diag·
Estudos de acuráda
nal, quando solicitado pelo paciente ou por seu nôsticos
representante legal. Estudos longitudinais Evolução
I Rtsposta: ®
Fatores de risco, etio-
Estudos caso-controle logia (doenças raras),
prevenção
Um centro de pesquisa universitário
89 pretende aval iar a hipót ese de que a in-
gestão diária de suco de goiaba altera o valor
Estudos coorte
Fatores de risco,
etiologia, incidência,
evolução. prognóstico
do antfgeno prostático especifico (PSA) em
p acient es com hiperplasia benigna da próstata Ensaios dfnicos contl'o·
Tratamento, provençáo
lados aleatorizados
(HPB). Para tant o, eles recrutaram voluntários
com HPB que foram divididos. de forma alea- I Resposta: @
tória, em dois grupos. Todos os voluntários t i-
veram seu PSA mensurado no momento que
foram in cluídos no est udo. Um dos grupos to- Em relação ao sigilo profissional do mé-
mou suco de goiaba e o outro de acerola, dia-
riament e, p or um período de dois meses, de-
9
é
O dico, segundo o código de Ética Médica,
correto afirmar:
p ois do qual tiveram a mensuração do seu PSA
rep etida. Os voluntários tinham conheciment o @ No caso de cobrança de honorários por
de qual suco estavam tomando, mas os pesqui- meio judicial ou extraj udicial o médico tem di-
sadores que realizaram seu at endimento clíni- reito de quebrar o sigilo profissional.
co não t iveram acesso a esta informação. Qual ® É vedado ao médico revelar fato de que te-
das seguint es alternativas melhor descreve o nha conheciment o em virtude do exercício de
desenho deste estudo? sua profissão, mesmo quando do depoimento
como t estemunha.
@ Estudo experimen tal aleatorizado, duplo- © Quando o médico está tratando um pacien-
·cego. t e menor de idade ele pode revelar fatos rela-
® Estudo experimental não aleatorizado, du- cionados ao paciente, independentemente das
plo-cego. circunstâncias, se os pais ou os responsáveis do
© Estudo observacional, prospectivo de coorte. paciente os solicitarem .
@ Estudo exp eriment al aleatorizado, cego. @ O médico pode revelar algum fato de que
® Estudo observacional, caso-controle. tenha conhecimento e que sej a relacionado a
algum dos seus pacientes, caso este venha a
~ COMENTA RIO: Estudo Experiment al ("Um dos fale<:er.
grupos t omou suco de goiab a e o outro de
acerola"( .. . )); Aleatorizado ("Para tanto, eles
62 Preparatório para Residência Medica SUS/SP
O médico pode revelar informações confiden- Nas farmácias do Programa Dose Certa,
ciais de algum paciente caso a empresa na qual
o paciente trabalhe exija estas informações, in-
91 coordenado pela Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo, uma receita de medica-
dependentemente das circunstâncias. mento tem validade:
Alternativa A: INCORRETA. ÉVedado ao medico: "Art.
79. Deixar de guardar o sigilo profissional na ® de 60 dias para receitas de controle espe-
cobrança de honorários por meio j udicial ou cial.
extrajudicial~ ® de 120 dias para todosos medicamentos.
Alternativa B: CORRETA. SEGUE TRECHO DO CÓDI- © quando tiver sido emitida por um serviço
GO DE ~TICA MÉDICA de saúde privado.
É Vedado Art. 73. Revelar fato de que tenha ® quando contém o nome do principio ativo
conhecimento em virtude do exercício de sua ou denominação genérica da medicação.
profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou ® de 20 dias para medicamentos antibacte-
consentimento, por escrito, do paciente. rianos.
Parágrafo único. Permanece essa proibição: a)
mesmo que o fato seja de conhecimento pú- I> COMENTARIO: As Receitas de controle especial
blico ou o paciente tenha falecido; b) quando tem validade de 30 dias (item A incorreto). Não
de seu depoimento como testemunha. Nes- existe receita com validade superior a 90 dias
sa hipótese, o médico comparecerá perante a (item B Incorreto). A receita deverá ser emiti-
autoridade e declarará seu impedimento; c) na da pelos Serviços Públicos de Saúde (item C
investigação de suspeita de crime, o médico incorreto). As receitas de antimicrobianos tem
estará impedido de revelar segredo que possa validade de 1Odias (item E incorreto). Revise o
expor o paciente a processo penal. trecho abaixo sobre Programa Dose Certa.
Alternativa C: INCORRETA. É vedado ao médico: 1. A receita médica deverá ter sido emitida pe-
'Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado los serviços públicos de saúde. Nas Unidadesde
à paciente menor de idade, inclusive a seus farmácia Dose Certa, localizadas nas estações
pais ou representantes legais, desde que o me- Sé e Guaianazes, Hospital Geral de Pedreira e
nor tenha capacidade de discernimento, salvo Conjunto Hospitalar do Mandaqui, também
quando a não revelação possa acarretar dano são atendidas receitas médicas que não te-
ao paciente•. nham sido emitidas pelos serviços públicos de
Alternativa D: INCORRETA. ÉVedado 'Art. 73. Revelar saúde, mediante apresentação do cartão SUS.
fato de que tenha conhecimento em virtude do 2. A validade da receita médica é de: a) 10 dias
exercício de sua profissão, salvo por motivo jus- para receitas com medicamentos antibacteria-
to, dever legal ou consentimento, por escrito, nos; b)30 dias para receitas com medicamen-
do paciente. Parágrafo único. Permanece essa tos de controle especial; c}90 dias para receitas
proibição: a) mesmo que o fato sej a de conheci- com medicamentos de uso contínuo; d)30 dias
mento público ou o paciente tenha falecido; b) para os demais medicamentos do Programa
quando de seu depoimento como testemunha. Dose Certa;
Nessa hipótese, o médico comparecerá perante 3. O medicamento deverá fazer parte do elenco
a autoridade e declarará seu impedimento; c) do Programa Dose Certa;
na investigação de suspeita de crime, o médico 4. A receita deverá ser elaborada conforme deter-
estará impedido de revelar segredo que possa minado pela Resolução SS n• 126, de 13 de agos-
expor o paciente a processo penal. to de 2009, contendo nome genérico das subs-
Alternativa E: INCORRETA. É Vedado: "Art. 76. Reve- tâncias prescrição e NÃO O NOME COMERCIAL.
lar informações confidenciais obtidas quando I Resposta: @
do exame médico de trabalhadores, inclusive
por exigência dos dirigentes de empresas ou de
instituições, salvo se o silêncio puser em risco a Estão entre as indicações do transplan-
saúde dos empregados ou da comunidade':
I Resposta: ®
92 te de células-tronco hematopoéticas,
não experimental e autólogo de medula ós-
sea, EXCETO:
2010 63
são do relatório subtraída a data do diagnóstico ou terapêutica somente poderá ser realizada
é igual ou maior que 31 dias) e cuja situação de após a autorização do patologista do serviço de
encerramento não tenha sido ainda informada. verificação de óbito responsável pela investiga-
Para hanseniase, o sistema seleciona, por uni· ção e citada em relatório de necrópsia.
dade de saúde atual, os casos que têm o campo I Resposta: ANULADA
tipo de alta em branco. Os dados de acompa-
nhamento são apresentados no relatório da
mesma forma como estão preenchidos, ou não, Sobre o programa "Farmácia Popular do
os respectivos campos na base de dados~
I Resposta: ®
96 Brasil" é correto afirmar:
padronizados de acordo com os critérios defini- ocorrência, pode liberar uma vitima no próprio
dos pelo Ministério da Saúde, cujos fundamen- local, independentemente do aval do médico
tos podem ser conhecidos no sítio www.saude. regulador.
govO .br/far- maciapopular. @ Caso ocorra um óbito durante o transporte
A"•rnativa 8: INCORRETA. O programa em ques- de uma vítima, o destino do corpo será deter-
tão ALINHA-SE a outras ações implementadas minado pelo médico regulador.
pelo Ministério da Saúde. Não há prioridade ® Quando um paciente recusa atendimento a
em relação a forma de abastecimento medi- equipe deverá identificar situações de risco de
camentosos do SUS. "Em consonanda com as vida imediato como comprometimento de vias
altas prioridades governamentais, o Programa aéreas, respiração ou sangramento abundante.
Farmácia Popular do Brasil alinha-se às outras
ações colocadas em prática visando ao aten- IJ> COMENTÁRIO: ~ obrigatório que TODO atendi-
dimento das necessidades de saúde de nossa mento realizado pelo medico Socorrista passe
população (...). pelo Aval do médico Regulador. Demais itens
A"•rnatlva C: INCORRETA. A afirmativa está incorre- corretos e autoexplicativos. Conforme a Reso-
ta pois refere que a rede PRIVADA está excluída. lução do CFM. RESOLUÇÃO CFM no 2.077114
Segue trecho do documento original: "Poderão Dispõe sobre a normatização do funciona-
aderir ao Programa órgãos, entidades e institui- mento dos Serviços Hospitalares de Urgência e
ções públicas e, também, entidades privadas, Emergência, bem como do dimensionamento
sem fins lucrativos, mantenedoras de estabe- da equipe médica e do sistema de trabalho. Art.
lecimentos assistenciais de saúde ou de ensino 1O. ~obrigação do médico plantonista dos Ser-
superior de farmácia, conforme previsão no Pa- viços Hospitalares de Urgência e Emergência
rágrafo único, Art. 2°, do Decreto n.o 5.090/04. dialogar, pessoalmente ou por telefone, com
Alt•rnativa D: INCORRETA. A Fundação FIOCRUZ atua o médico regulador ou de sobreaviso, sempre
em PARCERIA com o Ministério da Saúde. Nesse que for solicitado ou que solicitar esses profis-
contexto, foi instituído o Programa Farmácia Po- sionais, fornecendo todas as informações com
pular do Brasil, por meio do Decreto n.o 5.090, vistas a melhor assistência ao paciente.
de 20 de maio de 2004, cujo foco principal é a I Resposta: ©
implantação da rede Farmácia Popular do Brasil,
em parceria com governos estaduais e muni-
cipais, bem como com instituições da área da Vários estudos já descreveram que crian-
Saúde e instituições de Ensino Superior (IES)
sem fins lucrativos para a instalação de unidades
98 ças com altos níveis de chumbo na den-
tina e sem sintomas de plumbismo apresentam
do programa em locais estratégicos no País, por Ql's mais baixos e um pior desempenho escolar.
meio de convênios com a Fiocru~ tendo com in- A tabela 1 (VER IMAGEM) apresenta o número
terveniente o Ministério da Saúde~ de indivíduos que concluíram o ensino médio,
I R•sposta: ® de acordo com os níveis de chumbo encontra-
dos na dentina. Concluiu-se que os indivíduos
com níveis de chumbo na dentina maior ou
As seguintes alternativas estão de acor- igual a 10 ppm têm uma OR (odds ratio) para
97 do com a regulamentação do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192),
a falha na conclusão do ensino médio igual a
4,11 (IC 95%0R 1,95;8,84). De acordo com estes
EXCETO: dados conclui·se que:
Condusão do Níveis dê chumbo
@ Quando um paciente menor de 18 anos é
ensino médio ~ lOppm <1 0ppm
atendido e se encontra desacompanhado o
conselho tutelar deve ser comunicado. Não 25 15
® No caso de óbito no local da ocorrência e Sim 75 185
havendo suspeita de crime, a equipe deverá
Total 100 200
preservar as evidências, não removendo o cor-
po e mantendo intacta a cena.
© O médico do SAMU, presente no local da
68 PteparatóriGpara Residência Medica SUS/SP
ao Órgão de Vigilância Epidemiológica Estadual, e este para o SVS, no ato da constatação da suspei-
ta ou diagnóstico de caso ou surto, por meio de telefonema, fax ou e-mail, sem prejuízo do registro
das notificações pelos procedimentos rotineiros do Sinan.
Botulismo
Carbúnculo ou antraz
Cólera
Febre amarela
Febre do Nilo Oddental
Hantavirose
1) Caso suspeito de:
Peste
Raiva humana
Sfndrome febrlllctero-hemonagka aguda
Sfndrome respiratória aguda grave
Varro la
Tularemia
Poliomielite
2) Caso connrmado de: Sarampo
Tétano n~Wnatal
Agravos inusitados
3) Surto ou agregação de Difteria
casos ou agregaç3o de óbitos Doença de Chagas aguda
por: Doença meningocócica
lnfluenza humana
I Resposta: ®
0 o desvio padrão.
® a amplitude.
© amédia.
@ amediana.
® amoda.
.,_ COMENTÁRIO: Dentre as medidas de tendência central. a mais influenciada pela presença de Valo-
res Extremos é a M~DIA.
Vantagens da média
1. Seu cálculo leva em consideração os valores de todos indivíduos estudados;
2. É utilizada em boa parte dos testes estatfsticos para calcular diferenças em um estudo; e
3. ~ mais facilmente compreendida pelos leitores e pesquisadores.
70 Preparatório para Residência Médica SUS/SP
Desvantagens da média
1. ~ influenciada por valores extremos (con-
forme mencionado anteriormente);
2. Só deve ser utilizada quando a distribui-
ção dos dados for simétrica (Normal ou
Gaussiana).
Outros Conceitos:
# Medidas Dispersão:
Desvio Padrão: O desvio padrão é a medi·
da mais comum da dispersão estatlstica
(representado pelo símbolo sigma, o). Ele
mostra o quanto de variação ou "dispersão"
existe em relação à média. Um baixo desvio
padrão indica que os dados tendem a estar
próximos da média; um desvio padrão alto
indica que os dados estão espalhados por
uma gama de valores.
Amplitude: A amplitude é definida como
sendo a diferença entre o maior e o menor
valor do conjunto de dados. Denotaremosa
amplitude por R. Portanto, consideremos o
conjunto de dados ordenado:
O7
As nefropatias associadas ao lúpus erite-
matoso sistêmico e à glomerulonefrite
09 res de bacteriúria assintomática:
diversos órgãos, como a pele. O tratamento é ao dia. As fezes são pastosas, abundantes, féti-
a transfusão de plaquetas e introdução do Aci- das e com predomínio de muco. O tratamento
clovir. Não se utiliza o AAS nesses casos. deve ser feito com Metronidazol 15mg/kg/dia,
Alternativa D: INCORRETA. A varicela é uma doença VO, divididos em duas tomadas, por cinco dias.
autolimitada, com duração de dois a quatro Secnidazol e Tiabendazol são alternativas de
dias, não sendo modificado pelo uso de anti-in- tratamento. O Albendazol não é eficaz no trata-
flamatório. mento da giardiase.
Alternativa E: CORRETA. A síndrome de Reye é pre- I Resposta: ®
cipitada em indivíduos geneticamente suscep-
tível pela interação entre infecção viral (gripe,
varicela) e o uso do Ácido Acetilsalicllico. É ca-
racterizada por uma doença viral prévia, já em
resolução, e o inicio agudo de vômitos e en-
29 Uma menina de 3 anos de idade é levada
ao pronto-socorro com história de fezes
amolecidas várias vezes ao dia, há 2 dias, com
cefalopatia, com alteração de função hepática aparecimento de sangue na data da consulta.
(coagulopatia, elevação de amônia, TGO e TGP). Ao exame, está hidratada, sem febre e. duran-
te o exame, apresenta convulsão. Os principais
agentes que podem estar envolvidos nesse
Um menino de 2 anos de idade, saudá- quadro são:
28 vel e com excelente curva de desenvol-
vimento ponderoestatural, está há 2 semanas ® Shigella dysenteriae e Campylobact er jejuni.
com alterações do hábito intestinal, ora com fe- ® Shigella dysenteriae e Clostridium difficile.
zes amolecidas e outras com obstipação, após © Clostridium difficile e Escherichia coli ente-
quadro diarreico inicial com 3 dias de duração. roinvasiva.
O exame de fezes demonstrou a presença de @ Shigella dysenteriae e Escherichia coli ente-
Giardia lamblia. É correto: roinvasiva.
® Clostridium difficile e Campylobacter jejuni.
® adotar conduta expectante, pois as mani-
festações são autolimitadas e as drogas muito ,.. COMENTÁRIO: A etiologia da diarreia aguda na
tóxicas para esta idade. infância pode estar relacionada com agentes
® atribuir os sintomas à giardíase e prescrever infecciosos como vírus, bactérias e parasitas,
metronidazol durante S a 7 dias. ou agentes não infecciosos. A diarreia causada
© atribuir os sintomas à giardíase e prescrever pela E. coli enteroinvasiva é uma doença infla-
albendazol dose única. matória da mucosa intestinal e da submucosa,
@ tratar a giardíase com albendazol em dose que leva a um quadro de diarreia líquida, di-
única, mas investigar outros agentes para as al- senteria leve, dor abdominal severa, vômitos,
terações referidas. tenesmo, cefaleia, febre, calafrios e mal-estar
® investigar deficiência de lgG e t ratar com generalizado, semelhante ao produzido pela
metronidazol durante 3 dias. Shigella. A shigelose é doença aguda toxêmica,
que pode causar sintomas neurológicos, como
,.. COMENTARIO: A maioria dos casos de giardlase convulsões e sinais meninglticos.
é assintomática ou oligossintomática, sobretu- I Resposta: @
do em pacientes adultos. Contudo, a doença
pode apresentar amplo espectro clínico em
crianças ou adultos jovens. A manifestação O uso de mel na alimentação das crian-
clínica mais frequente é a síndrome diarreica.
caracterizada por diarreia de evolução crônica,
3O ças abaixo de 1 ano de idade está con·
traindicado devido ao risco de:
contínua ou com surtos de duração variável,
acompanhada por cólicas abdominais, com ® leptospirose.
alternância de exonerações normais e consti- ® shíguelose.
pação intestinal, devendo sim ser realizado o © salmonelose.
tratamento nos casos diagnosticados. As eva- @ botulismo.
cuações, em geral, ocorrem duas a quatro vezes ® amebíase.
201 1 81
.. COMENTiRIO: O botulismo é um tipo severo de ção bacteriológica, que pode ser feita através
intoxicação alimentar causado pela ingestão de do teste rápido de detecção de antígenos por
alimentos contendo uma potente neurotoxina swab da garganta. A toxina produzida tem efei-
formada durante o crescimento do Clostridium to sistêmico podendo gerar a síndrome do c ho·
botulinum, cujos esporos esUo frequentemen- que toxico ou a fasceíte necrotizante. Quanto
te distribuídos na natureza. A origem desses à imunidade, uma vez adquirida infecção por
esporos é desconhecida no botulismo infantil, estreptococo do grupo A, o contato com a exo-
mas o mel tem sido identificado como possível toxina estimula a produção de anticorpos an·
fonte de contaminação. Crianças menores de 1 titoxina, proporcionando certa imunidade, mas
ano de idade são mais susceptíveis ao desen- como o estreptococo do grupo A é capaz de
volvimento da doença devido aimaturidade da produzir três diferentes exotoxinas pirogênicas
flora intestinal que, ao ingerir alimento conten· causadoras de erupção cutânea (A. 8 ou C), o
do esporos, permite a germinação, multiplica- paciente pode apresentar um segundo ataque
ção e produção de neurotoxina botulínica no de escarlatina.
intestino infantil. Alternativa A: CORRETA.
I Resposta: @ Alternativa B: INCORRETA. A droga de escolha é a
penicilina.
PEDIATRIA 11· RENATA DAVIN GOMES PARENTE Alternativa C: INCORRETA. Existem três tipos de exo·
toxinas, portanto mesmo tendo a escarlatina
uma vez, é possível ter novamente a doença
A escarlatina é uma doença comum e causada pelas outras duas exotoxinas que não
31 que se manifesta por um rash cutâneo
associado a uma infecção de trato respiratório
foi exposto.
Alternativas De E: INCORRETAS. Ver comentário.
superior. ~ correto afirmar que:
devendo-se realizar punção diagnóstica e esva- tadas com aplicação de soro frio e compressas
ziadora da articulação. de clorexidine degermante, com regressão em
cinco a sete dias.
.,. COMENTARIO: O quadro clinico apresentado
é compatível com artrite séptica (febre, artrite Alternatíva A: INCORRETA. Não tem relação com
monoarticular com dor localizada). A artrite oleosidade da pele ou acne no futuro.
séptica ocorre principalmente como resultado Alternativa B: CORRETA. A hiperplasia seb~cea é
da disseminação hematogênica do espaço si· uma manifestação cutânea do estimulo hormo·
novial. Mas também est~ relacionada à inocu- nal materno. P~pul as pequenas e numerosas
lação direta, como ocorre no trauma, como é com cerca de 1 mm, cor da pele, amareladas,
o caso do nosso paciente. O agente etiológico no dorso nasal, bochechas e/ ou l~bio superior.
mais comum da artrite séptica é o staphylococ· São decorrentes da dilatação do infundíbulo
cus aureus. Na suspeita de artrite séptica a pun- folicular, com tamponamento de queratina.
ção no liquido sinovial para cultura é a técnica Diagnóstico diferencial com milia e acne neo·
diagnóstica definitiva. natal. Resolução sem tratamento em poucas
Alternativa A: INCORRETA. O trauma pode estar re- semanas.
lacionado à ocorrência da artrite séptica, e o Alternatíva C: INCORRETA. Não se trata de glândulas
agente etiológico mais comum é o staphylo- sudoríparas hiperplásicas.
coccus aureus e não o Streptococcus pneumo- Alternatíva D: INCORRETA. As pérolas de Epstein são
niae. cistos queratinizados localizados no palato, di-
Alternativa B: INCORRETA. Hemartrose é uma con- ferente do que apresenta a criança da questão.
dição rara e está mais relacionada à hemofilia. Alternatíva E: INCORRETA. A acne neonatal não seria
Alternativa C: INCORRETA. O antecedente do trauma uma suspeita nessa idade, surgindo entre a ter-
direciona para artrite séptica. ceira e quarta semana de vida.
Alternativa D: CORRETA.
Alternativa E: INCORRETA. Principal agente é o sta-
phylococcus aureus. Um menino de duas semanas de idade
34 é internado com desidratação, hípona-
tremia e hipercalemia. Sem diarreia, em aleita-
Os pais de um recém-nascido (RN) com mento materno exclusivo, era o terceiro filho
33 três dias de vida estão preocupados com
a aparência da pele do nariz do filho, que est~
do casal, com uma irmã e um irmão saudáveis
com sete e cinco anos de idade, respectivamen-
cheia de pápulas puntiformes com conteúdo te. Ao exame o médico observa criptorquidia
branco-amarelado, que se estendem pela late- bilateral. Deve-se suspeitar de:
ral do nariz até bochechas e em direção à testa.
O médico deve dizer que são: @ hipogonadismo criptogênico.
® Diabetes insipidus.
@ denominadas "acne do RN" e que refletem © hiperplasia congênita de suprarrenal.
a característica de pele oleosa e o risco de acne @ hipoaldosteronismo primário.
no futuro, devendo ser tratada com sabonete ® malformação nefrourogenital.
neutro e água fria.
® glândulas sebáceas hiperplásicas e que de- .,. COMENTARIO: A descrição da questão é típica
saparecem nas primeiras semanas de vida, sem da hiperplasia adrenal congênita (HAC). Trata·
necessidade de tratamento. se de uma criança que na segunda semana de
© glândulas sudoriparas hiperplásicas e que vida evolui com desidratação (sem diarreia)
desaparecem na primeira semana de vida, com com hiponatremia e hipercalemia. Dessa forma,
compressas com soro frio. se enquadra na hiperplasia adrenal congênita
@ ilhotas de células epiteliais denominadas por deficiência das 21 hidroxilase, forma clássi-
Pérolas de Epstein e que aumentam nas primei- ca. Nesse caso, ex.iste uma deficiência na pro-
ras três semanas e vão desaparecendo a seguir, dução de aldosterona, gerando perda de sal
até um ano de vida. (hiponatremia e hipercalemia) e cortisol que
® denominadas •acne do RN" e que são tra- pode gerar sintomas de insuficiência adrenal
2011 83
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Pteglenolona j 17-OH Pregnenolona OHEA
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""". . . . !
I Coffleostefona Cortisol
j 18·0H Cortioosterona I
"~···MI•
Aldost&rona
Um lactente de três meses de idade apre- os pais que se trata de febre faringoconjuntival.
35 senta dermatite atópica em face. t corre-
to afirmar que:
O principal agente é:
@ adenovírus.
@ o diagnóstico deve ser confirmado pela ® herpes zoster.
presença de altos níveis de lgE sérica. © metapneumovírus.
® a lesão não é pruriginosa, podendo ser tra- @ rinovirus.
tada com hidratação, além da retirada do de· ® herpes simples vírus.
sencadeante.
© deve-se a um alérgeno inalado, especial- ._ COMENTARIO: A febre faringoconjuntival. ca-
mente pó doméstico. racteriza-se por febre, cefaleia, faringite, con-
@ existe risco aumentado de desenvolvimen- juntivite folicular e adenopatia pré-auricular,
to de rinite ou asma no futuro. sendo mais comumente causada pelos soroti-
® é uma alteração característica do lactente pos 3, 4, 5 e 7 do adenovírus.
jovem, não tendo associação com história fami- Alternativa B: INCORRETA. Infecção por herpes zos-
liar de alergia. ter não se relaciona a febre faringoconjuntival.
Alternativa C: INCORRETA. O metapneumovlrus está
.. COMENTARIO: A dermatite atópica (DA) afeta relacionado com infecções do trato respirató-
1Oa 30% das crianças e frequentemente ocorre rio, sendo importante na bronquiolite. Mas não
em famílias com outras doenças atópicas. t um é o principal agente causador da febre faringo-
distúrbio genético complexo que resulta em conjuntival.
defeito na barreira da pele. redução da resposta Alternativa D: INCORRETA. O rinovírus raramente se
imunológica inata da pele e resposta exacerba- relaciona com conjuntivite viraI.
da dos linfócitos Ta alérgenos ambientais e mi- Alternativa E: INCORRETA. O herpes simples vírus
crorganismos que levam a inflamação crônica também não causa febre faringoconjuntival.
da pele. O diagnóstico se d~ pela identificação I Resposta: @
de três características principais: 1) prurido. 2)
dermatite eczematosa em locais caracte-rístícos
(face, couro cabeludo e região extensora dos São causas de pseudotumor cerebral to-
membros) e 3) evolução crônica. Crianças com
DA são predispostas a desenvolver ainda na in-
37 das as abaixo, EXCETO:
de ataque para garantir ação imediata, com ní- 0 Não se deve fazer profilaxia do tétano, pois
vel sérico adequado. ela pode causar agravamento da lesá o tecidual.
® O veneno botrópico (ex.: jararaca} tem ativi-
86 Preparatóriopara Residência Medica SUS/SP
dade inflamatória aguda, coagulante e hemor- ras 8h (400,5mllh) e 3204ml nas 16h seguintes
rágica. Alguns pacientes podem, raramente, (200,25ml/h).
evoluir com síndrome compartimental. I Resposta: ©
© Quando o paciente é trazido com tornique-
te, o mesmo não deve ser retirado, devido ao
risco de miotoxicidade do veneno. Um rapaz de 25 anos sofre ferimentos
@ Os pacientes não devem ser hidratados,
para não agravar o grande edema local nem so·
43 por projéteis de arma de fogo em abdo-
me. A laparotomia exploradora revela lesão es-
brecarregar a função renal. Basta administrar o trelada extensa de lobo anatômico direito do fí-
soro antiofídico específico. gado, além de lacerações de cólon ascendente,
® Não se conhece, até o momento, reação junto ~ válvula ileocecal e ao ângulo hepático
anafilática pelo soro antiofídico. do cólon. A pressão arterial é 70 x 30 mmHg,
sob ação de drogas vasoativas. Ocorre sangra-
.. COMENTARIO: O veneno botrópico, que tem mento contínuo, violáceo, sem formação de
como principal ofídio representante a jararaca, coágulos, difusamente, de todos os ferimentos.
tem propriedades proteolíticas, coagulantes e A temperatura esofágica é 34 graus Celsius e o
hemorrágicas. As manifestações clfnicas vão de pH sanguíneo é 7,20. Medidas que devem ser
dor, edema, sangramentos a flictemas locais, tomadas imediatamente, para aumentar a pro-
podendo evoluir com necrose de extensão va- babilidade de sobrevida:
riável. Em casos mais graves, acarreta síndrome
compartimental, IRA e choque. O tratamento é @ exploração da face cruenta hepática e he-
feito o mais rápido possível com soro antibotró- mostasia com sutura dos vasos e selante sin-
pico, além de vacinação antitetânica. tético, além de ressecção do segmento eólico
I Resposta: ® destruído e maturação precoce dos dois cotos
intestinais.
® pinçamento do hilo hepático (manobra de
Um trabalhador de cozinha é ferido em Pringle), administração de plasma fresco e lapa-
42 explosão de caldeira. Tem 18% do total
de sua superffcie corpórea com queimadura de
rorrafia, com drenagem da cavidade peritoneal.
© embolização intra-arterial hepática e exte-
segundo e terceiro graus. Sabendo-se que a ví- riorização dos ferimentos do cólon por múlti-
tima pesa 89 kg, usando o método de Parkland plas os tomias.
(Baxter) para cálculo da reposição hídrica, é cor- @ exploração do ferimento hepático por digi-
reto dizer que a velocidade de administração toclasia e sutura dos vasos sangrantes, seguida
intravenosa de cristaloides, em ml/ hora, após de colectomia direita com anastomose primária.
duas, dez e dezoito horas, deve ser aproxima- ® ressecção sumária do segmento eólico des-
damente de: truido com suturas mednicas, sem anastomo-
se, tamponamento do ferimento hepático com
@ 600, 400 e 200. compressas e fechamento da pele, eventual-
® 400, 400 e 400. mente com sutura contínua.
© 400, 200 e 200.
@ 200, 400 e 600. .. COMENTARIO: Tríade da morte, coagulopatia,
® 200, 200 e 400. acidose metabólica e hipotermia. Imediatamen-
te, temos que adotar condutas cirúrgicas para
.. COMENTARIO: A fórmula de Parkland é 4 x SCQ controle de danos, sendo o mais breve posslvel
x Peso, onde SCQ significa superfície corpórea na estabilização do paciente, fazendo tampo-
queimada, que inclui apenas queimaduras namento de vísceras maciças, com compressas
de segundo e terceiro grau, onde 50% do va- e enterectomias ou colectomias segmentares,
lor total deve ser infundido nas primeiras 8h com grampeamento, sem anastomoses.
(descontando o que já tiver sido infundido no I Resposta: ®
pré-hospitalar) e a outra metade nas 16h subse-
quentes. Dessa forma, a conta fica 4x 18 x 89 =
6408 ml de SF 0,9%, sendo 3204 ml nas primei-
2011 87
® angiografia mesentérica.
Assinale a alternativa correta, consideM ® tomografia de abdome para complementar
45 rando o aneurisma de artéria poplítea: a avaliação e programar a terapêutica.
© jejum, sonda nasogástrica e observação.
® A melhor via de acesso para o tratamento @ preparo para colonoscopia.
cirúrgico é a mediai, que facilita a ressecção to- ® laparotomia exploradora.
tal do aneurisma.
® Tem incidência semelhante no homem e na .,. COMENTÁRIO: A imagem não é a mais feliz,
mulher. mas essa radiografia traz um sinal de pneuma-
© A manifestação clínica mais frequente é a tose intestinal, onde se encontra gás na própria
rotura, como ocorre no aneurisma de aorta ab- parede da alça. Cabe aqui a diferença do acha-
dominal. do radiológico da pneumatose intestinal para o
@ O diagnóstico é feito frequentemente famoso Sinal de Hiegler, típico de pneumope-
quando aparecem os sintomas isquêmicos. ritônio, onde o gás praticamente "desenha" os
® Deve ser operado mesmo quando assinto- limites da alça, visto que percebe-se gás fora e
mático, já que o risco de trombose é maior que dentro da mesma. Portanto, a imagem é suges-
90%. tiva de lnsquemia colônica, com penumatose
intestinal. sendo a conduta de eleição para o
.,. COMENTARIO: O aneurisma da artéria poplí- caso uma Laparotomia Exploradora.
tea é o aneurisma de artéria periférica mais I Resposta:®
frequente, 97% são em homens, sendo sua
evolução natural trombosar e causar chuva de
êmbolos, ocasionando Obstrução Arterial Agu- Uma senhora de 65 anos foi submetida,
da da perna. Tem cirurgia indicada quando sin-
tomático, maior que 02cm, causa emboliUição
47 ha 20 anos, à correção de hérnia incisio-
nal pós-cesárea. Evoluiu com recidiva da hér-
e possui trombos no seu interior. nia quatro meses após a cirurgia. Refere que
I Resposta: @ o abaulamento da região vem aumentando
progressivamente, levando a dificuldade para
88 PreparatórioparaResidência M~dica SUS/SP
deambular e evacuar. Tem diabetes controlado Teve vários episódios de vômitos. Relata sen-
com hipoglicemiante oral e lúpus controlado sação de calafrios e urina bastante escurecida.
com corticoide. fndice de massa corpórea: 43,5 Os familiares notaram que ela está com a pele
kg/m2• Tem abdome em avental, com abau amarelada. Exame físico: dor em hipocôndrio
lamento da região infraumbilkal e de flanco direito e mesogástrio, sem massas palpáveis,
esquerdo, medindo 55 em no sentido transver- além de icterfcia 2+/4+. Primeiros exames que
sal, 30 em no sentido longitudinal e 28 em de devem ser feitos:
altura. A pele tem hiperemia e lesão ulcerada.
Foi submetida ~ hernioplastia com redução do ® ultrassonografia endoscópka e bilirrubínas.
conteúdo do saco herniàrio (grande omento, ® colangiorressonância e hemograma.
cólon transverso e estômago), sutura borda © colangiografia endoscópica e amilase.
a borda do anel herniário e dermolipectomia. @ tomografia de abdome com contraste e
Foi extubada no primeiro pós-operatório, após amilase.
gasometria normal, colhida com a doente em ® ult rassonografia de vias biliares e amilase.
ventilação mecânica, com fração inspirada de
oxigênio de 30%. No segundo pós-operatório, .,. COMENTÁRIO: Quadro susgestivo de colestase,
apresenta frequência cardfaca de 140 bpm e provavelmente causado por coledocolitfase e
respiratória de 42 ipm. PA = 70 x 40 mmHg. podendo estar associado à pancreatite aguda
Pressão venosa central:+1O em de água. Oligú- bil iar. A ausência de sinais peritoniais na ques-
ria. Causa mais provável da instabilidade: tão descarta, a princípio, a colecistite aguda.
Portanto, os exames iniciais seriam USG de pân -
® sindrome compartimental abdominal. creas e vias biliares e amilase.
® cetoacidose diabética. I Resposta: ®
© insuficiência de suprarrenal.
@ sepse abdominal.
® sangramento intra-abdominal.
.,. COMENTÁRIO: A Síndrome Compartimental
49 A respeit o da avaliação pré-operatória, é
INCORRETO afirmar:
segurança, que fica preso nas ferragens pelos @ aumento da dose de corticoide.
membros inferiores. Com o impacto, o banco ® manutenção de baixas doses de esteroides
quebrou e a vítima encontra-se praticamente e introdução de inflíximabe.
deitada. O veiculo possui quatro portas e as © suporte nutricional com dieta enteral.
duas do lado direito estão abertas. Os bombei- @ colectomia total com bolsa ileal.
ros informam que a cena é segura e que a libe- ® substituição do corticoide por azatioprina e
ração da vítima provavelmente será demorada. metotrexato.
A vítima é um homem, aparentando 35 anos de
idade, com grave trauma de cránio e face. Está li> COMENTARIO: Classícamente a retocolite ul-
inconsciente. Sai grande quantidade de sangue cerativa era tratada com salicilatos (Mesalazi-
pela boca e pelas narinas. Tem também otor- na) oral ou retal e baixas doses de corticoides,
ragia bilateral. A respiração é muito ruidosa. A podendo ou não associar outros imunodepres·
retirada da vitima demora. Das alternativas a sores como a Azatioprina. Entretanto, muitos
seguir, indique a melhor opção de via aérea de- pacientes são refratários a essas drogas ou
finitiva para esta vitima: necessitam de altas doses de corticoide para
estabilizar o quadro clínico. Nesses casos a te-
@ cricotireoidostomia por punção. rapia biológica tem seu papel: o infliximab ou
® duplo lúmen. adalimumabe (anti TNF-alfa) são drogas rela-
© máscara laríngea. tivamente novas no mercado e que têm mu-
@ intubação nasotraqueal. dado, de forma significativa, o tratamento de
® cricotireoidostomia cirúrgica. casos graves. Os inibi dores do TNF·alfa tem de·
monstrado excelentes resultados na remissão
li> COMENTARIO: O paciente em questão apresen- da doença em casos refratários a terapia básica.
ta TCE grave (glasgow < 8, pois está inconscien- Infelizmente, alguns pacientes não respondem
te). Portanto, ele possui indicação absoluta de a terapia biológica e são submetidos à procto-
uma via aérea definitiva. Por definição, uma via colectomia total com confecção de bolsa ilegal.
aérea definitiva é ter uma cânula endotraqueal A cirurgia possui excelentes resultados para o
com cuff insuflado, conectada a um sistema de tratamento da retocolite ulcerativa,. visto que a
ventilação. Portanto, podemos excluir a cricoti- doença é restrita ao reto e cólon, de forma as·
reidostomia por punção, a cânula de duplo lú- cendente. Mas não podemos esquecer que se
men e a máscara laríngea. No caso em questão, trata de uma cirurgia de grande porte, realizada
a intubação nasotraqueal não pode ser realiza- somente em centros de referência e que possui
da, pois o paciente apresenta trauma extenso uma morbidade significativa.
de face e sinais de fratura de base de crânio Alternativa A: INCORRETA. O uso de altas doses de
(otorragia bilateral). Lembrando que nesses corticoide em longo prazo é uma das indica·
casos, está contraindicada a colocação de qual- ções da terapia biológica
quer sonda ou cateter por via nasal, pelo risco Alternativa C: INCORRETA. A desnutrição é uma com·
de lesão cerebral direta. Além da otorragia, plicação comum em pacientes com doença in-
otorreia ou liquorreia, são outros sinais de fra- flamatória intestinal, geralmente secundária a
tura de base de crânio o hematoma retroauri- inflamação crônica e a estenoses (mais comum
cular - sinal de Battle e a equimose periorbitária na doença de Crohn). Entretanto, a terapia nu-
-sinal do quaxinim. tricional por si só não altera o curso da doença.
I Resposta: ® Alternativa D: INCORRETA. A colectomia total com
bolsa ileal é a cirurgia de escolha para os casos
de retocolite ulcerativa. Mas vale lembrar que,
Uma mulher de 23 anos tem história crô- atualmente, essa conduta é restrita a casos re-
53 nica de quadros disenteriformes frequen-
tes, e vem emagrecendo bastante. Foi diagnosti-
fratários a terapia biológica ou em casos de es-
tenose.
cada colite ulcerativa. O quadro persiste, apesar Alternativa E: INCORRETA. A associação de aza-
de tratada com esteroides. Melhor opção de tioprina e metotrexato pode ser utilizada, mas
tratamento: temos que lembrar que o desmame de cor-
2011 91
dade da doença são: pneumatose intestinal e @ vacina autóloga injetada semanalmente, por
aeroportia (gás na veia porta) seis semanas.
I Resposta: @ ® colostomia em alça.
© solução de podofilina a 25%.
@ cauterização das lesões.
Um paciente tem diagnóstico de adeno· ® imunossupressão.
58 carcinoma mucinoso bem diferenciado
de apêndice, com implantes peritoneais restri· .,. COMENTÁRIO: Questão bastante específica e di·
tos ao quadrante inferior direito. Estadiamento: fícil. Temos que tomar cuidado com a pegadinha:
as vacinas de prevenção do HPV são diferentes
@ M1c. da vacina autóloga utilizada para tratamento. As
® T4a. vacinas preconizadas para a prevenção de HPV
© T4b. são a Quadrivalente (6, 11, 16e 18) ou a Bivalen-
@ M1a. te (16, 18). O ministério da saúde disponibiliza
® M1b. a vacina quadrivalente para toda menina entre
9 e 13 anos, em duas doses (O e 6 meses). Já a
... COMENTÁRIO: Questão decoreba! Vale lembrar vacina autóloga é utilizada como forma de tra·
que o tumor carcinoide de apêndice é mais co- tamento de lesões verrucosas e consiste de uma
mum e mais cobrado em prova. Mas vamos lá ... dose IM semanal, por seis semanas consecutivas.
A vacina é produzida a part ir de 5 g de tecido
TO· sem evidência de tumor ressecado cirurgicamente e, classicamente, tem
Tis- carcinoma in situ. lesão até a lâmina pró- indicação após a ressecçâo cirúrgica de lesões
pria pré-neoplásicas em vulva, colo, ânus e região
Tl· Tumor invade a submucosa perianal. Ela também está indicada em casos no
T2· Invade a muscular própria qual tratamento tópico (cauterização química
T3· Através da muscular própria até a subserosa ou cirúrgica) é ineficaz devido ao tamanho de le·
ou mesoapêndice são ou em que a ressecção cirúrgica traria gran·
T4· Invade o peritõnio visceral de morbidade (como extensa ressecção com ne·
T4a· lnvade o peritônio cessidade de cirurgia plástica, perda do esfíncter
T4b· Invade diretamente outros órgãos ou es· ou invasão do canal anal).
truturas. I Resposta: @
MQ- Sem evidência de metástases
Ml · Metástase à distância
M1a· Metástase intraperitoneal além do qua· Vítima de ferimento por arma branca na
drante inferior direito (incluindo pseudomixo·
ma peritoneal)
60 região supraclavicular direita, próximo à
fúrcula esternal, um senhor de 55 anos chega
M1 b· Metástases não peritoneais (Ex. fígado, ao pronto-socorro, levado por policiais, cerca
pulmão, cérebro) de 15 minutos após o trauma. Está agitado e
I Resposta: ® apresenta sinais de choque. Não tem murmúrio
vesicular em hemitórax direito e a expansibili-
dade está muito diminuída também à esquer·
Um rapaz de cerca de 25 anos vem ao da. l ntubado por via orotraqueal é feita dre·
59 pronto-socorro queixando-se de lesão
perianal há seis meses. Refere prurido e san-
nagem de tórax no quarto espaço intercostal
direito, linha axilar média, com dreno tubular
gramento esporádico na higienização após a de 38 Fr, saindo mais de 2.000 ml de sangue.
evacuação. Diz estar evitando seu parceiro, por Obtidos dois acessos venosos calibrosos em
causa do problema. A inspeção da região revela membro superior esquerdo, é feita reposição
massa com aspecto de couve-flor, que invade o volêmica e pedido sangue O negativo. O pa-
canal anal. Melhor opção de tratamento, asso· ciente é levado à sala de operação e deve ser
ciada a menor taxa de recorrência: submetido imediatamente à:
94 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
-
Febre com duraç.io mãxlma de 07 d•u mais pelo menos dois slntomas (coef.llêla, dor retrorbitiria. exantema. prostração. mlalcQ. arualgla).
Ptsqulsof dmo <k lnfdo ~ SI!'UOITIOS I Hfstório tpidMifolóJiro compatível
SIM
Grupo C
COI'I\ SJ.nlf'\IIMento de ptole esponútleo P~~ de ai&UM sinal de
ou lndu.tldo (prova do t.ço •). ou alarme. Hllnllcs~çio
condiç;io cbnu;a e$9(1C:u.l eM~ nsco lOc;u.l hcmorri&o prucnu: ou
ou comofi)idades e sem s:m:.l de :al:arrnt WSMte
~
Iniciar hüaraç:lo das padentes de mediato de loC:JOrdl) com a....,...,~ ~atltO aauarda exames~ I lido n ;"'ora~.,... padenttt do GNpoA e a enquanto . . .aw-aliaçlo m6ttca.
- ~-- ---.- ---. -
Aç_ompanhfim•nto Acompanhamento ~
Ambubtoral Leito de intel'l'laç5o por um
periodo mr.wno de: 18h
96 Preparatóriopara ResidênciaMedica SUS/SP
Em 2004, foi criada pelo Governo Federal MENTE medicamentos para as doenças mais
62 o Programa Farmácia Popular do Brasil.
com o objetivo de levar medicamentos essen-
preval entes~.. As doenças incidentes também
tem sua atenção pela farmácia popular. Pode-
ciais a um baixo custo para mais perto da po- mos citar a Questão do H1 N1 {doença Aguda
pulação, melhorando o acesso e beneficiando Incidente de curta duração que gera uma pre-
uma maior quantidade de pessoas. ~ correto valência de poucos dias) Conforme o comen-
afirmar que o Programa Farmácia Popular: tário do Item A. Vide trecho da portaria: "Con-
siderando a meta de assegurar medicamentos
® não prevê a inclusão de medicamentos para essenciais para o tratamento dos agravos com
doenças novas como lnfluenza A {H1 N1 }. maior incidência na população, mediante redu·
® atua exclusivamente com base na rede de ção de seu custo para os pacientes";
farmácias do SUS, em parceria com municípios Alternativa E: INCORRETA. Para d ispensação de me·
e estados. dicamentos para Diabetes o médico necessita
© atua também em parceria com farmácias e realizar RECEITA SIMPLESconforme orientações
drogarias privadas. abaixo: "O Programa Farmácia Popular foi cria-
@ atua distribuindo somente medicamentos do em 2004 e distribui medicamentos gratuitos
para as doenças mais prevalentes no Brasil. para hipertensão, diabetes e asma em unidades
® requer um relatório médico detalhado para próprias e farmácias credenciadas. O programa
dispensar os medicamentos para diabetes. ainda oferece 11 itens em medicamentos, com
preços até 90% mais baratos, utilizados no tra-
Alternativa A: INCORRETA. Por decisão do Minis- tamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkin·
tério da Saúde, as unidades próprias do Pro- son, osteoporose e glaucoma, além de contra-
grama Farmácia Popular do Brasil, no ano de ceptivos e fraldas geriátricas para incontinência
20 10, começaram a oferecer, gratuitamente, urinária. Em fevereiro de 2016 houve algumas
o medicamento Fosfato de Oseltamivir, usado alterações no programa em relação à obriga-
especificamente no combate a lnfluenza H1Nl. toriedade da apresentação da receita com o
O medicamento vem engrossar a lista de 107 endereço do paciente. Agora, o preenchimento
itens oferecidos no Programa Farmácia Popular. dessa informação poderá ser feita pelo profis-
Alternativa B: INCORRETA. A parceria da Farmácia sional farmacêutico, com a anuência do pacien-
Popular vai além dos estados e munícipíos. te. Até então, conforme a lei n• 5.991/73, de
Segue trecho da portaria que regulamenta a controle sanitário do comércio de medicamen·
farmácia popular. PORTARIA N° 97 1, DE 15 DE tos, cabia somente ao médico disponibilizar o
MAIO DE 20 12 Dispõe sobre o Programa f armá- nome e o endereço residencial do paciente e,
cia Popular do Brasil. expressamente, o modo de usar a medicação,
Art. 63. À Gerência Administrativa do Programa além das suas informações profissionais".
Farmácia Popular do Brasil compete: I - dar su-
porte à instalação e à manutenção de unidades
mediante a celebração de convênios ou parce- São requisitos para se estabelecer um
ria entre o MS, a FIOCRUZ e os Municípios. os
Estados, o Distrito Federal e Instituições;
63 programa de rastreamento para uma de·
terminada doença, EXCETO:
Alternativa C: CORRETA. Conforme trecho retirado
da portaria {PORTARIA N• 97 1, DE 15 DE MAIO ® o prognóstico da doença deve ser melhor, se
DE 201 2) que regulamente a Farmácia Popular: esta for d iagnosticada mais precocemente.
"Considerando que o Programa Farmácia Po- ® o teste para rastreamento deve ter alta sen-
pular do Brasil prevê a instalação de Farmácias sibilidade.
Populares em parceria com Estados, Distrito Fe- © a doença deve ter alta prevalência na popu-
deral, Municípios e instituições, bem como com lação sob estudo.
a rede privada de farmácias e drogari as~
Alternativa D: INCORRETA. Ainda seguindo a porta- Alternativa A: CORRETA. Só vale a pena rastrear se
ria que regulamente a farmácia popular, a ques- compensar tratar a doença na forma precoce.
tão D está incorreta devido à expressão: .. . "SO-
2011 97
Alternativa B: CORRETA. O teste de rastreamento do Resfriado Comum se após três dias a grande
tem que ser sensível, ou seja, acertar o maior maioria dos indivíduos já está curada.
número de indivíduos com a doença mesmo
que ocorram alguns falsos positivos.
Alternativa C: CORRETA. Não vale a pena rastrear
doença rara. Temos que ter mentalidade de
saúde pública.
64 Em uma amostra aleatória de 500 indiví-
duos, foi encontrado que o peso corporal
médio era 72 kg, com desvio-padrão = 8 kg. As-
Alternativa 0: INCORRETA. Quest ão semelhante à sumindo que esta variável apresenta distribui-
prova de 201 O. Os exames de rastreio podem ção normal, qual é a probabilidade de encon-
ser financiados pelo governo, no entanto, não trarmos nesta amostra um indivíduo com peso
é uma condição imprescindível para a criação menor do que 56,3 kg ou maiordoque87,7 kg?
de uma estratégia de rastreio. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), as estra- ® 50%.
tégias para a detecção precoce são o diagnósti- ® 20%.
co precoce (abordagem de pessoas com sinais © 10%.
e/ou sintomas da doença) e o rastreamento @ 5%.
(aplicação de um teste ou exame numa popu- ® 2,5%.
lação assintomática, aparentemente saudável.
com objetivo de identificar lesões sugestivas 11>COMENTÁRIO: Quando uma variável apresen-
de câncer e encaminhá-la para investigação e ta padrão de distribuição normal, ela pode ser
tratamento). O teste utilizado em rastreamento calculada utilizando modelo de Gauss. A se-
deve ser seguro, relativamente barato e de fácil guir realizaremos os cálculos. Entendemos que
aceitação pela população, ter sensibilidade e muitos da área médica tem '"aversão'" a cálcu-
especificidade comprovadas, além de relação los. Para os concuseiros X-men deixo o modo
custo-efetividade favorável. exato para obtenção de valores (abaixo). Para
Alternativa E: CORRETA. A doença deve ser grave os meros mortais (como nós da equip e) segue
para compensar os investimentos em Rastreio. um modo simples de Cálculo através da curva
Que interesse teríamos em estudar o rastreio de percentis.
0.003% 0.003%
95.44%
P (X> 87,7) = P (Z > 87,7 • 72 I 8) = 1,96 => Alternativa A: INCORRETA. Os vereadores são os in-
1-A(1,96=vide Tabela) 0,975 => 97,5% tegrantes das Comissões da C3mara Municipal
Neste calculo observamos que 97,5% dos in· de Saúde. O QUE ~ UMA CÂMARA MUNICIPAL?
díviduos estão abaixode 87,7kg. Interpreta-se Toda C3mara Municipal é um órgão legislativo,
que 2,5% Estão acima de 87,7kg. responsável pela elaboração de leís, visando o
bem estar e a organização social de uma cida-
o .........,._ ,.,••,._, , _ , _ _ .,..,:;.•1 • ""4..:t
de. COMO SÃO FORMADAS AS CÂMARAS MU-
···---·-· ·- -"··--·-·
··!?li··-·i;~···.......... ........................... NICIPAIS? São formadas por cidadãos eleitos
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pelo povo, em pleito regular, que investidos
de mandato, constituem o Poder legislativo.
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- !:: :::.:: :::::: : : : ::::: COMO SE ESCOLHE UM VEREADOR? Todos os
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Alternativa 8: CORRETA. Segue trecho abaixo ex-
traído do CONASS (Conselho Nacional de Se-
quitários de Saúde).
"Nesse sentido, a APS (Atenção Primária a Saúde)
vem demonstrando ser um elemento-chave na
A Atenção Básica caracteriza-se por um constituição dos sistemas nacionais de saúde~
65 conjunto de ações de saúde, no âmbito com capacidade de inl/uirnos indicadores de saú-
2011 99
de e com grande potencial regulador da utiliza- preenchimento das causas do óbito nos cam-
ção dos recursos de alta densidade tecnológica, pos I e 11 da DO:
garantindo o acesso universal aos serviços que
tragam reais beneffcios a saúde da população A ® Causa imediata ou terminal, Causa básica da
Política Nadanal de Promoção da Saúde (PNPS): morte, Causa intermediária, Causa intermediá-
a) utiliza um conceito ampliado de saúde, visan- ria, Outros estados patológicos significativos
do promover a qualidade de vida, a eqüidade, e que contribuíram para a morte, relacionados
reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacio- com o estado patológico que a produziu.
nados aos seus determinantes e condicionantes ® Causa imediata ou terminal, Causa interme-
-modos de vida, ambiente, educação, condições diária, Causa intermediária, Causa básica da
de trabalho, moradia, lazer, cultura e acesso a morte, Outros estados patológicos significati-
bens e serviços essenciais.• vos que contribuíram para a morte, não relacio-
Alttrnatlva C: CORRETA. Ainda de acordo com a CO- nados com o estado patológico que a produziu.
NAS$, a Atenção Básica participa de promoção © Causa básica da morte, Causa imediata ou
de saúde, prevenção de agravos e vigilância a terminal, Causa i ntermecl i~ria, Causa interme-
saúde. ~.. garantia do integralidade do atenção diária, Outros estados patológicos significati-
por meio da realização de ações de promoção da vos que contribuíram para a morte, não relacio-
saúde, prevenção de agravos e curativas; e da ga- nados com o estado patológico que a produziu.
rantia de atendimento da demanda espontdnea, @ Causa intermediária, Causa imediata ou ter-
da realização das ações programáticas e de vigi- minal, Causa básica da morte.
lância à saúde"; ® Causa imediata ou terminal, Causa básica da
Alttrnativa D: CORRETA. A descentralização é uma morte, Causa intermediária, Outros estados pa-
medida revelante no planejamento em saúde. tológicos significativos que contribuíram para a
O município tem posição de destaque na esfera morte, relacionados com o estado patológico
da Atenção Básica. O Manual do CONASS abor- que a produziu.
da esse principio: ": . . A Atenção primaria visa
promoção e desenvolvimento de ações interse- 1J> COMENTARIO:
toriais, buscando parcerias e integrando projetos Alternativa 8: CORRETA. A Sequência Correta é:
sociais e setores afins, voltados para a promoção Parte 1: Linha a (causa imediata ou terminal ->
da saúde, de acordo com prioridades e sob a coor- Linhas b e c (causas intermediárias) -> Linha d
denação da gestão municipal" (Causa básica). Em sequência preencher parte
Alttrnativa E: CORRETA. Na Atenção Prim~r ia parti- 11.
cipam, por meio de convênio, tanto a assistên- Para preencher adequadamente a DO, o mé-
cia a Saúde Pública e Privada. "A modalidade dico deve declarar a causa básica do óbito em
de Convênio é um instrumento utilizado para último lugar (parte I - linha d), estabelecendo
formalização do acordo de vontades entre en- uma sequência, de baixo para cima, até a causa
tidades do setor público (União, Estados e mu- terminal ou imediata (parte I - linha a).
nicfpios) e, ocasionalmente, entre entidades do Na parte 11, o médico deve declarar outras con-
setor público e instituições do setor privado, dições mórbidas pré-existentes e sem relação
com vistas à realização de programas de traba- direta com a morte, que não entraram na se-
lho ou de eventos de interesse reciproco, em quência causal declarada na parte I.
regime de mútua cooperação". Relembrando:
CAUSAS DA MORTE PARTE I
Doença ou estado mórbido que causou direta-
A Declaração de Óbito (DO) é o docu- mente a morte
66 mento-base do Sistema de Informações
sobre Mortalidade do Ministério da Saúde CAUSAS ANTECEDENTES Estados mórbidos, se
(SIM/MS). É composta de três vias numeradas existirem, que produziram a causa acima reg is-
sequendalmente, fornecida pelo Ministério da trada, mencionando-se em último lugar a causa
Saúde e distribufda pelas Secretarias Estaduais básica PARTE 11 Outras condições significativas
e Municipais de saúde conforme fluxo padro- que contribuíram para a morte, e que não en-
nizado para todo o país. Sequência correta de traram, porém, na cadeia acima
__ ___
_.. __....
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iiiôl"iT -
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•I Cto-..lrN'oltln .., •~ --- -
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,_..,,..,. P•l~.-. llf'l"blhM q.- cartr b.u.,-
...................... ,..,.d.......
---------------- 1COfl t etf•JO f\llelllltO qUII l l l. .lla
......... --.......
---·------
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--
c.....~,.~ ..
•I C•n,•opau n•""•"'"''
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·LI~~·~·-·~-"-''~"-'-"'-'-'"----------------------~1-''-'-"~"'-4----~
,......_, ...
--.;....,....._,.._.....,
0....~ ........... - ! Necplasut mah8n• dl proslala !2meus
O código d~ Class.ifK:ação lntt!rnacional d~ Doenças nolativo a cada diagnóstico será p~nchido pdos
codificadorcs da Secretaria de Saúde.
.. COMENTARIO: Alternativa E:"O MAIS CORRETO' . Questão Diret a-> CAUSA EXTERNA~ IGUAL A IML
(Instituto médico Legal- Aos cuidados do Médico Legista). O motivo da anulação da questão é o
fato d e "Levar o pacient e direto para o IML~ Há uma séria de i ncoerências na quest ão que discuti-
remos separadamente:
1. A unidade enviada foi a Básica (enfermei ro+ técnico em enfermagem) que, para a magnitude do
acidente (queda de três andares), d everia ter sido solicitado a Unidade Avançada (Médico, Enfer-
meiro, Tec. Enfermagem e suporte de UTI).
2. Concordamos que o médico do IML deve fornecer o Laudo, no entanto, o individuo (mesmo com
sinais de morte) deveria ter sido removido para u ma u nidade com médicos.
Vide trecho do Manual sobre declaração de óbito por causa externa (do qual foi reproduzido a
questão).
"Segundo a definição, óbito por causa externa é aquele que ocorre em consequência direta ou indi-
reta de um evento lesivo (acidental, não acidental ou de intenção indeterminada). Ou seja, decorre
de uma lesão provocada por violência (homicídio, suicídio, acidente ou morte suspeita), qualquer
que seja o tempo decorrido entre o evento e o óbito. O fato de ter havido internação e ciru rgia e o
óbito ter ocorrido 12 dias depois não interrompe essa cadeia. O importante é considerar o nexo de
causalidade entre a queda que provocou a lesão e a morte. O corpo deve ser encaminhado ao IML
e a DO emitida por médico legi sta. QUESTAO ANULADA
_____
Veja exemplo de preenchimento na DO:
------
.... _
. .....
,..,_,
,.
,,...
Ol:ltnpce er.300~QLC •I E441"'11 w rebnl
m. "'
,,...
CA.1..1814ANT'lcaKHTtS
&:s.::cs aoollet, S! -~
Oo:e DIC1l.oZ!rtm I ta$1 oiiÔ!'It
l'e--bfl~.. ~ mr .. - c
...,_ "CCIr I Ca.llol ~lllea
""''"
abl~~lt>üQI.lle ' " =.::
lllo --
~ Defll ..ot\1 t O;lt
-••::;•_____________..____.__ _,
2011 103
Botulismo
Carbúnculo ou Antraz
Para incluir novas doenças e agravos Cólera
74 em uma lista de doenças de notificação
compulsória, NÃO é levada em consideração à
Coqueluche
Dengue
magnitude, Difteria
Doença de Creutzfeldt - Jacob
@ o potencial para causar surtos e epidemias, Doenças de Chagas (casos agudos)
os compromissos internacionais, a transcen- Doença Meníngocócica e outras Meningi-
dência. tes X.Esquistossomose (em área não endê-
® o potencial de disseminação, a vulnerabili- mica)
dade, a transcendência. Eventos Adversos Pós-Vacinação
© o potencial de disseminação, os compromis- Febre Amarela
sos internacionais, a transcendência. Febre do Nilo Ocidental
@ o potencial para causar surtos e epidemias, a Febre Maculosa
disseminação, os compromissos internacionais, Febre Tlfoide
a transcendência. Hansenfase
® o potencial para causar surtos e epidemias, Hantavirose
a disponibilidade de vacinas ou tratamentos, os Hepatites Virais
compromissos internacionais. Infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana - HIV em gestantes e crianças ex-
~ COMENTARIO: QUESTÃO ANULADA • Questão postas ao risco de transmissão vertical XX.
mal elaborada que no próprio enunciado apre- lnOuenza humana por novo subtipo (pan-
senta uma informação incoerente ao citar que a dêmíco)
"Magnitude" não é levada em consideração nas Leishmaniose Tegumentar Americana
doenças de notificação compulsória. Segue o Leishmaniose VísceraI
trecho da portaria do Ministério da Saúde: Leptospirose
PORTARIA N° 1.271, DE 6 DE JUNHO DE Malária
2014 Meningite por Haemophilus inOuenzae
Define a Lista Nacional de Notificação Com- Peste
pulsória de doenças, agravos e eventos de Poliomielite
saúde pública nos serviços de saúde públicos Paralisia Flácida Aguda
e privados em todo o território nacional, nos Raiva Humana
termos do anexo, e dá outras providências. Rubéola
Síndrome da Rubéola Congênita
Art. V (Capitulo 1): ... situação que pode cons- Sarampo
tituir potencial ameaça à saúde pública, como Sífilis Congênita
106 Preparatóriopara Residén<iaMédi<a SUS/SP
IV. Eplzootl as e/ou morte de animais que po- Alternativa A: INCORRETA. Matematicamente fa-
dem preceder a ocorrência de doenças em lando, o desvio padrão é a raíz quadrada da
humanos: variância.
a. Epizootias em primatas não humanos Alternativa B: INCORRETA. A área sob a curva é igual
b. Outras epizootias de importância epide- a 100%.
miológica Alt ernativa C: INCORRETA. 95,44% dos valores estão
dentro do intervalo da média + ou - 2 desvios
Resultados laboratoriais devem ser notifica- padrão.
dos de forma imediata pelos Laboratórios de
2011 107
_,1
\ de câncer e 7,6 milhões de mortes pela doença
~ em todo o mundo ocorreram em países em de-
senvolvimento. Em 2008 a incidência deCAem
mulher se dava conforme item B (1· Mama, 2·
Colo Uterino 3· Pulmão, 4· Estômago, 5· Cólon/
reto. Para atualidade, houveram algumas mu·
68,26% => 1 desvio danças que devem ser memorizadas conforme
95,44% => 2 desvios os..taciGs at<~aUzaclos paoa ~ 1 6< · · · · · · · · · · · ·
99,73% => 3 desvios
Ambos os Sexos: Pele Não Melanoma (29% do
Na figura acima, tem as barras na cor marrom estimados).
representando os desvios padrões. Quanto
mais afastado do centro da curva normal, mais Homens (retirando pele não melanom a):
área compreendida abaixo da curva haverá. A 1. Póstata
um desvio padrão, temos 68,26% das observa· 2. Pulmão
ções contidas. A dois desvios padrões, possui· 3. Cólon e reto
mos 95,44% dos dados compreendidos e final· 4. Estômago
mente a três desvios, temos 99,73%. Podemos S. Cavidade Oral.
concluir que quanto maior a variabilidade dos
dados em relação à média, maior a probabili· Mulheres (exceto Pele não Melanoma):
dade de encontrarmos o valor que buscamos 1. Mama;
embaixo da normal.
108 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
2. Cólon e Reto (em 2008 o segundo mais in- Na construção de um teste de hipóteses,
cidente era o de colo de útero).
3. Colo de útero.
78 para análise estatística, é INCORRETO
afirmar:
4. Pulmão
S. Estômago. @ O poder do teste estatístico é influenciado
I Resposta: ® pelo tamanho da amostra.
® O poder do teste estatístico é igual ~ proba-
bilidade de se rejeitar HO, quando Ha é verda-
A avaliação segundo intenção de trata- deira.
77 mento é uma estratégia de análise utili-
zada em:
© O valor de p mede a probabilidade de rejei-
tarmos HO, quando HO é verdadeira.
@ O nível de significãncia estatística é a pro-
@ ensaios clínicos, com a finalidade de permitir babilidade de cometermos um erro estatfstico
a análise de grupos não homogêneos. tipo 11.
® estudos caso-controle, permitindo a minimi- ® O nfvel de significáncia estatfstica é a pro-
zação de viés de seleção. babilidade de cometermos um erro estatístico
© ensaios clínicos randomizados, com a fina- tipo I.
lidade de permitir a análise das perdas de se-
guimento. Alternativa A: CORRETA. Tamanhos amostrais au-
@ estudos de coorte, com a finalidade de per- mentam a confiança do estudo empoderando
mitir a análise das perdas de seguimento. o teste estatístico.
® ensaios clínicos randomizados, sendo que Alternativa 8: CORRETA. Definição correta de Poder
sua completa aplicação só é possível se houver do Teste Estatfstico.
dados disponíveis sobre a evolução (desfecho) Alternativa C: CORRETA. Definição correta de "Valor
de todos os pacientes que foram randomizados. de P'.
Alternativa D: INCORRETA. (como solicitado na
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser utilizada questão). Em estatfstica um resultado tem
em ensaios clínicos, a '1ntenção de tratar"é uma signiticância estatística se for improvável que
ferramenta que avalia desfechos de um grupo tenha ocorrido por acaso. Mais concretamen-
previamente Randomizado (na Randomização te, a significância está relacionada ao nível de
já houve a homogeneização). confiança ao rejeitar a hipótese nula quando
Alternativa 8: INCORRETA. Não é uma ferramenta esta na verdade é verdadeira (erro do tipo 1).
utilizada em casos controles, mas em ensaios Alternativa E: CORRETA. A significãncia estatística
clínicos. representa a probabilidade de que um resulta-
Alternativa C: INCORRETA. Um item atraente! No en- do similar seja obtido se toda a população fosse
tanto está incorreto pois o "intention-to-treat" testada.
ele inclui as perdas mas não analisa especifica-
mente estes indivfduos.
Alternativa D: INCORRETA. Faz Menção a Estudos de Pesquisadores estão interessados em
Coorte.
Alternativa E: CORRETA. Os resultados dos ensaios
79 avaliar a associação entre peso ao nas-
cimento e desenvolvimento de obesidade na
clfnicos podem ser analisados considerando-se vida adulta. Os desenhos de estudo mais apro-
dois possíveis conjuntos de dados. O primeiro priados para esta avaliação são:
inclui toda a população randomizada, indepen-
dentemente de desistências, perdas ou falta de @ ensaio clínico e estudo caso-controle.
adesão ao tratamento, é definido pela intenção ® estudo ecológico e estudo transversal.
de tratar, referido pela sigla ITT (intention-to- © estudo de coorte retrospectivo e estudo
-treat). O segundo conjunto inclui somente os ecológico.
pacientes que completaram o tratamento e ® estudo transversal e estudo de coorte retros-
que não cometeram nenhuma violação de pro- pectivo.
tocolo; é um subconjunto do anterior. referido ® estudo de coorte prospectivo e estudo ca-
pela sigla PP (per-protocol). so-controle.
2011 109
Alternativa A: INCORRETA. Para o desenho de estu· Esse valor de"r" é o risco relativo entre consumo
do solicitado (observacional}, não é necessário de carne vermelha e valores de fndice de Massa
o modelo de ensaio clínico que tem como obje· Corpórea. Um valor de r < 1,O (p:0,03 ·>confere
tivo intervenção. significado estatístico) mostra que a exposição
Altornativa 8: INCORRETA. Estudos ecológicos e (consumo de carne vermelha) tem papel PRO·
transversais são ferramentas que reproduzem TETOR em relação ao desfecho (nível de IMC).
uma fotografia da situação, avaliam um único ·o risco relativo (RR), também chamado de ra·
momento específico, portanto não se adequam zão de incidências ou razão de risco, expressa
para avalíar desfechos futuros. uma comparação matemática da probabílída·
Alternativa C: INCORRETA. Se o estudo quer saber de do risco de adoecer entre grupos de expos-
se os indivíduos vão se tornar obesos, não há tos e não-expostos a um determinado fator em
sentido de fazer um desenho retrospectivo. O estudo. O cálculo é feito a partir da divisão do
estudo ecológico (tempo delimitado e estuda risco no grupo de expostos pelo risco do grupo
populações) também é uma modalidade que de nâo·expostos."
não de adequa. A interpretação dos valores do risco relativo
Alternativa D: INCORRETA. Como dito previamente, é a seguinte: • Quando o RR é menor que 1, a
estudo transversal é uma FOTOGRAFIA da si· associação sugere que o fator estudado teria
tuaçâo, sendo uma ferramenta ruim para asso- uma ação protetora;* Quando o RR apresenta
ciação causa e efeito. valor igual a 1, temos ausência de associação; •
Alternativa E: CORRETA. Conforme o enunciado, Quando o RR é maior que 1, a associação suge·
precisamos "avaliar" a associação entre peso re que o fator estudado seria um fator de risco;
ao nascer e obesidade adulta. Diante desta quanto maior o RR, maior a força da associação
solicitação, o desenho do estudo adequado é entre exposição e o efeito estudado.
observacional (não necessita de intervenção} e Alternativa 8: INCORRETA. Consumo de carne ver·
prospectivo, tornando a alternativa ECorreta. mel ha não mostrou associação com obesidade.
Alternativa C: INCORRETA. Como dito no comentá·
rio da questão consumir carne vermelha é fator
Um estudo realizado em 15 países euro· protetor.
8O peus para avaliar a relação entre o con·
sumo de carne vermelha (kg/percapita/ano) e
Alternativa D: INCORRETA. O estudo não evidenciou
associação entre consumo de carne vermelha
o índice de massa corpórea (IMC), encontrou e obesidade, mas tal dieta como fator protetor.
uma correlação positiva, com um r = 0,80 (p Alternativa E: INCORRETA. Como os demais itens,
= 0,03}. Com base nestes resultados, é correto peca em dizer que consumo de carne é fator de
afirmar que: risco (obesidade) e não protetor.
vez que aumenta o tempo de exposição estro- Altornativa E: INCORRETA. Esse processo é estimula-
gênica. do pela ligação do FSH aos receptores presen-
A"ornativa D: INCORRETA, pois primeiro parto antes tes na célula da granulosa.
dos 25 anos protege contra câncer de mama.
A"ornativa E: INCORRETA. pois obesidade é fator
de risco para câncer de mama, não de colo de Com relação à síndrome dos ovários poli-
útero. 85 císticos, é correto afirmar:
nismo e, mesmo que ele ocorra, pode ser apenas Alternativa B: INCORRETA. AINHs são adjuvantes no
clínico, com dosagens laboratoriais normais. controle álgico e térmico, porém não tratam a
etiologia do problema: antibioticoterapia é fun·
da mental.
Mulher de 22 anos, solteira, previamente Alternativa C: INCORRETA. Em razão do custo da
86 saudável. dá entrada em atendimento de
urgência com queixa de dor em baixo ventre há
laparoscopia e pela boa predição do diagnósti·
co com critérios clínicos, laboratoriais e de ima-
cerca de uma semana. Nega alterações uriná· gem, é razoável iniciar terapia antimicrobiana
rias ou gastrointestinais. Está no 8• dia do cíclo com base no diagnóstico clínico. Tratamento
menstrual e a última menstruação normal se cirúrgico (dentre os quais, laparoscopia e dre·
encerrou há cerca de 4 dias. Questionada, refe- nagem guiada por imagem se destacam) só
riu parceiro sexual masculino único há três me· está indicada quando há falha do t rat amento
ses, fazendo uso do coito interrompido como clinico ou, eventualmente, em quadros sépti·
método anticoncepcional. Apresent a BEG, cos graves.
temperatura axilar de 38,1 •c, dor a palpação Alternativa D: INCORRETA. Novamente, o tratamen-
do abdome inferior, com descompressão brus· to cirúrgico só está indicado quando há falha
ca negativa e ruldos hidroaéreos presentes. Ao do tratamento clinico ou em quadros sépticos
exame ginecológico, colo uterino hiperemia- graves.
do e presença de leucorreia amarelada. Toque Alternativa E: CORRETA. O quadro clinico é muito
vaginal: dor importante à mobilização do colo sugestivo de doença inflamatória pélvica agu-
uterino, sem massas palpáveis. Neste caso: da e a antibioticoterapia empírica é a melhor
abordagem terapêutica inicial para a maioria
® a doença inflamatória pélvica aguda não é dos casos; segundo o CDC, a principal opção te-
a primeira hipótese diagnóstica para este caso, rapêutica parenteral utiliza cefoxitina associado
pois a paciente apresenta parceiro sexual único. a doxiciclina e, em casos de abscesso tubo-ova-
® o tratamento com anti-inflamatórios não es- riano, associa-se clindamicina ou metronidazol.
teroidais é suficiente em função de se tratar de
quadro de salpíngíte aguda leve autolímítada.
© a conduta imediata deve ser a laparoscopia Para casos cuja citologia cervicovaginal
de urgência para diagnóstico de certeza antes
de se instituir antibioticoterapia.
87 realizada em exame ginecológico de ro-
t ina de mulheres saudáveis na Unidade Básica
@ após Início da antibíoticoterapía, deve-se de Saúde (UBS) revela resultado •citologia de
realizar laparoscopia de urgência para firmar lesão intraepitelial de baixo grau" ou •citologia
diagnóstico de certeza e, na presença de abs· de lesão intraepitelial de alto grau: a melhor
cessos pélvicos, procede-se à respectiva drena· conduta inicial é:
gem.
® o quadro clínico é bastante sugestivo de ® Citologia cervicovaginal compatível com
doença inflamatória pélvica aguda e a antibio- lesão intraepitelial: baíxo grau - realizar colpos-
ticoterapia empírica é a melhor abordagem te· copía com biópsia dirigida/alto grau • realizar
rapêutica inicial para a maioria dos casos desse cauterização cervícouterina imediata.
tipo. ® Citologia cervicovaginal compatível com Ie·
são intraepítelial: baixo grau- repetir a citologia
Alternativa A: INCORRETA. Caso clínico típico de em seis meses na UBS/alto grau • realizar col-
doença inflamatória pélvica aguda. A multipli poscopia com biópsia dirigida.
cidade de parceiros sexuais aumenta o risco. © Citologia cervicovaginal compatível com le-
porém não é condição indispensável para sua são intraepitelial: baixo grau- repetir a citologia
ocorrência. Anamnese sexual, ainda mais em em seis meses na UBS/alto grau - repetir a cito-
setor de urgência, não pode ser totalmente logia em seis meses na UBS.
confiável; e o parceiro pode ter outro contato @ Citologia cervicovaginal compatível com le-
sexual; além da possibilidade de latência dos são in traepitelial: baixo grau- repetir a citologia
microrganismos causadores (principais: gano- imediatamente na UBS/alto grau- realizar col-
coco e clamldia) ser m uito variável. poscopia com biópsia dirigida.
201 1 113
... COMENTÁRIO: Questão fácil, porém polêmica. ... COMENTÁRIO: Não há indicação de realizar
Diferentes locais podem ter abordagens distin- ultrassonografia pélvica como método de ras-
tas às alterações de colpocitologia oncológica. treamento; não há redução de morbimortalida-
No entanto, a maioria dos concursos públicos e de por neoplasias ginecológicas, não substitui
provas de residência médica utilizam as diretri- anamnese e exame físico, favorece o aumento
zes do Ministério da Saúde e do INCA, publica- de condutas iatrogênicas e gera ansiedade des-
das em 2011 e atualizadas em 2016. necessária nas pacientes.~ um hábito que surgiu
Alternativa A: INCORRETA. Lesão intraepitelial de pela redução do tempo disponfvel para consul-
baixo grau - repete citologia após seis meses; t as- sobretudo na saúde suplementar- e como
se persistência, considera-se a realização de documentação para a •Medicina Defensiva".
colposcopia. Lesão intraepitelial de alto grau - Alternativa A: INCORRETA. Não há benefício em
realizar colposcopia com biópsia dirigida. realizar tratamento clinico em miomas assinto-
Alternativa 8: CORRETA. Lesão intraepitelial de bai- máticos. Análogos do GnRH Induzem um status
xo grau - repete citologia após seis meses. Le- hipoestrogênico que pode ter graves conse-
são intraepitelial de alto grau - realizar colpos- quências para a mulher: desde fogachos, até
copia com biópsia dirigida. redução de massa óssea, por exemplo.
Alternativa C: INCORRETA. lesão intraepitelial de alto Alternativa 8: INCORRETA. Não há benefício em rea-
grau não deve manter seguimento com citolo- lizar tratamento clínico ou cirúrgico em mio mas
gia: deve ser encaminhada para colposcopia. assintomáticos; o procedimento tem alguma
Alternativa D: INCORRETA. Lesão intraepitelial de morbidade e o risco de degeneração maligna é
baixo grau - não há benefício em repetir a cito- ínfimo. Miomectomia está indicada para casos
logia imediatamente; recomenda-se aguardar de miomatose uterina sintomática com desejo
seis meses. Nesse período, podem ser investi- reprodutivo e falha do tratamento clínico.
gadas e t ratadas outras causas de alteração de Alternativa C: INCORRETA. Não há benefício em rea-
citologia (vulvovaginites, atrofia ...). lizar tratamento cirúrgico em miomas as.sinto-
Alternativa E: INCORRETA. lesão intraepitelial de máticos; o risco cirúrgico é muito maior que o
baixo grau - repete citologia após seis meses. risco de transformação maligna. É uma cirurgia
Lesão intraepitelial de alto grau em citologia sem indicação e que pode implicar em compli-
merece investigação complementar (colpos- cações para a paciente - como qualquer pro-
copia com biópsia dirigida) para, conforme cedimento- mas ainda mais por ela ser obesa.
achado histológico, adequada programação Alternativa D: CORRETA. O seguimento clínico é o
terapêutica. mais importante. Eventualmente, a comple-
mentação com ultrassonografia pode ser útil
nos casos em que o exame físico é difícil (por
Mulher de 46 anos, 3G 3P OA, obesa, as- exemplo, devido a obesidade).
88 sintomática, é submetida a exame de ul-
trassonografia pélvica sob alegação de •exame
Alternativa E: INCORRETA. Não há benefício em
realizar tratamento clinico em miomas assin-
de rotina~ no qual se relata útero com volume tomáticos.
aumentado com 164 em' e presença de nódulo
miometrial ovalado bem delimitado de localiza-
ção subserosa em região fúndica posterior e me- Com relação à endometriose, é correto
dindo cerca de 4,5 em de diâmetro, de aspecto
sugestivo de mioma. A conduta adequada é:
89 afirmar:
GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11
Considere duas mulheres que desejam JULIANA GIROITI SPERANDIO
90 método anticoncepcional: Caso A: 37
anos, t abagista de 20 cigarros por dia, dois fi·
lhos por parto vaginal. Caso B: 32 anos, nu liges- Gestante de 22 anos, sem doenças, inter-
ta, antecedente de t rombose venosa profunda
há alguns anos. levando em conta apenas as
91 nada há dois dias por quadro de rotura
prematura de membranas, é encaminhada ao
2011 115
centro obstétrico em trabalho de parto, com 35 semanas. Sobre a profilaxia de infecção neonatal
pelo Estreptococo do Grupo B (EGB) nesta paciente, é CORRETO afirmar:
~ COMENTÁRIO: Questão importante sobre profilaxia contra infecção neonatal por Streptococcus
agalactie.
Alternativa A: CORRETA. Atualmente, preconiza-se a realização de dose de ataque, seguida pela dose
de manutenção, quando indicada profilaxia. A droga de escolha para profilaxia contra o EGB é a
penicilina G cristalina, 5 milhões UI endovenoso no ataque seguida de manutenção, com 2,5 mi·
lhôes UI a cada 4hs até o parto. Na indisponibilidade da penicilina, utiliza-se ampicilina 2 gramas
endovenosa como dose de ataque, seguida por ampicílina 1 grama de manutenção a cada 4 horas
desde o início do trabalho de parto até a ultimação do mesmo.
Alternativa 8: INCORRETA. Relembremos as indicações de profilaxia contra infecção por SGB em caso
de ruptura prematura de membranas ovulares:
prematuridade (gestação menor que 37 semanas), sem pesquisa de SGB recente (menos de 5
semanas);
filho anterior acometido por sepse neonatal;
urocultura positiva para SGB nesta gestação;
pesquisa positiva para SGB com swabvaginal e anal, durante esta gestação;
cultura vaginal/reta! negativa com algum dos fatores: prematuridade (menor que 37 semanas);
ruptura prematura de membranas ovulares maior que 18 horas; febre intraparto sem outros
focos evidentes.
I. A depressão pós-parto ocorre em 1% das pacientes, com intensidade máxima nos primeiros
seis meses.
11. A psicose puerperal é rara e autolimitada, porém a mãe deve ser afastada do recém-nascido
durante a fase mais intensa dos sintomas.
111. Mais de 70% das mulheres com psicose puerperal têm um episódio subsequente e a medica·
ção de escolha, quando necessária durante a amamentação, sáo os inibidores da monoami·
no-oxida se.
IV. O blues puerperal ocorre em cerca de 85% das puérperas e desaparece espontaneamente em
até duas semanas.
bacia menor (ou bacia obstétrica). Esta é constituída por três estreitos, e cada estreito possui diâ-
metros ou oblíquos de maior importância, ressaltados abaixo:
1. estreito superior: conjugata anatômica (promontórios suprapúbicos) que mede 11 em; conju-
gata obstétrica (promontório púbico mínimo) que mede 10,5 a 11 em;
2. estreito médio: diâmetro bi-isquiático, que mede 10,5 em, que é o diâmetro mais estreito do
canal de parto;
3. estreito inferior: conjugara êxitus, que é formada pela associação entre o diâmetro cóccix-
·subpúbico de 9,5 em e 2 a 3 em a mais após a retropulsão do cóccix na fase final do trabalho
de parto;
O vício pélvico ocorre quando os diâmetros da bacia menor são menores do que o mínimo ne-
cessário para passagem do concepto durante o trabalho de parto. A questão deseja saber quais
diâmetros descritos não favorecem o parto vaginal, configurando possível vício pélvico.
Altornatlva A: INCORRETA. O diâmetro conjugata obstétrica (diâmetro promontório púbico) mlnimo
deve ser de 10,5 a 11 em para bom prognóstico do parto vaginal, como afirma a alternativa. O
quadrilátero de Michaellis (projeção cutânea do sacro avaliado durante a pelvimetria externa) deve
ter suas diagonais medindo 11 em e 1Oem (as.simétríco portanto) para a boa evolução do concepto
durante o trabalho de parto. Vide figura abaixo, reti rada do livro Zugaib Obstetrícia, 2• ed. _ __
11
I
I
I
<I
qualquer maneira, para diagnóstico de trabalho de parto nesse caso, deve-se reavaliar a paciente
em 1 a 2 horas, já que, por definição, o trabalho de parto consiste em "contrações regulares que
modificam o colo em um período de tempo~
Após estas considerações, percebemos que o autor tem a intenção de caracterizar uma gestante
em inicio de trabalho de parto prematuro (TPP). A conduta nesses casos é:
diagnosticar se o TPP é inibfvel: abaixo de 34 semanas, ausência de ruptura prematura de mem-
branas ovulares, colo com esvaecimento não pronunciável ;
realizar tocólise com betamiméticos ou antagonistas de ocitocina;
realizar corticoterapia para maturação pulmonar com betametasona, já que se trata de pacien-
te em trabalho de parto prematuro e menos de 34 semanas;
realizar profilaxia para estreptococo do grupo B (quando não houver pesquisa com menos de
5 semanas);
pesquisar possíveis causas de TPP. em especial infecção urinária, corrimentos;
.,o 6 1. . I& ./ -1
-~ 5 ./ ./ o 1- 111
õ 4 I..- / IM +1
3 Â Â +2
2 +3
1 +4 L.. IV
Vulva
Diadelnido
19 20 21 22 23 24 01 02
Hora Real
Hora de 1 2 3 4 5 6 7 8
Registro
120 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
® variedade t ransversa na hora 3 do registro tal} está durando apenas 1 hora ainda. Sem
possui significado patológico. indicação de fórcipe neste momento.
