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COMPLEMENTAR
ESTOMATOLOGIA
RESUMOS
SUMÁRIO
Exame Clínico................................................................................................................4
Semiotécnica ................................................................................................................7
Periapicopatias.............................................................................................................9
Biópsia..........................................................................................................................39
Exame Clínico
Profª Júlia Neri
Anamnese
d Tudo o que está relacionado à saúde do paciente que deve ser levado por ele ao
profissional;
d Realizada por meio de um questionário/ficha clínica ou por uma entrevista dirigida
entre profissional e paciente.
d SEMIOGRAFIA da Ficha Clínica:
y Exame inicial;
y Evolução clínica;
y Prescrições;
y Solicitações;
y Resultados de exames complementares (exames laboratoriais ou de imagem);
y Condutas;
y Reavaliações.
Obs.: o prontuário pertence ao paciente, ficando sob a guarda do profissional ou da
instituição. A qualquer momento o paciente pode fazer a solicitação deste!
d Exame Físico
y Classificação ASA:
Recursos Semiotécnicos
d Pulso
d Frequência respiratória
Bebê 30 a 60
Crianças 20 a 30
Adultos 12 a 20
Semiotécnica
Profª Naiadja Cerqueira
Processo Diagnóstico
Exame físico
Manobras Semiotécnicas
d Face
d Cadeias ganglionares
d Articulação temporomandibular
d Glândulas salivares menores
d Ossos
d Inervação
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Periapicopatias
Prof. Renan Trindade
Abscesso periapical:
d Sintomáticos e assintomáticos;
d Fonte de infecção evidente; OSTEOMIELITE: INFECÇÃO
d Cefaleia, mal-estar e febre; EM TECIDO ÓSSEO
Celulite:
d Condição aguda;
d Disseminação pelos tecidos moles;
d Cefaleia, mal-estar e febre;
d Angina de Ludwig (espaço fascial submandibular, sublingual e submentoniano);
d Trombose do seio cavernoso.
Osteomielite:
Osteíte condensante:
d Pulpite ou necrose;
d Radiopacidade uniforme; Diagnóstico diferencial:
Lesões/doenças que
d Envolve ápices.
possuem SEMELHANÇA!
d Diagnóstico diferencial:
d Displasia cemento-óssea (margem radiolúcida);
d Esclerose óssea idiopática (separada do ápice).
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Pigmentos sanguíneos
Pigmentos exógenos
ALTERAÇÕES DE FORMA
d Pápula;
y Elevações sólidas pequenas de até 5 mm.
y Podem ser únicas ou múltiplas.
y Superfície: lisa, rugosa ou verrucosa.
y Formato: arredondada ou oval; pontiagudas ou achatadas.
y Obs.: quando há várias pápulas juntas, pode nomear como placa papulosa.
d Nódulo e Nodosidade (tumor)
y Elevação sólida.
y Superficial ou profundo.
y Nódulo > 5 mm < 3 cm.
y Nodosidade > 3 cm (nome maior, tamanho maior).
d Placa
y Pequena elevação.
y Maior em extensão do que altura.
y Consistente à palpação.
y Superfície: rugosa, verrucosa, ondulada, lisa ou mista.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 14
d Vegetação
y Lesões sólidas
y Agrupadas
y Salientes
y Cônicas, filiformes ou em couve-flor
COLEÇÕES LÍQUIDAS/VESÍCULOBOLHOSAS
d Vesícula e bolha
d Elevações com líquido no interior
d Vesícula: até 3mm
d Bolhas: Única cavidade, maior.
PERDA TECIDUAL
d Erosão
d Perda superficial do epitélio SEM atingir conjuntivo
d É uma atrofia da mucosa bucal, que a torna fina, plana e frágil.
Úlcera e ulceração
Fissura ou rágade
d Traumática;
d Autoimune; PRIMÁRIAS OU
d Viral; DERIVADAS DE
d Infecciosa; VESICULOBULHOSAS
d Neoplásica.
Características clínicas:
d Úlceras de bordas elevadas, nítidas e endurecidas;
d Fundo/centro necrótico;
d Base endurecida à palpação, por conta da infiltração dos tecidos subjacentes;
d Inicialmente é assintomático;
d Crescimento rápido.
