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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA

INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA


FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

KALLEU TEIXEIRA DOS REIS

LEUCEMIA VIRAL FELINA: RELATO DE CASO

BELÉM/PA

2022
KALLEU TEIXEIRA DOS REIS

LEUCEMIA VIRAL FELINA: RELATO DE CASO

Monografia do Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Medicina Veterinária e ao
Instituto da Saúde e Produção Animal (ISPA) da
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA),
como requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Medicina Veterinária

Áreas de concentração: Biologia Molecular


Veterinária

Orientador: Profº. Drº. Alexandre do Rosário Casseb

BELÉM – PA
2022
KALLEU TEIXEIRA DOS REIS

LEUCEMIA VIRAL FELINA: RELATO DE CASO

Monografia do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária


e ao Instituto da Saúde e Produção Animal (ISPA) da Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA), como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Medicina Veterinária. Áreas de
concentração: Biologia Molecular Veterinária

DATA DA APROVAÇÃO: 17/11/2022

___________________________________

Profº. Drº. Alexandre do Rosário Casseb


Orientador/presidente da Banca

Instituto da Saúde e Produção Animal


Universidade Federal Rural da Amazônia

___________________________________

Profa. Dra. Conceição de Maria Almeida Vieira


Membro Titular da Banca Examinadora
Instituto da Saúde e Produção Animal

Universidade Federal Rural da Amazônia

___________________________________

Me. Pedro Henrique Marques Barrozo


Membro Titular da Banca Examinadora
Instituto da Saúde e Produção Animal

Universidade Federal Rural da Amazônia


AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida e me conceder dedicação para alcançar mais um objetivo, Sto
Expedito, meu intercessor junto a Deus nas horas urgentes.

Meus pais, por serem provedores das minhas necessidades, sendo meu esteio central
nas minhas escolhas.

Meus irmãos, Klézio e Kaleb, pelo apoio nesta caminhada acadêmica.

Aos animais estudados aqui, que servem como base para cuidar de outros no futuro.

Meus professores como Sebastião Tavares Rolim Filho e meu orientador, Alexandre
do Rosário Casseb, exemplos de compaixão e apresso pelos alunos, sem vocês esse sonho não
seria possível.

Ana Paula, por ser minha companheira durante e toda a graduação, e fora dela, pelo
apoio e dedicação, sendo sempre incentivadora nos meus sonhos.

A Emevep Jr, por ter mudado minha vida acadêmica, essa empresa terá um peso
significativo em minha vida.

A Dra. Ana Maria Silva Cruz, MINHA MÃE na veterinária, pela oportunidade de
aprender e por em prática minhas poucas habilidades, você foi o anjo que Deus mandou para
minha vida.

A Dra. Maria Eduarda, por ser minha preceptora na cirurgia, e minha inspiração para
ortopedia, pelas chamadas de atenção e elogios quando alcançado por mim, bons resultados.

Aos meus amigos, Carlos, Diego, Leonardo, Letícia Santana, Letícia Raiol, Lucian,
Natália, Rafaela, Ramon, Walderson, Thamires, e Yanka, se tornaram minha família,
devido a rotina intensa do curso integral, vocês foram meu acalento.

A família do Coronel Willian, uma verdadeira benção que Deus me deu, um exemplo
de caridade, união e dedicação para com a família, em especial Wellen da Silva, sua ajuda foi
imprescindível nos últimos anos me ajudando dentro e fora da graduação, uma das poucas
certezas que tive é que poderia sempre contar com você.

Ao tio Tomaz, por ter aceitado vender meu "chopp" na xerox, sempre serei agradecido
pelo que fez por mim.
Ao Laboratório de Biologia Molecular e ao Laboratório de Patologia da UFRA, e
seus residentes, em especial a Amanda Barros.

À Equipe SamVet – Bruna, Rafaela, Tainá, Victória, Sônia, Evânia – por


proporcionarem condições de melhor aproveitamento e aprendizagem no nosso espaço.