® O fórcipe deveria ter sido locado na hora 8 Alternativa C: INCORRETA. A descida da apresenta-
do registro por período expulsivo prolongado. ção está respeitando a evolução do trabalho
© A morosidade da descida da apresentação de parto, sendo que na hora 5 o feto encon-
foi corrigida na hora 5 do registro. tra-se em -2 de De Lee e 6 em de dilatação, o
@ A amniotomia oportuna deve ter sido reali- que é esperado para fase ativa do t rabalho de
zada entre as horas 5 e 7 do registro. parto.
® Na hora 2 do registro, a paciente estava em Alternativa 0: CORRETA. A alternativa é correta,
pródromo de trabalho de parto. porém, com algumas considerações. A amnio-
tomia oportuna, de fato, é realizada entre 6 a
.. COMENTÁRIO: O partograma é uma ferramen- 8 em de dilatação, e poderia ter sido realizada
ta dentro da obstetrícia fundamental para o no intervalo indicado na alternativa. Porém,
acompanhamento da evolução do trabalho a amniotomia é indicada apenas quando há
de parto e diagnóstico de distocias. A cons- distocia funcional hipoatividade uterina. Para
trução do partograma deve ser realizada da isso, deveria ter sido demonstrada a parte do
seguinte maneira: cada divisória horizontal partograma onde se registram a qualidade e
(abscissa} deve corresponder a uma hora e quantidade de contrações uterinas, de modo
medir 1 em; cada vertical (ordenada) deve cor- a correlacioná-las com a fase do trabalho de
responder a 1 em de dilatação. À direita, deve parto, e saber se a mesma estaria indicada
constar a altura da apresentação, segundo De neste caso. De qualquer maneira, o autor da
Lee, em centímetros, tendo como referência a questão considerou como esta sendo a alter-
espinha ciática como altura zero (ponto mais nativa que responde o enunciado.
baixo da apresentação}. A primeira linha, linha Alternativa E: INCORRETA. Não é possível afirmar
de alerta, é traçada a partir da fase ativa da com certeza que a paciente apresenta-se em
dilatação (paciente com 4 em de dílatação e, pródromo de trabalho de parto neste momen-
em primíparas, dilatação de 1,2 em por hora). to, pois este é caracterizado como sendo uma
Quatro horas após, é traçada a linha de ação, fase inicial do trabalho de parto, onde ocor-
assim convencionada por representar o tem- rem contrações que modificam o colo uterino,
po máximo necessário para a transferência da porém não a cada hora, conforme a fase ativa.
paciente para um centro de referência onde O enunciado e partograma fornecem apenas
pudesse ser submetida à cesariana, em um a informação de que a dilatação se manteve
estudo realizado no Zimbawe, África, em 1972 igual nas duas horas analisadas, porém não
(14}. Avaliemos, então, as alternativas. descreve outras características do toque va-
Alternativa A: INCORRETA. Na hora 3 do registro, ginal (espessura do colo, localização etc.}, de
temos uma paciente no início do trabalho de modo que não se pode inferir se a paciente
parto, com a cabeça no plano -3 de de Lee. t apresenta-se ou não na fase latente (ou pró·
esperado que, neste momento, a apresenta- dromo} de trabalho de parto.
ção seja transversa, de maneira que a rotação
interna do polo cefálico ocorra apenas após a
insinuação (diâmetro transverso do polo cefá- O médico realiza acompanhamento
lico no plano Ode de Lee ou biciático}.
Alternativa 8: INCORRETA. Período expulsivo pro-
98 pré-natal de primigesta de 36 anos, sem
doenças de base, que desenvolveu quadro
longado é definido como: maior que 2 horas de doença hipertensiva específica da gesta-
em primíparas, sem analgesia de parto; maior ção (DHEG} com 34 semanas. Mesmo fazendo
que 3 horas em primfparas, com analgesia de uso de alfametildopa 2g por dia há 7 dias, a
parto; maior que 1 hora em multíparas, sem pressão da paciente em repouso alcança 160
analgesia de parto; maior que 2 horas em mul- x 100 mmHg em duas medidas, com interva-
típaras, com analgesia de parto. Temos uma lo de duas horas, sem outros sintomas. Ela se
primípara, sem analgesia, em que o período encontra com 37 semanas e o crescimento e a
expulsivo (momento a partir da dílatação to- vitalidade fetais estão normais. Deve-se:
2011 121
@ admi nistrar sul fato de magnésio pelo risco de evolução para eclãmpsia.
® indicar o parto pelo quadro clínico materno.
© manter a medicação anti-hipertensiva após o p art o, até controle pressórico.
@ solicitar biópsia renal após puerpério.
® introduzir pindolol para melhor cont role pressórico.
Alternativa A: INCORRETA. O sulfat o de magnésio est á indicado nas seguintes situações: iminência
de eclâmpsia (t ríade cefaléia, alterações visuais e epigastralgia}; eclâmpsia; pacientes com diag-
nóstico de DHEG grave em trabal ho de parto para profilaxia contra eclãmpsia. Consideram-se
critérios de gravidade: DHEG supera juntada; proteinúria acima de 5 g em 24 hs; pico pressórico
confirmado em 2 aferições com intervalo de 2 hs com a paciente em repouso (pressão sistólica
maior ou igual a 160 e/ou diastól ica maior ou igual a 110 mmHg); cianose ou edema agudo de
pul mão; oligúria menor que 400 m l/dia.
Alternativa 8: CORRETA. O part o é indicado com 37 semanas nos casos de DHEG grave (represent ada
neste caso por 2 medidas pressóricas 160X 100 mmHg}, com boa vitalidade fetal.
Alternativa C: INCORRETA. A fisiopatologia da DHEG tem origem na má placentação. com fal ha na
segunda onda de i nvasão t rofoblástica no miométrio, em que ocorre aumento da resistência das
artérias espiraladas, com aument o da resistência ao fluxo placent ário, desencadeando a pré-e-
clámpsia e seus sintomas. No parto, após a desquitação, não existe mais o fator que desencadeou
as alt erações fisiop at ológicas que levaram ao aumento pressórico. Dessa maneira, preconiza-se
suspensão de todas as medicações e cont role pretório d urant e o puerpério.
Alternativa D: INCORRETA. Não está indicada a bióp sia renal em uma situação de DHEG pura, em que
a paciente não apresente outros sin tomas sugestivos de doença renal concomitante.
Alternativa E: INCORRETA. O quadro de DHEG grave com 37 semanas i ndica resolução imediata da
gestação.
Médico at ende paciente em consulta ambulatorial, sem atraso menstrual. que t raz dosa-
99 gem quanti tativa de bet a-hCG = 1.500 mUI/ml (TPI) e ult rassonografia transvaginal com
ausência de saco gestacional int rautero, sem demais alterações (exames realizados no d ia an-
terior). Após exame físico, constata-se ausência de si nais sugestivos de gestação. Diagnóstico e
conduta:
Alternativa A: CORRETA. O b eta hCG acima de 2000 está condicionado a imagem intrauterina suges-
tiva de gestação. Dessa maneira, deve-se repetir o hCG quantitat ivo e ult rassonografia em 7- 14
dias, para reavaliação diagnóstica.
Alternativa 8: INCORRETA. Pelo explanado na letra A.
Alternativa C: INCORRETA. Não há nenhum indicio no enunciado sugerindo gestação molar, como
i magem com vesículas intrauterinas à ul trassonog rafia. hCG muito aumentado, sint omat ologia
clínica proeminente na paciente.
Alternativa D: INCORRlTA. Para suspeita de gestação ectópica, deve existir o hCG maior que 2000,
com ausência de imagem i ntrauterina, o que não representa o caso na questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como é p ossível esclarecer que o hCG está declinando se apenas uma
dosagem foi realizada?
122 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
Analise o partograma abaixo (VER IMAGEM). O parto representado: I. apresenta fase ativa
1OO protrafda; 11. deve ter distocia corrigida com ocitocina; 111. é tfpico de casos de despropor
ção fetopélvica; IV. apresenta dilatação cruzando inadvertidamente a linha de alerta. Est á correto
o que se afirma em:
Partograma
Nome RG Delee Hodge
10 ./ ./
9 ./ ./ · AM r
./ ./ -3
.. ..
8
o
·~~ 7 IC8 . /
C))
/ -2 r 11
sE 6 / ./ .1
.~~ ./ ./ o r 111
o
5
4
3
2
.. .. . '/ / +1
+2
+3
1 +4 '- IV
Vulva
Dia de lnldo
Hora Real
Hora de 1 2 3 4 5 6 7 8
Registro
Assertiva 1: INCORRETA. A fase ativa iniciou na hora 5 e, se considerarmos que o partograma de Fried-
man deve ser aberto no início da fase ativa, o partograma foi aberto antecipadamente. Consideran-
do então que a linha de alerta deve ser a partir da hora 5, a paciente apresenta evolução esperada
do trabalho de parto, e não apresenta evidências de fase atíva protraída antes do início da fase
ativa.
Assertiva 11: INCORRETA. Para caracterizar distocia funcional de hipoatividade e realizar correção com
medidas ocitocitas, devem estar representadas no partograma as contrações uterinas, a fim de cor·
relacioná-las com a evolução do trabalho de parto.
Assertiva liI: INCORRETA. Em casos de desproporção feto-pélvica, tipicamente apresenta-se um parto·
grama com dilatação total e período expulsivo prolongado, com falha na descida da apresentação.
Assertiva IV. CORRETA. A dilatação deve acompanhar a linha de alerta, e quando a ultrapassa, indica
provável distocia durante o trabalho de
parto. Nesse caso, porém, o partograma foi aberto antes do início da fase ativa (que iniciou na hora
5 aproximadamente), e a dilatação ultrapassa a li nha de alerta, nesse caso provavelmente por an-
tecipação na abertura do partograma.
I Resposta: ®
2012
® Portadores de doenças movem ações j udiciais contra o governo exigindo o medicamento com
base no artigo constitucional "A saúde é direito de todos e dever do Estado".
® Porque há lobby da indústria farmacêutica junto ao governo.
© Doenças raras exigem medicamentos novos e caros.
@ Por deficiência de planejamento das prioridades de gastos por parte dos gestores de saúde.
® Porque os portadores de doenças pedem para os médicos receitarem os medicamentos mais
novos.
Alternativa A: CORRETA. Existem diversos medicamentos de alto custo que habitualmente não são dis-
pensados pelo SUS. Os principais são Imunobiológicos e alguns Quimioterápicos. Medidas judiciais
estão se tornando mais comuns para aquisição desses insumos pelos usuários do sistema. Segue
trecho abaixo:
SACIO( N.l JUSn(A
Cltsot OvoWmt d• ~ tontr• O1'0~ POf !Mdic.lfnMto$ e tri&IIIMMO
871
.......
--·
+376% +347%
te-MO
727
10lO~W•10a.l ~~~-
JOI0 ....-201.11
"em cinco anos, a busca pelo direito à saúde le- ® O câncer de mama e o câncer de pulmão.
vou o Ministério da Saúde a repassar RS 2,3 filhos
para custeio de medicamentos e tratamento Alternativa A: INCORRETA. CA de Colo de útero não
após determinações judiciais: O valor é quase é o mais prevalente. Ca de Estômago apresenta
o dobro do total que o governo gasta por ano, alta letalidade.
com o"Mais Médicos". E fica pouco abaixo das Alternativa 8: CORRETA. Os tumores de pele são os
despesas do programa Farmácia Popular, que cânceres mais frequente no Brasil e correspon-
dá desconto para compra de medicamentos. de a 30% de todos os tumores malignos regis·
Só em 20 14, o valor repassado para cumprir de- trados no pais. Apresenta altos percentuais de
terminações judiciais foi de R$ 871 milhões- é cura, se for detectado precocemente. Entre os
a maior quantia já registrada por esse motivo. tumores de pele, o tipo não melanoma é o de
Em 201O, os gastos com demandas judiciais re- maior incidência. No tocante ao CA de próstata,
presentaram R$ 183 milhões. devido a sua baixa letalidade, atualmente tem
Alternativa 8: INCORRETA. Apesar da política brasi- se questionado seu rastreio, pois as pessoas
leira não dar exemplo no quesito honestidade, têm morrido de outras causas apesar de serem
até então não há um grande escândalo (Como a portadores de CA de Próstata ("Morrem com
"l ava-Jato") que mostre associação da indústria Câncer" e Não "Morrem por causa do Câncer").
farmacêutica e o governo. Alternativa C: INCORRETA. Apesar do CA de prósta-
Alternativa C: INCORRETA. Item apresenta uma afir- ta apresentar um comportamento indolente, o
mativa interessante. Doenças raras habitual- que torna a afirmativa incorreta é a presença do
mente têm tratamentos onerosos, no entanto, CA de pulmão como mais prevalente.
a sobrecarga do sistema está associada doen- Alternativa D: INCORRETA. Primeira parte correta:
ças mais prevalentes como canceres e doenças Pele não melanoma mais frequente. Segunda
autoimunes. parte Incorreta: CA de Colo de útero não tem
Alternativa D: INCORRETA. Outra afirmativa que traz baixa letalidade.
uma informação revelante1 no entanto, o pro- Alternativa E: INCORRETA. Duplamente incorreto.
blema não reside apenas na gestão de recursos, Mama é o mais frequente nas mulheres, não na
mas na disponibilidade de recurso mediante a população geral (repito: pele não melanoma).
grande demanda. Pulmão é um dos canceres mais letais.
Alternativa E: INCORRETA. Independente da de-
manda do paciente, o médico SEMPRE deverá
optar pela melhor forma de tratamento. Segue Um ensaio clínico foi desenhado para
trecho do código de ~tica Médica. Cap. I - Art.
04: "Ao Médico cabe zelar e trabalhar pelo per-
03 comparar a eficácia de dois regimes tera-
pêuticos com sulfato ferroso no tratamento da
feito desempenho ético da Medicina e pelo anemia na gravidez. As gestantes que aceitaram
prestigio e bom conceito da profissão". participar do estudo foram alocadas nos dois
grupos por meio de sorteio com o propósito de:
púb lica para as comunidad es onde ocorrem. ® Dengue, raiva h u mana, sarampo, periodon-
Os gestores de saúde t êm promovido medidas to p atia e leptospirose.
para d imin uir a alta letal idade por d engue q ue ® Dengue, raiva humana, sarampo, leptosp iro-
tem sido registrada. É mais eficaz na redução da se e caxumba.
letalidade por dengue: © Botulismo, dengue, raiva humana, sarampo
e leptospirose.
® Disponibilizar para a rede de serviços de saú- @ Dengue, raiva humana, sarampo, leptosp iro -
d e os testes sorológ icos e isolamento vira I para se e etilismo.
a confirmação laboratorial p recoce d o d iagnós- ® Botulismo, raiva humana, sarampo, etilismo
tico de dengue. e tabagismo.
® Instruir a rede de serviços de saúde a int er-
nar os casos de doença feb ril aguda com mais Alternativa A: INCORRETA. "Periodontopatia" não é
de sete d ias de duração. de notificação comp ulsória. Imagina o Caos d e
© Vacinar os contactantes dos casos confir- notificar toda "Cárie" e "Gengivite".
mados contra os quatro sorotipos do vírus da Alternativa 8: INCORRETA. Ap esar do nome estra-
dengue. n ho, · c axumba' não é d e notificação compul-
@ Garantir a disp onibilidade de antivirais e he- sória.
mod erivad os para a red e d e serviços para q ue Alternativa O: INCORRETA. Etilismo não é d e noti-
sejam administrados nos casos graves. ficação também. Seria inviável notificar todo
® Prever as epidemias, treinar equipes mult i- mund o q ue consumisse álcool.
disciplinares e organizar a rede de serviços de Alternativa E: INCORRETA. Tabagismo não é de no-
saúde antes d o in feio delas. t ificação compulsória. Da mesma forma que
etilismo, seria inviável notificar tod o tabagista.
Alternativa A: INCORRETA. Em tempos d e epid emia
de Dengue, não há necessid ade de confirmação Vide a Lista Atual de Notificação Compulsória
soro lógica para iniciar as medidas adequadas. (2016). É NECESSARIO MEMORIZAR
Alternativa 8: INCORRETA. Os indivíduos com doen- Usta Nacional d e Doenças e Agravos de Notifica-
ça febril aguda com mais d e sete duas d e evo- ção Compulsória
lução tem q ue ser in ternados e questionados Botulismo
sobre d iagnostico de DENGUE. Febre per si Carbúnculo o u Antraz
NÃO é sinal de gravidade na Dengue. Devemos Cólera
estar atent os para os indivíduos que evoluem Coqueluche
de forma g rave na DEFERVESCÊNCIA (24-48h Oengue
pós-feb re). Difteria
Alternativa C: INCORRETA. Não ha até o momento Doença de Creutzfeldt - Jacob
Vacina eficaz e disponível para a po p ulação. Doenças de Chagas (casos agudos)
Alg umas já se encontram na fase d e testes em Doença Meningocócica e outras Meningites
Humanos. Esquistossomose (em área não endêmica)
Alternativa O: INCORRETA. Seria uma resposta corre- Eventos Adversos Pós-Vacinação
ta se fosse uma questão sobre Hl N1. No ent an- f ebre Amarela
to, t rata-se de uma q uestão de Dengue e não Febre d o Nilo Ocidental
antivirais d isponíveis para esta p atologia. Febre Maculosa
Alternativa E: CORRETA. PREVENI R SEMPRE~ O ME- Febre Tifoide
LHOR REMÉDIO. As medidas eficazes para epi- Hanseníase
demias de dengue co nsistem em: 1) Oferecer Hantavirose
atendimento em saúde 2) Identificar as popu- Hepatites Virais
lações d e risco 3) Localizar o foco do mosquito Infecção pelo vírus da imunodeficiência hu-
e evitar novos focos. 4) Assistência dos casos mana - HIV em gestantes e crianças expostas
graves. 5) Notificação!!!
2012 127
® indireta da morte.
®terminal da morte.
© direta da morte.
@ inicial da morte.
® final da morte.
G U.o\1011-n: -------
-·-- •I
~--~-~--;;~~-~ . ~~--------------------~------L---_j
Causa Intermediária
·I ;,:,.._-;;;;:;;;;;,,,
J
----------------•LIC~k~··~·~·~··~·~•-••~m_oo~•----------------------~------L---_j
-----
--
.... ·-·------
MIOI •
Outros est,Cfos petolf>gKOI stgndiCõiiiYOI qu~ contr bulram
Os valores do coeficiente de mortalidade infantil indicam que, nas últimas décadas, a ten-
09
te de:
dência é de declínio no Brasil. No Estado de São Paulo essas mortes decorrem principalmen·
Alternativa A: CORRETA. Nos últimosanos, em relação à mortalidade infantil, o Brasil segue a tendência
dos países desenvolvidos. Devido às medidas sanitárias (saneamento básico e vacinação) a morta·
Iidade por causas infecciosas (diarreias, problemas respiratórios) tem sido reduzida. As melhora nas
condições sociais também colabora com a redução nos casos de morte por Desnutrição. Grandes
capitais (dentre elas São Paulo) apresentam o processo em estádio avançado em relação a cidades
do Norte-Nordeste.
2012 129
@ de casos novos de uma dada doença, en- Alternativa C: CORRETA. Lembrem-se INCID~NCIA =
quanto a prevalência se refere ao número de NOVO. Prevalência = PERTENCE (NOVO + ANTI·
casos pré-existentes dessa doença. GOS). Portanto, incidência de um doença não
® de casos pré-existentes acrescidos do nú- os casos novos no momento e a p revalência
mero de casos novos de uma dada doença, en- são os novos e os antígos.
quanto a p revalência se refere ao número total Alternativa D: INCORRETA. Conceito de Incidência
de casos dessa doença. Correto -> Casos NOVOS. Conceito de p reva·
lência incorreto (temos casos p ré-existente +
Alternativa A: INCORRETA. Lembre-se incidência casos novos).
são os casos NOVOS. Prevalência são os CA· Alternativa E: INCORRETA. lncídência não incluí ca·
50S TOTAIS. sos pré-existentes.
Alternativa 8: INCORRETA. Conceitos invertidos na
questão. Incidência => Casos Novos. Prevalên-
cia =>Total de Casos (novos + Prévios).
@ estudo caso-controle.
® abordagem ecológica.
© estudo de corte transversal.
@ ensaio comunitário.
® estudo de coorte.
Quadro 2 · Relação entre o desenho de pesquisa prlm~rlo aser Indicado para sub~rea biomédica
pesquisada
Alternativa A: INCORRETA. Os casos controles partem sobre a incídência de Câncer de pele em resi ·
da doença e vão investigar os fatores d e risco. dentes no Rio de Janeiro~
Ex.: 'Po rtadores de Cirrose Hepática consumiram Alternativa C: INCORRETA. Estudo de corte transver-
mais álcool que indivfduos sem Cirrose?" sal são 'fotografia da si tuação~ evidenciam na·
Alternativa 8: INCORRETA. No caso acima esta sen- quele momento. Ex.:'Número de tabagistas que
do avaliados indivíduos. Nos estudos ecológi- d esfilaram na abertura das o limpíadas de 2016~
cos avaliam grandes populações. Ex.: "Estudo
2012 131
Na questão acima a corte de indivíduos foi se- Alt•mativa E: CORRETA. Trata-se de um Estudo de
guida por um determinado período de tempo. COORTE. Vamos entender: Temos um grupo
Alt•rnativa 0: INCORRETA. "Ensaio comuni tário" se- de indivíduos (até então sadios - Exclui casos
ria uma modalidade de ensaio clínico realizada controles} que são exposto a um fator de risco
no ambiente extra-hospitalar. Os ensaios são por um período "x" de tempo (exclui os estudos
estudos de INTERVENÇÃO. Ex.: "Vamos investi- Transversal e Ecológico que não "fotografias"
gar a incidência de Cárie na população do bair- daquele momento. Por ser observacional, não
ro de Pompéia-SP após distribuição de pasta de há intervenção no estudo acima (excluímos En-
dente com dobro de flúor~ saio Clínico}.
Na abordagem teórica conhecida como História Natural da Doença, o primeiro nível de pre-
13 venção está localizado no perfodo:
Alt•rnativa A: INCORRETA. Como dito no comentário, antecede a doença, sendo assim será anterior ao
horizonte clinico.
Alt•rnativa B: INCORRETA. ~ impossível o surgimento de sinais e sintomas e não surgir à doença. Os
sinais e sintomas são a manifestação (horizonte} clínica da doença;
Alt•rnativa C: CORRETA. A prevenção primária consiste em medidas que visam minimizar a exposição
do indivíduo a determinados fatores de Risco. NESTE MOMENTO NÃO HÃ DOENÇA ("Antecede ao
horizonte Clínico"}.
Quadro l
Ap~ão da Slúde tos nlftls dt p~ segundo Luwtll &Clarll (1965)
A promoção da saúde aparece como prevenção primária, confundindo-se com a
prevenção referente à proteção especifica (vacinação. por exemplo). Corresponde
Primária (promo<;ão a modidas gerais. oducativas, que objetivam melhorar a reslstêncla e o bem-<!s-
tar geral dos lndivfduos (comportamentos alimentares, exerdclo ffsko e repouso,
da saúde eproteção contençjo de estresse. nA<> lngestAo de drogas ou de tabaco), para que resistam
espedficaI às agressões dos agentes. Também diz respeito a ações de orientação para cuida-
dos com o ambiente. para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes
etiológicos (comportamentos higiênicos relacionados ahabitaçãoe aos entornos}.
Engloba estratégias populacionais para detecção precoce de doenças, como por
exemplo, o rastreamento de dncer de colo uterino. Também contempla ações
Secundária (diagnóstico com indMduos doentes ou actdentados com diagnósticos confirmados. para que.
etratamento precoce; para que se curem ou mantenham-se fundonalmente sadios. evitando compli-
llmltaçao da Invalidez) cações e mortes prematuras. Isto se d~ por melo de poltlcas clinicas preventivas
e de educação em saúde. objetivando a adoção/mudança de comportamentos
(alimentares. atividades flslcas etc.).
Consiste no cuidado de sujeltos com sequelas de doenças ou acident e~ visando a
Terciária (reabilitação) recuperação ou a manutenção em equilfbrio fundonal.
132 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
Alternativa 0: INCORRETA. Prevenção Primá ria ® méd icos, enfermeiros, odontólogos, médi-
antecede doença, dessa forma, antecede o cos veterinários e farmacêuticos.
horizonte clinico. ® médicos, enfermeiros, odontólogos, médi-
Alternativa E: INCORRETA. Reiteramos o conceito cos veterinários e farmacêuticos, bem como
de Prevenção Primária: Foco nos fatores de os responsáveis por organizações e estabe -
risco, sendo assim, não é concomitante ao lecimentos pú blicos e particulares de saúde.
horizonte clínico.
Alternativa A: CORRETA. Todo Cidadão pode no·
ti ficar qualquer Agravo a Saúde. Conforme o
~ obrigatória a notificação de doenças, Item, os profissiona is que lidam com saúde
14 agravos e eventos em saúde pública de
notificação compulsória, em todo o território
tem a OBRIGAÇÃO de notificar independente
da esfera (pública ou particu lar) .
nacional, por parte apenas de: Alternativa 8: INCORRETA. Como d ito previa men-
t e, a obrigatoriedade reside nos profissionais
@ médicos, enfermeiros, odontólogos, mé- de saúde. Outros profissionais podem notifi-
dicos veteriná rios, biólogos, biomédicos, far- car, assim como qual quer cidadão.
macêuticos, bem como os responsáveis por Alternativa C: INCORRETA. Item que trás informa-
organizações e estabelecimentos públicos e ção relevantes, no entanto, peca no momen-
particulares de saúde e de ensino. to que exclui as instituições publicas e parti-
® médicos, enfermeiros, odontólogos, mé- culares.
dicos veterinários, biólogos, biomédicos, Alternativa O: INCORRETA. Além das instituições
farmacêuticos, psicólogos, engenheiros e publicas e privadas, a questão não cita outros
advogados, bem como os responsáveis por profissionais de saúde como biomédicos e
organizações e estabelecimentos públicos e biólogos.
particulares de saúde, de al imentação e de Alternativa E: INCORRETA. Faltou outros profissio·
ensino. nais de saúde como biomédicos e biólogos.
© médicos, enfermeiros, odontólogos, mé-
dicos veterinários, biólogos, biomédicos e
farmacêuticos.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar das dificuldades mas e sinais específicos. Numa situação oposta
enfrentadas pela saúde pública (má qualidade se encontra o vírus da poliomielite, dotado de
j á é um excesso de demérito) a vacina da pólio baixa patogenicidade. Dentre os infectados, so-
é de ótima qualidade e foi a responsável pela mente cerca de 1% desenvolve a paralisia.
erradicação do vírus. Alternatíva 0: INCORRETA. Concordamos com a bai-
Alternativa C: INCORRETA. Questão atraente, no en- xa patogenicidade; No entanto, a baixa infecti·
tanto, erra ao afirmar que é uma medida pre- vidade não condiz com o vírus da Pólio. Curiosi-
ventiva inespecífica. dade: A vacina para Pólio tem eliminação fecal,
Alternativa 0: INCORRETA. Novamente comete o com isso existe imunização coletiva devido à
erro de afirmar que é uma medida inespecífica. "disseminação" da vacina pela comunidade.
Alternativa E: INCORRETA. Piora alternativa de To- Alternativa E: INCORRETA. Memorize: Pólio = Alta
das! ~ necessária como medida preventiva e o lnfectividade (o vírus se multiplica muito) e
virus foi isolado em território nacional. baixa patogenicidade (apenas 1% das pessoas
adoecem).
e dos estados para os municípios). 2) INSUFI- Alt•rnativa E: INCORRETA. Duplo Erro: 1) Não há
CIENTES. Temos carências de insumos (medica- necessidade de soro antitetânico. 2) Se o indiví-
mentos e afins), leitos hospitalares, profissio- duo vai ganhar reforço é porque a vacinação foi
nais de saúde. O sistema está sobrecarregado. completa. Caso a vacinação (três doses) fosse
A"ornativa E: INCORRETA. Como dito no item acima. incompleta, "No chance" teríamos que aplicar
Não são regulares pois não um fluxo habitual novamente as três doses.
Estado-> Município.
Alternativa E: CORRETA. Tal afirmativa descreve as -se os dados clínicos e laboratoriais abaixo. EX-
principais características para a seleção de um CETO:
teste de Rastreio adequado. Segue trecho da
OMS: De acordo com a Organização Mundial ® eritroblastos ortocromáticos no sangue pe·
da Saúde (OMS), as estratégias para a detecção riférico.
precoce são o diagnóstico precoce (abordagem ® icterícia com predomínio de bilirrubina in·
de pessoas com sinais e/ou sintomas da doen- direta.
ça) e o rastreamento (aplicação de um teste ou © colecistopatia calculosa.
exame numa população assintomática, aparen- @ esplenomegalia.
temente saudável, com objetivo de identificar ® reticulocitose.
lesões sugestivas de câncer e encaminha-la
para investigação e tratamento). O teste uti- 11- COMENTARIO: A jovem mulher em questão
lizado em rastreamento deve ser seguro, re- sem dúvidas é portadora da hemoglobinopatia
lativamente barato e de fácil aceitação pela supracitada, pois possui em sua eletroforese de
população, ter sensibilidade e especificidade hemoglobina (exame que dá o diagnóstico e
comprovadas, além de relação custo-efetivida- que é obrigatório no teste do pezinho) 87% de
de favorável. hemoglobina S, que forma as famosas hemá-
cias em foice.
CLiNICA 1-ALEXANDRE BARBOSA CAMARA DE Alternativa A: INCORRETA. Não só em leucemia po-
SOUZA dem haver blastos no sangue periférico, em
qualquer situação de "sobrecarga" da medula
por necessidade de aumento de produção, ela
Corpos lipoides urinários são habitual- pode acabar liberando células ainda não com-
21 mente encontrados em paCientes porta-
dores de:
plemente formadas (blastos), isso ocorre mais
comumente em anemias e infecções graves.
Alternativa B: INCORRETA. Icterícia é uma caracte·
® rins polidsticos. rística esperada em doenças hemoliticas, pois
® síndrome nefrótica. a bilirrubina nada mais é que um produto do
© síndrome hepatorrenal. metabolismo da globina de hemácias mortas.
@ nefrite intersticial. Como não há empecilhos para a conjugação ou
® nefrite por analgésico. excreção da bilirrubina, o padrão é sempre de
aumento isolado de BILIRRUBINAS INDIRETAS.
11- COMENTÁRIO: Pacientes nefróticos possuem Alternativa C: INCORRETA. Seguindo a linha de
hipercolesterolemia severa. Por perderem di- raciocínio, por um aumento na demanda da
versas proteínas na urina, o fígado destes doen- conjugação de bilirrubina, há uma cascata de
tes faz uma hiperproduçáo de algumas delas, elevação na produção dos ácidos biliares, o que
dentre es.sas as lipoproteinas. Com a lesão favorece a criação de cálculos biliares pigmen·
glomerular, apenas algumas proteínas passam tados. O tratamento com hidroxiureia parece
pelos podócitos devido as suas massas molecu- ser um fator de proteção para doentes falei·
lares e suas cargas elétricas. Não é o caso das formes com o genótipo UGTl A1. É importante
lipoproteínas. Porém, em situações de excesso, marcar que não é fator de risco exclusivo da
podem acabar passando e formando os carpos anemia falciforme, mas das doenças hemollti·
lipoides- por isso, letra 8. Se alguma questão casem geral.
quiser ser mais capciosa, pode perguntar que Alternativa D: CORRETA. O baço é um órgão com
lipoproteína específica origina os corpos lipoi- a vasculatura em "trabéculas'; o que favorece
des. A resposta é o HDL (1) sua função no sistema reticulo-endotelial. As
I Resposta: ® hemácias em foice com sua deformidade pre·
judicada causam milhares de microclusões no
baço. fazendo que ocorra um fenômeno nesses
Em uma mulher de 25 anos que apre- doentes conhecido como autoesplenectomia,
22 senta eletroforese de hemoglobina com
87% de hemoglobina S, é provável encontrar-
fazendo com que tenham um baço reduzido
(algumas vezes sequer visíveis no USG) e se
2012 137
jam encarados como Asplênicos. Na primeira ® retirada inespecífica como melhor resposta
infância pode haver sim esplenomegalia leve. motora.
Todavia, a partir dos cinco anos de idade, pro-
vavelmente o processo já ocorrera. A paciente .. COMENTARIO: Um detalhe que pode cair na sua
em tela tem 25 anos, portanto, não esperare- prova sobre Glasgow são as limitações. Aí vão
mos que tenha esplenomegalia. algumas: crianças (há escala adaptada), intu-
Alt•rnativa E: INCORRETA. Seguindo o mesmo racio- bação orotraqueal, afasia, paresias ou plegias,
cínio da alternativa A, a produção acelerada de surdez, mude:;:, idioma e etc.
eritrócitos, leva a líberação de retículócitos para São 15 pontos (no mínimo 3) que serão soma-
o sangue periférico. dos em três quesitos: abertura ocular, resposta
verbal e resposta motora. Abertura Ocular:
4- abertura ocular espontânea
Mulher de 76 anos é internada por bron- 3 -abertura ocular a estimulo verbal
23 copneumonia. Faz-se o diagnóstico de
delirium. E provável que, no e~ame psfquico
2- abertura ocular a estímulo doloroso
1- Ausente
desta paciente, encontremos a consciência, o Resposta verbal:
pensamento e a atenção espontânea, respec- 5 -Orientado
tivamente: 4 - Confuso
3- Palavras inapropriadas
@ rebaixada, confuso e reduzida. 2 - Sons intelig íveis
® preservada, confuso e reduzida. 1- Ausente
© preservada, empobrecido e prejudicada. Resposta motora:
@ preservada, exaltado e aumentada. 6- obedece a comandos verbais
® rebaixada, confuso e aumentada. 5 - localiza estímulos
4 - retirada in específica do membro
.. COMENTiRIO: Diante de uma idosa com deli- 3 - Padrão flexos/descerebração
rium ou síndrome cerebral aguda é importante 2 - padrão Extensor/decorticação
chamar atenção para consciência que estará re- 1 -ausente
baixada e o pensamento que será confuso com
desorientação temporo-espacial muitas vezes. Logo, vemos: nas: alternativas que a menor pon-
Além da atenção que estará reduzida e- muitas tuação é para a posição de descerebraçâo. Uma
vezes- é o achado mais exuberante no quadro. confusão comum: deixar o candidato indeciso
Há o score de CAM-ICU para delirium que ne- entre decorticação e descerebração. Aqui vai
cessita para o diagnóstico de (1 ): um macete: o córtex faz parte o cérebro, certo?
1. mudança aguda ou flutuação no estado men- Então, o que é mais grave: uma lesão "apenas"
ta/e no córte~ ou em todo o cérebro? Claro que no
2. Desatenção e um dos seguintes: cérebro. Assim, descerebração é mais grave.
3. alteração no n/vel de consci~ncia ou I R01posta: ®
4. pensamento desorganizado.
I R•sposta: @
Homem de 55 anos com histórico de eti-
© doença pulmonar obstrutiva crônica com com genfibrozil. Recomenda-se. por isso, evi·
acidose respiratória moderada. tar essa associação. Recomenda-se cautela nas
@ deformidade da parede torácica (cifoesco- seguintes condições clínicas: a) portadores de
liose). doença biliar; b) uso concomitante de anticoa·
® encefalopatia grave. gulante oral cuja p osologia deve ser ajustada;
c) pacientes com função renal diminuída; d) as·
.,_ COMENTÁRIO: Vamos antes relembrar as princi- soeiação com estatinas.
pais indicações (1 ): I Resposta: @
(1) Congestão/ IC descompensada,
(2) DPOC exacerbado,
(3) lmunodeprimidos com dispneia na urgência
(4) Síndrome da Apneia obstrutiva do sono. 32 São caracteristicas da SIRS (Síndrome de
Resposta Inflamatória Sistêmica), EXCETO:
Terapias correntes para a síndrome de podem estar presentes. em geral na fase avan·
33 anticorpos antifosfolípides incluem as
drogas abaixo, EXCETO:
çada, diferentemente da dispneia.
I Rosposta: ©
@ clopidog rei.
® corticosteroides. Anticorpos antimitocôndria estão pre-
©
@
heparina de baixo peso molecular.
varfarina.
35 sentes em cerca de 95% dos casos de:
Alternativa C: INCORRETA. A miastenia gravis é uma do o Coxsackie vírus B o mais frequente agente
doença neurológica autoimune que afeta a etiológico.
porção pós-sináptica da junção neuromuscular. I Resposta: ®
~caracterizada por fraqueza e fadiga dos mús-
culos esqueléticos de uso repetitivo. Normal-
mente é uma fraqueza descendente. As associações abaixo correlacionam
Alternativa D: INCORRETA. A esclerose múltipla é
rara na infância. Normalmente se inicia no adul·
43 agente de gastroenterite e tratamento.
to jovem, com sinais e sintomas neurológicos I. Salmonella - não sendo infecção sistêmica,
transitórios, em caráter de surto e remissão. não introduzir antibióticos.
Alternativa E: INCORRETA. A distrofia muscular de 11. Shigella - sulfametoxazol/trimetoprim.
Duchenne é uma doença hereditária progres· 111. Campylobacter jejuni - metronidazol.
siva que possui herança recessiva ligada ao
cromossomo X. As manifestações clínicas nor· t correto afirmar:
malmente começam nos três primeiros anos de
vida. As alterações funcionais iniciam-se com @ Apenas está correta a associação 111.
o enfraquecimento muscular, que ocorre gra- ® Apenas estão corretas as associações I e 11.
dualmente e de forma ascendente, simétrica e © Apenas estão corretas as associações I e 111.
bilateral, com inicio na cintura pélvica e mem- @ Apenas estão corretas as associações 11 e 111.
bros inferiores, progredindo para musculatura ® Apenas está correta a associação 11.
de tronco e para a musculatura responsável
pela sustentação da postura bípede, cintu- ._ COMENTiRIO: A evolução do quadro clínico
ra escapular, membros superiores, pescoço e de salmonelose em indivfduos imunocompe-
músculos respiratórios. A fraqueza muscular tentes não é influenciada, favoravelmente, pela
torna-se evidente por volta dos 5 anos de ida· administração de antimicrobianos, sendo na
de1 quando as crianças apresentam sintomas maioria das vezes um quadro diarreico autoli-
iniciais, tais como dificuldade de deambular, mitado, devendo receber apenas medidas de
pular e correr, além de quedas frequentes. suporte (hidratação, repouso e sintomáticos),
sendo a afirmativa I correta. Já no caso da shi·
guelose, há comprovação de eficácia no início
Um lactente de 15 meses é admitido com do antibiótico se a febre perdurar por 48 horas
42 quadro de febre, dispneia e taquicardia
há 2 dias. Ao exame físico, apresenta ritmo de
e a presença de manifestações sistêmicas, sen-
do a primeira opção a Sulfametoxazol·trimeto·
galope, com presença de terceira bulha. O ECG prim (afirmativa 11 correta). O Campylobacter
revela leve distúrbio de repolarização. Conside· jejuni causa uma gastroenterite, com diarreia,
rando a hipótese di agnóstica principal, o agen- febre e dor abdominal. Geralmente é um qua-
te mais provavelmente implicado é o: dro autolimitado, não sendo necessário o uso
de antibiótico (afirmativa 111 incorreta).
@ Staphylococcus epidermidis. I Resposta: ®
® Vfrus Coxsackie B.
© Staphylococcus aureus.
@ Streptococcus viridans. A cardiopatia cianogênica que mais fre-
® Haemophilus influenzae. 44 quentemente se manifesta no período
neonatal é a:
._ COMENTARIO: A miocardite usualmente apre-
senta-se nas crianças e neonatos como insufi- @ Comunicação interventricular.
ciência cardíaca aguda (dispneia, taquipneia, ® Transposição dos grandes vasos da base.
palpitação, dor precordial, sfncope) por vezes © Drenagem anômala das veias pulmonares.
fulminante e com menor frequência como @ Coarctação da aorta.
cardiomiopatia dilatada oligossintomática. A ® Tetralogia de Fallot.
miocardite vira! e pós-vira! é a maior causa de
cardiomiopatia dilatada crônica e aguda, sen-
2012 145
todos os índices antropométricos próximos vo, podem-se ofertar fórmulas à base de proteí-
do percentil 1O, além de sintomas respiratórios na isolada de soja; fórmulas à base de proteínas
constantes. No erro inato do metabolismo e na extensamente hidrolisadas, compostas predo-
acidose tubular renal há alteração dos exames minantemente por peptídeos e aminoácidos
laboratoriais, como acidose metabólica, au- obtidos por hidrólise enzimática e/ou térmica
mento da amônia e distúrbios eletrolíticos. e ultrafiltragem; e fórmulas ou dietas a base de
I Resposta:® aminoácidos. As fórmulas devem ser mantidas,
preferencialmente, até os 2 anos de idade, sen-
do o mínimo recomendado até 12 meses.
Um lactente de 3 meses é trazido à con- I Resposta: ©
47 sulta de puericultura. Sua mãe refere que
vem notando o aparecimento de erupção eri-
tematosa nas bochechas, que não melhoram Uma adolescente de 14 anos é trazida
com o uso de loções hidratantes. Refere ainda
que percebeu a presença de laivos de sangue
48 em consulta com queixa de visão dupla.
Na história, refere cefaleia importante intermi-
nas fezes por duas ocasiões. O bebê foi ama- tente, que chega a acordá-la no meio da noite,
mentado até o segundo mês de vida e está há mas que cede após o vômito. Ao exame físico,
um mês sob uso de fórmula láctea. A pesquisa observa-se que a menor é incapaz de abduzir
de sangue oculto nas fezes revela-se positiva. os dois olhos. Tem reflexos dos membros infe-
Considerando a principal hipótese diagnóstica riores levemente exacerbados. Qual dos sinais
para este caso, a melhor conduta é: abaixo mais provavelmente estará presente
nesta paciente?
@ propor a realização de enema opaco antes
de modificar a dieta. @ Papiledema.
® substituir a fórmula láctea por fórmula à ® Exoftalmo unilateral.
base de soja. © Hipotensão.
© substituir a fórmula láctea por fórmula ele- @ Taquicardia.
mentar com hidrolisado proteico. ® Epistaxis.
@ substituir a fórmula láctea por fórmula isen-
ta de lactose. ~ COMENTÁRIO: Várias anormalidades cerebrais
® indicar suplemento nutricional com fórmula e sistêmicas podem levar à Hipertensão l ntra-
hipercalórica. craniana (HIC) como, por exemplo, tumores
de sistema nervoso central. malformações ar-
.. COMENTÁRIO: A Alergia à Proteína do Leite de teriovenosas, aneurismas, abscessos cerebrais,
Vaca (APLV) é um assunto frequente atualmen- hidrocefalia, eventos hipóxicos isquêmicos.
te. No Brasil, a prevalência de suspeita de APLV O quadro clínico pode se manifestar como
entre crianças com sintomas gastroenterológi- cefaleia, vômitos, diplopia, cegueira episódi-
cos é de SA%. Segundo os mecanismos imuno- ca, papiledema ao exame de fundo de olho e
lógicos envolvidos, a APLV pode ser classificada movimentos desconjugados intermitentes dos
em: mediadas pela lgE, não mediadas pela lgE olhos são queixas do paciente ainda conscien
(linfócitos T) e mistas. Por isso tem uma ampla te. A tríade de Cushing nem sempre é encon-
variedade de sinais e sintomas, como: urticária, trada em crianças: bradicardia, hipertensão
rinite, asma, síndrome da alergia oral (prurido arterial e bradipneia. Em lactentes, o aumento
e leve edema confinado na cavidade oral), der- progressivo do perímetro cefálico pode ser o
matite atópica, coloproctite (fezes com muco único sinal de Hipertensão lntracraniana.
e sangue) e esofagite eosinofllica. A base do I Resposta: @
tratamento da APLV disponível é a dieta de ex-
clusão de leite de vaca e derivados. Se a criança
encontra-se em aleitamento materno exclusi- De acordo com o Calendário de Vacina-
vo, a mãe deve submeter•se à dieta de exclusão
de leite de vaca e derivados. Já para as crianças
49 ção do Ministério da Saúde, a vacina con-
jugada contra o pneumococo:
que não estão em aleitamento materno exclusi-
2012 147
@ não está prevista no calendário, apesar de para nós, a questão não apresenta resposta
liberada para importação pela ANVISA. correta.
® está recomendada a todas as crianças, em I Rosposta: ®
4 doses: aos 2, 4, 6 e reforço aos 12 meses de
idade. PEDIATRIA 11- RENATA OAVIN GOMES PARENTE
© está recomendada a todas as crianças, em 3
doses: aos 3, Se reforço aos 1S meses de idade.
@ está recomendada apenas aos portadores O teste do pezinho pode triar diversas
de doenças de base pulmonares ou cardíacas,
em 4 doses: aos 2, 4, 6 e reforço aos 12 meses
51 doenças. Entre todas as que são compre-
endidas pela triagem neonatal do Ministério da
deidade. Saúde na fase 111, estão:
® está recomendada apenas aos portadores
de anemia falciforme, esferocitose ou outras @ deficiência de G6PD e hipotireoidismo.
com risco de esplenectomia funcional ou de ® deficiência de G6PD e hiperplasia de suprar-
outra natureza, em 3 doses: aos 3, 5 e reforço renal.
aos 15 meses de idade. © hipotireoidismo e hiperplasia de suprarre-
nal.
.. COMENTARIO: O Programa Nacional de Imuni- @ fenilcetonúria e fibrose cística .
zação (PNI) do Ministério da Saúde de 201 O pre- ® hemoglobinopatias e deficiência de G6PD
conizava que a vacina conjugada pneumoc:ócica
1O valente fosse realizada em quatro doses: aos .. COMENTÁRIO: O programa de triagem neona-
2, 4 e 6 meses e reforço aos 12 meses. Contudo, tal foi regulamentado em 200 1 pelo ministério
no PNI de 2016 houve mudanças sendo, a partir da saúde. O programa era constituído de três
de agora, aplicada em duas doses, aos 2 e 4 me- fases:
ses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 FASE I - Detecção de fenilcetonúria, Hipoti-
meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. reoidismo Congênito.
I Resposta: ® FASE 11 -Detecção de fenilcetonúria, Hipo-
tireoidismo Congênito, Doenças Falcifor-
mes e Outras Hemoglobinopatias.
São agentes de broquiolite todos os FASE 111 - Detecção de fenilcetonúria, Hipo-
5O abaixo, EXCETO: tireoidismo Congênito, Doenças Falcifor-
mes e Outras Hemoglobinopatias e Detec-
@ adenovírus. ção de Fibrose Cística.
® vírus respiratório sincicial.
© bocavírus. Outras hemoglobinopatias incluem: algumas,
@ metapneumovirus. mas não todas, Beta Talassemias, e a maioria
® coronavírus. das Alfa Talassemias clinicamente significantes.
Serão identificados também portadores de He-
COMENTARIO: De acordo com o Guideline
1!11 . . moglobinopatias (hemoglobina traço}, que ge-
de Bronquiolite da Academia Americana de ralmente são assintomáticos, mas cuja identifi-
Pediatria, publicado em 2014, o principal vírus cação pode ter implicação genética importante
causador da bronquiolite é o vfrus sincicial res- na famrtia.
piratório, sendo outros agentes etiológicos o Em dezembro de 20 12, o MS autorizou a am-
rinovfrus, metapneumovfrus, influenza, parain- pliação do Teste do Pezinho (FASE IV) incluindo
fluenza, adenovírus e coronavírus. Não sendo mais duas patologias: Deficiência da Biotini-
citado nesta publicação apenas o bocavirus, dase (DB) e a Hiperplasia Adrenal Congênita
dentre as alternativas da questão. Contudo, o (HAC). Que já está implementada no estado de
bocavfrus também é um vrrus de acometimen- São Pulo desde 2013 e vem sendo implementa-
to do sistema respiratório, que pode levar aca- do nos outros estados do país
sos graves de bronquiolite, inclusive Síndrome Alternativa A: INCORRETA. Não detecta deficiência
do Desconforto Respiratório Agudo. Portanto, deG6PD
143 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
quência cardíaca de 210 bpm. O diagnóstico é: @ No hemograma de anemia ferro priva, obser-
va-se microcitose e queda acentuada nos valo-
@ taquicardia sinusal. res do RDW, importante indicador diferencial
® extrassístoles ventriculares. para talassemia.
150 PreparatórioparaResidência M~dica SUS/SP
@ pneumonia por Estreptococo agalactiae; a única alternativa que fala do fator VIII e heran-
ampicilina. ça ligada ao X é alternativa A. que está correta.
® pneumonia por Mycoplasma pneumoniae; I Resposta: @
azitromicina.
© broncopneumonia por Chlamydia pneumo- CIRURGIA 1- HUGO GONÇALO GUEOES
niae; azitromicina.
@ bronquioliete por adenovírus; medidas de
suporte. Homem de 62 anos, após 12 dias de tra-
® pneumonia por Chlamydia trachomatis; eri-
tromicina.
61 e queostomia, apresenta sangramento sú-
bito copioso pelo traqueostoma, seguido de
choque hipovolêmico. O provável diagnóstico
~ COMENTÁRIO: A questão traz um quadro típico e a conduta t erapêutica mais apropriada são,
de pneumonia por C. trachomatis. Essa infec- respectivamente:
ção se dá por transmissão vertical da mãe para
o recém-nascido. Também conhecida como ® ulceração de parénquima tireoideano; hipe-
pneumonia afebril do lactente, se caracteriza rinsuflação do balonete da cânula de traqueos-
por inicio geralmente entre um e três meses de tomia.
vida, com apresentação clínica de tosse persis- ® lesão da croça da aorta; esternotomia me-
tente, taquipneia e ausência de febre. O achado diana e sutura de patch de pericárdio bovino
mais consistente na radiografia de tórax é a hi- no sitio lesado.
perinsuflação acompanhada por infiltração in- © lesão da artéria carótida direita pelo balone-
tersticial ou alveolar mínima. Associado ao an- t e da cânula de traqueostomia; prótese endo-
tecedente de conjuntivite aos 14 dias de vida, vascular na carótida.
ficamos com a hipótese de pneumonia por @ fistula traqueoinominada; secção e ligadura
clamldia como o principal diagnóstico. O trata- da artéria inominada.
mento de escolha para esses casos é eritromi- ® lesão da artéria tireoideana inferior; cervico-
cina 50 mg/kg/dia, via oral, 4x/dia por 14 dias. tomia exploradora e ligadura dessa artéria.
I Resposta: ®
~ COMENTÁRIO: Questão clássica! Complicação
de traqueostomia, com cânula mal posiciona-
Qual o fator de coagulação deficiente na da após duas semanas, causa erosão dos anéis
6O é Hemofilia A e qual a herança desta doen-
ça, que a mais comum deficiência congênita
traqueais e fístula traqueoinonimada. Quadro
muito grave e dramático, com elevada taxa de
de fatores de coagulação? mortalidade por exsanguinação rápida. A con-
duta é cirúrgica de emergência com t ampona-
@ VIII; ligada ao cromossomo X. mento e ligadura da a. inonimada.
® IX; autossômica dominante (mutação es- I Resposta: @
pontânea).
© VIII; autossômica dominante (mutação es-
pontânea). Um paciente de 45 anos do sexo mascu-
@ IX; ligada ao cromossomo X.
® IX; autossõmica recessiva.
62 lino tem hérnia inguinal à direita e será
submetido à correção cirúrgica, com tela. Não é
hipertenso nem diabético. Não faz uso habitual
~ COMENTÁRIO: A hemofilia ocorre em aproxi- de nenhuma medicação. Nunca foi internado.
mada mente 1:5000 homens, com 85% tendo Nega outras morbidades. Exames pré-operató-
deficiência do fator VIII e 1o a 15% deficiência rios que devem ser solicitados:
do fator IX. Sendo a hemofilia A deficiência do
fator VIII e a hemofilia B deficiência do fator IX. ® eletrocardiograma e radiografia de tórax.
Os genes para os fatores VIII e IX estão localiza- ® hemograma e função renal.
dos no cromossomo X, portanto o tipo de he- © hemograma e coagulograma.
rança da hemofilia B é ligada ao X. Desse modo
152 PreparatórioparaResidência Médica SUS/SP
li> COMENTÁRIO: Abaixo dos 45 anos, não é neces- li> COMENTÁRIO: Os parâmetros fisiológicos para
sário a solicitação de nenhuma exame pré-ope- 51RS são hipotensão (PAS < 90mmHg), taquicar-
ratório. A partir dos 45 até os 54 anos, é neces- dia (FC > 90bpm), taquipneia (FR > 20 irpm), hi -
sário apenas um ECG para os homens. De 55 até pertermia ou hipotermia (T > 38'C ou < 36'C) e
70 anos, devemos solicitar ECG e hemograma, leucocitose (> 12.000) ou leucopenia (< 4.000).
e para maiores de 70 anos, devemos solicitar I Resposta: @
ECG, hemograma, ureia, Creatinina, eletrólitos
e glicemia de jejum. Olhando as alternativas,
não encontramos nenhuma que se enquadre Em pacientes portadores de alguns tu·
corretamente. Devido a isso, essa questão foi
anulada.
65 mores sólidos estadia dos como no limite
da ressecabilidade cirúrgica, lança-se mão da
quimioterapia neoadjuvante, com o intento
de reduzir as dimensões tumorais de forma
Mulher de 34 anos queixa-se de dor a tornar a sua ablação mais segura e radical.
63 torácica e dispneia súbita no segundo
pós-operatório de redução e fixação interna
Ocorrendo um súbito surto de morte de células
tumorais, pode instalar-se a slndrome de lise
de fratura pélvica. A paciente refere fazer uso tu moral, que se associa às seguintes aberrações
regular de anovulatórios orais. Considerando- eletroliticas, EXCETO:
-se a hipótese diagnóstica mais provável para
a intercorrência, pode-se esperar os seguintes ® Hipercloremia.
achados propedêuticos. EXCETO: ® Hipocalcemia.
© Hiperfosfatemia.
® radiografia de tórax normal. @ Hiperuricemia.
® pulmões livres à ausculta torácica. ® Hiperpotassemia.
© hemograma normal.
@ dosagem plasmática de dímero-D normal. li> COMENTÁRIO: A síndrome de li se t umorai está
® eletrocardiograma normal. associada à hipercalemia, hiperfosfatemia, hi-
pocalcemia, hiperuricemia.
li> COMENTÁRIO: Cirurgias de ossos longos trazem I Resposta: ®
um risco maior de embolia gordurosa, somado
ao uso de anovulatórios orais, onde a carga de
estrógeno aumenta o risco de TEP. Diante disso, Complicação mais frequente na cirurgia
e até pelo pós-operatório recente, a única coisa
que não se esperaria é um D·dimero normal.
66 bariátrica de derivação gástrica (gastric
bypass) com reconstrução em Y de Roux lapa·
I Resposta: @ roscópica, quando comparada com a mesma
derivação feita por técnica convencional, por
laparotomia:
Um pa râmetro fisiológico utilizado
64 como critério para a definição de 5ín-
drome da Resposta Inflamatória Sistêmica, por
® formação de aderências intracavitárias.
® hérnias internas.
consenso, é: © complicações respiratórias.
@ perda de peso no curto prazo.
® necessidade de agentes inotrópicos ou va- ® flstulas anastomóticas.
sopressores para a manutenção da pressão ar-
terial sistólica. li> COMENTÁRIO: Uma questão muito específica
® pressão arterial sistólica menor que 90 e capciosa. No Sabiston, encontramos que a
mmHg. cirurgia bariátrica laparoscópica promoveu re-
2012 153
Achado do exame de urina que fala con- .,. COMENTÁRIO: Questão que pode dar o que fa-
67 tra o diagnóstico de apendicite retroce-
cal em pacientes com dor em fossa ilíaca direita
lar, mas esse conceito mudou há algum tempo,
inclusive com trabalhos e teses de doutorado
e febre: do Hospital das Clínicas da Universidade de São
Paulo. Está mais que comprovado que a recons-
@ leve leucocitúria. trução de trânsito pode e deve ser feita junta-
® profusão de bactérias. mente com o reparo da hérnia com tela de poli·
© presença de corpos cetõnicos. protileno, sem aumentar taxas de complicações
@ densidade de 1035. e infecções locais ou sistêmicas.
® leve hematúria. I Resposta: @
... COMENTÁRIO: Todos os achados descritos são
possíveis de serem encontrados no paciente Uma senhora de 28 anos, com 35 semanas
com apendicite, exceto a confirmação de bac-
térias na urina, visto que não ocorre passagem
69 de gestação, procura atendimento médi-
co por dor anal aguda, associada a sangramento
direta de bactérias do apêndice para o trato uri- vivo. Não tem comorbidades. Está em bom esta-
nário. Neste caso, o paciente tem um diagnósti· do geral. Frequência cardíaca: 86 batimentos por
co diferencial da apendicite, a infecção urinária. minuto. O exame proctológico mostra dois ma-
I Resposta: ® milos hemorroidários externos, às 3 e às 7 horas,
com sinais de trombose. Conduta inicial:
direito, mas sem sinais de peritonite. Exames em íleo. apresentando náuseas e vômitos. O
laboratoriais: Amilase, leucograma e bilirrubi· abdome está distendido e timpânico, mas sem
nas: normais. Fosfatase alcalina: 86 U/ L (normal sinais de irritação peritoneal. A radiografia de
até 60 U/L); Gama-GT: 115 U/L (normal até 100 abdome mostra discreta distensão de delgado,
U/L). Ultrassonografia de abdome: vesícula biliar sem níveis líquidos, e mínima quantidade de
normodistendida, com paredes de espessura gás e fezes no cólon. O hemograma é normal e
normal e cálculo móvel de 2,5 em no seu inte- o paciente está afebril. A respeito da evolução
rior; ausência de dilatação de vias biliares. Após deste paciente, é correto afirmar.
analgesia com n-butilescopolamina, o paciente
refere desaparecimento da dor. Melhor conduta: ® Deve receber eritromicina e/ou fisostigmina.
® E provável que esteja hipovolêmico e com
® internação e observação clínica. acidose metabólica.
® internação e antibioticoterapia. © Requer apenas observação; deve melhorar
© internação e colecistectomia laparoscópica. com medidas de suporte, como jejum e hidra·
@ avaliação pré-operatória ambulatorial. tação intravenosa.
® internação e tomografia de abdome. @ Deve receber antibióticos de amplo espec·
tro, por via intravenosa, com cobertura para
._ COMENTARIO: Quadro típico de cólica biliar enterobactérias e anaeróbios.
simples. Dor que dura até 4 horas, sem febre ou ® E provável que tenha deiscência de anasto-
sinais peritoniais, com USG mostrando o cálculo mose.
e paredes da vesícula biliar normais. A conduta é
apenas analgesia e orientações. com programa· ._ COMENTAR lO: Estamos frente a um caso de íleo
ção operatória em regime ambulatorial. prolongado no pós-operatório. Após qualquer
I Resposta: @ cirurgia abdominal espera-se um período de
hipomotilidade do aparelho digestivo, secun-
CIRURGIA 11· RODRIGO CAMARGO LEÃO EDELMUTH dário ao trauma cirúrgíco, com liberação de
catecolaminas e citocinas e pela manipulação
mecâníca de alças. O período do íleo pode
Fator prognóstico isolado mais relevate, variar entre dois e cinco dias, sendo maior em
71 em pacientes com carcinomatose perito-
neal exclusiva por carcinoma colorretal:
grandes laparotomias, com ressecções, cirur
gias de urgência com contaminação grosseira
da cavidade e manipulação excessiva de alças.
® Presença de ascite. Em oleos mais prolongados, como na questão,
® Citorredução completa. devemos afastar causas patológícas que levam
© Histologia indiferenciada. a não recuperação da fisiologia normal do TGI.
@ (ndice de carcinomatose peritoneal maior Causas comuns de fleo patológico são distúr-
do que 10. bios hidroeletroliticos, infecções em geral (ITU,
® Presença de obstrução intestinal. pneumonia), deiscência de anastomose ou ou-
tras complicações intra·abdominais. O pacien·
.. COMENTAR! O: O autor não é especifico se quer te em questão não apresenta nenhum sinal de
o fator de melhor ou pior prognóstico. Entre· gravidade, está sem leucocitose e afebril. Por·
tanto, sabemos que não ha consenso quanto tanto, devemos manter uma conduta expec-
ao fator isolado mais relevante de pior prog· tante com medidas de suporte.
nóstico. Mas a literatura é clara que a citorredu- Alternativa A: INCORRETA. Não devemos prescrever
ção completa é o fator isolado mais relevante pró-cinéticos a fim de reduzir o t empo de íleo
de melhor prognóstico. pós-operatório. O uso de inibidores acetilco-
I Resposta: ® linesterase ou de eritromiçina é uma conduta
de exceção em casos de abdome agudo obs-
trutivo, sendo reservados para alguns casos
Um homem de 48 anos foi submetido à de pseudo-obstrução colônica ou síndrome de
72 colectomia eletiva por diverticulite re·
corrente. No oitavo pós-operatório ainda esta
Ogilvie.
2012 155
Alternativa 8: INCORRETA. O autor não nos dá ne- já podemos descartar as opções de diagnóstico
nhuma evidência que o paciente esteja desi- por imagem. Atualmente. existem três moda-
dratado. Além disso, o mesmo não apresenta lidades de derivação da árvore biliar: prótese
elevação do hematócrito que poderia sugerir biliar por CPRE, drenagem transparieto-hepá-
hemoconcentração (leucograma normal). tica (DTPH) ou derivação cirúrgica (biliodiges-
Alternativa D: INCORRETA. Antibióticos devem ser tiva). A obstrução no caso em questão é baixa
prescritos em casos em que há suspeita de in- (próximo à cabeça pancredtica- co/edocoliríase?
fecção. O paciente em questão não apresentou Tumor periampular?), portanto, a derivação da
febre nem leucocitose. via biliar por CPRE seria a melhor opção! Infe-
Alternativa E: INCORRETA. O paciente não apresenta lizmente, o autor quis dificultar a questão. Clas-
sinais de gravidade esperados em um caso de sicamente, a conduta para obstruções baixas
deiscência da anastomose: sem irritação perito· na indisponibilidade de CPRE é a anastomose
neal, febre ou leucocitose. Vale lembrar que o biliodigestiva. Enquanto a DTPH estaria indica-
sinal mais precoce de deiscência de anastomo- da para obstruções mais altas (colangiocarcino-
se é a taquicardia. mas proximais e tumor de Klatskin).
I Resposta: © Não devemos brigarcom a questão, mas pode-
mos aproveitar para aprofundar sobre o tema.
O autor não nos fornece mais dados e não
Um paciente de 78 anos, diabético e podemos assumir o diagnóstico definitivo do
73 hipertenso, procura o pronto-socorro
com história de dor abdominal há 1 dia. A dor
paciente. Mas suponhamos que o diagnóstico
fosse coledocolitíase. A conduta realmente se-
é em hipocôndrio direito e mesogástrio, com ria CPRE com papilotomia ou derivação cirúrgi-
irradiação para o dorso. Teve vários episódios ca (anastomose biliodigestiva), a fim de varrer
de vômitos. Relata calafrios e febre de 38,5'(. a via biliar. Entretanto. se o paciente apresen-
Os familiares notaram que ele está com a pele tasse uma colangite aguda grave secundária a
amarela. Ao exame, tem icterícia 3+/4+ e dor à um tumor periampular ressecável (isto é, sem
palpação de hipocôndrio direito e mesogástrio, invasão vascular e sem sinais de metástase),
mas sem massas palpáveis. Frequência cardía- deveriamos desobstruir a via biliar com CPRE
ca: 1 30 bpm. PA: 90 x 60 mmHg. Hemograma: ou DTPH e programar a ressecção cirúrgica do
25.000 leuc/mm'. A ultrassonografia mostrou tumor em um segundo momento (gastroduo-
dilatação de via biliar intra e extra-hepática, denopancreatectomia -cirurgia de Whipple).
sem identificar causa da obstrução, próximo à Alternativa A: INCORRETA. O ultrassom endoscópico
cabeça pancreática. Melhor conduta para este é um excelente exame de imagem para o diag-
paciente, além de hidratação e antibiótico: nóstico e, em casos de tumores, para o estadia-
menta de lesões periampulares. Entretanto, é
@ ultrassom endoscópico. um exame sem fins terapêuticos.
® colangiorressonância. Alternativa 8: INCORRETA. Assim como o ultrassom
© cirurgia para drenagem da via biliar. endoscópico, a colangioressonáncia é um mé-
@ tomografia de abdome. todo somente de diagnóstico.
® drenagem transparieto-hepática imediata Alternativa D: INCORRETA. A tomografia de abdo-
me é um exame útil e mais disponível que a
.,_ COMENTÁRIO: O paciente em questão apresen- tomografia ou a ressonância. Tem uma menor
ta um quadro clássico de colangite aguda gra- sensibilidade para cálculos. mas ainda sim, é
ve. Icterícia com dor abdominal e febre? Triade um exame útil no diferencial de coledocolitfase
de Charcot! ~ importante perceber que esse é e tumores.
um paciente com idade avançada, comorbida- Alternativa E: INCORRETA. A DTPH é uma das três
des e já hipotenso. Devemos pensar imedia- opções terapêuticas para a colangite. sendo
tamente em sepse grave de foco abdominal, a primeira opção para obstruções altas da via
além das medidas iniciais como culturas. hidra- biliar.
tação e antibioticoterapia precoce, devemos I Resposta: ©
desobstruir a via biliar desse paciente. Portanto,
156 Preparatóriopara Residén<iaMédi<a SUS/SP
Um homem de 32 anos, que estava sem Alternativa B: CORRETA. Como o mesmo apresenta
74 capacet e, caiu da motocicleta. No local.
estava inconsciente, com Glasgow 6. Na che-
sinais de herniação de uncus iminent e, pode-
mos optar pela hiperventilação controlada e
gada ao hospital, levado por ambulância de devemos realizar uma TC de crânio imediat a·
suport e b ásico, a pupila direita tem 6 mm de di- mente.
âmetro e está arreativa; a pupila esquerda tem Alternativa C: INCORRETA. A nicardipina é um blo·
3 mm de diâmetro. Sinais vitais: Pulso= frequ- queador do canal de cálcio, droga hipotenso-
ência cardíaca: 90 batimentos por minuto; PA = ra, que não t em relação com o tratamento do
200/11 O mmHg. Próximo passo: TCE e pode, inclusive, piorar o edema cerebral.
Alternativa 0: INCORRETA. Alternativa ab surda! Não
® ventilação por máscara laríngea. existe indicação de procedimento neurocirúr-
® intubação traqueal, hiperventilação contro- gico no trauma antes de um exame de imagem
lada e tomografia de crânio imediata. e do diagnóstico.
© intubação traqueal, ventilação para mant er Alternativa E: INCORRETA. O u so de soluções hipos·
PC02 em torno de 40 mmHg e administração molares é proscrito nessas situações, pois pode
de nicardipina. agravar o edema cerebral.
@ trepa nação do lado di reito, onde tem prová-
vel hematoma sub dural.
Após colisão de carro, um homem de
® administração de 1 litro de solução de clore-
to de sódio a 0.45% e 500 ml de manitol a 10%. 75 36 anos tem pressão arterial de 70 x 40
mmHg. Na avaliação pri mária, observa-se ex-
.. COMENTARIO: Como tratamos um paciente tenso hemat oma perineal e crepitação óssea,
com TCE grave (Giasgow s 8)? Prevenin do a no exame da pelve. O FAST é positivo. Não
hipovolemia e hipoxemia! responde à administração de vol ume. Próxima
Temos que assegurar a via aérea do paciente in- medida:
consciente com uma via aérea definitiva (isto é:
cânula endotraqueal com cuffinsuflado, conec- ® tomografia computadorizada de abdome e
tada a um sistema de ventilação) e devemos pelve.
evitar a hipotensão a fim de manter a pressão ® fixação externa de bacia.
de p erfusão cerebral. © lavagem peritoneal diagnóstica.
Lembrem-se de que a pressão de perfusão @ embolização pélvica.
cerebral = Pressão arterial média - Pressão in- ® laparotomia exploradora.
tracraniana (PPC = PAM- PIC), portanto a hipo-
tensão é diretamente proporcional ~ piora da .. COMENTÁRIO: Até que se prove o contrário, o
perfusão cerebral. choque hemorrágico é o principal tipo de cho·
Já em casos de pacientes com sinais de hiperten- que em um cenário de trauma! Sempre que es-
são intracraniana com possível herniação uncal tamos frent e a um pacíente polit raumatizado
(anisiocoria ou trfade de cushing: hipertensão, que apresente hipotensão devemos procurar
bradicardia e bradipneia) podemos administrar uma font e de sangramento (tórax, abdome/
Manitol 20% IV ou Nacl20% em bolus (o famoso pelve e fratura de ossos longos). lembrem-se
"salgadão") e/ou hiperventilar o doente de for- de que sangramentos intracranianos não são
ma transitória (PaC02 30-35mmHg) na tentativa causa de choque hemorrágico, pois o crânio é
de reduzir o edema cerebral. uma estrutura fechada e com volu me limitado.
Alternativa A: INCORRETA. O atendimento ao pa- E dent re as causas de choque hemorrágico, o
ciente politraumatizado segue as diretrizes do abdome é a principal fonte de sangramento!
ATLS. Independente do tipo de trauma deve- Questão clássica e sem discussão. Choque
mos sempre respeitar o ABCDE, pois estamos hemorrágico, instável com FAST positivo =
tratando causas iminentes de morte. Esse pa- laparot omomia exploradora!
ciente, por estar inconsciente, não consegue Alternativa A: INCORRETA. A instabilidade hemodi-
manter sua via aérea pérvia e precisamos de nãmica contraindica a tomografia de ab dome
uma via aérea definitiva. A máscara laríngea é no trauma.
um dispositivo de via aérea temporário.
2012 157
Alternativa 8: INCORRETA. A fratura de pelve é uma urinária há "alguns meses~ Está afebril e todos
importante causa de choque hemorrágico no os sinais vitais são normais. Observa-se e palpa·
cenário de trauma e está diretamente relacio- · se uma massa, que ocupa a pelve e o hipogás·
nada a lesões intra-abdominais. Não podemos trio.~ feita inicialmente a hipótese de "bexigo·
assumir que o trauma pélvico é o único fator ma~ sendo a criança submetida a cateterismo
do choque hemorrágico da vítima. Caso o pa· vesical, com saída de 700 ml de urina clara. No
ciente estivesse estável,. o mesmo poderia ser entanto, persiste a massa ocupando pelve e hi·
submetido a uma tomografia de abdome. pogástrio. Diagnóstico mais provável:
Alt•rnativa C: INCORRETA. A laparotomia explorado·
ra já está indicada. @ infecção do trato urinário.
Alt•rnatlva D: INCORRETA. A arteriografia com em- ® hímen imperfurado.
bolização é um método auxiliar que pode ser © válvula de uretra posterior.
utilizado para o controle de hemorragias asso- @ abscesso apendicular.
ciadas à fratura pélvica, a lesões esplênicas ou ® teratoma de ovário.
hepáticas.
I R•sposta: ® .. COMENTARIO: Questão bastante difícil, mas po·
demos excluir já podemos excluir as letras A, C
eD.
Contraindicação absoluta para realiza· Alternativa A: INCORRETA. O quadro clínico não su-
76 ção de esplenectomia laparoscópica: gere ITU, o autor não nos informa se a paciente
tem disúria e o tempo é bastante prolongado.
@ Plaquetas< 20.000/mm3. Alt•rnativa C: INCORRETA. A válvula de uretra pos·
® Esplenomegalia acentuada. terior é uma doença congênita, predominao·
© Hipertensão portal. temente no sexo masculino, e com diagnóstico
@ Malignidade. precoce geralmente ainda no período antena·
® Obesidade mórbida (IMC > 40). tal.
Alternativa D: INCORRETA. Pacientes com coleções
.. COMENTARIO: A videolaparoscopia (VLP) evo· intracavitárias dificilmente não apresentam fe·
luiu muito rapidamente nas últimas décadas e bre Em pacientes pré-adolescentes com massa
atualmente já é realidade no dia-a-dia do cirur- pélvica, dor abdominal inespecífica e altera·
gião. A VLP nada mais é que uma via de acesso ções urinárias, temos que pensar em teratoma
à cavidade abdominal, e não o procedimento de ovário ou hímen imperfurado. O enuncia·
em si. Atualmente, não podemos afirmar que do não é rico em informações sobre histórico
existem contraindicações absolutas ao uso da menstrual e sobre o exame físico, então temos
VLP. a não ser pela inexperiência do cirurgião. que trabaíhar com as informações que o autor
Mas sabemos que alguns pacientes não toleram nos dá. Os teratomas de ovário são mais laterais
bem o pneumoperitônio (como em cardiopa· ao exame físico e nossa paciente apresentava
tas graves, cirróticos graves com descompensa- uma massa em hipogastro/pelve. Nesse caso
ção aguda e pacientes instáveis hemodinami· temos que pensar em hematocolpo ou hema·
camente). O autor deu como gabarito a opção tometra, que são compatlveis com o diagnósti·
"C" (hipertensão portal), que realmente é a mais co de hímen imperfurado.
correta dentre as alternativas, mas vale ressaltar I Rosposta: ®
que é uma contraindicação relativa, a depender
do estado clínico do paciente. Outras possíveis
contraindicaçôes relativas são cirurgias abdo- A respeito da crioptorquidia unilateral, é
minais prévias (risco de aderências), obstrução
int estinal intensa.
78 correto afirmar:
© A operação só deve ser feita após os 2 anos ~m relação ao tumor carcinoide gástrico,
de idade.
@ O diagnóstico é feito logo ao nascimento.
8O e correto afirmar:
sindrome carcinoide e em casos de recidiva ou cionam a acidose fet al, ou sej a, são sinais de
de metástases. sofrimento fet al intraparto.
A"ornativa D: INCORRETA. O tipo 3 apresenta maior Al t•mativa D: INCORRETA. Mais uma vez, variabili-
taxa de metástases e tem pior prognóstico. dade normal é entre 10-25 bpm.
A"•rnativa E: CORRETA. Apesar de não existirem Al t•mativa E: INCORRETA. Conforme previamente
evidências cientificas concretas em humanos, esclarecido, DIP I não é marcador de sofrimento
acredita-se que a hipergastrinemia estej a di- fetal intrap arto.
retamente relacionada com a etipat ogenia dos
t umores cardnoides de estômago. Vale lembrar
que houve um aumento considerável do uso de São modific~ções gravidicas compatíveis
IBP na população mundial, e que isso, explique
o aumento da incidência dos t umores carcinoi-
82 com gestaçao normal:
ser investigado sua etiologia: desproporção ce- I. Edefinida pela concentração de Hb < 10,5
falo-pélvica, distócia funcional de hipocontrati- g/dl.
lidade. Ea causa deve ser tratada. 11. ~ responsável por mais de 90% das ane-
mias na gestação.
111. Tem como tratamento padrão inicial a re-
85 A infecção intra-amniótica: posição de ferro parenteral.
IV. Está associada à ocorrência de prematuri-
dade e crescimento fetal restrito.
@ é de fácil diagnóstico clínico, o que facilita
introdução terapéutica (cefalosporina de 1• ge- Está correto o que se afirma em:
ração).
® é polimicrobiana, com patógenos anaeró- @ l, ll,llle iV.
bios, aeróbios e bacilos Gram-negativos. ® I, 11 e 111, apenas.
© ocorre sobretudo por via hematogênica e © I e 111, apenas.
transplacentária. @ 11 e IV, apenas.
@ ocorre em 25% das gestações. ® IV, apenas.
® está associada à ocorrência de mecôneo e
latência entre rotura de membranas e parto < li> COMENTÁRIO: Apenas 11 e IV são corretas, ex-
12 horas. plicaremos uma a uma: I. A concentração de
hemoglobina se encontra reduzida durante a
Alternativa A: INCORRETA. Os casos clássicos de in· gravidez, resultado da hemodiluiçào (aumento
fecção intra-amniótica são de fácil diagnóstico de até 50% do volume plasmático e de até 30%
clínico; em geral, associam-se a amniorrexe pre- da massa eritrocitária); gestantes com hemoglo·
matura. No entanto, podem acontecer também bina < 11 g/dl no primeiro e no terceiro trimes-
em membranas íntegras, muitas vezes associa- tres ou < 10,5 g/dl no segundo trimestre seriam
dos a trabalho de parto prematuro, quadro este consideradas anêmicas. Apesar dessa variação
de diagnóstico mais difícil. Feito o diagnóstico, ocorrer, é consenso utilizar os valores de hemo-
deve-se proceder com a resolução da gestação globina inferiores a 11 g/dL para a definição de
(de preferência, via vaginal) e o inicio imediato anemia na gestação. Além disso, para a definição
de antibioticoterapia de amplo espectro, sen- de anemia ferropriva, é necessário demonstrar
162 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
diminuição dos estoques de ferro e melhora firmado, não se inicia o uso de uma medicação
com a reposição de ferro. 11. A deficiência de com significativa toxicidade.
ferro é responsãvel por 90-95% das anemias na Alternativa 8: INCORRETA. A repetição da ultrasso-
gestação. 111. A primeira linha de tratamento é o nografia deve ser considerada quando os va-
uso de sais de ferro por via oral; utiliza-se a via lores de beta-hCG ainda não atingiram o limiar
parenteral apenas em casos de grave intolerân- mínimo para a visualização de imagem intrau-
cia gastrointestinal ou quando a anemia grave terina, o que não é o caso. Ademais, caso seja
é detectada no terceiro trimestre. IV. Embora os uma gestação ectópica, 7 a 1Odias são tempo
efeitos da anemia materna no feto não estejam suficiente para a sua rotura, com risco iminente
claramente estabelecidos, há associação com de vida, motivo pelo qual a vigilância tem que
prematuridade, abortamento, restrição de cres- ser intensa e a reavaliação, portanto, num pe-
cimento intrauterino e óbito fetal. ríodo mais curto de tempo.
AlternativasA, 8, Ce E: INCORRETAS. Conforme expli- Alternativa C: INCORRETA. Não se deve fazer lapa-
cado acima. rotomia exploradora sem diagnóstico firmado,
I Resposta: @ a menos que a paciente estivesse instável he-
modinamicamente (o que corroboraria para a
hipótese de gestação ectópica rota), o que não
Paciente de 20 anos com ciclos mens· é o caso. já que houve tempo hábil, inclusive,
87 truais previamente regulares procura
pronto-atendimento com queixa de sangra-
para a realização de exame de imagem.
Alternativa D: INCORRETA. Novamente, não se deve
menta genital há 2 horas, após atraso mens- administrar misoprostol para um quadro clínico
trual de 1O dias. Ao exame físico apresenta-se ainda sem diagnóstico. E, mesmo se fosse um
afebril, com abdome indolor; exame especular abortamento, não haveria indicação de condu-
= pequena quantidade de sangue coletado em ta ativa, pois eco endometrial inferior a 20 mm.
fundo de saco posterior; toque = colo grosso, Alternativa E: CORRETA. A concentração sérica de
posterior, impérvio e indolor à mobilização. So· beta-hCG em casos de gestação ectópica tende
licitados os exames: beta-hCG quantitativo = a ser menor do que a observada na gestação
2.200 mUI/ml e ultrassonografia transvaginal tópica evolutiva de mesma idade. A gestação
que revela eco endometrial = 1O mm, sem de- tópica inicial exibe a capacidade de duplicar o
mais alterações. Conduta esperada: título de beta-hCG entre 1,4 e 3,5 dias. Em 48
horas, ocorre elevação dos títulos de beta-h·
@ metotrexato intramuscular. CG de pelo menos 53% em 99% das gestações
® repetir ultrassonografia transvaginal em 7 a evolutivas. Neste caso, a mensuração do beta·
10 dias. -hCG em 48 horas pode revelar uma oportu-
© laparotomia exploradora. nidade para a diferenciação entre um aborto
@ administrar misoprostol via vaginal e oral. completo (útero vazio, eco endometrial de 1O
®repetir beta·hCG quantitativo em 48 horas. mm} se o beta·hCG estiver em franca queda ou
aumentar a suspeita de gestação ectópica, se o
.. COMENTARIO: Este é um caso de gestação de beta·hCG apresentar ligeira ascensão. t pouco
localização indeterminada. Em nenhum mo- provável se tratar de gestação tópica, pois o
mento, se identificou saco gestacional tópico valor di criminatório de beta-hCG para visuali-
ou massa anexial, para considerarmos as hipó- zação de imagem intrauterina atualmente é de
teses de aborto completo ou gestação ectópi- 1.5002.000 mUI/ml.
ca, por exemplo. Neste momento, não é possf-
vel estabelecer com segurança o diagnóstico
diferencial. Paciente 3 gesta 1 para (cesárea) 1 aborto
Alternativa A: INCORRETA. A administração intra-
muscular de metotrexato pode ser utilizada na
88 (espontâneo}, 34 anos. com hipertensão
arterial pré-gestacional, em uso de metildopa
terapêutica medicamentosa da gestação ectó- 1,5 mg/dia, é atendida em consulta de pré-na-
pica e nas doenças trofoblásticas gestacionais; tal com 38 semanas. Ao exame: pressão arterial
no entanto, na ausência de um diagnóstico = 130 x 90 mmHg; altura uterina = 30 em; di-
2012 163
nâmica uterina ausente; toque = colo grosso, intensos. Informa que faltam dois ou três com-
posterior dilatado 2 em, membranas íntegras, primidos para acabar a cartela de anticoncep-
apresentação cefálica; amnioscopia = líquido cional atual e que nunca teve quadro clínico
claro com grumos grossos. Ausência de ede- parecido. Ao exame ginecológico, nota-se
mas. Prova de vitalidade fetal revela feto ativo vulva hiperemiada e com edema leve, mucosa
com índice de líquido amniótico normal. Con- vaginal hiperemiada e presença de leucorreia
duta: branca em grumos, alguns aderentes à muco-
sa. Colo normal. Toque vaginal: nada digno de
® solicitar ultrassonografia obstétrica. nota. Neste caso:
® aumentar metildopa para 2 g/dia.
© aguardar trabalho de parto. ® espera-se, ao exame microscópico da secre-
@ indicar cesárea. ção, o encontro de clue·cells (ou células-alvo)
® solicitar proteinúria de 24 horas. e liberação de odor fétido quando em contato
com KDH 10%.
AH•rnatlva A: CORRETA. Deve-se solicitar ultrasso- ® espera-se encontrar hifas ao exame micros-
nografia obstétrica suspeitando de restrição de cópico da secreção e o pH deve ser mais ácido
crescimento fetal, pois altura uterina incompa- do que o normal.
tível com idade gestacional e índice de líquido © o provável agente etiológico é bacteriano e
amniótico normal. o tratamento deve ser feito com derivados imi-
AH•rnativa B: INCORRETA. Não há indicação de dazólicos.
ajuste de medicação com níveis pressóricos de @ espera-se, que o pH vaginal esteja elevado
130x90mmHg na segunda metade da gravidez. e o tratamento deve ser feito com derivados
AH•rnativa C: INCORRETA. Pode-se aguardar até 40 triazólicos.
semanas o trabalho de parto espontâneo. des- ® a nistatina é um antibiótico adequado, pois
de que o feto não seja restrito, não haja altera- a provável bactéria causadora é sensível a essa
ções de vitalidade fetal e a hipertensão esteja substância em mais de 80% dos casos.
controlada. No entanto, não se sabe se há ou
não diagnóstico de restrição de crescimento I> COMENTÁRIO: Questão anulada pois todas as
fetal; caso haja, na vigência de hipertensão ar- alternativas apresentam erros conceituais. Qua-
terial pré-gestacional, indica-se o parto com 37 dro clínico típico de candidíase vaginal, no qual
semanas. o pH vaginal é normal (<4,5), o testedasaminas
AH•rnativa 0: INCORRETA. Ainda que não se deva é negativo, o agente etiológico é um fungo e o
levar a gestação a pós-datismo, devido a hi- tratamento inicial é o fluconazol via oral e/ou
pertensão arterial crônica, a cesárea eletiva só cremes vaginais de derivados azólicos.
deverá ser realizada com 40 semanas de idade Alt•mativa A: INCORRETA. Achados sugestivos de
gestacional, respeitando-se o controle de vitali- vaginose bacteriana.
dade e crescimento fetais. Alt•mativa B: INCORRETA. O pH deve estar normal;
Alt•rnatlva E: INCORRETA. A protein úria de 24 horas casos com pH mais ácido sugerem vaginite ci-
deve ser solicitada quando se suspeita de pré- tolítica.