ÚLCERA TRAUMÁTICA
HISTOPLASMOSE | infecciosa
SISTÊMICO CRÔNICO
Mulheres, meia-idade, apresenta febre,
Pouco ou nenhum sinal sistêmico
fadiga, perda de peso
Exantema característico-Padrão de Bor- Lesões limitadas à superfície da pele ou
boleta mucosa
Lesões bucais em palato, mucosa jugal e Lesões bucais parecidas com as do Líquen
gengiva: queilite por lúpus. Graus variá- plano erosivo: ulceração central; circun-
veis de ulceração, dor, eritema e hiperce- cidada por estrias brancas, Estrias de Wi-
ratose ckham
MUCOCELE| Salivar
RÂNULA| Salivar
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
QUEIMADURAS TÉRMICAS
INJÚRIAS QUÍMICAS
NECROSE ANESTÉSICA
d Hemorragia palatina submucosa (trauma por felação, paciente realiza sexo oral no
homem);
d Eritema;
d Ulcerações no freio lingual (cunilíngua, paciente realiza sexo oral na mulher).
Diferença entre:
Epidemiologia: cerca de 95% das neoplasias malignas na cavidade oral são diagnos-
ticadas como carcinoma escamocelular (CEC). A maioria dos pacientes chega ao centro
de tratamento com diagnóstico tardio, inviabilizando o tratamento.
Fatores de risco:
Extrínsecos:
d USO DO TABACO:
y Pacientes que fazem o uso tem de 4 a 15 vezes mais chances de desenvolver
o câncer;
y 60 substâncias carcinogênicas;
y Irritante térmico, químico e mecânico.
d USO DO ÁLCOOL
y Efeito sinérgico do tabaco;
y Alcetaldeído e metabólitos como promotor tumoral;
y Degradação do retinol pelo fígado;
y Deficiência de vitamina A;
y Desidrata a mucosa oral, contribuindo para a penetração de agentes
carcinogênicos do tabaco na mucosa.
d EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA (UVB)
y Raios UVB possuem comprimento de onda menor que UVA e assim penetram
mais profundo.
d DIETA
y Coadjuvante na incidência do câncer.
d MÁ HIGIENE BUCAL
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d Intrínsecos:
y FATORES GENÉTICOS
y FATORES IMUNOLÓGICOS
y AGENTES INFECCIOSOS
LEUCOPLASIA:
por raspagem, acomete qualquer região na cavidade oral, mas tem predileção por
língua, vermelhão dos lábios e soalho;
d Locais de risco: áreas mais expostas a agentes carcinogênicos, aumento da
permeabilidade do epitélio;
d Diagnóstico: não pode ser caracterizada clínica
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ou histopatologicamente com outra doença, LEUCOPLASIA:
portanto seu diagnóstico é por exclusão; Queimadura
Candidíase Pseudomembranosa
d Classificação: Homogênea: Delgada (fina), Não
(cai mais em prova)
homogênea.
Líquen plano
y Delgada: mais branda, placa uniforme Carcinoma Verrucoso
branca e/ou acinzentada, com ou sem fendas Estomatite nicotínica
superficiais. Nevo branco esponjoso
Mucosa mordiscada
y Não Homogênea: eritroleucoplasia;
leucoplasia verrucosa; leucoplasia verrucosa
proliferativa: ulcerado ou eritematoso, superfície irregular, nodular, exofítico.
d Diagnóstico: biópsia incisional, citologia esfoliativa (pacientes debilitados);
d Tratamento: excisão cirúrgica.
y Eletrocautério;
y Criocirurgia;
y Ablação a laser;
y Uso de vitamina A.
ERITROPLASIA
y Displasias epiteliais;
y Carcinoma in situ;
y Carcinoma de células escamosas superficialmente invasivo.
Ausência da produção de ceratina: microvasculatura evidenciada (atrófico ou hiper-
plásico).
d Diagnóstico: biópsia incisional;
d Tratamento: excisão cirúrgica da lesão.
y Eliminar fatores irritativos locais;
y Criocirurgia;
y Eletrocirurgia;
y Ablação a laser.
A RECIDIVA NA ERITROPLASIA É MUITO COMUM!
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LÍQUEN PLANO
d Tratamento:
y Líquen plano reticular: assintomático, sem necessidade de tratamento.
