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EDIÇÃO
PREPARATÓRIO PARA
RESIDÊNCIA EM
BUCO-MAXILO-FACIAL
PREPARATÓRIO PARA
RESIDÊNCIA EM
BUCO-MAXILO-FACIAL
AUTORES
Arthur Igor Cruz Lima | Aline Vilela Dourado Moitinho
Clarissa Fernandes Goulart | Dayse Batista Santos
Fabiana Martins Dias de Andrade | Haroldo Ramanzini
Inácio Lima Silva Aguiar | João Vitor Dantas da Silva dos Santos
Juliana Andrade Cardoso | Juliana Santiago Costa
Rafael Moreira Daltro | Renata Portela de Rezende
REVISORES TÉCNICOS
Arthur Igor Cruz Lima | Caroline Louise Sampaio Pinheiro
Catarina Barreto de Oliveira
João Vitor Dantas da Silva dos Santos | Juliana Santiago Costa
Luan Carlos dos Reis Melo
2021
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de
19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no
todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros),
essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem per-
missão expressa da Editora.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DOURADO, Aline et al. Preparatório para Residência em Buco-Maxilo-Facial 2021. 3. ed. Salvador,
BA: Editora Sanar, 2021. (Coleção Preparatório para Residência).
Revisores Técnicos
Caroline Louise Sampaio Pinheiro João Vitor Dantas da Silva dos Santos
A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos ser de fun-
damental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames em
Buco-Maxilo-Facial:
1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas), por autores espe-
cializados.
2. 100% das questões são selecionadas de residências.
3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nas residên-
cias.
4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.
5. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo com o
seguinte modelo:
FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL
Bons Estudos!
Fernanda Fernandes
Editora
Sumário
1. Anatomia................................................................................................................. 15
▍RESUMO PRÁTICO
1. Mandíbula.......................................................................................................................................... 39
2. Órbita................................................................................................................................................. 42
3. Músculos e inervação da língua............................................................................................................ 44
4. Artéria carótida................................................................................................................................... 45
5. Artéria maxilar.................................................................................................................................... 47
6. Espaços fasciais (infecção odontogênica)............................................................................................... 47
7. Músculos da mastigação...................................................................................................................... 48
8. Etiologias das deformidades dentofaciais............................................................................................. 49
9. Forames............................................................................................................................................. 51
10. Músculos supra-hioides........................................................................................................................ 51
11. Classificação de Pell e Gregory.............................................................................................................. 53
12. Referências......................................................................................................................................... 54
2. Anestesiologia......................................................................................................... 55
▍RESUMO PRÁTICO
3. Cirurgia Bucal.......................................................................................................... 77
▍RESUMO PRÁTICO
▍RESUMO PRÁTICO
5. Cirurgia Ortognática................................................................................................147
▍RESUMO PRÁTICO
6. Farmacologia..........................................................................................................173
▍RESUMO PRÁTICO
7. Patologia................................................................................................................211
▍RESUMO PRÁTICO
▍RESUMO PRÁTICO
9. Urgências e Emergências..........................................................................................301
▍RESUMO PRÁTICO
▍RESUMO PRÁTICO
▍RESUMO PRÁTICO
1.
Lei nº 8.080 ...............................................................................................................................................................431
2.
Lei nº 8.142/1990......................................................................................................................................................432
3.
Decreto nº 7.508/2011...............................................................................................................................................433
4.
Política nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora.....................................................................................433
5.
Lei complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012...................................................................................................435
6.
Lei nº 13.427, De 30 de março de 2017......................................................................................................................436
7.
Política nacional para a integração da pessoa com deficiência....................................................................................436
8.
Política nacional de atenção básica ...........................................................................................................................437
9.