-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial; Alt•mativa C: INCORRETA. O provável agente etioló-
tal suspeita pode ser levantada diante de piora gico é fúngico.
importante do controle pressórico, o que não Alt•mativa O: INCORRETA. Espera-se um pH normal.
é o caso. logo, nâo é necessário solicitar pro- Alt•rnativa E: INCORRETA. O provável agente etioló-
teinúria de 24 horas. gico é fúngico.
pronto atendimento com queixa de corrimen- ® Oligúria < 1.000 mVdia; plaquetopenia <
to vaginal que aparece amarelado nas roupas 50.000 plaquetas/mm'.
íntimas, refere também ardor e prurido genital
164 PreparatórioparaResidência M~dica SUS/SP
® Pressão arterial sistólica = 140 mmHg; pres- Alternativa A: INCORRETA. A ultrassonografia obsté-
são arterial diastólica = 100 m mHg. trica poderia até ser solicitada, quando obser-
© Proteinúria = 5 g/24 horas; edema agudo de vamos que a altura uterina está pequena para
pulmão. a idade gestacional (restrição de crescimento
@ Oligúria < 1.000 ml/dia; proteinúria =5 g/24 fetal? oligoámnio?), porém a dopplervelocime-
horas. tria obstétrica só estaria indicada caso descon-
® Edema agudo de pulmão; p ressão arterial fiássemos de insuficiência placentária, o que,
diastólica = 100 m mHg. pelo enunciado, não é pos.sível de ser inferido.
Analisemos as demais alternativas
Alternativa A: INCORRETA. Consideram-se crit érios Alternativa B: INCORRETA. A paciente não apresenta
de gravidade: oligúria (<400ml/dia) e a pla- critérios de internação no momento para rea-
quetopenia (<100.000/mm') chama atenção lização de parto {seja vaginal ou cesáreo). Em
para uma provável sfndrome HELLP. que é uma uma paciente com diagnóstico de pós-datis-
forma grave de pré-eclãmpsia. mo, os critérios de resolução da gestação são:
restrição de crescimento fetal ou macrossomia;
Alternativa B: INCORRETA. Consideram-se crité- oligoâmnio; sofrimento fetal {representado por
rios de gravidade: PAS ;, 160 e/ou PAD ;;: 11 O liquido meconial ou alteração de cardiotoco-
mmHg, confirmadas em duas aferições, com grafia); comorbidade materna; colo uterino fa-
intervalo de 2 horas, com paciente em repouso. vorável (lndice de Bishop maior ou igual a 6);
Alternativa C: CORRETA. Consideram-se critérios de idade gestacíonal maior que 41 semanas (em
gravidade: proteinúria ;;: Sg/24h, cianose e/ou alguns serviços, considera-se 42 semanas como
edema pulmonar. p razo final para internação).
Alternativa 1>: INCORRETA. Consideram-se critérios Alternativa C: INCORRETA. Pelos mesmos motivos
de gravidade: oligúria (<400ml/dia) e proteinú- explanados na letra B.
ria ;;: Sg/24h. Alternativa 1>: INCORRETA. Pode-se aguardar o tra-
Alternativa E: INCORRETA. Consideram-se critérios balho de parto espontâneo até 41 semanas (ou
de gravidade: cianose e/ou edema pulmonar, 42 semanas de acordo com alguns guidelines),
PAS ;, 160 e/ou PAD;, 11 O mmHg, confirmadas desde que a paciente seja examinada a cada 2-
em duas aferições, com intervalo de 2 horas, 3 dias e realizado perfil bioffsico fetal simples
com paciente em repouso. {cardiotocografia e medida do índice de líquido
amniótico).
GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11 · Alternativa E: CORRETA. Deve-se seguir a paciente
JULIANA GIROTTI SPERANDIO com exame físico e perfil b iofísico fetal e, caso
não entre em t rabalho de parto espontâneo,
deve retornar em 7 dias para reavaliação e in·
ternação com 41 semanas (novamente, em al-
91 Primigesta de 20 anos, 40 semanas de
gestação, sem doença, apresenta-se em
consulta de p ré-natal sem queixas. Ao exame
guns protocolos, utiliza-se o pós-termo como
data limite, porém 41 semanas é o limite mais
físico geral, não se constatam alterações; altura aceito entre os diferentes consensos).
uterina = 34 em; dinâmica uterina ausente; fre-
quência cardíaca fetal= 132 bpm; toque= colo
grosso, posterior e impérvio. Conduta:
@ tabagismo, antecedente pessoal de doença teve qualquer evento vascular arterial ou veno-
sexualmente transmissível e imunodeficiência. so que contraindicasse o método.
® início precoce da atividade sexual, preserva- ® manter a pílula anticoncepcional combina-
tivo como método anticoncepcional e multipa- da, pois ela é de baixa dose e, sendo assim, não
ridade há qualquer efeito potencializador ou somató-
rio aos riscos associados ao tabagismo.
.,_ COMENTÁRIO: São considerados fatores de ris-
co para desenvolvimento de câncer de colo de Alternativa A: CORRETA. Para pacientes t abagistas
útero: infecção por vírus HPV de alto risco (es- com mais de 35 anos, é contraindicado o uso de
pecíalmente subtipos 16 e 18); múltiplos par- estrôgenios em Anticoncepcionais Orais (ACO)
ceiros e/ou início precoce da vida sexual; imu- combinados, devendo, então, ser trocado por
nodepressâo; tabagismo; desnutrição. Dessa outro método não hormonal ou contendo ape-
maneira, percebe-se que os principais fatores nas progestágenos.
de risco estão contemplados na alternativa D Alternativa 8: INCORRETA. O tabagismo não é con-
da questão. Deve-se ressaltar que antecedente tra indicação absoluta ao uso do ACO hormonal,
pessoal de doença sexualmente transmissível sendo a contraindicação formal apenas refe-
aparece na alternativa, significando provável rente ao ACO combinado, em pacíentes acima
contato com o vírus HPV, o que configura fa- de 35 anos.
tor de risco para evolução à neoplasia cervical, Alternativa C: INCORRETA. Como já comentado, po-
como já apresentado. de-se utilizar a terapia progestagênica como
I Resposta: @ método contraceptivo nestas pacientes.
Alternativa O: INCORRETA. Deve-se suspender a pí-
lula combinada, pelos motivos já explanados.
Mulher de 36 anos vai ao ginecologista Alternativa E: INCORRETA. Independente da dosa-
93 e para rot ina preventiva. Não apresenta
queixa sempre teve boa saúde, nunca teve
gem hormonal, é contraindicado o uso do es-
trogênio sintético como contraceptivo combi-
qualquer problema sério de saúde. Refere ser nado em tabagistas com mais de 35 anos.
tabagista de cerca de 20 cigarros por dia há
cerca de 15 anos. Faz uso de pílula anticoncep-
cional do tipo combinada de baixa dose como Situações qu': se associam a aumento de
método contraceptivo há muitos anos, a qual
está muito bem adaptada. Com relação à pílula,
94 rosco para o cancer de mama:
-
......'
Ptoaossox
2
- L..J
Prncessoy
Alternativa E: INCORRETA. O sistema duas células-
·duas gonadotrofinas ocorre parte na camada
granulosa e parte na camada da teca ovariana
alguns tipos de progestágenos contínuos, po- 11> COMENTARIO: Pelo enunciado, temos 2 tipos
rém, a paciente, neste caso, é assintomática e de lesões vulvares caraterfsticas: 1: cancro duro
os miomas são pequenos, não indicando tra- ou sífilis primária: lesão ulcerada, de fundo lim-
tamento. po, indolor, com linfadenopatia inguinal ipsila-
Alternativa B: INCORRETA. Os achados ultrassono- teral em geral não dolorosa; 11: herpes simples
gráficos de útero discretamente aumentado e vulvar: lesão que inicia-se em forma de vesfcu-
míomatose uterina não contraindkam trata- la de base eritematosa, que, após alguns dias,
mento com anticoncepcionais. rompe-se a úlcera dolorosa e evolui com a for-
Alternativa C: INCORRETA. Pelo mesmo motivo mação de crostas; pode estar associada à linfa-
explanado na letra A, não há indicação de tra- denopatia inguinal ipsilateral dolorosa. Dessa
tamento no momento, nem clinico nem cirúr- forma, temos:
gico, já que a paciente não apresenta sintoma- Alternativa A: INCORRETA: O diagnóstico é clínico
tologia decorrente da miomatose uterina. de ambas as lesões, e não por isolamento direto
Alternativa D: INCORRETA. A taxa de degerenara- do microorganismo. No cancro duro, pode-se
ção maligna miomatosa é menor que 1%, não realizar pesquisa em campo escuro do trepone-
sendo indicado estudo anatomopatológico ma, e no herpes simples pode-se realizar o teste
em todos os casos. de Tzanc (raspado da lesão com visualização de
Alternativa E: CORRETA. De fato, os miomas não células multinucleadas).
prevalentes na população feminina, em geral Alternativa 8: INCORRETA. Lesão I é sugestiva de can-
assintomáticos. e podem apresentar-se como cro duro, causado pelo Treponema pallidum.
achado de exame de imagem de rotina. Alternativa C: INCORRETA. Lesão B descreve o her-
pes simples.
Alternativa D: CORRETA. Tratamento da sffilis pri-
Considere as seguintes lesões vulvares mária de escolha é penicilina G benzatina 2.4
97 (próximas ao introito vaginal), ambas
surgidas há menos de uma semana:
milhões UI dose única, pode-se usar tetracicli-
nas em caso de indisponibilidade do primeiro
antibiótico.
I. Lesão ulcerada indolor de bordas salientes e Alternativa E: INCORRETA. O tratamento do herpes
endurecidas, baseavermelhada não purulenta. simples é realizado com aciclovir.
Presença de linfadenomegalia inguinal discre-
ta homolateral.
11. Vesículas coalescentes dolorosas, algumas A causa ma i~ frequente de s~ngram e n to
rotas com exulceração e crostas. Presença de
gânglios inguinais um pouco aumentados e
98 uterono na pos-menopausa e:
ria no produtor de estrogênio pode causar san- Alternativa A: INCORRETA. A vacina quadrivalente
gramento uterino, porém deve ser considerado ainda não possui efeitos bem estabelecidos re·
em casos de sangramento uterino verdadeiro !acionados à involução de lesões causadas pelo
em crianças. Resposta, portanto, letra E. HPV, mas apenas à prevenção da infecção pelo
I Resposta: ® vírus antes da exposição ao mesmo.
Alternativa B: CORRETA. Como já dito, os sorotipos
6 e 11 estão maiscorrelacionados com o desen-
99 Mulher de 23 anos, com vida sexual ativa, faz volvimento de verrugas genitais, e o 16 e 18 a
uso de pílula anticoncepcional como método lesões pré-malignas do colo uterino.
contraceptivo. Sem parceiro sexual fixo, infor· Alternativa C: INCORRETA. As lesões, de maneira
ma que pede ao parceiro que utilize preserva- geral, involuem espontaneamente, porém,
tivo nas relações, mas nem sempre é atendida. algumas mulheres têm desejo de exérese das
Apresenta lesão vulva r verrucosa, com aspecto mesmas.
de couve·flor na fúrcula, medindo cerca de 4 Alternativa 0: INCORRETA. Apesar de existirem ou·
mm de diametro e outra, imediatamente ao tros métodos preferiveis à exérese com bisturi
lado, com as mesmas características e com 2 (aplicação de podifinina, ATA, criocautério),
mm de dia metro. A vulvoscopia após aplicação este método pode ser utilizado, principalmente
de ácido acético a 5%, as lesões se mostram em casos de condilomas extensos, com bons
acetorreagentes. Colposcopia e vaginoscopia resultados. A taxa de recidiva das lesões corre-
normais. A biópsia da lesão vulvar maior reve- lacionam-se com o dearance do vírus em si. e
lou eixo vascular conjuntivo recoberto por epi- não com a retirada com ou sem margens.
télio com coilocitose, acantose, hiperqueratose Alternativa E: INCORRETA. No caso do granuloma
e papilomatose, sem atipias nucleares na cama· inguinal, as lesões são vegetantes ulceradas e
da basal do epitélio. ~ correto afirmar que: não exofíticas. provavelmente estaria descrita
presença de linfonodomegalia confluente.
® em casos como esse, a vacina contra o pa-
pilomavírus humano apresenta efeito terapêu·
tico similar aos agentes destrutivos químicos. Jovem de 19 anos, estudante universi·
® os sorotipos 6 e 11 do papilomavírus h uma·
no são os mais frequentemente envolvidos em
1OO tária, nuligesta, procura atendimento
ginecológico queixando-se de cólicas mens·
lesões como as descritas. truais, principalmente no primeiro dia, com
© a chance de remissão espontanea das lesões moderada intensidade e que normalmente não
é menor do que 10%. a incapacitam. Nega surgimento da dor antes
@ a excisão a bisturi de lesões desse tipo não do fluxo menstrual. Informa que as cólicas se
deve ser realizada, pois se associa à elevada tornaram mais frequentes nos últimos anos,
taxa de recidiva nas margens. justamente quando os ciclos menstruais pas-
® apesar de sugestivo de infecção pelo papi· saram a ser mais regulares. Tomou antiespas·
lomavírus humano, um diagnóstico diferencial módicos comuns indicados por sua mãe, mas
a ser considerado, neste caso, é o granuloma sem bons resultados. Refere atividade sexual
inguinal, acometendo a vulva. esporádica, quando usa preservativo, e nega
dispareunia. Ao exame ginecológico: nada dig·
,.. COMENTARIO: A questão remete à lesão vulvar, no denota.
apresentando todas as características clínicas e
anatomopatológicas que sugerem condiloma ® A produção endometrial aumentada de
acumínado causado pelo HPV (principais soro- prostaglandinas encontra-se na base da fisio·
tipos 6 e 11): lesões verrucosas, em geral múlti· patologia desse distúrbio.
pias, indolores, acetorreagentes após aplicação ® Apesar da vida sexual, a pílula anticoncep·
de ácido acético que à biópsia pode apresentar cional deve ser evitada neste caso, pois é sabi·
coilocitose (vacuolízação perinuclear), acantose, do que pode piorar os sintomas.
hiperqueratose e papilomatose; e, por se tratar © Antes de qualquer iniciativa de tratamento,
de lesão benigna, em princípio não apresentam é obrigatório realizar exame de ultrassonogra·
atipias nucleares. Vejamos as alternativas: fia pélvica.
2012 169
© O Sistema de Informações sobre Nascidos Vi· ® a vacina inativada da hepatite A é bem tole·
vos (SINASC) usa a declaração de nascido vivo, rada, porém pouco imunogênica.
para sua alimentação. ® o risco de transmissão vertical é maior na
@ O nível de eficiência do Sistema de Infor- hepatite B do que na hepatite C, ocorrendo em
mação sobre Mortalidade (SIM) depende do 70 a 90% dos casos cujas gestantes apresentem
preenchimento integral e adequado da decla- replicação virai.
ração de óbito. © na hepatite C o risco de transmissão vertical
® O enfoque epidemiológico na construção dos pode chegar a 50% nas gestantes coinfectadas
SI em saúde é essencial para a constituição do como HIV.
conhecimento sobre o processo•saúde-doença~ @ o paciente infectado pelo vírus da hepatite
C apresenta anti-HVC reagente, indicando que
Alternativa A: INCORRETA. O Sistema de Informação o mesmo tornou-se um portador crônico da
de Agravos de Notificação (Sinan) é alimentado, doença.
principalmente, pela notificação e investigação ® o anticorpo lgG contra o antígeno do núcleo
de casos de doenças e agravos que constam da do vírus B (anti·HBc lgG) é o marcador que indi·
lista nacional de doenças de notificação com- ca contato prévio com o vfrus, desaparecendo
pulsória, mas é facultado a estados e municí- ao longo de 5 a 1Oanos após a infecção.
pios incluir outros problemas de saúde impor-
tantes em sua região, como varicela no estado Alternativa A: INCORRETA. Aprenda um pouco so·
de Minas Gerais ou difilobotrfase no município bre essa Vacina. Vacina contra hepatite A - A
de São Paulo. infecção pelo vírus da hepatite A é prevalente
Alternativa B: CORRETA. O Sistema de Informação em alguns países. Viajantes para áreas endê·
Sobre Mortalidade (SIM) desenvolvido pelo micas ou pacientes com risco para a infecção
Ministério da Saúde, em 1975, é produto da têm indicação de receberem a vacina. Está in·
unificação de mais de quarenta modelos de ins- dicada, também, para pessoas com hepatopa-
trumentos utilizados, ao longo dos anos, para tias crônicas suscetíveis à hepatite A. A vacina
coletar dados sobre mortalidade no país. Possui é imunogênica na população saudável, porém
variáveis que permitem, a partir da causa mor· parece ser menos imunogênica em pacientes
tis atestada pelo médico, construir indicadores imunocomprometidos. Na pós-infecção, pode
e processar análises epidemiológicas que con· ser feita a profilaxia com imunoglobulina. Pou·
tribuam para a eficiência da gestão em saúde. ca ou nenhuma informação existe em relação à
Alternativa C: CORRETA. O DATASUS desenvolveu o exacerbação de doença reumatológica.
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos Alternativa B: CORRETA. Acredita-se que a transmis-
(SINAS() visando reunir informações epidemio· são do HBV no parto seja o modo mais frequen·
lógicas referentes aos nascimentos informados te de transmissão vertical. O mecanismo pode
em todo t erritório nacional. Sua implantação incluir microtransfusões de sangue materno
ocorreu de forma lenta e gradual em todas as durante o trabalho de parto, infecção após rup-
Unidades da Federação. tura de membrana, contato direto com mem-
Alternativa O: CORRETA. Questão autoexplicativa. branas mucosas com secreções ou sangue in -
A Declaração de Óbito deve ser corretamente fectados no t rato genital. Lee et ai. estudaram
preenchida, evitando-se causas genéricas: 1) 125 neonatos de mães infectadas e detectaram
Parada Respiratória 2) Parada Cardíaca e Afins. positividade para o HBsAg em 33% das amos·
Alternativa E: CORRETA. Através dos Dados dos Sis- tras de liquido amniótico, 50% das amostras
temas de Informações (Sis) é possível traçar o de sangue de cordão, 71% das amostras de lei-
20B 173
te a transmissão é feita pelo contato pessoa a O Programa de Saúde da Família (PSF) foi
pessoa, não ocorrendo a exposição simultânea
a um determinado agente.
06 criado pelo governo federal brasileiro há
mais de 12 anos. Sobre o seu funcionamento, é
© Vieses de seleção são distorções nas estima- CORRETO afirmar que:
tivas de efeito devido a erros de mensuração/
aferição da exposição e/ou desfecho de interes- ® A figura do Agente Comunitário de Saúde
se, levando à classificação errônea dos partici- (ACS) é importante na equipe do PSF, embora
pantes do estudo em termos do seu status de sua profissão ainda não seja regulamentada
doença e/ou exposição. por lei.
@ Significância estatística refere-se à probabili· ® As equipes de saúde multiprofissionais são
dade de que uma diferença entre os grupos es- responsáveis pelo acompanhamento de um
tudados tenha acontecido somente pelo acaso. número definido de famílias, localizadas em
Quanto maior essa probabilidade, maior a sig- determinada área geográfica, trabalhando in-
nificância estatística. dependentemente das Unidades Básicas de
® Recidiva é o reaparecimento ou recrudesci- Saúde (UBS).
mento de sintomas de uma doença, antes do © O PSF inclui ações de promoção e prevenção
doente apresentar-se completamente curado. de saúde, enquanto as ações ligadas à recupera-
ção e reabilitação de doenças e agravos frequen·
Alternativa A: INCORRETA. lembre-se conforme os tes na comunidade são direcionadas a outras
comentários de 20 11 e 20 12, Prevalência é a instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS).
fotografia dos casos NOVOS E ANTIGOS juntos. @ Uma portaria do governo federal, de 2006,
Alternativa 8: CORRETA. Seguem os tipos de Epi· estabeleceu que o PSF é a estratégia do Minis·
demia: Fonte comum: ocorre em situações nas tério da Saúde prioritária para organizar a Aten-
quais a exposição da população suscetível se ção Básica de saúde à população brasileira.
dá em relação a uma fonte comum de deter- ® Dentre as diversas atribuições dos membros
minado patógeno, permitindo que os casos de uma Equipe da Saúde da Família (ESF), não
apareçam em rápida sucessão e num curto pe- se inclui a de realizar busca ativa e notificação de
ríodo. Como exemplo poderíamos citar uma doenças e agravos de notificação compulsória.
epidemia por toxi-infecção alimentar entre
indivíduos que participaram, horas antes, de Alternativa A: INCORRETA. LEI N° 11 .350, DE 5 DE
uma mesma refeição contaminada por estafi· OUTUBRO DE 2006.: Art. 1o As atividades de
lococos produtores de uma enterotoxina ter- Agente Comunitário de Saúde e de Agente de
moestável. Progressivas ou propagadas: como Combate às Endemias, passam a reger-se pelo
a própria denominação sugere, a progressão disposto nesta Lei.
nesse caso é mais lenta e a transmissão do Alternativa B: INCORRETA. As equipes de saúde tra·
agente etiológico ocorre de pessoa a pessoa balham em apoio mútuo as Unidade Básicas de
ou por vetor, implicando geralmente a multi· Saúde.
plicação do agente no hospedeiro e a necessi- Alternativa C: INCORRETA. Apesar do nome UNIDA-
dade de sua eliminação para atingir um outro DE BÁSICA, o PSF também auxilia na recupera·
indivíduo suscetfvel. ção de reabilitação de doenças e agravos.
Alternativa C: INCORRETA. Viés de Seleção é um Alternativa 0: CORRETA. PORTARIA N° 648, DE 28
erro na escolha de individuas, tornando os DE MARÇO DE 2006: Aprova a Polftica Nacional
grupos de heterogêneos, causando distorções de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
nas analises. diretrizes e normas para a organização da Aten-
Alternativa 0: INCORRETA. Quanto menor a chance ção Básica para o Programa Saúde da Família
de um evento ocorre ao acaso, maior a força (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de
de associação e a significância estatística. Saúde (PACS).
Alternativa E: INCORRETA. A Recidiva é o reapare- Alternativa E: INCORRETA. t dever dos membros do
cimento do sintoma ou doença após o doente PSF identificar e notificar as doenças e agravos
se apresentar curado. de notificação compulsória da sua região.
20U 175
Em relação à leishmaniose vísceraI (cala- para áreas urbanas de médio e grande porte e
O7 zar) é INCORRETO afirmar: se tornou crescente p roblema d e saúde pública
no país e em outras áreas do continente ameri-
@ A confirmação de infecção assintomática é cano, sendo uma endemia em franca exp ansão
feita no paciente com exame sorológico rea- geográfica. É uma doença crônica, sistêmka,
gente ou parasitológico positivo. caracterizada p or febre de longa duração, p er-
® E doença de alta incidência, ampla distribui- da de peso, astenia, adi namia e anemia, dentre
ção, com formas graves e fatais. outras manifestações. Quando não tratada,
© Nas áreas endêmicas, acomete pessoas de pode evoluir para óbito em mais de 90% dos
todas as idades, p rincipalmente crianças meno- casos.
res de 1O anos. Alternativa C: CORRETA. Crianças e idosos são mais
@ ~ doença endêmica no Brasil, mas têm sido susceptíveis. Existe resposta humoral detecta-
registrad os su rtos frequentes. da através de ant icorpos circulantes, que pare-
® Nas cinco regiões do Brasil, a doença é limi- cem ter pouca importância como defesa.
tada a áreas rurais e a pequenas localidades Alternativa D: CORRETA. No Brasil, a Leishmaniose
urbanas. Visceral é uma doença endêmica com registro
de surtos frequent es.
Alternativa A: CORRETA. As infecções inaparentes Alternativa E; CORRETA. Teoricamente, este i tem
ou assintomáticas são aquelas em que não há era para ser incorret o, pois o Calazar avançou
evidência de manifestações clínicas. O diagnós- gradualmente para áreas Urbanas (vide Trecho
tico, quando feito, é pela coleta d e sangue para abaixo), no entant o a banca d o concurso acei-
exames sorológicos (imunofluorescência indi- tou recurso como este item também correto
reta/IFI ou enzyme linked immmunosorb ent d evido o p red omínio persistir em áreas rurais e
assay/Eiisa) ou através da in tradermorreação urbanas menores.
de Montenegro reativa. •Inicialmente, sua ocorrência estava limitada a
Alternativa B: CORRETA. A Leishmaniose Víscera! dreas rurais e a pequenas localidades urbanas
(LV) foi p rimariamente uma zoonose, caracteri- mas atualmente encontra-se em franca expan-
zada como doença de caráter eminentemente são para grandes centros.""
ru ral. Mais recentemente, vem se expandindo Quest ão Anulada. Todos itens corretos.
Analise o seguinte caso clínico:•Feminino, 36 anos. Há 20 anos t eve febre reumática e, como
O8 complicação, estenose mitral. Há cinco anos vem apresentando insuficiência cardíaca con-
gestiva compensada com t ratamento clínico. Há quatro anos com hipertensão arterial sistêmica, de
difícil controle. Há oito meses, com quadro de insuficiência cardíaca congestiva irreversível. Faleceu
com esse quadro.• A causa t erminal (ou imediat a) da morte nesse caso clínico é:
@ Estenose mitral.
® Arritmia cardíaca.
© Febre reumática.
@ Insuficiência cardíaca congestiva.
® Hipertensão arterial sistêmica.
Alternativa A: INCORRETA. A estenose mitral foi uma causa intermediária entre a febre reumática e a
insuficiência cardíaca.
Alternativa B: INCORRETA. Arritmia p ode ser um desfecho nos casos de insuficiência cardíaca, no entan-
to, em nenhum momento o caso cita tal condição.
Alternativa C: INCORRETA. A Febre Reumática foi a causa inicial de t odo p rocesso que culminou com
óbito.
176 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
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~~~~-~ _. Oucros ntados patOIOglcos algnlhuthlos que COI'IIr•bulram
muito boa, conferindo proteção, após o esquema completo de 90-95% para a difteria, 77-95% para
a coqueluche e 100% para o tétano~
Alternativa 0: CORRETA. Questões de Vacina são sempre presentes em concursos. Atenção para o calen-
dário de 2016. A vacina tríplice vira! é realizada em duas doses: aos 12 meses e ATUALMENTE entre
quatro e seis anos.
fetantes comuns e a determ inadas condições t ação, sendo de suma gravidade a ação terato-
ambientais. gênica nest e período.
Alt•rnativa E: INCORRETA. A Leptospira é uma bac-
téria AERÓBIA.
sional, a via vertical adquiriu maior importância Paciente 1- TSH superior a 30 mcU/ml.
na transmissão da doença de Chagas (DC). A Paciente 11 - poliartrite crônica em mãos e
alta possibilidade de cura da doença de Chagas rigidez matinal.
congênita (DCC) faz com que seu diagnóstico Paciente 111 - eletroforese de hemoglobina
seja imperativo. com HbA2 superior a 4%.
Alternativa O: INCORRETA. O periodo de incubação
da Doença de Chagas varia de acordo com a via Anemias microdtica, normocítica e macrocítica
de transmissão, sendo de 5 a 15 dias na vetorial, serão encontradas com maior probabilidade,
de 30 a 40 dias na via transfusional, do quarto respectivamente. nos pacientes:
ao nono mês de gestação na via transplacentá-
ria e cerca de 7 a 22 dias para via oral. ® l, lll e ll.
Alternativa E: INCORRETA. Na fase aguda e nas for- ® 111, 1e 11.
mas crônicas da doença de Chagas o diagnós- © I, 11 e 111.
tico do agente causador poderá ser realizado @ lll,lle l.
pela detecção do parasito por meio de méto- ® ll, llle l.
dos laboratoriais de visualização do parasito
20U 183
.. COMENTARIO: Três pacientes. três anemias: ® Linfoma de Hodgkin, síndrome de cava su·
uma microdtica, uma normodtica e outra ma- perior e radioterapia.
crodtíca.
Vamos facilitar nossa vida e procurar primeira· .. COMENTÁRIO: Parece que ter revisado Hema·
mente a resposta que encaixa melhor com ma- tologia foi um bom negócio nesse ano. A pro·
crocitose. Esta é encontrada em situações de va do SUS gosta de "forçar• uma especialidade
deficiência de folato/ácido fólico e/ou vitamina a cada ano. Em 20 11, foi reumato, em 2014,
B12. Ou quando algo está ocorrendo para que pneu mo, em 2013, hemato... sempre tem a
a função do folato não esteja sendo executada. predileta. Qual será a desse ano? A questão
Como exemplos, temos o uso de medicações impõe respeito ao perguntar sobre um tema
que inibem o folato (Metotrexate, Sulfadiazi- obscuro para a maioria dos candidatos: HIPER·
na ...), Anemia Perniciosa, Alcoolismo, Hipoti· VISCOSIDADE. Responder a questão é que não
reoidismo e etc. Então, qual paciente se encaixa era tão complicado assim. Ele pede diagnósti·
aqui? Sem dúvidas, o paciente número I, pois co, manifestação e tratamento mais prováveis.
apresenta um hipotireoidismo importantíssi· Dessa maneira, vamos descartar as alternativas
mo (TSH >30 mcg/ml). que não fazem sentido entre si, depois as que
Agora deixamos as coisas mais fáceis. Esse tipo não contêm causas prováveis de hiperviscosi·
de questão nos permite ao menos minimizar dade e depois então, vamos tentar encontrar a
os riscos, pois se formos arriscar, temos apenas alternativa correta.
duas alternativas possíveis até agora: O e E. Va· Alternativa A: INCORRETA. Linfoma não é uma gran·
mos então pensar no paciente 11: independente de causa e menos ainda tem Budd-Chiari como
da doença reumatológica em tela (Será artrite manifestação da síndrome.
reumatoide?), o autor quer indicar que existe Alternativa B: INCORRETA. Macroglobulinemia de
um pano de fundo inflamatório aqui, ou seja, Waldenstrom é sem dúvidas uma grande cau·
uma doença crónica. Ecomo seria uma anemia sa da síndrome e também é tratada com dexa·
de doença crônica? Normocítica e normocrô- metasona. Todavia, hemorragia gengiva! não
mica. Portanto, o Paciente 11 tem uma anemia é manifestação de hiperviscosidade, e sim de
normocítica. coagulopatia.
Já sabemos que a resposta é D, mas vamos con- Alternativa C: INCORRETA. Outra possível causa:
tinuar. O paciente 111 tem na sua eletroforese de Mieloma Múltiplo. Confusão mental pode sim
Hemoglobina a HbA2 de 4%. Poderia deixar ser uma manifestação, mas não trataremos a
mais fácil dizendo o quadro clínico do doente síndrome com pamídronato. Reservamos os
ou até mais detalhes da eletroforese. Todavia, bifosfonatos para hipercalcemia e/ou lesões ós-
dentro do contexto, já é o suficiente para pen· seas líticas dolorosas.
sarmos em Beta·talassemias que, assim como a Alternativa 0: CORRETA. Nada a corrigir na alternati·
Alfa, cursam com anemia microdtica. va. Fica o aprendizado: turvação visual é muitas
I Resposta: @ vezes o sintoma mais precoce da síndrome de
Hiperviscosidade, devendo ser sempre ques-
tionado em pacientes com risco de evoluir com
Paciente é internado com quadro típico essa complicação. Todavia, o mais comum é
23 de síndrome de hiperviscosidade. Dos
abaixo, o diagnóstico, manifestação clínica e tra-
ocorrer em Leucemias Agudas. Plasmaférese é
uma opção terapêutica para a complicação e a
tamento mais prováveis são, respectivamente: Doença em tela.
Alternativa E: INCORRETA. Fala corretamente de
@ linfoma não Hodgkin, síndrome de Budd· outra urgência oncológica, a síndrome da veia
-Chia ri e heparina. cava superior. Mas nada a ver com hipervisco·
® Macroglobulinemia de Waldenstróm, he· sidade.
morragia gengiva! e dexametasona.
© Mieloma múlt iplo, confusão mental e pami·
dronato.
@ Macroglobulinemia de Waldenstróm, turva·
ção visual e plasmaférese.
24 São medidas usadas na prevenção dane·
fropatia induzida por contraste, EXCETO:
184 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
São fatores relacionados a maior risco de ~ COMENTARIO: Questão decoreba sobre insuli·
27 osteoporose: nas. Percebemos a descrição de insulina dedu·
ração intermediária, que não dura o dia inteiro
@ hiperestrogenismo e demência. e que não inicia seu efeito de imediato. Sem
® raça n"9ra e sedentarismo. dúvidas estamos falando da Insulina NPH (1 ).
© tabagismo e alcoolismo. Alternativa A: INCORRETA. ~uma insulina ultrarrápi·
@ puberdade precoce e imobilização. da. Errada.
® obesidade e dieta pobre em cálcio. Alternativa B: INCORRETA. Insulina rápida. Errada.
Alternativa C: INCORRETA. lnsulína de longa dura-
~ COMENTARIO: Osteoporose é um tema bastan· ção. Não tem pico de ação e sua duração efetiva
te comum nos concursos médicos. A questão e máxima é de 24 horas. Errada.
exigia conhecimento dos fatores de risco da Alternativa 0: INCORRETA. Outra insulina ultrarrápi·
doença. Qual o pri ncipal? Sexo feminino. Existe da. Errada.
também osteoporose secundária a alguns fato· Alternativa E: CORRETA. Atenção para o conceito.
res (isolados ou não), que são: pós-menopausa Não é insulina de LONGA duração, e sim inter-
(ou deficiência de estrógenos), drogas (Corti· mediária.
coides, anticonvulsivantes, antidepressivos e
altas doses de acetato de medroxiprogestero·
na), cigarro, doenças inOamatórias intestinais, Eletrocardiograma de um homem de 60
doença celiaca, fibrose cística, hipertireoidismo
prévio ou atual, hiperparatireoidismo, hipercal·
29 anos, diabético, portador de cardiomio·
patia dilatada, em uso de betabloqueador, ini·
ciúria, osteogenesis imperfecta e, mais recente- bidor da ECA, diurético de alça e antagonista de
mente adicionada a lista, Depressão. aldosterona. Ele provavelmente apresenta:
Gestação é apontada como fator de risco em
apenas alguns estudos isolados, mas lactação @ Hipocalcemia.
é um fator de proteção. ® lsquemia aguda do miocárdio.
A raça branca tem maior prevalência que a ne- © Infarto do miocárdio antigo.
gra, sendo portanto1 um fator de risco. Seden-
1 @ Hipercalemia.
tarismo e alcoolismo também são fatores de ® Hiponatremia.
risco importantes.
Alternativa A: INCORRETA. Nem um, nem outro são. ~ COMENTARIO: Cardiopata em uso de betablo-
Altornativa B: INCORRETA. Raça branca, e não ne· queador, I ECA, diurético de alça e antagonista
gra, é fator de risco. da aldosterona com eletrocardiograma com
Altornativa 0: INCORRETA. Nenhuma das duas é fa· marcante achado: Onda T apiculada. Qual das
to r de risco. opções abaixo melhor representa o diagnósti·
Alternativa E: INCORRETA. Dieta pobre em cálcio co do doente interpretando apenas as informa-
sim, mas obesidade não. Esta é um fator prole· ções dadas?
to r para osteoporose, embora pareça está asso- Temos duas medicações sinérgicas para esta
ciado a um aumento de fraturas de forma geral. alteração. Uma é o IECA e a outra é o antago·
I Resposta: © nista da aldosterona, também conhecido como
poupador de potássio, diurético que atua no
tubo coletor e que tem a Espironolactona como
Das alternativas abaixo, a preparação de principal representante. Somado ao ECG carac·
28 insulina que apresenta início de ação de
2 a 4 horas, pico de 4 a 1Ohoras e duração efeti·
terístico, é claro que estamos falando de hiper-
calemia (1).
va de 1Oa 16 horas é a: I Resposta: @
@ Aspart.
@ Regular. Considerando-se a taxa de cura, tempo
© Giargina.
@ lispro.
30 de defervescência da doença e a oco r rên-
cia, no pós-tratamento, de superinfecção por S.
@ NPH.
186 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
® Alteração da cor da pele e mucosas. tes HLA-B27 positivos ou não. Neisseria gonor-
© Sequelas neurológicas permanentes. rhoeae está relacionada a alguns episódios de
@ lsquemia do miocárdio. artrite, porém sem relação com quadros de ar-
® Acidose respiratória grave. trite reativa. Síndrome de Reiter- tríade artrite
reativa, uretrite não gonocódca e conjuntivíte.
,... COMENTÁRIO: Na intoxicação por monóxido de I Resposta: ©
carbono ocorre rápida ligação do CO à hemo-
globina, com uma afinidade 210 vezes maior
que a do oxigênio. A Pa02 continua normal Um paciente dá entrada na sala de emer-
devido a não influenciar na solubilidade do
02 arterial, mas a principal fonte de 02 para
39 gência com infarto agudo do miocárdio.
Em poucos minutos desenvolve dispneia e
os tecidos, a hemoglobina, fica comprometida. congestão pulmonar grave. O monitor mostra
A oximetria de pulso convencional também a imagem abaixo. (VER IMAGEM) o diagnóstico
apresenta valores normais, pois os aparelhos eletrocardiográfico é de:
convencionais não conseguem diferenciar en-
tre a ligação do monóxido de carbono para o
oxigênio com a hemoglobina (letra A, correta).
Também ocorre mudança da coloração para
tom de framboesa da pele e mucosas (letra B,
correta). Caso ocorra intoxicação grave, pode
I± i: ::T±: ::tlL
i
@ Bloqueio AV de segundo grau, Mobitz tipo 11.
ocorrer sequelas neurológicas permanentes e ® Bloqueio AV de segundo grau, Mobitz tipo I.
isquemia do miocárdio devido à hipóxia teci- © Ritmo juncional.
dual persistente (letras C e O, corretas). A aci- @ Bloqueio AV total.
dose gerada pela intoxicação é metabólica de- ® Flutter atrial.
vido ao metabolismo anaeróbio iniciado com o
baixo suporte de 02 fornecido. Como a letra E .... COMENTÁRIO: No fragmento de ECG, visuali-
colocava como acidose respiratória, a mesma zamos uma completa dissociação entre o bati-
está incorreta. mento atrial (onda P) e o batimento ventricular
I Resposta: ® (QRS). Ou seja, o ventrlculo está batendo em
um ritmo próprío (ritmo de escape, frequência
ventricular se situa entre 40-60bpm), pois não
A artrite reativa está geralmente asso- recebe comando vindo do átrio devido à pre-
38 ciada à infecção bacteriana prévia, entre
elas NÃO se incluem aquelas causadas por:
sença de um bloqueio. O átrio, por sua vez, fica
batendo em sua frequência natural (frequência
atrial se situa entre 60·90bpm - na figura em
@ Chlamydia trachomatis. torno de 70bpm). Ambos independentes (dis-
® Shigella flexneri. sociados).
© Clostridium difficile. I Resposta: @
@ Yersinia ent erocolitica.
® Neisseria gonorrhoeae.
Um jovem de 15 anos de idade recebe,
,... COMENTÁRIO: Artrite reativa significa doença
inflamatória articular provocada por um agente
4O no pronto-socorro, uma injeção de peni-
cilina benzatina no glúteo; cerca de 15 minutos
transmisslvel localizado em outro órgão, e não depois apresenta placas eritematosas elevadas
na articulação acometida. Atualmente, está nos braços e tronco, grande edema labial, es-
restrito à artrite por infecções urogenitais e en- tridor laringeo e taquicardia. Mantém pressão
téricas, principalment e por Chlamydia tracho- arterial normal, com saturação de 02 de 97%.
matis, Salmonella, Shigella, Campylobacter ou O médico opta por administrar adrenalina; a via
Yersínia. Os pacientes que apresentam artrite de aplicação deve ser:
reativa por esses microrganismos são, em sua
maioria, HLA-B27 positivos. No entanto, o t er- @ intramuscular.
mo •artri te reativa• está empregado em pacien- ® endovenosa.
20H 189
© subcutânea.
@ inalatória.
® intramuscular ou subcutânea, desde que
42 Um menino com 11 anos de idade está
com quadro de pneumonia, com história
de febre há 2 dias, que foi precedido por mal·
próximo ao local da injeção anterior. -estar e fraqueza. O irmão de 9 anos apresenta
quadro de tosse e fraqueza há 1 semana. O mé·
.. COMENTÁRIO: A questão apresenta um pa· dico explica aos pais que irá prescrever antibio·
ciente em início de um quadro de anatilaxia. ticoterapia com macrolídeo porque suspeita
O tratamento inicial deve ser realizado com que o agente etiológico seja:
adrenalína subcutânea 0,3-0,Smg, IM, no mús·
cu lo vasto lateral da coxa, a cada S· l Smin, se @ Streptococcus pneumoniae tolerante.
sintomas sistêmicos persistentes. Tratamento ® Chlamydophila (Chlamydia) pneumoniae.
adjuvante t ambém pode ser realizado com an· © Mycoplasma pneumoniae.
ti·histamfnicos associando bloqueio H1 e H2 @ Chlamydia trachomatis.
(difenidramina e ranitidina), 82 agonistas para ® Streptococcus pneumoniae.
auxiliar nos sintomas de broncoespasmos, cor-
ticosteroides e expansão com soro fisiológico .. COMENTÁRIO: Um grande número de agentes
em caso de hipotensão. Pacientes em uso de etiológicos é identificado como causa de pneu-
beta·bloqueador podem apresentar resistência monia adquirida na comunidade. Os agentes
à ação da adrenalina, sendo necessário realizar encontrados são diferentes para cada faixa
a glucagon 1·Smg IV em S minutos. etária.lsso vai ser um diferencial importante, já
I Resposta: @ que o quadro clinico é bem semelhante. Os ví·
rus predominam nos primeiros anos e vão dei-
PEDIATRIA I· GABRIELA LUCENA DE ARAUJO xando lugar para as bactérias Chlamydia pneu·
moniae e Mycoplasma pneumoniae a partir do
final do período pré-escolar. Entre um e três
Na propedêutica das doenças respira· meses de vida, além dos agentes bacteríanos,
41 tórias obstrutivas observam-se caracte·
rístícas clínicas distintas, dependendo da loca·
os agentes da "pneumonia afebril do lactente"
devem ser lembrados: Chlamydia trachomatis,
lização da obstrução. Pode-se observar que o Ureaplasma urealyticum e o vfrus respiratório
período: sincicial. Acima dos três meses de idade, por or·
dem de frequência, os agentes seriam os vírus
@ expiratório prolonga-se mais que o inspira· (respiratório sincícial, sobretudo), S. pneumo-
tório nas obstruções larfngeas; niae, H. influenzae (tipo b e cepas não tipáveis);
® ínspiratório e o expíratório aumentam igual· S. aureus, Chlamydia spp e Mycoplasma pneu·
mente nas obstruções laríngeas; moniae têm relevância ainda desconhecida,
© ínspiratório prolonga-se mais que o expira· mas sempre devem ser considerados no diag-
tório nas obstruções nasais; nóstico diferencial. Em pré-escolares, a partici·
@ ínspiratórío prolonga-se mais que o expira· pação do S. aureus reduz-se e, inversamente,
tório nas obstruções bronquiolares; o envolvimento do M. pneumoniae se eleva
® inspiratório e o expira tório aumentam igual- paulatinamente a partir dos 4-S anos. O agente
mente nas obstruções bronquiolares. bacteriano principal continua sendo S. pneu·
moniae. Nos escolares e adolescentes, S. pneu-
.. COMENTÁRIO: Em doenças que levam à obstru· moniae continua sendo o agente bacteriano
ção das vias aéreas altas (nasal e larfngea), tem- mais frequente. M. pneumoniae e Chlamydia
-se um tempo inspiratório maior, na tentativa pneumoniae são microrganismos de prevalên-
de vencer uma resistência até que o ar chegue cia crescente.
aos pulmões para a troca gasosa, a qual ocor· O Mycoplasma pneumoníae é um dos agen·
rerá normalmente. Já nas doenças obstrutivas tes mais comuns da pneumonia adquirida na
das vias aéreas inferiores (asma, bronquiolite), comunidade em crianças e jovens adultos em
tem-se um tempo expiratório maior, pois o ar todo o mundo, sendo relatada em 1Oa 40% dos
fica aprisionado nos bronquíolos. casos. A maioria dos pacientes apresenta qua-
I Resposta: ©
190 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
I Resposta: @
Figura 5 - Addt:nte vauulat c:erebta.l (AVC).
© pode ser dada em dose única nas crianças clínica já lembra sint omas de cetoacidose dia-
acima de um ano de idade. bética. Quando temos uma gl icemia capilar=
@ deve ser evitada nas crianças com alergia à 750mg/dl comprova que a criança está abrin-
proteína do ovo. do um diagnóstico de diabet es melitus. Como
® deve ser evitada nas crianças que apresen- o paciente apresenta-se desidratado, a con-
taram reação vacinal à vacina tríplice acelular. d uta inicial é uma expansão de 10 a 20ml! kg
de soro fisiológico para correr de uma a duas
Alternativa A: INCORRETA. A convulsão febril não é horas. Como consta na alternativa B. Neste
contraindicação para nenhuma vacina. momento além da ressuscitação volêmica, já
Alternativa 8: INCORRETA. A vacina deve ser dada devemos col her os exames necessários para
a crianças maiores que dois meses, mas ideal- avaliar se o paciente está em cetoacidose e só
mente com um esquema de três doses. após iniciar a correção com insulina.
Alternativa C: CORRETA. Crianças entre um e cinco I Resposta: ®
anos não vacinadas ou com esquema incom·
pleto deverão receber apenas uma dose a par-
tir do segundo ano de vida. Uma escolar de 1O anos de idade che-
Alternativa O: INCORRETA. Não ut iliza a pro terna do
ovo em sua composição.
55 ga ao pronto-socorro com quadro de
f raqueza de membros inferiores há três dias.
Alternativa E: INCORRETA. Só deve ser evitada em Refere quadro de resfriado há aproximada-
crianças com doenças graves que contra indi- mente uma semana. Ao exame físico apre-
cam a vacinação em geral ou relato de ocorrên- senta os sinais vitais normais, mas é incapaz
cia de reação anafilática sistêmica ap ós aplica- de se manter em pé. Os reflexos dos membros
ção de dose anterior. inferiores estão abolidos. Dos achados abaixo,
aquele que provavel mente est ará associado a
este quadro é:
Um menino de cinco anos de idade é
54 levado ao pronto-socorro com história
de perda de 2,5 kg nas últ imas duas semanas
@ anemia hemolítica.
® mioglobinúria.
associada ao surgimento de enurese. Ao exa- © glicorraquia baixa.
me físico, o menor está alerta e comunicativo, @ proteinorraquia elevada.
apresenta PA = 90 x 60 mmHg e FC = 130 bpm. ® proteína C-reativa elevada.
A saliva é espessa e a respiração é rápida e
profu nda. Uma glicemia capilar é obtida e re- .,. COMENTÁRIO: O quadro descrito é compat ível
sulta em 750 mg/dl. Um acesso intravenoso é com síndrome de guillain-barré. Uma criança
obtido. A primeira conduta no manejo desta de 1O anos que começa com fraqueza em
criança é: membros inferiores (MMII) há t rês dias, que
parece t er piorado a ponte de não conseguir
@ Administrar fosfato de potássio (5 mEq/kg se manter em pé no momento atual. Tudo co-
de potássio) em 1 hora. meçou alguns dias após resfriado. A criança
® Administrar 20 ml!kg de soro fisiológico em está em bom estado geral e no exame físico o
uma hora. único achado anormal é a arreflexia dos MMII.
© Administrar insulina regular O, 1 U/kg em Alternativa A: INCORRETA. A anemia hemolftica
dose de ataque. poderia gerar um quadro de fraqueza de MMII
@ Proceder a intubação orotraqueal. como resul tado de evento isquêmico cerebral,
® Infu ndir 1 mEq/kg de bicarbonato de sódio mas nesse caso, seria um evento agudo, e não
em uma hora. arrastado como da criança em questão, e difi-
cil mente seria bilat eral.
.,. COMENTÁRIO: A criança do enunciado tem Alternativa 8: INCORRETA. A mioglobinúria é uma
perda de peso + enurese noturna, com sinais manifestação clínica rara relacionada à rabdo-
de desidratação (saliva espessa) e respiração miólise. O caso da nossa criança poderia ser
rápida e profunda (respiração de kussmaul') a uma rabdomiólise pós-infecciosa, porém a
1% Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
clínica deveria ser de dor intensa e urina es- © ceftriaxona pode ser ut ilizada como profila-
curecida. xia de comunicantes íntimos.
Alternativa C: INCORRETA. A glícorraquia baixa @ a vacina cont ra meningococo C conjugada
sugere quadro de meningite bacteriana, que faz parte do calendário vacina! e o esquema é
não se associa a quadro viral prévio. A criança de dose única em qualquer idade.
com meningite teria maior prostração, febre e ® a profilaxia de comunicant es é realizada
no exame físico estariam presentes sinais de com rifampicina por quatro dias.
irrit ação meníngea.
Alternativa D: CORRETA. Na sindrome de Guillain Alternativa A: INCORRETA. A profilaxia está indi -
- Barré observa-se prot einorraquia elevada cada até sete dias após o início dos sint omas,
(at é 2 vezes o limit e superior da normalidade) preferencialmente nas primeiras 24h a 48h.
com celularidade até 10 leucócitos/mm' . Essa Alt ernativa 8: INCORRETA. Em 2010, no Estado de
dissociação ent re os níveis altos de prot eína São Paulo que apresenta os maiores coeficien-
no líquor e falt a de resposta celular é típica do tes de incidência de doença meningocócica
Guillan-Barré. reportados no pais, o sorogrupo C foi respon-
Alternativa E: INCORRETA. A proteína C reativa é sável por 81,5% dos casos identificados. o so·
um marcador laboratorial de processos infla- rogrupo B por 10,9%, o sorogrupo W135 por
matórios. Poderia estar elevada nessa ocasião, 6% e o sorogrupo Y por 1,2%.
mas não obrigatoriamente. Alternativa C: CORRETA. Apesar da droga de esco-
lha ser a rifampicina, a ceftriaxona pode ser
utilizada.
Um pré-escolar de quatro anos é levado Alternativa D: INCORRETA. No calendário vacina!
56 ao consultório do seu médico com qua-
dro de chiado e desconforto respiratório há
do minist ério da saúde a vacina contra o me-
ningococo C está disponível no primeiro ano
um dia. Esta é a quinta vez que a criança apre- de vida, quando são recomendadas duas do·
senta quadro semelhant e no últ imo ano. Ao ses da vacina meningocócica C conjugada, aos
exame físico apresenta FR = 33 rpm e satura- três e cinco meses.
ção de 02 de 98% em ar ambiente. À ausculta Alternativa E: INCORRETA. A profilaxia decomuni-
observam-se sibilos difusos e expiração pro- cantes com rifampicina deve durar dois dias e
longada. A melhor conduta neste momento é: não quatro.
@ corticosteroide intramuscular.
® instalação de máscara não reinalante de Em relação à Infecção do Trato Urinário
02.
© epinefrina subcutânea.
58
que:
(ITU) em crianças é INCORRETO afirmar
@ beta-agonista intravenoso.
® inaloterapia com beta·agonist a. @ a urocult ura negativa de amostra de urina
colhida por saco coletor tem seu valor ao ex-
.. COMENT~RIO: Trata-se de um quadro de cluir o diagnóstico de ITU.
broncoespasmo e a conduta inicial é beta 2 ® a postectomia reduz a incidência de ITU no
agonista inalatório. primeiro ano.
I Resposta: ® © as crianças com parentes de primeiro grau
com ITU têm maior chance de ter ITU que
aquelas sem esse antecedente.
Em relação à meningit e meningocócica @ a prevalência de ITU em lactentes febris
57 é correto afirmar que: menores de t rês meses é maior em meninos.
® o teste de nit rit o positivo indica alta proba·
@ a profilaxia de comunicantes não t em mais bilidade de ITU e tem alta sensibilidade.
indicação se decorreram mais de 24 horas
após contato. Alternativa A: CORRETA. A urocultura negativa em
® o meningococo B foi o sorogrupo mais fre· qualquer forma de coleta descarta ITU.
quent e em 2010 no Estado de São Paulo.
20U 197
Alternativa 8: CORRETA. A presença da fimose mo- Alternativa E: INCORRETA. A Pressão arterial diastóli-
difica e intensifica a colonização bacteriana ca e sistólica abaixo do percentil é considerada
ba lanoprepucial. Esse achado aumenta a inci normal quando está abaixo do percentil 90.
dênci a de ITU, principalmente no pri mei ro ano
devida.
Alternativa C: CORRETA. A história familiar de PA normal:< percenul90 (com base na Idade. sexo e
doença renal, de hipertensão arterial, de in- allura)
fecção uri nária e de anomalias do aparelho
urinário deve ser considerada como fator de
risco para ITU. PA elevada (pre-.t~lper1en.I.IO):} pereenbf 90 e < 95;
Alternativa O: CORRETA. Durante o primeiro ano (1,1 > 120180 mmHg
de vida a proporção entre o sexo masculino e
femi nino é cerca de dois a cinco: um.
Alternativa E: INCORRETA. Nit rito e esterase leuco- Hlpertens.to ot.Uglo 1: ~ poroentJ195 Ml < 95 +12
citária geralmente estão presentes em urina
mmHg: ou 130180 a 139i89 mmHg
contaminada.
A alternativa em que todos os instru- ,._ COMENTÁRIO: Melena são fezes pastosas de cor
72 mentos citados são afastadores é escura e com odor muito fétido, secundária a
digestão do sangue no t rato gastrointestinal.
@ Crawford - Farabeuf - Richardson. Portanto, estamos frente a um pacien te com
® Farabeuf - Kelly - Langenbeck. HOA. Existem inúmeras causas de HOA, mas
© Rochester- Richardson - Gosset. as principais são úlcera péptica, varizes de
@ Gosset - Finochietto - Saltou r. esôfago e tumores do TGI. O autor não nos dá
® Kocher- Farabeuf- Gosset. sinais que a paciente seja cirrótica e nem que
apresente uma neoplasia. Muito pelo contrário,
,._ COMENTARIO: - Farabeuf: afastador pequeno ele confirma dois fatores de risco importantes
ou médio. utilizado para afastar geralmente para úlcera péptica: uso de AINEs e tabagis-
pele e subcutâneo. mo, sendo o primeiro muito significativo para
Langenbeck e Richardson: afastadores si- a ocorrência aguda de lesão ulcerosa péptica.
milares, pequeno, porém mais longos. Uti- Devemos lembrar que HOA é uma doença po-
lizado para afastar geralmente pele e sub- tencialmente grave e que nossa prioridade é
cutâneo. a estabilização hemodinâmica do paciente!
Finochietto: afastador utilizado em cirur- É essencial que a primeira medida a ser feita
gias torácicas, grande e forte, autoestático. seja a ressuscitação volémica com cristaloides
Gosset: afastador grande e forte, autoestáti- e até mesmo concentrado de hemácias se ne-
co, utilizado em cirurgias abdominais. cessário. O tratamento específico para HOA de
Balfour: afastador grande e forte, autoes- etiologia ulcerosa péptica é a infusão de IBP
tático, utilizado em cirurgias abdominais. em bolus (omeprazol 80 mg), seguida de infu-
Mui to semelhante ao Gosset, mas conta são contínua a 8 mg/h por 72 horas. A EOA é
com uma pinça a mais. essencial, assim que possível, para confirmar o
diagnóstico e tratamento local (ex.: injeção de
Já o Kocher, Kelly, Rochester e Crawford são adrenalina). Além disso, a biópsia de toda úlce-
pinças com cremalheira utilizadas durante o ra gástrica é mandatória, para afastar neoplasia.
procedimento cirúrgico. I Resposta: ®
I Resposta: @
ciclina pode ser utilizada 1OOmg 2x/dia por 2 mas também pelo aumento de mediadores in-
semanas como esquema alternativo. flamatórios, caracteriza um fator de risco para o
Alternativa C: INCORRETA. A sífilis precoce pode câncer de endométrio (RR2,0- 5,0).
ser diagnosticada principalmente pelo exame Alternativa O: INCORRETA. Tabagismo não é um fa·
em campo escuro ou pelo teste de imunofluo- tor de risco clássico para câncer de mama. No-
rescência direta do líquido da lesão. Os testes vamente, para o câncer de endométrio, o uso
sorológicos podem positivar mais ta um diag de pílulas combinadas é um fator protetor.
nóstico diferencial de úlceras genitais, mas com Alternativa E: INCORRETA. Novamente, a ooforec·
aspectos clinicos bastante distintos. tomia bilateral seria um fator protetor para o
Alternativa 0: INCORRETA. O provável agente etioló- câncer de mama.
gico da lesão é o Treponema pallidum, espiro-
queta sexualmente transmissível que consegue
atravessar mucosa Integra e acometer novo in- Em relação à neoplasia intraepitelial
divíduo mesmo sem solução de continuidade
de pele I mucosas.
83 cervical (NIC) e ao câncer cérvico·ute·
rino de células escamosas, é correto afirmar
Alternativa E: INCORRETA. Tal lesão pode se desen- que:
volver em 1Odias a 12 semanas após a exposi-
ção. Não é possível identificar, por cronologia, ® esse tipo de câncer ainda é o mais frequen-
parceiro sexual que fez a transmissão da sífilis. te entre as mulheres brasileiras.
® os casos de NIC 111devem ser tratados por
meio da histerectomia radical.
São fatores de risco para câncer de mama © a maior parte dos casos de NIC I evoluirão
82 e de endométrio, respectivamente: até carcinoma.
@ raramente o HPV sorotipo 16 está presente
® Primeira gestação após os 30 anos e uso de em lesões subclínicas.
pílulas anticoncepcionais combinadas por mui- ® tabagismo, antecedente de doença se-
tos anos durante a menacme. xualmente transmissível e multi plicidade de
® Ooforectomia bilateral antes dos 35 anos e parceiros sexuais são considerados fatores de
nuliparidade. risco para o câncer.
© Menopausa após os 55 anos de idade e obe-
sidade. Alternativa A: INCORRETA. O câncer de mama é o
@ Tabagismo e uso de pílulas anticoncepcio- tipo que possui a maior incidência ea maior
nais combinadas por muitos anos durante a mortalidade na população feminina em todo
menacme. o mundo, tanto em países em desenvolvimen-
® Ooforectomia bilateral antes dos 35 anos e to quanto em países desenvolvidos.
obesidade. Alternativa B: INCORRETA. O NIC 111é o carcinoma
in situ do colo do útero. A conduta diante do
Alternativa A: INCORRETA. Não existe uma associa- NIC 111 deve ser individualizada, considerando
ção clara entre uso de contraceptivos hormo- idade, paridade, se gestante ou não...; no en·
nais e câncer de mama; para o câncer de endo- tanto, em geral, a proposta terapêutica inicial
métrio, o uso de pílulas combinadas chega a ser é a conização (clássica ou por cirurgia de alta
fator protetor (RR 0,3 - 0,5). frequência), sendo a histerectomia simples
Alternativa B: INCORRETA. A ooforectomia bilate- reservada para casos específicos. A histerecto-
ral removeria a principal fonte de estrogênios mia radical faz parte do arsenal terapêutica da
endógena, culminando com uma redução das neoplasia invasiva do colo do útero.
neoplasias mamárias estrogênio-dependentes. Alternativa C: INCORRETA. NIC I regride esponta-
Alternativa C: CORRETA. Menarca precoce e meno- neamente em 57% dos casos, progredindo
pausa tardia aumentam o tempo de exposição para carcinoma in situ em 11% dos casos e
estroprogestagênica do tecido mamário, mo- para câncer invasivo em apenas 1%.
tivo pelo qual configuram fator de risco para Alternativa D: INCORRETA. Os sorotipos 16 e 18 são
neoplasia mamária. Obesidade, provavelmente os mais frequentemente associados ao câncer
pela aromatização no tecido adiposo periférico,
20B 207
de colo uteri no e, por conseguinte, às suas le- @ se for feito exame microscópico da secreção
sões precursoras. em preparação a fresco com soro fisiológico,
Alternativa E: CORRETA. Os fatores de risco para provavelmente serão vistas as Clue Cells.
câncer de colo de útero i ncluem início pre- ® o pH da secreção vaginal deve estar mais áci-
coce de atividades sexuais, multipliddade de do do que o normal da vagina.
pa rceiros sexuais, parceiro masculino com váw © se se aplicar gota de hidróxido de potássio
rias parceiras sexuais, tabagismo, deficiências a 10% à gota desse corrimento, espera-se mu-
nutricionais, imunossupressão, paridade, DST dança de sua coloração para azulado.
atual ou pregressa, rastreamento inadequado, @ é um protozoário flagelado unicelular de
ba ixo nível socioeconômico. transmissão sexual.
® cremes contendo miconazol ou clotrimazol
são formas adequadas de tratamento.
Mulher de 57 anos de idade, com me-
84 nopausa aos 49, sem nunca ter feito uso
de estrogênios ou progestagênios na pós-me-
.,_ COMENTÁRIO: Caso clínico típico de vaginose
bacteriana, na qual ocorre alteração da simbio-
nopausa apresentou sangramento vaginal de se da flora vaginal, com supercrescimento de
pequena intensidade e ao exame especular bactérias anaeróbias e redução significativa das
confirmou-se que a origem era da cavidade espécies de lactobacilos produtores de peróxi-
uterina. Se a cavidade endometrial for exami- do de hidrogênio.
nada, é mais provável que se encontre: Alternativa A: CORRETA. As clue cells são as indica-
doras mais confiáveis de vaginose bacteriana
@ torção de mioma submucoso. (VB). São células epiteliais vaginais que contêm
® hiperplasia endometrial com atipias. muitas bactérias aderidas. Seu achado tem va-
© pól ipo endometrial. lor preditivo positivo de 95% para VB.
@ atrofia endometrial. Alternativa 8: INCORRETA. Nas pacientes com VB, o
® carci noma de endométrio. pH vaginal caracteristicamente está superior a
4,5, resultado da redução da produção de ácido
.,_ COMENTÁRIO: A causa mais comum de san- pelos lactobadlos.
gramento genital pós-menopausa é a atrofia Alternativa C: INCORRETA. A adição de KOH 10% a
cístka do endométrio. Ainda assim, todos os uma amostra fresca de secreção vaginal libera
casos de sangramento genital pós-menopau- aminas voláteis com odor de peixe, o que re-
sa merecem investigação pela possibilidade presenta a positividade para o whiff test.
de se tratar de hiperplasia ou neoplasia mal ig- Alternativa D: INCORRETA. Os agentes etiológicos
na do endométrio. da VB mais comuns são Gardnerella vaginalis
I Resposta: @ e Mobiluncus spp.; já a t ricomoníase (um diag-
nóstico diferencial da VB) tem como agente
etiológico mais comum um protozoário flage-
Mulher de 32 anos de idade, 1 gesta, 1 lado unicelular de transmissão sexual.
85 para, sem antecedente pessoal de do-
enças ou cirurgias, queixa-se de corrimento
Alternativa E: INCORRETA. Os cremes contendo
miconazol ou clotrimazol são parte do arsenal
genital com odor forte. Nega ardor ou prurido t erapêutico da candidíase vulvovaginal (outro
vaginal. Refere que notou esse corrimento nas diagnóstico diferencial da VB). A principal linha
últimas semanas, tendo observado piora do de tratamento da VB envolve o uso de metroni-
odor com a chegada da menstruação e após dazol (via oral ou gel vaginal).
as relações sexuais. Refere usar pílula anticon-
cepcional do tipo combinada como método
para evitar gestações. Ao exame especular, no- Em relação à doença inflamatória pélvica
tou-se leucorreia fluida, branco-acinzentada,
com odor de peixe podre e ausência de sinais
86 aguda (DIPA), é correto afirmar que:
associada à temperatura axilar de 38 'C permi- ® a cíclica corresponde a cerca de dois terços
tem tratar como DIPA. dos casos e a acíclica ao restante um terço.
® a detecção de clamídia, gonococo ou mico- © na maioria das vezes, a mastalgia exige tra-
plasma em secreção endocervical é essencial tamentos medicamentosos para ocorrer alívio.
para o diagnóstko de certeza. @ sua presença ajuda a descartar o diagnóstico
© a Neisseria gonorrhoeae ou a Chlamydia de câncer de mama.
trachomatis são as únicas bactérias presentes ® raramente ocorre como decorrência da te-
nesse quadro infeccioso na maioria dos casos. rapêutica hormonal da pós-menopausa com
@ sua ocorrência não implica risco aumentado estrogênios e progestagênios.
para novos episódios de DIPA.
® a laparoscopia é recomendada na aborda- Alternativa A: INCORRETA. A etiologia precisa da
gem inicial para afastar a possibilidade de abs· mastalgia não está determinada, mas é prová·
cessos tubo-ovarianos. vel que esteja relacionada com alterações no
conteúdo aquoso intersticial e, consequente·
Alternativa A: CORRETA. O diagnóstico de DIPA é clf- mente, na pressão intersticial, mediadas por
nico e os principais achados são exatamente os estrogênio e progesterona.
descritos na alternativa. Alternativa C: INCORRETA. Em geral, a mastalgia ci-
Alternativa B: INCORRETA. Novamente, o diag- clica tende a sofrer remissão espontânea com o
nóstico de DIPA é clinico e a detecção de tais inicio da menstruação; habitualmente, podem
agentes. embora corrobore o diagnóstico, não ser usados AINEs para alívio sintomático.
é imprescindível para o mesmo. Não se deve Alternativa O: INCORRETA. A mastalgia adclica cos-
postergar o início do tratamento para esperar tuma ser focal e não demonstra relação com o
a confirmação da presença de pelo menos um ciclo menstrual. Embora seja frequentemente
destes agentes. causada por cisto simples. o câncer de mama
Alternativa C: INCORRETA. A etiologia da DIPA é poli- ocasionalmente se apresenta na forma de dor
microbiana e, embora a Neisseria gonorrhoeae focal na mama. Portanto, essa queixa deve ser
e a Chlamydia trachomatis sejam os agentes investigada com exame físico cuidadoso e, con-
mais comuns, também podem ser encontrados forme achados, exame de imagem focado e
associados: Trichomonas vaginalis, Escherichia eventualmente biópsia com agulha grossa.
coli, Bacteroides fragilis, Enterococcus fecalis ... Alternativa E: INCORRETA. Uma vez que se relacio-
dentre muitos outros. na a alterações no conteúdo aquoso intersticial
Alternativa 0: INCORRETA. Diagnóstko prévio de mediadas por estrogênio e progesterona, é
DIPA é fator de risco para nova DIPA, assim frequente que o uso de terapia hormonal cul·
como duchas, múltiplos parceiros sexuais, mine com mastalgia, em especial. no início do
idade jovem {1 0·19 anos de idade), outras in- tratamento.
fecções sexualmente transmissíveis, parceiro I Resposta: ®
com uretrite ou gonorreia, não usar método de
barreira.
Alternativa E: INCORRETA. A laparoscopia é um pro· Segundo as recomendações do Minis·
cedimento cirúrgico de alto custo e com riscos
inerentes, devendo ser reservada para casos
88 tério da Saúde do Brasil para o rastrea-
mento do câncer do colo uterino, é CORRETO
refratários ao tratamento clinico inicial. E razoá- afirmar que:
vel iniciar terapia antimicrobiana com base no
diagnóstico clinico em pacientes com antece- ® Apesar da recomendação de realizar colpos-
dentes e sinais clínicos sugestivos de DIPA. copia após resultado de lesão íntraepitelíal de
alto grau ao exame citopatológico, a repetição
do exame citológico em 6 meses é uma medida
Em relação à dor mamária, é correto afir- alternativa aceitável.
87 mar que: ® O achado de lesão intraepitelial de baixo
grau ao exame citopatológico obriga a realiza-
® o padrão acíclico indica que a etiologia não ção de colposcopia.
éhormonal.
20B 209
© Os exames citopatológicos devem ser reali- queixa-se de perda urinária aos esforços com
zados anualmente até a idade da menopausa piora gradual há alguns anos, e atualmente a
e, então, passam a ser realizados a cada 3 anos. incomoda bastante com prejuízo da qualidade
@ Em mulheres que não iniciaram a vida se- de vida. Sem doenças crônicas ou uso de ou-
xual, o exame citopatológico só é recomenda- tros medicamentos. Ao exame clínico, cistocele
do após a menopausa, devendo a coleta ser leve, sem outros achados significativos. Urocul-
realizada com haste flexível sem exame espe- tura negativa e exame de urina tipo I (urinálise)
cular. sem achados dignos de nota. Submeteu-se a
® O início da coleta do exame citopatológico teste urodinâmico que revelou complacência
é aos 25 anos para as mulheres que já tiveram vesical normal, ausência de contrações não ini·
atividade sexual. bidas do detrusor e perda de urina com pressão
intravesical acima de 72 cmH20.
Alternativa A: INCORRETA. Não é aceitável aguardar E CORRETO afirmar que, em casos como este:
seis meses diante do diagnóstico citológico de
lesão de alto grau: a colposcopia é mandatória ® Após 5 anos do tratamento cirúrgico, a cirur-
e o atraso na investigação adequada pode mo- gia de Kelly-Kennedy mostra eficácia similar à
dificar o prognóstico e as oportunidades tera- faixa vaginal livre de tensão ou à colpofixação
pêuticas desta paciente. retro púbica.
Alternativa 8: INCORRETA. A recomendação para o ® A imipramina é considerada tratamento de
primeiro achado de lesão intraepitelial de baixo primeira escolha, evitando-se a cirurgia.
grau é a repetição do exame citológico em seis © A cirurgia de sling sintético com faixa vaginal
meses. livre de t ensão é um tratamento eficaz.
Alternativa C: INCORRETA. O início da coleta deve ser @ A colpofixação retropúbica é atualmente
aos 25 anos de idade para as mulheres que já ti- contraindicada.
veram ou têm atividade sexual. O rastreamento ® Há evidência científica suficiente para reco·
antes dos 25 anos deve ser evitado. Os exames mendar o aumento da dose hormonal como
periódicos devem seguir até os 64 anos de ida- tratamento.
de e, naquelas mulheres sem história prévia de
doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos IJ> COMENTÁRIO: Caso clínico típico de inconti·
quando essas mulheres tiverem pelo menos nência urinária de esforço (IUE): pós-meno-
dois exames negativos consecutivos nos úl- pausa, com antecedentes obstétricos, urinálise
timos cinco anos. Para mulheres com mais de normal e urocultura negativa e exame urodinâ-
64 anos de idade e que nunca se submeteram mico confirmatório. A queixa típica de perda
ao exame citopatológico, deve-se realizar dois urinária aos esforços associado ao teste urodi-
exames com intervalo de um a três anos. nâmico sem contrações não inibidas do detru·
Alternativa D: INCORRETA. Na ausência de atividade sor permite caracterizar a incontinência como
sexual (virgo), não há indicação de rastreio ci· puramente de esforço, sem componente de
to lógico. bexiga hiperativa.
Alternativa E: CORRETA. Novamente, o início da Alternativa A: INCORRETA. Não se usa mais a cirurgia
coleta deve ser aos 25 anos de idade para as de Kelly-Kennedy para correção de lU E, devido
mulheres que já tiveram ou têm atividade se- aos resultados pobres.
xual. O rastreamento antes dos 25 anos deve Alternativa 8: INCORRETA. A imipramina faz parte
ser evitado. do arsenal terapêutico da bexiga hiperativa
I Resposta: ® (BH), um diagnóstico diferencial da IUE que
pode ocorrer concomitantemente (lU mista).
Alternativa C: CORRETA. Para as pacientes que não
Mulher de 58 anos de idade, 3 gesta, 2 apresentam melhora ou não desejam trata-
89 para (1 parto vaginal e 1 cesariano), 1
aborto, na pós-menopausa há cerca de 9 anos,
mento conservador (ex.: fisioterapia), a cirurgia
é o passo seguinte para o tratamento da IUE.
sob terapêutica hormonal com estrogênio e Os slings configuram o tratamento padrão para
progestagênio em esquema de baixa dose, lU E; os slings de uretra média mais comuns são
com bom controle dos sintomas climatéricos, o TVT (tension·free vaginal tape, um método
210 Preparatório paraResidência Médica SUS/SP
Em relação ao mecanismo das duas cél ulas, princip al responsável pela sínt ese d e hormônios
92 esteroides ovarianos d urante a menacme, é CORRETO afirmar q ue:
C.,o. P<rtiro \
I
.. eAMP ~
CYPt•A
"'"'17'E0tltnE
Estradlol·11~
,
8FSI1
I
1-'rc:tên • CYP171 17? H$(H 1 cAVP
kl'l.etWA 17-0H ~IJnttrO lCI'"JR Estro,.
'CYP 17j
. I>-' f-.. CVI-'191 - P•~I<lnA ~
k f'~Sn
)
11> ~su J
Androste<*loone Anclrotrlet~edlone
abaixo há 40 minu tos. (VER IMAGEM). Qual a A paciente encontra-se na fase ativa do t raba-
,. ....
principal hipótese diagnóstica e conduta?
..
lho de parto, com 3 contrações em 10 minutos.
compatível, então, com o esperado e sem ne-
cessidade de ocitocina .
/. f
"'-
•• •• ~
Al ternativa C: CORRETA. Justificado acima.
• • • • Alternativa D: INCORRETA. Sofrimento fetal crônico,
•
•
•
•
•
• ·-
.1 em geral, é demonstrado por meio de altera-
ções do índice de líquido am niótico ou insufi-
it liil. Jl Zt
@ Vitalidade fetal intraparto preservada e anal-
ciência placentária que alteram os valores de
dopplervelocimetria.
Alternativa E: INCORRETA. Já justificado nas alterna-
tivas anteriores.
gesia.
® Distocia funcional e ocitocina endovenosa.
© Sofriment o fet al agudo e parto cesáreo.
@ Sofrimento fetal crônico e parto cesáreo.
97 Das complicações abaixo, NÃO é mais
frequente no diabetes gestacional :
._ COMENTARIO: A tabela abaixo correiaciona apresentação com o ponto de repato, ponto de referên-
cia., linha de orientação e diâmetro de insinuação, retirado do livro Zugaib, Obstetrícia.
Dlimtlnl dt
Apresen~o Pontodt"'JMM Ponto de rtferfncli l.lniY dt orltn~io
lml~
Fontanel• lamb-
Cefálica fletida Ocdpído Sutura sagital Blporietal
d6ide
Angulo anterior
Cefálica defleti- Sutura sagrtome-
da fontanela Bregma Blporietol
da de 1ogr<1u topica
bregmátiu
Cefálica defleti· Raiz do ~riz ou
Naso Sutura metópica Bitemporal
da de 20 grau glabela
Cefálica defteti· Queixo Mento Unha facial Bimalar
da de l<'grou
Pêlvlca Ponta dO CÓCCIX Sacno Sulco lnterglilteo Bitroantérlco
Dessa maneira, o ponto de reparo na apresentação cefálica defletida de segundo grau é a glabela,
e o ponto de referência é o naso.
I Resposta: @
@ influenza.
®caxumba.
© meningite meningocócica.
@ tétano.
®hepatite B.
._ COMENTARIO: Veja a tabela abaixo, retirado dos protocolos assistenciais em obstetrícia da FMUSP,
quinta edição.
Vad111s seguras e dt rot1111 n1 Vad111s uSidas 111 gesta~ em VICIIIIS contrlllndlcaus 111
oe~ sltu<ôfs espedab gesta~
dT (Tétano e Oifteri•) Hepat~eA Sar.ompo
Coqueluche acelular Tuberculose (BCG) Rubéoi<l
lnfluenza Pneumococo Coqueluche
Hepatite B Meningococ:o Caxumba
Raiva Varkela
Febre •maret•
Poliomielite (no Brasil)
A cloração da rede de água e os programas de reabilitação física para pacientes com doença
O1 neurológica crônica, correspondem:
Quachl
Ap~ da sallde tos nlvtls dt prtfttlçáo Sf9Undo Luvtll & Cl.t (1965)
A promoção da saúde aparece como prevençáo primária, confundindo-se com a
prevenção referente à proteçáo específica (vaónaçáo, por exemplo). Corresponde a
Primária (promoção medidas gerais~ educativas, que objetivam melhorar a resistência e o bem-estar geral
dos indivíduos (comportamentos alimentares. exerdcio físico e repouso, contenção
da saúde eproteçao de est~sse, nlo inoest&o de drogas ou de tabaco}, para que ~stam ~s agress6es dos
espedfica) agentes. Também d iz respeito a aç6es de orientação para cuidados com o ambiente,
para que esse náo favoreça o desenvolvimento de agentes etiológicos (comporta-
mentos higiênicos relacionados à habitaçáoe aosentornos).
Engloba estratégias populacionais para detecçáo precoce de doenças, como por
Secund~~a (dlag. exemplo, o rastreamento de dncer de colo uterino. TamWm contempla aç6e-s com
indivíduos doente$ ou acidentados com diagnósticos confinnados, para que, para
nóstlco e tratamento que se curem ou mantenham-se funcionalmente sadios, evitando complicaçóes e
precoce; limitaçãoda mortes prematuras. Isto se dá por meio de práticas clínicas preventivas e de educaçáo
Invalidez) em saúde, objetivando a adoção/mudança de comportamentos (a l ime ntar~ ativi-
dades físic.u etc.).
Consiste no cuidado de sujeitos com sequelas de doenças ou acidentes, 'lisando a
Terckírta (reabilitação) recuperaçáo oo a manutençáo em equilibrio funcional.
I Resposta:®
21& PreparatórioparaResidência Médica SUS/SP
informações sobre 1.000 pacientes residentes cência chama a atenção para a complexa reali-
nos Estados Unidos que preenchiam uma de- dade da juventude brasileira e, em particular de
finição usada para a vigilância da AIDS. Com adolescentes, articulando aspectos ligados ao
esses dados eles desçreveram as características exercício da sexualidade e da vida reprodutiva,
demográficas e comportamentais dos pacien- ~s condições materiais de vida e ~s múltiplas re-
tes e as complicações da doença. O tipo de es- lações de desigualdade que constituem a vida
tudo realizado é denominado: social em nosso país.
A definição de caso suspeito: "Indivíduo I> COMENTÁRIO O Ministério da Saúde está am-
O8 que apresente febre de início súbito, ce·
faleia e mialgia, seguido de aparecimento de
pliando a faixa etária para a vacinação contra
o vírus do papiloma humano (HPV), usada na
exantema maculopapular, entre o segundo e prevenção de câncer de colo do útero. Já em
quin to dias de evolução e/ou manifestações 2014, meninas dos 11 aos 13 anos receberão as
hemorrágicas• refere-se a: duas p rimeiras doses necessárias à imunização,
a dose inicial e a segu nda seis meses depois.
@ malária. A terceira dose deverá ser aplicada cinco anos
® febre maculosa brasileira. após a primeira.
© dengue hemorrágica. I Rosposta: @
@ leptospirose lctero-hemorrágica.
® feb re purpúrica brasileira.
Segundo o Calendário Nacional de Vaci-
Alternativa A: INCORRETA. Surgimento de 5 a 14
dias após a infecção.
1O nação do Ministério de Saúde do Brasil,
a vacina contra rotavlrus deve ser aplicada aos:
Alt•rnativa B: CORRETA. A Febre Maculosa Brasileira
(FMB) é uma doença infecciosa febril aguda, de @ dois e quatro meses.
gravidade variável, cuja apresentação clín ica ® três e cinco meses.
pode variar desde as formas leves e atfpicas até © dois, quatro e seis meses.
formas graves, com elevada taxa de letalidade. @ nove meses.
~transmitida por carrapatos, principalmente ® 12 meses.
do gênero Amblyomma. O tratamento precoce
221 PreparatórioparaResidência Médica SUS/SP
._ COMENTA RIO Rotavírus - Existem duas vacinas •No Brasil, 94% da população tem acesso a
disponíveis. A vacina monovalente inclu ída no serviços de água potável. Nas cidades, esse
PNI, indícada em duas doses, seguindo os limi- percentual alcança 98%, contra 92% em 1990,
tes de faixa etária: primeira dose aos dois meses de acordo com o relatório da Unícef. Entre a po·
(limites de 1 mês e 15 dias até no máximo 3 me- pulação rural, o avanço foi bem mais expressivo
ses e 15 dias) e a segunda dose aos quatro me- nos últimos 25 anos: apenas 38% acessavam
ses (limites de 3 meses e 15 dias até no máximo redes de água limpa nestas regiões, contra 70%
7 meses e 29 dias). em 2015."
I Resposta: ® I Resposta: @
Qual dos seguintes tipos de câncer apre- Sobre o vírus papiloma humano (HPV) e
11 senta menos evidências que justifiquem
sua inclusão nas estratégias atuais de rastrea-
13 o câncer de colo de útero, NÃO é correto
afirmar:
mento oncológico?
® A maioria das mulheres sexualmente ativas
® Colo de útero. será infectada por um ou mais tipos de HPV em
® Cólon. algum momento da vida.
© Mama. ® O câncer de colo de útero é o primeiro tu·
@ Reto. mor mais frequente na população feminina no
® Pulmão. Brasil.
© O câncer de colo de útero é a quarta causa
._ COMENTÁRIO A evidência atual não dá supor- de morte de mulheres por câncer no Brasil.
te para o rastreamento para câncer de pulmão ® Os HPV 16 e 18 são os principais responsá·
com radiografia de tórax ou citologia do escar- veís dos casos de câncer de colo do útero.
ro. Rastreamento anual com TC de baixa dose ® Os HPV 6 e 11 são os principais responsáveis
está associado a uma redução da mortalidade dos casos de verrugas genital • condiloma acu-
por câncer de pulmão em fumantes de alto minado.
risco, mas são necessários mais dados sobre o
custo efetividade do rastreamento e os male- ._ COMENTÁRIO Questão Anulada. Existem dois
fícios e beneficios relativos ao rastreio através ítens INCORRETOS.
de uma gama de diferentes grupos de risco e Alternativa A: CORRETA. Felizmente apenas 1% dos
contextos. casos HPV estão associadas com câncer.
I Resposta: ® Alternativa 8: INCORRETA. O câncer de Colo de úte·
ro é o terceiro mais frequente na população fe·
minina no Brasil (Mama em primeiro, seguido
A distribuição de água potável no Brasil, de Colorretal).
12 quando consideradas áreas urbanas e ru-
rais, atinge, aproximadamente, o seguinte per-
Alternativa C: INCORRETA. O Câncer de Colo Uterino
é a sétima causa de morte por canceres nas mu·
centual da população: lheres.