Ao Zeus e Eros, meus estimados pets que me ensinaram o verdadeiro sentido de amar
e não esperar algo em troca.
RESUMO

A Leucemia Liral Felina é uma doença que acomete gatos do mundo todo. O vírus da leucemia
felina (FeLV) pode ser transmitido via saliva, pelo leite, via transplacentária ou por meio de
transfusões sanguíneas. O FeLV não sobrevive em meio ambiente, e ainda pode ser facilmente
eliminado por meio do uso de detergentes comuns. Uma vez infectado, o felino pode
desenvolver vários sinais clínicos, os quais podem ser inespecíficos como apatia e anorexia, ou
mais especificas como leucemias. O vírus pode gerar uma imunossupressão no animal,
deixando o mesmo vulnerável a outras doenças. O correto diagnóstico e tratamento são
essenciais para que o felino tenha uma melhor qualidade de vida, além disso, o diagnóstico de
gatos infectados é um fator crucial para evitar a transmissão para um gato não infectado. Há
vacinas disponíveis no mercado, mas não se sabe a duração da imunidade proporcionada por
elas. O presente trabalho tem por objetivo apresentar um relato de caso sobre a um felino
positivo para Leucemia Viral Felina, abordando sua manifestação clínica no paciente, a conduta
clínica utilizada e a importância do diagnóstico precoce.

Palavras-chave: FeLV; Felino; Diagnóstico; Relato de caso.


ABSTRACT

Feline Lyral Leukemia is a disease that affects cats all over the world. Feline leukemia virus
(FeLV) can be transmitted via saliva, milk, transplacentally or through blood transfusions.
FeLV does not survive in the environment, and it can still be easily eliminated using common
detergents. Once infected, the feline can develop several clinical signs, which can be non-
specific, such as apathy and anorexia, or more specific, such as leukemias. The virus can
generate immunosuppression in the animal, leaving it vulnerable to other diseases. Correct
diagnosis and treatment are essential for the feline to have a better quality of life, in addition,
the diagnosis of infected cats is a crucial factor in preventing transmission to an uninfected cat.
There are vaccines available on the market, but the duration of immunity provided by them is
not known. The present work aims to present a case report on a positive feline for Feline Viral
Leukemia, addressing its clinical manifestation in the patient, the clinical management used and
the importance of early diagnosis.

Keywords: FeLV; Feline; Diagnosis; Case report.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................9
2. OBJETIVOS...................................................................................................10
2.1.Objetivo geral............................................................................................10
2.2.Objetivos específicos.................................................................................10
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................11
3.1.Leucemia Viral Felina (FeLV).................................................................11
3.2.Epidemiologia............................................................................................13
3.3.Manifestação clínica.................................................................................14
3.4.Diagnóstico................................................................................................14
3.5.Tratamento................................................................................................15
3.6.Profilaxia....................................................................................................15
4. MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................17
5. RELATO DE CASO ......................................................................................18
6. DISCUSSÃO ...................................................................................................22
7. CONCLUSÕES ..............................................................................................23
REFERÊNCIAS ............................................................................................24
ANEXOS ........................................................................................................29
1. INTRODUÇÃO

O Brasil está em terceiro lugar no ranking mundial em população de animais


domésticos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de
Estimação (ABINPET). Embora os cães serem considerados os animais de companhia do
homem, os gatos estão ganhando cada vez mais espaço por causa da independência, higiene do
animal e a facilidade na criação (GOMES, 2013).

A Leucemia Viral Felina (FeLV) é uma doença infecciosa que acomete tanto os felinos
domésticos quanto os selvagens e é causada por um retrovírus imunossupressor e oncogênico,
que está associado aos distúrbios degenerativos e mieloproliferativos (ALMEIDA et al., 2012).
O vírus da FeLV é transmitido principalmente pelo contato direto frequente ou prolongado entre
animais e pela ingestão de água e comida contaminadas (ALVES et al., 2015).

O convívio entre os gatos de rua, abrigos e residências com muitos gatos portadores,
facilita a disseminação do vírus, uma vez que este é transmitido por via oronasal (LEITE et al.,
2013). Os sinais clínicos associados à infecção são variáveis, no entanto, a maioria dos gatos
desenvolve perda de peso, desidratação, anorexia, prostração, complexo estomatite-gengivite,
neuropatias, distúrbios reprodutivos e diversas infecções concomitantes, incluindo a infecção
pelo vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) (MACIEIRA et al., 2008).