Acompanhamento do paciente! Atente-se para infecções oportunistas como
candidíase, em que o tratamento é necessário, e feito com nistatina.
y Líquen plano erosivo/atrófico: sintomatologia dolorosa, uso de corticosteroide
tópico potente, reavaliações entre 3 e 6 meses.
QUEILITE ACTÍNICA
d Infecção fúngica oral mais comum em humanos, causada pelo Candida Albicans,
que, por sua vez, pode fazer parte da microflora oral normal de algumas pessoas,
mesmo sem evidência clínica de infecção.
d Pseudomembranosa e hiperplásica.
d Pseudomembranosa - características clínicas:
y Mais conhecida:
y “Sapinho”;
y Placas brancas aderentes na mucosa oral (aspecto de leite coalhado);
y REMOVIDAS POR RASPAGEM
y A mucosa subjacente pode se apresentar eritematosa ou normal.
y Pode ser iniciada de duas formas: após exposição do paciente a antibiótico
de amplo espectro (manifestação aguda); ou deficiência da capacidade imune
(forma crônica), que acomete mais pacientes com HIV, leucemia ou crianças de
até 2 anos.
d Pseudomembranosa sintomas:
d Sensação de queimação;
d Gosto desagradável (salgado ou amargo);
y Alguns pacientes queixam-se de bolhas. Porém, não são verdadeiras. A
sensação é de elevação, ou seja, placas elevadas, e não vesículas verdadeiras;
y Distribuídas em região de palato, mucosa jugal e dorso da língua.
d Características - candidíase crônica hiperplásica:
y Placas brancas não removíveis à raspagem;
y Tipo mais raro, porém existe uma controvérsia;
y Região anterior da mucosa jugal;
y Não podem ser diferenciadas clinicamente de uma leucoplasia comum
(diagnóstico diferencial);
y Diagnóstico: citopatologia, hifas de Candida associadas à lesão com a cura
da lesão após terapia antifúngica. Quando a lesão não responde à terapia, realizar
biópsia, pois pode se tratar de outro tipo de lesão branca;
y Tratamento: medicamento antifúngico.
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LEUCOPLASIA:
LEUCOEDEMA
LÍQUEN PLANO
HIPERPLASIA FIBROSA
d Palato duro;
d Prótese mal adaptada, ou uso prolongado, falta de higiene;
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d Assintomática;
d Eritematosa, superfície pedregosa papilar;
d Tratamento: remoção da prótese, excisão cirúrgica, criocirurgia, cirurgia a laser.
GRANULOMA PIOGÊNICO
Biópsia
Profª Júlia Neri
Citologia esfoliativa:
d Hipótese diagnóstica;
d Envio de outros exames.
d Resultado do exame:
d Nosológico: evidências patológicas; identificação da lesão.
d Descritivo: diagnóstico indefinido; somar com dados clínicos.
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Cistos de Desenvolvimento 1
Profª Júlia Neri
CISTO DENTÍGERO:
d Muito comum;
d Origem da separação do folículo da coroa do dente, patogênese incerta;
d Começa na junção amelocementária;
d Dentes impactados (3ºM, C, PM), homens, jovens 10-30 anos, assintomáticos;
d Imagens radiolúcidas uniloculares, associadas a um dente impactado;
d Variante central, lateral, circunferencial;
d Epitélio estratificado escamoso não ceratinizado;
d Tratamento: enucleação cirúrgica, remoção ou não do dente, excelente prognóstico.
CISTO GENGIVAL
CISTO DE ERUPÇÃO
d Hematoma de erupção;
d Associado a dente em processo de erupção, ESTÁ EM TECIDO MOLE!
d Análogo ao cisto dentígero (intraósseo).
d Aspecto arroxeado, ou coloração da mucosa.
d Enquanto o dente erupciona, o cisto tende a involuir; às vezes, é necessário realizar
uma ulectomia.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 44
Cistos de Desenvolvimento 2
Profª Júlia Neri
CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR
d Raro.
d Faixa etária de 40-50 anos.
d Mais em mandíbula.
d Pode ser agressivo.
d Características radiográficas: imagem radiolúcida, multi ou unilocular.
d Características histológicas: epitélio escamoso estratificado, células cúbicas a
colunares com cílios, características glandulares.
d Tratamento e prognóstico: enucleação e curetagem, propenso à recidiva. Em
lesões multiloculares, deve-se fazer a ressecção cirúrgica.