Alternativas Oe E: CORRETAS. Conheça um pouco
® 20%. mais sobre a Vacina do HPV. Foram desenvolvi·
@ 40%. das duas vacinas contra os tipos de HPV mais
© 60%. presentes no câncer de colo do útero. Essa va-
@ BO%. cina, na verdade, previne contra a infecção por
® 100%. HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o
câncer de colo de útero só poderá ser observa·
.. COMENTÁRIO Questão polêmica. O Gabarito do após décadas. Uma dessas vacinas é quadrí·
fornecido foi letra O (BO%). Seria difícil afirmar valente, ou seja, previne contra quatro tipos de
que 100% da água potável estaria disponível. HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de
Então ficamos com a resposta O. câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes
2014 223
Ntwl dl! Evtdfnda Cfl!ntlfica por Tipo dl! Estu4t - "'xfort Cl!nlrl! for Evtdencl!-basl!d Mll4klnl!"-llltlnla
atuallla{.io maio ~e 2001
Grau de Reco- Ntvel de Tratamento/Prevenção - Etio-
Dlagnostn
IMIKiaçáo EvtdOnda logia
Revisá o Sistemática (com homogenei-
Revisão Sistemática (com homo-
dade) de Estudos Diagnósticos nível t
tA geneidade) de Ensaios Clínicos
Critério Diagnóstico de estudos nível
Controlados e ~ndomi ~os
18, tm di~tes centros cllnicos
(métodos), a fim de que os recursos sejam apli- na ausência de outro diagnóstico específico, e
cados da forma mais racional possível(...) qualquer um dos seguintes sinais de gravidade,
A"•rnativa C: INCORRETA. Sensibilidade: A sensibili- EXCETO:
dade de um método reflete o quanto este é efi-
caz em identificar corretamente, dentre todos @ Saturação de Sp02 < 95% em ar ambiente.
os indivíduos avaliados, aqueles que realmente ®Febre elevada de início súbito.
apresentam a característica de interesse. Assim, © Piora nas condições clínicas de doença de
no caso do IMC, a sensibilidade mede o quanto base.
o método é capaz de identificar aqueles que de @ Sinais de desconforto respiratório ou au-
fato apresentam obesidade. mento da frequência respiratória avaliada de
A"ornatlva D: INCORRETA. Especificidade: Já a espe- acordo com idade.
cificidade de um método reflete o quanto ele ® Hipotensão em relação à pressão arterial ha-
é eficaz em identificar corretamente os i ndivf- bitual dos pacientes.
duos que não apresentam a condição de inte-
resse (no exemplo dado, seriam os individuos _. COMENTÁRIO Alternativa B: Incorreto. Os sinais
que não são de fato obesos). de Gravidade São:
Altornatlva E: INCORRETA. Precisão: A precisão, nes- 1. Dispneia;
te sentido, é a dispersão do conjunto de valores 2. Desconforto Respiratório;
que se obtém a partir das medições repetidas 3. Saturação de 02 menor que 95%;
de uma magnitude ou grandeza: quanto menor 4. Exacerbação de doença preexistente.
é a dispersão, maior é a precisão.
I Resposta: ®
.C.LJtiJÇ~_I:.mm.m.mJ!.Q~HA~~-R.~ P.E•••
19 A Organização Mundial da Saúde reco-
menda que 15% dos partos seja m feitos
por cesarianas. A taxa nadonal de cesarianas,
SOUZA
@ 10%.
21 Em pacientes com Doença Pulmonar
Obstru tiva Crônica (DPOC) o melhor in-
dicador isolado de risco de exacerbações da
@ 20%. doença é:
© 40%.
@ 60%. @ APa02.
® 80%. @ O tempo de doença.
© História de exacerb ações prévias.
_. COMENTÁRIO Questão Anulada. O Valor cor- @ O grau de obstrução do fluxo aéreo.
reto seria próximo de 50%. Segue trecho da ® APaC02.
UNA5US.
•o que vemos éque, em duas décadas, os casos .. COMENTÁRIO Quem estudou DPOC se deu
no Brasil aumentaram de forma exponencial, bem na prova do SUS São Paulo, em 2014. Três
disse a diretora. Dados da OMS de 2011 mostram questões fáceis de acertar para quem tinha o
que 53.7% dos partos no Brasil eram cesáreas, a mfnimo de domfnio no tema, que é assfduo em
maior taxa do mundo. Em 201 O, essa taxa era de qualquer grande concurso médico.
52,3%. As estimativas, parém, apontam que ao A questão em tela aborda os fatores de risco
final de 20 14 a taxa já teria chegado a 55%.' para exacerbações da doença. Os principais fa-
tores são:
Idade avançada;
Segundo o Protocolo de Tratamento de Gravidade do DPOC (baseada em função
2O lnfluenza estabelecido pelo Ministério
da Saúde em 2013, considera-se caso suspeito
pulmonar - VEF 1);
Presença de tosse produtiva crônica;
de síndrome respiratória aguda grave indiví- Número de exacerbações no ano anterior;
duo de qualquer idade com sfndrome gripal, Número de internações no ano anterior;
226 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
Portanto, após o exposto, o que melhor respon- A questão tem duas alternativas possíveis, mas
de a questão é a letra C. a banca da prova não acatou os recursos.
I Resposta: © Aprenda: não brigue com a questão. Se ocorrer
isso na sua prova, busque a "mais errada" (ou a
mais certa, a depender do enunciado).
24 NÃO é próprio da doença de Crohn:
.. COMENTARIO Doenças Inflamatórias Intes- .. COMENTARIO Questão mais que batida. Sín-
tinais (DIIl são geralmente responsáveis por drome dos anticorpos antifosfolipldeos, Sln-
questões difíceis. Essa questão recebeu vários drome antifosfolípide ou simplesmente SAF
recursos na época e é bastante polêmica. O erro é uma trombofilia adquirida. E uma doença
provavelmente foi num erro de tradução doCe- autoimune causada por essa categoria de au-
ciI por parte da banca. toanticorpos, os quais até agora conhecemos o
Em geral, as questões de Dll gostam de con- Anticardiolipina, o Anti-Beta-2-microglobulina
frontar conceitos de Crohn com Retocolite Ul- e o Anticoagulante lúpico.
cerativa. Essa aqui é um exemplo. Vamos tentar O diagnóstico é através dos Critérios de Sappo-
encontrar a alternativa errada. ro, ou seja, precisamos de um critério laborato·
Alternativa A: INCORRETA. A inflamação na doença riaI e um critério clínico. Laboratoriais: um ou
de Crohn (DC) é classicamente transmural, em mais dos anticorpos acima positivos, repetidos
geral acometendo várias (muitas vezes todas) num intervalo de 12 semanas entre si.
as camadas histológicas do trato gastrintesti- Clínicos: a) Trombose vascular (Arterial ou ve·
nal. Portanto, não é superficial. letra A é o ga- nosa ou de microvasos) em qualquer órgão ou
barito da questão. tecido. Tromboses superficiais não se encaixam
Alternativa B: CORRETA. Um terço dos doentes sem aqui. b) Morbidade gestacional: uma ou mais
acometidos apenas no óleo. Conceito clássico. mortes inexplicadas de fetos com mais de dez
Alternativa C: CORRETA. 20-25% dos doentes terão semanas, prematuridade abaixo de 34 semanas
doença restrita ao Cólon. Não confunda com de fetos normais por DHEG, insuficiência pia·
Retocolite Ulcerativa. Embora esta também centária, ou três ou mais abortamentos espon-
seja restrita, o padrão de lesão é diferente. tâneos sem alterações cromossômicas.
Guarde esse conceito chave. O tratamento é através de anticoagulação. A
Alternativa D: CORRETA. Metade deles terão acome· síndrome pode ser primária ou secundária. A
timento colônico junto com o ileal. principal doença correlacionada é, sem dúvi-
Alternativa E: INCORRETA. Aqui houve o erro. A tra- das, o Lúpus Eritematoso Sistêmico. A obser-
dução livre do trecho diz que "Predominante- vação aqui é que outros fatores podem estar
mente pode haver lesão de todo o tubo diges- associados como infecções (Tuberculose, es-
tivo, incluindo boca e área gástrica e duodenal". piroquetoses [sífilis, Lyme, leptospirose), HIV,
Perceba que é diferente de dizer que há um HTLV, Hepatites virais), Neoplasias, Drogas (fe-
predomínio de lesões na boca e na área gas- notiazidas são as principais), e até Síndrome de
trintestinal. Estômago é um lugar que pode ser Klinefelter .
acometido sim, mas em uma parcela menor de I Resposta: ®
doentes.
228 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
Aprenda com as outras alternativas. Cifoesco- já comentamos sobre HVE e também sinais de
liose mais rarament e pode causar, junto com HAE na onda P.
outras deformidades torácicas. As demais são Alternativa C: INCORRETA. Infarto do miocárdio pré-
causas clássicas: DPOC, Apneia ob strut iva do vio: veríamos onda Q patológica, onda T inver-
sono e TEP de repetição (ou um TEP maciço ou tida ou paredes inativas.
a caveleiro agudo). Out ras causas não citadas Alternativa D: CORRETA.
são: Esclerodermia, l ntersticiopatias pulmona- Alt ernativa E: INCORRETA. Cardiomiopatia hiper-
res e Hipertensão pulmonar idiopática. t rófica: o ECG não é o exame de escolha para
I Resposta: ® o diagnóstico, mas veremos aqui hipertrofia de
TODAS as câmaras do coração, não de uma iso-
ladamente.
Ob serve o eletrocardiograma abaixo. O clássico é encontrarmos sobrecarga biatrial,
29
ça de:
Este eletrocardiograma mostra a presen- podendo ter outros comemorativos como BAV
de primeiro grau ou outros mais graves, ou até
mesmo taquiarritimias. Na prova, quando vir
-;--;-;-1 ~. l l um ECG com "alterações demais: desconfie de
Cardiomiopatia hipertrófica.
'
~iI '- I· 11
~·--,r-T-'T I I I
Uma mulher de 64 anos com dor lombar
~ i+~--i-+--r-11 3O e na região interescapular, persistente
com uso de anti-inflamatórios não hormonais,
tem VHS =70 mm/1 • hora e autoanticorpos ne-
gativos. Após o início de prednisona em dose
@ pericardite crônica. baixa tem melhora significativa dos sintomas. O
® insuficiência mitral. diagnóstico mais provável é de:
© infarto do miocárdio prévio.
@ hipertrofia vent ricular direita. ® polimiosit e.
® cardiomiopatia hipertrófica. ® esp ondiloartropatia soro negativa.
© polimialgia reumática.
.. COMENTÁRIO Outra questão de eletrocardio· @ fibromialgia.
grama. A resposta é simples, pois o achado é ® osteoart rite.
b em típico e grit ante: hipertrofia ventricular
direita. A questão dificultaria se opusesse hi- .. COMENTÁRIO Dor em cint ura (pélvica e/ou es-
p ertrofia ventricular direita com ventricular capular), persistent e, em geral com má respos-
esquerda. ta a AINE e analgésicos comuns e provas infla-
Na hipertrofia de VE, a parte positiva do QRS matórias - em especial o VHS, que é bastante
está mais ampla nas derivações precordiais, elevado- positivas. Estamos falando de quem?
enquanto que na de VD, est á mais ampla na Da Polimialgia reumática. Essa doença t em
parte negativa. Existem critérios mais sofistica- uma forte associação com a Arterite temporal
dos para tal, mas o básico que você precisa para e - assim como esta - tem resposta dramática
acertar uma questão de prova é isso. Comove- ao cort icoide (1).
mos em V2 e V3, está claro que se trata de uma Alternativa A: INCORRETA. Polimiosite: não há fra-
hipertrofia de ventrfculo direito (1). queza muscular na história. O laboratório indi-
Alternativa A: INCORRETA. Pericardite crônica: espe- caria uma CPK aumentada.
raríamos radesnivelamento de ST de aspecto Alternativa 8: INCORRETA. Espondiloartropatia so-
côncavo. ronegativa: apontaria um homem jovem em
Alternat iva 8: INCORRETA. Insuficiência mitral: o geral. Contaria história de rigidez matinal e
ECG não é específico, mas tem achados da sua NÃO melhoraria com corticoides.
rep ercussão, que é a hipertrofia tanto de átrio Alternativa D: INCORRETA. Fibromialgia. Cit aria os
quanto de vent rículo direit o. Veríamos o que t ender point s, problemas relacionados ao sono
230 PreparatórioparaResidência Medica SUS/SP
e uma melhora com exercício físico, não com perceber que pacientes portadores da doença
corticoide. O VHS é normal. podem ser negativos para ambos os testes (le-
Alternativa E: INCORRETA. Osteoartrite. Mostraria t ra A, correta); o FR tem baixa sensibilidade e
um padrão mecânico, não inflamatório das especificidade, 80% (letra B, incorreta); ambos
dores. Não melhoraria drasticamente com cor- podem ser negativos (letra C, incorreta); o FR
ticoide e apresentaria melhora, mesmo que a
pode ser negativo devido baixa especifici-
parcial, a analgésicos comuns. Não costuma ter dade, 80%, inclusive com o anti-CCP estando
VHS aumentado. negativo (letra O, incorreta); o anti-CCP tem
I Resposta: © sensibilidade de 50%, ou seja, em cem doentes
confirmados, apenas 50% apresentarão a posi -
CLINICA 11- GIOVANNI GALENO DO NASCIMENTO tividade para o anti-CCP (baixa sensibilidade),
SANTOS mas em cem resultados soropositivos para o
anti -CCf~ podemos dizer que 98 pessoas pos-
suem a artrite reumatoide (alta especificidade),
Ao solicitar sorologia para o diagnóstico ao contrário do que afirma a alternativa (letra
31e de artrite reumatoide (Fator Reumatoide:
FR antipeptideos cíclicos citrulinados: anti-C-
E. incorreta).
I Resposta: @
CP) o médico deve ter em mente que:
@ existem pacientes com a doença, mas que Em um paciente com doença inflamató-
são soronegativos para ambos os testes.
® embora FR tenha baixa sensibilidade, apre-
32 ria intestinal caracterizada por ileite, frs-
tulas perianais e pioderma gangrenoso é mais
senta especificidade acima de 90%. provável o encontro do anticorpo anti
© FR pode ser negativo, mas não anti-CCP.
@ pode haver pacientes que sejam negativos @ Músculo liso.
para anti-CCF~ mas não para FR. ® Mitocôndria.
® anti-CCP é o teste mais sensível para o diag- © Saccharomyces cerevisiae.
nóstico, mas tem baixa especificidade. @ Centrômero.
® Endomíseo.
.., COMENTÁRIO Os anticorpos anti-CCP possuem
alta especificidade (98%), porém baixa sensi- .., COMENTÁRIO Doença inflamatória caracteriza-
bilidade (cerca de 50%), ou seja, quando estão da por ileíte, fístulas perianais e pioderma gan-
presentes indicam fortemente o diagnóstico de grenoso está caracterizando o quadro clinico
artrite reumatoide, mas sua negatividade não de doença de Crohn. Na retocolite ulcerativa
tem maior valor prático. idiopática, devido ao acometimento apenas de
O Fator Reumatoide (FR), um anticorpo geral- mucosa e submucosas, é raro o desenvolvímen-
mente da classe lgM, dirigido contra a porção to de fistulas. A ileíte primária acontece apenas
constante de uma imunoglobulina, apesar de na doença de Crohn, podendo acontecer na re-
estar incluído entre os critérios diagnósticos, tocolite por inflamação do ceco e denominada
com 20% dos pacientes que são soronegativos. ileite de refluxo. O pioderma gangrenoso pode
O Fator Reumatoide também pode apresentar acontecer em ambas as doenças intestinais
positividade em diversas situações que não es- inflamatórias, em diversas outras (artrite reu-
tão relacionadas com a artrite reumatoide (lú- matoide, paraproteinemia, mieloma múltiplo,
pus, Sjógren, crioglobulinemia, doença mista, leucemia, hepatite crônica ativa, doença de Beh-
doenças parasitárias, endocardite e cirrose bi- çet, neoplasias malignas, infecção pelo HIV) e,
liar primária, por exemplo), indicando que sua inclusive, de forma idiopática, mas possui uma
positividade deve ser interpretada j untamente maior incidência na retocolite ulcerativa. Como
com a clínica do paciente para a afirmação do as fistulas são bem mais comuns na doença de
diagnóstico. Assim, o FR não possui nem uma Crohn, podemos inferir o diagnóstico. Na do-
alta sensibilidade e nem alta especificidade, ne- ença de Crohn, esperamos encontrar em maior
cessitando da relação clínica para o valor diag- proporção a positividade para os anticorpos
nóstico. Analisando as alternativas, podemos anti-Saccharomyces cerevisiae (anti-ASCA) em
2014 231
75% dos casos. Enquanto, na retocolite ulcerati- dias para o primeiro e 3-5 para o segundo).
va esperamos encontrar em maior proporção a I Rtsposta: @
positividade para os anticorpos citoplasmáticos
antineutrófilos de padrão perinuclear (p-ANCA).
Olhando as outras alternativas:
Alternativa A: INCORRETA. anticorpos antimúsculo
liso estão relacionados à hepatite autoímune
34 São contraindicações para VNI (Ventila-
ção Não lnvasiva):
D (duration) -duração:
37 aventada ao encontrar-se no sedimento
urinário a presença de cilindro:
AIT ;, 60 minutos: 2 pontos
AIT 10-59 minutos: 1 ponto @ granuloso.
D (diabetes)- diabetes: 1 ponto @ epitelial.
© céreo.
A pontuação total é de 7 pontos e um escore de @ lipídico.
5·6 indica risco de 8,1% de um acidente vascu- @ hemático.
lar encefálico em dois dias, indicando interna-
ção para investigação de causa. Escore menor .,_ COMENTÁRIO A síndrome nefrótica apresenta
ou igual a 3 dispensa internação caso não haja como caraterística a perda maior que 3-3,5g
outra indicação (fibrílação atrial, por exemplo). de proteínas em 24 horas, ocasionando uma
I Resposta: © hipoalbuminemia que provoca o edema, hi-
perlipidemia e demais complicações. A hiperli-
pidemia é ocasionada pelo frgado em resposta
São características dos quadros de deli· ao estado de hipoalbuminemia e diminuição
36 rium, EXCETO: da pressão oncótica; ocorre um estímulo para
a produção de lipoproteínas.
@ Desenvolvimento insidioso ao longo de dias A hiperlipidemia ocasionada gera lipidúria e a
a semanas. consequente formação de corpos graxos ova-
® Variação significativa nas escalas de sedação lados (células epiteliais com gotículas de gor-
ou na de coma de Glasgow nas últimas 24 horas. dura) e cilindros graxos, também chamados
© Alteração da cognição que não é explicada de gordurosos ou lipídicos (formados por tais
por demência preexistente ou em evolução. células aderidas à proteína de Tamm-Horsefall).
@ Perturbação da consciência com redução da I Resposta: @
capacidade de manter a atenção.
2014 m
Assim, concluímos que a hipoglicemia não faz do status do HBeAg. Não se recomenda pos·
parte do quadro clínico da sobrecarga de ferro. tergar o HBig até o sétimo dia do nascimento,
I Resposta: ® pois a eficácia não pode ser comprovada após
48 horas do nascimento; administrar concomi·
PEDIATRIA I· GABRIELA LUCENA DE ARAUJO tantemente a primeira dose da vacina e a HBig
em locais de aplicação diferentes; o esquema
vacina I segue o calendário básico da criança.
Martina acaba de nascer e o pediatra é Tendo em vista a ausência de evidências de que
41 informado que sua mãe, Ana, tem HbsAg
positivo. Neste caso deve·se:
o aleitamento materno de mães infectadas
pelo vírus da hepatite B ofereça algum risco
adicional na transmissão vertical, e comparado
® colher sorologia para o vírus da hepatite B ao alto risco quando da exposição ao sangue e
e bilirrubinas da recém-nascida e suspender secreções maternas, a OMS não contraindica o
a amamentação até receber o resultado dos aleitamento materno, mesmo em não imuniza·
exames. dos. Crianças que receberam imunoprofilaxia
® administrar a vacina contra hepatite B e a ao nascimento devem realizar pesquisa de mar-
imunoglobulina especifica para hepatite B na cadores imunológicos de hepatite B (HBsAg e
recém-nascida nas primeiras 12 horas e manter ant i·HBs) entre 9 e 18 meses de idade, após a
a amamentação. última dose da vacina de hepatite B.
© administrar na recém-nascida a imunoglo- I Resposta: ®
bulina especifica para hepatite B nas primeiras
12 horas de vida e a vacina contra hepatite B
até 30dias. O Ministério da Saúde disponibilizou a 4'
@ administrar a vacina contra hepatite B e
prescrever aciclovir para a recém-nascida ainda
42 edição do caderno Dengue: diagnóstico
e manejo clínico com a expectativa de auxiliar
no berçário e suspender amamentação por 24 os profissionais de saúde no atendimento ade·
horas. quado dos pacientes com dengue e diminuir a
® manter observação rigorosa durante 24 ho· letalidade da doença no país. Nesse contexto,
ras, buscando identificar sintomas de hepatite
neonatal e colher sorologia para hepatite B e ® pode ser considerado caso suspeito a crian·
bilirrubinas. ça proveniente ou residente em área endêmica
que apresente quadro febril, sem sinais de lo·
.. COMENTARIO A transmissão vertical da hepati· calização da doença e ausência de sintomas
te B resulta da exposição das membranas mu· respiratórios.
cosas do feto ao sangue ou fluidos corporais ® a notificação dos casos de dengue não é
maternos infectados pelo vírus da hepatite B, compulsória, com exceção das formas graves
podendo ocorrer antes do nascimento, por via da doença, pois com as atuais medidas de pre·
transplacentária (intrauterina) ou no momento venção, as intervenções de saúde estão locadas
do parto {perinatal), sendo esta última a princi· na dengue hemorrágica.
pai forma. Nos cuidados com o recém-nascido, © a prova do laço negativa é uma manifesta·
recomenda·se: limpar com compressas macias ção frequente nos casos de dengue, servindo
todo o sangue e secreções visíveis no recém· principalmente como marcador para as formas
-nascido imediatamente após o nascimento e graves, devendo ser utilizada rotineiramente na
proceder com banho em água corrente ainda prática clínica.
na sala de parto; utilizar aspiração gástrica para @ a dengue é uma doença dinâmica, sendo que
a remoção de secreção infectada; aplicar a vaci· os sinais de alarme e o agravamento do quadro
na ainda na sala de parto ou, o mais tardar, nas clinico costumam ocorrer na fase de remissão da
primeiras 12 horas após o nascimento; adminis· febre {entre o 6• e 100 dias da doença).
trar a imunoglobulina específica para hepatite ® o hemograma deve ser solicitado em todos
B (HBig) ao neonato ainda na sala de parto ou os casos suspeitos de dengue hemorrágico e
dentro das primeiras 12 horas de vida, caso a
mãe seja HBsAg reagente, independentemente
2014 235
tem como finalidade principal avaliar a hemoglobina para definir a necessidade de hidratação en-
dovenosa.
Alt•rnativa A: CORRETA. De acordo com o manual do Ministério da Saúde, pode ser considerado caso
suspeito a criança proveniente ou residente em área endêmica que apresente quadro febril, sem
sinais de localização da doença ou na ausência de sintomas respiratórios.
Alttrnativa B: INCORRETA. Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado à Vigilância Epidemiológi-
ca, sendo imediata a notificação das formas graves da doença.
Alttrnativa C: INCORRETA. A prova do laço positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue,
principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica~ serve como alerta, devendo ser
utilizado rotineiramente na prática clínica como um dos elementos de triagem na dengue e, na
presença da mesma, alertar ao médico que o paciente necessita de um monitoramento clinico e
laboratorial mais estreito. A prova do laço positiva também reforça o diagnóstico de dengue.
Alt•rnatlva D: INCORRETA. A dengue é sim uma doença dinâmica, em que os sinais de alarme e o agra-
vamento da doença surgem na fase de remissão; contudo, essa fase ocorre entre o terceiro e sexto
dia de doença.
Alt•rnativa E: INCORRETA. O hemograma deve ser sim solicitado para todos os casos suspeitos de
dengue hemorrágica, porém, ele tem como finalidade principal avaliar o hematócrito, para iden-
tificação de hemoconcentração. Hemoconcentração indica provável alteração de permeabilidade
capilar (extravasamento plasmático), associado à gravidade, além de definir a necessidade de hi-
dratação e resposta à terapia de reposição instituída.
Em relação à desnutrição infantil, importante problema de saúde mundial, tanto por seus
43 fatores diretos como pela associação a outros processos, é CORRETO afirmar:
@ A gravidade da desnutrição também pode ser feita pelos critérios de Gomez. Segundo esse es-
core, que relaciona o peso da criança e a média teoricamente esperada (percentil SO na curva Peso/
Idade), é normal quando essa relação é superior a 75%.
® Desde 1975, a Organização Mundial da Saúde adota o termo desnutrição para caracterizar a
carência de determinados nutrientes, isoladamente, como é o caso da deficiência de ferro, de pro-
teínas ou energética.
© Segundo as curvas da Organização Mundial da Saúde, a criança pode ser classificada como des-
nutrida quando o Peso/Idade e/ou Altura/Idade estiver abaixo de -2 escore-Z ou IMC estiver entre
-1 e -2 escore-Z.
@ A classificação da gravidade da desnutrição pode ser feita a partir de diferentes métodos. Se-
gundo a Organização Mundial da Saúde, a relação peso/altura e/ou altura/idade entre -3 escore-Z
e -2 escore·Z é considerada desnutrição grave.
® A sindrome da desnutrição pode ser diagnosticada por dados antropométricos como o Peso (P)
e a Altura (A) em relação à idade (P/1 e Nl) e em relação a eles mesmos(PIA) sempre considerando·
-se um padrão de referência.
Alt•rnatlva A: INCORRETA. Pelos critérios de Gomez. que relaciona o peso e a idade da criança, tem-se
a seguinte classificação:
Eutrófico: P / I > 90% do p50;
Desnutrição I grau: P / I = 76%- 90% (déficit de peso de 1O% a 24%);
Desnutrição 11 grau: P /1 = 60% - 75% (déficit de peso de 25% a 40%);
Desnutrição 111 grau: P /I < 60% (déficit de peso superior a 40%).
Alt•rnativa B: INCORRETA. A desnutrição pode ser definida como uma condição clínica decorrente de
uma deficiência, relativa ou absoluta, de um ou mais nutrientes essenciais; contudo, a falta de mi·
cronutrientes, como o ferro, não é considerada uma desnutrição.
236 PreparatórioparaResidênciaMedica SUS/SP
INDICESlHTROPOMttRICOS
CRIANÇAS DE 5 A10 ANOS IIICOM-
CRIANÇAS DE OA5ANOS INCOMPlETOS
PLETOS
Valom Crftlcos
Peso Pes. Estatura Pes. Estatura
IMCpara IMCpara
para para para para para
Idade Idade
lclide estahlra lclidt ldadt IÃC!t
Muito Muito
Muito Muito
Magreza Magreza baixa Magreza baixa
<Percen- <Escore baixo baixo
acen~ acentu- estatura acentu- estatura
til 0,1 z-3 peso para peso para
ada ada para a ada para a
a idade a idade
id.lde idade
2: Perc:eo- ;e Escore Bai>CII 8a1xa
BailCO Baixo
til 0,1 e z-3e estatura estatura
peso para Magreza Magreza peso para Magreza
<percen- <escore para a para a
til3 z-2 a idade a idade
idade idade
;, Per- ~ E sco re
centil J e z-le
<percen- <escore
tiiiS z-1
Eutrofia Eutrofia Eutrofia
~Pe~ ~Escore Peso Peso
tii iS e z-1 e adequa- adeq~
Sperc~ :S:.escore dopara a do para a
til 85 z+ t idade idade
Estatura Estatura
~ Pe ~ >Escore adequa- adequa-
Risco de Risco de
til 82 e z+1 e da para a Sobre- da para a
sobre-- sobre-
~ perc~ ~esco re
id.lde peso idade
peso peso
til 97 z+2
> Percen- >Escore
til 97 e z+2e Peso Sobre- Sobre- Obesida-
Spercerr- Sescore peso peso Peso de
elevado elevado
til 99,9 z+3 para a
para a
idade idade
> Per«n- >Escore Obesida- Obesido- Obesido-
til 99,9 z+3 de de de grave
re validado em nosso meio, sendo que entre 30 a 35 pontos o diagnóstico é muito provável, indi-
cando o início do tratamento medicamentoso.
® O diagnóstico de tuberculose pulmonar em crianças é baseado no sistema de pontos, a partir
do qual indica-se a abordagem terapêutica, sendo que o estado nutricional e o quadro radiológico
n~o s~o pontuados por serem inespecíficos.
© Na avaliação diagnóstica, a interpretação da prova tuberculínica (PPD) depende do estado vaci-
naI da criança, sendo que o PPD maior que 5 mm pode ser considerado sugestivo de infecç~o por
M. tuberculosis nas crianças que receberam BCG há mais de dois anos.
@ Cerca de 20% dos casos de tuberculose em crianças têm apresentação pulmonar, sendo que
as apresentações extrapulmonares mais frequentes são: ganglionar periférica, pleural, óssea, a me-
ningoencefálica e a renal.
® Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crianças são: cavernas
bacillferas, sendo positivas ao exame bacterioscópico, adenomegalias hilares e/ou paratraqueais e
pneumonias com qualquer aspecto radiológico.
[ Qua<hod lnko•""'....'"' Contato com adulto Teste hliMKVIitlk O' btMio nutriCional
tuberculoso
F«ft ou slntOtNs como; ·Ade11011~b hbr ou padrao
,....
Ptóldmo. nos ültlmos ·> Smmemn:.o Onnuulçio gtlrW
to&W, 4dinamia, exp«"tOf..ç.kr.
.........
•m.J9fKirneft:O. $udcwnc > J
niíli•
·Condens.aÇio ou intlltrJdo
((:Om ou sem flQIIV~}
~ter-*>>2~
• Condensaçao ou Infiltrado
..
v.acivdos com BCG
ou v.cirwdol > 2 .ano\
· > IOmrnemndn.-
dos<2~
(com ou wm ftCaY~) > 2
totmaNJ f"o!!Oulndo com piora
ou sem methofa com .,dblóõ-
CM p.v• 9f'I'MI COtnl..nl
e e e e e
.,.......,.,
Asslntcm;itico ou com sint~ ~o ou ~tt.radodle
qW~Iqu~rbpo < 2 ~riM
e e
lnfft:çao mphtórl;l (l)ftl meo- RadlogfiN I\OONI OcJuioNI <Srnm PMo llguAI ou adrN
!hora .tp6suso de MtibióbCOl ou neg..lti'o'G do petcentll 1o
J»r.11 gt'fTI"''n comuM ou wm
anbbi6tk:os
e e e e e
--
JO a JS pontor.
podem ser variadas. O achado clínico que cha- descarta a hipótese de glomerulonefrite pós-
ma atenção na maioria dos casos é a febre, -estreptocócica, indicando encaminhamento
habitualmente moderada, persistente por 15 para o nefrologista para biópsia renal.
dias ou mais e frequentemente vespertina. São @ A evolução do caso é compatível com a hi-
comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, su- pótese de glomerulonefrite pós-estreptocód-
dorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise ca, sendo a conduta adequada expectante com
é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é acompanhamento clinico e laboratorial com
feita em crianças com diagnóstico de pneumo· pediatra-geral.
nia sem melhora com o uso de antimicrobianos ® O diagnóstico de glomerulonefrite pós-es-
para germes comuns. Os achados radiográficos treptocócica não é comum em meninos nessa
mais sugestivos da tuberculose pulmonar em faixa etária e como os exames não normaliza-
crianças são: adenomegalias hilares e/ou para- ram, está indicado encaminhamento para o
traqueais; pneumonias com qualquer aspecto nefrologista.
radiológico, de evolução lenta, às vezes asso-
ciadas às adenomegalias mediastinicas, ou que ._ COMENTÁRIO O quadro descrito no paciente
cavitam durante a evolução; infiltrado nodular da questão é compatível com a glomerulo-
difuso (padrão miliar). nefrite pós-estreptocócica, sendo esta a mais
comum das glomerulopatias da infância (al-
ternativa O correta), mais comum no período
Há 40 dias, Ivo de 1O anos de idade foi escolar e pré-escolar (alternativa E incorreta).
45 internado apresentando edema gene-
ralizado associado à hipertensão moderada e
Os sintomas manifestam-se 1Oa 20 dias (no má-
ximo seis semanas) após a infecção estreptocó-
hematúria. Os exames de sangue e uri na colhi- cica de vias aéreas superiores ou de pele, sendo
dos na ocasião confirmaram a hipótese inicial clássica a presença de edema, hipertensão e
de síndrome nefrítica. Recebeu alta em 3 dias hematúria. Na evolução natural dos casos não
após boa evolução clínica. Hoje, Ivo retoma complicados, observam-se, inicialmente, em
para seguimento ambulatorial. Relata que média sete a 15 dias após o início da doença,
está bem. Ao exame físico: FC = 80 batimen- desaparecimento do edema, aumento da diu-
tos por m inuto; FR = 20 irpm; PA = 110 x 70 rese e, dois a três dias após, normalização dos
mm Hg (p95 = 11 9 x 80 mmHg), sem edemas níveis tensionais, com pressão arterial menor
ou outras alterações ao exame físico. Traz os que o percentil 95 (alternativa B incorreta). A
exames que foram colhidos há 1O dias: Urina maioria das alterações urinárias regride entre a
1 com pH = 5,5; d = 1030; cor amarelo escuro; quarta e sexta semana da doença, embora em
50.000 hemácias na urina; leucócitos 10.000; 10% dos casos possa persistir a hematúria resi-
cilindros ausentes; sangue oculto ++; urobili- dual por vários meses (alternativa A incorre-
nogênio e pigmento biliar negativo, proteína ta). A dosagem do complemento sérico é obri-
negativa. Hemograma normal. C3 = 21 (nl 90 gatória para o diagnóstico de glomerulonefrite
até 180) C4 =7 (nl 10-40). Analisando a história pós-estreptocócica. Seus valores encontram-se
e os exames, é CORRETO afirmar: dimi nuídos em 95 a 98% dos casos. A normali-
zação de seus níveis, que ocorre dentro de qua-
® Ivo deve ser encaminhado para o nefrolo· tro a seis semanas, é um parâmetro importante
gista para biópsia renal pela manutenção de tanto para prognóstico quanto para o diagnós-
hematúria no exame de urina tipo 1que sugere t ico diferencial (alternativa C incorreta).
o diagnóstico de nefropatia por lgA. I Resposta: @
® A pressão arterial, no momento da consulta,
indica mau prognóstico, sendo necessário o en-
caminhamento para o nefrologista para biópsia A utilização do soro de reidratação oral
renal para descartar nefropatia lúpica.
© A persi stência do complemento ainda baixo
46 nos casos de desidratação implicou em
grande queda da mortalidade infantil por diar-
reia aguda. A Terapia de Reidratação Oral (TROJ:
2014 2l9
@ está indicada na maioria dos quadros de de- com ruídos hidroaéreos presentes. que não
sidratação por diarreia aguda e um índice de desaparecem mesmo após um intervalo maior
retenção de 20% associasse a uma evolução entre as tomadas; dificuldade de ingestão de
satisfatória do processo de reidratação. SRO, por exemplo, estomatite severa.
® é contraindicada quando há número de vô- Alternativa E: INCORRETA. Deve-se oferecer à crian-
mitos alto pelo risco de aspiração, assim nesses ça. líquidos via oral, conforme aceitação, sendo
casos a hidratação endovenosa com soro fisio- I OOml de TRO após cada evacuação.
lógico é mandatóría. I Resposta: @
© deve ser combinada com suspensão da ali-
mentação, inclusive o aleitamento materno,
pois a presença de qualquer alimento na luz Mariana tem 4 meses de idade e está em
intestinal dificulta a terapêutica.
@ pode falhar em decorrência da presença de
47 aleitamento materno exclusivo. Veio ao
pronto-socorro acompanhada pelo pai, Ma-
vômitos e nesse caso não está indicada a passa- nuel, que relata que a filha está com fezes líqui-
gem de sonda nasogástrica para a reidratação. das, 6 vezes ao dia, há 2 dias. O quadro é acom-
® deve ser oferecida em amostras pré-fixadas panhado de febre de 38,50C e vários episódios
para que se possa avaliar com precisão o quan- de vômitos, dificultando a ingestão de líqui-
to foi ingerido pela criança. dos. Ao exame físico, Mariana está em regular
estado geral e irritada. As mucosas estão des-
Alternativa A: CORRETA. Diarreia aguda é uma coradas, olhos fundos e sem lágrimas, saliva
doença caracterizada pela perda de água e ele- espessa, turgor da pele pouco diminuído, pulso
trólitos. devido ao g rande número de evacua- rápido e com enchimento capilar de 4 segun-
ções. A terapia de reidratação oral é feita com dos. Qual o diagnóstico e a conduta inicial para
uma solução de sais que são importantes para Mariana?
a manutenção do equilíbrio orgânico.
Alternativa 8: INCORRETA. A hidratação venosa @ Desidratação grave. Manter o aleitamento
deve ser indicada quando a criança não ganha materno e iniciar terapia de hidratação endo-
ou perde peso após as primeiras duas horas de venosa concomitante com hidratação oral com
hid ratação por sonda nasogástrica; quando a reavaliação de 1/1 hora
criança tem vômitos persistentes (quatro ou ® Desidratação grave. Suspender o aleitamen-
mais vezes, no mínimo, em uma hora) após a to materno durante a fase de reidratação e ini-
instalação da sonda nasogástrica; no caso de ciar hidratação endovenosa com soro fisiológi-
crise convulsiva com alteração do estado de co 20 ml/kg em 20 minutos.
consciência. © Desidratação de algum grau. Manter o alei-
Alternativa C: INCORRETA. Os lactentes amamen- tamento materno e iniciar terapia de hidrata-
tados no seio deverão continuar recebendo o ção oral, reavaliação de 1/1 hora, por um perío-
leite materno, junto com o soro de reidratação do de 4 horas.
oral. Os pacientes com outro tipo de ali men- @ Desidratação de algum grau. Suspender o
tação deverão receber somente a solução rei- aleitamento materno durante a fase de reidra-
dratante, enquanto mantêm sinais de desidra- tação e iniciar terapia de hidratação oral com
tação. reavaliação de 1/1 hora.
Alternativa D: INCORRETA. A administração por son- ® Desidratação de algum grau. Manter o alei-
da nasogástrica é uma maneira de dar TRO de tamento materno durante a fase de reidratação
modo gradual e continuo, favorecendo a ab- e iniciar hidratação endovenosa com soro fisio-
sorção da solução, e deverá ser administrada lógico 20 ml/ kg.
quando há perda de peso após as primeiras
duas horas de tratamento adequado com SRO; 11> COMENTÁRIO Manejo do paciente com diarreia
vômitos persistentes (quatro ou mais vezes, no aguda, de acordo com o Ministério da Saúde:
mínimo, num período de uma hora) depois de
iniciada a TRO; distensão abdominal acentuada
240 Preparatóriopara Residência Medica SUS/SP
DECIDA
Se apresentar dois ou mais si·
SEM SINAIS DE DESI- Se apresentar dois ou mais nais, induindo pelo menos um
DRATAÇAO sinais: COM DESIDRATAÇAO dos destacados com asterisco
('): DESIDRATAÇAO GRAVE
TRATE
USE O PLANO 8 (pese opa- USE O PLANO C (pese o pa-
USE O PLANO A
ciente) ciente}
© Como o cartão de vacina foi perdido, deve- ® pneumonia sem derrame pleural, Staphylo-
-se revacinar Pedro com 3 doses de anti-hepati- coccus aureus, tratamento ambulatorial com
te B; 3 doses da difteria e tétano (dupla adulto); azitromicina.
3 doses de antipólio oral e duas doses de sa-
rampo, caxumba e rubéola. .,. COMENTARIO O agente bacteriano principal
@ Como a mãe lembra qual vacina está faltan- da pneumonia encontrado na faixa etária de
do, deve-se abrir novo cartão e revacinar apenas pré-escolar e escolar é o S. pneumoniae. No
com 1 dose contra hepatite 8; 1 dose de BCG e exame físico do aparelho respiratório, identifi-
duas doses de sarampo, caxumba e rubéola que ca- se a taquipneia que, para crianças maiores
são vacinas importantes nessa faixa et ária. de 1 ano, é uma frequência respiratória maior
® Como o cartão de vacina foi perdido, deve- -se que 40 impulsões respiratórias por minuto. A
revacinar Pedro com 1 dose de BCG; 3 doses de presença de retração int ercost al é um sinal de
anti-hepatite B; 3 doses da difteria e tétano (du- gravidade da doença e seu achado é indicati-
pla adulto); 3 doses de antipólio oral e duas doses vo de internação. Em crianças, é frequente o
contra meningite e 1 dose contra pneumococo. comprometimento brônquico com estertores
finos médios e grossos. À ausculta, o murmú-
.,. COMENTARIO De acordo com o calendário va- rio vesicular poderá estar diminuído na con-
cina! do adolescente, o paciente deve receber densação por pneumonia, como também nas
a vacina para hepatite B (as três doses, já que grandes atelectasias e nos derrames pleurais. O
não t em a confirmação que já recebeu ante- frêmito toracovocal estará aumentado nos ca-
riormente), t ríplice viral (duas doses), difteria e sos de consolidação e diminuído nos derrames
tétano (três doses) e antipoliomielite oral (três pleurais. Dessa forma, temos um paciente com
doses). o diagnóstico de pneumonia, sem derrame ob-
I Resposta: © servado pelos sinais semiológicos, sem sinais
de gravidade, podendo ser tratado em casa.
Ant ibióticos de primeira escolha são a Amoxici-
Ana t raz seu filho Pedro com 3 anos de lina ou a Penicilina procaína, para o t ratamento
49 idade ao pronto-socorro, poi s apresenta
tosse produtiva há uma semana, febre de 38'C
domiciliar.
I Rtsposta: @
a cada 8 horas, há 3 dias, e cansaço há 2 dias.
Ao exame físico, Pedro apresenta frequência
respiratória = 30 irpm apresentando apenas ti- Criança de 3 anos e 6 meses de idade
ragem subdiafragmática; frequência cardfaca =
100 bpm. Ausculta pulmonar com murmúrios
5O apresenta quadro de febre até 39•c há
um dia, sem outras queixas ou sintomas. Crian-
vesiculares diminuídos, macicez à percussão e ça em bom estado geral e exame físico sem ne-
aumento da ausculta da voz na base do hemi- nhuma alteração. Qual a melhor conduta?
tórax esquerdo. O diagnóstico e o agente etio-
lógico mais provável para o quadro respiratório @ Reavaliação em 48-72 horas se manutenção
de Pedro e a conduta nesse momento são: da febre.
® Colher Hemograma, Urina I (uroanálise) e
@ pneumonia com derrame pleural, Staphylo- Proteína C Reativa.
coccus aureus, realizar toracocentese e introdu- © Colher Hemograma, Hemocultura e Protefna
zir penicilina crist alina. C Reativa.
® pneumonia sem derrame pleural, Streptoc- @ Colher Hemograma, Urina I, Radiografia de
cocus pneumoniae. internação com introdução tórax.
de penicilina cristalina. ® Colher Hemograma, Urina I (uroanálise) e
© pneumonia com derrame pleural, Streptoc- Urocultura.
cocus pneumoniae, internação com int rodução
de penicilina cristalina. .,. COMENTiRIO A investigação de um quadro
@ pneumonia sem derrame pleural, Streptoc- febril em uma criança em idade escolar ou pré-
cocus pneumoniae, tratamento ambulatorial -escolar será indicada quando esta apresentar
com amoxicilina. febre maior que 39,4 •C associada a t remores
242 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
Fernanda, três anos de idade com qua- lateral não supurativa, eritema da mucosa oral
53
e
dro de tosse há quatro dias, coriza hialina
irritabilidade, não perdeu o apetite e está
com lábios fissurados, lfngua "em fra mboesa~
edema endurado em mãos e pés, exantema
ativa. Iniciou quadro de febre até 38• C há dois cutâneo polimorfo. Levando em conta a princi-
dias. Mãe acha que criança está com dor de pal hipótese di agnóstica feita para esta criança,
ouvido, pois leva muito a mão à orelha esquer- é CORRETO afirmar:
da, porém refere que ela não reclamou de dor.
Criança afebril no momento, sem alterações de @ O tratamento inclui penicilina ou amoxicilina.
exame físico com exceção de opacidade e hipe- @ A provável causa da doença é o Streptococ-
remia de membrana timpânica esquerda. Qual cus pyogenes.
diagnóstico e a melhor conduta? © A provável causa da doença é o Staphylococ-
cus aureus.
@ Otite média aguda, orientações gerais e rea- @ Os exames laboratoriais apropriados pode-
valiação em 48 horas ou se houver piora clínica. rão confirmar a doença.
® Otite média aguda, amoxidlina por 14 dias, la- ® Esta doença pode evoluir com envolvimento
vagem nasal e nebulização com soro fisiológico. da artéria coronária.
© Otite média aguda, orientações gerais e
prescrição de lavagem nasal e nebulização com _. COMENTÁRIO A principal hipótese diagnostica
soro fisiológico. para essa criança é a doença de Kawasaki. Uma
@ Otíte serosa, amoxicilina por 14 dias, lava- doença de etiologia ainda desconhecida, que
gem nasal e nebulização com soro fisiológico. deve ser diagnosticada seguindo o seguinte
® Otite serosa, orientações gerais, lavagem critério:
nasal e reavaliação em 48 horas ou se houver
piora clínica. Febrt por dnco dias oumais+ 4dos 5 altérlos
Conjuntivite n~o purulenta
_. COMENTÁRIO O quadro clínico da criança fala
Alteração de lábios e cavidade oral:
a favor de uma otite média aguda. Febre, dor Lfngua framboes~onne
no ouvido e Otoscopia mostra membrana tim- Eritemia e edema de orofarfnge
pãnica eritematosa e opaca. Como tem mais Fissuras e erltema labial
que dois anos, está afebril no momento, sem Alteraç~ de membros:
outras alterações do exame físico. a conduta no Agudo: Eritema e edema de máos e p~s
momento é expectante. Devendo a criança ser Subagudo: descamaçáo periungueal nas semanas
reavaliada em 48h. 2e 3
Certmdo Incerteza do dlag- Exantema pollmórfico
ldadf
diagnóstico nóstlco Linfonodo~alia cervical (> l ,San de dia metro)
< 6 mêSes tratar tratar O diagnóstico é clínico, os exames laboratoriais
6 meses a Grave: tratar não confirmariam a hipótese diagnostica. Mas
tratar
lanos Não grade: observar podem contribuir na avaliação. Sendo obser·
Grave: tratar vado leucocitose com desvio a esquerda, com
>2 anos Náograve: Observar contagem de plaquetas normal na primeira se-
observar mana e aumento na segunda semana. Apresen-
Critérios para tratamento da OMA. segundo a ta VHS e/ou PCR elevados.
Academia Americana de Pediatria. Trata-se de uma vasculite que afeta predomi-
nantemente as artérias de médio calibre com
I Resposta: @ predileção pelas artérias coronárias. O trata-
mento proposto é imunoglobulina intravenosa
e acido acetil saiíCilico em dose anti-inflamató-
Uma criança de três anos e quatro meses ria (80 a 100 mg/kg/dia).
54 de idade, previamente saudável, apre-
senta febre alta há cinco dias, conjuntivite bi-
I Resposta: ®
244 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
Uma criança de três anos de idade evolui Alternativa A: INCORRETA. O tratamento deve ser o
55 com diarreia significativa e deterioração
clínica. É obtida uma gasometría arterial que
mais precoce possível, de preferencia nas duas
primeiras semanas de vida.
mostra pH: 7,23; Pa02: 68 mmHg; PaC02: 32 Alternativa 8: INCORRETA. O teste de triagem consta
mmHg; bicarbonato de 15 mEq/L e saturação de da dosagem do TSH em papel filtro.
02 de 92%. Trata-se de: Alternativa C: INCORRETA. Não vemos hipert onia, ao
contrário1 observa-se hipotonia.
® Acidose metabólica. Alternativa 0: CORRETA. A triagem neonat al em re·
® Alcalose respiratória. cém-nascidos a termo deve ser feita após 48h
© Acidose metabólica e alcalose respiratória. até o 4• dia de vida.
@ Acidose metabólica e acidose respiratória. Alternativa E: INCORRETA. A icterícia prolongada é
® Alcalose metabólica e acidose respiratória. um dos sintomas do hipotireoidismo congênito•
Rlnk!:SAYP· 101 1
2014 245
Ao examinar um recém ~nascido são en- I> COMENTÁRIO A presença de anticorpos lgM
59 contradas habitualmente manifestações
que não têm repercussão clínica. A manifesta-
específicos para rubéola, no sangue do recém-
-nascido, é evidência de infecção congênita.
ção exige atenção, pois está fora da normalida- uma vez que os anticorpos lgM maternos não
de e precisa de seguimento: ultrapassam a barreira placentária.
A infecção natural pela rubéola confere imuni-
@ batimento de aletas nasais. dade permanente, mas os anticorpos que nos
® vérnix. protegem após a primo-infecção são do tipo
© lanugo. IGG. Dessa forma. A asserção está correta e a
@ mancha mongólica. razão está incorreta.
® milium sebáceo. I Resposta: ®
Alternativa A: CORRETA. O batimento de aletas na-
sais é um sinal de desconforto respiratório no CIRURGIA I· HUGO GONÇALO GUEDES
recém-nascido.
Alternativa 8: INCORRETA. O vérnix está presente é
um biofilme que permite a maturação da pele Um homem de 37 anos de idade bateu
do recém-nascido, lubrifica e facilita sua passa-
gem pelo canal do parto. Estando mais presen-
61 seu carro em alta velocidade contra um
poste. Ficou preso nas ferragens e decorreram
te nos recém-nascidos a termo. 50 minutos até que fosse retirado do vefculo.
Alternativa C: INCORRETA. O lanugo é uma pilificação Trazido pelo resgate em prancha rígida, com
fina que pode estar presente no RN ao nasci- colar cervical, recebendo oxigênio, 1O Um inu-
mento, desaparecendo nas primeiras semanas. to, chega ao pronto-socorro depois de mais 40
Alternativa O: INCORRETA. A mancha mongólica é minutos. Apresenta fratura fechada de tíbia e fi-
uma mancha de coloração marrom azulada ou bula à esquerda, que foi cuidadosamente imo-
arroxeada que surge por um defeito da migra- bilizada. Está orientado e estável hemodina-
ção dos melanócitos da crista neural para a micamente. Queixa-se de muita dor em perna
derme no desenvolvimento embrionário. Pelo esquerda, principalmente à movimentação do
caráter autoinvolutivo, não necessitam de tra- pé. A perna esquerda tem edema tenso e pul-
tamento. sos distais diminufdos, sendo muito dolorosa à
Alternativa E: INCORRETA. O milium sebáceo con- movimentação passiva. Conduta prioritária:
siste em pápulas peroladas benignas que não
necessitam de intervenção. @ Fasciotomia.
® Arteriografia e fixação imediata das fraturas.
© Elevação da perna, para diminuir o edema.
Dada à sentença: "A presença de anticor- @ Analgesía com opioides leves e anti-inflama-
6O pos lgM específicos para rubéola no re-
cém-nascido é evidência de infecção congênita
tórios, evitando drogas de4pressoras do siste-
ma nervoso central.
PORQUE a infecção natural pela rubéola em ge- ® Reposição volêmica agressiva, para melho-
ral não confere imunidade permanente~ rar a perfusão sistêmica e da perna fraturada.
Assinale a alternativa CORRETA sobre a rubéola
congênita. COMENTAR lO Paciente com trauma de coxa, ede-
ma tenso e diminuição de pulsos distais. Até
@ A asserção é correta, a razão é correta e ara- que se prove o contrário, o paciente está ten-
zão justifica a asserção. do uma síndrome compartimental da coxa, e a
® A asserção é correta e a razão é incorreta. conduta nesse caso é a fasciotomia.
© A asserção é correta, a razão é correta, mas a I Resposta: @
razão não justifica a asserção.
246 Preparatóriopara Residência M~dica SUS/SP
importante e sabemos que houve impacto to- vez ficamos com a impressão que o autor não
rácico, pois há escoriações em tórax ao exame nos deu todas as informações necessárias, mas
físico. Nosso padente não apresenta redução vamos com calma!
ou ausência de MV, então podemos descartar O autor é enfático em nos dizer que ela está de-
as opções de hemotórax ou pneumotórax. E o sidratada e muito descorada (3+/4+), quando
broncoespasmo não mantém correlação com o associamos isso ao fato de ela estar taquicárdi-
trauma, portanto a opção correta é a alternativa ca e em uso de anticoagulantes orais, já pode-
B, contusão pulmonar! Lembrem-se do tripé mos pensar em abdome agudo hemorrágico.
do tratamento da contusão pulmonar: analge- Além disso, a paciente apresenta distensão ab-
sia, fisioterapia respiratória e restrição hídrica. dominal às custas do acúmulo de líquido intra-
Vamos aproveitar também para rever o exame cavitário, pois ao exame o abdome é maciço a
físico do trauma torácico: percussão. Podemos então concluir que esse lí-
Pneumotórax simples: MV reduzido ou abo- quido é sangue e que ela apresenta um choque
lido, hipertimpanismo a percussão. Pacien- hemorrágico!
te estável hemodinamicamente. I Resposta: @
Pneumotórax hipertensivo: MV reduzido
ou abolido, hipertimpanismo a percussão.
Paciente instável hemodinamicamente.
Desvio de traqueia e !urgência jugular (se
74 O linfonodo sentinela:
Uma paciente de 28 anos refere dor ab- ~ COMENTÁRIO A questão foi anulada pela ban-
73 dominal há cerca de 12 horas. A dor é
difusa e acompanhada de náuseas, vômitos e
ca, pois havia mais de uma resposta correta. O
linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo ou
distensão abdominal. Nega febre. Está desidra- grupamento linfonodal que drena uma deter-
tada (+/4+) e muito descorada (3+/4+). Oabdo· minada região. Além disso, na prática médica
me está distendido e é maciço à percussão. Não vemos que o linfonodo sentinela costuma ser
se auscultam ruídos hidroaéreos. O toque retal o que mais capta o marcador radioativo e/ou o
não denota lesões e evidenda fezes na ampola contraste injetado.
reta I. P = 120 bpm, PA = 100 x 80 mmHg, IMC = A pesquisa do linfonodo sentinela é de grande
35 kg/m'. A paciente está em uso de anticoa- valia nos casos de tumores de mama, melano-
gulante oral, por trombose de membro inferior ma e câncer de pênis. Pois, quando positivos
direito, há 3 meses. A hipótese diagnóstica mais podem indicar necessidade de esvaziamento
provável é abdome agudo: de toda a cadeia linfonodal respectiva (linfade-
nectomia).
@ hemorrágico. I Resposta: ANULADA
® obstrutivo.
© perfurativo.
@ vascular. Um traumatizado de 49 anos foi subme-
® inflamatório. 75 tido à fixação externa de fratura exposta
de perna direita, drenagem de tórax por hemo-
~ COMENTARIO Ao ler a questão pela primeira tórax, laparotomia com esplenectomia e sutura
250 Preparatóriopara ResidênciaMedica SUS/SP
._ COMENTARIO O caso em questão trata sobre o Associação correta entre o risco perio·
diagnóstico e tratamento da síndrome compar-
timental abdominal (pressão intra-abdominal
76 peratório especifico e a escala ou !ndice
utilizado para sua avaliação:
sustentada ou repetida ;;: 20mmHg associada à
disfunção ou à falência de órgãos). O aumento @ Nutricional - Goldman.
da pressão intra-abdominal reduz a perfusão ® Cardiológico- Apache 11.
tecidual dos órgãos intra-abdominais aumen- © Pul monar - Braden.
tando o risco de isquemia de mucosas e trans- @ Pulmonar - Torrington e Henderson.
locação bacteriana, com redução da perfusão ® Renal - Detsky.
renal resultando em oligúria e prejudicando o
retorno venoso e causando hipotensão. É uma Alternativa A: INCORRETA. Goldman: avalia o risco
entidade comum no cenário pós-trauma, visto cardíaco em cirurgias não cardíacas.
que muitas vítimas necessitam de expansão Alternativa 8: INCORRETA. O APACHE 11 é um escore
volêmica agressiva para melhora do padrão he· prognóstico, que estima a gravidade e prediz
modinãmko. Na questão o paciente foi ressus- mortalidade de doentes graves. É um dos esco-
citado com 20 litros de cristaloide! res mais difundidos no mundo e amplamente
O diagnóstico da SCA é objetivo: PIA susten- utilizado em UTI. Lembrem-se de que ele não é
tada ou repetida <: 20mmHg. Vamos lembrar exclusivo da pancreatite aguda!
como é feita a mensuração da PIA? Alternativa C: INCORRETA. Escala utilizada pela equi-
Em posição supina e em expiração (após cons· pe de enfermagem para avaliar o risco de de·
tatação de que não há contração da parede ab- senvolvimento de úlceras de pressão.
dominal) e que o transdutor está •zerado" no ní- Alternativa 0: CORRETA. O escore de Torrington e
vel da linha axilar média. A mensuração da PIA Henderson também avalia o risco pré-operató-
deve ser realizada via pressão intravesical com rio e estima a probabilidade de ocorrência de
instilação 25-75 ml de água destilada estéril no complicações pulmonares e mortalidade.
cuff da sonda de Foley. A hipertensão intra-ab- Alternativa E: INCORRETA. Detsky: também avalia o
dominal é definida quando há uma PIA susten- risco cardíaco em cirurgias não cardíacas
tada ou repetida llil 12mmHg. Já a hipertensão
intra-abdominal é classificada em:
Grau 1: 1215mmHg Um senhor de 68 anos foi submetido à
Grau 11: 1620mmHg
Grau 111: 2125mmHg
77 gastrectomia total, por adenocarcinoma
pouco diferenciado, há 1 ano. Ficou assintomá-
Grau IV: > 25mmHg tico até há 3 semanas, quando passou a apre-
sentar dor abdominal difusa, em cólica, náuseas
O tratamento definitivo da SCA é a laparotomia
2014 251
A re~peito do câncer superficial de bexi- ® Leiomioma uterino subseroso e deve ser in-
8O ga, e correto afirm ar: vestigad o p or meio de ultrassonografia trans-
vaginal.
@ O seu t rat amento depend e do estadiam ento © Câncer de endométrio, portant o a conduta
e do g rau hístológico. é histeroscopia diagnóstica im ediata com bióp-
® t diagnosticado com elevad a acurácia pela sia de endom étrio.
citologia urinária. ® Pólipo uterino com causa de sangramento
© e mais comum na mulher. u terino disfuncional.
@ O seu t ratam ento geralmente requer ressec- ® Hiperplasía endometrial com espessura en-
ção comp leta da bexiga. d ometrial de até 7 m m.
® Habitualm ente é tratado com quimioterapia
intravesical po r, pelo m enos, 6 meses Alternativa A: CORRETA. Ainda que a investigação
vise excluir neoplasias m alignas, a maioria d os
.. COMENTi RIO O tu m or de bexiga é o tum o r casos de sangramento após a menopausa é
m ais frequente do trato urinário. É mais fre- causada por doenças benignas, sendo a atrofia
quente em homens, especialmente em homens cística do endométrio a principal causa de san-
tabagistas. g ramento pós-menopausa.
O diagnóstico geralment e é tardio e se apre- Alternativa B: INCORRETA. Manifestações clínicas de
senta de forma branda, com hem atúria assin- leiomio m atose uterina são muito m ais frequen-
tomática ou associada a sintomas unnanos tes no menacme e. mesmo que considerásse-
inespedficos como cistite, poliúria, urgência mos essa hipótese no d iagnóstico diferencial,
miccional ou dor abdominal. miomas de localização subserosa se encontram
A cistoscopia com bióp sia é o método preco- afastad os d o endométrio, não cu rsando com
nizado para o diagnóstico definitivo. Já a cito- sangramento. Miomas que sangram mais habi-
logia urinária possui alta especificidad e m as t ualmente são os submucosos ou intramurais
baixa sensibilidade. com componente submucoso.
Sempre que falamos em câncer, t em os q ue Alternativa C: INCORRETA. É fundament al a investi-
falar em estadiam ento! O t ratamento de q ual- gação da cavidade endom etrial para a exclusão
quer t umor mant ém relação d ireta com o seu de neop lasias malig nas e hiperplasias endome-
estadiamento. Amaioria dos tumores de bexiga t ríais, para o qual as indicações de hísteroscopia
é superficial (70%) e, portanto, passíveis de tra- e b iópsia são precisas. No entanto, a p rincipal
tam ento por RTUb (ressecção transuretral de h ipótese d iagnóstica é atrofia endom etrial.
bexiga) + injeção intra-vesical com BCG, para Alternativa 0: INCORRETA. A nom enclatura 'disfun-
reduzir a t axa de recidiva local. cional" remete a um diagnóstico de exclusão;
I Resposta: @ se há pó lipo, a etiologia é estrut ural e não dis-
funcional.
De qualquer fo rma, ainda que os pó lipos sejam
GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 1- EDSON SANTOS relativamente frequentes, a atrofia endom etrial
FERREIRA FILHO continua sendo a p rincipal causa de sang ra-
mente pós-m enopausa.
Alternativa E: INCORRETA. A atrofia endom etrial
Mulher de 67 anos, na pós-m enopausa continua sendo a principal causa de sang ra-
81 há 18 anos e sem uso de terapia de re-
posição hormonal, refere sangram ento vaginal
mente pós-menopausa, sobret udo com valores
menores de eco endom etrial.
discreto há 2 dias. A principal hipótese diagnós-
tica é:
Sobre o rastream ento do câncer de colo
@ Atrofia endom etrial decorrente d o hipoes-
trogenismo, que pode levar à fragilidade vascu-
82 de útero, é correto afirmar:
Os músculos do assoalho pélvico apon- dia por medo de perder urina, já que as perdas
85 tados são: (VER IMAGEM). são mais comuns quando a bexiga está repleta.
Nega disúria, urgência, urgeincontinência ou
noctúria. Faz uso de absorvente diariamente.
Nega doenças associadas ou cirurgias prévias.
Exame Ffsico Geral: Bom Estado Geral; PA: 110
x 70 mmHg; Peso: 90 kg; IMC: 34 kg/m'. Exame
Físico Ginecológico: Presença de rotura perineal
grau 2; Ausência de perda urinária à manobra
de Valsalva. útero em AVf de tamanho nor·
mal. Anexos não palpáveis. Ausência de dor à
mobilização do colo. Observando o caso clíni·
co descrito acima, a hipótese diagnóstica e os
exames complementares que devem ser solici·
Mlls<ULOS tados para melhor avaliação do caso e auxilio
1 2 3 terapêutico são:
Elévador do l.squlocaver· Perineal
@ @ Incontinência urinária de esforço por defi-
ânus noso transverso
ciência esfincteriana uretra I; urina 1, urinocul-
8ulboespon- Perineal
® Puborretal
joso
tura e uretrocistografia retrógrada e miccional.
transverso
® Incontinência urinária de esforço por hi·
Pubococd- Perineal Bulboespon-
permobilidade do colo vesical; urina 1 e uri-
© geo transverso Joso
nocultura.
@ Elevador do lsquiocawr- Bulboespon- © Incontinência urinária de esforço por hiper-
ânus noso joso mobilidade do colo vesical; urina 1, urinocultu·
Elevador do Perineal lsquiocaver• ra, estudo urodinâmico e diário mkcional.
® ánus transverso noso @ Incontinência urinária de esforço; urina 1,
urinocultura e teste terapêutico com antko-
~ COMENTARIO A anatomia do assoalho pélvico linérgico.
feminino pode ser resumida através da figura ® Incontinência urinária de esforço; urina 1,
abaixo: urinocultura e estudo urodinâmico.
.........._
trw ;r••-
"'--~
......_...........
T(-S...~II
Alternativa A: INCORRETA. Pela história clínica, não é
possível diferenciar se a incontinência urinária
de esforço (IUE) é por deficiência esfincteriana
ou hipermobilidade do colo vesical; para isto,
pode ser utilizado o estudo urodinãmico, após
se afastar infecção do trato urinário (com urina
1 + urocultura).
Alternativa 8: INCORRETA. Novamente, não é possl-
vel diferenciar o tipo de IUE pela anamnese e
Portanto, identificam-se os músculos: 1) eleva- pelo exame clfnico.
dor do ânus (composto pelos músculos pubo· AlternativaC: INCORRETA. Mais uma vez, não é pos-
coccigeo, puborretal e iliococcígeo); 2) isquio- sfvel diferenciar o t ipo de l UE pela anamnese e
cavernoso; 3) transverso superficial do períneo. pelo exame clínico.
I Resposta: @ Alternativa D: INCORRETA. O diagnóstico está cor·
reto, mas a proposta terapêutica está inade-
quada. Os anticolinérgicos são indicados para
Mulher de 45 anos relata perda urinária o tratamento de bexiga hiperativa. Para a IUE,
86 há cinco anos, com piora progressiva
associada principalmente à tosse, espirro e ri
inicia-se com medidas comportamentais e fi.
sioterapia do assoalho pélvico, podendo-se
sadas. Costuma ir ao banheiro várias vezes ao
256 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
@ Considerar como causa fisiológica. Acon- GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11· JULIANA GIROTTI
selhar, oferecer anti-HIV, VDRL, sorologia para SPERANDIO
hepatites B e C; se disponível, vacinar contra
hepatite B, convocar e tratar parceiro.
® Realização de microscopia, sem a qual não
há possibilidade de diagnóstico, sendo con-
traindicado tratamento sem identificação do
91 Secundigesta de 29 semanas, com um
parto cesárea anterior, chega ao pronto·
-socorro queixando-se de sangramento vaginal
agente etiológico. de moderada intensidade de início súbito, sem
outras queixas. Refere outro episódio seme-
Alternativa A: CORRETA. Caso bastante sugestivo lhante há 2 semanas, em menor quant idade. ~
de tricomonfase; nela, há odor desagradável tabagista e hipertensa. Encontrava-se em bom
e teste das aminas fracamente positivo, pois a estado geral, FC: 90 bpm, PA: 11O x 70 mmHg,
infecção por Trichomonas vaginalis também abdome gravfdico, tõnus normal e BCF: 140
está associada a supercrescimento anaeróbio bpm. Ao exame especular, presença de sangue
e produção de aminas voláteis. A vulva pode vivo coletado em fundo de saco posterior, pe-
estar eritematosa, edemaciada e escoriada; a queno sangramento exteriorizando pelo orifi·
leu correia vaginal costuma ser fina e amarelada cio do colo. A principal hipótese diagnóstica e
ou esverdeada. Costuma ser diagnosticada fator de risco associado são:
com a identificação microscópica de protozoá-
rios anaeróbios ovais e flagelados; além disso, ® Descolamento prematuro de placenta e hi-
o pH vaginal frequentemente está elevado. As pertensão arterial crônica.
pacientes com infecção por t ricomonas devem ® Placenta prévia e cicatriz uterina prévia.
ser testadas para outras doenças sexualmente © Oescolamento prematuro de placenta e taba-
transmissíveis e o(s) contato(s) sexual(is) deve( gismo.
m) ser adequadamente avaliado(s). @ Moléstia trofoblástica gestacional e taba·
Alternativa 8: INCORRETA. Na cervicite por gonor- gismo.
reia, ocorre secreção vaginal profusa sem odor, ® Placenta prévia e hipertensão arterial crônica.
não irritante e de cor branco-amarelada. Já a
clamídia. em geral, é assintomática; quando I> COMENTARIO Trata-se de uma paciente no se-
sintomática, causa descargas vaginais mucopu- gundo trimestre de gestação com queixa de
rulentas ou secreções ectocervicais. sangramento vaginal. Nesses casos, deve-se
Alternativa C: INCORRETA. Os sintomas mais co- pensar em duas principais hipóteses diagnós-
muns da candidíase são prurido, dor, eritema ticas, de acordo com o quadro clínico resumido
vulva r e edema com escoriações. O corrimento de maneira simplificada abaixo:
vaginal característico lembra queijo cottage; o 1· Placenta prévia: sangramento vermelho vivo,
pH vaginal é normal (<4,5) e o exame micros- em geral sem dor abdominal associada, tõnus
cópico permite a visualização da levedura. Na uterino normal, com fator de risco para im·
candidfase simples, não há indicação de ras- plantação placentária em localização anômala
trear doenças sexualmente transmissíveis nem (principal é cicatriz u terina prévia).
tratar o parceiro, pois não é uma doença de 2- Descolamento prematuro de placenta: san-
transmissão sexual, podendo ocorrer inclusive gramento vermelho escurecido, dor abdomi-
em pacientes virgo. nal, tõnus uterino aumentado, com fator de
Alternativa O: INCORRETA. Leucorreia fisiológica risco associado (por exemplo, uso de drogas
não costuma apresentar odor ou causar vagini- recente, doença hipertensiva, trombofilia etc.)
te. Nos casos fisiológicos, não há necessidade
de investigações complementares ou trata- Dessa maneira. percebe-se que o autor deseja
mento do parceiro. caracterizar um quadro de placenta prévia, e o
Alternativa E: INCORRETA. O quadro clínico é típico fator de risco apresentado no enunciado é a ce·
e a microscopia só é conclusiva se positiva (vi- sárea anterior. Resposta letra B.
sualização de parasita flagelado oval e móvel); Alternativa A: INCORRETA. pelo quadro clinico não
se negativa, não afasta o diagnóstico. característico.
Alternativa C: INCORRETA. pelo já explanado.
2014 259
Alternativa D: INCORRETA. O quadro de moléstia que não fosse, a vacinação durante a gestação
trofobeastica gestacional é bem distinto, sen- é contraindicada.
do, em geral, caracterizado nos enunciados
com idade gestacional no primeiro trimestre,
pré-eclâmpsia precoce, hiperêmese intensa, e Primigesta, idade gestacional de 40 se-
descrição ou de imagens vesiculares ao ultras-
som, ou de saída de vesículas em conjunto com
93 manas e 3 dias, sem comorbidades, pro-
cura atendimento queixando-se de diminuição
o sangramento. Tabagismo não é um fator de de movimentação fetal há 8 horas. A conduta
risco associado. inicial deve constituir-se por:
Alternativa E: INCORRETA. A resposta de fato é pla-
centa prévia, porém hipertensão arterial é um @ Ultrassonografia para avaliação de macros-
fator de risco relacionado a descolamento pre- somia fetal e insuficiência placentária, patolo-
maturo de placenta, e não de placenta prévia. gias comumente encontradas no pós-datismo.
1!!1 Resposta: ® ® Exame de Oopplerfluxometria das artérias
umbilical e cerebral média fetais.
© Amniocentese para pesquisa de mecôneo
Gestante de 8 semanas comparece a anteparto.
92 primeira consulta pré-natal trazendo os
seguintes exames: tipagem sangufnea O nega-
@ Internação para cesárea por tratar-se de qua-
dro de sofrimento fetal.
tivo, Hb 8,5 g/dl e Ht 25%, sorologia para HIV ® Cardiotocografia anteparto de repouso e,
negativa, VDRL titulo de 2, toxoplasmose lgM caso necessário, estimulada.
negativo e lgG positivo, rubéola lgM negativo
e lgG positivo. Conduta correta: Alternativa A: INCORRETA. A macrossomia fetal e
insuficiência placentária são mais comumente
@ Encaminhar para seguimento em serviço encontradas no pós-datismo e podem ser
terciário de medicina fetal devido ao risco de diagnosticadas por meio da ultrassonografia,
anemia fetal. porém não deve ser a principal conduta nesse
® Indicar transfusão sanguínea devido ao risco caso, devendo-se priorizar a avaliação da vitali-
de hemorragia feto-materna maciça. dade fetal por meio do exame físico, cardioto-
© Solicitar teste treponêmico para confirma- cografia e perfil biofísico fetal.
ção de sífilis. Alternativa 8: INCORRETA. Não há nenhum fato no
@ Iniciar espiramicina na dose de 1,O g a cada enunciado que indique necessidade de reali-
8 horas para profilaxia de infecção fetal por to- zação do doppler de artéria umbilical/cerebral
xoplasmose. neste caso, como comorbidade materna ou res-
® Encaminhar paciente para vacinação contra trição de crescimento fetal.
rubéola. Alternativa C: INCORRETA. Em nennhum caso pes-
Alternativa A: INCORRETA. Não há nada no enun- quisa-se mecôneo anteparto por meio de am-
ciado que sugira atualmente anemia fetal. A niocentese, mas sim por meio de amnioscopia.
anemia materna deve ser investigada e tratada, Alternativa D: INCORRETA. Apesar da queixa da
porém não implica em risco direto ao desenvol- paciente ser redução da movimentação fetal,
vimento de anemia fetal deve-se avaliar se a queixa da mesma procede,
Alternativa B: INCORRETA. Novamente, nada no observando a movimentação fetal e outros pa-
enunciado indica risco hemorrágico iminente. râmetros de vitalidade por meio do exame físi-
Alternativa C: CORRETA. Altos títulos de VDRL indi- co, não indicando necessariamente sofrimento
cam solicitação do teste treponêmico para con- fetal e cesárea imediata.
firmação do diagnóstico de sifilis. Alternativa E: CORRETA. O principal exame comple-
Alternativa D: INCORRETA. A paciente é imune para mentar a ser realizado neste caso é a cardioto-
toxoplasmose (lgM negativo e lgG positivo), cografia. Deve-se lembrar, porém, que alguns
não necessitando de profilaxia para a doença. serviços não indicam estimulo fetal no pós-da-
Alternativa E: INCORRETA. A paciente já é imune à tismo, por risco de indução de mecônio fetal.
rubéola (lgM negativo e lgG positivo), e,mesmo
260 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
@ Iniciar tratamento com antibiótico para pro- @ O diafragma pélvico é composto pelos mús-
filaxia da sepse neonatal por Streptococcus culos levantador do ânus e transverso profundo
agalactiae. do períneo, bilateralmente.
® Internação hospitalar, colher hemograma ® O diafrag ma urogenital é composto pelos
materno, controle de curva térmica, pesquisa músculos esfíncter interno da uretra e isquioca-
da vitalidade fetal e repouso. vernoso, bilateralmente.
© O corpo perineal é composto pelos múscu-
.,_ COMENTÁRIOTemos um caso caracterizando los bulboesponjosos, transversos superficiais
uma gestante de 37 semanas com quadro de do períneo e esfíncter externo do ânus.
Ruptu ra prematura de membranas ovulares, @ O nervo pudendo origina-se do plexo sacra I
fora de trabalho de parto, portanto. Nesses ca- e é responsável apenas pela inervação sensitiva
sos, a conduta é: do períneo.
1- Avaliação da vitalidade fetal ® A artéria uterina é ramo da artéria ilíaca ex-
terna.
262 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
@ Trata-se de trabalho de parto prematuro e a paciente deverá ser encaminhada para parto
imediato.
® Deve ser colhida a pesquisa de Strepto do grupo B.
© Uso de terbutalina endovenosa oferece risco de edema pulmonar.
@ Uso de atosibano endovenoso é eficaz, com menos efeitos maternos adversos.
® Deve ser prescrita betametasona 12 mg IM em duas doses, com 24h de intervalo entre elas.
.,_ COMENTARIO: Pelo enunciado, o autor pretendia caracterizar um Trabalho de Parto Prematuro
(TPP) em gestação gemelar de 32 semanas e deseja saber a alternativa incorreta.
Alternativa A: INCORRETA. Por tratar-se de parto prematuro inibfvel, deve-se internar a paciente e utili-
zar uterolítícos para inibição das contrações. Letra A é a resposta, portanto.
Alternativa B: CORRETA. Em casos de TPP, deve-se colher rotina de screening infeccioso, pesquisa para
strepto do grupo B, e alguns locais preconizam a coleta de culturas vaginais para clamidia e gono-
coco. Deve-se introduzir antibioticoprofilaxia para Strepto do grupo B por 48 horas, ou até sair o
resultado de cultura e iniciar inibição do parto com uterolítico de escolha e realizar corticoterapia.
Alternativa C: CORRETA. Alguns efeitos colaterais da terbutalina são desenvolvimento de taquicardia
materna e edema agudo de pulmão, e deve-se manter vigilância para controle dos mesmos.
Alternativa O: CORRETA. O Atosibano (antagonista da ocitocina) possui menos efeitos colaterais mater·
nos do que a terbutalina, porém é menos utilizado pelo seu alto custo e por não estar disponfvel
nos principais serviços públicos do país.
Alternativa E: CORRETA. A internação da inibição do trabalho de parto é justamente realizar a betame-
tasona em 2 doses para maturação pulmonar fetal.
~~-1--1--1~~-f~~~--t-~~~1---1 -AM
~1--+--+-~~~~~--~~~~+-~--1 -3
~1--r~~~7f~--+-~~~tr~~--l - 2
-1
o
~~--1---+-~~-+--1---~-+---+--+---~-+---1 •2
2 ~-t--t--1--~--+--+--+--1~-t--t--1--1---1 •3
tr--~~--+--1---r--+--+--+---~~--+--+---1· 4
---------+-~--+--+--+--+--+--+-~---+--1---+--+---l ""lva
19 20 21 22 23 24 2 3 4 5 6 7
.. COMENTARIO: Analisemos o partograma. Até cabilidade não respeitadas, com feto acima do
a hora 3, o trabalho de parto evoluiu adequa- plano Ode de Lee).
damente. Observemos então da hora 3 à 6. Te- Alternativa B: INCORRETA. O feto ainda não insi-
mos dilatação total mantida por 3 horas, com nuou e, desta maneira, o diâmetro fronto-occi-
contrações adequadas para fase do trabalho de pital deve estar paralelo ao eixo das espinhas
parto (período expulsivo). A apresentação des- isqui~ticas (como ocorre no partograma), em
ceu do plano -2 de de Lee ao -1 de de Lee, po- variedade transversa,portanto.
rém estagnou neste. Percebe-se que não houve Alternativa C: INCORRETA. Não caracteriza-se dis-
insinuação do polo cefálico (plano O de de Lee tocia funcíonal, pois as contrações estão ade-
não foi ultrapassado), a despeito do motor ute- quadas para o perfodo expulsivo (4 contrações
rino adequado. Desta maneira, pode-se dizer moderadas a fortes).
que a cabeça fetal provavelmente não ultrapas- Alternativa O: INCORRETA. lmpossfvel haver parada
sa o nível das espinhas isquiáticas, configuran- de dilatação considerando que a dilatação do
do uma desproporção céfalo- pélvica. A condu- colo uterino já atingiu seu máximo (1 Oem).
ta, neste caso, é o parto cesáreo. Resposta letra
O. Analisemos as demais afirmativas.
Alternativa A: INCORRETA. Em primigesta sem 0 exame de toque de parturiente cujo
analgesia (dado não fornecido no enunciado),
configura-se período expulsivo prolongado di-
1O0 feto encontra-se em situação longitu-
dinal. apresentação cefálica fletida. posição es-
latação total acima de 3 horas. Porém, o fórcipe, querda e variedade de posição ocd pito-trans-
neste caso. estaria proscrito (condições de apli- versa, deve-se identificar o lambda:
264 Preparatóriopara Residência M~dica SUS/SP
® As 12h.
® Entre 12h e 3h.
© As3h
@ As 9h.
® Entre 9h e 12h.
sacro (6hs)
transversal
._ COMENTARIO: Fizemos a figura acima para simplificar o raciocínio. Sempre relembre de esquema·
tizar na sua prova o proposto pelo enunciado, o que facilit a a visualização.
I Resposta: ©
com carga máxima de adulto. Caso identifique- tra-se ativa, afebril e em bom estado geral. sen-
-se uma parada cardiorrespiratória em assisto- do assim, o provável agente etiológico é o vírus
lia ou Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP), não parainfluenza.
está indicada a realização de desfibrilação, sen- I Resposta: @
do indicada a infusão de adrenalina 0,01 mg/kg
a cada três a cinco minutos.
I Resposta: © A área pulmonar onde mais comumente
04
lobo:
ocorrem atelectasias numa criança é o
direito possa atelectasiar com mais frequência ao déficit de cloreto de sódio (NaCI), cloreto de
que as outras areas pulmonares. potássio (KCI) ou ácido cloridríco (HCI) em pro-
I Resposta: ® porções variadas.
Osm sérica = 2 x[Na+)(meq I Ll + Glicose (mg I Na síndrome de Cushing haverá perda de sódio
dl)l18 + Ureia (mg I dl )/6 e cloro na urina, o que resulta em um au men·
t o do bicarbonat o equimolar à perda de cloro,
Assim: Na+: 136mEqll; Glicose: 90mg/dl; como compensação. Dessa forma, haverá um
Ureia: 45mgldl cloro urinário elevado.
Osm sérica = (2x136) + (90118) + (4516) = I Resposta:@
284,5mOsmiL
I Resposta:©
Uma criança de 9 meses tem história de
mães infectadas com o vírus da hepatit e A, Alternativa C: CORRETA. A anemia no prematuro tem
funcionarios e crianças que frequentam cre- o seu nadir mais acentuado, sendo, nos prema·
ches durante surto. A imunoprofilaxia com t uros com peso de nascimento entre 1.000g e
imunoglobulina pode ser realizada até 14 dias 1.500g, em torno de Sg/dl de hemoglobina,
da exposição, podendo prevenir ou atenuar a enquanto nos abaixo de 1.000g, chega a 7g/dl.
doença (alternativa B corret a, alternativa A Alternativa D: CORRETA. O trat amento da anemia
i ncorreta). A imunoglobulina é realizada de da prematurídade sintom~tica (baixo ganho
forma intramuscular (alternativa C incorreta). de peso, necessidade de suporte vent ilat ório) é
Pós-exposição, o mais adequado é realizar a a t ransfusão de concentrado de glóbulos ver-
imunização passiva (imunoglobulina) e não a melhos, em pequenos volumes (1 O a 15ml/kg).
imunização ativa com a vacina (alternati va O Alternativa E: CORRETA. Durante o período neona-
incorreta). A imunoglobulina utilizada é a co- tal ocorre maior destruição dos glóbulos ver-
mum (alternati va E Incorreta), e não a especf- melhos, pois a meia vida dos eritrócitos, nessa
fica para hepatite A. faixa etária. é menor que 70 dias.
I Resposta: ®
A síndrome da morte súbita ainda é um
O8
A respeito da anemia fisiológica do lac-
tente, pode-se afirmar todas as abaixo,
09 problema significativo nos lactentes. So·
bre esta síndrome todas as afirmações abaixo
EXCETO: estão corretas, EXCETO:
® Atinge o pico entre 8 e 12 semanas de vida ® Nos casos confirmados parece haver uma
no recém-nascido de termo e entre 3 e 6 sema- redução da reatividade dos receptores de sero-
nas de vida no recém-nascido prematuro. tonina.
® A suplementação de ferro pode abreviar o ® São fatores de risco: pais fumantes, sexo
tempo de anemia nos recém-nascidos de termo. masculino, imunização incompleta e uso de
© No nadir da anemia, nos la c tentes prematu- t ravesseiros e rolinhos no berço.
ros, a concentração de hemoglobina pode atin- © É possível observar a presença de quadro
gir valores de 7 a 9 g/dl. petequial em até 95% dos casos e a presença
@ A abordagem terapêutica dos bebês nascidos de edema pulmonar é também frequente.
prematuramente pode envolver a administração @ A posição supi na ao dormir proporcionou
de concentrado de glóbulos para aqueles com uma redução de 60 a 70% dos casos.
baixo ganho ponderai, dificuldade respiratória e ® O uso noturno de chupeta eleva o risco de
elevação da frequência respiratória. ocorrência da síndrome
® Decorre, entre out ros motivos, da menor
vida média das hem~cias dos lactentes j ovens. Alternativa A: CORRETA. A etiologia da sindrome de
morte súbita do lact ente ainda é considerada
Alternativa A: CORRETA. Observa-se nas primeiras desconhecida. Existem diversas hipóteses fisio-
semanas de vida uma queda acentuada e au- patológicas. Uma das teorias mais aceitas ba·
tolimitada, da taxa de hemoglobina, comum seia-se em prov~vei s alterações do mecanismo
a todos os lactent es. Trat a·se de uma queda de desp ertar desses lactentes, com polimorfis·
fisiológica cujo pico ocorre na oitava e décima mo do gene t ransportador de serotonina e de-
segunda semana de vida no recém-nascido de senvolvimento do sistema nervoso autônomo.
termo e entre três e seis semanas de vida no re- Alternativa 8: CORRETA. São fatores de risco para
cém-nascido prematuro. morte súbit a do lactente: tabagismo, dormir
Alternativa 8: INCORRETA. A administração de fer- em posição pro na (dorso para cima), presença
ro nessa ocasião não impede nem atenua essa de muitas cobertas e t ravesseiros no berço, re-
queda. Em t orno da décima segunda semana cém-nascidos do sexo masculino, ausência de
de vida, ocorre a ret omada da eritropoese e o amamentação, vacinação em atraso. não uso
ferro armazenado será reutilizado, sendo míni- de chupetas, hipot ermia ou hipertermia.
mo o requerimento de ferro exógeno.