Política nacional de humanização..............................................................................................................................438
1. Sistema Único de Saúde (SUS), políticas e programas........................................................................... 439
1. Lei nº 8.080, De 19 de setembro de 1990...................................................................................................................439
2. Decreto nº 7.508, De 28 de junho de 2011.................................................................................................................441
3. Política nacional de atenção hospitalar .....................................................................................................................442
4. Política nacional de atenção básica ...........................................................................................................................443
5. Programa nacional de avaliação ................................................................................................................................444
6. De serviços de saúde (PNASS) ...................................................................................................................................444
7. Política nacional de humanização (PNH)....................................................................................................................445
8. Política nacional de educação permanente em saúde.................................................................................................446
9. Política nacional de educação popular em saúde........................................................................................................447
10. Rede de atenção à saúde............................................................................................................................................449
11. Política nacional de promoção da saúde ....................................................................................................................450
12. Política nacional de saúde .........................................................................................................................................451
13. Integral da população negra......................................................................................................................................451
14. Política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ............................................452
15. Política de vigilância em saúde..................................................................................................................................453
16. Determinantes sociais da saúde.................................................................................................................................454
17. Núcleo ampliado de saúde da família.........................................................................................................................455
18. Plano plurianual (PPA) 2012-2015.............................................................................................................................455
19. Carteira de serviços da atenção primária à saúde.......................................................................................................456
20. Referências................................................................................................................................................................457
▏ 13
▍RESUMO PRÁTICO
▍RESUMO PRÁTICO
12.3 Implantodontia......................................................................................................509
▍RESUMO PRÁTICO
▍RESUMO PRÁTICO
Incisura da Processo
mandíbula condilar
Fóvea pterigoidea
Borda anterior
do ramo
Protuberância
Tuberosidades
mentual
massetéricas
Tubérculo
mentual Linha oblíqua Ângulo da mandíbula
Forame mentual
02 (CEFET BAHIA – SESAB – 2020) A parede me- Alternativa A: INCORRETA. O forame etmoidal ante-
dial da órbita é, de longe, a mais comple- rior localiza-se 20 a 25 mm atrás da rima orbital
xa e potencialmente problemática de ser trata- medial. 12 mm mais adiante encontra-se o fora-
da em casos de traumatismo grave. A parede me etmoidal posterior.
orbital medial é composta, anterior para pos- Alternativa B: INCORRETA. A tróclea, que conduz
teriormente, de uma porção dos ossos maxilar, o tendão do músculo oblíquo superior, é uma
lacrimal, etmoidal e esfenoide. A respeito dessa inserção periosteal especial na área da junção
área da órbita, assinale a alternativa correta. da parede medial e parede superior da órbita
– aproximadamente 4 mm posterior à margem
orbital – e sua integridade deve ser mantida
Ⓐ O forame etmoidal anterior localiza-se 25 durante a exploração orbital medial. Se ela for
a 30 mm atrás da rima orbital medial. 12 mm rompida, deverá ser seguramente restaurada.
mais adiante encontra-se o forame etmoidal Alternativa C: CORRETA. A distância média de dis-
posterior. secção da crista etmoidal anterior até a face
Ⓑ No extremo medial, situa-se a tróclea, cer- média do canal óptico é de 42 mm.
ca de 4 mm atrás da rima. Nesse ponto, a polia Alternativa D: INCORRETA. A parede mais acometida
cartilaginosa tem uma dupla inserção para o em uma fratura tipo blow-out é o assoalho or-
tendão do músculo reto medial. bital, mas pode ocorrer no assoalho, na parede
Ⓒ A distância média de dissecção da crista et- medial ou na parede lateral. As fraturas de órbita
moidal anterior até a face média do canal ópti- do tipo blow-out ocorrem quando há colapso ex-
co é de 42 mm. clusivamente do assoalho ou da parede medial
Ⓓ A parede mais acometida em uma fratura da órbita, gerando perda do conteúdo ocular.
tipo blow-out é a parede medial, seguida pelo Alternativa E: INCORRETA. O assoalho da órbita e
assoalho da órbita medial anterior e, com me- a parede medial são ossos finos e papiráceos.