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO
d (Tumor-2005/ Cisto-2017).
d 20-30 anos, sexo masculino.
d Região posterior e ramo de mandíbula.
d Natureza agressiva (por isso foi classificado como tumor).
d Grandes proporções sem manifestação clínica (por isso é classificado como cisto).
d Dificuldade no diagnóstico e tratamento (trata como tumor ou cisto?).
d Características radiográficas: área radiolúcida uni ou multilocular, uni ou
multilobular.
d Bem delimitada com margem esclerótica, porém as margens difusas podem
revelar um crescimento desigual da lesão.
d Não costumam provocar reabsorção radicular.
d Características histopatológicas: epitélio escamoso estratificado de fina
espessura.
d Superfície corrugada.
d Camada basal definida em paliçada, células colunares altas com inversão de
polaridade.
d Cápsula fibrosa fina, cistos satélites na cápsula.
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Cistos Odontogênicos de
origem inflamatória
Profª Júlia Neri
CISTO RADICULAR:
d Geralmente assintomáticos.
d Reagudização, grandes proporções: sensibilidade, mobilidade dentária, assimetria
facial, dor à palpação e mastigação.
d Envolvimento com dentes necróticos.
d Drenagem ou aspiração: líquido citrino (âmbar, cristais de colesterol).
d 3ª ou 4ª década de vida, geralmente diagnosticados em exames radiográficos de
rotina.
d Características radiográficas: área radiolúcida com densidade homogênea, forma
ovalada ou arredondada delimitada por halo radiopaco.
d Associada ao ápice radicular de dente desvitalizado.
d Rompimento da lâmina dura ao nível apical.
d Cistos inflamatórios de longa evolução: reabsorção radicular, afastamento/
reabsorção das raízes dos dentes adjacentes.
d Lembre-se: exame radiográfico NÃO é o método mais fiel de diagnóstico.
d Observar tamanho e área. Lesão maior: cisto inflamatório; lesão menor: granuloma
periapical.
d Cisto radicular: apical, lateral, residual.
y CISTO RADICULAR APICAL: ápice dentário.
y CISTO RADICULAR LATERAL: lateralmente à raiz dos dentes envolvidos
(dente não vital).
y CISTO RADICULAR RESIDUAL: fica no lugar do dente extraído.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 47
NEURILEMOMA
NEUROFIBROMA
HEMANGIOMA:
Hemangioma INTRAÓSSEO:
LINFAGIOMA:
LEIOMIOMA:
RABDOMIOMA
d Músculo esquelético.
d Lesão rara, predileção por cabeça e pescoço.
d Rabdomioma fetal: face e periauricular.
d Rabdomioma do adulto: lesão nodular ou tumoral, homens de meia-idade ou
idosos. Faringe, laringe e cavidade oral. Soalho, palato mole e base de língua.
d Tratamento: excisão cirúrgica, pouca recidiva.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 51
Mais comum! Também chamado de: carcinoma epidermoide ou, ainda, de carcinoma
de células escamosas.
d Etiologia: multifatorial.
y Radiação solar: CEC de lábio;
y Tabaco + álcool: CEC da cavidade oral;
y Infecção HPV associada ao CEC: atinge tonsila, base da língua e orofaringe;
y Dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais, e rica em gorduras.
d Características clínicas: apresentação variada:
y Exofítica
y Endofítica
y Leucoplásica
y Eritroplásica
y Eritroleucoplásica
d Manifestações iniciais: ASSINTOMÁTICAS, áreas avermelhadas, úlceras indolores
que não cicatrizam, áreas eritroleucoplásicas.
d Lesões avançadas: dor, mobilidade de dentes, sangramento, trismo, mau odor,
linfadenopatia cervical, úlceras infiltrativas, endurecimento da região, bordas
elevadas, PERDA DE PESO IMPORTANTE.
d Tratamento:
y Tumores iniciais: cirurgia de ampla ressecção - menor morbidade que a
radioterapia;
y Tumores avançados: cirurgia + radioterapia e pode ser necessária a
quimioterapia;
y Atentar-se para os efeitos adversos do tratamento: mucosite, xerostomia,
osteorradionecrose, cárie por radiação, osteonecrose.