2015 271
Alternativa D: INCORRETA. Vide comentário da alter- Alternativa C: INCORRETA. Adenoma hipofisário não
nativa anterior. explicaria o aumento da tireoide.
Alternativa E: INCORRETA. Vide comentário da alter- Alternativa D: INCORRETA. No hipotireoidismo cen-
nativa anterior. tral teríamos os hormônios tireoidianos dimi-
I Resposta: ® n u ídos com um TSH normal o u levemen te au-
mentado.
Alternativa E: INCORRETA. Na Doença de Graves te-
O uso terapêutico de imunoglobulina ríamos um TSH supresso.
12 humana intravenosa está indicado nas
doenças abaixo, EXCETO:
Uma das important es medidas em sala © oferta de oxigênio com máscara aberta (três
15 de parto no processo de reanimação,
especialmente do recém-nascido com menos
litros) e medida de saturação de oxigênio em
membro superior direito.
de 37 semanas e de todos os que necessitam @ ventilação com pressão positiva sem oxi-
de cuidados, com influência no prognóstico, é gênio e medida de saturação do oxigênio em
prover calor para a manutenção da tempera- membro superior direito.
tura corpórea. Para tanto1 recomenda-se que a ® ventilação com pressão positiva com oxigê-
temperatura ambiente seja de ...... e a tempera- nio (três litros) e medida de saturação de oxigê-
tura corpórea se mantenha entre ...... e ...... , em nio em membro superior esquerdo.
graus Celsius ('C). Complet am, respectivamen-
te, as lacunas: N..\SCIM~N'f< >
.--------, Ccsr~ :t fetn'lO?
@ 23; 35 e 36. Re!Õpir.IOI.Io <lU chorando?
® 26; 36,5 e 37. Tónus muscular em flexão?
© 23; 36,5 e 37.
@ 26;35e36.
® 23; 36 e 36,5. Pron:r calor
Pm icioruar abcça
... COMENTÁRIO: Segundo as diretrizes de rea- .\ spi.r;u- ,.1as :léte:1-s s/n
~"\t
nimação neonatal da sociedade brasileira de
pediatria de 2016, na sala de parto devemos
tentar manter a temperatura corporal entre r------------------------,
36,5·37,5• C (normotermia). E para diminuir a '~ '~
f<C < IHH bpm. :tf)flCt.1 ou
perda de calor do RN a temperatura ambien- : rcsp•t:\Ç3() 1rrcguh r? :
te na sala de parto deve estar entre 23-26• C. !.._ ____ _ _ _ ____ _ ____ _ ____ _ _ _ !
terioso. Na circulação fetal, o sangue que sai do Alternativa D: CORRETA. Na anemia de doença crôni·
ventrículo direito encontra grande resistência ca não há carência de microelementos, portanto
nos pulmões (que estão vasoconstrictos e não inicialmente é normocrômica e normodtic.
tem função de troca gasosa), e grande parte é Alternativa E: INCORRETA. Como há interação no
desviada para a circulação sistêmica através do metabolismo do folato, há macrocitose envol-
canal arterial. Ao nascimento, a resistência da vida.
vasculatura pulmonar é menor que a sistêmica,
de modo que o fluxo de sangue pelo canal ar·
Considere a paciente aqui retratada:
teriaI ocorre da aorta para o tronco pulmonar. A
alta P02 contrai e fecha o canal arterial tornan·
do-se por fim o ligamento arterial.
22 (VER IMAGEM). Trata-se de mulher cro·
nicamente doente, com tratamento irregular.
I Resposta: @ Dos dados abaixo, os mais prováveis de serem
encontrados em sua evolução clínica são:
prejuízo na qualidade das hemácias. 2) como o isso a água total, assim como potássio, fósforo,
enunciado denuncia, é uma doença crônica, magnésio etc são mais depletados no E.H.H
merecendo uma anemia compatível a tal. A al- que na C.A.D. A exceção se dá pelo sódio, uma
ternativa se torna errada pela microcitose. vez que diante a poliúria osmótica nas duas si
Alternativa 8: INCORRETA. Aldolase elevada é clás- t uações os nossos ríns preparados para expe-
sico, pela lesão muscular, mas taquiarritimias lir ou reabsorver o sódio tende a permanecer
não. Esperamos bradiarritimias, em especial a inalterado.
bradicardia sinusal. Alternativa A: INCORRETA. Como explicado acima.
Alternativa C: CORRETA. A falta de hormônios faz o Atenção para pseudohiponatremia com as
TSH se elevar, mas as custas também o aumen- grandes hiperglicemias.
to do TRH, que é produzido no hipotálamo. Alternativa 8: INCORRETA. O cloreto segue o sódio,
Qual a consequência disso? Pode haver uma sendo a explicação acima também válida.
maior produção de prolactina junto ao proces- Alternativa C: CORRETA. O rim é preparado para
so, que, dessa maneira, atinge os galatotrofos expelir o potássio, não sendo preparado para
nas mamas e causam galactorreia. E a menor- reabsorver tão prontamente tal lon como é
ragia? Anormalidades menstruais são mais que com o sódio perante uma poliúria osmótica.
comuns, em especial AMENORREIA. Mas ciclo Existe o déficit nas duas situações, mas é mais
menstrual fica desregulado devido à lentifica- acentuado no Estado Hiperosmolar Hiperglícê-
ção do metabolismo basal. e devido a anor- mico. Alternativas D e E: INCORRETAS. O déficit
malidades vasomotoras e endometriais pode de água é maior no E.H.H. que no C.A.D.
também haver menorragia como um achado
normal.
Alternativa D: INCORRETA. Obstipação é frequente e Um homem de 27 anos tem em seu
é esperada. Mas não esperamos Hb glicada tão
alta, uma vez que apesar de haver resistência
24 histórico médico, no decorrer de vários
anos, os seguintes dados: priapismo: colelitía-
insulínica associada, o metabolismo como um se, osteomielite, acidente vascular encefálico,
todo mostre HIPOS: Hiponatremia, hipocalce- hipertensão pulmonar, úlceras em membros
mia, hipocalemia e HIPOGLICEMIA. não HIPER- inferiores, retinopatia proliferativa e insufici-
GLICEMIA. A exceção fica por conta da hiperli- ência renal. É provável que este paciente seja
pidemia. tratado com:
Alternativa E: INCORRETA. Reflexos profundos es-
tariam diminuídos, não exaltados. Depressão ® lmunoglobulina e dexametasona.
pode sim ser um achado. ® Insulina e captopril.
© Plasmaferese e aspirina.
@ Prednisona e azatioprina.
® Foiato e hidroxiureia.
23 São dados típicos dos déficits de água
e eletrólitos em Cetoacidose Diabética
(C.A.D.) e Estado Hiperglicêmíco Hiperosmolar DICA DO AUTOR: Preste atenção nas manifestações
(E.H.H.): clínicas, todas são relacionadas com vasoclu-
sões, a exceção da colelitíase, que é explicada
@ sódio (mEq/kg)/ C.A.D. S a 13/ E.H.H. 7 a 1O pela hemólise: a hiperprodução de bilirrubina
® cloreto (mEq/kgl/ C.A.D. 5 a 1 S/ E.H.H. 3 a 5 indireta exige maior conjugação desta e como
© potássio (mEq/kg)/ C.A.D. 3 a 5/ E.H.H. 4 a 6 produto temos cálculos pigment ados na via
@ água total (L)/ C.A.D. 9/ E.H.H. 6 biliar. Sem dúvidas este jovem é portador da
@ água (ml/ kg)/ C.A.D. 100 a 200/ E.H.H. 100 mais clássica hemoglobinopatia: a anemia fal-
ciforme. Esse paciente, como todo portador
DICA DO AUTOR: Apesar de parecer bastante com- de anemia hemolítica, deve receber Folato
plicado •decorar• esses valores, diante dessa complementar e no caso da anemia falciforme
questão é possível responder utilizando o se- a Hidroxiuréia, que é um fármaco que induz a
guinte racíoclnio: No estado hiperosmolar os produção de hemoglobina fetal, diminuindo
valores de glicemia são muito maiores, portan- assim a proporção de hemácias falcízadas na
to é mais importante a diu rese osmótica- por circulação.
2015 m
nefrótica no adulto, p resenta na maioria das chegam até os alvéolos, comum em distúrb ios
doenças que causam a síndrome. Número 11. restritivos, em hipertensão p ulmonar e princi·
Quem é mais nefrít ica que nefrótica? Estamos palmente no TEP.
faland o da Glomerulopatia memb ranoprolife- Alternativa E: INCORRETA. Hipoxemia grave sim,
rativa, o tipo mais incomum de síndrome nefró- mas hipertensão pulmonar, não.
tica depois de amiloid ose. Realmente é a mais
nefrítka entre as nefrótkas. Número 111.
Por fim, quem é tot almente nefrítica? Estamos
faland o das glomeruloNEFRITES crescênt icas.
3o Considere o s índices u rinários:
menor densidade, em geral uma hipostenúria segmento ST, NÃO há evidência de benefício
<1005. no uso de:
I Resposta: ®
@ Nitroglicerina EV.
® Heparina de baixo peso molecular.
CLÍNICA 11- GIOVANNI GALENO DO NASCIMENTO © Heparina convencional.
SANTOS @ Antiplaquetários.
® Trombolíticos .
prazo de 90 dias entre a consulta e o procedi- relação sexual com seu namorado, mas não
mento de esterilização. usou preservativo. Refere ciclos menstruais re-
® homens e mulheres com sociedade conju- gulares de 30 dias e sua última menstruação
gal, em que um dos cônjuges expresse por es- ocorreu há 3 semanas. Não deseja gravidez
crito vontade de contracepção definitiva, após nesse momento. Qual deve ser a orientação
prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação médica?
da vontade e o ato cirúrgico.
© mulheres durante cesárea eletiva sem inter- ® Orientar a paciente a realizar teste de gesta-
corrências, desde que tenham pelo menos 2 ce- ção se houver atraso menstrual, já que o prazo
sáreas anteriores, com pelo menos 2 filhos vivos. de ação da p~ula do dia seguinte já foi ultrapas-
@ mulheres acima de 35 anos de idade, com sado.
pelo menos 1 filho vivo, desde que haja con- ® prescrever análogo de GnRH I ampola IM
sentimento do cônjuge, com prazo mfnimo de para uso imediato.
30 dias entre a manifestação da vontade e o ato © Prescrever levonorgestrel 1,5 mg, via oral,
cirúrgico. para uso imediato.
® homens e mulheres com mais de 25 anos de ® Tranquilizar a paciente já que o risco de ges-
idade ou com pelo menos 2 filhos vivos, com tação é muito baixo devido ao período do ciclo
prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação em que ocorreu a relação sexual.
da vontade e o ato cirúrgico. ® Prescrever pflula de estrogênio e progesta-
gênio de média dose, 2 comprimidos de 8/Sh
Alternativa A: INCORRETA. A exigência de que ages- por 3 dias.
tação configure risco de complicações graves é
requerida para laqueadura intraparto; nessas, o Alternativa A: INCORRETA. A "pilula do dia seguinte"
prazo também é de 60 dias entre a consulta e o pode ser oferecida até 120 horas após a relação
procedimento de esterilização. sexual desprotegida; idealmente, sua eficácia é
Alternativa 8: INCORRETA. Requer-se idade mínima maior em até 72 horas.
(25 anos) ou prole constituída (02 filhos vivos). Alternativa 8: INCORRETA. Os análogos de GnRH não
Alternativa C: INCORRETA. As mulheres com duas são opção como contracepção de emergência.
cesáreas anteriores, é dado o direito de realizar As opções possfveis incluem: método de Yuzpe
a laqueadura íntraparto respeitando-se o prazo (etinilestradiol + levonorgestrel, em duas toma-
mínimo de sessenta dias entre a manifestação das), levonorgestrel 1,5mg (em dose única ou
da vontade e o ato cirúrgico. Fora do ciclo graví- em duas doses separadas por um intervalo de
dico-puerperal, não é feita essa exigência. 12h) e o DIU de cobre. Outras opções citadas em
Alternativa 0: INCORRETA. Novamente, homens e literatura, porém indisponíveis no Brasil, incluem
mulheres, idade maior que 25 anos ou dois fi- mifepristona e acetato de ulipristal.
lhos vivos, prazo mfnimo de 60 dias. Alternativa C: CORRETA. É a opção com maior efi-
Alternativa E: CORRETA. No artigo 1O, consta: "So- cácia e menos eventos adversos relacionados.
mente é permitida a esterilização voluntária nas Pode-se oferecer dose única de 1,5mg de levo-
seguintes situações:[...) em homens e mulheres norgestrel ou fracioná-la em duas tomadas de
com capacidade civil plena e maiores de vin- 0,75mg separadas por intervalo de 12 horas.
te e cinco anos de idade ou. pelo menos, com Alternativa O: INCORRETA. Nenhum período do ciclo
dois filhos vivos, desde que observado o prazo menstrual restringe ou dispensa o uso de con-
mínimo de sessenta dias entre a manifestação tracepção de emergência em caso de relação
da vontade e o ato cirúrgico, período no qual sexual desprotegida sem desejo de gravidez.
será propiciado à pessoa interessada acesso a Alternativa E: INCORRETA. O método de Yuzpe (eti-
serviço de regulação da fecundidade, incluindo nilestradiol 100 mcg + levonorgestrel 0,5 mg,
aconselhamento por equipe multidisciplinar, repetido após 12 horas) dura um único dia e os
visando desencorajar a esterilização precoce". comprimidos são tomados 12112 horas.
área tênue de epitélio acetobranco às 12h, to- © laparoscopia para abertura das fimbrias tu-
talmente visível. A biópsia mostra cervicite crô- bárias.
nica. A pesquisa de HPV foi negativa. A conduta @ inseminação intrauterina.
a seguir deve ser: ® indução de ovulação com citrato de clomife-
no e coito programado.
@ retirar por conização clássica.
® cauterizar com ácido acético. Altornativa A: CORRETA. A fertilização in vitro está
© cauterizar com eletrocautério. indicada quando a motilidade tubária está di·
@ apenas orientar a paciente a manter a rotína ficultada e limita o encontro óvulo-espermato-
ginecológica. zoide.
® ressecar com cirurgia de alta frequência. Altomativa 8: INCORRETA. A ICSI (intracytoplasmic
sperm injection) é o método de escolha em ca·
Altornatlva A: INCORRETA. Neste caso, não há indi- sos de infertilidade de fator masculino, o que
cação formal de realização de colposcopia, pois está excluído pelo espermograma normal.
não há relato de alteração de colpocitologia AltomativaC: INCORRETA. A obstrução é proximal às
oncológica. Sendo cervicite crônica e pesquisa f ímbrias, logo, não é a abertura delas que me-
de HPV negativa, não se deve proceder com in- lhorara o prognóstico reprodutivo deste casal.
vestigação ou procedimentos excisionais, pois Altornativa D: INCORRETA. A IIU (inseminação in-
não há beneffcio em relação a redução de mor- trauterina) é um dos métodos utilizados em ca-
bidade ou mortalidade por câncer de colo de sos de infertilidade de fator masculino; além de
útero. ser o método escolhido em casos de anormali-
Altornativa 8: INCORRETA. Ácido acético é utilizado dades cervicais (ex.: muco hostil) e, na ausência
para a realização da colposcopia; não tem fina- de doença tubária, pode ser uma proposta para
lidade terapêutica. infertilidade de causa inexplicável. Quando a
Altornativa C: INCORRETA. Cauterização é uma téc- causa é tubária, não há benefícios em realizar a
nica cada vez menos empregada; talvez hou- inseminação intrauterina1 pois não é a ascensão
vesse alguma indicação em casos de ectopia do espermatozoide na vagina e através do colo
sintomática (ex.: sinusorragía), mas como a pa- uterino a limitação da fertilízação.
ciente não tem queixas importantes, o procedi- Altomativa E: INCORRETA. Esta é uma proposta te-
mento é Inapropriado. rapêutica para casos de infertilídade de origem
Alternativa D: CORRETA. Basicamente, só há neces· ovulatória. O citrato de clomifeno é um modu
sídade de orientar seguimento ginecológico la dor seletivo do receptor de estrógeno (em in-
habitual. Os achados estão dentro da norma· glês, SERM) que induz a liberação, pelo próprio
Iidade e não guiam procedimento terapêutico. organismo, de FSH e LH, provocando a ovula-
Alternativa E: INCORRETA. Novamente, os achados ção. Não há benefícios em seu uso em casos de
estão dentro da normalidade e não guiam te- infertilidade de origem tubária.
rapia.
apresenta alta sensibilidade para o diagnóstico, ·se nova dose de imunoglobulina anti-O após
em que se visualizariam massas hipoecogêni- o parto também para evitar aloimunização e
cas (ou hiperecogênicas, dependendo da pro- repercussão para as próximas gestações.
porção de músculo liso e tecido conectivo), de Alt•mativa A: INCORRETA. Além destes dois mo-
bordos bem delimitados, com calcificações ou mentos, também se faz de modo profilático a
degeneração. partir de 28 semanas de gestação.
Alt•rnativa E: CORRETA. A adenomiose é caracte- Alt•rnativa B: INCORRETA. O teste de Coombs mar-
rizada por aumento uterino causado por resi· cará hemólise no recém-nascido, não represen·
duos ectópicos endometriais profundamente tando o status materno.
localizados dentro do miométrio. A paridade e Alt•mativa C: INCORRETA. Não há indicação de am·
a idade são fatores de risco clássicos. A ultras- niocentese; não há justificativa para um proce-
sonografia, pode-se identificar, dentre diversos dimento invasivo nesse caso. A identificação de
achados, heterogeneidade na ecotextura mio- isoimunização Rh se faz por avaliação ultrasso-
metrial, acompanhando aumento de volume nográfica, em especial, pela dopplervelocime·
uterino. tria de artéria cerebral média.
Alt•mativa O: INCORRETA. Se o recém-nascido for
Rh negativo, não há risco de aloimunização Rh
Durante consulta pré-natal observa-se e, por conseguinte, não há indicação de imuno-
49 tipagem materna A, Rh negativo, DU
negativo e paterna O, Rh positivo. O t este de
globulina anti-O para a mãe. Não há circunstân-
cia, na aloimunização, para administrar imune-
Coombs indireto é negativo. Deve-se: globulina anti-O para o recém -nascido.
Alt•mativa E: CORRETA. Recomenda-se prescrever
@ prescrever vacina anti-RH para a mãe so- imunoglobulina anti-O para a mãe na 28' se-
mente após parto normal ou abortamento. mana e após o parto se o recém-nascido for Rh
® realizar teste de Coombs no recém-nascido positivo.
e se negativo, prescrever vacina anti-RH para a
mãe.
© realizar amniocentese na 28• semana para Mulher de 28 anos de idade, assintomáti-
verificar isoimunização RH.
@ prescrever imunoglobulina anti-O para ore-
5O ca, faz consulta preconcepção planejan-
do engravidar. O toque vaginal mostra anexo
cém-nascido, se ele for RH negativo. direito aumentado 2 vezes de tamanho, endu-
® prescrever imunoglobulina anti-O para a recido, indolor e móvel. Anexo esquerdo nor-
mãe na 28• semana e após o parto se o recém· mal. A ultrassonografia mostra cisto complexo
-nascido for RH positivo. de 4 em no ovário direito, com área central
hiperecogênica de 2 em, liquido denso, pon-
llll .,_ COMENTÁRIO: Caso clínico clássico: mãe tem tos produtores de sombra acústica e algumas
Rh negativo, pai tem Rh positivo; logo, há chan· septações. De acordo com a epidemiologia e as
ce de o recém-nascido ter Rh positivo e, por características ecográficas desse tumor, pode-
isso, há risco de aloimunização caso haja troca · se supor que se t rata de:
de sangue do feto para a mãe. O momento de
maior risco de imunização é o parto; em menor @ teratoma cistico benigno.
proporção, sangramentos durante a gestação ® endometrioma.
também podem promover sensibilização ao © tumor da granulosa.
antigeno Rh. Por isso, recomenda-se adminis- @ carcinoma seroso.
tração de imunoglobulina em casos de sangra- ® carcinoma mucinoso.
mento e, de maneira profilática, antes do parto.
Como a imunoglobulina anti-O mantém seu Alt•mativa A: CORRETA. Também chamado de tera·
efeito por 12 semanas e a data provável do par- toma cistico maduro e cisto dermoide, este tu-
to gira em torno de 40 semanas, recomenda-se mor representa 1Q-25% das neoplasias ovaria·
a administração a partir de 28 semanas. Após nas benignas. Costuma crescer de forma lenta.
o parto, já se tem acesso à t ipagem sanguínea Microscopicamente, podem ser encontrados
do recém -nascido; caso o Rh seja posi tivo, faz-
288 PreparatórioparaResidén<ia Médi<a SUS/SP
Gestante de 18 semanas vem para pri- © indicar indução do parto em ambiente hos-
53 meira consulta de rotina e o obstetra en-
contra altura uterína de 25 em. Há suspeita de:
pitalar imediatamente.
@ aguardar a evolução natural do parto por até
4 semanas, com controle da coagulação.
@ Insuficiência placentária. ® indicar parto cesareana devido à apresenta-
® Infecção congênita. ção anômala.
© Oligoâmnio.
@ Erro de data. Alternativa A: INCORRETA. Não é necessária indução
® Amniorrexis prematura. do parto imediatamente, já que grande parte
das pacientes com óbito fetal evolui com traba·
.,. COMENTARIO: O enunciado da questão traz lho de parto dentro do próximo mês.
uma gestante com altura uterina maior do que Alternativa B: INCORRETA. Em geral, as pacientes
a esperada para idade gestacional (de uma com óbito fetal evoluem espontaneamente
maneira simplificada, pode-se correlacionar a para o trabalho de parto. Deve-se controlar
idade gestacional com altura uterina, sendo as sempre o coagulograma da paciente, por risco
mesmas correspondentes, a partir do nível da de desenvolvimento de distúrbios de coagula-
cicatriz umbilical, que corresponde aproxima- ção por consumo.
damente a 20 em). Dessa maneira, insuficiência Alternativa<: INCORRETA. Como já comentado, não
placentária, oligoâmnio e amniorrexis prematu- há necessidade de indução imediata do traba-
ra podem ser descartados, pois a altura uterina lho de parto.
esperada seria menor do que a correspondente Alternativa D: CORRETA. Pode-se aguardar a evolu·
para idade gestacíonal (descartadas alternati- ção ao trabalho de parto espontâneo com con-
vas A, C, E). Nos casos de infecções congênitas, trole do coagulograma. Cabe lembrar que, de
ocorre restrição de crescimento intrauterino acordo com o serviço e protocolo, o tempo de
em geral, porém também pode haver casos de espera varia entre 15 a 30 dias.
políhidraminia (altura uterina maior ou menor Alternativa E: INCORRETA. De fato, a apresentação
que o esperado), deixando dúvidas sobre a le- pélvica não favorece o parto vaginal, ainda
tra B. mais em bacia ginecológica não testada pre-
O erro de data, porém, é o fator que melhor viamente. Porém, o feto é prematuro e prova-
se encaixa com incompatibilidade entre altura velmente com restrição de crescimento intrau
uterina e idade gestacional, sendo a letra O a terino (altura uterina menor que a esperada
alternativa que mais se encaixa no contexto. para idade gestacional), por isso pode-se tentar
I Resposta: @ o parto vaginal. Deve-se lembrar que um dos
principais riscos do parto pélvico se dá na hipó-
xia fetal decorrente da cabeça derradeira, risco
Paciente de 32 anos de idade G2P1Nl há que neste caso não existe.
54 3 anos, está grávida de 32 semanas. Refe·
re diminuição da movimentação fetal há 2 dias.
A altura uterina é de 28 em, não há contração A principal causa de fissuras mamárias
uterina e não se auscultam batimentos cardía-
cos fetais. A ultrassonografia confirma o óbito
55 durante a amamentação é:
fetal, sendo a apresentação pélvica e peso esti- @ Recém-nascido grande para idade gestacio-
mado de 1300 g. Além das orientações ao casal, nal.
deve-se: ® Pega incorreta do recém-nascido.
© Apojadura tardia.
@ orientar indução de parto de inicio ambula- @ Ausência de preparo mecânico dos mamilos
torial. com internação as.sim que aumentarem no pré-natal.
as contrações. ® Parto gemelar.
® aguardar evolução para parto normal por no
máximo uma semana, devido ao risco de fenô- Alternativa A: INCORRETA. O peso do recém-nasci-
menos tromboembólicos. do não tem relação direta com dificuldades na
290 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
amamentação. Porém, fatores que possuem quando, ao puncionar o nódulo, o mesmo não
relação com o peso do neonato podem levar a fosse dstico.
dificuldades na amamentação, como a prema- A acurácia é definida como capacidade de um
turidade, diabetes materno com repercussões método em acertar o diagnóstico correto. Pen·
neonatais etc.. sando desta maneira, um método que envolva
Alternativa 8: CORRETA. A principal causa da ocor- a análise laboratorial patológica possui maior
rência de fissuras mamárias é a pega incorreta acurácia que qualquer outro método de aná-
do recém-nascido, que causa ingurgitamento lise. O único método que inclui t al análise no
mamário e desenvolvimento de das lesões, enunciado é a letra A, as demais alternativas
predispondo a infecção local e podendo levar referem-se a exames de imagem. Porém, vale
à mastite puerperal. lembrar que, atualmente, a PAAF, nos casos de
Alternativa C: INCORRETA. A apojadura tardia não nódulo mamário, é út il apenas na diferenciação
está relacionada geralmente com o desenvolvi- entre lesão sólida ou cistica, pois como a aná-
mento das fissuras mamárias. lise do método é citológica, e não histológica,
Alternativa D: INCORRETA. O preparo mecânico dos um resultado negativo para malignidade não
mamilos é indicado durant e a gestação (hi- necessariamente afasta a sua possibilidade,
giêne com água, atrito leve, exposição solar, e na suspeição persistente de lesão maligna
massagem em casos de palias planas ou pseu- deve-se prosseguir a i nvestigação com outros
doinvertidas), porém a sua não realização não métodos diagnósticos.
significa necessariamente o desenvolvimento A PAAF em geral não fornece diagnóstico preci-
de fissuras. so e possui altas taxas de amostras insuficientes
Alternativa E: INCORRETA. O p arto é gemelar quan- à análise. De qualquer maneira, resposta letra A
do a mãe amamenta ambos recém-nascidos no pelos motivos j á explanados.
puerpério; quando a ordenha do leite é realiza- I Resposta: @
da adequada e frequentemente, o ingurgita-
mento mamário e surgimento de fissuras pode
ser evitado. O encontro de lgM e lgG positivas para
57 toxoplasmose, com teste de avidez de
75% em gestante assintomática de 30 semanas,
Durante consulta pré-natal de rotina em indica infecção:
56 primigesta de 16 semanas, palpa-se nó-
dulo mamário fibroelástíco de 2,Scm em seu @ recente, realizar ecocardiografia fetal
maior diâmetro, móvel, indolor. A paciente ® antiga, realizar cordocentese para confirma-
desconhecia a presença desse nódulo. Para es- ção.
clarecimento diagnóstico, o exame com maior © antiga e seguimento pré-natal de rotina.
acurácia seriA: @ aguda, iniciar terapêutica com sulfadiazina e
pirimetamina e ácido folínico.
@ punção com agulha fina. ® intrauterina, realizar amniocentese com pes-
® ressonância magnética. qui sa com toxoplasma.
© tomografia sem contraste.
@ ultrassonografia com estudo p or Doppler. ._ COMENTÁRIO: A questão foi anulada, pois não
® mamografia com proteção de abdome para existe resposta correta. Temos uma paciente no
Rx. terceiro t rimestre de gestação, com IGM e IGG
positivas, e teste de avidez alto, o que significa
._ COMENTiRIO: As características clínicas do exclusão de infecção das últimas 12 a 16 sema-
nódulo sugerem fortemente benignidade (fi- nas prévias. Porém, a paciente de 30 semanas
broelástíco, pequeno, móvel, indolor). Provável estaria com um período de até 14 semanas ini-
diagnóstico em nódulo mamário de paciente ciais da gestação sem status soro lógico (adqui -
jovem com essas características seria fibroa- riu a infecção neste período i nicial ???).
denoma. A Punção Aspirativa com Agulha Fina Dessa maneira, NÃO PODE-SE CONCLUIR quan·
(PAAF), nesse caso, poderia reforçar a hipótese do foi a infecção em relação à idade gestacio-
2015 291
na I. A in fecção é antiga (alta avidez), porém não ~marcador de replicação viral. Sua po-
se sabe se foi antes ou durante o período ini- HBeAg
sitividade indica alta infecciosidade.
cial da gestação. Em casos de infecção materna
Surge após o desaparecimento do
aguda confirmada na gestação, deve-se iniciar Anti-HBe
HBeAg, indica o fim da fase replicativa.
profilaxia com espiramicina e preconiza-se a
pesquisa de PCR vira! no liqu ido amniótico en-
Eo único anticorpo que confere imu-
nidade ao HBV. Está presente no soro
tre 17 e 32 semanas e, se este vier positivo, ini-
após o desaparecimento do HBsAg.
cia-se esquema tríplice para tratamento fet al. Anti-HBs
sendo indicador de cura e imunida-
A resposta correta seria, então: infecção antiga de. Está presente isoladamente em
(porém não pode descartar que não ocorreu no pessoas vacinadas.
início da gestação), profilaxia com espiramicina
e amniocentese. Alternativa A: CORRETA. Na verdade, a paciente
possui hepatite B crônica em atividade, com
HBsAG negativo, anti-HBsAG positivo, anti-HBc
Gestante na 1,. semana está muito pre- positivo anti-HBe positivo
58 ocupada com os result ados de exames
pré-natais mostrando sorologia para hepatite
Alternativa C: INCORRETA. Paciente vacinada apre-
sentaria isoladamente o anti- HBs positivo e
com HBsAG negativo, ant i-HBsAG positivo, an- demais negativos.
ti-HBc positivo, anti-HBe positivo. Deve-se ex- Alternativa D: INCORRETA. Paciente com contato
plicar que esses exames significam que ela: prévio e curada, possuiria o perfil laboratorial
seguinte: HBsAG negativo, anti-HBsAG posit i-
@ Tem hepatite B crônica. vo, anti-HBc (lgG) positivo e anti HSe negativo.
® Tem hepatite C crônica. I Resposta: @
© Foi vacinada para hepatite B.
@ Teve contato com o vírus da hepatite B e está
imune. Primigesta de 26 semanas apresentou
® Teve hepat ite C. 59 PA = 150 x 90 mmHg em duas aferi-
ções, com intervalo de uma semana. Todas
~ COMENTÁRIO: Questão mais relacionada à in- as aferições anteriores estiveram entre 120 x
fectologia do que com a obstetrícia em si. To- 80 mmHg e 11 0 x 70 m mHg. Refere boa mo-
dos os anticorpos apresentados referem-se à vimentação fetal e nega qualquer sintoma
avaliação de status sorológico da paciente em como cefaleia, escotomas ou dor abdominal.
relação à hepatite B (e não à hepatite C, em que A avaliação subsidiária obrigatória inclui,
o anticorpo analisado seria o anti-HCV). Descar- além da dosagem de proteínúria:
tamos, ent ão, as alternativas 8 e E. Veja abaixo
a interpretação das demais siglas apresentadas @ Bilirrublnas, ácido úrico, cálcio, ácido fóli-
no enunciado, retirado do manual de hepatites co e urina t i po I.
virais, do Ministério da Saúde, 2005 ® Urina tipo I, TGO, TGP, troponi na, coagulo-
grama e hemograma.
© Coagulograma, DHL, creatinina, t roponina
Martador SlgnlfiClldo e ácido úrico.
@ Creatini na, sódio, potássio, coagulograma
~ o primeiro marcador que aparece
no curso da infecção pelo HBV. Na e bilirrubi nas.
SBsAg ® Tran sami nases, DHL, ácido úrico, creatini-
hepatite aguda, ele declina a nfveis
indetectáveis em até 24 semanas. na e hemograma com plaquetas.
~ marcador de infecção recente, en·
Anti-HBc ~ COMENTARIO: Nesta questão, o autor desejou
contrado no soro até 32 semanas
lgM aventar a hipótese diagnóstica de doença hi-
após a infecção.
~ marcador de longa duração, pre-
pertensiva específica da gestação, com duas
Anti-HBc sente nas infecções agudas e crôni- medidas pressóricas alteradas. Para fecha r o
lgG cas. Representa contato prévio com diagnóstico, é necessário apresentar edema
ovfrus. (ganho de maior ou igual a 2 kg em 1 semana
292 PreparatórioparaResidência Médica SUS/SP
ou edema de mãos e face) e/ou proteinúria. A @ introduzir misoprostol via vaginal, manter
paciente não apresenta no enunciado crité- a paciente em repouso dei tada do lado es-
rios de gravidade que sugiram a investigação querdo.
de HELLP sindrome (picos pressóricos, sinais ® aplicar fórceps de Kielland.
de eminência de eclampsia ou alterações or-
gânicas), porém, claramente, o autor colocou .,_ COMENTARIO: Temos uma paciente em t raba ·
em todas as alternativas critérios laborato- lho de parto com 6cm de dilatação, na fase
riais para investigar a mesma (que seriam do· ativa, com 2 contrações moderadas. Nesta
sagem de bilirrubinas, DHL, esquizócitos no fase do trabalho de parto, espera-se pelo
sangue periférico, t ransaminases, plaquetas). menos 3 contrações moderadas em 1O m in,
Dessa maneira, vejamos as opções: de modo que ocorra modificação do colo em
Alternativa A: INCORRETA. Ácido fólico e cálcio torno de 1 em por minuto em primigestas e a
não entram no d iagnóstico, acompanhamen- cabeça fetal progrida nos planos de de Lee.
to nem critérios de gravidade da DHEG. O O diagnóstico do caso, então, é distocia fun ·
ácido úrico não faz diagnóstico, mas é útil no cional de hipoatividade e deve ser corrigida
acompanhamento da pré·eclâmpsia (princi· com medidas ocitócitas. O autor deseja saber
palmente nos casos de superajuntada). A uri- qual a conduta no momento. Vejamos as al-
na 1 faz parte do diagnóstico durante avalia· ternativas:
ção da proteinúria. Alternativa A: INCORRETA. Não há nada no enun-
Alternativa 8: INCORRETA. Troponina e coagu- ciado que indique parto cesáreo.
lograma não entram no d iagnóstico, acom- Alternativa 8: INCORRETA. Não há indicação de
panhamento nem critérios de gravidade da locação de fórcipe, primeiro porque a varie·
DHEG. dade transversa de posição é esperada nesse
Alternativa C: INCORRETA. Coagulograma e t ropo· momento (com 6 em de dilatação, é muito
nina não entram no diagnóstico, acompanha- provável que a cabeça fetal não tenha insi-
mento nem critérios de gravidade da DHEG. nuado ainda), e segundo porque não respei-
A cretinina também não faz diagnóstico, po- ta algumas condições de aplicabilidade de
rém é prudente de ser solicitada para avalia- fórcipe (dilatação total, amniotomia, feto no
ção da função renal da gestante (avalia lesão plano +3 de de Lee).
renal prévia, podendo fal sear a proteinúria). Alternativa C: CORRETA. Amniotomia e ocitocina
Alternativa D: INCORRETA. Sódio, potássio e endovenosa são medidas ocitócitas que cor·
coagulograma não entram no diagnóstico, rigiriam a distocia funcional.
acompanhamento nem crit érios de gravida· Alternativa D: INCORRETA. Não há nenhuma in·
de da DHEG. di cação de misoprostol neste momento (pa-
Alternativa E: CORRETA. Transaminases, DHL e ciente com colo favorável em t raba lho de
plaquetas avaliam HELLP síndrome. parto), e essa medida só aumentaria as chan-
Creatinina prediz a função renal da gestante. ces de sofrimento fetal agudo.
Ácido úrico é útil no acompanhamento da Alternativa E: INCORRETA. Mesma justificativa
doença. apontada na letra B.
@ Estudo de coorte. t ese nula geralmente afirma que não existe re-
® En saio clínico randomizado. lação entre dois fenômenos medidos.
© Estudo ecológico. I Rosposta: @
@ Estudo t ransversal.
® Estudo de caso-controle.
O tipo de câncer que apresenta menor
.,_ COMENTÁRIO: Se teve intervenção (Suple-
mento de óleo e peixe) então podemos con-
63 evidência de associação com tabagismo
é o câncer de:
siderar ENSAIO CLINICO. Segue resumo dos
t ipos de estudos. @ mama.
@ fígado.
Quadro 2-IWia<ão entre odesenho de pesquiY © boca.
prii!Yrlo ~ str lndluclo ~~~ a SUbárN blomHI- @ pulmão.
c~ p~~qulsada ® faringe.
Destnhos de pesquls~ Areas de lntertsst
I> COMENTÁRIO: Fumar é um péssimo hábito que
Estudos de casos e rela- Quadro ctrnlco (doenças alem do risco de câncer, é responsável por ou-
tos de casos raras)
tras doenças pulmonares (DPOC) e do aparelho
Estudos transversais Frequénclas circulatório. Dos S tipos de canceres acima, o
Estudos de detecçlo de Fatores de risco de mama possui a menor interferência do ta-
casos bagismo. ·o tabagismo está relacionado a mais
Procedimentos dlag· de 50 doenças sendo responsável por 30% das
Estudos de acuracia
nóstkos mortes por câncer de boca, 90% das mortes por
Estudos longkudlnals Evoluçlo câncer de pulmão. 25% das mortes por doen-
ça do coração, 85% das mortes por bronquite
Fatores de risco, etio-
Estudos caso-controle logla (doencas raras), e enfisema, 25% das mortes por derrame cere-
prevençlo bral. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), todo ano cinco milhões de pessoas mor-
Fatores de risco. etiolo-
Estudos coorte gla, Incidência, evolu- rem no mundo por causa do cigarro. E, em 20
çlo, prognostico anos, esse número chegará a 1O milhões se o
consumo de produtos como cigarros, charutos
Ensaios clfnkos contro--
lados aleatorlzados Tratamento, prevençlo e cachímbos continuar aumentando~
I Rosposta:@
I Resposta: ®
.,_ COMENTÁRIO: Em Estatística, a hipót ese nula, .,_ COMENTÁRIO: Variáveis como Gênero não se-
representada por HO é uma hipótese que é guem ordem, e são qualitativas para NOMEAR
apresentada sobre determinados fatos esta- os grupos masculino e feminino (Nominal). Já
tlsticos e cuja falsidade se tenta provar através Grau de dor segue uma gradação -ordem de
dum adequado teste de hipót eses. Uma hipó- uma menor intensidade para uma maior inten-
sidade (Ordinal).
294 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
I Resposta: ©
Pode ser definida como a proporção de sujeitos com a doença para os quais o teste fornece
65 a resposta correta (teste positivo):
@ Especificidade.
® Razão de verossimilhança.
© Valor preditivo positivo.
@ Valor preditivo negativo.
® Sensibilidade.
.,. COMENTÁRIO: Sensibilidade (s) - é a probabilidade de um individuo avaliado e doente de ter seu
teste alterado (positivo}. s = número de indivíduos doentes e com teste positivo/número total de
individues doentes; ou: s = VP I (VP + FN) (equação 1} Especificidade - é a probabilidade de um
indivíduo avaliado e normal ter seu teste normal {negativo}. e= número de indivíduos normais e
com teste negativo/número total de indivíduos normais; ou: e = VN/(VN + FP} (equação 2) Preva-
lência (p): é a fração de indivíduos doentes na população total avaliada. p = número de indivíduos
doentes I número de individues da população; ou: p = Do/n (equação 3) (onde: Do = doentes; n
= população} Valor preditivo positivo {VPP}: é a probabilidade de um i ndivíduo avaliado e com
resultado positivo ser realmente doente. VPP =VP I {VP + FP) Valor preditivo negativo {VPN): é a
probabilidade de um indivíduo avaliado e com resultado negativo ser realmente normal. VPN = VN
/{VN + FN)
I Resposta: ®
1. A doença ou afecção que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram dire-
tamente à morte; ou
2. As circunstâncias do acidente ou violência que produziu alesão fatal, correspondem à causa.
@ terminal.
® final.
© intermediária.
@ básica.
® imediata.
------ --
-·--· ..
---..-·_.___..--
,... .. -........~ ,...... ...
.,. COMENTÁRIO: Na parte I, linha D, como causa básica, a circunstância do acidente ou da violência
responsável pela lesão que causou a morte.
I Resposta: @
2015 295
Resultados laboratoriais devem ser notificados de forma imediata pelos Laboratórios de Saúde Pú-
blica dos Estados (LACEN) e laboratórios de Referência Nacional ou Regional.
I. Resultado de amostra individual por:
a . Botulismo
b. Carbúnculo ou Antraz
c. Cólera
d . Febre Amarela
e. Febre do Nilo Ocidental
f. Hantavirose
g. lnfluenza humana por novo subtipo (pandêmico)
h . Peste
i. Poliomielite
j. Raiva Humana
k. Sarampo
I. Síndrome Respiratória Aguda Grave I.
m. Varíola
n. Tularemia
@ prim~ria e secund~ria.
® secundária e terciária.
© terci~ria.
@ secundária.
@ prim~ria .
Aprei!IO(ão da salldf tos nlftls dt prmtl(ão stglndo LNWtll & Clart (196S)
A prornoçOo da saMe aparece como prevenção pri~ria. oonfoodindo-se com a
prevenção referente~ proleç~ especffica (vacin*, pr:it exemplo). Corresponde
a medidas ger.~is, educativas, que objetívam melhor.~r a rosistMd<l e o bem-estar
Prlm~rla (promoçáo da
geral dos indivlduos (comportamentos alimenta~ exerclcio flsico e repous. con-
saolde e proteç~ espe-
tem;~ de estresse, n~ ingesUo de drogas ou de tabaco), para que resist.lm as
cifica)
agressóes dos agentes. Também diz respeito a açóes de orient~ para cuidados
com o imbiente, para que esse náo favoreça o desenvolvimento de igentH etio-
lógicos (comportamentos higi~nicos relacionados a habitação e aos entornos).
2015 297
vacina letra viral (corresponde à segunda dose missão por via transfusional, todavia é rara se
(D2) da vacina tríplice viral e uma dose da vaci- os protocolos forem observados.
na (varicela). Todos os homens e mulheres até Alternativa D: INCORRETA. Até o momento não exis-
49 anos devem tomar a dose da vacina e serem te Vacina disponível para Zika, Chikungunya e
vacinados, independentemente de história Dengue (está mais próxima do lançamento).
pregressa da doença. Alternativa E: INCORRETA. O período de incubação
I Resposta: @ intrínseco, que ocorre no ser humano, é em mé-
dia de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias).
O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em mé-
Em relação à febre chikungunya, doença dia dez dias. O período de virem ia no ser huma
77 emergente no Brasil, é CORRETO afirmar: no pode perdurar por até dez dias e, geralmen-
te, inicia-se doisdias antes da apresentação dos
@ É uma doença aguda, autolimitada, sem sintomas, podendo perdurar por mais oito dias.
complicações crônicas.
® Pessoas diabéticas não apresentam maior
risco para sintomas mais graves. A Organização Mundial da Saúde decla·
© Pode ser transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti, o mesmo vetor da dengue.
78 rou o surto de Ebola como emergência
pública mundial. Em relação à transmissão des-
@ Existe vacina eficaz para prevenir a doença. sa doença, é INCORRETO afirmar que:
® Os sintomas aparecem ao redor de 14 dias
após a picada de mosquitos infectados. @ a transmissão de humanos para humanos se
dá por meio do contato com sangue, secreções
Alternativa A: INCORRETA. Apôs a fase subaguda, ou outros fluidos corpóreos de uma pessoa
alguns pacientes poderão ter persistência dos doente.
sintomas, principalmente dor articular e mus- ® pode ser transmitida pelo ar.
culoesquelética. As manifestações têm com- © pode ser transmitida por alguns animais.
portamento flutuante. A prevalência desta fase @ pode ser transmitida por humanos.
é muito variável entre os estudos, podendo ® pode ser transmitida através do contato di-
atingir mais da metade dos pacientes. Os prin- reto com cadáveres, durante rituais fúnebres.
cipais fatores de risco para a cronificação são:
idade acima de 45 anos, desordem articular I> COMENTÁRIO: Ebola não é Transmitido pelo
preexistente e maior intensidade das lesões ar- Ar. Segue um Resumo sobre Ebola: A doença
ticulares na fase aguda. do vírus Ebola (anteriormente conhecida como
Alternativa 8: INCORRETA. Fatores de risco para febre hemorrágica Ebola) é uma doença grave,
doença grave (comorbidades): história de con- muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade
vulsão febril, diabetes, asma, insuficiência car- que pode chegar até os 90%. A doença afeta os
díaca, doenças reumatológicas, consumo abu- seres humanos e primatas não-humanos (ma-
sivo de álcool, anemia falciforme talassemia e cacos, gorilas e chimpanzés). O Ebola foi identi-
hipertensão arterial sistêmica. ficado pela primeira vez em I 976, em dois sur-
Alternativa C: CORRETA. A febre de chikungunya é tos simultâneos: um em uma aldeia perto do
uma arbovirose causada pelo vírus Chikungun- rio Ebola, na República Democrática do Congo,
ya (CHIKV), da famllia Togaviridae e do gênero e outro em uma área remota do Sudão. A ori-
Alphavirus. A viremia persiste por até dez dias gem do vírus é desconhecida, mas os morcegos
após o surgimento das manifestações clfnicas. frugívoros (Pteropodidae) são considerados os
A transmissão ocorre pela picada de fêmeas hospedeiros prováveis do vírus Ebola.
dos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. albopictus O Ebola é introduzido na população humana
infectadas pelo CHIKV. Casos de transmissão por meio de contato direto com o sangue, se-
vertical podem ocorrer quase que, exclusiva- creções, órgãos ou outros fluidos corporais de
mente, durante o período de intraparto em animais infectados. Na África, os surtos prova-
gestantes virêmicas e, muitas vezes, provoca velmente originam-se quando pessoas têm
infecção neonatal grave. Pode ocorrer trans- contato ou manuseiam a carne crua de chim-
2015 301
@ primária e secundária.
® secundária e terciária.
© primária.
@ secundária.
® t erciária.
Quadro I
Apromoção da saúde e os níveis de preve~io sttundo l.eavell &Clartc (1965)
A promoção da saúde aparece como prevenção prfm~ria, confundindo-se com a
prevenção re ferente~ proteção específica (vacinação, por exemplo). Corresponde
a medidas gerais. educativas. que objetivam melhorar a resistência e o bem-estar
Primária (promoção da
geral dos indivfduos (comportamentos alimentares. exercício ffsico e repous. con~
saúde e proteção espe-
tençáo de estresse. não Ingestão de drogas ou de tabaco), para que resistam ~s
dfica)
agressões dos agentes. Tam~m diz respeito a ações de orientação para cuidados
com o ambiente, para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes etio-
lógicos (comportamentos higiênicos reladonados à habita~o e aos entornos).
Engloba estratégias populacionais para detecção precoce de doenças. como por
exemplo o rastreamento de docer de colo uterino. Também contempla ações
S..:undárla (diagnósti-
com indlvlduos doentes ou acidentados com diagnósticos confirmados. para que
co e tratamento preco-
se curem ou mantenham-se funcionalmente sadios, evitando complicações e
ce; limitaç!io da invafi..
mortes prematuraS-Isto se~ por melo de p<~tlcas clinicas preventlva.s e de edu-
dez)
cação em saúde. objetivando a adoç~o/mudança de comportamento (ali menta~
res, atividades ftslcas etc).
Consiste no cuidado de sujeitos com sequelas de doenças ou acidentes. visando a
Torclilria (reabilitação)
recuperação ou a manutenç:io em equillbrio funcional.
I Resposta: @
302 Preparatóriopara Residência M~dica SUS/SP
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lon direito, normalmente, manifestam-se com Alternativa A: CORRETA. A maioria das cirurgias
anemia simplesmente, devendo todo paciente ortopédicas incluem o uso de AINEs não pós-
com mais de 50 anos e anêmico ser submetido -operatório, somado ao fato de o paciente ser
a uma colonoscopia. tabagista (fator de risco por diminuir a proteção
da barreira mucosa gástrica), quadro de início
súbito, com choque hemorrágico. A hipótese
Um paciente de 42 anos tem hérnia in- mais provável é de úlcera péptica ativa, com
84 guina! direita, redutível, há 3 anos. Chega
ao pronto-socorro relatando encarceramento
sangramento e perfuração, levando ao abdo-
me agudo perfurativo. Nesses casos, a conduta
há 7 horas. O exame revela hérnia inguinal di é cirúrgica e, se abordado precocemente e não
reita encarcerada, com hiperemia e muita dor houver complicações locais, o tratamento pode
local. O abdome está distendido, mas sem evi- ser ráfia da úlcera com pacth omental.
dência de peritonismo. O paciente está estável
hemodinamicamente. Conduta:
veio compatível com melanoma, com Breslow membro. O pulso fica fino, claramente assimé-
de 3 mm. No estadiamento com tomografia trico em relação ao outro membro. Conduta:
de abdome, tórax e crânio, foi achado nódulo
pulmonar compatível com metástase. Próximo 0 elevação do membro e reanimação volêmi-
passo: ca mais agressiva.
® fixação interna da fratura, com extrema ur-
0 1infonodo sentinela. gência.
® ampliação de margens para 2 em. © ultrassom Doppler do membro.
© biópsia do nódulo pulmonar. @ fasciotomia.
@ ampliação de margens para 3 em. ® angiotomografia.
® ampliação de margens e linfonodo sentinela.
Altomativa 0: CORRETA. Questão clássica de síndro·
Altornatlva C: CORRETA. A presença de metástase à me compartimental. com edema tenso local
distância no melanoma determina o tratamen· pós-traumático, diminuição de pulsos, pares-
to sistêmico e não necessita de investigação de tesias e dor local. A conduta é fasciotomia des-
linfonodo sentinela ou ampliação de margens. compressiva de urgência.
Portanto, na suspeita de metástase, a primeira
conduta no estadiamento do melanoma é a
biópsia da lesão suspeita. Um paciente de 35 anos, vitima de co-
90 lisão auto x auto, chega ao pronto-so-
corro, com os seguintes dados: A: lntubação
Um paciente de 40 anos de idade está orotraqueal. B: Murmúrio vesicular presente
88 no quarto pós-operatório de hernio-
plastia inguinal direita à Licht enstein, feita sob
bilateralmente, saturação de 02: 98%. C: Pulso:
11 Obpm, PA: 100 x 70 mmHg, t empo de enchi-
raquianestesia. Queixa-se de muita cefaleia e mento capilar: 2s, pelve estável, toque reta I sem
de vômitos frequentes. Está descorado e de- alterações. 0: Glasgow: 3T. E: Escoriações múlti-
sidratado. A ferida operatória tem discreta hi- plas em dorso. Passada sonda de Foley, retor-
peremia. Nega dor abdominal. Conduta mais nou diurese francament e hematúrica. Conduta:
apropriada:
0 uretrocistografia retrógrada.
0 blood patch. ® irrigação vesical.
® benzodiazepínicos e analgésicos. © laparoscopia di agnóstica.
© analgésicos e antibioticoterapia tópica. @ FAST (Focused Assessment w ith Sonography
@ ant ibioticoterapia oral. for Trauma).
® suspensão de opioides prescritos e reforço ® tomografia de abdome.
com analgésicos simples, mais frequentes.
Altomativa E: CORRETA. Na presença de hematúria
Ahornativa A: CORRETA. A cefaleia pós-raquianeste- pós-traumática, devemos considerar o trauma
sia é complicação inerente ao procedimento e, de rins e vias urinárias. sendo a primeira condu·
geralmente, associada com punções calibrosas ta diagnóstica de imagem a realização de uma
ou repetitivas. Um tratamento aceitável é a in· Tomografia de abdome.
jeção de sangue autólogo intratecal, com bons
resultados.
CIRURGIA 11· RODRIGO CAMARGO LEÃO EDELMUTH
Vítima de queda de motocicleta, um ra·
89 paz de 22 anos teve fratura fechada de
rádio, com esmagamento. Inicialmente, o pulso Um paciente de 32 anos de idade, vítima
periférico distai à lesão era normal à palpação.
Cerca de 3 horas após, o paciente começa a
91 de queda de motocicleta em alta veloci-
dade, sem capacete. chega ao pronto-socorro
queixar-se de formigamento e dor no braço e nas seguintes condições: A: Grande quantidade
na mão e a apresentar edema progressivo do de sangue na boca, com muita dificuldade de
306 PreparatórioparaResidência Médica SUS/SP
aspiração com aspirador rígido. 8: Murmúrio da, que não melhorou com o uso de pomada
vesiwlar presente, com roncos difusos bilate- receitada pelo farmacêutico. Há 1 mês, notou
ralmente; saturação de 02: 83%. C: Pulso: 11 O íngua abaixo da mandíbula, também à esquer-
bpm; PA: 100 x 70 mmHg. D: Glasgow: 13. E: da, dolorosa e endurecida de, aproximadamen-
Fratura exposta de maxilar e mandíbula, com te, 2 em. Principal hipótese diagnóstica:
muito sangramento. Conduta imediata:
® reação alérgica ao fumo de corda.
® intubação com fibroscópio na sala de emer- ® carcinoma basocelular de língua, com linfo-
gência. nodomegalia por infecção local.
® traqueostomia por punção. © lesão aftoide infectada, com linfadenite rea·
© cricotireoidostomia cirúrgica na sala de cional.
emergência . @ carcinoma epidermoide de língua, com me-
@ máscara de oxigênio em alto fluxo, aspiração tástase cervical.
da via área e arteriografia de emergência. ® blastomicose.
® ventilação com máscara laríngea até prepa-
ro da sala operatória, para via aérea cirúrgica. .. COMENTÁRIO: Estamos frente a um carcinoma
epidermoide, o principal tipo de tumor malig-
.. COMENTARIO: O paciente certamente não pos- no de língua. Nosso paciente tem todos os prin-
sui uma via aérea pérvia. O autor nos informa cipais fatores de risco para câncer de Hngua:
que há g rande quantidade de sangue na boca homem, tabagista e etilista! O autor é bastante
e que a aspiração com aspirador rígido não é enfático e nos diz que o paciente masca o fumo
eficaz. Como podemos garantir uma via aérea quando não está fumando.
para esse doente? A IOT sempre deve ser a I Resposta: @
primeira opção! Mas no caso em questão não
há como enxergar as cordas vocais devido à
presença de sangue em abundância. Além Vítima de queda de 6 metros de altura, um
disso, o paciente apresenta fratura de maxilar
e mandíbula, deixando toda a face muito ins-
93 operário de 45 anos chega ao pronto-so-
corro por transporte aéreo, com suspeita de lesão
tável para manipulação e tentativa de intuba- vertebromedular. Avaliação na sala de emergên-
ção. Se não conseguimos realizar a intubação cia: A: Via aérea pérvia. B: Murmúrio vesicular pre-
no cenário de trauma nos resta duas opções: sente bilateralmente; saturação de 02: 98%, com
cricotireoideostomia por punção ou cirúrgica! máscara de 02. C: Pulso: 90 bpm, PA: 130 x 80
Vamos lembrar que a cricotireoideostomia por mmHg; sem sangramento externo. D: Glasgow:
punção não é uma via aérea definitiva! Ela pode 15; comprometimento da sensibilidade e da mo-
ser realizada em crianças < 1Oou 12 anos, como tricidade de membros inferiores. E: Hematoma
ponte para realização da traqueostomia ou em em dorso, ao nível de L1. Durante a avaliação ini-
casos de inexperiência do médico, pois é mais cial, a prancha rígida deve ser retirada:
simples que a cricotireoideostomia cirúrgica.
A traqueostomia no cenário de trauma é uma ® após as radiografias ou tomografias apro-
conduta de exceção, sempre é cirúrgica e só priadas.
está indicada em fraturas de laringe ou crianças ® logo que possível, geralmente durante a
menores de 10-12 anos. avaliação secundária, e o paciente movimenta-
I Resposta: @ do apenas em monobloco.
© imediatamente, se o paciente não tiver dor
Um senhor de 62 anos de idade, agri· cervical, já que tem Glasgow 15.
92 cultor, natural e procedente de Juazeiro
(Bahia). etilista de 2 doses de aguardente por
@ apenas após a avaliaçãodo neurocirurgião
ou do ortopedista. por ordem de um deles.
dia e tabagista de fumo de corda (não sabe ® apenas quando o doente já estiver no centro
informar a quantidade, mas tem o costume cirúrgico. pronto para a fixação da coluna.
de mascar o fumo quando não está fumando),
queixa-se de afta na língua há 3 meses. Trata-se .. COMENTARIO: A prancha rígida é um instru-
de ferida de, aproximadamente, 1 em, à esquer- mento de transporte e deve ser retirada tão
2015 307
logo que possível a fim de evitar úlceras de nário associada à fratura da pelve são as lesões
pressão! A retirada da prancha não deve ser ba· uretrais, especialmente quando há fratura dos
seada em achados do exame físico, mecanismo ramos pélvicos anteriores. Devemos suspeitar
de trauma, déficits sensitivos e/ou motores ou de lesões de uretra em todo paciente com fra·
nível de consciência. Em casos em que há sus tura de pelve, hematoma perineal, uretrorragia
peita de lesão devemos manter o colar cervical e deslocamento cefálico da próstata. Nesses
e movimentar o paciente em bloco! casos não devemos realizar a sondagem vesical
Alternativa A: INCORRETA. Se pos.sível, devemos de demora, e a avaliação de um urologista deve
deixar o paciente na prancha rígida até a reali· ser solicitada. A uretrocistografia retrógrada é o
zação dos exames de imagem, pois isso facilita exame de escolha para o diagnóstico.
o transporte. Mas temos que lembrar que os I Resposta: ®
exames de imagem não são condições obriga·
tórias para a retirada da prancha, desde que o
paciente sempre mantenha a coluna alinhada Um homem de 43 anos, tabagista desde
em decúbito dorsal horizontal com colar cervi·
cal e que a mobilização sempre seja em bloco.
95 os 13 anos, deu entrada no pronto-socor-
ro com dor e lesão no hálux direito. No exame
Alternativa B: INCORRETA A retirada da prancha não físico, nota-se diminuição da temperatura do
mantém correlação com o nível neurológico. membro inferior direito, a perfusão do mesmo
Alternativas De E: INCORRETAS. A prancha é rígida pé é mais lenta (o enchimento capilar é maior
e, portanto, o tempo do paciente em cima dela que 6s) e os pododáctilos têm cianose móvel.
deve ser abreviado. O risco de lesões de pres- Não se palpa pulso poplfteo, nem tibial anterior
são é proporcional ao tempo em que o pacien· nem posterior em nenhum dos lados. Diagnós·
te se encontra deitado na prancha. Desde que a t ico etiológico mais provável:
mobi lização seja feita em bloco, a prancha não
diminui o risco de aumentar a lesão raquime- @ Arterite idiopática.
dular. @ Tromboangeíte obliterante.
I Resposta: © © Arterite de Takayasu.
@ Aterosclerose.
® Embolia arterial.
O trauma de bacia pode causar hemorra-
94 gias letais ou cursar com outras compli-
cações~ como impotência ou lesão de uretra ou
~ COMENTARIO: A tromboangeite obliterante ou
doença de Buerger é uma vasculite inflamatória
bexiga. Um homem de 54 anos de idade teve de vasos distais de pequenos e médios calibres,
diagnóstico de fratura de bacia após colisão au- que costuma poupar vasos proximais. Acomete
tomobilística. Está estável e normal hemodina· homens jovens ao redor do 4(}45 anos e taba·
micamente, em ventilação espontânea, e não gistas. O fumo é o principal fator de risco para
tem lesões associadas significativas. Queixa-se a doença de Buerger e mantém uma correlação
de dor em hipogástrio e tem uretrorragia. Le· direta com a atividade de doença. O paciente
são mais provável e melhor forma de investiga· geralmente apresenta dor e isquemia distai,
ção: lesão de: com tromboflebite superficial associada. O fe-
nômeno de Raynaud também pode estar pre·
@ bexiga extraperitoneal; cistografia. sente até 40% dos casos. Em casos mais graves
® uretra; urografia excretora. pode haver progressão da isquemía com apa·
© bexiga intraperitoneal; tomografia de abdo- recimento de úlceras. O único tratamento efi-
me. caz contra a progressão da doença é a cessação
@ uretra; tomografia de abdome. completa do tabagismo! A· A arterite idiopática
® uretra; uretroci stografia retrógrada. é um diagnóstico de exclusão! C· A arterite de
Takayasu é uma vasculite crônica de etiologia
~ COMENTARIO: Acidentes de trânsito (68·84%) desconhecida que acomete aorta e grandes va·
e queda de altura (6-25%) são os principais res· sos D· A doença aterosclerótica acomete tanto
ponsáveís pela associação de fratura pélvica e vasos proximais quanto distais.
lesões de uretra. A principal lesão do trato uri-
306 Preparatório paraResidência Médica SUS/SP
E- Quadros embólicos são agudos e unilaterais, abdome é fonte de sangramento se não esta-
com ausência de pulsos somente no membro mos pensando que o paciente está sangrando.
acometido. Alternatíva C: CORRETA. O uso de vasopressores é o
I Resposta:® tratamento de escolha para o choque medular,
pois nessas situações há perda do tõnus vascu-
lar periférico.
Uma moça de 20 anos de idade, vítima de Alternativa 0: INCORRETA. O autor deixa bem evi-
96 colisão de auto, chega ao pronto-socorro
hipotensa, mas responde inicialmente à admi-
dente que não há lesões associadas que sugi-
ram perda sanguínea, portanto não há porque
nistração de volume. A tomografia revela su- iniciar o protocolo de transfusão maciça. Res-
bluxação CS/C6 e fratura de ramo púbico. Não trito para casos de choque hemorrágico grave.
tem lesões na cabeça, tórax, abdome, extremi- Altematíva E: INCORRETA. Novamente, não estamos
dades nem partes moles. Na unidade de trata- pensando que o paciente está sangrando. A fixa-
mento intensivo, volta a apresentar hipotensão. ção da petve com lençol fica reservada para ca-
Pulso: 55 bpm, PA: 80 x 50 mmHg, saturação de sos de fratura de pelve instável. A fratura isolada
02: 99%. Recebe 2 litros de solução cristaloide e do ramo púbico não gera instabilidade a pelve.
a saturação cai para 88%. O enchimento capilar
é menor que 2 segundos e as extremidades não
estão frias. Melhor tratamento para a hipoten- Uma senhora de 79 anos de idade quei-
são desta doente, neste momento: 97 xa-se de dor abdominal em cólica, dis-
tensão abdominal e parada de eliminação de
® corticoides. gases e fezes há 5 dias. Nega vômitos ou febre.
® laparotomia exploradora. Refere que nos últimos 4 meses vem evacuan-
© vasopressores. do a cada 3 dias, graças à utilização frequente
@ transfusão sanguínea 1:1 :1 (papa de hemá- de laxativos. Nega perda de peso. t hipertensa
cias, plasma fresco e plaquetas). e diabética. Foi submetida a gastrectomia sub-
® lençol pélvico ou embolização de vasos de total, por doença péptica, há muitos anos. Está
bacia. em bom estado geral, corada, mas desidratada.
O abdome está distendido, mas é flácido e não
.,_ COMENTÁRIO: O choque hemorrágico é o prin- se palpam massas. É doloroso à palpação pro-
cipal tipo de choque no cenário de trauma! Na funda, mas não tem sinais de irritação perito-
tentativa de compensar a perda volêmica, o neal. Não há sinais de hérnia na região ingui-
organismo aument a a frequência cardíaca para nocrural. Toque reta!: sem massas e sem fezes
tentar manter o débito cardíaco. Portanto, um na ampola. Feita a radiografia de abdome mos-
pacient e politraumatizado hipotenso e sem trada a seguir. (VER IMAGEM) Principal hipótese
taquicardia não é a regra! Temos que descartar di agnóstica e melhor tratamento:
que o mesmo não é usuário de betabloqueador
e procurar por outras causas de hipotensão sem
taquicardia. Além disso, o paciente com sangra-
mente apresenta extremidades frias, pegajosas
e má perfusão tecidual. No caso em questão, es-
tamos frente a um clássico choque neurogênico:
hipotensão sem taquicardia com boa perfusão
periférica, extremidades quentes e fratura de
coluna! Esses doentes perdem o tônus vascular
que resulta em hipotensão e perdem, também o
estímulo simpático para o coração.
Alternativa A: INCORRETA. O uso de corticoide no
TRM é altamente controverso e não há evidên-
cias de qualidade que corroborem essa conduta.
Alternativa 8: INCORRETA. Não há evidencia de cho-
que hemorrágico! Não podemos pensar que o
2015 309
teses diagnósticas devemos pensar em t umor ® A dor da apendicite aguda é inicial mente
de cólon, bridas e hérnias inguinocrurais encar- epigástrica e, na maioria das vezes, precedida
ceradas. O autor afirma que não h~ hérnia no de febre alta com calafrios.
exame físico e nos dá uma informação essen- ® Em cerca de 95% dos casos. a dor abdomi-
cial: a paciente apresenta alteração do hábito nal decorrente de rotura de aneurisma da aorta
int estinal há quatro meses. Além disso, vemos abdominal associa-se também a dor lombar. ©
na radiografia dilatação de todo o cólon, sem A dor da úlcera duodenal perfurada caracteri-
dilatação de alças de delgado e sem dilatação za-se por ser de forte intensidade, inicial mente
de reto (sem ar no ret o). no epigástrio, e irradiar-se para a fossa ilíaca
Alt•rnativa B: INCORRETA. A pseudo-obstrução co- esquerda, simulando diverticulite aguda, o que
Iônica ou síndrome de Ogilvie é um diagnósti- caracteriza a síndrome de Valent ino.
co de exclusão e é caracterizada por obstrução @ Dor int ensa no hipocôndrio direito por mais
colônica sem fator obstrutivo. Pode ser desen- de 6 horas, associada a icterícia com predomí-
cadeada ou cursar concomitantemente com al- nio de bilirrubina direta e elevação de fosfatase
gumas condições clínicas como: infecções, me- alcalina, pode caracterizar síndrome de Mirizzi.
dicamentos, doença de Parkinson, cirurgias ou ® Pacientes com dor epig~strica e suspeita de
traumas. A colonoscopia, além de ser um b om pancreatite aguda devem ser submetidos, roti·
exame diagnóstico, tem papel terapêutico, des- neiramente, a tomografia de abdome com con-
comprimindo o cólon. A cirurgia de urgência traste, ainda na emergência.
fica reservada p ara casos em que h~ susp eita
de isquemia pela colonoscopia ou risco de per- IJ> COMENTÁRIO: Questão corretamente anulada
furação (Ceco > I O ou 12 em) pela banca por possuir duas alternativas corre-
Alt•rnativa C: INCORRETA. Guardem essa dica para t as.
as provas: tumor de cólon direito geralmente Alt•matlva A: INCORRETA. O quadro clínico da
cursa com sangrament o, enquanto tumores de apendicite consiste em dor epigástrica/p erium·
cólon esquerdo e sigmoide cursam com obs- bilical com migração para FIO, associada à ina-
trução. Na radiografia da questão podemos ver petência, astenia. A febre pode estar presente
dilatação de todo o cólon sigmoide, portanto, o no início do quadro, apesar de não ser comum.
fator obstrutivo está à jusante. Já febre alt a com calafrios é um sinal mais t ar-
Alt•rnatlva D: INCORRETA. Hipótese diagnóstica dio e pode representar perfuração, necrose ou
muito pertinente nesse caso: sempre devemos abscesso local.
p ensar em aderências em quadros obstrutivos Alt•mativa B: CORRETA. O aneurisma de aorta roto
nos pacientes com cirurgia abdominal prévia! se apresenta como uma dor súbita e intensa,
Entret anto, o autor nos dá a informação que a podendo ser em região de precórdio, abdome
p acient e apresenta alteração do hábit o intes- ou dorso/lombar. Vamos lembrar que a aorta é
tinal há quat ro meses, favorecendo o diagnós- uma estrutura ret roperitoneal!
tico de tumor. Quadros obstrutívos por bridas Alt•matíva C: INCORRETA. O quadro clínico típico
costumam ser agudos. da úlcera perf urada também é de dor abdomi
310 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
nal intensa, aguda e difusa, pois há extravasa- ® colostomia em ângulo hepático, por incisão
mento de se<reção entérica/gástrica por toda a mínima em hipocôndrio direito.
cavidade. Geralmente o paciente sabe o mo- ® colostomia por laparotomia mediana.
mento exato do início da dor e ao exame físico © prótese plástica autoexpansível.
encontramos o abdome rígido, em t~bua. J~ a ® ressecção abdominoperineal de reto com re-
síndrome de Valentino é extremamente rara e construção primária e colostomia de proteção.
ocorre quando h~ acúmulo dessas secreções ® sonda de Fouchet.
entéricas na goteira pa rietocólica direita, simu-
lando um quadro de apendicite. Alternativa A: CORRETA. A colostomia descompres-
Alternativa 0: CORRETA. Sempre temos que investi- siva por !refinação {evisceraçâo do cólon pelo
gar doenças das vias biliares em pacientes com mesmo orifício de maturação) é um procedi-
do r em HCD e icterícia! Apesar de rara, o quadro mento pouco invasivo e de baixa complexida-
clínico da questão é compatível com a síndro- de técnica. Esse procedimento pode ser realiza-
me de Mirizzi. do em ângulo transverso {hipocôndrio direito)
Colelitíase: presença de cálculos na vesícula ou em fossa ilfaca esquerda (sigmoideostomia).
biliar. Esses cálculos podem ser sintomáti- Alternativa B: INCORRETA. Primeiramente devemos
cos ou assintomáticos! tentar a colostomia por ! refinação. Se duran-
Colecistite aguda: processo inflamatório te o intra-operatória houver algum problema,
agudo da vesícula biliar. Quadro clínico de converte-se então a cirurgia para laparotomia
dor em HCD com duração maior que 6 ho- mediana.
ras, associado a náuseas vômitos e febre. Alternativa C: INCORRETA. A colocação de próteses
Coledocolitíase: presença de cálculos na via é uma opção em casos de paliação, em doen-
biliar. Quadro clínico de dor em HCD/dorso tes com prognóstico muito reservado e com
associado à icterícia às custas de bilirrubina altíssimo risco cirúrgico. Entretanto, as próteses
direta existentes são, em sua maioria, metálicas e não
Colangite: infecção grave, ascendente das plásticas Existem algumas opções de próteses
vias biliares. Tríade de Charcot: dor abdomi- biodegradáveisno mercado. Entretanto, efeitos
nal,. febre e icterícia. adversos como sangramento, dor e incontinên-
Síndrome de Mirizzi: Complicação rara da cia são comuns.
colelitíase. Ocorre quando h~ obstrução do Alternativa 0: INCORRETA. Cirurgia de grande porte
dueto hepático comum secundário a com- e alta morbidade.Temos que considerar que es-
pressão extrínseca, devido~ impactação de tamos tratando de um paciente com 89 anos e
cálculos no dueto cístico ou infundíbulo da com múltiplas comorbidades.
vesícula. Alternativa E: INCORRETA. Conduta completamente
Alternativa E: INCORRETA. A TC de abdome com abolida nessas situações. Alto risco de perfura-
contraste IV fica reservada para casos em que ção de cólon, além de ser ineficaz.
há dúvida diagnóstica ou para pacientes com
pancreatite aguda grave! Nesses casos, deve-
mos postergar a tomografia e realizá-la de for- Uma senhora de 42 anos de idade foi
ma tardia, se possível após o quinto ou sétimo
dia, pois a tomografia precoce subestima a gra-
1OO submetida a histerectomia h~ 3 anos,
por mioma. Chega ao pronto-socorro com
vidade das complicações locais. queixa de distensão abdominal, vômitos e pa-
rada de eliminação de gases e fezes há 1 dia.
O hemograma e o lactato são normais. No exa-
Um senhor de 89 anos de idade apre- me do abdome, não há sinais de peritonite. A
99 senta obstrução intestinal por câncer de
reto estadiado por tomografia de abdome com
tomografia mostra obstrução parcial no delga-
do, com um ponto de transição que pode cor-
contraste. Não tem evidências de peritonite. E responder a brida ou hérnia interna. E correto
portador de doença pulmonar obstrutiva crôni- afirmar:
ca grave e insuficiência cardíaca e renal. Melhor
opção de tratamento da obstrução intestinal: ® Provavelmente, o quadro irá evoluir para in-
tussuscepção.
2015 l11
© 11 I 111
De acordo com as alternativas, seguindo os
@ 111 11 valores do cálcio e potássio, as alternativas C e
(§) 11 111 I O são as respostas possíveis. Sabendo que um
cálcio total menor que 7mg/dl corresponde a
2016 319
Pigmenta- Potássio
Hemograma
Considere as seguintes alterações eritro- çãoCutwa Sérico
14 citárias:
®
aumen- aumen-
llnfocltose
tada ta do
I. Hemácias em gota ou dacriócitos;
11. Hemácias em alvo ou leptócitos; ® normal dlmlnufdo llnfopenla
111. Acantócitos; IV. Corpúsculos de Howeii-Jolly. aumen·
© normal
ta do
linfocitose
A correta relação entre as alterações eritrocitá-
aumen·
rias e distúrbios clínicos é: @ dlmlnufdo llnfopenla
ta da
Hemo- aumen-
Flbrose
Hepato- ® ta da
diminufdo linfocitose
Asplenla globlno-
Medular patla
patlaC
.,_ COMENTARIO: Em um carcinoma adrenal pro-
® 11 111 IV dutor de cortisol, a produção ocorre indepen-
® 11 111 IV dente do ACTH (ACTH estará baixo), não ha-
vendo motivo para aumento da pigmentação.
© IV 111 11
Inversamente à insuficiência adrenal, o excesso
@ 11 IV 111 de cortisolleva à hipocalemia. Os glicocorticói-
® IV 111 11 des suprimem as respostas imunológicas, redu-
zem agudamente a contagem de linfócitos me-
.,_ COMENTARIO: Observando as alterações eri- diante sua redistribuição do comportamento
trocitárias: I. Hemácias em gotas ou dacriócitos: intravascular para o baço, linfonodo e medula
são sinais de hematopoese extramedular. Ocor- óssea. A contagem de neutrófilos aumenta e a
re principalmente na mielofibrose. 11. Hemácias de eosinófilos cai.
em alvo ou leptócitos: também conhecida como I Resposta: ®
codócitos, são encontradas em patologias
onde ocorre a precipitação da hemoglobina no
centro da hemácia. Em geral, ocorre nas hemo-
globinopatias: talassemia e hemoglobinopatia
S, hemoglobinopatia SC e hemoglobinopatia
16 Mulher de 32 anos apresenta artrite,
pleurite, anemia e anasarca. Pressão arte-
rial é 120 x 70 m mHg, creatinina é 1,1 mg/dl, há
C. 111. Acantócitos: os acantócitos ocorrem em corpos lipoides urinários e anticorpo anti-Sm
dois distúrbios constitucionais diferentes, que positivo. A biópsia renal mostrará com maior
afetam o metabolismo lipídico: abetalipopro- probabilidade:
teinemia (S. de Bassen-Kronzweig) e na anemia
da hepatopatia severa (spur cell anemia), mais ® Glomerulonefrite proliferativa focal.
comum em pacientes portadores de cirrose ® Nefrite mesangial proliferativa.
alcoólica. IV. Corpúsculos de Howeii-Jolly: são © Glomerulonefrite membranosa.
pequenos restos nucleares, basofflicos, peque- @ Glomerulonefrite proliferativa difusa.
nos e bem definidos, não removidos, presentes ® Esclerose glomerular.
nos eritrócitos. Normalmente, eles seriam re-
movidos pelos macrófagos do baço, mas pela .,_ COMENTARIO: Paciente com artrite, pleurite
ausência do órgão, eles permanecem. (serosite), anemia, anasarcada e corpos lipoides
320 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
No grupo 11 (punção 1iquórica t raumática), o l iquor não conterá macrófagos com hemossiderina
nem xantocromia, pois não haverá tempo suficiente para a degradação d a hemoglob ina (começa a
ocorrer 12 horas após a hemorragia), a coagulação estará p resente, a pressão liquórica não é altera-
da por uma punção traumática e a contagem de eritrócitos t ende a diminuir a cad a t ubo (maior no
líquor em contato com o local do trauma e menor a medid a que o líquor é colhido).
I Resposta:®
@ Hemoglobinopatia C.
® Amiloidose.
© Cirrose biliar p rimária.
@ Hemocromatose.
® Rins policísticos .
.. COMENTARIO: Questão bem direta, mas cabe uma revisão. Os principais fatores de risco em ter-
mos populacionais são relacionad os à hipertensão arterial. com risco relativo de 2,8 e tabagismo
(RR 1,9). Ocorrência de h istória familiar de aneurisma corresponde a 10% dos pacientes com HSA.
sendo mais importante entre parentes de primeiro grau, principalmente entre irmãos. Quando da
presença de dois ou mais parentes com aneurismas intracranianos, a chance de ocorrência é sete
vezes maior que na pop ulação, ocorrendo em até 8% d os indivíduos. Aneurismas intracranianos
são encontrados em 1O% dos pacientes com Doença Autossômica Dominante de Rins Policisticos
(DADRP), secundário a mutações nos genes PKD1 e PKD2. Em virtud e da rarid ade da d oença, con-
trib ui com menos de 1% dos pacientes com HSA.
I Resposta:®
20 Considere as imagens abaixo: (VER IMAGEM). As imagens que pertencem ao mesmo pacíen-
te são, com maior p robabilidade:
I
321 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
III IV
..
v
,. VI
@ ll,llleV.
@ I, IV e VI. 11. Imagem de crânio mostrando o padrão co-
© II,IVeV. nhecido como sal e pimenta: reabsorção óssea,
@ l,llleVI. comumente observada no mieloma múltiplo.
® ll,lll eVI.
-Analisando as Imagens da hematoscopla:
.. COMENTARIO: A questão nos apresenta seis
imagens, divididas em três duplas, e pergun- 111. Hemácias em rouleaux (empilhamento): de-
ta quais têm a probabilidade de pertencer ao corrente da elevação de fibrinogênio ou globu-
mesmo paciente. linas. O empilhamento ocorre pela quebra da
polaridade da membrana da hemácia que, ao
-Analisando as radiografias: invés de se repelir, apresenta atração entre elas,
gerando a aglomeração.
I. Imagem da bacia (má qualidade), onde não é IV. Hematoscopia mostrando quadro sugestivo
possível afirmar a presença de qualquer patolo- de esquizócitos: hemácias com formas bizarras,
gia com certeza. provenientes de traumas ou por depósitos de
20t6 m
INTRACELLULAR
AC'*"OfJir~~ta."
• 1S -
-.....·
" - 6)
A síndrome de Lõetfler pode ser causada IJ> COMENTÁRIO: Os sintomas mais evidentes da
3O pelos agentes: deficiência de vitamina A estão associados à
necessidade dessa vitamina para a manuten-
® Enterobius vermicularis e Strongyloides sterco- ção das funções epiteliares. Os sinais mais ca-
ralis. racterísticos e especificos da deficiência de vi-
® Strongyloides stercoralis e Necator americanus. tamina A são as lesões oculares. Essas lesões se
© Trichocephalus tri<:hiurus e Necator americanus. desenvolve insidiosamente e raramente acon-
@ Enterobius vermicularis e Trichocephalus tri- tecem antes dos 2 anos.
chiurus. Alternativa A: CORRETA. Na falta de vitamina A, a
® Strongyloides stercoralis e Trichocephalus tri- córnea sofre queratinização, torna-se seca, opa-
chiurus. ca, susceptível a infecções e forma camadas de
células secas e escamosas (xeroftalmia). Assim
IJ> COMENTARIO: Alguns helmintos, por suas ca- como a córnea a conjuntiva também é quera·
racterísticas evolutivas de passagem através tinizadae forma placas que são chamadas as
dos pulmões em um dos estágios de seu ciclo manchas de bitot.
reprodutivo, podem causar comprometimento Alternativa B: INCORRETA. A hipervitaminose A pode
respiratório nos pacientes infectados. As larvas causar hiperostose de ossos longos, mas essa
rompem os capilares pulmonares dos alvéolos, não deve ser confundida com a hiperostose cor-
provocando hemorragia e infiltração pulmonar. tical, doença rara de causa ainda desconhecida.
O decurso pode ser agudo e autolimitado ou, Alternativa C: INCORRETA. A hipovitaminose A não
repetindo-se o ciclo enteropulmonar, tornar-se está relacionada a alopecia ou queda das unhas.
crônico. O quadro clínico típico é a síndrome de Alternativa D: INCORRETA. A hipovitaminose A est~
Lõtfler, caracterizada por tosse seca, dispneia, relacionada a hiperqueratose folicular.
sibilos, desconforto retroesternal e febre baixa. Alternativa E: INCORRETA. A hipovitaminose A pode
São parasitas que apresentam ciclo pulmonar: gerar diarreia pela alteração do epitélio intesti·
Ascarís lumbricoides, Strongyloides stercoralis; naI, mas não se trata da alteração mais específi-
e os causadores da ancilostomíase, Ancylosto- ca encontrada nessa patologia.
ma duodenale e Necator americanus. O Ente- I Resposta: ® .
robius vermicularis e Trichocephalus trichiurus
não apresentam ciclo pulmonar, assim as alter-
nativas A, C, D e E estão incorretas. O acetaminofeno (paracetamol) é uma
I Resposta: ® 32 das drogas com ação antiinflamatória e
antipirética mais utilizada em crianças. Isto se
deve, em parte, ao risco do uso de salicilatos as-
PEDIATRIA 11- RENATA DAVIN GOMES PARENTE sociado a alguns processos virais. A droga que
deve ser indicada nos casos de superdosagem
de acetaminofeno, preferencialmente nas pri·
A deficiência de vitamina A pode causar meiras 2 horas, e o risco de uso de salicilatos,
31 prejuízo nas funções do epitélio de dife-
rentes órgãos, incluindo o intestino e os rins.
são. respectivamente:
@ Difenidramina - Alcalose hipoclorêmica. @ Não. pois a criança não atingiu o peso ne-
® Sulfonilureia - Acidose respiratória. cessário de cerca de 1O kg.