nos frequência, pelo teto da órbita. Traumatismos desferidos ao globo ocular com
Ⓔ As fraturas significativas da parede medial objetos esféricos podem pressionar o globo
manifestam-se, principalmente, por exoftalmia. ocular para dentro da órbita e esse aumento
de pressão pode levar à fratura do assoalho e/
ou da parede medial dela. Como consequência
GRAU DE DIFICULDADE
dessa fratura, parte do conteúdo da órbita, so-
bretudo a gordura periorbital, afunda através
Aline Dourado e Inácio Lima ▏ 17
do assoalho da órbita para dentro do seio ma- último ramo ainda no canal facial. Ele penetra
xilar, causando hipoftalmia e enoftalmia (globo na cavidade timpânica, passa medialmente à
ocular para baixo e para dentro), bem como membrana do tímpano. Deixa o crânio através
diplopia (visão dupla), pois os globos oculares da fissura petrotimpânica alcançando a fossa
ficam desalinhados. infratemporal. Medialmente ao músculo pte-
Resposta: Ⓒ rigoideo lateral se une ao nervo lingual (V/3
par) com o qual se distribui aos 2/3 anteriores
do dorso da língua. Durante seu trajeto com o
ramo terminal da artéria facial. Portanto, é ramo do bulbo do olho. É mais profundo e acompa-
da artéria carótida externa. nha a parede medial da órbita, entre músculo
Alternativa C: INCORRETA. A maioria das artérias reto medial e músculo oblíquo superior. O ner-
superficiais da face é ramo ou derivada de ra- vo nasociliar origina os seguintes ramos: ramo
mos da artéria carótida externa. A artéria nasal comunicante para o gânglio ciliar e nervos cilia-
lateral tem sua origem na artéria facial quando res curtos, responsáveis pela sensibilidade ge-
ascende ao longo do nariz. Portanto, é ramo da ral das túnicas oculares; nervos ciliares longos,
artéria carótida externa. responsáveis pela sensibilidade geral da túnica
Alternativa D: CORRETA. A artéria dorsal do nariz é vascular e da córnea.
ramo da carótida interna, com origem na ar- Alternativa B: CORRETA. O trajeto das fibras eferen-
téria oftálmica. A artéria dorsal do nariz segue tes do ramo principal do nervo facial antes e
ao longo da face dorsal do nariz e vasculariza após sua divisão é o seguinte (do início no cére-
sua superfície. bro até suas terminações, na periferia): o núcleo
Resposta: Ⓓ facial está situado na área vestibular do tronco
encefálico e contribui com as fibras motoras
para o feixe do nervo facial; e o núcleo salivató-
06
osso:
(CEPUERJ – 2020) A maior parte do liga-
mento palpebral medial se insere no
rio superior encontra-se posterior às estrias me-
dulares e emite as fibras parassimpáticas para o
nervo facial através do nervo intermédio.
Alternativa C: INCORRETA. O nervo abducente (tam-
Ⓐ Nasal. bém conhecido como motor ocular externo)
Ⓑ Frontal. origina-se medialmente do sulco bulbo-pon-
Ⓒ Maxilar. tino na fossa média do crânio. Ele penetra na
Ⓓ Lacrimal. órbita através da fissura orbital superior com os
nervos oculomotor (III), troclear (IV) e oftálmico
(V/1) e se dirige para os músculos do bulbo do
GRAU DE DIFICULDADE
olho. O nervo abducente é motor e suas fibras
são eferentes somáticas gerais para o músculo
Resolução: A maior parte do ligamento palpebral reto lateral. É responsável pelo movimento de
medial se insere no osso maxilar. abdução do olho.