O diagnóstico da infecção pelo FeLV é realizado pela união do exame clínico, exames
laboratoriais complementares, e principalmente, pela realização dos testes sorológicos para
detecção do antígeno viral, como a prova ELISA, testes rápidos imunocromatográficos e a
imunofluorescência indireta (MIYAZAWA, 2002). Além disso, o prova molecular de PCR
detecta o DNA proviral do FeLV integrado em células sanguíneas, sendo de grande importância
para detectar as infecções latentes em medula óssea, as quais são indetectáveis pelos métodos
sorológicos (TORRES et al., 2005).

Ainda não é conhecido um tratamento que leve à cura da doença, desta forma, o
tratamento tem como base o emprego de agentes antivirais, que atuam na inibição da replicação
viral, e o uso de imunomoduladores, que estimulam o sistema imunológico combatendo assim
a infecção viral (ALMEIDA et al., 2020). Comumente, o tratamento também inclui o combate
a infecções secundárias e doenças concomitantes.

9
2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Descrever o relato de caso de um felino atendido em uma clínica privada localizada em


Belém/PA que apresentava os sinais e sintomas clínicos característicos da Leucemia Viral
Felina.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Descrever o agente e aspectos clínicos da Leucemia Viral Felina


(FeLV);

 Descrever o relato de caso;

 Descrever os achados de necropsia do felino do relato de caso;

 Alertar sobre o manejo profilático de felinos em ambientes


compartilhados.

10
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. LEUCEMIA VIRAL FELINA (FeLV)

O vírus da Leucemia Viral Felina (FeLV) é um retrovírus de fita simples, envelopado,


que acomete a população de felinos domésticos e, esporadicamente, felídeos selvagens
(MATESCO, 2014) (FIGURA 1). No momento presente, o vírus da Leucemia Viral Felina
existe sob três formas, divididas em subgrupos: FeLV-A, FeLV-B e FeLV-C (TORRES et al.,
2005).

Figura 1 – Estrutura do vírus da Leucemia Viral Felina.

Fonte: Veterian Key, 2016.

O subgrupo FeLV-A é menos patogênico em relação aos outros, porém é o único capaz
de fazer a transmissão de forma horizontal e é encontrado em todos os felinos infectados, sendo
o único capaz de ser encontrado isolado nos felinos (DONATELE et al., 2015). Os subgrupos
B e C surgem a partir de uma infecção prévia pelo FeLV tipo A, fazendo com o que ocorra
mutação e recombinação com sequências retrovirais celulares que estão presentes no DNA e
que se fixaram na sua linhagem (BIEZUS, 2017).

11
O FeLV-B e FeLV-C não são capazes de causar infecção isoladamente, pois necessitam
do subgrupo A para adentrar nas células e se replicar. O subgrupo B está relacionado com a
doença mieloproliferativa ou mielossupressora, enquanto o subgrupo C está associado ao
desenvolvimento rápido de anemia arregenerativa, causada pela completa interrupção da
diferenciação hematopoiética (PERROTTI, 2009).

O vírus infecta vários tecidos e tem como alvos os linfócitos, monócitos, células
percursoras das células hematopoiéticas, glândulas salivares e epitélio do trato respiratório
(AZEVEDO, 2008). A FeLV faz sua replicação em tecidos linfoides da orofaringe, se o sistema
imune do animal não eliminar o vírus, irá ocorrer a disseminção para o organismo, as células
infectadas carreiam os vírus para medula óssea, timo, intestino, trato urinário e para os outros
linfonodos, onde o vírus irá se replicar (GONÇALVES, 2019).

Na FeLV existem algumas fases de infecção, tais como infecção abortiva, infecção
regressiva e infecção progressiva. Os gatos saudáveis, com um sistema imune competente,
conseguem produzir resposta imunológica humoral e celular, que é capaz de cessar a replicação
viral, eles apresentam anticorpos neutralizantes no sangue e o gato consegue eliminar o vírus
antes da integração do genoma. Esses gatos não se tornam viremicos e essa fase é caracterizado
pela infecção abortiva. Essa infecção ocorre quando o gato é exposto a uma pequena quantidade
viral (BOTELHO, 2014).

Segundo Almeida (2017), na fase da infecção regressiva, que corresponde à viremia


transitória seguida de infecção latente, ocorre a replicação viral no interior dos monócitos e
linfócitos, mas a replicação viral é combatida antes ou um pouco depois da infecção chegar na
medula óssea. Em animais imunocompetentes, a replicação viral cessa por causa da resposta
imune celular e humoral. Esses gatos não manifestam a doença sistêmica e a infecção é
controlada em até 16 semanas. A infecção regressiva pode reaparecer em condições de estresse
e com uso de imunossupressores (PERROTTI, 2009).