® Sim, pois a criança já atingiu o peso de 8 kg
... COMENTARIO: A intoxicação por acetaminofe- e idade acima de 1O meses.
no pode ser revertida com uso a N- acetilcisteí-
na que pode ser administrada de forma oral ou ... COMENTARIO: O Departamento de Segurança
endovenosa, evitando a hepatotoxicidade da da Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda
intoxicação por acetaminofeno. que bebés menores de 1 ano e 1O kg devem ir
A Sindrome de Reye se trata de uma hepato- num assento de segurança tipo bebê-conforto,
patia m itocondrial preceptada em p essoas voltado para trás; crianças entre 1O e 20 kg de-
geneticamente susceptfveis pela interação en- vem ir num assento de segurança voltado para
tre uma infecção vira! (gripe, varicela) e o uso a frente; crianças com mais de 20 kg, em torno
de salicilato. Clinicamente caracteriza-se por de cinco anos, podem usar o cinto de seguran-
doença virai anterior que parece estar em reso- ça regular da aeronave.
lução e o inicio agudo de vômitos e encefalo- Alternativa A: INCORRETA. Para usar a cadeirinha
patia. Os sintomas neurológicos podem evoluir voltada para frente a criança deve ter um peso
rapidamente para convulsões, coma e morte. A mfnimo que de 1Okg.
disfunção hepática está invariavelmente pre- Alternativa B: INCORRETA. B: Incorreta. Para usar o
sente com coagulopatia, mas os pacientes que assento voltado para frente a criança precisa
sobrevivem apresentam completa recuperação atingir o p eso de 1Okg e mínima de 1 ano e não
da função hepática. 18 meses.
Alternativa A: INCORRETA. A piridoxina é antídoto Alternativa C: INCORRETA. A criança ainda não atin-
para intoxicação por isoniazida. giu o peso adequado que seria 1Okg, apesar da
Alternativa B: INCORRETA. O bicarbonato de sódio é idade.
antídoto para intoxicação por salicilatos e anti- Alternativa D: CORRETA.
depressivos tricíclícos. Alternativa E: INCORRETA. Para usar a cadeirinha
Alternativa C: CORRETA. voltada para frente a criança deve ter um peso
Alternativa 0: INCORRETA. A d ifenidramina é usada mínimo que de 1Okg e idad~ 1ano.
como antídoto nas distonias agudas desen- I Resposta: @.
cadeadas por bloquead ores dopaminérgicos
(p.ex.: metoclopramida, butirofenonas e feno-
tiazínicos)
Alternativa E: INCORRETA. A sulfonilu reia não é usa-
da como antídoto na intoxicação por acetami-
34 Em relação ao "Teste do coraçãozínho"
considera-se normal o resultado de satu-
ração de oxigênio:
nofeno.
I Resposta: © . @ "maior ou igual a• 9S% e diferença obtida
entre os membros "menor ou igual a• 3%.
® "maior ou igual a• 90% e diferença obtida
Os pais de uma criança de 11 meses de entre os membros "menor ou igual a"1 0%.
33 vida, com peso de 8 kg, perguntam ao
médico se já podem colocar a cadeirinha de
© •maior ou igual a• 90% e d iferença obtida
entre os membros "menor ou igual a" 1O% e in-
carro do filho voltada para a frente, pois, em 1 tervalo Q-Tc < 0,45.
mês, farão uma viagem de aproximadamente @ "maior ou igual a"90% e intervalo Q·Tc <0,60.
100 km e poderão melhor observá-lo. A orien- ® "maio r ou igual a"95% e intervalo Q-Tc <0,45.
tação correta é:
... COMENTARIO: O teste do coraçãozinho e tra-
@ Sim, pois a criança já tem o peso de 8 kg e ta da aferição da oximetria de pulso, em todo
terá 1 ano na data da viagem. recém-nascido aparentemente saudável com
® Não. pois a criança não atingiu a idade mí- idade gestacional > 34 semanas, antes da alta
nima de 18 meses. da Unidade Neonatal entre 24 e 48 horas de
© Sim, pois a criança já terá 1 ano, o requisito vida. A oximetria d eve ser aferida em membro
necessário para inverter a posição da cadeirinha. superior direito e em um dos membros inferi o -
330 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
res. Para a adequada aferição, é necessário que morbidade e mortalidade em crianças com
o recém-nascido esteja com as extremidades menores de seis meses de idade. O objetivo da
aquecidas e o monitor evidencíe uma onda de introdução da vacina dTpa é induzir a produção
traçado homogêneo. de altos títulos de anticorpos contra a doença
O resultado é considerado normal se a satu· coqueluche na gestante, possibilitando a trans-
ração periférica for maior ou igual a 95% em ferência transplancentária destes anticorpos
ambas as medidas (membro superior direito para o feto, resultando na proteção do recém·
e membro inferior) e diferença menor que 3% · nascidos, nos primeiros meses de vida, até que
entre as medidas do membro superior direito e se complete o esquema vacina I contra a coque-
membro inferior. luche, preconizado no Calendário Nacional de
I Resposta: ® . Vacinação.
Alternativa A: INCORRETA. A gestante deve receber
a vacina.
As figuras abaixo apresentam os coe· Alternativa 8: CORRETA.
35 ficientes de incidência de coqueluche
e cobertura vacina! (DPT e DPT/Hib), Brasil de
Alternativa C: INCORRETA. A vacina apenas com o
componente pertussis não existe.
1990 a 2013; os casos de coqueluche confirma- Alternativa D: INCORRETA. Não existe recomenda-
dos segundo a faixa etária, estado de São Paulo ção de imunizar o recém nascido ainda na ma-
de 2007 a 2013; estes casos estratificados por ternidade.
idade em meses entre lactentes abaixo de 1 Alternativa E: INCORRETA. A vacinação da gestante
ano e o aumento no número nos últimos anos não é contraindicada.
(VER IMAGEM). Considera-se como estratégia I Resposta: ®
para proteger os lactentes jovens, que são os
que apresentam maiores taxas de morbimorta·
lidade ligadas à doença: Um menino, filho de pais que fizeram
..
® Esclarecer que ela deve menstruar logo, não
-
sendo necessário nenhum exame subsidiário.
11 ® Solicitar FSH e LH para investigar amenorreia
h ipogonadotrófica.
© Solicitar cariótipo para suspeita de síndrome
Obstipação Estfmulo d e Turner.
intestinal anal com
® funcional supositório
@ Pedir para retornar em 6 meses, caso não te-
do lactente de glicerina n ha menstruad o, iníciar investigação.
® Solicitar pesquisa de cromossomo Y por sus-
Agan-
peita de disgenesia gonad al.
® glionose Dieta
Co ngênita
I> COMENTÁRIO: A amenorreia primária é defi-
Megacolon Colestira-
© ful'\cional mina
nida como a ausência de menstruação aos 14
anos de idade na ausência de caracteres sexuais
Atresla de
@ sigmoide
2 Cirurgia secundários ou aos 16 anos de idade, indepen-
d ente d a p resença ou ausência de caracteres
sexuais secundários. Neste caso, a paciente tem
14 anos, já t em caracteres sexuais secundários
2016 333
(desenvolvimento puberal M4P4); o mais provável é se tratar de algo fisiológico e o mais importan-
te, nestes casos, é a orientação da paciente, para alívio de sua ansiedade.
I Resposta: @
O comportamento das gonadotrofinas e dos esteroides sexuais varia de acordo com as fases
42 do ciclo menstrual normal. Desse modo, espera-se que:
h,-
z
250
:2::;
u 125
10
•
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Fenazaçao e
i11...,1131Çio
.,. COMENTÁRIO: A figura acima resume a osci- gestfnica. No inicio da fase lútea, a progestero-
lação dos esteroides sexuais ao longo do ciclo na é liberada pelo corpo lúteo.
menstrual: Alternativa C: CORRETA. No in fcio do ciclo, o FSH au-
Alternativa A: INCORRETA. A progesterona é produ- menta progressivamente devido à diminuição
zida pelo corpo lúteo, aumentando progressi- do estrogênio folicular; o aumento do FSH visa
vamente a partir da ovulação (em torno do 14° a aumentar a produção estrogêníca pelos folí-
dia) e com pico em torno do 21• dia. culos antrais até a seleção do dominante.
Alternativa 8: INCORRETA. O FSH estimula a libera-
ção estrogênica, enquanto o LH estimula a pro-
334 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
Polvo Coaaulooathv
Adenomyosi.s Ovulatol'y dvsfuncdon
Submucos.al
L~omvoma Endometrl.al
Other
Malignancy & hyperplasia latrogenic
Not vet clas.sified
'-te: Munro MG. Crit<Ney HO. 8rod.:1 MS, k~s10r IS: FIGO Working Grovp on fMnsttu~ Oisorders. FIGO dtls.sific;~tion mt~m (PAI.M·COEIN) r G-..ses
of abnonnal utertoe bleedlngln nongra'oidwomen of teprodoctlve age.lnt JGynae<.ol Obstet 201 1;11311):3--13.
Numa paciente íovem, com sangramento intenso, com exame físico sugerindo aumento do volu·
me uterino, a etiologia mais provável é a miomatose uterina. Os miomas podem ser subserosos,
intramurais e submucosos; os subserosos não costumam causar sangramento aumentado, exceto
se possufrem componente intramural importante. Já os submucosos não causariam irregularidade
nos contornos do útero. Portanto, o mais provável é se tratar de um mioma intramural. Não deve
ser um pólipo endocervical, pois além de este não causar aumento importante do volume uterino,
seria visualizado no exame especular. Endometriose pélvica tem, em geral, quadro de dor predo·
minando sobre sangramento. Por fim, sarcoma tem epidemiologia distinta, sendo maiscomum em
mulheres mais idosas.
I Resposta: ®
ária de contraceptivo oral combinado. Refere a idade. Outros fatores de risco incluem ciclos
disúria important e desde o início do quadro. menstruais ovulatôrios, menarca precoce,
Pensando no provável diagnóstico, o conteúdo menopausa tardia e uso de terapia hormonal
vaginal deve apresent ar: estroprogestativa. O nascimento do primeiro
filho antes dos 28 anos de idade está associado
@ pH vaginal ao redor de 6, test e das aminas à redução do risco de câncer de mama, assim
positivo e organismos flagelados em movimen- como aquelas com grande número de filhos
to. nascidos vivos. A história familiar de câncer de
® Hifas e esporos em meio a infiltrado leucoci- mama também indica maior risco de câncer
tário, com pH acima de 6. de mama, em especial se familiares de primei-
© Células-alvo em meio a células vaginais de ro grau forem afetadas, se as familiares forem
descamação, t este das aminas negativo e pH jovens (sobretudo, abaixo de 50 anos) na oca-
inferior a 4. sião do diagnóstico ou se tiverem tido câncer
@ Cocos Gram-positivos aos pares, infiltrado de mama bilat eral. A síndrome do câncer de
leucocitário discreto, teste do KOH negativo. mama/ovário hereditária é responsável por
® pH ácido, infilt rado leucocitário int enso e 5-7% dos cânceres de mama e a maioria deles
bactérias Gram-posit ivas. está associado a mutações dos genes BRCA 1
e BRCA2. Antecedente de hiperplasia atípica,
.,. COMENTÁRIO: O diagnóstico mais provável é consumo de álcool e aumento do IMC na pós-
o de t ricomoníase, devido a presença de cor- -menopausa t ambém são elencados como fa-
rimento esverdeado com prurido e odor, em t ores de risco.
quantidade abundant e, além da disúria. Nestes I Resposta: ®
casos, o pH vaginal costuma estar acima de 4,5,
o teste das aminas (whiff test) pode estar pre-
sent e e o exame a fresco da secreção vaginal Mulher de 32 anos de idade chega ao
pode evidenciar o Trichomonas vaginalis, um
protozoário flagelado.
46 pronto-socorro com intensa dor em
baixo ventre. Refere que a dor teve início há 3
I Resposta: @ dias, com piora progressiva, acompanhada de
febre de 38'C que melhora com antit érmicos.
Acompanhando o quadro, refere dor à relação
São considerados fatores de risco de de- sexual, mas não teve võmitos ou parada de eli-
45 senvolvimento de câncer de mama: minação de gases. Refere ter menstruado há 6
dias, não usa método cont raceptivo há 3 meses
@ Dois parentes de primeiro grau com câncer e tem atividade sexual regular. O exame físico
de mama na pós-menopausa, menarca tardia, mostra temperatura axilar de 37,8'C, dor à pal-
menopausa precoce. pação difusa do abdome, principalmente em
® Mãe com câncer de mama em qualquer ida- fossa iliaca direit a. A compressão do cólon des-
de, menarca tardia, mutação no gene VEGFI . cendente não acentua a dor. Há conteúdo va-
© Irmão com câncer de mama, terapia hor- ginal aumentado exteriorizando-se pelo colo,
monal na pós-menopausa, cirurgia anterior de com odor desagradável. A palpação anexial é
mama. dificultada pela dor intensa, porém não se nota
@ Tia paterna com câncer de mama tipo lobu- aumento do volume de útero ou de anexos. A
lar in sit u aos 60 anos de idade, avó materna mobilização do colo do út ero é bastante dolo-
com câncer de tireoide, menopausa precoce. rosa. A suspeita di agnóstica deve ser de:
® Irmã com câncer de ovário, biópsia prévia
da mama com atipia celular, história pessoal de @ Apendicite aguda.
irradiação torácica. ® Gravidez ectópíca rota infectada.
© Endometriose pélvica.
.,. COMENTiRIO: O maior fator de risco para cân- @ Anexite aguda .
cer de mama é o gênero feminino. Além disso, ® Torção de anexo direito.
a incidência do câncer de mama aumenta com
336 Preparatóriopara Residência M~dica SUS/SP
._ COMENTiRIO: Quadro clínico clássico de doen- bilidade de t ratamento oral (por exemplo, por
ça inflamatória pélvica aguda com acometi- vômitos).
mento anexial. Alternativa E: INCORRETA. A torção anexial é carac-
Alternativa A: INCORRETA. Por não haver vômitos, terizada por dor intermitente, súbita, intensa,
diarreia ou parada de eliminação de gases, bem sem comemorativos como febre ou conteúdo
como porque a compressão do cólon descen- vaginal aumentado com odor desagradável.
dente não acentua a dor, torna-se menos pro-
vável o diagnóstico de apendicite aguda. Além
disso, os achados ginecológicos (dor à relação O dispositivo intrauterino de cobre pode
sexual, conteúdo vaginal aumentado com odor
desagradável. mobilização do colo do útero
47 ser indicado como primeira opção con·
traceptiva para mulheres:
bastante dolorosa) tornam o diagnóstico de
doença inflamatória pélvica aguda mais prová- @ Com leiomiomas submucosos de até 4 em.
vel. Quando houver dúvida diagnóstica entre ® Multiparas para diminuição de sangramento
apendicite aguda e doença inflamatória pélvica uterino.
aguda, sobretudo, em casos com quadro clínico © Jovens nuligestas como anliconcepção.
menos exuberante, a ultrassonografia transva- @ Com sangramento uterino estrutural.
ginal e a tomografia computadorizada de ab- ® Com discrasias sanguíneas.
dome podem ser bastante úteis na elucidação
diagnóstica. Alternativa A: INCORRETA. Anormalidades uterinas
Alternativa 8: INCORRETA. Não há atraso menstrual que resultem em distorção da cavidade endo-
para se pensar em gravidez ectópica; além dis- metrial representam contraindicação ao uso
so, a probabilidade de uma gestação tubária dos dispositivos intrauterinos.
ser sítio de infecção é mínima - eventualmente, Alternativa 8: INCORRETA. Para diminuição de san-
pode ocorrer infecção após manipulação cirúr- gramento uterino, pode-se oferecer o sistema
gica, antecedente ausente no caso em questão. intrauterino liberador de levonorgestrel após
Quando houver dúvida diagnóstica entre pre- elucidação diagnóstica da etiologia do sangra·
nhez ectópica e doença inflamatória pélvica mento.
aguda, em casos com quadro clínico menos Alternativa C: CORRETA. O dispositivo intrauterino
exuberante, a dosagem quantitativa de ~-hCG de cobre é um excelente método anticoncep-
e a ultrassonografia transvaginal podem ser cional, com índice de Pearl em torno de 0,6-0,8
bastante úteis na elucidação diagnóstica. por 100 mulheres por ano. Pode ser usado em
Alternativa C: INCORRETA. A história típica de endo· pacientes jovens e a nuliparidade não é con·
metriose pélvica é de uma dor crônica, sem co- traindicação à sua inserção.
memorativos como febre ou conteúdo vaginal Alternativa 0: INCORRETA. O dispositivo intrauteri·
aumentado com odor desagradável. no de cobre pode cursar com aumento de san-
Alternativa 0: CORRETA. Quadro clínico clássico de gramento menstrual, piorando o quadro clínico
doença inflamatória pélvica aguda; a dor em pré-existente.
fossa iliaca direita pode sugerir acometimento Alternativa E: INCORRETA. O dispositivo intrauterino
anexial. Nos casos com infecção, a tuba uteri- de cobre pode cursar com aumento de sangra-
na inflamada e supurada pode aderir ao ovário. mento menstrual, o que pode ser agravado em
Se houver inflamação, perdem-se os planos pacientes com distúrbios da coagulação.
teciduais e a distinção entre os dois órgãos e
passa a se utilizar a denominação 'abscesso
tubo -ovaria n o~ Recomenda-se hospitalização Mulher de 45 anos de idade, queixa·se
para tratamento parenteral nas seguintes situa·
çôes: adolescentes, drogadição, doença grave,
48 de dor importante na pelve que melhora
quando esvazia a bexiga. Refere também dor
suspeita de abscesso, diagnóstico duvidoso, ao urinar, e algumas vezes tem urgência mic-
peritonite generalizada, temperatura axilar > cional. Esse quadro apareceu há 3 anos e está
38,3°C, ineficácia do tratamento ambulatorial. piorando progressivamente. A frequência uri-
instrumentação intrauterina recente, conta- nária diurna é de 16 vezes, a noturna de 5 ve-
gem de leucócitos > 15.000/mm' e impossi·
2016 337
zes. Exame físico geral e ginecológico normais, me, observa-se índice de Ferriman de 14. Nas
exceto por desconforto à palpação da bexiga. regiões de dobras existe coloração marrom da
Urina 1: leucócitos 8.000/ml, eritrócitos 7.500/ pele. O IMC é de 30 kg/m'. O diagnóstico é de:
ml. Urocultura negativa. Capacidade vesical no
primeiro desejo miccional de 50 m l; capacidade @ Insuficiência ovariana de causa lúpica.
vesical máxima de 180 ml. Infusão interrompi- ® Disgenesia gonadal pura.
da por dor. Teste do potássio positivo. Diagnós- © Sindrome de feminização testicular.
tico mais provável: @ Síndrome dos ovários policisticos com resis-
tência insulínica.
@ Sindrome da bexiga hiperativa. ® Síndrome da resistência androgênica peri·
® Sfndrome da bexiga dolorosa. férica.
© Incontinência urinária por hipermobilidade
do colo vesical. .,. COMENTÁRIO; Em 1935, lrving Freiler Stein e
@ Infecção urinária recorrente. Michaelleventhal publicaram uma série de ca·
® Cálculo do trato urinário. sos de sete m ulheres com amenorreia, hirsutis-
mo e ovários policísticos bilaterais, uma condi-
.,_ COMENTÁRIO: Anteriormente chamada de cis- ção que mais tarde veio a ser conhecida como
tite crônica intersticial. a sindrome da bexiga síndrome do ovário policístico. Atualmente re-
dolorosa é caracterizada por dor, pressão ou conhecida como a endocrinopatia mais comum
desconforto pélvico crônico (mais de 6 meses em mulheres no menacme, é caracterizada por
de duração) que a paciente relaciona com o en- irregularidade menstrual (ciclos anovulatórios),
chimento vesical associado a pelo menos um hiperandrogenismo e ovários policísticos. Este
sintoma urinário como urgência e frequéncia é um caso clássico de síndrome dos ovários po-
persistentes. Já que não houve comprovação licísticos, em cuja fisiopatologia a resistência in-
de que se trataria de doença inflamatória, o sulínica tem papel central. Nesta paciente, por
termo cistite é errôneo. Sua prevalência varia exemplo, a obesidade e a acantose nigricans
de 0,3% a 0,6% na população geral e está forte- são indícios de resistência insulfnica. O hiperan-
mente as.sociada a outras síndromes dolorosas drogenismo pode ser clínico e/ou laboratorial;
como intestino irritável e fibromialgia. O diag- o índice de Ferriman-Gallwey superior a 8 é um
nóstico é eminentemente clínico e de exclusão. marcador de hirsutísmo, sendo um indício de
Os sinais no exame físico são escassos, a biópsia hiperandrogenismo clínico. No entanto, por ser
vesical tem achados inespecíficos e o papel da um diagnóstico de exclusão, é importante afas-
urodinâmica no diagnóstico é incerto. Afastar tar outras causas de espaniomenorreia/ ame·
urolitíase e infecção do trato urínário é funda- narreia e hirsutismo.
mental para o diagnóstico. Neste caso, o exame I Resposta: @
qualitativo de urina e a urocultura afastam es-
tes diagnósticos diferenciais. O teste do potás-
sio consiste em testar a sensibilidade da bexiga Mulher de 32 anos de idade, 2 parceiros
a uma solução de cloreto de potássio que nada
provocaria em uma bexiga normal. Testes po-
5O sexuais anteriores, faz exame ginecoló·
gico de rotina anual, sem nunca ter detectado
sitivos são revelados por aumento da sensibili- qualquer alteração. Recebe a colpocitologia
dade vesical a essa substância, entretanto, seu oncológica desse ano com resultado ASC-US.
valor é discutível. Portanto, a alternativa mais No exame físico, não há alteração do colo do
adequada é a 8. útero, nem de vagina. O teste de Schiller foi ne-
I Resposta: ® gativo. A recomendação é:
Gestante de 24 anos, 2G 1Pn, 11 4/7 se- Alternativa A: INCORRETA. Em casos suseitos, de-
51 manas, vem para consulta de pré-natal
com sorologia de toxoplasmose: lgM+ e lgG+. A
ve-se solicitar teste de avidez de lgG, e o trata·
mento iniciado apenas se infecção confirmada.
conduta adequada a ser tomada no momento: Alternativa 8: INCORRETA. Alta avidez significa in·
fecção pregressa, baixa avidez. provavelmente
® Iniciar tratamento com sulfadiazina, devido infecção aguda.
aeinfecção aguda por toxoplasmose. Alternativa C: CORRETA. Justamente, pelo já explí-
® Teste de avidez de lgG para toxoplasmose, cado anteriormente.
se baixa avidez. indica uma infecção pré-gravi- Alternativa D: INCORRETA. Gestante é considerada
dica; se alta avidez, considerar infeção aguda e um caso suspeito.
iniciar tratamento para toxoplasmose. Alternativa E: INCORRETA. Gestante é considerada
© Teste de avidez de lgG para toxoplasmose. um caso suspeito, e não susceptível.
se alta avidez. indica uma infecção pré-gravidi-
ca; se baixa avidez. considerar infecção aguda e
iniciar tratamento para toxoplasmose. Puérpera em 7o dia pós-parto cesáreo,
@ Sem necessidade de novos exames, gestan-
te imune a toxoplasmose.
52 procura pronto-socorro, com queixa de
2016 339
dor abdominal e aumento do sangramento mento por via oral. com retorno precoce para
vaginal. Amamenta sem dificuldades. Nega ou- reavaliação
tras queixas. Ao exame físico: Bom estado geral, Altomativa D: INCORRETA. Deve ser internada e so-
corada, hidratada, T oral: 37,8 •c.
FC 108 bpm, licitados exames complementares para acom-
FR 16 ipm. Aparelho cardiorrespiratório sem al- panhamento da puérpera, como hemograma,
terações. Mamas túrgidas. com calor local, sem PCR e VHS, ultrassonografia para avaliação de
hiperemia local, dolorosas, expressão positiva. espessura endometrial e necessidade de cure-
Abdome globoso, ruídos hidroaéreos presen- tagem.
tes, útero amolecido, palpável a 3cm acima da Altomativa E: INCORRETA. Deve-se realizar interna-
cicatriz umbilical, doloroso à palpação. Ferida ção imediata conforme já explicado.
operatória em bom aspecto, sem sinais flogfsti-
cos. Especular: lóquia em quantidade aumenta·
da, com odor fétido. Toque Vaginal: colo pérvio Primigesta de 33 anos, 35 2/7 semanas,
para 2 em, útero aumentado, doloroso. Em rela-
ção à principal hipótese diagnóstica:
53 procura pronto atendimento por quadro
de sangramento genital importante e inten-
sa dor abdominal. Refere, ainda, diminuição
@ O principal fator de risco é a ocorrência de da movimentação fetal. Ao exame físico: bom
fissuras mamárias. estado geral, descorada 2+/4+, PA: 150 x 90
® O principal fator de risco é a ocorrência de mmHg, FC: 100 bpm. Abdome gravídico, BCF:
parto cesáreo. 108 bpm, tônus uterino aumentado. dinâmica
© Trata-se de uma infecção de sftio cirúrgico, uterina presente com quatro contrações fortes
devendo ser administrado ant ibioticoterapia em 1O minutos. OGE: sangramento escuro com
via oral por sete dias. coágulos em moderada quantidade, exteriori-
@ A paciente pode ser tratada ambulatoria- zado pelo canal vaginal. Esta patologia obsté-
mente e não necessita de exames complemen- trica:
tares.
® Pode-se orientar observação do quadro e @ Deve ter diagnóstico confirmado com um
retorno em dois dias para reavaliação dos sin- exame ultrassonográfico. O toque vaginal é
tomas. contra indicado.
@ Tem diagnóstico clínico. Deve-se realizar ce-
~ COMENTARIO: Trata-se de um caso de morbi· sárea imediatamente.
dade febril puerperal. As principais causas de © Tem grande associação com picos hiperten-
infecções que podem estar envolvidas são: in· sivos. Deve-se interromper a gestação imedia·
fecção puerperal (incluindo mastite puerperal, ta mente pela via de parto mais rápida.
infecção de ferida operatória e endomiome· @ Faz necessário estabilização hemodinâmica
trite) e infecção urinária. No caso em questão, da paciente e estabelecer manobras de reani-
a paciente apresenta abdominal, com sangra- mação fetal intraútero. Somente considerar
mento aumentado, associado à febre, utero hi- parto se não houver resposta às manobras.
poinvoluído e doloroso à palpação, colo prévio ® Deve-se manter paciente em observação
com loquiação fétida, caracterizando uma en- com monitorização fetal com cardiotocografia
domiometrite. Vejamos as alternativas: contínua.
Altornatlva A: INCORRETA. Trata-se de endomiome-
trite, e não mastite, cujo fator de risco seria fis- ~ COMENT.(RIO: Trata-se de uma paciente no
sura mamária. terceiro trimestre de gestação com queixa de
Altornativa B: CORRETA. A cesareana é considerada sangramento vaginal. Nesses casos, deve-se
um dos principais fatores de risco para desen- pensar em duas principais hipóteses diagnós-
volvimento da infecção. ticas, de acordo com o quadro clínico resumido
Altornativa C: INCORRETA. A paciente deve ser inter- de maneira simplificada abaixo:
nada para antibioticoterapia endovenosa; após
48 horas febril em vigência de antibióticos, 1. Placenta prévia (PP): sangramento verme-
pode receber alta para continuidade ao trata- lho vivo, em geral sem dor abdominal as-
340 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
sociada. t ônus u terino no rmal, com fator de risco para imp lantação p lacentária em localização
anômala (principal é cicatriz uterina prévia);
2. Descolamento p rematuro de p lacenta (DPP): sang ramento vermelho escurecido, dor abd o -
minal, tônus uterino aumentado, com fator d e risco associado (po r exemp lo, uso de d rogas
recente, doença h ipertensiva, tro mbofilia etc.).
Paciente de 32 anos, n uligesta, vem p ara consulta ginecológica p ré-concepcional para o rien-
54 -tações. Nega alergias, é h ipertensa há um ano, em uso d e captopril 25 mg a cada 12 horas,
com bo m cont role. Sem outras comorbidades. nega vícios. Exame f ísico sem alterações. PA: 130 x
70 mmHg. Deve-se orientar a esta paciente uso d e ácid o fólico e:
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Nesses casos (pont uação menor que 4), lauda-se como feto hipoativo e deve-se realizar estímulo
sonoro no polo fetal, para diferenciar sofrimento fetal do sono fetal, e repetir o exame após e avaliar
se houve mudança no padrão cardiot ocográfico.
I Resposta: @
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to, e um fator que obstrua a descida, pode ge- nuligesta, caso exames compatíveis, pode-se
rar exaustão da musculatura uterina e evolução considerar conduta expectante, se saco gesta
para iminência de rotura uterina, sendo um dos cional de tamanho adequado e Beta-hCG em
sinais da mesma o de Bandi-Frommel; queda.
Assertiva 111: CORRETA. Esses achados são carac- ® Apendicite. Deve-se internar a paciente para
terísticos de uma bacia desfavorável ao parto realização de antibioticoterapia endovenosa e
vaginal; apendicectomia.
Assertiva IV: INCORRETA. A conjugata obstétrica é a
media do promontório ao pube e deve ser de li> COMENTÁRIO: Trata-se de uma paciente com
no mínimo 10,5 em para bom prognóstico do quadro de abdome agudo inflamatório de lo·
parto vaginal, e não de 12 em conforme afirma calização em fossa ilfaca direita. Em paciente jo-
a assertiva. vem, com vida sexual ativa, sem contraceptivo
I Resposta: ® eficaz e sem uso de anticoncepcionais hormo-
nais, deve-se descartar: apendicite, gestação
ectópica, cisto anexial roto ou hemorrágico e
Paciente de 25 anos, sexo feminino, nu· abscesso anexial por Moléstia Inflamatória Pél-
6O ligesta, portadora de hepatite C crônica,
procura pronto-socorro por dor abdominal im-
vica (MIPA). O caso clínico sugere fortemente a
hipótese de gestação ectópica, pois não apre-
portante hoje, sem melhora com medicação. senta sinais de septicemia (presentes na apen-
Nega alterações do trato urinário ou intestinal. dicite e na MIPA) e apresenta atraso menstrual.
Nega febre. Refere também atraso menstrual Vejamos as alternativas:
de 2 semanas. Antecedentes ginecológicos: Alternativa A: INCORRETA. Como já explanado, a
vida sexual ativa, sem parceiro fixo, uso irregu- principal hipótese diagnóstica é gestação ectó·
lar de preservativo masculino. Ciclos regulares. pica, e não MIPA.
Ao exame físico: bom estado geral, PA: 100 x Alternativa 8: INCORRETA. Trata-se de gestação ec-
70 mmHg, FC: 84 bpm. Abdome flácido, RHA+, tópica. E como exames complementares, deve-
dor à palpação profunda de fossa ilfaca direita, · se solicitar HCG quantitativo, ultrassonografia,
sem dor à descompressão brusca. Especular: ti pagem sanguínea. Como a paciente está está-
secreção fisiológica, colo epitelizado. Toque va- vel clinicamente, sem sinais de choque hipovo-
ginal: útero retrovertido, intrapélvico, com dor lêmico e irritação peritoneal, pode-se aguardar
à palpação anexial direita. A principal hipótese os exames complementares. E. se confirmada
diagnóstica é uma provável: gestação ectópica, a conduta pode ser indivi-
dualizada de acordo com o tamanho da mes·
@ Doença Inflamatória Pélvica Aguda. Deve-se ma, não indicando, dessa maneira, intervenção
internar a paciente para a realização de antibio· cirúrgica imediata.
ticoterapia endovenosa. Alternativa C: INCORRETA. A alternativa resume a
® Gestação ectópica. Deve·se solicitar Beta·h· confirmação diagnóstica em casos de gesta-
CG quantitativo, ultrassom transvaginal e tipa- ção ectópica íntegra, porém a conduta com o
gem sanguínea. Deve-se proceder à laparoto· uso de metotrexate está restrito a alguns casos,
mia exploradora imediatamente pelo risco da como gestação ectópica íntegra de até 4cm,
patologia. estabilidade hemodinâmica, desejo de preser-
© Gestação ectópica. Deve-se solicitar Beta- vação de fertilidade, concepto sem atividade
·hCG quantitativo, ultrassom t ransvaginal e cardíaca, líquido livre limitado à pelve e exames
tipagem sanguínea. Como paciente estável e laboratoriais normais; e por último, ao contrá·
nuligesta, caso exames compatíveis, pode-se rio do que afirma a alternativa, beta hCG menor
considerar uso de metotrexato, se saco gesta- que 5000mUI/ ml e crescente.
cional de tamanho adequado e Beta-hCG em Alternativa D: CORRETA. Resume-se a propedêutica
queda. para diagnóstico de gestação ectópica e, em
@ Gestação ectópica. Deve-se solicitar Beta- alguns casos, pode-se adotar conduta expec-
·hCG quantitativo, ultrassom transvaginal e taste: gestação ectópica íntegra de até 4cm,
tipagem sanguínea. Como paciente estável e estabilidade hemodinãmica, desejo de preser-
346 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
rio d o que afirma a alternativa, beta hCG meno r @ O HPV é um vírus que apresent a mais de 200
que SOOOmUVml e decrescente em dosagens genótipos diferentes;
consecut ivas (24 a 48 hs). ® A Agência Internacional para Pesq uisa sobre
Alternativa E: INCORRETA. Apesar d e um dos d iag- Câncer (IARC) considera 12 genótipos como
nósticos diferenciais ser apendicite, não é a o ncogênicos.
p rincipal hipótese diagnóstica do caso. © Os t ipos virais oncogênicos mais comuns
são HPV 16 e 18, responsáveis p or cerca de 70%
d os casos de câncer d o colo do útero.
MEDICINA PREVENTIVA- JULIANO SILVEIRA DE @ Mulheres in fectad as po r HPV podem desen-
ARAÚJO volver lesões intraepiteliais cervicais e, destas,
a maioria evolui para câncer de colo de ú tero.
® Os cânceres de colo de út ero, vagina, vulva,
Em relação ao câncer de colo de ú tero, é pênis, ânus e orofaringe podem estar associa-
61 INCORRETO afirmar: d osaoHPV.
@ O número de mortes teve d iscreta qued a no Alternativa A: CORRETA. Existem mais de 200 tipos
país, entre 2002 e 20 12. d iferentes do vírus, dos quais, aproximadamen-
® E a terceira causa de morte por câncer entre te, 100 já t iveram o genoma completo seq uen·
mulheres. dado e 40 são conhecidos por infectar, especi
© Em 2014, as estimativas foram d e 15,3 casos camente, a mucosa anogenital de hu manos
novos a cada 100 mil m ulheres. (HPV mucosotrófico).
@ A maior incidência é em mulheres na faixa Alternativa 8: CORRETA. O HPV é u m vírus que apre-
de 45 a 50 anos de idade senta mais de 200 genótipos diferentes, sendo
® ~ o tipo de câncer mais freq uent e na pop u- 12 deles considerad os oncogênicos pela Agên-
lação femin ina. cia Internacional para Pesquisa sobre Câncer
(IARC) e associados a neoplasias malignas do
.,. COMENTÁRIO: Questão Anu lada. Respostas t rato genital, enquanto os demais tipos virais es-
possíveis A e E (os itens inco rretos). tão relacionados a verrugas genitais e cutâneas.
Alternativa A: INCORRETA. O nú mero de mortes por Alternativa C: CORRETA. O câncer d o colo do útero
câncer do colo do útero no país aumentou (Não est á associado à infecção persist ente por subti·
teve d iscreta queda como cita a q uestão) 28,6% pos o ncogênkos do vírus HPV (Papilomavírus
em 10 anos, passando de 4.091 ó b it os, em Humano), especialmente o HPV· 16 e o HPV· 18,
2002, para 5.264, em 20 12.1sso é o que mostra responsáveis por cerca de 70% dos cânceres
o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, p u- cervicais.
blicação do Min istério da Saúde e do Instit uto Alternativa 0: INCORRETA. A infecção pelo HPV é
Nacional d o Câncer (Inca). muito comum. Estima-se q ue cerca de 80% das
Alternativa 8: CORRETA. O levantamento mostra o mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao
câncer d o colo d o útero como o terceiro tipo de longo de suas vidas. Aproximadamente 29 1 mi-
câncer q ue mais mata mulheres no Brasil, atrás lhões d e mulheres no mundo são portadoras
apenas do de mama e de brônquios e pulmões. do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos
Alternativa C: CORRETA. No ano de 2014 eram es- subtipos 16, 18 ou ambos. Comparando-se esse
perados 15.590 casos novos de CA de Colo de dado com a incidência anual de aproximada-
ú tero, perfazend o u ma relação de 15,33 caso s mente 500 mil casos de câncer d e colo d o úte-
para 100 mil mulheres. ro, conclui-se que o câncer é um desfecho raro,
Alternativa O: CORRETA. 45 e 49 anos é a Faixa etária mesmo na p resença da infecção pelo HPV. Ou
que concentra a maior casuística de Câncer de sej a, a infecção pelo HPV é um fator necessário,
colo Uterino. mas não suficiente, para o d esenvolvimento do
Alternativa E: INCORRETA. O Câncer de Mama ê o câncer cervical uterino.
tipo de neop lasia mais frequente nas mu lheres.
2016 347
Alternativa E: CORRETA. o papilomavírus humano um problema sério de saúde pública é a sua capa-
cidade de provocar alguns tipos de câncer. 99% dos cânceres de colo de útero, 93% dos cânceres
de ~nus, 60% dos cânceres da vulva e 50% dos c~nceres de pênis e vagina estão relacionados ~
infecção pelo HPV. Raramente, o HPV também é capaz de provocar câncer da laringe, da boca, dos
seios nasais e do esôfago.
Um grupo de pesquisadores quer realizar estudo com médicos do Estado de São Paulo sem
63 doença coronariana para identificar a prevalência de fatores de risco para essa doença. O
desenho metodológico do estudo que melhor se adequa para alcançar este objetivo é:
@Coorte.
® Caso-controle.
©Revisão sistemática.
@ Ecológico.
®Séries de casos.
~ COMENTARIO: Questão Anulada. A resposta que poderia contemplar essa questão (estudo Trans-
versal) não está inserido nas alternativas. Nas questões de Estudos (desenhos metodológicos) po-
demos seguir o seguinte"Passo a Passo~ 1. O Estudo é uma 'FOTO' do situação (Transversal) ou um
"FILME' (longitudinal). 2. O Estudo tem intervenção (Ensaio Clfnico) ou Observacional. 3. O estudo
parte dos fatores de risco (Coorte) para a doença ou parte da doença (Caso-Controle) para os fato-
res de risco. 4. ~ um estudo que avalia a população (Ecológico) sem individualizar?
UTUDOS
DUCIIITIVOS - ESTUDO
E RELATO
OECASOS
I'
ESTUDO
CAso-coNTROLE
- I
COORTE
HISTÓRICA
'~
'I
I ESTUDO
LONGITUDINAL
- ESTUDO DE
COORTE
;rI•IAo COttCORREtml
' I CON<:ORRENTE I
~I I
ESTUDO
OOSERVACIONAL
SERES H!At4NOS
I "' I INCioENCIA
I COORTE
t , , EXPERIMENTAl
li' I ACURÁCIA
.INTERVENCIONAL.
ESTUDOS
AHAI.ITICOS
ESTUDO
TRANSVERSAL
- PREVAl.tNCIA
SCREEMNG
PETEcç.\OOECASOS
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NAo CONTROlACO
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PESOUISA PARAlELO
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I Resposta: ANULADA.
343 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
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""""' "'P'"'O
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Alternativa C: INCORRETA. Os estudos de superiori-
dade representam o modelo tradicional, com o
qual estamos acostumados a lidar. Se aplicam
\'P· \<nl:dNofi'MIIJ\'0, \'N• \«d.lodo:oft) ~·vo.. FP· f~., poAU\'0; tanto para eficácia comparativa (tratamento
fl-'· fabofWPt•-o novo vs. tratamento tradicional), como para
eficácia (tratamento vs. placebolcontrole). No
Especificidade = VNI(VN + FP) = O I B + O caso da eficácia comparativa, este tipo de de-
Alternativa C: INCORRETA. A formula corresponde senho parte da premissa de que o tratamento
ao VALOR PREOITIVO POSITIVO: A I A+B novo tem motivos para ser superior ao trata-
Alternativa 0: INCORRETA. A Formula corresponde mento tradicional. A possível superioridade
ao Valor Preditivo Negativo: O I C+ O. justifica a troca do tradicional pelo novo.
Alternativa E: INCORRETA. Esta formula não corres- Alternativa 0: INCORRETA. O Estudo Ecológico des-
ponde a nenhum dos principais conceitos dos creve as diferenças entre as populações num
test e estatísticos. determinado espaço de tempo ou num mes-
mo tempo. Compara as frequências da doença
entre os diferentes grupos num determinado
A p roporção de indivíduos com sífilis en- liado e com resultad o negativo ser realmente
68 tre aqueles com resultados positivos no
teste de VDRL, pode ser definido como:
normal. VPN = VN I (VN + FN) (equação 5)
Alternativa E: INCORRETA. Eficiência ou rendimento
refere-se à relação entre os resu ltados obtidos e
@ Sensibilidade. os recursos empregados. Existem diversos tipos
® Especificidade. de eficiência, que se aplicam a áreas diferentes
© Valor preditivo positivo. do conhecimento.
@ Valor preditivo negativo. I Resposta: ©
® Eficiência.
r- ~oU \ O
Po.titi\O
\'P
""""' , 1>.-rp!~O
ção, mas também apresenta efeit o terapêutico
demonstrado nas infecções preexistentes.
Nt,satno fN © O Programa Nacional de Imunizações não
\'P•lCf&:ldâto ....ll\0.. V,.. \e:t"~fleSMo>O,
"'
fp. ÍlhO pMitl\0, recomenda a vacina para uso terapêutico de
J"S.faha o,.o-.o
lesões displásicas cervicais, vulvares e vaginais
Alternativa A: INCORRETA. - Sensibilidade (s) - é de alto grau ou de verrugas genitais.
a probabilidade de u m i ndivíduo avaliado e @ A vacina contra HPV é uma ferramenta de
doente de ter seu teste alterado (positivo). p revenção primária que não confere p roteção
contra todos os subtipos oncogênicos de HPV.
s = número de indivíduos doentes e com teste ® A vacina contra HPV não confere p roteção
positivo/número total de indivíduos doentes; contra outras doenças sexualmente transmissí-
ou: s = VP I (VP + FN) (equação 1) veis e, por isso, o uso do preservativo em todas
as relações sexuais deve ser mantido.
® Alternativa 8: INCORRETA. - Especificid ad e - é a
probabilidade de um indivíduo avaliado e nor- Alternativa A: CORRETA. É necessários memorizar os
mal t er seu teste normal (negativo). sorotipos associado a imunização: Baixo risco
e =número de indivíduos normais e com teste (6, 8); Alto risco (16 e 18).
negativo/número total de indivíduos normais; Alternativa 8: INCORRETA. A vacina HPV é d estinada
ou: e = VNI(VN + FP) (equação 2) exclusivamente à utilização preventiva e não
tem efeito demonstrado ainda nas infecções
Prevalência (p): é a fração de indivíduos doen- p ré-existentes ou na d oença clínica estabele-
tes na população total avaliada. cida.
p = número de indivíduos d oentes I número de Alternativa C: CORRETA. Como dito previamente, a
indivíduos da população; ou: vacina do HPV não tem finalidade terapêutica,
p = Doln (equação 3) (onde: Do = doentes; n = apenas preventiva dos soro tipos 6,8, 16 e 18.
população) Alternativa D: CORRETA. Existem mais de 150 so-
Valor preditivo positivo (VPP): é a probabilida- rotipos do HPV, entretanto, a vacina não tem
de de u m i ndivíduo avaliado e com resultado cobertura vacina para TODOS os sorotipos. Me-
positivo ser realmente doente. VPP = VP I (VP morizemos: 6, 8, 16 e 18.
+ FP) (equação 4) Alternativa E: CORRETA. Outras Doenças Sexual-
Alternativa D: INCORRETA. Valor preditivo negativo mente Transmissíveis (Gonorréias, Sífilis, HIV e
(VPN): é a probabilidade de um i ndivíduo ava-
2016 351
afins) não recebem proteção da Vacina do HPV (proteção específica). O uso da caminha ainda é a
melhor forma de prevenir DST.
@ Primordial.
@ Primária.
© Secundária.
@ Terciária.
® Quaternária.
Quadro I
Ap~ dil Silúde e os nlvels de prt'lençjo Sf9Undo leilvell &Clilrlt (1965)
A promoç~ da saúde aparece como prevenç~o primária, confundindo-se com a
prevençlo referente à proteçólo específica (oonoçóo, por exemplo). Corresponde
a medidas gerais,. educativas, que objetivam melhor.1r a resistência e o bem-estar
Primária (promoç.lo da
geral dos individuas (comportamentos alimentares. exerdcio fislco e repous, con-
saúde e proteçólo espe-
t~o de estresse, n~o ingest.lo de drogas ou de tabaco), para que resistam às
cifica)
agress6es dos agentes. Também di% respeito a aç6es de orientaçólo para cuidados
com o ambiente, par.1 que esse não favoreç.. o desenvolvimento de agentes etio.
lógicos (comportamentos higiênicos relacionados i habitaçâo e aos entornas).
E119loba estratégias populacionais para detecç~ precoce de doenças, como por
exemplo o rastreamento de cãncer de colo uterino. Também contempla açóes
S..:undária (diagnósti-
com individuas doentes ou acidentados com diagnósticos confirm.-.dos, para que
co e tratamento preco-
ce; limitação da invaJj. se curem ou mt~ntenham-se funcionalmente ~.os. eviando compl~ e
mortes prematuras. Isto se dá por meio de práticas dinicas preventivas e dê edtJoo
dez)
~em saúde, objetivando a adoçólofmudança de comportamento (alimentr
res, atividades fisicas etc).
ConsiS1e no cuidado de sujeitos com sequelas de doenças ou acidente$, visandO a
T•rd érla (reabilita~)
recuperaçólo ou a manutençólo em equílfbrio funcional.
Alternativa O: INCORRETA. A prevenção terciária tem como principal área de atuação o processo de
reabilitação.
Alternativa E: INCORRETA. A prevenção quaternária atua evitando os excessos promovidos pela medi-
cina, as latrogenias.
Criança de 2 anos de idade, procedente de São Paulo, foi internada devido à doença menin-
71 gocócica. Os pais apresentaram carteira vacinal em dia, incluindo as vacinas meningocóci-
cas atualmente distribuídas pelo Sistema único de Saúde. O resultado do sorotipo que causou a
352 PreparatórioparaResidência Médica SUS/SP
doença mostrou que a vacina não teve efeito mas ao exame de toque retal foi evidenciada
protetor, sendo causada por outro sorotipo. O próstata de dimensões aumentadas, assimétrica
sorotipo mais provável de ter sido a causa da e nodular. Após esse achado, o exame recomen-
doença do caso relatado é: dado para melhor investigação do caso será
® v. ® biópsia prostática.
@ W135. ® ultrassonografia suprapúbka.
© c. © ressonância magnética de próstata.
@ B. @ repetição do toque reta I.
@ A. ® repetição da dosagem de PSA.
são elevadas. Em países que implantaram pro- mento (exemplo: herpes simples. toxoplasmo-
gramas efetivos de rastreamento, a mortalida- se, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS) é
de por esta neoplasia vem apresentando ten- classificada como comunitária.
dência de redução. Os resultados de ensaios @ Quando o período de incubação da doença
clínicos randomizados sugerem que é possível não for conhecido e na ausência de evidência
reduzir a mortalidade por câncer de mama em clínica/laboratorial de infecção, no momento
15% a 23% quando a mamogralia é realizada a da internação, convenciona-se infecção hos-
cada dois anos e em cobertura igual ou supe- pitalar toda manifestação clínica de infecção
rior a 70% de mulheres em faixa etária de que se apresentar a partir de 72 horas após a
admissão.
@ 35 anos ou mais. ® Infecção comunitária é aquela constatada,
® 40 a 49 anos. ou em incubação, no ato de admissão do pa-
© 45 a 59 anos. ciente, desde que não relacionada com interna-
@ 50 a 69 anos. ção anterior.
® 55 a 79 anos.
Alternativa A: INCORRETA. A Infecção hospitalar vai
.,. COMENTÁRIO: Questão Direta. Segue o Trecho além da data de salda do individuo. Segue a
retirado do ministério da Saúde: 'Mulheres com definição de infecção Hospitalar: ~ aquela ad-
risco elevado de câncer de mama devem ser quirida após a admissão do paciente e que se
submetidas à mamogralia, anualmente, a partir manifeste durante a internação ou após a alta,
dos 35 anos de idade (MS, 2004). Recomenda- quando puder ser relacionada com a interna-
-se realizar uma mamografia, em mulheres de ção ou procedimentos hospitalares.
50 a 69 anos de idade a cada dois anos (MS, Alternativa B: CORRETA. Infecção comunitária é
Caderno de Atenção Básica n•13, 2013)~ ·os aquela constatada ou em incubação no ato de
resultados de ensaios clínicos randomizados admissão do paciente, desde que não relaciona-
sugerem que, quando a mamogralia é oferta- da com internação anterior no mesmo hospital.
da às mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois Alternativa C: CORRETA. Desse conceito de infecção
anos, com cobertura igual ou superior a 70% da transplacentária, surge a importância da rea-
população-alvo, é possível reduzir a mortalida- lização do pré-natal e tratamento precoce da
de por câncer de mama em 15% a 23%" (MS, Gestante.
Caderno de Atenção Básica n• 13, 20 1 3)~ Fonte: Alternativa 0: CORRETA. são também convencio-
http:/ /idsus.saude.gov.br/licha4s.html nadas infecções hospitalares aquelas manifes-
I Resposta: @ tadas antes de 72 (setenta e duas) horas da in-
ternação, quando associadas a procedimentos
diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados du-
Em relação à Portaria n• 2616 de 1998, rante este perlodo;
75 que define alguns conceitos sobre infec-
ções comunitárias e hospitalares, é INCORRETO
Alternativa E: CORRETA. Infecção Comunitária é
aquela constatada ou em incubação no ato de
afirmar que: admissão do paciente, desde que não relaciona-
da com internação anterior no mesmo hospital.
@ Para definir infecção hospitalar, a manifes-
tação clínica deve ocorrer no período de inter-
nação limitado à data de saída hospitalar do O Documento de Consenso sobre Con-
paciente.
® A infecção é comunitária quando está asso-
76 trole do Câncer de Mama do Ministério
da Saúde do Brasil de 2004 define como grupos
ciada à complicação, ou extensão, da infecção populacionais com risco elevado para o desen-
já presente na admissão, a menos que ocorram volvimento do câncer de mama, EXCETO:
sinais ou sintomas, fortemente, sugestivos da
aquisição de nova infecção. @ Mulheres com história familiar de pelo me-
© A infecção em recém-nascido, cuja aquisi- nos um parente de primeiro grau (mãe, irmã
ção por via transplacentária é conhecida, ou foi ou filha) com diagnóstico de câncer de mama,
comprovada e evidenciada logo após o nasci- abaixo dos 40 anos de idade.
354 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
® Mulheres com história familiar de pelo me- do desde prova do laço p osit iva até fenômenos
nos um p arent e de primeiro grau (mãe, irmã mais graves como hematêmese, melena e ou~
ou filha) com diagnóstico de câncer de mama t ros. A ocorrência de manifestações hemorrági-
bilateral, em qualquer faixa et ária. cas, acrescidas de sinais e sint omas de choque
© Mulheres com história familiar de pelo me- cardiovascular (pulso arterial no e rápido ou
nos um p arent e de primeiro grau (mãe, irmã ou ausente, diminuição ou ausência de pressão
filha) com diagnóstico de câncer de ovário, em arterial, pele fria e úmida, agitação), levam à
qualquer faixa et ária. suspeita de síndrome de choque.
@ Mulheres com história familiar de câncer de Alternativa C: INCORRETA. Novamente a dica está
mama masculino. no período de incubação. 12 dias no maximo.
® Mulheres com diagnóstico histopatológico A febre amarela é uma doença febril aguda, de
de lesão mamária proliferativa com atipia ou curta duração (no máximo 12 dias) e de gravi-
neoplasia lobular in si t u. dade variável. A forma grave caracteriUI-se cli-
nicamente por manifest ações de insuficiência
,.. COMENTARIO: Questão ANULADA. Teoricamen- hepática e renal, que podem levar à morte. De-
te a Resposta incorreta Seria o Item A, pois o fa- ve-se levar em conta seu potencial de dissemi-
tor de risco seria diagnostico de CA de Mama nação em áreas urbanas.
em parente do primeiro grau (mãe, irmã e filha) Alternativa O: INCORRETA. Novamente o período de
abaixo dos 50 ANOS. Seguem os Grupos popu- incubação define o diagnóstico. Febre maculo-
lacionais de Alt o Risco para desenvolver Câncer sa, 15 dias de incubação. Indivíduo que apre-
de Mama: história familiar de pelo menos um sente febre de inicio súbito, cefaleia, mialgia e
parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tenha relatado história de picada de car-
com diagnóstico de câncer de mama, abaixo rapatos e/ou contato com animais domésticos
dos 50 anos de idade; História familiar de pelo e/ou silves- t res e/ou ter frequentado área sa-
menos um parent e de primeiro grau (mãe, irmã bidamente de t ransmissão de febre maculosa,
ou filha) com diagnóstico de câncer de mama nos últimos 15 dias; Macete de Prova: Período
bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa de Incubação de 21 dias - Sfndrome Hemorrá-
etária; Mulheres com diagnóstico histopatoló- gica - > Ebola.
gico de lesão mamária proliferativa com atipia Alternativa E: CORRETA. Segue a Definição de Caso
ou neoplasia lobular in si tu História familiar de Suspeito de Ebola: Indivíduo procedente, nos
câncer de mama masculino. últimos 21 dias, de país com transmissão da
doença pelo vírus Ebola (DVE) e que apresente
febre, podendo ser acompanhada de diarreia,
A definição de caso suspeito: "indivíduo vômítos ou sinais de hemorragia, como: diar-
77 procedente, nos últimos 21 dias, de Gui-
né ou Serra Leoa que apresente febre, podendo
reia sanguinolent a, gengivorragia, ent erorragia
internas, sinais purpúricos e hematúria. Serão
ser acompanhada de diarreia, vômitos ou sinais considerados também casos suspeitos os indi-
de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, vfduos que relatarem contato com sangue ou
gengivorragia, enterorragia, hemorragias int er- secreções, entre estas o leite materno e o sê-
nas~ sinais purpUricos e hematúria~ se refere à men de pessoas suspeitas que apresentam os
seguinte doença: sinais e sintomas acima citados, ou com o diag-
nóstico confirmado para DVE.
® Febre Zica.
® Dengue hemorrágica.
© Febre amarela. A Portaria n• 529, de 1o de abril de 2013
@ Riquetsiose.
® Ebola.
78 instituiu o Programa Nacional de Segu-
rança do Paciente. São objetivos específicos
desse Programa, EXCETO:
Alternativa B: INCORRETA. (PER(ODO DE INCUBA-
ÇÃO 08-12 DIAS). Caso suspeito de FHD- é todo ® Promover e apoiar a implementação de inicia-
caso suspeito de dengue clássico que também tivas voltadas à segurança do paciente por meio
apresent e manifestações hemorrágicas, varian-
2016 355
~ COMENTÁRIO: Se teve contato com áreas próximas do pacíente, independente do contato com o
mesmo, DEVE LEVAR AS MAOS. Os patógenos encontram-se colonizando todo o ambiente, desde
móveis, utensmo e afins. Demais itens corretos (A,B,D e E). Figura abaixo representa os momentos
mais importantes para a higiene das mãos.
QUANDO? Seus 5 momentos para a higiene das mãos
~·- -----------------------
356 Preparatóriopara Residência M~dica SUS/SP
São fatores de risco para a colecistite aguda @ Aumenta o consumo de oxigênio pelo mio-
acalculosa: cárdio.
internação em UTI; ® Diminui o metabolismo anaeróbico.
Idade; © Melhora a função cardíaca.
Nutrição parenteral total; @ Édefinida como grave, quando a temperatu-
Grande queimado; ra central é menor do que 32 •c.
Politrauma; ® Deve ser tratada, sempre que possivel, ajus-
Instabilidade hemodinâmica; tando-se o circuito do ventilador mecânico. de
Ventilação mecânica; modo que o ar inalado seja aquecido a 38 •c.
358 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
É a suspensão transitória da função e reflexos abaixo do nlvel da lesão. Os sintomas são déficit de
sensibilidade, paralisia flácida, ausência de reflexos tendinosos profundos, abolição da atividade
somática reflexa e alterações na regulação térmica abaixo do nivel da lesão. O choque medular
dura dias a semanas, usualmente 4-12 semanas, tendo seu fim marcado pelo retorno dos reflexos
tendinosos profundos e do reflexo bulbocarvernoso
Vítima de colisão de carro X poste, um paciente de 58 anos sofreu trauma de crânio leve
87 (Giasgow 14), trauma torácico com fratura de 2 arcos costais à direita, sem hemotórax ou
pneumotórax, bem como fratura fechada de braço (radiografia a seguir, com o braço já imobiliza-
do). Está em observação no pronto-socorro há 2 dias, agora já em Glasgow 15, respirando bem e
com bom controle álgico das fraturas de arcos costais. Contudo, refere piora acentuada da dor no
braço engessado, apesar de analgesia potente. Também se queixa de intenso formigamento no
braço. Não é possível palpar o pulso radial, devido ao gesso. No momento, não tem ortopedista
nem cirurgião vascular no hospital, devendo ser solicitada transferência, caso julgue necessário ter
a avaliação desses especialistas. Provável diagnóstico e conduta: (VER IMAGEM)
360 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
@ Colonoscopia.
® Arteriografia.
© Endoscopia digestiva alta.
@ Cintilografia.
® Angiotomografia.
@ Síndrome compartimental. Abrir o gesso ,. COMENTÁRIO: A grande maioria das hemor-
imediatamente e solicitar transferência para ragias digestivas é alta (80%). Um quadro de
ortopedia. enterorragia sugere que a etiologia seja baixa,
® Lesão vascular despercebida. Solicitar ime- mas em pacientes com motilidade intestinal
diatamente transferência para cirurgia vascular. aumentada, uma HDA pode se apresentar com
© Slndrome compartimental. Solicitar imedia- enterorragia. Portanto, antes de iniciar a inves-
tamente transferência para ortopedia. t igação com colonoscopia devemos excluir um
@ Lesão nervosa. Solicitar imediatamente sangramento alto e doenças anorretais com exa-
transferência para ortopedia e neurocirurgia. me físico, toque e anuscopia. Feito isso. temos
® Lesão vascular não percebida. Abrir o ges- que lembrar das principais causas de HOB: doen·
so, fazer fasciotomia à beira do leito e solicitar ça diverticular, angiectasia e neoplasia de cólon.
transferência imediata para ortopedia. Colonoscopia: exame obrigatório para todo
quadro de HDB. Além de localizar precisa-
,. COMENTÁRIO: Estamos frente a um quadro tí- mente a fonte de sangramento, permite
pico de síndrome compartimental: trauma de também, a intervenção terapêutica em al-
membro com fratura e consequente edema guns casos. Ex.: cauterização com argônio
local. H~ aumento pressão intersticial sobre em angiectasias ou injeção de solução de
a pressão de perfusão capilar dent ro de um adrenalina em tumores sangrando;
compartimento osteofascial fechado. Se não Endoscopia digestiva alta: exame obrigató-
tratada, pode comprometer vasos, músculos ria para qualquer hemorragia digestiva, alta
e terminações nervosas provocando dano te- ou baixa;
cidual irreparável. O quadro clínico é típico: Arteriografia: localiza com precisão o local
dor importante, edema, ausência de pulsos do sangramento, mas para isso, é necessário
distais, parestesias de extremidade e hipoes- que seja um sangramento de alto fluxo (0,5 •
tesia. O tratamento é a fasciotomia ampla dos 1 ml/min). Geralmente é o exame de escolha
compartimentos. Entretanto, o paciente está para sangramentos contínuos e de grande
com o braço engessado e precisamos primeiro monta. Além de fazer o diagnóstico, a arte-
confirmar que a ausência de pulso e a etiologia riografia também pode ser terapêutica: em-
da compressão não são decorrentes somente bolização do vaso sangrante ou injeção de
do ges.so. Portanto, primeiro devemos retirar o vasopressina;
gesso e reavaliar a per fusão do membro. Cintilografia: é um exame mais sensível para
I Resposta: @ detectar hemorragias digestivas. A cintilo-
grafia é capaz de detectar fluxos hemorrági-
cos muito baixos (0, 1 ml/min). Além de ser
barato e pouco invasivo. Entretanto, não localiza o sangramento com precisão, não faz o diagnós-
tico da etiologia e não é terapêutico;
Angiotomografia: possui uma alta especificidade e sensibilidade para identificar o local de san-
gramento. Entretanto, só é eficaz em sangramentos contínuos e de maior volume. Apesar de pou-
co invasivo, é um método pouco utilizado para o rastreio de hemorragias digestivas.
I Resposta:©
Um senhor de 82 anos refere icterícia há 1 mês. Diz ter emagrecido 2 kg no perlodo. Tem
89 HAS e DM. Usa marcapasso, por bloqueio atrioventricular total. Nega febre. Refere ânsia e
alguns episódios de vômitos. Nega sangramento ou prurido. Está em regular estado geral. ictérico,
desidratado, afebril. P: 60 bpm, PA: 120 x 70 mmHg, T: 36,s·c. o abdome é indolor e sem massas
palpáveis. Murphy: negativo. Hemoglobina: 11 g/dl, leucócitos: 9.500/mm3, bilirrubina: direta: 8,0
mg/dl, indireta: 2,0 mg/ dL Ultrassom: dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas, sem fator
obstrutivo evidenciado; vesícula biliar com múltiplos cálculos. Próximo passo:
Nas tabelas abaixo, podemos ver um fluxograma classicamente utilizado para avaliar o risco de
coledocolitíase. No caso em questão, nosso paciente teria alta probabilidade de cálculo na via biliar
e teria indicação de CPRE. Entretanto, com o advento e maior difusão de outros métodos diag-
nósticos, a CPRE vem perdendo espaço diagnóstico, ficando reservada para procedimentos tera-
pêuticos. Temos que lembrar que é a CPRE é invasiva e apresenta riscos (perfuração, pancreatite
e sangramento). Já foi o padrão ouro para o diagnóstico e tratamento de coledocolitíase, mas seu
uso diagnóstico tem sido cada vez mais restrito. Não podemos dizer que é errado indicar CPRE para
esse paciente, mas se estamos em serviços nos quais há disponibilidade de outros exames, deve-
mos realiza-los a fim de confirmar se há cálculo na via biliar. A colangioRM e a ECO-EDA possuem
alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico diferencial e os protocolos mais recentes su-
gerem a confirmação da coledocolitíase antes da realização da CPRE. Não há evidência que um
exame seja superior ao outro, portanto não podemos concordar com o gabarito oficial (altenativa
D). Apesar dos recursos a banca manteve a questão.
362 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
má perfusão periférica. Não po<lemos aceitar 11> COMENTARIO: Não vamos deixar o enuncia·
essa resposta como correta, pois o bexigoma é do nos confundir! O choque hemorrágico é o
muito mais frequente em cirurgias desse porte. principal tipo de choque em um cenário de
trauma! Sempre que estamos frente a um pa·
ciente politraumatizado que apresente hipo·
Um motociclista de 39 anos colidiu con· tensão e taquicardia devemos procurar uma
91 tra um carro. Atendído em pronto-so-
corro de hospital secundário, estava em coma
fonte de sangramento {tórax, abdome/pelve e
fratura de ossos longos). E dentre as causas de
(Giasgow 6), tendo sido imediatamente int uba· choque hemorrágico, o abdome é a principal
do. FC: 120 bpm; PA: 88 x 60 mmHg; saturação fonte de sangramento! Nosso paciente tem um
de 02: 99%. Depois de receber 2 litros de solu· FAST positivo, portanto, podemos assumir que
ção fisiológica aquecida, a pressão arterial pas· a etiologia do choque é essa. Ele respondeu a
sou para 115 x 65 mmHg e a frequência cardla· infusão de volume, en tretanto voltou a chocar.
ca para 100 bpm. O FAST {Focused Assessment Isto porque a fonte de sangramento ainda não
Sonography i n Trauma) é positivo. Solicita-se foi controlada, estamos enchendo um balde
a transferência para um centro de maior com· furado! Lembrem·se: choque hemorrágico,
plexidade que dispõe de recursos para o trata· instável e com FAST positivo = laparotomomia
mento definitivo. No entanto, o paciente volta a exploradora!
ficar taquicárdico e a pressão arterial cai para 90 A f está a pegadinha da questão, o autor foi ela·
x 58 mmHg. Além de continuar a reanimação ro e nos informou que estamos em um centro
volêmica com cristaloide, é necessário: pequeno, sem recursos. Portanto, não temos
como realizar a laparotomia nesse serviço e
@ Insuflar um balão intra·aórtico, passado pela transferir um doente com o abdome aberto
femoral. ou em peritoneostomia. Portanto, temos que
® Transfundir sangue e manter a transferência. continuar com a infusão de volume, dessa vez
© Fazer laparotomia de controle de danos e com crístaloides e sangue! Não se esqueçam do
transferir logo depois. ATLS: choque hemorrágico classe 111 e IV mere·
@ Tratar como choque neurogênico e acelerar cem transfusão!
a transferência. I Resposta: ®
® Passar cateter central e administrar drogas
vasoativas, mantendo a transferência
Em relação à colite neutropênica, é IN- de 02: pa02: 1OS mmHg, paC02: 35 mmHg e
92 CORRETO: pH 7,48. Conduta:
@ Cricotireoidostomia.
@ A colonoscopia é fundamental para seu ® Aspiração, suplementação de ox1gen1o,
diagnóstico e tratamento. controle da dor, fisioterapia respiratória, evi-
® Tipicamente, ocorre 10 a 14 dias após a tar a hiper-hidratação.
quimioterapia. © lntubação traqueal e ventilação mecânica.
© Clostridium sp, E. col i, Pseudomonas sp e @Fixação imediata de arcos costais.
Candida sp são os agentes mais comumente ® Drenagem profilática do hemitórax es-
envolvidos. querda.
@ O achado radiológico de pneumatose in-
testinal é pouco sensível, mas muito específi- .,_ COMENT~RIO: Estamos frente a um quadro
co para o d iagnóstico. de trauma torácico, com provável contusão
® Em doentes com câncer, sua incidência pulmonar. Podemos assumir que foi um trau·
beira os 5%. ma de alta energia, pois o paciente estava
sem cinto de segurança e ele apresenta fra-
Alternativa A: INCORRETA. Não se pode realizar turas de costela.
colonoscopia na vigência de colite neutro- Alternativa A: INCORRETA. Nosso paciente apre-
pênica pelo risco de perfuração colônica e senta um problema no B (breathing). A v ia
translocação bacteriana. aérea (A- airways) está pérvia, portanto, não
Alternativa B: CORRETA. A colite neutropênica há indicação de cricotireoideostomia ou tra-
ocorre geralmente no nadir da quimioterapia queostomia.
(10-14 dias após), quando a neutropenia é Alternativa B: CORRETA. O tripé do tratamen-
mais grave. to do trauma torácico (contusão pulmonar)
Alternativa C: CORRETA. Os agentes mais comuns consiste em analgesia, fisioterapia respirató-
da colite neutropênica são: Escherichia Coli, ria e manter balanço hídrico negativo. Uma
Pseudomonas aeruginosa, Clostridium sp, analgesia adequada é essencial para que o
Klebsiella sp e Candida sp. paciente possa expandir adequadamente o
Alternativa D: CORRETA. A pneumatose intestinal tórax e recrutar alvéolos.
ocorre somente em aprox. 20% dos pacien- Alternativa D: INCORRETA. A fixação de arcos
tes, mas quando presente sugere sofrimento costais no trauma é um procedimento ainda
de cólon e é muito sugestiva de colite neutro- controverso
pênica no cenário pós-quimioterapia. Alternativa E: INCORRETA. A drenagem de tórax é
Alternativa E: CORRETA. A colite neutropénica é um procedimento terapêutico, em casos de
uma afecção comum em doentes com câncer, hemotórax ou pneumotórax.
em especial em neoplasias hematológicas I Resposta: ©
com neutropenia.
.,_ COMENTÀRIO: Abaixo podemos ver as indicações de TC para pacientes com TCE leve. A letra C
contempla um paciente maior que 65 anos, com queda de escada (o autor não nos informa o
número de degraus) e que aparenta estar confuso.
I Rosposta: ©
Um rapaz de 15 anos é levado ao pronto-socorro com queixa de dor em fossa ilíaca di-
99 rei ta, náuseas e anorexia há dois dias. Refere ter sentido leve desconforto no epigástrio,
que não tem mais, antes do aparecimento da dor atual. A dor foi aumentando aos poucos.
Nega queixas urinárias. Não tem antecedentes médicos relevantes. O pai d iz que'este menino
nunca f icou doente". Tem febrícula (agora, 37,6 •c). O abdome é bastante doloroso~ palpação
no quadrante inferior d irei to, com defesa involuntária e sinais de irritação peritoneal. Tem ain-
da dor discreta~ percussão lombar direita. Os sinais de Rovsing, do psoas e do obturador são
negativos. Hemograma: 12.000 leucócitos/ m m'; PCR: 18 mg/L (normal até 5 mg/ dl); Urina 1:
50.000 leucódtos/mm3. No ultrassom, o apêndice não é visualizado. Próximo passo na abor-
dagem deste adolescente:
@ Tomografia de abdome.
® Apendicectomia.
© Antibióticos IV e observação clínica, internado.
@ Antibiótico por via oral e aguardar urocultura, em casa.
® Repetir ultrassom e hemograma em 24 hs
.,_ COMENTÁRIO: Estamos frente a um quadro típico de apendicite aguda ! Não devemos pensar
em outra hipótese diagnóstica para o caso! A apendicite aguda é a principal causa de abdome
agudo no mundo, independente da idade do paciente.
O quadro clinico clássico consiste em dor/ desconforto abdominal, com início periumbilical e
m igração para fossa ilíaca direita (FIO), podendo estar associado a náuseas, vômitos, hiporexia,
prostração e febre (geralmente baixa). O quadro clfnico e laboratorial será mais exuberante
com o avançar da doença, isto é, com a necrose e perfuração do apêndice. Em quadros ini ciais
podemos encontrar leucocitose e discreta elevação do PCR. A leucocitúria não é infrequente, e
ocorre quando o apênd ice inflamado está em contato com o ureter direito. O ultrassom de ab-
dome e a tomografia computadorizada com contraste venoso são excelentes exames para au-
368 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
r---------~---------------,.
i
I Resposta: ®
® Cateterismo cardíaco.
© Mapeamento ca rdíaco com radioisótopos.
@ Ecocardiograma com teste de stress com vasodifatador coronariano.
® Ecocardiograma t ransesofágico bidimensional, com administração de dobutamina.
Alternativa A: CORRETA. Apenas Anamnese e Exame Físico Cuidadoso. Existe várias formas de es-
t ratificar o risco cardiovascular. Uma desses formas é o escore de Destky (segue tabela abaixo).
O paciente em questão apresenta BAIXO RISCO CARDIOVASCULAR, sendo assim deve proceder
o procedimento de Hepatectomia sem investigação adicional. Os dema is itens são forma de
estratificar os indivíduos que apresentam risco cardiovascufar aumentado (vide algoritmo):
• IA~1< 6m (I O pontm) ou
• s...p.... dt F.stmosuórt~eocntK& (20 pontos)
• Rttmo nlo unusol ou RS d ESSV no I:CC (5 pontos) ou
• IAM > 6m (5 pontos)
>5 lSV no lCG (5pontoo)
• Angm• Cb...-111 (10 pontos) ou
• 1'02 < 60, pCOl >50. K < 3. U >50. C> ),O ou m;tnto.ao
• Angm• da.... I\' (20 pontos)
lt1lo (5 pontos)
• I·. AI' n• ul11m• scmano ( 10 pontoo) ou
• lcudo 70(5 pontos)
• EAI' •lsum• ,.•, n• •od• (5 pontool
• C.~ d. .mtrgfncu (I O pontos)
'lbt<ll de pontos:
0~ I • 0· 15 pontos
Ou~ 11 - lO·)O pontos
Ou!<' 111 • > 30 pontos
370 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
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REFER!NCIAS
Alternativa E: CORRETA. Apesar de ser uma das dem interferir e levar a reativação do herpes
poucas medid as que consiga aument ar o HDL, simp lex que favorece ao surgimento da para-
pode ser responsável por todos os sintomas, · lisia facial. Dentre desses eventos, os que tem
por isso é frequente os pacientes não tolerarem maior risco são gravidez (em especial no 3• tri-
e d escontinuarem a medicação. -mestre) e Diabetes Mellitus, como a segunda
opção não t inham entre as alternativas, ficamos
com a gestação.
Uma mulher de 32 anos, com sintomas I Resposta: ®
04 sugestivos de cistite aguda, ap resenta
urocult ura positiva para ent erococos não-resis·
-tentes. Dentre as abaixo, a opção MENOS ade- O achado fisiológico característico da
quad a para o trat amento é: 06 doença pulmonar obstrutiva crônica, na
prova d e função pulmonar, é:
® amoxicilina-clavulanat o.
® fosfomicina. ® reversão de obst rução d o fluxo aéreo após a
© amp icilina. administração de inibidor de leucotrieno.
@ levofloxacina. ® obstrução ao fluxo aéreo total ou parcial-
® nitrofu rant oina. ·mente reversível após o uso de beta-agonista
inalatório.
DICA DO AUTOR: Novamente uma questão en- © obstrução ao fluxo aéreo após 6 segundos,
-volvend o tratamento antimicrobiano guiado. sem reversão com broncodilatador inalatório.
~ importante o candidato levar dessa questão @ ob strução ao fluxo aéreo no 1° segundo
que os ent erococos são nat uralmente resis- acompanhado d e diminuição proporcional na
·tent es a quinolonas - independentemente de capacidade vital forçada.
serem multirresistentes ou não-resistentes a ® obstrução fixa do fluxo inspiratório, com ou
outros antibióticos e de usarmos quinolonas sem uso de broncodilatad or.
respiratórias ou não.
Alternativas A, 8, Ce E: INCORRETAS. Todos esses an- DICA DO AUTOR: Essa foi uma questão muito erra-
-tibióticos poderiam ser opções para u ma mu- d a devido a falta de atenção d e alguns can-di-
-lher com enterococo não- resistente~ apesar de d atos na hora de ler as alternativas. O DPOC é
alguns autores sugerirem o uso da fosfomicina u ma ob strução desproporcional do fluxo aéreo
que poderia ser dose única. expiratório em relação a capacidade vital força-
Alternativa 0: CORRETA. Por ser uma quinolona, ·da e com isso impactando no fluxo total (mas
NUNCA d eve estar entre as opções para trata- com fluxo inspiratório normal) e sem reversão
mento de enterococos, mesmo que o antibio· complet a ao uso de b roncodilatadores. O aut or
grama mostre sensibilidade in vitro, in vivo são joga com esses conceitos e acabou confundin -
semp re resist entes. · do muitos candidatos.
Alternativa A: INCORRETA. O t ratamento com inibi-
· dor de leucotrieno é indicado na asma indu-
O rísco de paralisia facial periférica está zida por aspirina ou por exerdcio físico, não há
05 aument ad o em at é 3 vezes: rela-ção com DPOC.
Alternativa 8: CORRETA. Não há reversão comp leta
® durante a gestação. com uso de beta-agonista, o que não quer dizer
® na menopausa. que não possa reverter parcialmente.
© em transplantados. Alternativa C: INCORRETA. A obstrução é no fluxo no
@ em pessoas com alcoolismo. 1• segundo, não após 6 segundos.
® após 65 anos de idade. Alternativa O: INCORRETA. A Obstrução é d espro-
porcional nos distúrb ios obstrutivos. Pod e ser
DICA DO AUTOR: Questão decoreba e difícil. Even- proporcional nos distúrbios restritivos, mas não
tos que interfiram no si stema imunológico po - o caso do DPOC.
2017 375
Quadro I
Apromoção da saúd• • os nfftls d• prP~.nçáo 54!gundo LNY~!II & Oark{1965)
A promoção da saúde aparece como prevenção primária. confundindo-se com a
prevenção referente à proteção específica (vacinação, por exemplo). Corresponde
a medidas gerais, educativas, que objetivam melhorar a re-sistência e o bem-estar
Primária (promoção
geral dos indivíduos (comportamentos alimentares. exercício ffslco e repous. con-
da saúde e prot~o tenção de estresse. não ingestão de drogas ou de tabaco), para que resistam às
especifica)
agressõe-s dos agentes. Também diz respeito a ações de orientação para cuidados
com o ambiente, para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes etio-
lógicos (comportamentos higiênicos relacionados à habitaç~o e aos entornosl.
378 PreparatórioparaResidência M~dica SUS/SP
Quadro I
Apromoção da sallde e os nlvels de prevenção segundoLeavell & Clart (1965)
Engloba estratégias populacionais para detecção precoce de doenças, como por
exemplo o rastreamento de cAncer de colo uterino. Também contempla ações
Secundária (diag-
com individuas doentes ou acidentados com diagnósticos confirmados, para que
nóstico e tratamento
se curem ou mantenham-se funcionalmente sadios, evitando complicações e
precoce; limitação da
mortes prematuras. Isto se dá por meio de práticas clínicas preventivas e de edu ~
invalide~
cação em saúde, objetivando a adoção/mudança de comportamento (alimenta-
res, atividades físicas etc).
Consiste no cuidado de sujeitos com sequelasde doenças ou acidentes. visando a
Têrciária (reabilitação)
recuperaçAo ou a manutenção em equllfbrio funcional.
.., COMENTÁRIO: Vamos memorizar: Prevenção 11> COMENTÁRIO: Questão que aborda o conceito
primária (Fatores de Risco). Prevenção secundá- do cálculo de sensibilidade.
·ria (Tratamento de Doenças - Evitar sequelas).
Prevenção Terciária (Reabilitar os indivíduos Doen~ Teste Positivo Teste Negativo
que desenvolveram sequelas). Prevenção Qua-
Verdadeiro Falso Negativo
·ternária "Prevenção do Jaleco" (latrogenia). Sim (VP+FN)
Positivo (VP) (FN)
Segue o conceito de Prevenção Quatern~ria .
Falso Positivo Verdadeiro
"Prevençâão quaternária foi definida de forma di- Não (FP+VN)
(FP) Negativo (VN)
·reta e simples como a detecção de indivlduos em
risco de tratamento excessivo para protegê-los A sensibilidade é a proporção de indivíduos
de novas intervenções médicas inapropriadas e com teste positivo (VP) na população adoeci-
sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis. da (VP + FN): No caso, temos 30 crianças aco-
Posto que um dos fundamentos centrais da me- -metidas com meningite e o Gram foi capaz de
dicina seja o primum non nocere a prevenção diagnosticar 27 dessas crianças. A sensibilidade
quaternária deveria primar sobre qualquer outra será: 27/30 x 100: 90%
opção preventiva ou curativa." Vamos aproveitar e calcular a especificidade:
I Resposta: ® Proporção de testes negativos (VN) em indiví-
·duos sem doença (FP+VN). Em uma população
de 25 pessoas, 1S apresentavam sarampo e 1O
Trinta crianças tiveram diagnóstico de eram sadias. Segue a tabela que representam o
14 meningite meningocócica, confirmado desempenho do teste X.
2017 379
A acurácia está melhor definida em: ilustram uma situação parecida. O fármaco uti-
lizado como parâmetro foi a boa e tradicio-nal
@ a + d/(a + b +c + d) Varfarina. Entretanto, por questões éticas, o
® alia + c) desenho do estudo deveria mostra que esses
© dl!b+d) novos medicamentos não eram INFERIORES
@ al(a + b) a Varfarina. Segue a definição dos estudos de
® b + c/(a + b + c+ d). não inferioridade:
.,_ COMENTÁRIO: A acurácia é a capacidade de o •Estudos de não inferioridade são modelos expe-
teste acertar. Então ele é a soma dos verdadei- rimentais desenvolvidos com o objetivo de deter-
-ros positivos e verdadeiros negativos, dentro minar se um novo tratamento ou procedimento
da amostra total. não é menos eficaz que outro já estabelecido e
Segue a construção da fórmula: Verdadeiro po- considerado como controle. São de grande im-
· sitivo (a) -portância no estudo de tratamentos em que o
uso de placebo é inviável. Requerem metodologia
@ Verdadeiro negativo diferente dos estudos clássicos, chamados de es-
Amostra Total (a + b +c + d) tudos de superioridade, especialmente no plane-
Fórmula: a + d/ (a + b +c+ d). jamento e análise estatística":
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382 PreparatórioparaResidén<ia Médi<a SUS/SP
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Onde:
T = medida de eficâcia de um novo tratamento.
C= medida de eficácia de um tratamento controle.
M = matQem de nao-inletioridade de T em retaçao ao c. deter-
minado antes do inicio do estudo
(Adaptado de:PINTO. Valdair Ferreira. J Vasc Bras
2010. v. 9, n. 3)
2017 383
.. .'As capitais das 27 unidades da federação reúnem 55,24%dos registros de médicos, mas a população
dessas cidadesrepresenta apenas 23,80% do total do país~ ..
Alternativa 8: CORRETA. 52% dos médicos que trabalham exclusivamente no serviços publico são es-
-pecialistas. No serviço privado esse numero chega a 68,2%. 74,3% dos especialistas trabalham em
ambos os serviços.
Alternativa C: INCORRETA. Questão Capciosa! Em outubro de 2015 existiam 399.692 médico no Brasil
p ara uma população de 204.411.281 (RAZÃO 1,95 para 1000 habitant es). A razão de 2, 11 corres-
·ponde ao NÚMERO DE REGISTROS (inclui: Ativos, Inativos, Óbitos e afins).
Alternativa D: CORRETA. Em 2014 havia 57,5% de médico homen s. Nas faixa dos 29 anos de idade as
mulheres são maioria (56,2%) corrob orando com a in formação da feminização médica.
Alternativa E: CORRETA. O Nort e e o Nordest e apresentam uma razão de médicos/habit antes menor do
que a média nacional (1,09 e 1,3, respectivamente). A situação é pior nos interiores do Norte e do
Nordeste, onde a proporção de médicos p or mil habitant es é, na sequência, de 0,42 e 0,46.
Pacient e, sexo feminino, 30 anos, estava em viagem de férias para atividades de alpinismo
28 quando sofreu acidente com queda de altura correspondente a 7 metros. Recolhida e levada
ao hospital p elo serviço de resgate, foi submet ida à cirurgia em virtude de traumatismo crânio
encefálico, evolui ndo para óbito ap ós 2 d ias. O diagnóstico a ser colocado na Parte I do atestado
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de óbito é:
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asma brônquica.
edema cerebral.
traumatismo crânio-encefálico.
29 Paciente de 63 anos, com antecedente
de hipertensão arterial sistêmica sem tra-
tamento e câncer de laringe, em programação
@ queda de andai me. cirúrgica. Há 12 meses, começou a apresent ar
® neurocirurgia. dispneia de esforço. Foi diagnosticado com car-
diopatia hipertensiva e iniciou t rat amento, mas
... COMENTÁRIO: A Parte I do Atestado de óbi to com baixa adesão. Há 2 meses, evoluiu com
é a doença/estado mórbido que causou dire· insuficiência cardíaca congestiva, foi admitido
tament e a morte. No caso da nossa alpinista, em um pronto- -socorro com edema agudo de
a forma mais completa de preenchi mento do pulmão e faleceu após 5 horas. O diagnóstico a
atestado seria: ser preenchido no campo"a" da Parte I do ates-
Parte 1: t ado de óbito é:
e. Edema Cerebral.
f. Traumatismo Crânio encefálico @ Câncer de laringe.
g. Queda durante atividade de alpini smo ® Insuficiência cardfaca hipertensiva.
("esse queda de andaime" ta fora de con- © Cardiopatia hipertensiva.
texto). @ Edema agudo de pulmão.
I Resposta: ® ® Hipertensão arterial sistêmica.
388 Preparatóriopara ResidênciaMedica SUS/SP
.. COMENTARIO: Semelhante à questão anterior. Reproduziremos como seria esse atestado de óbito.
Parte 1:
a. Edema Agudo de Pulmão
b. Insuficiência Cardiaca Hipertensiva
c. Cardiopatia Hipertensiva
d. Hipertensão Arterial.