Resposta: Ⓒ Alternativa D: INCORRETA. O nervo infratroclear tem
um trajeto anterior, deixa a órbita próximo a
seu canto interno. Ele pode trocar fibras com
RESUMO PRÁTICO
1. MANDÍBULA
A mandíbula é um osso em forma de ferradura, sendo o mais forte e o único osso móvel do
esqueleto facial. Situa-se inferiormente na face e, com o osso hioídeo, forma o arcabouço de fixação
dos músculos do assoalho da boca. A mandíbula é formada por um corpo, anterior, e por dois ra-
mos, suas porções ascendentes, posterior e superiormente. A região de transição entre os ramos e
o corpo da mandíbula é conhecida como ângulo da mandíbula. Na figura 1 e na figura 2, podemos
observar os acidentes anatômicos presentes na mandíbula, em ângulos diferentes.
Processo
condilar
Corpo
Processo
coronoide
Ramo
Linha oblíqua
Forame mentual
Processo alveolar
Na parte anterior do corpo da mandíbula, há a sínfise mentual, que é a região mediana. Inferior-
mente, a sínfise mentual apresenta uma elevação triangular, a protuberância mentual. Geralmente,
entre os pré-molares inferiores observa-se o forame mentual, bilateralmente, pelo qual emergem
os vasos e os nervos mentuais, que são ramos do nervo mandibular, que é ramo do nervo trigêmeo
(V par craniano).
A linha oblíqua é uma elevação presente no corpo da mandíbula (geralmente a partir do pri-
meiro molar) que continua com a borda anterior do ramo da mandíbula. Parte do músculo bucina-
dor e os músculos depressor do lábio inferior e depressor do ângulo da boca originam-se na linha
oblíqua.
Os ramos da mandíbula apresentam um formato retangular e possuem dois processos (pro-
cesso condilar e processo coronoide). No processo condilar há a cabeça da mandíbula (côndilo da
mandíbula), que faz parte da articulação temporomandibular (ATM), sendo uma saliência ovalada,
mais alongada no sentido lateromedial. Abaixo da cabeça da mandíbula, há uma porção estreita
chamada de colo da mandíbula, a qual apresenta uma depressão chamada de fóvea pterigoídea,
onde está o músculo pterigoídeo lateral. No processo coronoide insere-se o tendão superficial do
músculo temporal. Os processos condilar e coronoide são separados por uma borda côncava cha-
mada incisura da mandíbula, que comunica a fossa infratemporal com a região massetérica e por
ela passam os vasos e nervos massetéricos, ramos do nervo mandibular, que é ramo do nervo trigê-
meo (V par craniano). Na parte inferior do ramo mandibular, há pequenas saliências denominadas
de tuberosidades massetéricas, onde há a inserção do músculo masseter (Figura 2).
40 ▕ Anatomia
Processo
Incisura da
condilar
mandíbula
Cabeça da mandíbula
Processo
(côndilo da mandíbula)
coronoide
Fóvea pterigoidea
Borda anterior
do ramo
Borda posterior
do ramo
Protuberância
mentual Tuberosidades
massetéricas
Tubérculo
mentual Forame mentual Linha oblíqua Ângulo da mandíbula
Na face interna do ramo mandibular, a principal estrutura é o forame mandibular, que percorre
a mandíbula internamente até a região do forame mentual. O forame e o canal mandibulares alo-
jam os vasos e nervos alveolares inferiores, ramos do nervo mandibular, que é ramo do nervo trigê-
meo (V par craniano). Veja o quadro a seguir para saber um pouco mais sobre o canal mandibular,
canal mentual e canal incisivo (Esquema 1).
Na face interna da mandíbula, há uma linha semelhante à linha oblíqua, a chamada linha milo-
-hioídea. O músculo milo-hioídeo origina-se na linha milo-hioídea (Figura 3). A linha milo-hioídea
divide a face interna do corpo da mandíbula em duas fossas, a fóvea sublingual, acima e anterior, e
a fóvea submandibular, abaixo e posterior (Quadro 1).