CARCINOMA VERRUCOSO
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE
d Neoplasia maligna de baixo grau de glândulas salivares com células que exibem
diferenciação acinares serosas.
d 85% em glândula parótida e 9% em glândulas salivares menores (mucosa jugal,
lábios e palato mais comum).
d 2ª à 7ª década de vida, 60% mulheres.
d Aumento de volume e crescimento lento.
d Assintomático.
d Infrequente paralisia do nervo facial, mas prognóstico de tumor em parótida!
d Tratamento:
d Tumor em parótida:
y Lobo superficial: lobotomia;
y Lobo profundo: parotidectomia;
y O nervo facial pode ser sacrificado, se estiver envolvido.
d Tumor submandibular: remoção total da glândula.
d Tumor de glândula salivar menor: excisão cirúrgica com margem de segurança.
d Bom prognóstico.
d O TRATAMENTO CIRÚRGICO DE TUMORES MALIGNOS NÃO DEVE SER FEITO
PELO CIRURGIÃO-DENTISTA! A este cabe a realização de biópsia incisional em caso
de suspeita envolvendo região de cavidade oral e o devido encaminhamento desse
paciente para o oncologista, além do suporte no tratamento, a fim de aliviar os
sintomas na cavidade oral!
d O tratamento, em geral, deve ser feito de forma multidisciplinar.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 54
MUCOSITE
§ Suprarregulação da expressão das citocinas pró-inflamatórias.
DISGEUSIA
d Alteração do paladar;
d Relacionada à hipossalivação;
d Reversível.
TRISMO
CÁRIE DE RADIAÇÃO
INFECÇÕES SECUNDÁRIAS:
OSTEORRADIONECROSE:
Tumores Odontogênicos
Profª Naiadja Cerqueira
AMELOBLASTOMA
AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO
d Incomum (1 a 10%);
d Indolor, não ulcerado, séssil ou pediculado;
d Mucosa gengival e alveolar posterior;
d Menor que 1,5 cm, mais comum em mandíbula;
d Pode apresentar erosão do osso alveolar superficial pela pressão regional;
d Meia-idade;
d Tratamento: excisão cirúrgica, recidiva baixa. Em casos de recidiva, na segunda
excisão já costuma ser suficiente para curar. Transformação maligna rara.
d Incomum;
d 30 e 50 anos;
d Posterior de mandíbula;
d Aumento de volume indolor, crescimento lento;
d Características radiográficas: defeito uni ou multilocular. Estruturas calcificadas
variadas no interior, muito associado a molar inferior impactado;
d Variante periférica:
y Rara;
y Aumento de volume gengival séssil, mais frequente em gengiva anterior;
y Erosões do osso subjacente em forma de taça;
d Tratamento: ressecção local conservadora (fina faixa de osso circundante);
d Lesões em posterior de maxila: o tratamento é mais agressivo;
d 15% de recidiva;
d Quando tratado por curetagem, maior chance de recidivar.
FIBROMA AMELOBLÁSTICO
ODONTOMA
FIBROMA ODONTOGÊNICO
d Forma central ou intraóssea: ampla faixa etária, leve predileção feminina, maxila
região anterior ao 1M, mandíbula posterior ao 1M;
d Forma periférica extraóssea: 2ª e 4ª décadas de vida, predileção feminina, região
anterior de mandíbula;
d Menores: assintomáticos, maiores: expansão óssea e/ou mobilidade dentária;
d Radiograficamente: imagem radiolúcida;
d Menores: unilocular, bem definidos, frequentemente associados à região
perirradicular de dentes erupcionados;
d Maiores: multilocular, reabsorção radicular de dentes associados. Entre os dentes
há divergência das raízes. Podem estar associados a dentes inclusos. Em alguns
casos, apresenta pontos radiopacos;
d Tratamento: enucleação cirúrgica, curetagem rigorosa, bom prognóstico.