Na parte 11, o médico deve declarar outras condições mórbidas pré-existentes e sem relação direta
com a morte, que não entraram na sequência causal declarada na parte I.
Exemplo extra fdo do Manual do CFM muito semelhante a questão do SUS · 2017.
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12 meses
12 anos
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~
• O código de Clrnifiação lnternadonal de Doenças relativo a cada diagnóstico será preenchido pelos
codiAcadores da Stcutarl.a de Saúde.
I Resposta: @
® s a 7 anos.
® 1 a3 anos.
2017 389
© 15 a 17 anos.
@ 12 a 13 anos.
® 9 a 10 anos.
.,_ COMENTARIO: Questão direta!!! Conforme a nota Técnica, a Vadna Meningocócica C (conjugada):
"No p rimeiro ano de i ntrodução será d isponi bil izada para ambos os sexos, para a faixa etária de 12
a 13 anos de idade, considerando u m reforço ou dose ú nica, conforme situação vadnal. Até 2020, a
faixa etária será ampliada gradativamente a partir d os nove anos de idade~
I Resposta: @
PEDIATRIA I· GABRIELA LUCENA DE ARAUJO
Uma criança de 5 anos é levada ao pronto-socorro com quadro de febre há 5 dias, associada
31 a vômitos, dor abdomi nal, dor orbitária e p rostração. Refere que, nas ú ltimas, 24 horas houve
surgimento d e eru pção máculo·papular em tronco e membros, e artralgia em joelhos. Diante deste
quadro e considerando a hipótese diagnóstica mais provável, a melhor conduta é:
.,_ COMENTARIO: O quadro clinico descrito na questão sugere uma criança acometid a p elo vírus d a
dengue. Não há si ntomas gri pas (t osse, coriza, congestão nasal. hiperemia ocular, dor d e garganta)
que levem a crer que haja infecção pelo vírus influenza (alternativas A e E incorretas).
A dengue na criança pode ser assi ntomática ou ap resentar-se como uma síndrome febril clássica
v iraI, ou com sinais e si ntomas i nesp ecíficos: adinamia, sonolência, recusa da alimentação e de lí·
qui dos, vômitos, d iarreia ou fezes amolecidas. Nos menores d e 2 anos de idade, especial mente em
menores d e 6 meses, sintomas como cefaleia, dor retro -orbitári a, mialgias e artralgias podem ma-
n ifestar-se por choro persistente, adinamia e irritabilídade, geralmente com ausência de manifes-
tações respiratórias, pod endo-se confundir com outros quadros infeccio sos feb ris, próp rios d essa
fai xa etária. O exantema, quando p resente, é maculopapular, podendo apresentar-se sob todas as
formas (pleomorfismo), com ou sem p ru rido, p recoce ou t ard iamente.
Fluxograma para classificação de risco de dengue
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390 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
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a criança também teme ser punida pelo pai por
estes sentimentos, um medo que Freud deno-
minou de angústia de castração .
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A quarta fase (6 a 12 anos) é o período de la-
tência, os interesses da libido são suprimidos.
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"C
M
0-2
anos
2-3
anos
3-6
anos
6-12
anos
12-20
anos
O desenvolvimento do ego e superego contri-
buem para esse perfodo de calma. Ele começa
li2
..-
.:l! Oral 11 111 Genttal
na época em que as crianças entram na escola
e tornam-se mais preocupadas com as relações
entre colegas, hobbies e outros interesses.
Ea quinta fase (12 a 20anos) é o estágio genital,
Os itens I, 11 e 111correspondem, respectivamen- onde o indivíduo desenvolve um forte interes-
te, às fases: se sexual no sexo oposto. Essa fase começa du-
rante a puberdade, mas passa por todo o resto
® de latência, fálica e anal. da vida de uma pessoa.
2017 391
Quadro. Esquema de condutas profiláticas de acordo com o tipo de ferimento e situação vacina I:
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fa ixas de idade:
neonatal precoce (0-6 dias de vida)
neonatal tardio (7-27 dias)
pós-neonatal (28 dias e mais).
•
I Resposta:@ .I "
® 5 anos e o número de nascidos vivos mais Atenção: Considere o caso abaixo para respon-
natimortos no período de 5 anos precedentes. der as questões de números 54 e ss.
® 1 ano e o número de nascidos vivos no ano
calendário. Uma gestante, secundigesta, com um aborta-
© 1 ano e o número de nascidos vivos mais menta espontâneo há 2 anos, atualmente 38 se-
natimortos no ano calendário. manas de idade gestacional. lnterrompeu o pré-
@ 1 ano sobre o número de nascidos vivos no -natal há 4 semanas (compareceu a 5 consultas)
per lodo de 5 anos precedentes. e há 1Sdias foi a um pronto atendimento e reali-
® 5 anos e o número de nascidos vivos no pe- zou tratamento para infecção urinária. Admitida
rlodo de 5 anos precedentes. na maternidade, com rotura de membranas há
19 horas, evolui para parto vaginal, 3 horas após
._ COMENTARIO: O cálculo da mortalidade infan- a admissão. Recebeu uma dose de antibiótico
til (CMI) é feito dividindo o número óbitos nos (cefalexina), na chegada. Com 21 horas de vida
menores de 1 ano de idade em determinada o recém-nascido apresenta temperatura de 38,5
região e ano, dividido pelo número de nascidos OC, tremores e taquidispneia, além de tempo de
vivos nessa mesma região e no mesmo ano. enchimento capilar aumentado. O raio x de tó-
rax revela foco em base direita.
padrão ouro e o método mais especifico para o @ Estafilococo; síndrome da pele escaldada.
diagnóstico de sepse neonat al. Desse modo, de- ® Estreptococo do grupo A; escarlatina.
ve-se realizar avaliação liquórica (bacteriológico,
bacterioscópico, contagem de células e bioquí- ~ COMENTÁRIO: As exotoxinas A, B e C são toxinas
mica do líquor) em todo RN candidato a trata- eritrogênicas também conhecida como exoto-
mento antimicrobiano para sep se neonatal. xina pirogênica estreptocócica. São produzidas
I Resposta: @ pelo estreptococo do grupo A e são responsá-
veis pela erupção cutânea da escarlatina.
I Resposta: ®
Os principais agent es envolvidos nestes
45 casos são:
A vitamina K deve ser recomendada a
@ Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli.
® Klebsiella pneumoniae e Listeria monocy-
47 todo recém-nascido (RN}, para a preven-
ção da doença hemorrágica clássica. Pode-se
togenes. afirmar que:
© Listeria monocytogenes e Streptococcus
do grupo B. @ O uso de leite artificial (nas situações de
@ Klebsiella pneumoniae e Streptococcus do contra indicação ao aleitamento materno} au-
grupoS. menta o risco de doença hemorrágica tardia,
® Streptococcus agalactiae e Escherichia coli. quando se recomenda repetir a vitamina com
1 semana de vida.
~ COMENTÁRIO: A etiologia da sepse neonatal ® A vitamina K tem pouca passagem trans-
obedece a seguinte distribuição: Início precoce placentária e é responsável pela ativação dos
(menos de seis dias de vida): Streptococcus do fatores 11, VIl, IX e X.
grupo B (GBS), Escherichia coli, Listeria mono- © As manifestações desta doença aparecem
cyt ogenes, Staphylococcus aureus, Staphylo- nas primeiras 24 horas de vida daí a recomen-
coccus epiderm idis, Klebsiella, Pseudomonas, dação de administrar a vitamina na primeira
Enterobacter, entre outros. Início tardio de ori- hora de vida.
gem hospitalar (mais de seis dias até três meses @ O uso de anticonvulsivantes pela gestante
de vida}: Staphylococcus epidermidis, Staphy- pode causar sangramento no final da primeira
lococcus aureus, gram-negativo mult i-resis- semana de vida, daí ser recomendada uma se·
tente (Pseudomonas, Klebsiella, Xanthomonas, gunda dose de vitamina K com 7 dias de vida
Enterobacter, Serratia Acinetobact er, etc}, can- nestes RN.
dida. l nício tardio domiciliar: GBS, gram-negati- ® O uso de vitamina K pode levar a doença
vo, Staphylococcus aureus meticilino· sensl vel, hemofílica nos RN com incompatibilidade san·
herpes. guínea maternofetal ABO com eluato positivo.
Como no caso temos uma sepse precoce os
principai s agentes envolvidos são os encontra- ~ COMENTÁRIO: Os fatores da coagulação 11, VIl,
dos na alternativa E: Streptococcus agalactiae IX e X, são dependentes da vitamina K. Eles
que é um GBS, seguido por Escherichia co li. encontram-se reduzidos em todos os neona-
t os nas primeiras 48·72h após o nascimento,
com retorno gradual aos níveis do nascimen-
As exotoxicinas A, B e C, que são toxici· t o aproximadament e entre o 7• e 100 dia. Essa
46 nas erit rogênicas, são produzidas por
bactérias infect adas por det erminados bact eri·
deficiência t ransitória dos fatores dependentes
de vit amina K ocorre, provavelment e devido a
ófagos. A bact éria que produz essas toxinas e a falta de vitamina k livre proveniente da mãe e
doença causada por ela são, respectivament e: à ausência de flora bacteriana intestinal, que
normalmente é responsável pela sínt ese de vi·
@ Haemophilus influenzae; epiglotite. tamina K.
® Klebsiella; sindrome do choque tóxico. Alternativa A: INCORRETA. O leite materno é uma
© Estreptococo do grupo B; escarlatina. fonte pobre de vitamina K e as complicações
39& Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
hemorrágicas tardias acontecem mais frequen- febre alta, que pode vir acompanhada de agita·
temente nos recém-nascidos alimentados por ção. A febre geralmente aprece de forma agu·
leite materno do que nos que são alimentados da após 72 horas ("crise"), mas pode diminuir
por fórmula. gradualmente em um dia ("lise•), coincidindo
Alternativa 8: CORRETA. com o surgimento de erupção morbiliforme·
Alternativa C: INCORRETA. As manifestações dessa de 2-3 mm. não prurftica e roseada no tronco.
doença ocorrem principalmente entre o 2• e 7• A erupção geralmente persiste por 1 a 3 dias,
dia devida. mas muitas vezes é descrita como evanescente
Alternativa D: INCORRETA. O uso de anti<onvulsi- (aparece por algumas horas e logo desaparece).
vantes pela gestante pode causar uma forma I Resposta: @
grave de deficiência dos fatores de coagulação
dependentes de vitamina K. Estes recém-nas-
cidos podem ter sangramentos graves nas pri- Vários pafses, mesmo os desenvolvidos,
meiras 24 horas de vida e não no final da pri-
meira semana como fala a questão.
49 têm observado uma elevação na inci·
dência da sffilis congênita. O gráfico representa
Alternativa E: INCORRETA. O uso de vitamina K pode os dados americanos e mostra uma elevação
levar a doença hemolftica nos RNs com anemia após periodo de estabilidade (CS = sífilis em
hemolíti<a por deficiência de G6PD e não in- menores de 1 ano e P&S = sífilis primária e se·
compatibilidade ABO. cundária entre as mulheres).
I Resposta: ® Recomenda-se que em uma mulher, primiges-
ta, com 18 anos de idade, que não teve história
de doença prévia, com VDRL no pré-natal ne·
Uma menina com 8 meses apresenta gativo no primeiro trimestre e com VDRl de 1/4
48 quadro de febre elevada há 2 dias. Ao
exame clínico apenas temperatura de 39,2 •C.
e TPPA (Treponema pallidum particu/ate assay)
e FTA abs (Fiuorescent treponemal antibody
Realizada triagem para infecção urinária, nega- absorption test) negativos e seu recém-nascido
tiva . Após 3 dias de febre elevada houve nor- (RN) com VDRL negativo, no d ia do parto
malização do quadro febril com aparecimento
de exantema maculopapular, não pruriginoso, @ Seja orientada que a alteração de seu exa-
rosa claro especialmente em tronco e pescoço. me não representa contato com sífilis e que ou-
A principal hipótese neste caso e o agente mais tras causas devem ser investigadas.
comum são, respectivamente: ® Receba tratamento com 1 dose e o parceiro
também e o RN seja investigado e tratado com
@ Roséola infantum; Parvovírus 819. penicilina procaína ou cristalina, de acordo
® Herpangina; Herpesvírus humano 7. com o VDRL no liquor.
© Eri tema infeccioso; Vírus Coxsackie B. © Receba tratamento para sífilis primária, pois
@ Exantema súbito; Herpesvírus humano 6. deve estar na janela sorológica, mas o RN não,
® Rubéola; Rubéola vírus(Togavírus). pois VDRL negativo.
@ Receba tratamento para sífilis com 3 doses
.,.. COMENTÁRIO: A questão traz uma criança com a intervalos de 1 semana, pois tem doença de
quadro típico do exantema súbito, ou também tempo indeterminado e seu RN receba penici·
conhecido com roséola ou sexta doença. A ro- lina benzatina.
séola é uma doença autolimitada e aguda. ~ ® Receba tratamento, bem como o parcei·
causade pela infecção pelo herpes-vfrus huma- ro, com 3 doses a intervalos de 1 semana, e o
no 6 e em raros casos pelo herpes vírus humano RN seja investigado, com coleta de líquor e se
7. Acomete lactentes e crianças predominando exames normais receba alta para puericultura
na faixa estaria de 6 a 9 meses, sendo adquirida normal.
rapidamente após a perda dos anticorpos ma-
ternos nos primeiros meses de vida, de modo .,.. COMENTÁRIO: A paciente traz uma gestante
que 95% das infecções acontecem antes dos que inicia a gravidez com VDRL negativo e ao
2 anos. Caracteriza-se por início repentino de final da g estação, ao repetir o teste, o exame
2017 399
vem positivo. Porém, ao realizar o teste treponêmico temos u m resultado negativo. Como o VDRL
é u m teste de t riagem tem grande sensibilidade, mas pouca especificidade, de mo do que re-
sult ados falso-positivos t ambém podem ocorrer, p ois as reaginas costumam surgir em outras
patologias (ex.: doenças reumáticas, gestação, drogadição). Por isso, para a confirm ação do diag -
nóstico da sífilis, é necessária tamb ém a realização de um teste treponêmico, q ue vindo negativo,
descarta a doença (vide fluxograma).
I Resposta: @
W.VfililouiM~
tbrubi bMol) .. ~ko (+t
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-~"
,_, 9tS~l"S elrimeSir~ paq os dtflwiS
tt'SUII.Jdo rt~t ltotiAca1 oaso
Fonte: Protocolo clínico e diretrizes t erapêuticas para p revenção da transmissão vertical d e hiv,
sífilis e hepatites v irais- min istério da saúde 2015.
Alternativa E: INCORRETA. A cor dos lábios é um parâmetro subjetivo e só é valorizado nos moment os
iniciais, assim como o tônus muscular.
I Resposta:®
Deficiência nutricional.
Anormalidades oculomotoras.
Disfunção cerebelar.
Alteração do estado mental ou de memória.
@ alteplase + clopídogrel.
® imunoglobulina + interferon.
© glicose + t iamina.
@ imunoglobulina + alteplase.
® corticoide + interferon.
.. COMENTA RIO: A triade classica descrita por Wernicke e composta de oftalmoplegia, at axia e dis·
·turbio mentais e de consciencia. As anormalidades oculares consi stem em nistagmo, horizont al
ou vertical, paralísia ou paresia dos museu los retos externos e do olhar con-jugado, sendo comuns
achados como diplopia e es· t rabismo convergente. Em estagios avancados da doenca, pode ocor·
-rer miose e nao reatividade pupilar. Pode ocorrer discreta hemorragia retiniana, mas papiledema
e raro.
O tratamento da sindrome de Wernicke·Korsakoff deve ser imediatamente inkiado com a adminis·
tração de tiamina, uma vez que esta previ ne a progres· sao do doenca e reverte as anormalidades
cerebrais que nao tenham provocado danos estruturais estabe· lecidos
I Resposta:®
e duração de efeito)
52 São. t ipos de insulína com característkas (início de ação, pico
s1m1lares:
muito
Basal
Frequentemente, a
aplicaçao começa uma
çi!o intermediária
vez ao dia, antes de
{NPH - humana)
dormir. Pode ser
1-3 horas 5-8 horas f.té 18 hora5
• Humulin®N indicada uma ou duas
• Novolin®N vezes ao dia. Não é
específica para
refeições.
Frequentemente, a
aplicação começa uma
Longa duração
vez ao dia, antes de
{Análogos lentos) Lantus: até
dormir. Levemir pode
24 horas
• Lantus®
Levemlr: de
ser indicada uma ou
{Giargina) duas vezes ao dia.
90 minutos Sem pico 16 a 24
• Levem ir®
horas
Tresiba é utilizada
(Detemir) sempre uma vez ao
Degludeca:
• Tresiba®
> 24h
dia, podendo variar o
{Degludeca) horário de aplicação.
Não é específica para
refeições.
Alternativa A: CORRETA. Lispro, Asparte e Gluli sina compõe as insulinas de ação ultrarrapida.
Grupo 11: captação de radioiodo rebaixada. com acidose metabólica. Ele é fornecido pela
São possíveis etiologias: fórmula: AG = sódio - (cloro+ bicarbonato)
I Resposta: @
Grupo I Grupo 11
resistência aos hor-
® As principais etiologias das nefropatias
mônios tireoideanos
metástase exte nsa de
bócio multinodular
55 de lesões mínimas secundárias são,
-- ,___.._
não é direcionado para a nefropatia de lesão mí-
nima, mas sim contra o linfoma. A cura do linfo~
ma leva à cura da doença de lesão mínima. Se o
quadro tiver sido provocado por uso abusivo de
-- ..- --
OCor<aro- li~eill:r'Oglnlc:a
anti-inflamatórios, o tratamento simplesmente a
Adenol'l'll de I'IÇólise MCr'ICJ)r de
suspensão dos anti-inflama-tórios.
'~'
I Resposta: ®
""""'"'""
..............
Mslislases lt'llensas dl awcn:wna
Um paciente com prótese valvar mitral
® penicilina cristalina.
Para calcular oanion gap de um paciente ® ampicilina e gentamicina.
54 são necessários os seguintes parâmetros © vancomicina.
@ cefalosporina de 3• geração.
® potássio, cálcio e fosfato. ® meropenem.
® sódio, cálcio e fosfato.
© sódio, potássio e cloreto. .,_ COMENTARIO: A escolha do antibiotico deve
@ sódio, bicarbonato e cloreto. ser baseada sempre na hemocultura e no tem-
® potássio, bicarbonato e magnésio. po do implante da pro tese. Nas El tardias, qua-
dros subagudos e pacientes com bom estado
., COMENTARIO: O cálculo do anion gap (AG) é geral, o inicio do tratamento pode ser retarda-
prática comum na abordagem do paciente do por 24/48 horas, na tentativa de isolar o mi-
2017 4C3
crorga-nismo responsavel. Se na o houver crescimento apos 48 horas, o antibiotico deve ser inicia-
do baseado no quadro clinico e na possivel porta de entrada pela historia clínica, epidemiologica
ou pelo exame fisico. Na El precoce, febre ele-vada., calafrios e hemograma infeccioso, iniciar os
antibioticos imediatamente apos a coleta das hemoculturas: Vancomicina, gentamicina e rifampi-
cina para os germes nosocomiais, Sta-phylococcus oxacilina-resistente.
I Resposta: ©
Avaliando-se pacientes com quadro típi-co da doença de Parkinson, dos abaixo, o achado
57 MENOS provável é:
@ hipotonia.
® bradicinesia.
© tremor.
@ instabilidade postural.
® disfunções cognitívas.
... COMENTARIO: O quadro cHnico basicamente é composto de quatro sinais principais: tremores; aci-
nesia ou bradicinesia (lentidão e diminui-ção dos movimentos voluntários); rigidez (en-rijecimento
dos músculos, principalmente no nível das articulações); instabilidade postura! (dificuldades rela-
cionadas ao equilíbrio, com quedas freqüentes). Para o diagnóstico não é necessário entretanto
que todos os elementos estejam presentes, bastando dois dos três pri-meiros itens citados. Dentre
os itens acima o menos provável é a HIPOTONIA.
I Resposta: @
@ VI.
® v.
© 111.
@ IV.
® VIl.
... COMENTARIO: O VI nervo (abducente) inerva apenas um músculo extraocular, o reto lateral homo-
lateral, que tem como ação básica a abdução do olho. Sua deficiência induz a uma limitação, de
maior ou menor intensidade da abdução e um desequilíbrio de forças horizontais, com predomínio
tônico do reto mediai Integro, consequente esotropia e diplopia homônima.
I Resposta: @
404 Preparatóriopara Residência Medica SUS/SP
@ midazolam.
@ fentanil.
© etomidato.
@ fenobarbital.
® propofol.
O flumazenil e indicado para promover a reversao completa ou parcial dos efeitos sedativos cen·
trais dos benzodiazepinicos. E usado em anestesia e em unidades de terapia intensiva, nas seguines
indicações:
Em anestesiologia:
encerramento de anestesia geral induzida e mantida com benzodiazepinicos em pacientes
hospitalizados;
neutralizaço do efeito sedativo dos benzodiazepinicos usados em procedimentos diagnos·
ticos e terapeuticos de curta duraço em pacientes hospitalizados e de ambulatorio.
Em terapia intensiva e manuseio de inconsciencia de origem desconhecida:
para diagnostico e tratamento de superdose com benzodiazepinicos;
para determinar, em casos de inconsciencia de causa desconhecida, se o farmaco envolvido
e um benzodiazepinico;
para neutralizar, especificamente, os efeitos exercidos sobre o sistema nervoso central cau-
sados por doses excessivas de benzodiazepinicos (restabelecimento da respiraço esponta·
nea e da consciencia a fim de evitar a entubaço e posterior extubaço).
Dentre os fármacos acima o único benzodiazepinico é o midazolam.
I Resposta: @
@ ferro sé rico.
® volume corpuscular médio.
© capacidade total de ligação de ferro.
@ ferritina sérica.
® saturação de transferrina.
Teste
-
L2borororial AOC Anemia FerroprtV'l
Ferro
dlm!nuldo ou nonnal dln~nuldo
Tr.u~feniru
série• dlmlnuld.a oo oonnal :aumenl2<b
lndl<-e de
$}1U~O do tr.lrWcnin> diminuído ou nomul diminufdo
Fcrritln:1
séric:l nornl:ll ou •wnen.ada diminuída
Rccep<or
d~ u·.u\1(errin;L normal autnenl3da
Rce<:p<O< <b rml15forrln:l /
l.og f<rrklna dlmlnuklo (<I) aui11C1lCido (>4)
.
2017 <WS
anos. Portanto, a recomendação já existe de vacinar meninos entre 9 e 13 anos, porém ainda não
está disponível no SUS. O esquema vacina! para os meninos contra HPV será de duas doses, com
seis meses de intervalo entre elas. Para os que vivem com HIV, a faixa et~r ia é mais ampla (9 a 26
anos) e o esquema vacina I é de três doses (intervalo de O, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de
HIV, é necess~rio apresentar prescrição méd ica. Logo, a única alternativa não contemplada é a O.
I Resposta: @
® desogestrel.
® drospirenona.
© levonorgestrel.
@ ciproterona.
® gestodeno.
Paciente de 71 anos, VIIG VP (partos normais) refere bola na vagina háS anos, com piora
63 progressiva na sensação de peso e dificuldade para esvaziar a bexiga. De acordo com a
classificação de POP-Q, o ponto de maior prolapso é o C, que se sit ua 2 centímetros para fora do
anel himenal. O est~dio do prolapso geni tal e a melhor conduta são, respectivamente:
Ba c
1'8 lVl
l!p D
O ponto Aa esta localizado na linha mediana da parede vaginal anterior a 3 em proximal ao meato
uretra! externo. Por definição, o intervalo de posição do ponto Aa em relação ao hímen é ·3 a +3
em . O ponto Ba representa a posição mais di stai de qualquer parte da parede vagi nal anterior, da
cúpula vaginal ou fórnice vaginal anterior ao ponto Aa. Por definição, o ponto Ba está a ·3 em na
ausência de prolapso e teria um valor positivo igual à posição do colo ou da cúpula (ponto C) em
mulheres com prolap so u terino total ou pós·histerectomia vaginal.
Já o ponto C representa a borda mais distai do colo do útero ou a borda principal da cúpula
vaginal após a histerectomia total. Por sua vez, o ponto O representa a localização do fórnice
posterior em uma mulher que ainda tem um colo u terino. Está inclufdo para d iferenciar a falha
de suspensão dos ligamentos card inal e u terossacro da hipertrofia de colo. O pont o O é omitido
na ausência do colo do útero.
O ponto Ap esta localizado na linha média da parede vaginal posterior, 3 em proximal ao hímen
(às carúnculas himenais). Por definição, o intervalo de posição do ponto Ap em relação ao hímen é
de · 3 a +3 em. Ja o ponto Bp representa a posição mais distai de qualquer parte da parede vaginal
p os-t erior, desde a cúpula vaginal ou o fórnice vaginal posterior até o ponto Ap. Por definição, o
ponto Bp esta a ·3 em na ausência de prolap so e, semelhante ao ponto Ba, teria um valor positivo
igual ao ponto C em mulheres com eversâo vaginal pós·hist erectomia total.
O hiato genital (GH) é medido a partir do meio do meato uretra! externo até a margem posterior do
hímen. O corpo perineal (PB) é medido a partir da margem post erior do hímen até o ponto médio
da abertura anal. O comprimento vaginal total (TVL) é o comprimento da vagina (em) do fórnice
post erior ao hímen quando o ponto C ou O é completamente reduzido à sua posição normal. lden·
tificados os pontos, procede-se com o estadiamento:
111 IV
111
IV
40S PreparatórioparaResidência Médica SUS/SP
Em resumo: Estádio 0: Não há prolapso demonstrado. Estádio 1: O ponto mais d istai do p rolapso
está a mais de 1 em acima do nfvel do hímen . Estádio 11: O ponto mais distai do prolapso está situa·
do entre 1 em acima do h ímen e 1 em abaixo d o hímen. Estádio 111: O ponto mais distai do p rolapso
está mais de 1 em para além do p lano do hfmen, mas pelo menos 2 em a menos que o comprimen-
to vaginal total. Estádio IV: Eversão completa.
Neste caso, é um estádio 111, pois o ponto C está em +2. Numa paciente idosa, mu ltípara e sem co·
morb ídades, recomenda-se a h ísterectomía vaginal e a correção sítio-específica d o prolapso. Um
lembrete sobre as alternativas da questão: sling é tratamento de incontinência urinária de esforço,
não tem relação com p rolapso de órgãos pélvicos! Já ajuda a elimi nar algumas alternativas.
I Resposta: ®
Segundo as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil, real izado pelo
64 INCA e pelo Ministério da Saúd e, o programa de rastreamento de câncer de mama indicado é:
® mamografia b ienal para mu lheres entre 50 e 69 anos e sem recomendação especifica para o
exame clinico d as mamas.
® mamografia b ianual dos 35 aos 40 anos, anual a parti r dos 40 anos e autoexame das mamas a
partir dos 3S anos.
© mamografia anual a partir dos 40 anos e exame clínico das mamas a parti r do menacme.
@ mamografia b ianual a parti r dos 40 anos e ultrassonografia d as mamas a partir dos 35 anos.
® mamografia anual entre 50 e 69 anos e b ianual a partir dos 70 anos e exame clinico das mamas
anual a parti r dos 40 anos.
.,_ COMENTÁRIO: Segundo as d iret rizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil (2015),
recomenda-se o rastreamento com mamografia em m ulheres com idade ent re 50 e 69 anos d e
idade.
Mamograf•a
O MinistPrio ca SaúdP recorm!>nda contra o rnsnearrE>n·o c:om mamografia E>m mulhe-res com
75 clOOS OU McliS 7S ctnOS ou nlc:liS (recornendaçJo COI'ttJ'drlo:l torte: os posSive.s ddllOS provavelmente S.Jperarn os
poSSi'.'f:'IS berf'fiCiOS)
Quanto ao exame clínico das mamas, não há posicionamento formal recomendando ou contrain-
dicando:
QuMtJo Quat a er cJc1.J. do ra~treamento com ECM na rflluç3o da mortahdade gJoboll e por
norceMSor• dnctf' d~ rn<~ma7
Questio Qual a eficácia do rastreamento com AEM na reduç.1o da mortalidade global e por
norteadora cflncer de mama?
O MiniS!?<-tOoa Saúae rE>ComPnoa contra o ensino ooAEM corno mE"todo de rastrPamPmo docãncE>'
Rêcomendação de mama (recomend~çào tontrana hcJca_ os possiveis ddnos provavelmen:e superam os possi'leis
bef'leficios)
Ultrassonografia
I Resposta: @
@ Streptococcus agalactiae.
® Neisseria gonorreae.
© Clamydia trachomatis.
@ Ureaplasma urealiticum.
® Micoplasma hominis.
~ COMENTARIO: Streptococcus agalactiae (Strep-tococcus do Grupo 6), é um comensal do tra-to
intestinal e vaginal humano em 1 S-30% de adultos saudáveis, é um importante patógeno em re-
cém-nascidos e idosos. Há evidência consistente demonstrando os efeitos de Neis-seria gonor-
rhoeae e Chlamydia trachomatis como bactérias patogênicas envolvidas na morbidade do apare-
lho reprodutivo femini -no, incluindo inferti lidade por fator tu bário e doença inflamatória pélvica.
Já Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma hominis são pató-genos oportunistas e podem produzir
algu-mas substâncias tóxicas (urease, lgA protease, fosfolipase...) e colonizar por adesão o trato
respiratório e células epiteliais do trato uriná-rio, o que aumenta o risco de algumas doen-ças in-
fecciosas.
I Resposta: @
410 PreparatórioparaResidênciaMédica SUS/SP
demonstrado que ele combate a proliferação @ o CA- 125 é o melhor exame para detecção.
endometrial e provoca regressão e prevenção ® o acometimento intestinal por endometrio-
da hiperplasia endometrial em grupos selecio- se est á associado a infertilidade.
nados de mulheres; ainda é cont roverso, no © a ressonância magnética de pelve det ecta
entanto, sua utilização como quimioprevenção o grau de acometimento da endometriose nos
em mulheres com síndrome de câncer colorre- principais órgãos como ovários, int estino e t u·
tal hereditário e obesidade. Alguns autores, no bas.
entanto, já o consideram uma estratégia po- @ a ult rassonografia abdominal com preparo
tencialmente eficaz em termos de custos para intestinal é o mel hor método de diagnóstico
prevenir mortes por câncer de endométrio em por imagem.
mulheres obesas. ® dismenorreia secundária progressiva e in -
Alternativa 8: CORRETA. Os est udos apontam uma fertilidade são seus principais sinais clínicos,
tendência de que o uso de contracep tivos hor- podendo muitas vezes ser assintomática.
monais, em especial, por tempo prolongado,
aumenta o risco relativo para câncer de mama ... COMENTARIO: O diagnóstico de endometriose
e reduz o risco relativo para câncer de ovário. é clínico, sendo dismenorreia secundária pro·
Alternativa C: INCORRETA. Estudos da Women's gressiva e infertilidade seus principais sinai s
Health lnit iative relataram um risco aumentado clínicos, além de queixas como dispareunia de
de câncer de mama em usuários de estrogênio profundidade, alterações urinárias e in testinais.
mais progestagênio. Entre os usuários de estro- Na maioria dos casos. não é necessário prope-
gênio isoladament e não foi ob servado um risco dêutica complementar para tratamento clinico
aumentado. inicial; quando necessário, a ultrassono-g rafia
Alternativa D: INCORRETA. O efeito nocivo da tera- transvaginal com preparo int estinal é o melhor
pia estrogênica já é sabido desde 1975 (dois método de diagnóstico por imagem, conside-
estudos de caso-controle encontraram um au- rando sensibilidade, especificidade, acurácia,
mento de risco relativo - 7,6 e 4,5 - de câncer relação custo-benefício e grau de in-vasão do
de endométrio entre as usuárias de apenas es- exame complement ar. No ent anto, ver lesões
2017 411
roscopia, que possibilita a visualização do foco nitas, anemia fetal acentuada decorrente da
de endometriose e obtenção de material para aloimunização materna e casos de hidropsia
estudo histopatológico. OCA 125 é um marca- não imune. Vale citar, entre os quadros i nfec-
dor laboratorial que encontra correlação com ciosos, a sífilis congênita e as infecções virais
endometriose profunda, porém possui grandes por citomegalovírus, parvovírus B19, rubéola e
variações. O acometimento das t ubas uterinas varicela-zóster.
por endometriose está associado a infertilida- Alternativa E: INCORRETA. De acordo com o mo-
de; no entanto, a presença de infil -tração i n· mento em que acontecem, os casos de óbito
testinal pela endometriose parece influenciar fetal podem ser denominados precoces, quan-
negativamente o result ado repro·dutivo em do ocorrem até 28 semanas de gestação, ou
mulheres com infertilidade associa-da à endo- tardios, após essa idade gestacional.
metriose e a remoção completa da endome·
triose com ressecção segmentar intes-tinal pa-
rece oferecer melhores resultados em t ermos Em relação à infecção urinária - ITU na
de fertilidade pós-operatória; por este motivo,
a alternativa B também poderia ter sido consi-
7O mulher:
© ter conduta expectante até a 36> semana na gesta ção ovariana ou abdominal com feto vivo.
@ dar metotrexate sistêmico na gestação he-terotópica.
® dar metotrexate sistêmico se o di~ metro da massa anexial for menor ou igual a 3,5 em com condi-
ções hemodinamicamente estáveis
.,_ COMENTARIO: Questão que aborda o tema gestação ectópica, e as condutas possíveis. Analisemos
as alternativas:
Alternativa A: CORRETA. A abordagem cirúrgica é indicada em casos de gestação ectópica rota. A !aparos-
copia pode ser empregada em casos de estabilidade hemodin~mica. Se a paciente apresentar sinais
clínicos de instabilidade, é imperativa a abordagem laparotômica.
Alternativa 8: CORRETA. Em casos de gestação em cicatriz de cesárea ou de implantação no colo uterino,
pode-se proceder com a interrupção da gestação, seguida de metotrexate.
Alternativa C: INCORRETA. A Gestação Ectópica (GE) confere grande risco agestante, especialmente nos
casos de gestação abdominal. O consenso é de que a mesma deve ser interrompida ao diagnósti-
co. Se primeiro trimestre, a cirurgia visa retirar o concepto e o sftio de implantação placentário. Se
diagnóstico tardio com feto viável, realiza-se o parto por via laparotômica. Alguns casos de conduta
expectaste para ganho de maturidade pulmonar fetal foram descritos, porém esta conduta não é
consenso. Alternativa controversa, portanto.
Alternativa O: INCORRETA. Em casos de gestação heterotópica, se a gestação intrauterina está evoluindo
e o feto possui atividade cardíaca, é contra indicada realização de metotrexate. O tratamento deve ser
direcionado e correlacionado com o local da gestação heterotópica (Ex: sal-pingectomia se gestação
tubárea).
Alternativa E: CORRETA. O metrotexate possui indicações específicas no caso de gestação ectópica, que
incluem: GE íntegra de até 4 em; desejo reprodutivo da gestante; ausência de atividade cardíaca;
beta- hCG menor ou igual que 5000 e crescente; líquido livre limitado a pelve; exames laboratoriais
normais.
Observa-se que existem duas alternativas incorretas. Neste caso, ficaremos com a "'mais incorreta~
que seria a letra D. A questão, porém, é passível de recurso.
- C>o
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•
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·E.ti~ !E,)
··~
2017 415
cia de 21 hidroxilase, a via de esteroi-dogênese @ a sindrome HELLP é caract erizada pela pla-
é desviada para maior formação de 17-0H- pro- quetopenia, elevação das enzimas hepáticas e
gesterona, provocando, assim, seu acúmulo. diminuição da desidrogenase láctíca.
Todas as outras patologias citadas nas outras ® a pré-eclampsia superposta a hipertensão
alternativas são diagnósticos diferenciais de crônica é caracterizada pela proteinúria após a
hiperandrogenismo clinico, porém nenhuma 34a semana em paciente com diagnóstico de
causa aumento e níveis altos de 17-0H- pro- hipertensão crônica.
gesterona. © a pré-eclâmpsia é caracterizada como hiper-
I Resposta: @ t ensão arterial diagnosticada após a 20a sema-
na associada frequentement e à proteinúria e
desaparece até 2 semanas após o parto.
E":' r~lação ao trabalho ~e _part? e assis- @ a hipertensão gestacional é a hipertensão
74 ·tencra ao parto t ranspelviCo, e correto
afirmar que:
arterial diagnosticada após a 34• semana sem
proteinúria.
® hipertensão crônica é diagnosticada antes
da 20' semana e não desaparece 12 semanas
@ a episiotomia não deve ser realizada em após o parto.
multíparas.
® a dequitação da placenta é considerada fi- .,. COMENTARIO: Questão sobre os diagnósticos
-siológica at é 1 hora após o desprendimento do diferenciais e doença hipert ensiva na gest ação.
polo cefálico. Vejamos as alternativas:
© o uso de ocitocina deve ser criterioso pois, Alternativa A: INCORRETA. A síndrome HELLP é ca-
além do efeito antidiu rético, pode promover racterizada por hemólise (esquizócitos no san-
contrações uterinas excessivas e danosas à vi- gue periférico; aument o de bilirrubinas com
talidade fetal. predomfnio de indireta; aumento do DHL. e
@ o período expulsivo considerado fisioló-gi- não a redução do mesmo, como afirma a alter-
co é de até 2 horas na primipara e 1 hora na nativa); plaquetopenia e aumento de transami-
multípara. nases hepát icas.
® o momento oportuno da amniotomia é com Alternativa 8: INCORRETA. A pré-eclàmpsia super-
dilatação total. posta ou superajuntada é caracterizada por
aumento dos níveis pressóricos em gestante
Alternativa A: INCORRETA. No parto pélvico. preco- previamente hipertensa, associada à edema e/
niza-se a realização de episiotomia indepen- ou prot einúria a partir da vigésima semana de
dente da paridade da paciente. gestação.
Alternativa 8: INCORRETA. A dequitação fisiológi- Al ternativa C: INCORRETA. A pré-eclãmpsia é o
ca da placenta ocorre até 30min após o parto. aumento dos níveis pressóricos acima de
Alternativa C: CORRETA. O uso de ocitocina deve 140mmHg sistêmica e 90 mmHg diastólica, a
416 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
® t em o período de latência até o parto dimi- Alternativa A: CORRETA. A incid ência de mola é de
nuído com o uso de antibióticos. 1:1 000a 1:2000gestações.
A"ernativa A: INCORRETA. O teste do PH vaginal Alternativa B: CORRETA. A mola parcial é composta
p ode ser utilizado para auxiliar o diagnóstico por gestação molar (placenta espessada, com
de RPMO, porém, o mesmo seria acima de 7. O vesículas visualizadas), associada a saco gesta-
teste da fibronectina auxilia no diagnóstico de cional com embrião com ou sem batimentos.
trabalho de pa rto p rematuro, quando há dúvi- Alternativa C: INCORRETA. A mola hidatiforme pode
da diagnóstica. ser rep resent ad a à u ltrassonografia com ima-
A"ernativa B: INCORRETA. A ruptura prematura de gens vesiculares, mimetizando um "cacho de
mebranas ovulares (RPMO) é definida como uva~ porém seriam vistas vesículas hipoecóicas,
ruptura antes do inicio do t rabalho de parto, e não h iperecóicas.
indep endente da idade gestacional . Alternativa D: INCORRETA. O índice de cura da
Alternativa C: CORRETA. ARPMO pode levar ao tra- neoplasia trofoblástica gestacíonal é de quase
balho de parto prematuro não inibível, bem 100% dos casos tratados com met otrexate.
como óbito fetal por infecção intra-amniót ica. Alternativa E: INCORRETA. Pode-se aguardar 1 ano
A"ernativa D: INCORRETA. Tem conduta expectante após o tratament o para t entativa de nova g es-
desde a viabilidade (25 a 26 semanas, e é defi- tação. O risco de recorrência da gestação molar
n ida de acordo com o berçário do hospital em é d e1-2%.
que se encontra a gestante) até 36 semanas,
quando preconiza-se a i ndução do parto quan-
do não houver contra-indicação para parto va-
ginal. Em caso s de corioamnioíte, a conduta é
8o Em relação ao parto instrumentalizado,
Alternativa C: INCORRETA. A principal indicação do Alternativa 8: CORRETA. A nutrição enteral por son·
fórcipe de Piper é durante o parto pélvico. da pode ser realizada mesmo em pacientes gra-
Alternativa 0: INCORRETA. Quando bem aplicados, ves. Só devemos pausar a dieta caso o paciente
ambos os instrumentos possuem chances bai- evolua com distensão abdominal e vômitos,
xas de lesão do assoalho pélvico. O vácuo extra- como em casos de íleo paralítico secundário a
tor, porém, como não é introduzido dentro da SIRS ou obstrução intestinal.
vagina, e apenas acopla-se na cabeça fetal, em Alternativa C: INCORRETA. Em um primeiro momen-
geral apresenta menores chances de complica· to, ainda no atendimento inicial do paciente, o
ções relativas ao assoalho pélvico. grande queimado deve ser abordado como um
Alternativa E: INCORRETA. O fórcipe de Simpson é doent e politraumatizado, segundo o ATLS. Por
utilizado quando indicado alívio materno fetal. isso, a sonda nasogástrica deve ser passada na
e o de Kielland tanto para alívio quant o para sala de trauma. a fim de evitar vômitos e bron·
rotação. Se pensarmos que o procedimento de coaspiração. Após o atendimento inicial e esta-
alívio materno fetal, em geral, fornece me-nos bilidade do paciente não é necessário deixar a
risco de danos pélvicos do que a rotação, pres- SNG em aspiração contínua.
supõe-se que quando utilizado o fórcipe de Alternativa 0: INCORRETA. Caso o paciente tenha ní-
Simpson, este risco ê, em teoria, menor do que vel de consciência suficiente, não há contrain-
ao utilizar-se o Kielland. Na prática. am-bos os dicação para a dieta oral.
fórcipes, quando bem aplicados e bem indica- Alternatl~a E: CORRETA. A profilaxia de úlcera gás-
dos, fornecem riscos baixos de lesão ao assoa· trica está indicada nas seguint es situações:
lho pélvico. Coagulopatia
Ventilação mecânica por mais de 48 horas
Grande queimado
CIRURGIA I· RODRIGO CAMARGO LEÃO EDELMUTH TCE grave ou trauma raquimedular
História prévia de úlcera gástrica
Um homem de 45 anos sofreu queima- O gabarito oficial deu como resposta corret a a
81 dura de segundo grau abrangendo apro·
ximadamente 30% da superfície corpórea. Suas
alternativa B, entretanto, acreditamos que exis-
tam duas respostas corretas.
necessidades calóricas basais estão aumenta-
das em cerca de 70%. Para atender a estas ne-
cessidades, é recomendado: Vítima de queda de motocicleta, um
® deve ser mantido até que o paciente acor-de grafia de tórax mostra fraturas das costelas infe-
ou faça ressonância magnética. riores (10• e 11 • arcos costais), à esquerda, sem
derrame pleural. Além de receber sangue,este
~ COMENTÁRIO: Sempre temos que lembrar do paciente deve
risco de lesão medular em pacientes politrau-
matizados, pois aproximadamente 5% dos pa- ® ser operado imediatamente.
cientes com TCE apresentam TRM associado. A @ fazer angiografia, para possível emboliza-
maioria dos traumas medulares acomete a re- · ção esplênica.
gião cervical (55%), enquanto a coluna torácica, © fazer tomografia de corpo inteiro.
lombar e lombosacral são acometidas em 15% @ fazer laparoscopia diagnóstica.
das vezes, respectivamente. ® receber droga vasoativa por cateter central
A proteção da colunar cervical com imobiliza-
ção é uma das prioridades no atendimento da ~ COMENTÁRIO: Estamos frente a uma paciente
vítima de trauma. Uma vez que a coluna esteja vítima de trauma que está taquicárdico e hipo-
imobilizada e devidamente segura, a avaliação ·tenso. Até que se prove o contrário, o choque
e o diagnóstico das lesões raquimedulares de- hemorrágico é o principal tipo de choque em
vem ser deixadas para um segundo momento um cenário de trauma• Sempre que estamos
e o médico deve focar em causas iminentes de frente a um paciente politraumatizado que
morte como alterações respiratórias e hemodi- apresente hipotensão devemos procurar uma
nâmicas. Após a avaliação pri mária e estabilida- fonte de sangramento (tórax, abdome/pelve e
de do doente, pode-se remover o colar cervical fratura de ossos longos) e dentre as causas de
para avaliação. Em pacientes sem déficit neu- choque hemorrágico, o abdome é a principal
rológi-co focal, dor cervical, tanto a palpação fonte de sangramento!
quanto a mobilização, sem evidência de intoxi- Questão clássica e sem discussão. Choque he-
cação exógena ou lesões distrativas, a exclusão morrágico, instável, sem resposta a ressuscita-
de trauma vertebro-medular é segura. çâo volêmica e com FAST positivo = laparoto-
Por outro lado, esse diagnóstico passa a ser um momia exploradora! (Alternativa A correta)
desafio em pacientes comatosos, confusos, in-
toxicados ou com lesões distrativas e exames Alternativa 8: INCORRETA. A arteriografia para em-
de imagem passam a ser obrigatórios. A tomo- ·bolizaçâo esplênica ou hepática é urna técni-
grafia computadorizada de coluna cervical é o -ca factível quando temos certeza da fonte de
método padrão ouro para avaliação de trauma sangramento e o paciente tem estabilidade
raquimedular. Caso não esteja disponível, a hemodinãmica, mesmo que transitória, para o
radiografia cervical lateral, antero-posterior e procedimento.
transoral (boca aberta) podem ser realizadas, Alternativa C: INCORRETA. A estabilidade hemodi-
I Resposta: @ ·nâmica é condição obrigatória para a realiza-
ção de tomografia computadorizada.
Alternativa O: INCORRETA. A instabilidade hemo-
Um senhor de 66 anos de idade foi as- -dinâmica é uma contraindicação relativa para
83 -saltado e agredido com um taco de
ma-deira. No atendimento inicial, a via aérea
a realização da videolaparoscopia, visto que a
confecção do pneumoperitônio irá piorar o pa-
está pérvia e a ventilação diminulda na base do -drão hemodinâmico do paciente.
hemitórax esquerdo. Pulso: 138 bpm, pressão Alternativa E: INCORRETA. Estamos frente a um
arterial: 70 x 30 mmHg. Tem escoriações no ab- choque hemorrágico, de provável etiologia ab-
·dome, à esquerda, com muita dor à palpação -dominal. A prioridade nesse caso é controlar a
local. O FAST (Focused Assessment with Sono- fonte de sangramento!
·graphy for Trauma), feito logo à chegada, mos- I Resposta: ®
-trou apenas fina lâmina de liquido em espaço
subfrênico esquerdo. A reanimação com 2 litros
de solução cristaloide não melhorou a condi- Uma menina de 17 anos apresenta tu-
·ção hemodinãmica de admissão. O paciente
continua consciente, com Glasgow 15. A ra-dio-
84 moração de 4 em em região lombar bai-
xa, na linha média, na altura da transição entre
420 Preparatóriopara ResidênciaMedica SUS/SP
mortalidade. Além disso, temos que lembrar de manutenção, hidratação venosa a critérios
que estamos frente a um quadro de peritoni- médico e correção dos distúrbios hidroeletrolí-
te purulenta difusa e, nessas situações, temos ticos. A cirurgia nesses casos pode ser indicada
que evitar grandes ressecções e anastomoses. se houver falha do tratamento clínico após 36-
(Alternativa A correta). A via pode ser aberta ou 72 horas.
laparoscõpica a depender da disponibi-lidade I Resposta: @
técnica de material e experiência do cirurgião.
Outro ponto essencial é a biópsia dos bordos
da lesão, temos que suspeitar de neoplasia per- Um senhor de 63 anos de idade, ex-ta-
furada em todo caso d e úlcera gástrica! 88 ·bagista e etilista, tem queixa de per-
da ponderai e disfagia progressiva. É feito o
A vagotomia troncular ou seletiva já foi o pa- diagnóstico de adenocarcinoma de transição
drão ouro no manejo das úlceras gastroduode- esofagogástrica. Está emagrecido, tem gânglio
nais perfuradas. O nervo vago é o grande res- palpável, endurecido e fixo, em fossa supracla-
ponsável pelo controle da secreção gástrica e, vicular esquerda e o toque reta I mostra prate-
portanto, sua secção reduz secreção ácida. Vale leira de Blumer. Abordagem mais indicada:
lembrar que quando realizada, a inervação pi-
lórica também é afetada e o esvaziamento gás- @ Gastrectomia total com quimioterapia adju-
trico fica prejudicado. A piloroplastia a Hei-ne- vante; se margem comprometida, radioterapia
ke-Mikulicz geralmente é o procedimento de adjuvante também.
escolha associado à piloroplastia para facilitar ® Biópsia do gânglio palpável e quimiotera-
o esvaziamento gástrico. -pia paliativa.
I Resposta: @ © Biópsia de fundo de saco e radioterapia.
@ Gastrectomia total com quimioterapia ad-
juvante.
Um paciente de 39 anos de idade é inter- ® Gastrectomia total após quimioterapia
87 -nado por distensão abdominal e parada
de eliminação de gases e fezes há 6 dias. Nega
neoadj uvante.
episódios anteriores parecidos. Nega febre. .,. COMENTARIO: O tratamento cirúrgico do cân-
Nega emagrecimento. Refere náuseas e vômi- cer de esôfago e estômago está contraindicado
tos biliosos. ~ hipertenso e j á foi submetido a em casos de doença metastática, pois sabe-
cirurgia abdominal, na sequência de queda de mos que não há ganho de sobrevida nesses
moto, com necessidade de esplenectomia. A doentes. No caso em questão, o autor nos dá
radiografia simples de abdome mostra níveis o diagnóstico clínico de doença disseminada
hidroaéreos e sinal de empilhamento de moe- por meio de dois achados no exame físico: (i)
das. A ampola retal e o cólon estão murchos. linfonodo supracla-vicular esquerdo (línfonodo
Abordagem inicial: de Virchow) e pra-teleirasde Blumer (metástase
peritoneal palpá-vel pelo toque reta I, em fundo
@ Passagem de sonda reta I. de saco).
® Lavagem intestinal com clister. Alternativa A: INCORRETA. A gastrectomia total está
© Colonoscopia. contraindicada pela presença de lesões metas·
@ Passagem de sonda gástrica e hidratação -táticas.
intravenosa. Alternativa B: CORRETA. A biópsia do línfonodo
® laparotomia exploradora. su-pra-clavicular é menos invasiva e, uma vez
con-firmado o diagnóstico de lesão metastáti-
.,. COMENTARIO: Estamos frente a um quadro de ca, a quimioterapia paliativa é a opção de trata-
abdome agudo obstrutivo em um paciente que mento. Caso esse paciente evolua com disfagia
já foi submetido à cirurgia. Nesses casos, nossa grave, impossibilitando-o de aceitar dieta por
principal hipótese diagnóstica é brida! A con- via oral. podemos passar uma sonda nasoen-
duta inicial nesses casos é sempre expectante, teral, uma prótese esofágica ou realizar uma
com jejum por via oral, passagem de SNG, soro gastrectomia.
421 Preparatóriopara Residência Medica SUS/SP
~ COMENTiRIO: Questão bastante direta: pa- hepáticos), obstrução duodenal por invasão tu-
ciente idosa, oligosintomática com câncer de moral ou pós by-pass gástrico em Y-roux.
prognóstico muito ruim, irresecável e metastá- I Rosposta: ®
·tico. Não devemos brigar com a questão, deve-
-mos oferecer conforto a essa paciente. Respos-
-ta correta: E- cuidados paliativos exclusivos. Um paciente de 48 anos de idade pro-
Mas vamos aproveitar a questão para discu-
tir sobre o t ema: o tratamento cirúrgico com
91 cura a emergência cirúrgica devido a
hemorragia intra·abdominal, por carcinoma
in-tenção curativa nos casos de tumores pe- hepatocelular. Está bastante descorado. Pulso:
riam·pulares est á contraindicado caso existe 120 bpm, PA: 80 x 40 mmHg. Está sendo rea·
invasão vascular e/ou metástases à distância. -nimado com volume e sangue. Em condições
Em casos i rresecáveis ou estádio IV com obs· ideais, a int ervenção que deve ser feita é
trução da via biliar temos três opções de deri-
vação paliativa. Infelizment e, a sobrevida de ® radiofrequência, guiada por ult rassonogra·
pacien tes com ic-tetfcia obstrutiva secundária fia.
a tumores periam-pulares é de t rês meses e, por ® angioembolização.
este motivo, a paliação com conforto deve ser © radioterapia hemostática.
prioridade! @ lapa rotomia, com hepatectomia.
Derivação bilio-digestiva: É a opção mais in-va- ® laparotomia e tamponamento com com-
siva visto que existe a necessidade de cirur-gia, pressas.
mas foi a conduta clássica por m uitos anos e
ainda pode ser realizada em centros que não Alternativa A: INCORRETA. A ablação por radiofre-
dispõem de prótese e endoscopia. É uma op- quência gera calor e, consequentemente. dano
ção quando o diagnóstico da i rresecabilidade t érmico a células. É uma opção de tratamen -
se dá no intraoperatório. Em casos que o tu mor to em casos eletivos, quando o paciente não
tam-bém invade a via alimentar, existe a opção preenche critérios para ressecção do hepato-
de realizar uma gastroentero-anastomose pa- carcinoma. Essa abordagem apresenta melho-
liatíva. res resultados em tumores < 4 em de diâmetro
Prótese biliar (plástica ou metálica) passada e, ta mbém, pode ser u tilizada como terapia
por endoscopia: é a primeira opção na maioria ' ponte" para pacientes que estão em fila de
dos serviços no m undo, pois é menos invasiva. transplante.
Entretanto, existe o risco de migração da pró- Alternativa 8: CORRETA. A angioembolização é a
·tese e necessidade de revisões frequent es da condut a ideal nesses casos, pois é o método
mesma, além do risco de colangite, pancreatite menos i nvasivo dentre as opções terapêuticas.
e sangramento. A prótese metálica apresenta Mas vale lembrar que é uma conduta disponí·
melhores resultados sobre a prótese plástica -vel somente em grandes centros e que a abor-
em pacientes paliativos, com menor necessi· · dagem cirúrgica seria tomada na maioria dos
-dade de revisão (prótese plástica é mais barata, hospitais do pafs.
apresenta maiores t axas de obstrução e tem Alternativa C: INCORRETA. A radioterapia hemostá·
durabilidade menor: 2-5 meses vs 8-12 meses). -tica é a conduta para controle de sangramento
Drenagem transparieto-hepática: possui resul- de tumores gástricos irresecáveis.
tados muito semelhantes as da prótese biliar, Alternativa O: INCORRETA. O t ipo de cirurgia para
com boa drenagem da via biliar, queda da bilir- o tratamento da lesão vai depender do esta-
rubina e melhora do prurido. Entretanto, pode ·diamento da mesma e do tamanho das lesões.
trazer mais desconforto ao paciente devi-do Nesse momento não devemos pensar em trata-
à presença do dreno na pele, com o risco de -mento da lesão primária, e sim tirar o paciente
tração e deslocamento no dreno. Assim como do cenário de urgência (choque hemorrágico!).
a prótese, existe a necessidade de revisões, co- Além disso, a hepatectomia no cenário de ur-
·langite e sangrament o. ·gência possui altíssima morbimortalidade.
O DTPH fica reservado para casos em que a pró- Alternativa E: INCORRETA. A abordagem cirúrgica
tese por CPRE não pode ser passada, como em com tamponamento de compressas (Controle
lesões altas da via biliar (confluência dos duetos de Danos) é uma opção de conduta, especial-
424 Preparatóriopara ResidênciaMedica SUS/SP
-mente em centros menores, onde a emboliza- que possa haver sofriment o de alças ou per-fu-
·ção não está disponível. Mas vale lembrar que ração). Infelizmente, o autor não foi muito claro
o autor nos questiona qual deve ser a conduta no enunciado, pois poderia ter informa-do os
em condições ideias. sinais vit ais e detalhado o exame físico abdo·
minai.
Alternativa B: INCORRETA. A redução manual das
Um paciente de 32 anos de idade, porta- hérnias encarceradas não deve ser realizada, es-
92 ·dor de hérnia incisional há 3 anos, é in-
-ternado devido a suspeita de encarceramento
pecialmente se há suspeita de sofrimento. Não
se sabe qual o aspecto do conteúdo her-niado
há 2 horas. Tem dist ensão abdominal discreta, e se existe algum grau de isquemia. Ao redu·
dor abdominal difusa, que melhorou muito zir uma alça i squêmica para a cavidade, existe
com sintomático, e está estável hemodinami- o risco de perfuração e, consequente· mente,
camente. Melhor conduta: peritonite difusa. Alguns autores são favoráveis
à redução manual em casos espe-cíficos, com
@ Internação para ob servação clínica, por pos- dor de duração menor de quatro/ seis horas.
sível desencarceramento espontâneo. Alternativa C: INCORRETA. Vide comentário B.
® Redução manual do encarceramento, na Alternativa E: INCORRETA. A TC de abdome e pel-
sala de emergência. ·ve com contraste por auxiliar no manejo do
© Redução manual do encarceramento, com paciente, mas não é exame obrigatório. Sinais
sedação, em centro cirúrgico. indiretos de sofriment o de alça como pneu-ma·
@ Cirurgia de urgência. tose intestinal (gás na parede da alça) são tar-
® Tomografia para identificar possível sofri- dios e. portanto. uma tomografia normal não
-mento de alça. exclui a possibilidade de isquemia int es-tinal.
A t omografia pode auxiliar o cirurgião a se pro·
._ COMENTÁRIO: Questão peca pela ausência de gramar para a cirurgia, pois revela o t amanho
detal hes na história e no exame f ísico. Mas va- do anel herniário e do conteúdo da hérnia.
mos rever alguns conceitos: I Resposta: @
As hérnias encarceradas são hérnias irredutí-
veis, mas com preservação do fluxo sanguíneo
para o conteúdo herniário (alças ou epiplon). Um rapaz de 16 anos está no quinto
O encarceramento agudo de uma hérnia atra-
vés de um anel herniário pequeno, pode levar
93 pós-operatório de apendicectomia, por
apendicite aguda complicada. Foi deixado dre·
ao edema do conteúdo herniado, redução do -no tubulolaminar no leito cirúrgico, pois o coto
fluxo sanguíneo e, consequentemente isque- apendicular estava muito friável. Nas últimas 24
mia (hérnia estrangulada). Sempre temos que horas, o débito do dreno passou a ter aspecto
pensar em isquemia de alças em quadros mais fecaloide. Drenou 1Oml em 24 horas. O pacien·
arrastados, após quatro/oito horas de encarce- te est á em bom estado geral, afebril e com boa
-ramento. E em pacientes rebaixados, com pe aceitação alimentar. Queixa-se apenas de dis-
ritonite, t aquicardia, hipotensão, febre, leucoci- creta dor ao redor do dreno. Pulso: 84 bpm; PA:
·tose e elevação de PCR 120 x 80 m mHg. Est á em uso de cíprofloxacíno
Existem também, hérnias cronicamente encar- e metronidazol desde a cirurgia. Conduta:
-ceradas, que possuem um largo anel herniário
e não reduzem devido à fibrose e aderência en- @ Manter antibióticos e dreno. Observação
-tre o cont eúdo herniário e o saco. clínica.
Alternativa A: INCORRETA. Opção um pouco con- ® Retirada do dreno.
-troversa. A conduta expectante, com ob ser- © Troca do dreno para port -0-vac.
-vação clínica e exame f ísico seriado. pode ser @ Reoperação.
realizada quando não há sinais diretos de es- ® Troca dos antibiót icos.
-trangulamento ou de peritonite. A dor abdo-
-minal difusa nos faz pensar que o processo in- ._ COMENTÁRIO: A questão aborda o manejo de
-flamatórío não é localizado somente na hérnia, fístulas intestinais.
mas em toda a cavidade (um sinal indireto de
2017 425
Sepse
Alto débito na presença Vitima d e atropelamento por auto, u m
Baixo débito de outros fatores desfa-
voráveis
95 pacient e d e 78 anos d e idade tem fratura
de 3 arcos costais aesquerda, com hemotórax.
426 PreparatórioparaResidênciaMédica SUS/SP
Foi feita a drenagem de tórax, com saída de 300 mL de sangue. Não tem outras lesões. Orientações
que devem ser dadas a este paciente
@ Manter selo d'água em pressão negativa (aspirar o dreno). Repouso relativo no leito.
® Repouso no leito, troca diária do curativo do dreno.
© Manter o curativo do dreno seco. Deam-bular livremente, desde que o selo d'água seja mantido
abaixo do nível da incisão no tórax.
@ Manter coluna d'água de pelo menos 20 em. Repouso absoluto no leito.
® Tomografia de controle pós-drenagem do tórax.
Um homem de 70 anos de idade, com antecedente de librilação atrial crônica, chega para
96 avaliação com quadro de isquemia aguda grave de membro inferior esquerdo. Foi subme-
tido a embolectomia arterial com suces-so, sendo restabelecidos os pulsos distais. Cerca de uma
hora após o término da cirurgia, come-çou a apresentar edema tenso na perna, dor na pa nturrilha,
parestesia e dificuldade para fazer a dorsiflexáo ativa do pé. Melhor conduta:
Um paciente de 35 anos de idade tem ressecção primária do nevo deve ser marginal,
98t um nevus de 1 em de di~metro em bra-
ço. feita a suspeita de melanoma, sendo in-
e após o resultado anatomopatológico, deve-
· se ampliar as margens conforme o Breslow.
dicada biópsia. A margem cirúrgica na biópsia
deve ser: Breslow Margem
In situ 0,5 cm
@ íncisíonal.
® marginal. s 1mm 1 em
© de 1 em.
@ de l ,Scm. > 1mm 2cm
® de2cm .
.,_ COMENTÀRJO: A margem cirúrgica da lesão Vamos aproveitar a questão para lembrar das
varia de acordo com o achado anatomopato- indicações de pesquisa de linfonodo sentinela?
lógico. isto é: a espessura da lesão em profun- Espessura 0!: 75 mm
didade, conforme a classificação de Breslow. A Presença de ulcerações
428 Preparatóriopara ResidênciaMedica SUS/SP
GINECOLOGIA EOBSTETRICIA
JULIANA GIROTTO SPERANDIO escolhido, a utilização de preservativo para
........................................... prevenção de doenças sexualmente transmis-
sfveis. Nenhum método é formalmente contra
(SUS-SP 2018) Sáo métodos contraceptivos indicado pela OMS. O dispositivo intra·uterlno
O1 denominados LARC que adolescentes
nullgestas podem utilizar, segundo os atuais
(OiU) tem um adendo que, em pacientes nuli-
gestas, a expulsão do mesmo pode ser mais fre-
Critérios de Elegibilidade da Organização Mun- quente, porém não contra indica seu uso.
dial de Saúde: Altomatin A: CORRETA. O OIU de cobre (não hor-
monal, duraç.\o de 10 anos), DIU de levonoges·
(A1 Sistema intrauteríno liberador de hormô- trel (contém progestágeno levonogestrel, dura
nio, implante subcutãneo, dispositivo intraute- 5 anos) e o implante subcutâneo (contém pro·
rlno de cobre. gestágeno etonogestrel. duração 3 anos) são
® Injetável mensal, injetável trimestral, im- considerados LARCS e podem ser utilizados em
plante subcutâneo. adolescentes.
© Adesivo transdérmico, anel vaginal, injetá· Alternativa 8: INCORRETA. O injetável mensal, ape·
vel mensal. sar de ser liberado para uso em adolescentes,
<6) Pílulas combinadas, pílulas com progesta- não é considerado LARC. O injetável trimestral,
gênio isolado, pflulas combinadas de uso es- por ser aplicado a cada 3 meses. é considerado
tendido. por alguns autores como LARC.
® Sistema intrauteríno liberador de hormô- Alttmativa C: INCORRETA. O adesivo transdérmico
nio, omplante subcutâneo, injetável mensal. contém progestágeno norelgestromina + eti·
nílestradiol e é trocado semanalmente. O anel
~ COMENTARIO: Questão clássica sobre anticon- vaginal, contém progestágeno etonogcstrcl
cepçáo. A sugestão que eu dou é sempre guar- + etlnllestradlol, e deve ser trocado a cada 3
dar as CONTRAINDICAÇOES de cada método semanas. Nenhum dos três métodos, por exi-
contraceptivo, facilitando assim a resolução girem reaplicação regular, são considerados
das questões. A Organização Mundial de Saúde LARCS.
(OMS) tem um Manual de planejamento fami- Altemativ• D: INCORRETA. Nenhum anticoncepcio-
liar que auxilia a prática clínica, para aqueles nal oral é considerado LARC, justamente por
que desejem se aprofundar no assunto. Para necessitarem ser tomados diariamente para
adolescentes sem comorbidades. advoga- segurança do método.
-se sobre a importância de oferecer métodos Alternativa E: INCORRETA. Pelos motivos explicados
contraceptivos de longa duração (LARCS), que anteriormente.
não exigem lembrança constante da tomada/
02 (sus-
aplicação do método, de modo a prevenir gra-
videz indesejada. Importante salientar também SP 2018) Paciente do sexo feminino
SEMPRE de associar, independente do método de 53 anos de idade, IIIG IIIP normais,
queixa-se de bola na vagina há I ano com piora
2018 431
progressiva. Apresenta esses dados na classifi- ção da manobra de valsalva. MACETE: Antes
cação de prolapso genital POP-q: Aa = +3; Ba = anterior
+3; C = +6; Ap = +1 ; Bp = +1; O = -; HG = 6; CP Ba: Ponto da parede anterior que se loca-
= 2; CVT = 7. Neste caso o compartimento mais liza mais distai do himen, após a manobra
prolapsado é: de valsalva. MACETE: A letra 8 vem após a
letra A no alfabeto. Por isso, o 8 representa
0 do colo do útero. o ponto após a valsalva.
® da parede vaginal anterior. Ap : Ponto da parede posterior até o hímen,
© da cúpula vaginal. Antes de ser solicitado à paciente a realiza-
@ da parede vaginal posterior. ção da manobra de valsalva. MACETE: Antes
® do corpo perineal. posterior
8p: Ponto da parede posterior que se loca-
11> COMENTÁRIO: :Questão que desespera muitos liza mais distai do himen, após a manobra
alunos, muitas vezes pela não percepção que de valsalva. MACETE: A letra 8 vem após a
consegue-se desenvolver um raciocfnio lógico letra A no alfabeto. Por isso, o 8 representa
a partir do POP-q. o ponto após a valsalva.
O POP-q é a denominação para Pelvic Organ C: Ponto mais distai entre o Colo do útero
Prolapse, uma classificação mundial que unifor- ou Cúpula vaginal (se histerectomia prévia)
miza a linguagem entre Ginecologistas gerais, da fúrcula vaginal.
Uroginecologistas e especialistas em assoalho 0: Ponto localizado no fundo de saco de
pélvico. nas pacientes que apresentem hérnias Douglas.
pélvicas. A imagem abaixo: HG: Hiato Genital
P8 ou CP: Corpo perineal ( em inglês, Peri-
neal body)
CVT: Comprimento Vaginal Total
AR; • 1
(SUS-SP 2018). NÃO é diagnóstico diferen- Alternativa A: CORRETA. Em geral as lesões são
06 cial da sífilis secundária: avermelhadas sem vesículas, sendo as doenças
exantemáticas um diagnóstico diferencial.
@ Doenças exantemáticas não vesiculosas. Alternativa 8: CORRETA. Por serem lesões averme-
@ Farmacodermia. lhadas, que lembram exantema, sempre deve-
© Hanseníase virchowiana. -se descartar alergia a med icações e reações
@ Colagenoses. alérgicas.
® Cancro mole. Alternativa C: CORRETA. Na hanseníase virchowia·
na, podem aparecer lesões de pele nodulares
.. COMENT~RIO: A sífilis secundária pode ter que, apesar de não ser característico o tom
manifestações cutâneas, principalmente com o avermelhado, podem simular lesões de sífilis
aparecimento de lesões eritemato·descamati· secundária em remissão.
vas, circulares, sendo muito sugestivas quando Alternativa D: CORRETA. As colagenoses podem
surgem em palmas e plantas dos pés. A foto ter manifestações cutâneas associadas, indu·
abaixo representa essas lesões: sive com aspecto disseminado e avermelhado,
como na sífilis secundária.
Alternativa E: INCORRETA. O cancro mole ( úlcera de
fundo sujo dolorosa) é diagnóstico diferencial
da sífilis primária, cuja lesão característica é o
cancro duro (úlcera de fundo limpo indolor).
I Resposta: ®
tes rotineiramente durante o mês todo, evitar de lúpus eritematoso sistêmico com anticor-
roupas úmidas por longos períodos, não reali- pos antifosfolípides p osit ivo. O melhor método
zar duchas vaginais), orientar hábitos de vida contraceptivo, segundo os atuais Critérios de
saudáveis; investigar possíveis imunossupres- Elegibilidade da Organização Mundial da Saú-
sões associadas ( HIV, diabetes); colher culturas de:
vaginais para verificar a presença de cândidas
resistentes ao tratamento convencional (ex C. ® Injeção tri mestral de medroxiprogesterona.
glabrata). Após verificados estes pontos, o tra- ® Sistema intrauterino l iberador de levonor·
tamento para candidíase recorrente de escolha gestrel.
é com fluconazol 3 vezes por semana e após a © Pílulas de progestagênio isolado.
remissão dos sintomas, utilizar 100-200 mg por @ Dispositivo intrauterino de cobre.
semana durante 6 meses. ® Preservativo.
Alternativa C: INCORRETA. Na menacme, especial-
mente nos primeiros anos após a menarca, 11- COMENT~RIO: Novamente, questão sobre an-
p ode ocorrer sangramento irregular durante o ticoncepção. A sugestão dada nas questões an-
cido menstrual, ou seja, fora do período mens- t eriores contínua procedendo: ENFOQUE NAS
trual. Isso pode ocorrer devido ai númeras etio- CONTRA- INDICAÇÕES. O lúpus eri tematoso
logias (alterações no colo do útero; miomat ose sistêmico ( LES) é uma doença auto imune, que
uterina; pólipos endometriais etc). Após afasta- pode estar associada a sfndrome anti fosfolfpi-
das etiologias orgânicas, faz-se o diagnóstico de ( SAF). Essa síndrome aumenta o risco trom-
de sangramento uterino disfuncional. O trata- boembólico da paciente em questão em até 15
mento desta entidade se dá com hormoniote- vezes, pri ncipal mente quando associada a ou-
rapia. Esta é realizada idealmente com pílulas tros fatores externos, como gestação e puerpé-
combinadas de etinilestradiol+ progestagênio, rio, trauma,imobilização prolongada, cirurgias
devendo-se utilizar uma dose de etinilestradiol e u tilização de contraceptivos. A combinação
suficiente para estabílízação endometrial com etinilestradiol + progestágeno aumenta de 2-
a proliferação do mesmo e atapetamento en- 6 vezes o risco de trombose nestas pacientes.
dometrial com menores áreas de atrofia decor- A ut ilização de progestágeno isolado também
rente do uso do anticoncepcional. diminuindo tende a aumentar discretamente o risco de TEV
assim a exposição dos vasos da camada basal nestas m ulheres, sendo considerado categoria
do endométrio e melhorando os spottings. O 3 o seu uso (riscos superam os beneficios). Ve-
uso de pílulas com progestágenos isolados, jamos as alternativas:
pri ncipalmente cont endo derivados "no r~ pro· Alternativa A: INCORRETA. O injet ável trimestral de
movem atrofia endometrial importante pelo progesterona é considerado categoria 3, não
bloqueio do eixo hormonal, aumentando as sendo a melhor opção.
chances de sp otting. Alternativa 8: INCORRETA. Apesar de 80% da ação
Alternativa 0: INCORRETA. O tratamento da disme· do DIU de levonogestrel ser local ( alteração da
norreia funcional, ou seja, sem patologia gine- motilidade tubárea, m uco cervical, ambiente
cológica associada, se dá primariamente com hostil à implantação do embrião) e não sistêmi-
antiespasmódicos, como o ácido mefenámico, ca, devido ao alto risco tromboembólico destas
anti inflamatórios inibidores da prostaglandina pacientes, esse método não seria a melhor es-
E2, e com o bloqueio do eixo hormonal e con- colha para as mesmas.
sequente bloqueio menstrual. com os anticon- Alternativa C: INCORRETA. Incorreta, pelo que já foi
cepcionais hormonais previamente exposto.
Alternativa E: CORRETA. ~ estabelecida a relação de Alternativa O: CORRETA. O DIU de cobre não possui
reposição de vitamina E e a melhora da mastodf- hormônios, e age por meio da liberação de íons
nea, sendo considerada uma opção terapêutica. de cobre na cavidade endometrial, gerando
reação inflamatória e tomando o endométrio
hostil à i mplantação. Por não conter hormônios,
(SUS- SP 2018) Paciente do sexo feminino, não aumentaria ainda mais o risco de trombose
08 22 anos, nuligesta, refere ciclos eume-
norreicos e vida sexual ativa, com diagnóstico
para estas pacientes, sendo considerado uma
boa opção contraceptiva. Vale lembrar que é
436 PreparatórioparaResidência Medica SUS/SP
Gardnerella vaginalis
Candida albicans (fun· Trichomonas vagina tis {pro·
(bactéria)
go) tozoário)
..........
prurido e hiperemia vul·
rido vulvo-vaginal
vo·vaginal
.... ,......,..
(lllpldt11'11
visualização de trichomo·
..........
nas (protozoário flagelado
anaeróbio)
presença de clue cells (cé- pseudohifas, após a adi- OBS; ao exame especular,
AlternativaA: INCORRETA. Corrimento típico descrito tobacillus na flora vaginal, acidificando o PH,
acima, não apresenta prurido ou dispareunia. com piora na fase lútea do ciclo menstrual. Os
Alternativa 8: CORRETA. O MACETE para acertar achados microscópicos são fragmentos celula-
essa questão é: o principal diagnóstico dife- rese núcleos livre com aumento do múmero de
rencial de candidíase vulvovaginal. e por vezes bacilos. O tratamento é justamente a basifica-
diffcil de diagnosticar pela extrema semelhança ção do meio com bicarbonato de sódio, 1 vez
entre os corrimentos, é a vaginose citolítiça. Ela ao dia por 7 dias.
ocorre devido à proliferação abundante de La c- v
438 PreparatórioparaResidênciaMédica SUS/SP
Alternativa C: INCORRETA. A vaginite at rófica é uma habit ualmente com CCN (comprimento cabe -
inflamação da mucosa vaginal que ocorre em ça-nádega) 4 2 m m em diante. Está p resente em
pacientes após a menopausa, po r queda dos 99% d as gestações normais e ausente em 73%
níveis hormonais, especialmente estrogênicos, d os fetos com síndrome de Oown.
caracaterizada pelo ressecamento vaginal, dis- Alternativa A: INCORRETA. Po is tais medid as são
pareunia d e entrad a, prurid o ocasional, com u tilizadas na pesq uisa d e cromo ssomopatias,
corrimento escasso fluido ( e não brancacento entre 11 e 13 semanas e 6 dias.
aderente às paredes como na candidíase). O tra- Alternativa B: CORRETA. A translucência nucal e o
tamento é feito com estrogenioterapia tópica. o sso nasal são úteis entre 11 e 13 semanas e 6
Alternativa D: INCORRETA. Vaginite específica é u m dias para pesq uisa d e cromossomopatias.
diagnóstico de exclusão, quando não se encon- Alternativa C: INCORRETA. Pois tais med idas são
t ra a causa d a inflamação vaginal. Sempre de- u tilizadas na pesq uisa d e cromo ssomopatias,
ve-se descartar a p resença de corpo estranho en tre 11 e 13 semanas e 6 d ias.
intravaginal ( p rincipalment e em crianças). Alternativa D: INCORRETA. Pois t ais med id as são
Alternativa E: INCORRETA. Corrimento pode ter as- utilizadas na pesq uisa d e cromo ssomopatias,
sociação com dispareunia de p rofundidad e ( e ent re 11 e 13 semanas e 6 dias. Nesta fase d e
não de entrad a, como na candidfase), o prurido 20-22 semanas, é o momento id eal para realiza-
pod e estar presente, po rém não é tão frequente, ção da u ltrassonografia morfoló gica de segun-
o odo r é forte que lembra a vaginose bacteriana. d o t rimestre.
Alternativa E: INCORRETA. Po is tais medidas são
u tilizadas na p esq uisa d e cromossomopatias,
entre 11 e 13 semanas e 6 dias
GINECOLOGIA EOBSTETRICIA 11
EDSON SANTOS FERREIRA FILHO
Objetivo princip al e a melhor idade g es- A vacina DTJ>a (difteria, tétano, pertusis
11
e
tacional p ara avaliar a translucência nucal
o b servar a p resença d o osso nasal:
12 acelular):
Alternativa C: INCORRETA. Se a paciente tiver es- rança p ara o parto vaginal. Deste modo. em
quema completo de vacinação, com reforço há pacientes que fizeram uso adequado de TARV
menos de 5 anos, recomenda-se uma dose de na gestação, recomenda-se que a via de p arto
dTpa entre 27-36 semanas; se reforço há mais sej a guiada pela carga virai com 34 semanas de
de 5 anos, uma dose de dT ou uma dose de gestação:
dTpa entre 27-36 semanas.
Alternativa 0: INCORRETA. Em geral, as vacinas pro-
duzidas com vírus vivos atenuados são con-
traindicadas na gestação: sarampo, caxumba,
rub éola, poliomielite, varicela. No caso da vaci-
na dTpa, é composta de toxoides diftéricos, te-
tânicos e antígenos contra a Bordet ella pertus-
sis (ou sua suspensão i nativada), não possuindo Alternativa A: INCORRETA. Faz-se dose de ataque
componentes contraindicados na gest ação. de 2mg/kg e manutenção de 1mg/kg/h até o
Alternativa E: INCORRETA. Não está contraindicada clampeamento do cordão umbilical, que deve
na gestação. ser imediato e sem ordenha.
Alternativa B: INCORRETA. Se a gestante fez uso
adequado de TARV e está com carga viral in-
É condu~a correta numa paciente HIV+ detectável, pode-se proceder com via vaginal,
13 em relaçao ao p arto: sem aumento de risco de transmissão vertical.
Alternativa C: INCORRETA. No caso de rotura pre-
@ Manter dose de manu tenção de 1 mg/kg/ matura de membranas ovulares, não existe
hora de AZT durant e o trabalho de parto e após consenso sobre a melhor idade gestacional
o nascimento por via vaginal, procede-se a liga- para o p arto; a maioria dos serviços se divide
dura do cordão umbilical oportuna com orde- entre 34-36 semanas para indução do parto. No
nha para diminuir risco de anemia do nascituro. entanto, antes de 34 semanas, os riscos da pre-
® Indicar cesárea eletiva em gestante acima maturidade superam os riscos da amniorrexe,
de 34 semanas com carga viral indetectável motivo pelo qual a maior parte das instituições
com dose de ataque de AZT 1 mg/kg na primei- procede com conduta expectante, desde que
ra hora. confirmada boa vitalidade fetal e ausência de
© Conduta obstétrica quando ocorrer rot ura infecção (corioam nionite). O AZT deverá ser
premat ura das membranas antes das 34 sema- utilizado quando houver programação para o
nas de gestação com dose de ataque de AZT 1 parto.
mg/kg na primeira hora. Alternativa 0: CORRETA. Em p acientes com carga
@ Indicar cesárea eletiva em parturiente com virai desconhecida ou superior a 1000 cópias/
dilat ação menor que 4 em e bolsa íntegra com ml, fa.z-se cesárea eletiva com 38 semanas; se a
carga viraI ~ 1.000 cópias/ml ou desconhecida paciente é admitida na maternidade em traba-
com infu são de AZT pelo menos 3 horas antes lho de parto, com dilatação de até 4 em, ou com
do part o. rotura prematura das membranas ovulares há
® Utilizar 100 mg de AZT oral a cada 3 horas menos de 2 horas, também se faz cesárea. Em
na ausência de AZT injetável durant e o trabalho t odos os casos. recomenda-se a administração
de parto até o clampeamento do cordão um- de AZT intravenoso por p elo menos 3 horas
bilical. (ataque 2mg/kg, duração 1 hora; manutenção
1mg/kg/h, por p elo menos 2 horas).
~ COMENTÁRIO: A realização de cesárea eletiva Alternativa E: INCORRETA. Na falta de AZT injetável,
mostra-se capaz de reduzir as taxas de trans- o esquema profilático p ode ser feito com AZT
missão vertical em gest antes com carga viral oral, na dose de 300 mg no inicio do t rabalho
elevada ou naquelas que não receberam TARV de parto e a cada 3 horas at é o clampeamen-
ao longo da gestação. Nas pacientes com car- t o do cordão. Este esquema deve ser u tilizado
ga vi ral baixa ou indetectável, que fizeram uso excepcionalmente, uma vez que não apresenta
de TARV (três drogas), há evidências de segu- a mesma eficácia na redução da transmissão
vert ical.
14 NÃO são consideradas indicações ade-
quadas para encaminhamento ao pré- l. ~ ob!.ttl!'ki !W 9fiMCIH-...t
--
Ot:MGCII*IIO• ~~~ cttllf«<lt ~ ót .....~loal
-natal de alto risco: To..,..,_ •
. .........
.,. ~ ...... ~
,......................
~~
I
...__.. .,_ ...
<-~~ltt~~dftllttloof.Wit
.... -_.,.,,._
....... ... ··-tou-.wottt""-*J .....·
alto risco, como doenças genéticas.
Alternativa C: INCORRETA. Condições clinicas ma·
ternas preexistentes configuram pré-natal de
,... _.,..,.._._____ ,..-..c-<1••-..o.•
.~_.,.,....
•CoiMilol , _ . _
~- ........ ......- alto ri sco, como disfunções tireoidianas.
Altornativ• 0: INCORRETA. Incorreta. Na gravidez at·
. -.-H(~
2
~---
.....--...............
~·-··...-:-- ............~
~
........
......., ........... .....,.
....... ....,......
~---..
........................ amniótico configuram fator de risco.
A"tmotivo E: INCORRETA. A dependência de dro·
gas, sejam lícitas ou ilicitas, configuram car-
...... - -~
Mont ~ll...,._.... w.~ acteristicas individuais e condições sociode-
Hls~;.dt!«fwl! ""K.idO(OII'IC~ION'\t! "'OU ~;
,.. , .,tlfi'\Ototll..., mográficas desfavoráveis.
$ f i~
--
foiA .... .......
. . . . . ......,.n.. ......,._ ........ _.~C'"(O .....
s..o-.......,.....
........ ....... t
~
....
)
Oruop.l*'............. +. . . . . . . . . _ _,(~~
(~dlr*:M ~Ift;
15 Em relação às definições de aleitamento
materno, é INCORRETO:
--.....------·--
11•~ ·-lll
~
® Aleitamento mat erno - criança recebe leite
"""' materno (direto da mama ou ordenhado) inde-
-- ~
-
~ ~k~- ·~ SJ0
t.int<OC*~
suga leite diretamente da mama da mãe, não ceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas,
se incluindo o leite originado por ordenha me- sais de reidratação oral, suplementos minerais
cânica. ou medicamentos.