Incisura da
mandíbula Cabeça da mandíbula
Processo com face articular
coronoide
Crista temporal
Língula da mandíbula
Forame da mandíbula
Sulco milo-hioídeo
Tuberosidades
Fóvea Fóvea pterigoideas
sublingual Linha submandibular
milo-hioidea
A espinha mentual é uma elevação presente na face interna do corpo da mandíbula na região
da sínfise mentual. A espinha mentual pode apresentar tubérculos, onde originam-se os múscu-
los genioglosso (superior) e gênio-hioídeo (inferior). Acima da espinha mentual pode existir um
pequeno forame chamado foramina lingual, que, quando presente, aloja um ramo da artéria su-
blingual (Figura 4).
A borda inferior do corpo da mandíbula é conhecida como base da mandíbula, pois apresenta
uma cortical óssea muito espessa. Na região interna da base da mandíbula, há as fossas digástricas,
duas depressões, nas quais se fixam os ventres anteriores do músculo digástrico.
A língula da mandíbula é uma pequena saliência, situada no contorno anterior e medial do
forame mandibular, que dá inserção ao ligamento esfenomandibular. Abaixo do forame há o sulco
milo-hioídeo, que aloja o nervo milo-hioídeo, ramo do nervo mandibular, que é ramo do nervo
trigêmeo (V par craniano).
42 ▕ Anatomia
Cabeça
Colo
Processo
condilar
Língula da mandíbula
Ramo
Forame da mandíbula
Ângulo
Fóvea
Sulo submandibular
milo-hioídeo
Fóvea sublingual
Corpo da mandíbula
2. ÓRBITA
A cavidade orbital é uma estrutura que aloja os bulbos oculares, os músculos extrínsecos do
olho, nervos, vasos sanguíneos, tecido adiposo retrobulbar e parte do aparelho lacrimal. Apresenta
quatro bordas (supraorbital, infraorbital, lateral e medial) e quatro paredes (teto ou superior, asso-
alho ou inferior, parede lateral e parede medial). Para saber um pouco mais sobre essas estruturas,
veja os quadros a seguir (Quadro 2 e Quadro 3):
Antes de emergir no exocrânio através da fissura orbital superior, os III, IV e VI pares cranianos
mantêm íntima relação com o seio cavernoso. Além desses, os nervos oftálmicos e maxilar, ramos
do V par craniano, também estão intimamente relacionados com o seio cavernoso.
A órbita é formada por sete ossos: zigomático, esfenoide, maxila, frontal, etmoide, lacrimal e
palatino. Para decorar os ossos que compõem a órbita, veja o acróstico a seguir (Quadro 4):
44 ▕ Anatomia
Todos os músculos da língua, com exceção do palatoglosso, recebem inervação motora do ner-
vo hipoglosso (NC XII). O palatoglosso é um músculo palatino inervado pelo plexo faríngeo. Para
sensibilidade geral (tato e temperatura), a mucosa dos dois terços anteriores da língua é suprida
pelo nervo lingual, um ramo do nervo mandibular do trigêmeo (NC V3). Para sensibilidade especial
(paladar), essa parte da língua, com exceção das papilas circunvaladas, é suprida pelo nervo corda
do tímpano, um ramo do nervo facial (NC VII). O nervo corda do tímpano une-se ao nervo lingual na
fossa infratemporal e segue anteriormente em sua bainha. A mucosa do terço posterior da língua
e as papilas circunvaladas são supridas pelo ramo lingual do nervo glossofaríngeo (NC IX) para
sensibilidade geral e especial. Brotos do nervo laríngeo interno, um ramo do nervo vago (NC X), são
responsáveis sobretudo pela sensibilidade geral, mas também por parte da sensibilidade especial,
de uma pequena área da língua imediatamente anterior à epiglote (Figura 5). Esses nervos basi-
camente sensitivos também conduzem fibras secretomotoras parassimpáticas para as glândulas
serosas na língua.