MIXOMA ODONTOGÊNICO
d Adultos jovens;
d Não há predileção por gênero;
d Mandíbula;
d Lesões menores assintomáticas; lesões maiores: expansão óssea indolor;
d Radiograficamente: lesão radiolúcida, uni ou multilocular, margens irregulares ou
festonadas, deslocamento e reabsorção radicular;
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 62
FIBROMA CEMENTO-OSSIFICANTE
d Raro;
d 3ª e 4ª décadas de vida;
d Alta predileção por mulheres (5:1);
d Mandíbula, região de pré-molar e molar;
d Pequenas lesões – assintomáticas;
d Lesões maiores: aumento de volume indolor, assimetria facial;
d Radiograficamente: unilocular e bem definida, graus de radiopacidade, divergência
ou reabsorção das raízes dos dentes associados;
d Tratamento: enucleação. Em grandes proporções, ressecção e enxerto ósseo;
d Recidiva rara e bom prognóstico.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 63
SIALORREIA
HIPOSSALIVAÇÃO/XEROSTOMIA
MUCOCELE
RÂNULA
SIALOMETAPLASIA NECROSANTE
SÍNDROME DE SJÖGREN
ADENOMA PLEOMÓRFICO
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE
Infecções bacterianas:
IMPETIGO
ERISIPELA
SÍFILIS
GONORREIA
d Neisseria gonorrhoae
d A manifestação oral é rara;
d Sexualmente transmissível;
d Lesões orais: eritematosas, pustulares, erosivas ou ulceradas. Pode simular a
gengivite ulcerativa necrosante (GUN) - A diferença é que na gonorreia não há odor
como na GUN;
d Tratamento: fluoroquinolonas (ciprofloxacina, levofloxacina ou ofloxacina).
TUBERCULOSE
d Myccobacterium Turbeculosis
d Manifestações orais são raras;
d Lesões orais: úlcera crônica e indolor;
d Áreas nodulares, granulares, leucoplásicas firmes na mucosa;
d Tratamento: fluoroquinolonas (ciprofloxacina, levofloxacina ou ofloxacina).
HANSENÍASE
d Mycobacterium leprae
d Lesões cutâneas bem circunscritas e hipopigmentadas sem sensibilidade;
d Envolve mais a pele, mas a região perioral pode estar envolvida;
d Fácies leprosa (destruição facial);
d Diagnóstico: Clínico + Esfregaço;
d Tratamento: rifampicina e dapsona em esquema semestral;
d Hanseníase multibacilar recebem 24 meses de rifampicina, dapsona e clofazimina.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 69
ACTINOMICOSE
d Actinomyces israelli
d Pode ser aguda ou crônica;
d GRÂNULOS SULFÚRICOS - sinal patognomônico;
d Diagnóstico: Clínico + Cultura bacteriana;
d Tratamento: drenagem, excisão da fístula e antibioticoterapia prolongada
(penicilina).
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 70
Infecções fúngicas
Candida Albicans
HISTOPLASMOSE
d Histoplasma Capsulatum
d Sintomas semelhantes a uma gripe;
d Diagnóstico: histopatológico, cultura, testes sorológicos;
d Tratamento:
y Aguda: tratamento sintomático;
y Crônica: anfotericina B intravenosa, itraconazol (imunocomprometidos);
d Lesão clinicamente parecida com o CEC.
BLASTOMICOSE
d Blastomyces dermatitidis
d Adquirida pela inalação de esporos (pulmão-sangue-pele/ossos/próstata/
meninge/mucosas orofaringes);
d Clinicamente: lesões em pele com aspecto verrucoso e áreas de nódulo e na
mucosa. Apresenta lesões granulares exofíticas, endurecidas e grau variado de dor;
d Sintomas clínicos semelhantes: PNEUMONIA (febre alta, dor torácica, mal-estar,
sudorese noturna e tosse produtiva com secreção mucopurulenta);
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 71
d Paracoccidiodes brasiliensis
d Adquirido pela inalação de esporos;
d Proporção de 15 homens para 1 mulher ( B-estradiol inibe a transformação da
forma de hifas para leveduras);
d Diagnóstico: clínico, histopatológico e cultura;
d Lesão: granular, eritematosa, exofítica;
d Aspecto de Mickey Mouse nas leveduras.