Alternativa A: INCORRETA. Estas diretrizes servem ... COMENTARIO: Segundo a publicação de 2013
de referência a parturientes que apresentarem da Organização Mundial de Saúde, e em con-
eliminação de mecônio i mediatamente antes formidade com a proposta da American Dia-
ou durante o trabalho de parto. betes Association, o rast reio do diabetes mel-
Alternativa 8: CORRETA. Também servem de litus gestacional é universal. t: feito através da
referência a mulheres em trabalho de parto glicemia de jejum e do teste de tolerância oral
com parto normal planejado (espont âneo ou à glicose (medida da glicemia em j ej um, após
induzido) entre 37 e 42 semanas de gestação 1h e 2h da sobrecarga de 75g de glicose oral),
com feto único, vivo e em apresentação cefáli- através do seguinte fluxograma:
2018 443
Glicemoa de jejum
( 11 consufla)
Overt dl8beles
Normal DMG
Altt<Ntiva k CORRETA- Conforme vnualizado no tre 3'16 e 25'16(ou entre I e 17,8'16) dasgestaç6es,
fluxograma, considera-se DMG quando a glice- dependendo da população avaliada.
mia de jejum for de 92 a 125 mg/dL. 1 hora>
180 mg/dL ou 2 horas de 153 a 199 mg/dl; e
Importante lembrar que, na gestação, não há
necessidade de repetição do exame, sendo que
19 No trabalho de parto, na apresentação
® Terciária e quaternária.
QUADRO I
A promoção da saude e os nNe•s de prevenc;<1o segundo Leave-11 & Cl.ark ( 1965)
A pr'OI'nOÇio da uUde ~como~ ~na.c:onfu~indoose ccwn a pte~ ~i
prouçio t$9t(.ll'ig (v.aclluçio. pot tatm~. ~· a IMÕdll ,_-als,MuutNu.q.~~ ~m
_,
PrimAria (promoçio
cbulidlt•~
~.. a res.bt.6nca e o ~tar pnllb indMduoJ {compot'tllrl'ltf'J atmMtates.. exetôcio lilito
• ~ c.ot~~ dl eWUM,nio ~t~~tMio de drop ou d• ~).r-a .,e fftlsum i1 .,._$Õel
dos ll(tftles..T.atnb6m 6~: ~i!O a llo('6ts de orienu(io para cuí<bdos com o atl'lbt'Mte. para que eue
nio ~ o~ncodl ~tas~ (co~IM!ItoS h~Jiinlcos tebc~c~Ndo5 i
hab~Qcf.o e aos e.ntornos).
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.....
·--
... ___ __.
- ·-
- --·
-·· ,
2018 447
--...
4. O beneficio da detecção e do tratamento pre ~ -.ultm
@ 20.
Não se apavora com questão de cálculos! Na ® 40.
prova geralmente como não há uso de disposi- © 80.
tivo eletrônicos o cálculo será SIMPLES! Vamo s @ 160.
Revisar a tabela relação Doença x Teste: ® 200.
--....
_ l loTMie
......
....:::::.·!,~
,_
...
Copia a Tabela Mágica!ll Fica Alerta que a ques-
--.. -
, ... - - : : ......1
tão pede o "Número Aproximado"!!!
' "'
, o
..."' "' """"" ,_
- ~~=.M'JU
•r....
'
,..... ...
N • 1000
-'biiiUdlil•ltO'IIo
'o
DOENÇA EM "AVALIAÇÃO"... DMenha sempre essa
tabela na prova!!!
,
' ... "'
N • 1000
Prevalência: Casos Novos+ Casos Antigo (Casos Quem são os Doentes? Os Verdadeiros Posití·
todos da doença) I População em determinado vos (VP) e os Falso Negativos (FN). Olha na Ta·
tempo. bela acima. Qual a resposta? s individuas!
A questão p ede a relação para cada DOENTE
Vamos coletar os d ados da tabela da Questão: quantos "alarmes falsos = Falso Positivo~ Na ta-
bela acima o valor é 199... Ent ão Regra de 3!!!
Casos da Doença: Verdadei ros Positivos +
Falso Negativo: 5 na questão (Usa a tabelalll) 5 doentes -----· 199 alarmes falsos
População: 1000 individuas. 1 doente--·---· x
Ficou Fácil: = = =
5x 199 .. . x 199/5 39,8 ·> Aproximada·
Prevalência: 5/1000 = 0,005 (não achei esse re- mente40.
sultado nas alternativas!!) I Resposta: ®
2018 449
l 1111".1-.-I
a organização de ações de rastreamento para
o câncer da próstata não é recomendada. Ho-
mens que demandem espontaneamente a rea-
:t-
--- - ·- -·- - ~ -=-- -=--
lização do exame de rastreamento devem ser
informados por seus médicos sobre os riscos e
benefícios associados a essa prática e posterior-
mente definirem em conjunto com a equipe de
Vamos explorar outros dados do documento... saúde pela realização ou não do rastreamento.
Olha qual grupo de doenças •matou mais~ .. Alternativa A: INCORRETA. Sair pedindo PSA "louca-
Aparelho Circulatório (AVC, IAM e Afins!!) mente" pode levar ao diagnóstico de tumores
r.n.._ • ~.,..._...,. ..,..._." 1 r,.,.,..-. ~"'* •"'" • de crescimento lento, pouco agressivos que
........ _..... .. ...,.n
--... Mil. muito menos levariam a morte:
~ história natural do câncer da próstata não é
- . __ ..- • .
~-(MA
..._._.....
-
.._.,._....
......... ~-~- ........-~
.....,.._
~
....--
·~
riando desde tumores muito agressivos àqueles
de crescimento lento que podem não causar sin-
_ .;__
1.-: M~VM>A!IIS • S... de 111~ .-..........
AftHOI-lS4c . . . .l ..
- .-.
tomas ou a morte~
Alternativa 8: INCORRETA. O Programa de Rastreio
para Câncer de próstata foi descontinuado de-
450 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
(SUS - SP 2018) Segund o o Guia de Vig ilância Epidemiológica do Ministério da Saúd e do Brasil
28 (2017), um Paciente com feb re de inicio súbito maior que 38,S •c e artralgia ou artrite inten-
sa d e início agudo, não explicado po r outras condições, sendo resident e ou tendo visit ado áreas
endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do inicio dos sintomas, ou que tenha vinculo
epidemiológico com caso importado confirmado, é caso suspeit o de doença causada pelo vírus
® Zica.
® Dengue.
© Chiku ngunya.
@ Mayaro.
® Rocio.
Discordamos p lenamente deste gabarito e seria muito tranquilo a elaboração de recurso respaldado
na tabela de diagnósticos diferenciais do Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde
(Vide abaixo). Os seguintes trechos da questão nos levam a hipótese d iagnóstica de Chíkunguya
D•nguo I Zlk<*
.....
S1na1$/S1ntamas I I Ch1kunguny"'
F~br~ otltol
Sem febre ou subftbril (~33"'C) Ftbr• '"•
(>38"C} (>38'0
1·2 dias s.ubfebril
Out;)Çio 4--7 diots 2•)di1tS
R.ash <vt!neo Surge a partir do 40 cfta Surge no lo ou 2o dia Surge entre 2 eStias
ftequk'!Qêl 30 a 50% dos c.asos 90 a 10~ dos casos SO% dos casos
M.algla (frequ~nda) + ++ ++ +
Artralgi• (frequinci•) + ++ + ++
.....
-
lntcns.dõKI• d• dor •rtxulo~r l.~moctw.cr. Modqr;KI~ntens•
Ed<em.a d• •rUtul~
Conjunti>Ate
Cefaleia
..,.
R.aro
+ ++
Frequ~nto o do~ i.nt~
++
Htpertrofia ganghONr + ++ + + +
Oneras•• hemorrjgic4 + + Au!t«lte +
Ruco de morte + ++ +. + +
Al;omctim~to neurol6gKO + ++ + + +
lfUCopeNil +++ +++ +++
Linfopenia InComum Incomum Frequente
lrornbodtopet'lia +++ Aus.nte ( raro} ++
Fon-1e •.co•<o.Gt-o(2016)
•Podf h~• ..sco dt ~ no.utot ~<OomO • si~ dot c;u,..."'.,..,... (S<il) dt<o.....-ft 6tlll.t, o... Pl•• <r...-.çM com """OI~
(~- QirfYf'S
2018 451
Alternativa A: INCORRETA. Discordamos do gabari to tratamento padrão e 90,6% dos pacientes que
devido a manifestação de feb re baixa na Zika e receberam 600 mg do tratamento controle ti-
as manifestações articulares serem menos exu- nham atingid o o d esfecho primário do estudo
berantes que na Chiku ngu nya. (diferença - 0.6, intervalo de confiança 9 5%
Alt•rnativa 8: INCORRETA. Apesar da Febre alta - 5.2 a 4.0; P =0.72):
presenta na dengue, a manifestação artrite
é menos comum se comparado aos casos de @ 1.
Chiku ngunya. ® 2.
Alt•rnativa C: CORRETA. •febre de início súbito maior © 3.
que38.s•c @ 1 ou 2.
•artralgia ou artrite intensa de inicio agudo~ ® 2 ou 3.
Alternativa D: INCORRETA. A febre de Mayaro é uma
infecção causada pelo vfrus Mayaro (MAYV), o Não se assusta com essa questão.. . Resp ira
qual é transmitido tipicamente pela p icada d o fundo! Conhecend o a figura padrão abaixo fa-
mosquito Haemagogus. cilmente você conseguirá responder TODAS as
O p onto nesta alt ernativa que a torna incorreta questões destes gráficos:
é o infcio das manifestações cli nicas apõs a p i-
cada do mosquito: •Ap õs a picad a d o mosquit o
infectad o, os sintomas iniciam geralmente de 1
a 3 dias após a infecção .. .'
Alternativa E: INCORRETA. O vírus Rócio compõe IIMto-t* .... I ieoloilo>clo
--~
-~··'" !·!•,•''""!!!.".,,..----
um gru po responsável por manifestações de
sistema nervoso Central que não são descritar T·C
na questão:
•Após o perlodo de incubação, que variava de 7 •
a 14 dias, os doentes apresentavam inicialmente
febre, cefaleia, anorexia, náusea, vômitos, mial- C•-
l •Ç ~ J
x Controle). Sendo assim o t ratamento Controle
não é INFERIOR.
·• o ••
menos eficaz que um tratamento padrão, por mais que uma margem de tolerância fixada previamente e
denominada margem de não-inferioridade (M).
Nesses estudos, a hipótese nula é a de que o tratamento em investigação é inferior ao controle por uma
diferença maior ou igual a M, e a hipótese alternativa é a de que a diferença entre tratamentos é menor
que a margem.
Ométodo de escolha para a análise dos estudos de não-inferioridade consiste na construção de interva-
los de confiança, usualmente de 95% (IC95%). O tratamento é declarado não-inferior se o limite inferior
do IC95% da diferença entre tratamento e controle não incluir o valor da margem especificada."
I Resposta: ®
(SUS - SP 2018) A Portaria no 204 de 2016, do Ministério da Saúde do Brasil, define a Lista Na-
3O cional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública em todo
o território nacional. São doenças de notificação imediata (,; 24 horas):
® Sarampo e leptospirose.
® Cólera e tuberculose.
© Sífilis congênita e rubéola.
@ Dengue-casos e dengue-óbitos.
® Febre maculosa e esquistossomose.
Alternativa A: CORRETA Não adianta evitar! Sim elas devem aparecer na sua prova!!! Doenças de noti-
ficação compulsória!!! A questão cobra um subgrupo delas!!! NOTIFICAÇÃO IMEDIATA .. . Questão
d ireta!!! Comece memorizando as doenças de notificação imediat a:
Lista Nacional de Notif.cação Compulsória
~ _ xX
b. Dengue - Óbitos X
8 Difteria X
9 Doença de Chagas Aguda X X
10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) X
a. Doença lnvasiva por "Haemophilus
11 lnfluenza• X X
2018 453
25 He paUtes vlrais X
26 HIV/AIDS · Infecção pelo Vírus da X
lmunodeficiência Humana ou Síndrome da
lmunodeficiêncla Adquirida
27 Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou X
puérpera e Criança exposta ao risco de
transmissAo vertical do HIV
Infecção pelo Vírus da l munodeficiência
28 Humana (HIV) X
lnfluenza humana produzida por novo subtipo
29 vira I X X X
30 Intoxicação Exógena (por substancias X
qufmicas, incluindo agrotóxicos, gases
tóxicos e metais pesados)
31 Leishmaniose Tegumentar Americana X
32 leishmaniose Visceral X
33 leptospirose X
34 a . Malária na região amazônica X
b . Malária na regiao extra Amazônica X X X
35 X
Óbito: a. Infantil b. Materno
36 Poliomielite por poliovirus selvagem X X X
37 Peste X X X
Raiva humana X X X
38
39 Sfndrome da Rubéola Congênita
- r-
X X X
40 Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. X X X
Rubéola
41 X
Sifilis: a. Adquirida b . Congênita c. Em
gestante
42 Sfndrome da Paralisia Ffáclda Aguda X X X
43 Síndrome Respiratória Aguda Grave X X X
associada a Coronavírus a. SARS.CoV b.
MERS- CoV
44 X
Tétano: a. Acidental b. Neonatal
45 Toxoplasmose gestacional e congênita X
46 Tu b e r c u I os e X
47 Varicela -caso grave internado ou óbito X X
48 a. Violência doméstica e/ou outras violências X
.. . . . .. ..
2018 455
(SUS- SP 2018} Uma epizootia de febre amarela em um primata, associada à evidência de cir-
31 culação vira! em vetores, outros primatas não humanos, ou humanos, no local provável de
infecção, é classificada como:
@ em investigação.
® confirmada, por critério laboratorial.
© confirmada, por vínculo epidemiológico.
@ indeterminada.
® descartada
Alternativa C: CORRETA. (confirmada, por vínculo epidemiológico}. Segue o Trecho do Guia de Vigilân-
cia epidemiológica do Ministério da Saúde:
Epizootia confirmada para f"br" amar"la
Por laboratório- resultado laboratorial conclusivo para a febre amarela em pelo menos um animal
do LPI.
Por vínculo epidemiológico - epizootia em primata associada â evidéncia de circulação vira) em
vetores. outros primatas ou hwnanos no LPI. Devem ser considerados o tempo e a área de detec-
ção, avaliando caso a caso, em conjunto com as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e a Secretaria
de Vigilância em Saúde (SVS}.
Epizootia ind"t"rminada
Rwnor do adoecimento ou morte de macaco, com histórico consistente, sem coleta de amostras para
diagnóstico laboratoriat lnduem se nessa dassificação aque]es eventos em que a investigação epidemio-
4
Alternativa E: INCORRETA.
(SUS • SP 2018) Na Guia de Vig;lãncia Epi· sículas em região de boca que evoluem com
32 demiológica do Ministério da Saúde do
Brasil (20 17), a seguinte definição Paciente com
erosões.
® varicela.
® mononucleose infecciosa.
© doença mão·pé·boca.
@ doença herpética. Alternativa D: INCORRETA. A Doença herpetica evo·
® herpangina. lui com lesões vesiculares dolorosas.
i
I
•
Alternativa E: INCORRETA. Na Herpangina as lesões
progridem Inicialmente de máculas vermelhas
(SUS · SP 2018) Paciente do sexo masculino, 10 meses de idade, apresentou diarreia e vômitos
35 de moderada intensidade durante 3 dias, quando o quadro se intensificou. Deu entrada no
Pronto-Socorro muito desidratado e com sinais de desnutrição moderada. Três dias depois da ad-
missão hospitalar, apresentou aspiração de vômitos, evoluindo com broncopneumonia. O quadro
se agravou e o pacient e faleceu no quinto dia da internação. No atestado de óbito, a causa básica
deve ser
® Broncopneumonia.
® Aspiração de vômitos.
© Vômitos.
@ Gastroenterocolite.
® Desnutrição moderada.
Questões sobre Declaração de Óbito são diret as e geralmente aparecem de 2 formas nas provas
de residência:
Segue abaixo o Campo VI da Ded aração de Óbito. Observe a forma correta de preenchiment o. Em
relação a esta questão. a gastroenterocolite foi a CAUSA INICIAL (Vamos fazer analogia a "fileira de
dominó" que é derrubado a partir da primeira peça) que levou ao evento final do óbit o.
_ ,, ----
:::::--------
tte-... ....MOIII!I:
-
• tl'1t.4 flft•4._t_. ou t•rmmal
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I
Outros IHtidos Pltofót•cOJ ••onrflut•wo• •u•
I
contr~b\11·
t•"' p•r• 1 mo!U. Mo ettal'ldo. IHit,.tt-ftto. rtlat.onadOt
C.Ofn O ~tidO p1toiÔ9KO que I PIOdUZht
I
(SUS • SP 2018) Paciente de 74 anos de idade, sofreu acidente cerebrovascular que resultou em
36 hemiparesia no hernicorpo esquerdo. A realização de reabilitação desse déficit motor é um
exemplo do(s) nível(is) de prevenção
® Primária.
® Secundária.
© Terciária.
@ Quaternária.
® Terciária e quaternária.
2018 459
_. COMENTÁRIO: Questões dos níveis de Prevenção de Leavell e Clark são muito recorrentes nas
provas do SUS-SP. Na questão aci ma temos um indivíduo v ítima de Acidente Vascular Encefalico
(Item A incorreto - Já passou o nível de prevenção Primária: Fatores de Risco), apresentando hemi-
p aresia no hem i corpo esquerdo (Item B incorreto · já ultrapassou o n ível de p revenção Secundária:
tratamento precoce para m ini mizar sequelas) necessitando de REABILITAÇÃO (Palavra mágica da
prevenção Terciária • Item C Correto). Se a questão trata de IATROGENIAS (excesso de medicamen·
tOS1 exames e intervenções) devemos lembrar da Prevenção Quaternária. Revise os conceitos na
tab ela abaixo de Leavell e Clark.
QUADRO I
A promoção da s~ude e os nrve1s de pre\lenção segundo leaveU & Clarl< ( 1965)
A prOfnOÇio Ih uu.:k apwece «1m0 prewenç:io pnrnir"ia. tonfundtn6oose com ;a ~ referente i
prottdo ~ ('«tndo. por~).~ a mtdodute"'IS..~ClUf cbftdvatn
._ ...
Primi.U (promoçlo
ct.t u.ude e
)
ptOteç1o
melhonr ~ rtiis.tênc.ia • o ~ a-nl d<l' lndMciUO$ (compot"W'!~et!tOS <ll•mt~ exwciuo fislco
e repouso. conten(:lo de eureue. nio ..,estio de drops ou ~ abuo). pan que m.iwm b •euões
dOJ ..-tu, T~ombttn ·~ l'tipeito a a<6fl de O'*Qdo para Qli4ldos COfl\ O ~~~. pa,-, qut HM
nio ~ o deMrwoMmento de aprus «J016cicos. (con 1p01 ...,, . 1tos hi&!itwco5 rebóoludo' 1
l'llbitaCio e aos el'llOI"nnOl).
En(Joba esvt~ populkiOnatt pan ~ prec«e de doetl(:u.como por exempbo ~
Secundária (~ftÕ&oco de c:.inc4lt Ot tok> ut•lno. T~ c~ açóts cem lndMd-... tbnc.~U ou~~ com
e tnQinerlto pt'«OU: dia&f'bsticos confirm:uSos. p:an que se cui"Cm ou '"'"~se ~te Delos. tv~a.ndo
litMdo cb ..wat.dft) complc:t(6es e ti'IOI'tts pf~s.. bc.o se di pot' l'l'ltiO dt pritku ck'lita! ~flti'IU e de tduado em
u\ldt,otrjftlvJndo 1 adoçiclmucbnça de Compot'~tos (JIIiment~u. ;a!Mibdes ilsias ~).
I Resposta: ©
@ hepatite B.
® meningite e outras i nfecções causadas pelo Haemophilus influenzae ti po 8.
© doenças invasivas causadas por Neisseria meningit id is do sorogrupo C.
@ d iarreia p or rotavírus.
® doenças invasivas e otite média aguda causadas por alguns soroti pos de Streptococcus pneu-
moniae .
.. COMENTÁRIO: Atenção q uestões sobre calendário de Vacinação são muito recorrentes em p rova
de residência. Sá o questões diretas! É necessário q ue você revise este assunto antes da realização
d e sua p rova. Em questões anteriores (2' questão de preventiva d esta p rova) reproduzimos o calen ·
dá rio vacinaI para você ler quantas vezes for necessário. A vacina para Nei sseria meni ngi tid is não é
admi nistrada nos 2 meses de vida!!! Segue o Resuminho:
Meningocócica C.. . ·ouas doses da vacina serão administradas para crianças entre 3 e 5 meses, com
um reforço para crianças até 5 anos incompletos. Também há mais uma dose para adolescentes entre
12 e 13 anos de idade. Até 2020, a idade será ampliada progressivamente até englobar crianças e ado·
lescentes entre os 9 e 13 anos~
A outras vacinas descritas na questão (itens A, B, D e E) fazem parte do calendário vacina! a serem
admi nistradas nos 2 meses de vida.
I Resposta: ©
%0 Preparatóriopara Residência M~dica SUS/SP
.. COMENTÁRIO: Devido ao período de epidemia vivenciado nos últimos anos, questões sobre Febre
Amarela deverão entrar na temática de prova de forma recorrente. A alternativa C está INCORRETA
no momento que sugere isolamento por "14 dias~ O Isolar os casos suspeitos durante o período de
vi remia consiste nos 7 d ias iniciais de evolução da doença.
--- -
•
Alternativa B: CORRETA. Uso de repelentes, a vaci- Mais de 100 Mil hões d e b rasileiros não t êm
nação antecipad a (lembre-se 1O dias antes de acesso a est e serviço.
viajar). roupa adequadas, mosquiteiros são me- Mais d e 3,5 mílhôes d e brasíleiros, nas I 00
didas que auxiliam na proteção cont ra a trans- maiores cidades d o país, despejam esgoto
missão da Febre Amarela. irregularmente, mesmo tendo redes cole-
Alternativa D: CORRETA. O diagnóstico da Febre toras
Amarela e de seus diagnósticos diferenciais são disponíveis.
de grande importância para elaborar medidas
de combate a infecção e transmissão d o vírus Tratamento de Esgoto:
da Feb re Amarela. 44,92% dos esgotos d o país são tratados.
Alternativa E: CORRETA. Se o mosquito faz parte d o (GABARITO LETRA "B"l
elo de t ransmissão como agente vet orial, sua A média das 100 maiores cid ades brasileiras
eliminação é d e grande importância para a re- em tratamento dos esgotos foi de 50,26%.
dução do elo da doença; Ap enas 10 delas tratam acima d e 80% d e
I Resposta: © seus esgotos.
Nem t udo são flores na prova de Residência.. .
Sempre é bom trazer um "amuleto" da sorte para
(SUS · SP 2018) Em 2015, o Institu to Trata essas questões d e d ados muito específicos.
39 Brasil, especializad o em saneamento, in-
formou que o percent ual d e esgotos tratados Fonte:http://www.tratabrasil .org.b r/saneamen-
no pafséde t o/principais-estatisticas/no-brasil/esgoto
I Resposta: ®
@ 22,67%.
® 42,67%.
© S2,67%. (SUS - SP 2018) O cálculo da taxa de morta-
@ 62,67%. 4O lidade infant il u tiliza o denominador de
® 82,67%.
@ I 00 nascid os vivos.
Outra questão comp licada na qual você tem ® 1.000 nascidos vivos.
que ter em algum momento acesso a essa in- © 10.000 nascidos vivos.
formação para acertar. O Institut o Trat a Brasil @ 100.000 nascidos vivos.
consiste: ® 1.000.000 nascidos vivos.
·o Instituto Trata Brasil é uma OSC/P - Organização I Resposta: B. Questão d ecoreb a e sem noção
da Sociedade Civil de Interesse Público, formado para estragar o fim de prova do Candidato. Va·
por empresas com interesse nos avanços do sanea- mos apresentar a fórmula para calcular a taxa
mento básico e na proteção dos recursos hídricos de mortalidade infantil. Observe que o d eno -
do país. Atua desde 2007 trabalhando para que o minador são nascid os vivos mult iplicad os por
cidadão seja informado e reivindique a universo/i· o'
uma potência de 3 (1 = 1000).
zação do serviço mais básico. essencial para qual-
quer nação: o saneamento básico. Nossa trabalho Taxa de Mortalidade Infantil: Óbit o < I ano
é de conscientizar a sociedade para termos um d e Idad e I Nascid o vivo s em determinada loca-
Brasil mais justo. com todos tendo acesso à água lidade x 1000 (Pegadin ha!!}
tratada, coleta e tratamento dos esgotos. Somos
um pals ainda muito deslgual nessa infraestrutura,
sobretudo nas regiõesmais pobres: PEDIATRIA I· RENATA GOMES
tica de traumatismo craniano leve. Neste caso, Sinais de fratura de base de crânio (sinal do
o sintoma isolado mais comum é guaxinim, sinal de batalha, otorragia, san·
gramento nasal)
@ convulsões.
@ amnésia. Dessa forma, vemos que no TCE leve, que é o
© vômitos. caso do paciente em questão. Os sintomas lis-
@ perda transitória da consciência. tados nas alternativas A, B, C e O fazem parte
® cefaleia. dos sinais de alarme que deverão ser avaliados
em todos os casos de traumatismo craniano/
.. COMENTÁRIO: O TCE é classificado em leve, mas a presença deles não é tão comum e indica
moderado e grave. O instrumento universal- gravidade. Sendo assim, temos como resposta
mente utilizado para classificação da gravidade a alternativa E que traz a cefalíea com sintoma
é a Escala de Coma de Glasgow (Quadro 1). mais comum.
Quadro 1 - Esala de Comi 6e Glasgow para crianças e
Obs: Na questão, temos que a criança tem ECG=
Lactentes 12, e mesmo assim o TCE é considerado leve.
No tratado da sociedade brasileira de pediatria
Modifiuda
Conv•ncion•t (llctentes <1 1nos) temos que TCE é considerado leve se ECG= 1S
ou 14, moderado para ECG entre 9 e 13 e grave
AMrtur• Ocultr
para ECG menor que 8.
Espont3nea 4 Espont3nta 4
Ao comando verbal 3 Ao comando verbal 3
À dor 2 À dor 2 Paciente de 11 meses com defeito septo
Nenhuma 1 Nenhuma
Respost1 Verbal
1 42 interventricular (C IV), em uso domiciliar
de furosemida e seguimento com cardiologis-
Orientado 5 Balbucio 5 ta, deu entrada no pronto-socorro taquipneico
Convers~.&o confusa 4 ChOfo irriti<lo 4
e taquicárdico. FC: 182 bpm, Na: 136 mEq/L; K:
2,7 mEq/1.; P: 2,9 mmol/1.; Hb: 9,5 g/dl e presen·
Palavras inapropriadas 3 Ch01oa dor 3
ça de onda U proeminente no ECG. A conduta
Sons incompreensrveis 2 Gemidos à dor 2
inicial adequada é
Nenhum 1 Nenhum 1
deverá ser reavaliado quando o paciente esti- tilagem cricóide que nessa idade possui forma
ver estável. circular. Ao contrario dos adultos, onde a carti·
lagem cricóide assume aparência oval. e a par-
Níveis de fósforo sérico na infinda t e mais estreita da laringe passa a ser o espaço
entre as cordas vocais (glote).
NfVEL DE fÓSFORO
IDADE
(mg/dl)
Alternativa 8: INCORRETA. A criança normal tende a
0-Sdias 4,8 -8,2 t er uma epiglote em ômega.
1-3anos 3,8-6,5 Alternativa C: CORRETA. Ver figura
Alternativa D: INCORRETA. A laringe infantil está
4- 11 anos 3,7-5,6 mais alta no pescoço, com a cartilagem cricóide
12- 15 anos 2,9- 5,4 no nível da 4' vértebra cervical (no adulto entre
16- 19 anos 2,7-4,7 a 6• e 7• vértebras cervicais) (ver tabela)
Alternativa E: INCORRETA. A porção mais estreit a é a
correspondente à cartilagem cricóide.
Disponível em: Nelson ...
ç;~rlo~m
43
ttrct<IK!olt
® comp ressões torádcas (aproximad amente mo 1O segund os, e então parti r para a RCP que
100/minuto) e a outra ficar responsavel por ad - segue a sequencia C- A- 8 (circulação, vias aé-
min istrar vent ilações de resgate reas, respiração}, de modo que a primeira atitu-
na prop orção 15:2. d e é começar a garantir a circulação p ara os ór-
@ comp ressões torádcas (aproximad amente gãos vitais através d as compressões torádcas.
100/minuto) e a outra ficar responsável por ad - A tabela a seguir mostra as características das
min istrar ventilações de resgate compressões, bem como a relação compres-
na prop orção 30:2. são/ventilação em cad a situação na pediatria.
___•
© 30 comp ressões torácicas (aproximada-
mente 100/minut o), enquanto o outro chama
o serviço d e urgência.
@ 15 comp ressões torácicas (aproximada·
·---...._ ..
mente 100/minu to), enquanto o outro chama
o serviço de urgênda.
® a abertura e desob strução das vias aéreas, --
-·-·
-
enquanto o outro chama o serviço de urgência.
-- '·-- -...- . .
........- ... -·... __
..._
-.......
---·-
---· -·-- (Mtll-·"-
..--··
c.......~
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--· -·
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....._... -··-
--*-__ ....-.._,
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........................
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·-"·--·-·
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$.Ao---·•oo . . ...-
......,,
·-·- ..........
--·---·------
....._. ___ __ .. ___........--·--·----·-
· · - --- _
--·- ..··--
..... _ . , . _ _ ,. .... _ 0 1_ _ .,._ __
-- -... -
-~ ...----... -·--..-
.......
.,, , ...
2018 465
José com 8 anos, previamente saudável, não estreptocócica se sobrepõem mui to am-
48 foi ao consultório do pediatra com his-
tória de febre e dor de garganta há 1 dia, sem
plamente, o que prejudica a decisão d iagnos-
t ica baseada apenas em parâmetros clínicos.
rinorreia, tosse ou diarreia. O exame da orofa- logo o diagnóstico clínico não pode ser feito
ringe mostrou eritema fari ngeo com exsuda- com segurança memos pelos mais experientes
to tonsilar, linfadenomegalia cervical anterior médicos, sendo necessária a confirmação bac-
bilateral dolorosa. Mãe refere que apresentou t eriológica.
dor epigástrica leve com uso de Amoxicilina A cultura de swab de garganta em uma placa de
há doi s meses atrás quando tratou um quadro agar sangue de carneiro permanece o padrão
semelhante a este de •dor de garganta• (sic). A para a documentação da presença de strepto-
melhor conduta neste caso é cocus do grupo A no t rato respiratório superior
e para confirmação do diagnóstico clínico de
@ prescrever Amoxicilina 50 mg/ kg via oral fari ngite por estreptococo do grupo A aguda,
por 10 dias. com sensibilidade de 90 a 95%. Como a cultura
® solicitar dosagem de anticorpos anties· t em desvantagem da demora, surgiram os tes-
treptolisina O. tes de detecção rápida de antígenos. A maio-
© prescrever Azitromicina 50 mg/kg via oral ria dos t este rápidos disponíveis hoje têm uma
por 5 dias. boa especificidade (> 95%), mas a sensibilidade
@ solicitar teste rápido para antígeno do é de 80 a 90%, de modo que um teste positivo
5treptococcus do grupo A indica tratamento, mas um teste negativo não
® penicilina benzatina 50.000 Ullkg intra- exclui a possibilidade da presença da bactéria,
muscular dose única. nesses casos a cultura deve ser realizada.
Alternativa A: INCORRETA. O tratamento apontado
._ COMENTARIO: O caso clínico da questão traz é correto nas faringites estreptocócicas, mas o
uma criança com uma faringite aguda. Os si- ideal seria confirmar antes a presença da bacté-
nais e si ntomas da faringite estreptocócica e ria pelo teste rápido.
2018 467
Alternativa B: INCORRETA. Os anticorpos não serão óssea que se traduz em fraturas, que a criança
detectados na fase aguda da doença . não tem.
Alternativa C: INCORRETA. Primeiramente, confirmar Alternativa E: INCORRETA. a doença citada é uma
a presença de bactéria. Segundo, a dose da azi· das apresentações da histiocitose X e tem como
tromicina correta seria 1Omg/kg/dia no primeiro triade clássica: defeitos osteolíticos nos ossos
dia e após 5mg/kg/dia por até completar 5 dias. membranosos, exoftalmia e diabete insípido.
Alternativa D: CORRETA.
Alternativa E: INCORRETA. Primeiramente, confir·
mar a presença de bactéria. Segundo, a dose da
penicilina benzatina é de 600000 UI intramus·
cular para menores de 27kg e 1200000 UI para
maiores de 27kg.
@ Sífilis congênita.
® Artrite reumatoide.
© Raquitismo.
@ Osteogênese imperfecta.
® Doença Henda-Shyullera-Christian.
Foto: A: Criança norma. B: criança com alarga·
1!- COMENTÁRIO: O quadro clínico descrito é ti· mento do punho por raquitismo. Retirada do
pico do raquitismo. O aumento da relação se- Nelson · Tratado de Pediatria.
guimento superior/inferior se dá pelo arquea·
mento dos membros. A cintura de Harrison é o
nome que se dá a depressão horizontal ao lon· João, 4 anos, foi encaminhado pela ey
go da porção inferoanterior do tórax que ocor-
re em razão da tração das costelas, que estão
50 cola ao médico da Unidade Básica de
Saúde. A escola está preocupada pelo fato
amolecidas, pelo diafragma durante a inspira- da criança apresentar dificuldades de se co·
ção. O alargamento de punhos e joelhos ocorre municar e de fazer amigos e de ser agressivo
devido espessamento da placa de crescimento. quando contrariado. Os pais referem que ele é
Alternativa A: INCORRETA. a sífilis congênita pode muito agitado e parece não se concentrar, mas
trazer aterações ósseas mas envolvem metáfise é muito inteligente e que sabe contar e ler os
e diáfise de ossos longos (tíbia, fêmur e úmero) números desde os 2 anos de idade. Na consulta
Alternativa B: INCORRETA. essa não é uma patologia o pediatra observou que João tinha dificulda-
frequente nessa idade, e o que poderíamos ver de de ficar parado, fez o maior escândalo para
seria edema articular e não alargamento dos ser examinado e que os pais não conseguiam
punhos e joelhos como temos na questão. colocar limites. Não se interessou por nenhum
Alternativa C: CORRETA. brinquedo da sala, mas adorava abrir e fechar a
Alternativa D: INCORRETA. a osteogênese imper· porta, o que fez diversas vezes. A hipótese diag·
feita tem como marca principal a fragilidade nóstica mais provável é:
%8 Preparatóriopara Residência Médica SUS/SP
® Transtorno do déficit de at enção e hipera- Pediatria. 19th ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora
tividade. ltda.; 20t4. p. 222-227
® Transtorno desafiador opositor. 3. Departamento Cientifico de Pediatria do De.sefl-o
© Transtorno do espectro autista. volvimento e Comportamento. Triagem precoce
@ Distúrbio específico da linguagem. para Autismo/ Transtorno do Espectro Autista.
® Retardo mental. Oisponivel em: <http://Www.sbp.com.br/ filead-
min/user_upload/publicacoes/19464bo-OocCient-
Alternativa A: INCORRETA. caracterizado por desa· -Auüsmo.pdf>. Acesso em: 0 2/0212018
tenção, aumento da distraibilidade e dificulda- 4. Amélia Gorete Rei.s, Marcos carvalho de Vascon--
de de sustent ar a atenção, as criança afetadas cellos. Ressuscitação cardiopulmonar pediátrica.
comumente apresentam insucesso escolar., ao Oisponivel em: http://www.jped.com.br/conteu--
contrário do paciente em questão d o/99-75-5 159/port.asp. Acesso em: 0 1/0 2/20 18
Alternativa 8: INCORRETA. S. Mario Roberto Hirschheimer. Oisturbios do me-
Alternativa C: CORRETA. O Transtorno do espectro tabolismo do sódio e potássio e do equilíbrio
autista (TEA) é caracterizado por déficits e di- acidobãsico. tn: Tratado de pediatria: Sociedade
ficuldades na comunicação e interação social, Brasileira de Pediatria. 4th ed. Barueri-SP:Manole,
associados a interesses e atividades restritas e 2017.p194B - 19SS
circunscritas. O TEA é classificado, de acordo 6. larry A. Greenbaum. Raquitismo e hípervitamino-
com a última versão do Manual Diagnóstico se O. In: KJiegman R. Stanton B, Schor N, Geme 111 J,
e Estatístico de Transtornos Mentais (DSMS), Behrman R. ed. by. Nelson Tratado d e Pediatria.19th
como sendo um transtorno do desenvolvimen- ed. Rio de Janeiro:Elsevier Editora ltda~ 2014.
to, cujas características clínico-sintomatológi- 7. CARNEIRO FILHO, José Olimar; LEITE. M arta San-
cas iniciam nos primeiros anos da infância. tos; ANDRADE NETO, José Moacyr. Histiocitose
Alternativa D: INCORRETA.nos distúrbios específi- x (sfndrome de h and -sch uller-christian): relato
cos da linguagem não há dificuldade na i nte· de caso. Radiol Bras, São Paulo • v. 35, n. 2. p.
ração social. 109-11 2, Mar. 2002. Available from <http://
Alternativa E: INCORRETA. O diagnóstico de retardo www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pi-
mental é definido com base em três critérios: d=SO 100=3984200200 0 200 0 12-&ln g=en&nrm -
início do quadro clínico antes de 18 anos de iso>. access on OS Mar. 2018. http://dx.doi.
idade; função i ntelectual significativamente org/10.1S90/ SO 100.39842002000200012.
abaixo da média, demonstrada por um quo- 8. Transtornos de aprendizagem. In: Kliegman R,
ciente de inteligência (QI) igual ou menor que Stanton B. Schor N, Geme 111 J, Behrman R. ed. by.
70; e deficiência nas habilidades adaptativas Nelson Tratado de Pediatria.19th ed. Rio de Janei-
em pelo menos duas das seguintes áreas: co- ro:El.sevier Editora ltda.; 2014.
municação, autocuidados, habil idades sociais/ 9. VASCONCELOS, M areio M .. Retardo mental. J.
interpessoais, auto-orientação, rendimento es- Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre . v. 80, n. 2. supl.
colar, trabalho, lazer, saúde e segurança. Pelo p. 71-82, Ap r. 2004 . Available from <http://
que traz a questão o paciente apresenta inte- www.scielo.brI sei elo.php?seript=sci_a rtt ext&pi-
ligência acima da média sabendo contar e ler d=S002 1=7557 2004000300010-&lng=en&mm-
números antes dos dois anos de idade. Dessa iso>. access on OS Mar. 2018. http://dx.doi.
forma, o paciente não fecha critérios para retar- org/t 0.1590/500 21-75572004000300010.
do mental. 1O. Gerber M. Estreptococos do Grupo A. In: Kliegman
1\, Stanton 8, Schor N, Geme 111J, Behrman R. ed. b y.
Nelson Tratado de Pediatria .19th ed. Rio de Janei-
REFER~NCIAS ro:Eisevier Editora Ltda ~ 2014. p. 914-917.
PEDIATRIA 11· GABRIELA LUCENA tose (avaliada pelo volume corpuscular médio
- VCM) e a hipocromia (avaliada pela hemoglo-
bina corpuscular média- HCM) são indicadores
úteis. A amplitude de variação do tamanho dos
lactentede9meses,previamentehígido, eritrócitos (red-cell distributíon width - RDW)
5l passa a retificar a curva de peso a partir
do oitavo mês de vida. A criança fez aleitamen·
consiste em índice de variação do tamanho
dos glóbulos vermelhos e pode ser utilizada
to materno exclusivo até o sétimo mês de vida, para identificar anisocitose. Os valores de RDW,
quando passou a receber sucos, frutas e sopi· fornecidos por equipamentos automatizados,
nha no almoço e jantar, o que ainda não aceita oscilam entre 11,5 e 14,5%. Valores superiores
muito bem preferindo mamar o seio materno. a 14,5% podem ser encontrados em indivíduos
A criança mama 3 vezes a noite, e várias vezes com deficiência de ferro, sendo úteis para diag·
durante o dia, •sempre e quando ela quer". Com
esse histórico, o pediatra solicitou hemograma,
ferritina e ferro sérico. O hemograma mostrou
Hb 9,2 g/dL No diagnóstico mais prevalente, as
alterações mais esperadas nos exames são:
_...
nóstico de anemia ferropriva.
W '\1
"'"'
.. -r
""""'
""""'
""""'
-. c----.....l
-·. ........
_,,,
.....
......
......
_,
@ VCM e HCM diminuídos, RDW normal, ferri-
tina baixa e ferro sérico normal.
® VCM e HCM diminuídos, RDW aumentado,
ferritina baixa e ferro sériço normal.
,......
r.,.,...mr.
......
r.-.:Mbdt llitll .. ~- fm"(O l,f)
~~~~~(Pf:W
""""' -
""""' I
""""'
Tabela - Documento cientifico- SBP -Anemia
carencial ferropriva 2007
I I
t
I
I
t
I
de 1/2. Desde então não realizou controles de mentada (queda no título do teste não
saúde. O pai das três crianças é o mesmo, sen- treponêmico - VDRL!RPR};
do que nunca realizou exames e, por ocasião Foi adequadamente tratada antes da
do t ratamento materno na outra gestação, re- gestação, mas não teve um acompa·
cebeu duas injeções de "Benzetacil•" em um nhamento sorológico suficient e para
único dia, uma vez. A sorologia do RN foi VDRL descartar a presença de infecção ativa
1/8 e TPHA reagente. A melhor conduta a ser durante a gestação (queda de 4 vezes
adot ada para este RN é: nos títulos do VDRL/RPR para mulheres
portadoras de slfilis primária e secun-
@ Colher VDRL seriado, com 1, 2, 4 e 6 meses. dária e tít ulos estáveis ou decrescen-
Caso haja ascensão de titulos tratar o RN. tes, inferiores ou iguais a 1:4, para as
® Colher hemograma e realizar radiografia outras fases da sífilis}.
de ossos longos. Dependendo dos resultados,
colher l iquor e iniciar tratamento li. Recém-nascido com t este não treponêmico
com penicilina cristalina. sérico positivo e uma ou mais alterações:
© Não investigar nem tratar. Mãe t ratada ade- Qualquer evidência clínica de sífilis
quadamente e os tftulos do VDRL são menores congênita;
no RN, indicando passagem transplacentária Qualquer manifestação radiológica de
de anticorpos. sífilis congênita;
@ Colher hemograma, liquor, realizar radio- VDRL positivo no líquor;
grafia de ossos longos. Iniciar tratamento com Líquor com aumento de celularidade
penicilina cristalina. ou de proteínas, sem outra causa apa-
® Administrar uma dose de penicilina benza- rente;
tina. Realizar seguiment o seriado do VDRL, com Título do teste não t reponêmico
1, 2, 4 e 6 meses. (VORL/RPR) no recém-nascido quatro
vezes superior ao materno;
.. COMENTÁRIO: A transmissão da sífilis congêni- Sorologia para sífilis ainda positiva
ta pode ocorrer durante toda a gestação, sendo após o 6• mês de vida pós-natal ou
o risco maior nas gestantes com sífilis primária VORL que se mantém ou aument a nos
ou secundária. 3 primeiros meses de vida;
Considera -se sífilis congênita provável quando: Teste treponêmicos pa ra a detecção
I. Recém-nascido, independentemente das de lgM (FTA-Abs lgM 195 ou ELISA lgM
manifestações clínicas e laboratoriais, cuja ou lmunoblot lgM) positivos no soro
mãe é soropositiva para sífilis (teste não do recém-nascido;
treponêmico positivo em qualquer titula· Reação em Cadeia da Polimera se (PCR)
ção) e: para o antlgeno 47 kDa positivo em
Não recebeu tratamento para sífilis du· soro/sangue e/ou LCR do neonat o.
rante a gest ação;
Recebeu tratamento incompleto com As indicações para o tratamento do recém-nasci-
penicilina duran te a gestação; do compreendem todos aqueles casos diagnos-
Recebeu tratamento para sífilis com ticados como sífilis confirmada ou provável, ou
penicilina nos últimos 30 dias antes do seja, inclui os neonatos com t este não treponê-
parto mico positivo e com achados clínicos e/ou labo-
Foi tratada com outras drogas que não ratoriais e/ou radiológicos da doença e aqueles
a penicilina, durante a gestação; assintomáticos, cujo tratamento materno não
Foi adequadamente tratada para sífilis, foi feito ou documentado, não foi completo, não
mas o parceiro não foi tratado ou foi empregou penicilina ou, ainda, realizado nas
tratado de forma inadequada ou a in- quatro semanas anteriores ao part o.
formação não está disponível. A mãe do caso em questão não realizou trata-
Foi adequadamente tratada para sífilis mento adequado nesta gestação (alternativa
durante a gestação, mas não apresen- C incorreta).
tou uma resposta sorolõgica doeu-
4n Preparatóriopara Residência Medica SUS/SP
Como o RN do caso é pequeno para idade ges- Alternativa 8: INCORRETA. O vírus da imunodefi-
tacional. devendo ser prontamente realizado ciência humana (HIV) pode ser t ransmitido da
os exames laboratoriais (hemograma e teste so- mãe para o filho durante a gestação, no mo-
rológico para sífilis), radiografia de ossos longos mento do parto e através do leite materno. A
e coleta de líquor, além da pesquisa de outras amamentação está associada a um risco adicio-
infecções congênitas sexualmente transmis- nal de transmissão, podendo chegar a 29% nos
síveis. O tratamento deve ser iniciado imedia- casos de infecção aguda. No recém-nascido, as
tamente e i ndependente do resultado (alt er- portas de entrada do vírus são as m ucosas da
nativa B i ncorreta), sem necessidade de coleta nasofaringe e do trato gastrintestinal. Assim, no
de VDRL seriado (alternativas A e E incorretas). Brasil, é contraindicada a amament ação para as
A penicilina cristalina ou procafna têm sido as mães soropositivas para o HIV. Assim, não há
drogas de escolha. A penicilina benzatina tem necessidade de discussão, sobre a possibilida-
pouca penetração liquórica, podendo não ati n- de ou não de amamentação, ela é contraindi-
gir ou manter níveis treponemicidas em nível cada a partir do diagnóstico materno de por-
de sistema nervoso central. tadora do HIV.
Alternativa C: CORRETA. A hepatite C é adquirida
mediante exposição a produtos de sangue
A indicação médica para a suspensão do contaminado, atividade sexual ou transmissão
55 aleitamento materno é um evento pouco
frequente. Em algumas circunstâncias, o aleita-
perinatal. Evitar a amamentação não diminui a
taxa de transmissão vert ical do VHC, pois esse
mento materno, no recém-nascido de termo, risco não é devido ao leite materno ou colos-
tem sua suspensão questionável e deve ser dis- tro, por conterem uma quantidade muito baixa
cutido conjuntamente com a familia, sua indi- de vírus e que são inativados no trato digestó-
cação ou suspensão. O exame materno que se rio da criança. A hepatite C não contraindica o
positivo indicaria uma dessas circunstâncias é: aleitamento materno e mães infectadas com
VHC devem são encorajadas a amamentar. No
® Cytomegalovirus. ent anto, sabe-se que o VHC é transmitido pelo
@ HIV. sangue infectado; assim, se a mãe infectada
© Hepatite C. tiver fissura de mamilo ou lesão na aréola cir-
@ HBsAg. cundante com sangramento, ela deve parar de
® Parvovírus. amamentar. A decisão de amamenta r ou não
em mães HCV positivas deve ser baseada em
.,_ COMENTARIO: Questão de i nterpretação que uma discussão informada entre a mãe e o pro-
requer atenção no que está sendo solícitado. É fissional de saúde, após ela obter informações
perguntado qual exame materno que quando sufi cientes sobre os riscos e benefícios do alei-
positivo, gera um questionamento sobre a sus- tamento materno, além de ter conhecimento
pensão do aleitamento materno e a necessida- de que a transmissão do VHC pela amament a-
de de discussão da famflia, juntamente, com o ção é teoricamente posslvel, apesar de nunca
médico. documentada.
Alternativa A: INCORRETA. O citomegalovlrus (CMV) Alternativa D: INCORRETA. A hepatite B é uma doen-
pode ser transmitido às crianças por meio do ça infecciosa causada pelo VHB, que pode estar
contato com secreções genitais maternas du- presente no sangue, no esperma, no líquido
rante o parto ou através do leite mat erno. Re- amniótico, nos fluidos vaginais, no sangue do
cém-nascidos a termo saudáveis que adquirem cordão umbilical e no leite materno. O maior
CMV após o nascimento em geral apresentam risco de transmissão para o recém-nascido é
infeções assintomáticas e sem complicações durante o parto, quando a criança en tra em
provavelmente pela passagem de anticorpos contato com o sangue e secreções maternas
maternos específicos transferidos de forma i nfectadas. O Ministério da Saúde do Brasil re-
passiva e que protegem o lactente contra a comenda que as mães HBsAg positivas sejam
doença sistêmica. A AAP não considera a so- encorajadas a amamentar, desde que o seu fi-
ropositividade materna para o CMV uma con- lho realize imunoprofilaxia, com administração
traindicação para a amamentação. da primeira dose da vacina contra hepatite B e
2018 473
56
O Kernicterus, termo que deve ser reser-
vado para as sequelas da encefalopatia
57 é levado ao PS com quadro de febre alta
(39 'C} e irritabilidade há 1 dia. Ao exame físico
bilirrubínica aguda, é consequência de fenô- apresenta-se em regular estado geral, prostra-
menos que causam lesão neuronal e de outras do e febril (38,8 'C). Percebe-se rigidez nucal.
células do sistema nervoso central. Quan to ao Coração com bulhas rítmicas taquicárdicas
Kernicterus é correto afirmar: (FC = 145) sem sopros. Pulmões livres e abdo-
me distendido com fígado a 2,5 em do rebor-
@ É um grave problema de saúde, mas que do costal direito. Foi obtido liquor por punção
está prat icamente extinto, devido ao uso de fo- lombar que revelou: 150 leucócitos/ mm 3; 90%
toterapia em larga escala. de polimorfonucleares e 1O% de linfomonóci-
® Acredita-se que seu reaparecimento nos =
tos; Glicorraquia 1Omg/dl e proteínoraquia =
últimos anos é decorrente da alta precoce sem 120 mg%; Bacterioscopia com cocos gram-ne-
o adequado seguimento do RN. gat ivos. Éopção para a adequada profilaxia dos
© Tem como características principais o com- contactantes deste p acient e:
promet imento da inteligência e a hipotonia
dos membros sup eriores. @ Ciprofloxacino 500 mg VO de 12!12h por 2
@ Caracteriza-se princip almente pelo com- dias, em adultos.
prometimento da audição e da fala, sem outras ® Rifampicina 20 mg/ kg 1x/ dia por 4 dias, em
alterações. menores de 12 anos.
® Acomete apenas o prematuro, pela maior © Ceftriaxona 100 mg/k, dose única, em
vulnerabilidade do SNC, quase não mais sendo maiores de 12 anos.
observado nos RN termo. @ Ceftriaxona 125 mg, dose única, em meno-
res de 12 anos.
Alt•rnativa A: INCORRETA. ® Ceftriaxona 50 mg / kg, dose única, em me-
Alternativa B: CORRETA. O Kernicterus é um pro- nores de 12 anos.
blema ainda visto no Brasil, principalmente em
regiões com baixos níveis socioeconômicos, IJ> COMENTÁRIO: Os principais pat ógenos cau-
onde a assistência em saúde é precária, com sadores da meningite bacteriana são Strep-
uma alta hospitalar precoce (menos que 48 t ococcus pneumoniae (cocos gram positivo),
horas de vida) e sem uma reavaliação do re- Neisseria meningitidis (diplococo gram nega-
cém-nascido por volta do s•dia de vida, que é t ivo} e Haemophilus influenzae (bacilo gram
o ideal para avaliar o estado geral do pacien te. negativo). Assim, a questão nos mostra uma
Alt•rnativas C• D: INCORRETAS. O Kernicterus causa meningite causada pela Neisseria meningitidis
sequelas graves e irreversíveis que se acentuam ou meningococo.
com 2 a 3 meses de vida, uma encefalopatia A quimioprofilaxia está indicada para os con-
crônica não evolutiva, quadro de paralisia cere- tactantes íntimos expostos até 7 dias do início
bral severa, assim haverá uma hipertonia mus- dos sintomas, somente nos casos de doença
cular generalizada, surdez. sequelas oculares, meningocócica ou meningite p or Haemophilus
deficiências no apre ndizado, memória e com- influenzae.
portamento adaptativo. No caso da doença meningocócica deve ser fei-
Alternativa E: INCORRETA. O cérebro dos bebês pre- t a a qui miopro filaxia para as seguintes p essoas:
maturos está m ais propenso ao kernicterus,
474 Preparatóriopara ResidênciaMédica SUS/SP
2.
diatria- Fevf2007.
BrasiLMinistério da Saúde. Protocolo de vigiláncia
61 gas:
Essa é a fase que gera a maioria dos vofloxacino oral e orientar retorno em caso de
estudos famosos da literatura, pois evolução desfavorável.
demonstram a eficiência e a seguran...
ça da droga em uma grande popula 4
® Solicitar exames lab oratoriais para adeq ua-
Fase 111
d a estratificação d o risco po sto a alteração ra-
ção. Consequentemente é necessário
um ensaio clínico randomizado, sen 4
dio lógica evidente.
do a Ultima etapa antes da comercia 4 © Indicar tratament o ambulato rial com Levo -
lização. Também conhecida como floxadno com retorno obrigatório em 48 ho ras
prova de conceito. para repetir radiografia.
Essa fase acontece pós comercializa 4 @ Ind icar antibioticoterapia endovenosa em
ção. Tem o objetivo de avaliar a segu4
regime de int ernação p osto o uso recente d e
rança das medicações através da far- azitromidna.
Fase IV
macovigilància, observando os efeitos ® Repetir o t ratamento com macrolídeo p o is
colaterais mais raros ou que necessi 4
-
··-
....... OC*>a.,.30~
U..oOfA-..... ...,.~
11 O mEq/L). Albumina 4g/dl. Lactato VR 18 mg/
d l ( VR 18 mg/dl). Gasometria arterial: pH 7,0; 3
HCO- . 5 mEq!L; pC02 28 mmHg.
-·- ). -- -·
I @ Há critérios para choque séptico segundo
/ ....._..o"WfW). '
-<' o est udo sepsis 3. Deve-se realizar noradre na·
/ \. - - fina em acesso venoso periférico; coleta de cul-
~I
... ,., d'loqA, Aeoftic:lie IACP
•"oor-dlt
f!Wide a ACf'~ ptl(
turas; antibioticoterapia precoce.
2 ~- IMMdo f*oOEA
""' • -*«tio do ltwnol.
~ . . . . . . O~de~
_ _ w . . .,.,....,__
c.tQ(IIf l """'*"(ifl·~
piiJOOEAIWII•~ciO
mmoe. ~.,..,.o~
••-ou••..-•Wiflw
- ® Não há critérios para sepse segundo o es-
t udo sepsis 3. Deve-se realizar expansão volê·
IM UCJioiMNTAA. --·-~
mica com cristalo ides balanceados; coleta d e
2018 479
volêmica com coloides sintéticos; coleta de cuI· ® O diagnóstico pode ser estabelecido caso o
turas; antibioticoterapia precoce. paciente apresente dois critérios maiores como
Dica do autor: A quest ão aborda o conheci· cardite e artralgia ou cardite associada a febre a
mento das definições de sepse por parte do aumento de PCR.
candidato. A t abela a seguir organizará esses ® Coreia de Sydenham constitui critério
conceitos para você: maior e é considerada manifestação precoce
que desaparece após o uso da antibioticotera·
SRIS(sfndrome da resposta inflamatória sistémica):
pia.
resposta inflamatória do organismo a lesões (por
ex: queimaduras, pancreatite, trauma, sepse etc.)
© A febre ainda é critério maior para o seu
Dois ou mais dos critérios abaixo são necessádos
diagnóstico e é um sinal de elevado valor pre-
para estabelecer o diagnóstico: ditivo negativo.
Temperatura > 38•C ou< 360C. @ Tftulos elevados de anticorpo antiestrepto·
Frequência cardíaca > 90 bpm. lisina O significam infecção recent e, porém só
Frequéncia respiratória > 20 irm, ou são encontrados em 20% dos casos.
PaC02 < 32 mmHg, ou ainda necessida· ® A cultura de orofaringe t em positividade
de de ventilação mecânica por processo baixa devido ao período de latência entre a in·
agudo. fecção e o início da doença.
Leucocitose > 1 2.000/mm 3 ou leucope-
nia < 4.000/mm3, ou > 10% de formas I> COMENTÁRIO: Febre reumática sempre um
imaturas (bastonetes). t ema quente tanto para prova de clínica médi·
ca, pediatria e até preventiva. Conhecendo os
Sepse: SRIS + infecção documentada ou presumi 4
® OOoxacina.
As características laboratoriais da anemia ® Estreptomicina.
66 de d oença crônica são: © Rifampicina.
@ lsoniazida.
® ferritina baixa e normocitose. ® Pirazinamid a.
® ferro sérico baixo e aumento da saturação
de transferrina. .. COMENTÁRIO: O conhecimento dos efei tos
© trombocitose e aumento do RDW. colaterais das medicações é fundamental para
@ aumento da hepcid ina e redução da trans- p rova e para a vida. Ao se deparar com uma
ferrina. nova medicação procure sempre saber qual o
® macrocitose e red ução da proteína recep- efeito colateral mais importante daquela d ro·
tora de transferrina. ga. No caso dos tuberculostáticos a tabela a se-
guir vai te ajudar a não esquecer mais:
.. COMENTÁRIO: A melhor maneira de compreen- l rritaç~o g~strlca e hepatoto-
der o padrão das anemias é entendendo a fisio- xicidade (vômitos. hepatite,
Todas as drogas
patologia delas, no caso da anemia de doença alteração das provas de função
_.. _
crônica a produção d a lnterleucina-1 bet a e TNF hep~tl ca).
alfa atuam nos órgãos de diferentes maneiras: Suor e urina cor de laranja,
Rifampicina
-
exantema,citopenias e febre.
•AtG;ac1 . . . . . . . . Neuropatia periférica, artrite e
lsoniazida
hiperurkemia.
Rabdomiólise, artrite e hlperu~
Piratinamida
~-~-~ ricemia.
~~·~'"""' ...........
,...., ..,..... .... _ ....... o. ~--~ot"'- ~ llrro
._............. ~-~-~) Neurite ótica (EtambutOLHO),
Etambutol neuropatia periférica, dtope-
nias.
Alternativa A: INCORRETA. Oflaxacio tem poucos Alternativa A.: CORRETA. Assim como no OPOC o
efeitos colaterais, o mais importante é o efei to diagnóstico de exacerbação é clínico - geral-
comum d a classe das quinolonas - alucinações mente ocorre aumento d a produç~o de escarro
em idosos. ou aumento d a viscosidade com alteração d a
Alternativa 8: INCORRETA. Estreptomicina interfere cor e pod e ser acompanhada por astenia, disp-
com a orelha in tema -portanto os sintomas im- neia, dor torácica pleurftica ou hemoptise.
portant es s~o hipoacusia, vertigem e nistagmo Alternativa 8: INCORRETA. Esses pacientes são colo-
Alternativa C: INCORRETA. O sintoma mais explora- nizados por bactérias, por isso o uso d e macrolí-
do em provas da Rifampirina é suor e urina cor deos p rofilaticamente é indicado se o paciente
de laranja, nesses caso s a conduta é somente t em 3 ou mais exacerbações por ano e não t em
orientação. infecção por pseudomonas ( similar ao OPOC
Alternativa 0: CORRETA. A isoniazida int erage com que os macrolideos são indicados em est ágios
o metabolismo da p iridoxina (vitamina 86) por mais avançados).
isso tem como efeito colateral a neuropatia Alternativa C: INCORRETA. A lesão da b ronqu iecta-
p eriférica. O Etambutol também pode fazer sia, assim como no DPOC é irreversível, portan-
neuropatia periférica, mas não estava nas alter- t o os broncodilatadores e corticoide inalatórios
nativas. são para controle d a in flamação e não reversão.
Alternativa E: INCORRETA. Os efeitos principais d a Alternativa O: INCORRETA. Como discutido, a lesão
Pirazinamida são as dores nos músculos e arti- da broquiectasia, em geral, é irreversível.
culações. Alternativa E: INCORRETA. A fisioterapia respiratória
é fundament al em ambas as patologias.
......
......,. Clflt.IITt......
Bilateral.
li
Unilateral.
li (tflllla ... SIIRI
Unilateral na região orbital
I
e temporal
Dor súbita, contínua e lan-
C81derfslka Tipo pressão ou aperto. Inicio, gradual, pulsãtil,
cinante.
Variável. 4 a 72 horas. 30 minutos a 3 horas.
Lacrimejamento e olho
Náuseas. võmitos, fono-
vermelho ipsilateral a dor,
Slldo- lllldldll Nenhum. fobia, fotofobia e pode
rinorreia, obstrução nasal e
haver aura.
sensibilidade
Analgésicos. AINEs, trip-
Oxigenio, triptanos, ergo-
nDIIIa 1111 Analgésicos e AINEs. tanos, derivados do er-
tamina
got e anti-eméticos
Betabloqueadores. trici-
Bloqueador de canal de c<ll-
no pndl6llcD Tricídkos e acupuntura clicas e/ou anticonvusi-
cio não diidropiridinicos
vantes (topiramato)
des. Não tem morbid ades. Exame flsico normal. Portadores de doença cardiovascular ate-
Apresenta os seguintes result ados: rosclerótica (coronariana, arterial periférica,
Colesterol total: 280 mg/dl; HDL colesterol: 32 cerebrovascular);
mg/dl; LDL colesterol: 192 mg/dl; VLDL coles- Elevações primarias de LDL-C ;;, 190mg/ dl;
terol: 56 mg/ dl e Triglicerideos: 280 mg/dl. A(s) Pacientes diabéticos, entre 40 e 75 anos,
medicação(ões) a ser(em) p rescrita(s) é(são): com LDL-C entre 70 e 189mg/dl;
Pacientes com risco estimado de doença
® Estatina. cardiovascular aterosclerótica ;;, 7,5% em
® N iacina. 10 anos e LDL-C ;,70mg/dl.
2018 483
Alternativa A.: CORRETA. Paciente com LDL <: CIRURGIA GERAL 1- HUGO GUEDES
190mg/ dl., portanto deve receber estatina!
Alt•rnativa 8: INCORRETA. Apesar do HDL baixo, não
há mais indicação de receber ácido nicotínico.
Alttrnativa C: INCORRETA •. O Ezetimibe só seria op- Um homem de 75 anos, com fibrílação
ção caso o pacient e tiver i ntolerância a estatina
ou em associação a ela,. caso mantiver níveis
71 atrial e sem claudicação intermitente
prévia, apresentou dor de início súbito em
elevados apesar da sua dose otimizada. membro inferior direito há 3 horas. A frequên-
Alt•rnativa D• E: INCORRETAS. Em casos de h ipertri- cia cardíaca é 120 bpm e a PA: 180 x 90 mmHg.
gliceridemia leve (150 a 499 mg/dl) não há in- A extremidade inferior direita está fria e pálida,
dicação de fibrato, e sim de mudança do estilo com déficits motor e sensitivo. O pulso femo-
de vida já que a melhora na dieta e exercícios ral neste membro está ausente, sendo que no
físicos conseguem reduzir muito mais os níveis membro inferior esquerdo todos os pulsos es-
de triglicérides. t ão presentes. Conduta inicial mais apropriada,
após a administração de heparina sistêmica:
@ Laparoscopia.
® Tiamina intramuscular.
© Ferro intravenoso.
@ Antibiót ico.
® Hidratação intravenosa.
.,_ COMENTÁRIO: Questão difícil que traz concei-
tos de complicações pós-operat órias de cirur-
gia bariátrica. Deveria ser um tema de subespe-
...................• ............................ cialidade, mas com a crescente do t rat amento
Tratamento imediato: de obesidade esse vai ser um tema cada vez
mais frequente em provas de acesso direto.
@ Descompressão do hemitórax direito, por O dudenal swicht é uma cirurgia bariátrica di-
punção. sabsortiva, levando, além da perda de peso, ao
® Toracotomia anterolateral direita no quinto deficit de absorção de vitaminas lipossolúveis.
espaço intercostal. Além disso, por literalmente desviar o transito
© Drenagem de tórax com catet er de pigtail alimentar do duodeno, essa cirurgia impede a
ou com dreno t ubular siliconado, no quarto es- ab sorção de tiamina, niacina, riboflavina, áci·
paço intercostal direito, anteriormente à linha do fólico... todos absorvidos exatamente nessa
axilar média. porção do intestino. As manifestações clínicas
@ lnt ubação traqueal e ventilação mecanica. da deficiência de tiamina podem se manifes-
® Toracotomia de reanimação. tar de duas formas: síndrome de Wernicke-
· Korsakoff (oftalmoplegia, ataxia e alteração
.,_ COMENTARIO: A clássica radiografia que nunca de memória) e béri -béri. Portanto, o pacient e
deveria existir! Estamos diante de um pneu- apresenta um quadro típico de deficiência de
mot órax hipertensivo, cujo diagnótko é CLINI- vitamina 8 1 pós-cirurgia bariátrica e o trata-
CO!!! Ao atendermos um paciente com relato mento correto é a reposição de t iamina.
de dispneia súbita, seja ela t raumática ou não, I Resposta:®
MV abolido, estase julgular e hipotensão a con-
2018 487
ções vasculares como consequência do tumor, A doença clássica é caracterizada por 3 etapas:
o que não elucidaria o diagnóstico. infecção, remissão e intoxicação.
I Resposta:© Infecção é o período de viremia, com sinais e
sintomas gripais, difícil de distinguir de outras
infecções, dura de 3·4 dias. Febre, mal-estar,
cefaléia, fotofobia, dor lombar e nos membros
inferiores, mialgia, anorexia, náusea, vômito,
agitação, irritabilidade e tontura são alguns dos
REFER~NCIAS sintomas.
No exame físico, aparece vermelhidão das con·
1. trauma.org. acessado em 1Ode fevereiro de 2018. j untivas e gengivas e sensibilidade epigástrica
2. uptodate.com, acessado em 10 de fevereiro de e no fígado, por aumento de tamanho, podem
2018. estar presentes. A lfngua é caracteristicamen·
3. Samir Rasslan; Joaquim José Gama·Rodrigues; te vermelha na ponta e nas laterais com uma
Mareei Cerqueira Cesar Machado. Clfnica Cirúr· camada branca no centro. A pulsação é lenta
gica. Editora: Manole. ISBN: 9788520424957. Edi· em relação à altura da febre (dissociação pulso
ção: 1• Ano: 2008. temperatura - sinal de Faget). A temperatura é
tipicamente de 390(, mas pode subir até 41 •c.
Anormalidades laboratoriais incluem leucope·
CL[NICA MÉDICA 11 nia com neutropenia relativa. O grau de anor-
GIOVANNI GALENO malidades das enzimas hepáticas nesse estágio
pode predizer a gravidade da disfunção hepáti·
ca mais tardiamente na doença
A Remissão ocorre após a infecção com abran-
81 Sobre a Febre Amarela, é correto afirmar: damento da sfndrome febril. Pacientes com in·
fecções abortivas se recuperam nesse estágio1
mas 1S%dos pacientes evoluem para o terceiro
® Na forma moderada os sintomas são de fe- estágio: intoxicação.
bre, cefaleia, náuseas, vômitos, icterícia e o sinal O período de intoxicação começa do tercei·
de Faget pode estar presente. ro ao sexto dia após o início da infecção com
® O seu agente etiológico é um vírus DNA, retorno de febre, prostração, náusea, vômito,
pertencente à família Flavivirídae. dor epigástrica, icterícia, olígúria e diátese he·
© A letalidade da forma grave é baixa após morrágica. A viremia termina nesta fase e os
a preconização de terapia de substituição renal anticorpos aparecem no sangue. Esta fase é ca·
precoce. racterizada por disfunção variável de múltiplos
@ O período de incubação é prolongado e órgãos, incluindo o ligado, os rins e o sistema
varia de 14 até 28 dias. cardiovascular. A falência de múltiplos órgãos
® As manifestações trombóticas podem na febre amarela está associada a altos níveis
ocorrer no 3 ou 4 dia após melhora clínica par- de çitocinas pró-inflamatórias similares às ob-
cial e piora da função hepática. servadas na sepse bacteriana e na sfndrome da
resposta imune sistêmica (SIRS).
Alternativa 8: INCORRETA. O virus da febre amarela
.. COMENTÁRIO: Questão difícil, pois em cada al- é um vírus de RNA, pertencente à família Flavi·
ternativa há uma informação que contém ape- viridae.
nas um detalhe que a invalida. Aprendamos Alternativa(: INCORRETA. Apesar de a febre amare·
com as alternativas. la atingir os rins, sua mortalidade está ligada à
Alternativa A: CORRETA. O espectro clínico na febre falência hepática. A realização de d iálise preco·
amarela pode incluir a infecção subclfnica, ou cemente não altera a gravidade!letalidade da
seja, sem sintomas clínicos, abortiva (doença doença tão profundamente. Na falência hepáti-
febril sem icterícia) e a doença com ameaça à ca, o transplante estará indicado, mas são pou·
vida (febre, icterícia, insuficiência renal e he- cos os centros capazes de realiza-lo. E de certa
morragia).
2018 489
o intestino dentro da cavidade torácica, a ques-
forma, letalidade/mortalidade continua alta, tão colocou uma que, rapidamente visualizada
mesmo nos transplantados. é confundidada com um derrame pleural.
A"•rnativa 0: INCORRETA. O período de incubaç~o Analisemos as alternativas:
varia de 3 a 6 dias da picada do inseto. Alt•mativa A: INCORRETA Mesmo para um bom ob-
A"ornativa E: INCORRETA. Alternativa quase corre- servador, não há nada nos campos pulmona-
ta se ao invés de manifestações trombóticas res que faça uma ligação entre tuberculose ou
estivesse escrito manifestações hemorrágicas. pneumonia lobar.
Tais manifestações realmente podem ocorrer Alt•rnatíva B: INCORRETA
3 a 4 dias após melhora clínica (período de re- Alternativa C: INCORRETA Talvez a alternativa mais
missão) e início da fase de intoxicação. Incluem marcada entre as incorretas. Literalmente, há
petéquias, epistaxe, hematêmese, melena, pal- olbliteração do seio costo-frênico esquerdo
quetopenia, aumento do tempo dos testes de e obliteração do campo pul monar que indi-
coagulação e até evolução para coagulação in- que algum nfvel liquido em base do pulmão
travascular disseminada. esquerdo. Mas a obliteração ocorre devido
o estômago estar dentro da cavidade toráci-
ca. E por ele estar cheio de líquido ocorreu a
Paciente vai a consultório com história
82 de ter realizado radiografia de tórax indi-
cada por médico da UBS, que ficou preocupado
obliteração do seio costo-frênico e a imagem
de nível líquido na base do pulmão esquerdo.
Altomativa O: INCORRETA. No aneurisma da artéria
com a imagem . torácica, um dos sinais é o aumento do cam-
po referente ao mediastino. Nessa radiografia,
vemos facilmente que ele está normal. Não há
como suspeitar do aneurisma
Alt•rnativa E: CORRETA Observando a figura modifi-
cada, vimos uma linha vermelha que delineia o
contorno gástrico dentro do pulmão (comparar
com a figura da questão). A linha amarela refere
ao nfvel líquido dentro da cavidade gástrica.
O diagnóstico radiológico é
@ tuberculose.
® pneumonia lobar.
© derrame pleural.
@ aneurisma de aorta torácica.
® hérnia diafragmática .
.. COMENTARIO: Questão difícil por que hérnia
diafragmática não é algo visto todo dia. E entre
as possíveis radiografias que demonstram uma
hérnia diafragmática, algumas bem fáceis, com
490 Preparatóriopara Residência Mêdica SUS/SP
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kf.S. 41UI*Ú a 411 ara.
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-- ...
Pa::l!nlescom~owpop~~~ de~CII'dlo;rl'e&(lilllerie&
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111. Rcçomt.ndiiÇIÕt$ para solicilçio4t wun811aboratoriais..
111. A. Hemograma ecmpleto
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possível insuficiência respiratória, levando a
... ..-...Cllftit\IOCII...... CW'•tJr«2o
-........... ---...........
morte. Nesse caso, está indicado a diálise de
NllcWD . . .UL-~IIDFDGP(J t*"'~t:at•
urgência.
Alternativa D: INCORRETA. Hipercalemia grave e
refratária, se nada for feito, desencadeara uma
·~
~-
.................
.....................
arritmia e evolução para Parada Cardio-Respi-
ratória. Nesse caso, também estará indicada a
diálise de urgência.
Alternativa E: INCORRETA. Acidose grave refratária
ao bicarbonato desencadeará o mesmo que Analisando os nódulos da questão, vemos que
uma hipercalemia refrataria. Nesse caso, tam- para o nóduloclsitico não se indica PAAF (assim
bém estará indicada a diálise de urgência. como um nódulo hipercaptante) - baixo riso de
malignidade. Observando as característica do
outro nódulo: 0,6cm, puramente hipoecóico,
Mulher de 36 anos vai a consulta médica sólido e com microcalcificações. Que dúvida!!!
85 para avaliação de nódulos tireoidianos. A
ultrassonografia de tireoide demonstra 2 nódu-
Mesmo analisando a Tabela 3. retirada do mes-
mo consenso, ficamosbem em dúvida. Tentare-
los em lobo esquerdo: puramente cístico de 1 mos responder de acordo com as alternativas.
em no maior eixo e puramente sólido, hipoecoi·
2018 493
-·-
© febre amarela, herpes zoster e hepatite B.
-·- .......................
T - 3. lldclçOos clt PW ., pa<w. """ ...... -
f8Ja!bl14bt4D* ou ~dslocf
@ influenza, hepatite A e febre amarela.
..,_ ® rotavírus, tríplice viraI e febre amarela.
---
, . . _ COIIIIIOIIIIC:Oeh» •
-_
necessário entender que vacina com vírus vivo
.......__....
~•s
,,._ -----·~
. .. ..
~ c'•'
atenuado pode causar doença para o indivíduo
imunossuprimido. Sendo assim, revisemos a
wa:zidsaa
...... composição de cada vacina.
-Vacinas de vírus vivo atenuado: Tríplice viral,
- f!Nif----t'lo ....,.._....,..,..
......... <10-.-- .............. ...-.....
... us. - ·
,.._....,._..._..UL
Varicela, Herpes Zoster, Febre Amarela e Rota-
vfrus.
- Vacina de Vírus inativa do ou morto: Hepatite
A e lnfluenza.
- Engenharia genética (fragmentos de vírus, in-
cluindo material genético): Hepatite B.
Alt•rnativa A: INCORRETA Para a PAAF pode até Assim, a única alternativa que contém vírus
existir duvida quanto a sua realização. Mas de vivo atenuado é a letra E. Atenção, pois as va-
forma nenhuma é necessário, no momento, cinas de vírus inativado podem ser oferecidas
a agressividade de uma tireoidectomia total. para os pacientes imunossuprimidos.
Alt•rnativa B: INCORRETA Essa com certeza foi a RESPOSTA: ALTERNATIVA E
alternativa errada mais marcada. Podemos
considera-la errada simplesmente por causa
da inclusão do nódulo cístico como candidato Mulher de 65 anos é trazida por sua filha
a realização de PAAF. Caso a alternativa consi-
derasse apenas o segundo nódulo como can-
87à unidade de emergência confusa e deso-
rientada, queixando-se de cãimbras e formiga-
didato à PAAF, provavelmente a questão seria mento nas mãos.Foi submetida à tireoidectomia
anulada por apresentar duas alternativas corre- por nódulos há 2 dias. No exame ffsico, obser-
tas. Como visto na Tabela 3, o segundo nódulo vam-se sinais de Chvostek e Trousseau. O acha-
pode ser indicado para a PAAF (maior que 5 do eletrocardiográfico esperado neste caso é:
mm e com microcalcificações) ou acompanha-
mento com USG (nódulo menor que 1Omm). @ presença de onda U.
Alttrnativa C: INCORRETA Cintilografia de ti- ® alargamento de intervalo QT.
reóide só estaria indicado caso o TSH © encurtamento do QRS.
fosse suprimido. Em caso de TSH nor- @ inversão de onda T.
mal não há a necessidade da solicitação. ® pré-excitação com onda Delta.
Altornatlva D: CORRETA Dentre as possibilidades
existente de conduta, vemos que nódulo me- IJ> COMENTARIO: Cãimbras, Sinais de Chvostek e
nor que 1O mm podem ser acompanhados pe- Trousseau pós tireoidectomia, provavelmente
riodicamente com Ultrassonografia. Conduta nessa cirurgia deve ter ocorrido acidentalmen·
observacional. te uma Paratireoidectomia das 4 glândulas da
Altornativa E: INCORRETA TSH normal exclui essa al- paratireoide que ficam encravadas em cada
ternativa facilmente. ponta da tireóide. Sem paratireoide, sem PTH,
consequentemente ocorrerá a hipocalcemia
que em casos agudos pode causar parestesias
Paciente portador de artrite reumatoi- (formigamento), espasmos musculares (cãim-
86 de em tratamento com terapia biológi-
ca NÃO deve receber as seguintes vacinas:
bras), Sinais de Trousseau (indução do espasmo
carpopedal ao se insuflar o manguito de pres-
são arterial acima da pressão arterial sistólica
® varicela, rotavírus e influenza. por 3 minutos) e de Chvostek (contração dos
® trfplice vira!, hepatite B e varicela. músculos faciais ipsilaterais ao se percutir o
494 Preparatóriopara ResidênciaMedica SUS/SP
trajeto do nervo facial próximo à orelha), con- de doenças ou acidentes, visando a recu-
vulsões, laringoespasmo, bronçoespasmo, alar- peração ou a manutenção em equilíbrio
gamento do intervalo QT e çonsequentemente funcional.
arritmias e até papiledema. 2Prevenção Quartenária (prevenção da
RESPOSTA: ALTERNATIVA B iatrogenia): Esse novo nível de prevenção
pressupõe ações clínicas centradas na pes-
soa, e pautadas na epidemiologia clínica e
Sobre prevenção e screening de doen- na saúde baseada em evidências, visando
8® 8 ças:
A prevenção secundária tem como objeti-
melhorar a qualidade da prática em saúde,
bem como a racionalidade econômica.
vo reabilitação. Outro objetivo da prevenção quaternária
® A prevenção primária tem como objetivo é construir a autonomia dos usuários e
detectar doenças na fase pré-clínica. pacientes por meio de informações neces-
© A prevenção primária tem como objetivo sárias e suficientes para poderem tomar
detecção de doenças em pessoas que não tive- suas próprias decisões, sem falsas expec-
ram a doença anteriormente. tativas, conhecendo as vantagens e os in-
@ A prevenção quaternária tem como objeti- convenientes dos métodos diagnósticos,
vo evitar intervenções médicas desneces.sárias. preventivos ou terapêuticos propostos.
® A prevenção terciária tem como objetivo Em suma, consiste na construção da au-
detecção precoce de doenças. tonomia dos sujeitos e na detecção de in-
divíduos em risco de sobretratamento ou
COMENTARIO: Questão simples que mistura con- excesso de prevenção, para protegê-los
ceitos de saúde coletivas. Para responde-la, de intervenções profissionais inapropria-
aprendamos os conceitos de cada nível de pre- das e sugerir-lhes alternativas eticamente
venção. aceitáveis
Prevenção Primária: É a promoção da saú-
de ou prevenção especifica (vacinação, Alternativa A: INCORRETA . A reabilitação está incluí-
por exemplo). Corresponde a medidas da no nível de atenção secundária.
gerais, educativas, que objetivam melho- Alternativa 8: INCORRETA. Detecção precoce de
rar a resistência e o bem-estar geral dos doenças (fase pré-clínica) está incluída no nível
indivíduos (comportamentos alimenta- de prevenção secundária.
res, exercício físico e repouso, contenção Alternativa C: INCORRETA Detecção de doenças,
de estresse, não ingestão de drogas ou independente da fase clínica ou da causa, é
de tabaco), para que resistam às agres- prevenção secundária. A prevenção primária se
sões dos agentes. Também diz respeito a preocupa na promoção de saúde (hábitos sau-
ações de orientação para cuidados com dáveis) ou prevenção específica (vacinação).
o ambiente, para que esse não favoreça o Alternativa 0: CORRETA Em resumo, a prevenção
desenvolvimento de agentes etiológicos quartenária visa a prevenção de iatrogenias,
(comportamentos higiênicos relaciona- seja do médico, do sistema de sáude ou dos de-
dos a habitação e aos entornas). mais profissionais de saúde.
Prevenção Secundária (diagnóstico e tra· Alternativa E: INCORRETA A prevenção terciária in-
tamento precoce; limitação da invalidez): clui a reabilitação, visando a recuperação ou a
Engloba estratégias populacionais para manutenção em um estado funcional. Detec-
detecção precoce de doenças, como o ras- ção precoce está em um nível anterior.
treio de neoplasias. Também contempla
ações com indivíduos doentes ou aciden-
tados com diagnósticos confirmados, para Análise do derrame pleural com relação
que se curem ou mantenham-se funcio-
nalmente sadios, evitando complicações,
89 proteína do liquido pleural / proteína sé-
rica igual a 0,8 e LDH do líquido pleural / LDH
invalidez e mortes prematuras. sérico de 1,5, sugere:
Prevenção Terciária (reabilitação): Consis- ® Neoplasia.
te no cuidado de sujeitos com sequelas ® Síndrome nefrótica.
2018 495
@ Presença de ant icorpos antiendomísio. 4. . In: Martins HS,8randao Neto RA. Velasco IT. Medicina
® Atrofia das vílosid ad es ao nível de íleo ter- de Emergénda. l l.ed. Barueri: Manole; 2016. 6 16·659
mi nal.
© Associação com dermatite herpertiforme. S. Maia Ana luiza, Ward Laura S., CarvalhoGisah A..
@ Clínica de esteatorreia. Graf Har'S. Maciel Rui M.8.. Mbc:ielléa M. Zaninl
et a1 . Nódulos de tireóide e cãncer diferenciado
® Aumento d os linfócitos int raepitelíais
de tlreólde:c<~nsen so btaslleiro. Arq Btas Endo·
Aprend amos com as alternativas. crinol Metab llnternetl. 2007 July (cited 2018
Alternativa A: CORRETA Na d oença celíaca pod e es· May 261: Sl( S):367-893.Avallable from:http#
ta r po sitivos os anticorpos antiendomlsio, anti- www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&p;·
tiva B, temos que suspeitar que podem existir necró ticos t em sido substit uída p ela aborda-
outros abcessos no parênquima esplênico. gem minimamente invasiva, em um momento
MAIS TARDIO. As opções cirúrgicas constit uem
de drenagem percutãnea, retroperitoneal, en-
Hepática esquerda
Gástrica esquerda
Hepática Aorta
direita
Tronco celíaco
Esplênica
Cística
Hepática própria
tório, foi feito o exame ilustrado a seguir. I> COMENTARIO: Questão bastante direta que
pede para interpretar uma imagem de colan-
Diagnóstico radiológico: giografia intraoperatória. O que devemos ver
na colangiografia normal?
INDICAÇÕES DE COLANGIOGRAFIA
INTRAOPERATÓRIA
I. Suspeita de coledocolitíase
Alteração de enzimas hepáticas ou
canaliculares
Bilirrubina elevada (icterícia prévia)
Idade> 55 anos OU/E
Pancreati te aguda de etiologia biliar
OU/E
® Dilatação das vias biliares intra-hep áticas. Dilatação de colédoco > 6mm OU/E
® Coledocolitfase. 11. Dúvida anatômica intra·operatória (pos-
© Via biliar anômala. sível lesão de via biliar)
111. Cirurgia tecnicamente difícil
2018 499
Hepático
Comum
Caltltf na instrçio
Cateter de do dueto cfstlco
Colar\giografla
Colédoco
Duodeno