ZIGOMICOSE
Infecções protozoárias:
TOXOPLASMOSE
Infecções virais:
d Herpes vírus simples
d HSV-1 Dissemina-se predominantemente através de saliva infectada ou lesões
periorais ativas
d HSV-2 Adapta-se melhor na genitália, transmissão sexual
HERPES LABIAL
d HSV1 frequentemente;
d Sintomas: dor, ardência, prurido, formigamento, calor localizado, eritema;
d Aparecem de 6 a 24 horas antes do desenvolvimento das lesões;
d Sintomas mais intensos nas primeiras 8 horas e a maior parte da reaplicação se
ativa dentro de 48 horas;
d Dura de 1 a 2 semanas, e passa sem deixar cicatriz;
d Também pode se disseminar em outras áreas do corpo.
VARICELA (catapora)
HERPES-ZOSTER
d Após a infecção inicial, esse vírus pode ficar latente no gânglio espinhal dorsal;
d Prevalência dos ataques aumenta com a idade;
d Três fases:
d 1. Prodrômica: fase sintomática, com dor intensa que precede a erupção cutânea,
incômodo pontiagudo ou cortante. Febre, mal-estar e cefaleia 1 a 4 dias antes das
lesões;
d 2. Aguda: manifestação real. Vesículas se rompem de 3 a 4 dias, pústula e
ulceração, formação de crostas após 7 a 10 dias, vesículas branca-opacas;
d 3. Crônica: em 15% dos pacientes. Caracterizada pela neuralgia do trigêmeo. É
incomum abaixo dos 50 anos. Em alguns casos, estende-se por 20 anos. Alívio da
dor após início do tratamento.
d Tratamento: medicamentos antivirais: aciclovir, valaciclovir e fanciclovir aceleram
o processo de cicatrização das lesões cutâneas e mucosas. Mais eficazes quando
iniciados dentro de 72 horas após as primeiras vesículas.
Manifestações orais:
d Candidíase:
y Eritematosa - contagem de linfócitos CD4 > 400 células/mm³;
y Pseudomembranosa - contagem de linfócitos CD4 > 200 células/mm³;
y Queilite angular;
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 75
d Características radiográficas:
y Espessamento da lâmina dura;
y Aumento do ligamento periodontal no osso alveolar no ponto de início da
ONMB;
y Sequestro ósseo;
d Estágios da ONMB:
y Estágio 0: sinais e sintomas brandos, necrose perceptível só em nível
histológico, ou osso pré-necrótico;
y Estágio 1: osso necrótico exposto, com ausência de infecção e ausência de
sintomatologia;
y Estágio 2: osso necrótico exposto com presença de infecção e sintomatologia;
y Estágio 3: osso necrótico exposto, dor, fratura patológica, extensão até
basilar e fístula extraoral;
d Tratamento e Prognóstico:
y Paciente com risco: prevenção;
y Paciente com ONMB: tratamento;
y Objetivos: preservação da qualidade de vida;
y Controle da dor;
y Controle dos quadros infecciosos;
y Prevenção do desenvolvimento de novas áreas necróticas;
y Avaliar o risco: acúmulo de doses da droga no organismo;
y Avaliar clinicamente de forma rigorosa, realizar exames de imagem, orientar
o paciente, se possível, sobre os procedimentos odontológicos que devem ser
feitos desde antes do uso dos BFs.
d Tratamento:
y Controle da dor
y Antibioticoterapia
y Enxaguatórios bucais
y Câmera hiperbárica
y Laserterapia
y Desbridamento cirúrgico
y Suspensão BF*
Nem sempre há sucesso no tratamento. E a prevenção é a melhor opção.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 79
Patologias Ósseas 1
Prof. Renan Trindade
OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
OSTEOPETROSE
d Rara;
d Aumento acentuado na densidade óssea - osso bem cortical;
d Defeito no remodelamento;
d Osteoclastos aumentados, porém o osso não é reabsorvido;
d Espessamento da cortical óssea e esclerose do osso esponjoso;
d Características clínicas: osteomielites que facilmente se disseminam e com
tratamento difícil;
d Osso extremamente radiopaco na radiografia;
d Tratamento: sistêmico - Interferon gama 1b, geralmente combinado ao calcitrol;
d Transplante de medula óssea.
DISPLASIA CLEIDOCRANIANA
OSTEOCLEROSE IDIOPÁTICA
d Causa desconhecida;
d Proliferação vascular;
d Mobilidade dentária, dor, má oclusão, desvio da mandíbula e deformidade
clinicamente óbvia.
Patologias Ósseas 2
Prof. Renan Trindade
DISPLASIA FIBROSA
MONOSTÓTICA POLIOSTÓTICA
80% a 85% dos casos Síndrome de JAFFE-LICHTENSTEIN
Homens e mulheres Síndrome de MCCUNE-ALBRIGHT
Crescimento lento Dois ou mais ossos
Maxila mais envolvida que mandíbula Pigmentação café au lait (café com leite)
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA
FIBROMA OSSIFICANTE
d Assintomática;
d Ampla variação de idade;
d Predileção por sexo feminino;
d Mandíbula mais acometida, mas também acomete maxila;
d Separação cirúrgica fácil entre tumor e osso;
d Radiolúcida com poucos aspectos radiopacos;
d Histológico: mistura de osso imaturo-cemento, pequenas estruturas arredondas
demonstrando bordas periféricas em escova.
OSTEOMA
SÍNDROME DE GARDNER
CEMENTOBLASTOMA
OSTEOSARCOMA
Cardiopatias são muito comuns e são responsáveis por cerca de 37% dos óbitos
anuais.
Dentre elas podemos citar:
d Doença coronariana;
d Doença cerebrovascular;
d Doença arterial periférica;
d Doença cardíaca reumática;
d Cardiopatia congênita;
d Trombose e embolia.
Parte dos pacientes no consultório odontológico pode ser portadora dessas cardio-
patias. É de importância ao cirurgião-dentista:
d Conhecimento da cardiopatia do paciente;
d Atendimento em casos de urgência;
d Alterações no plano de tratamento;
d Profilaxia adequada;
d Considerar o uso de medicamentos pelos pacientes.
ENDOCARDITE INFECCIOSA
d Manejo odontológico:
y Consultas curtas, sem estresse;
y Anestesia efetiva com vasoconstritor;
y Seringa carpule com aspiração (evitar intravascular);
y Evitar fios retratores.
y Efeitos colaterais da medicação de HAS na cavidade bucal:
y Hipossalivação;
y Disgeusia;
y Lesões bucais.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
d Manejo odontológico:
y Consultas curtas, sem estresse;
y Usar posição semissupina ou vertical da cadeira;
y Cuidado com hipotensão ortostática;
y Evitar o uso de anti-inflamatórios não estereoidais (AINEs);
y Sedação consciente com fornecimento mínimo de 30% de oxigênio.
d Manejo odontológico:
y Anestesia efetiva;
y Seringa carpule com aspiração;
y Evitar fios retratores.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 87
DIABETES MELLITUS 1
d Hereditária;
d Pâncreas não produz insulina essencial à sobrevivência;
d Destruição autoimune das células pancreáticas produtoras de insulina (células β
do pâncreas);
d 10% dos portadores;
d Acomete mais crianças e adolescentes;
d Uso de insulina.
PRODUTO ÚNICO - ESTOMATOLOGIA 88
DIABETES MELLITUS 2
d Adquirida;
d Organismo deixa de responder apropriadamente à ação da insulina produzida no
pâncreas;
d 90% dos pacientes;
d Mais frequentes em adultos (mais de 40 anos);
d Uso de insulina ou hipoglicemiantes orais.
DIABETES GESTACIONAIS
d MANIFESTAÇÕES BUCAIS:
y Doença periodontal;
y Infecções oportunistas (candidíase bucal);
y Hipossalivação (xerostomia);
y Distúrbios de gustação (disgeusia);
y Ulcerações na cavidade bucal;
y Hálito cetônico.
y Menos comuns:
y Abscessos recorrentes;
y Hipoplasia ou hipocalcificação do esmalte;
y Glossodínia - ardência na língua;
y Líquen plano;
y Tumefação das glândulas salivares comuns.
PAPEL DO CIRURGIÃO-DENTISTA:
HIPOSSALIVAÇÃO
d Cárie;
d Infecções oportunistas;
d Síndrome de ardência bucal;
d Dificuldade de mastigação;
d Xerostomia.
MATERIAL
COMPLEMENTAR
BONS ESTUDOS!