Na infecção progressiva, que corresponde à viremia persistente, a resposta imune não é


suficiente para combater o vírus, então este se dissemina por via hematógena, atingindo os
tecidos linfoides e logo após a medula óssea, diminuindo os eritrócitos e as plaquetas
(ALMEIDA, 2017). Quando o vírus atinge as células da medula óssea, a viremia persistirá por
algumas semanas ou alguns meses. Depois que as que as células-tronco hematológicas são
infectadas é impossível a eliminação do material genético nas células percursoras, e o animal
apresenta a infecção persistente por toda vida (BIEZUS, 2017).

12
3.2. EPIDEMIOLOGIA

Os felinos filhotes são mais suscetíveis a infecção por FeLV do que gatos adultos ou os
mais idosos, isso ocorre devido ao número de receptores celulares necessários para o FeLV
infectar as células e para começar a replicação. Um outro fato é o nível de anticorpos contra a
FeLV (GONÇALVES, 2019). Porém, os felinos adultos apresentam as maiores taxas de
infecção devido a maior facilidade de contato com outros gatos infectados (ALVES, 2015).

De acordo com Rodrigues (2015) os gatos que mais se infectam pelo FeLV são os
machos que tem contatos com outros gatos. Machos não castrados e que tem disponibilidade
de acesso as ruas, assim como acontece na imunodeficiência felina. A Leucemia Viral Felina é
uma das principais doenças infecciosas que mais leva a óbito em felino. O FeLV é distribuído
mundialmente sendo uma das principais infecções dos felinos.

A transmissão do FeLV ocorre de forma horizontal e acontece através do contato direto


de um felino sadio com outro que está infectado, podendo ser através de secreções nasais, saliva
e com objetos que esteve em contato com um animal infectado. E por formas incomuns, através
da urina, fezes e por aerossóis (FIGURA 2). Outra forma de transmissão de FeLV é pela
transfusão sanguínea, por isso a importância da procedência de sangue de doadores, sendo
necessário que esses animais sejam testados antes da doação de sangue (COELHO, 2013).

Figura 2 – Ciclo de transmissão da FeLV.

Fonte: Zoetis, 2021.

13
3.3. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

São diversos os sinais clínicos que a infecção pela FeLV apresenta, sendo mais comuns
os linfomas, leucemias, anemias, enterites, supressão da medula óssea e problemas
reprodutivos. São apresentados diversos tipos de anemias nos animais infectados, a mais
comum é a anemia não-regenerativas e a anemia regenerativa (TURRAS, 2014).

Os felinos que se infectam com o FeLV têm maior probabilidade de desenvolverem


linfoma e leucemia pois o vírus age diretamente nos genes que geram os tumores. Os linfomas
causados pelo FeLV têm sua origem principalmente nos linfócitos T, enquanto os que não tem
relação com o FeLV, tem sua origem principalmente pelos linfócitos B (MATESCO, 2014).

A leucemia está ligada as células linfoides, porém, pode estar envolvida com outras
linhagens de células hematopoiéticas que são suscetíveis ao FeLV, levando a doença
mieloproliferativa ou síndrome mielodisplásica. A leucemia aguda ocorre devido à perda de
células hematopoiét icas normais resultando em letargia pela anemia, com neutropenia e
trombocitopenia. Já́ as leucemias crônicas são raras nos gatos e dificilmente estão associadas
ao FeLV (BOTELHO, 2014).

A anemia é mais comum nos gatos do que em outras espécies de animais domésticos,
uma explicação para isso é devido os seus eritrócitos possuírem uma vida de apenas 70 a 80
dias. Os gatos soropositivos para FeLV apresentam formas variadas de anemia, que são na
grande maioria anemias não regenerativas, causada por processos inflamatórios crônicos, e em
menor escala anemia regenerativa que são causadas por doenças secundárias ao FeLV que
causam hemólise (ORNELAS, 2012).

3.4. DIAGNÓSTICO

O método mais rápido e eficiente de diagnosticar o FeLV é através do teste sorológico


ELISA, que identifica o antígeno viral p27 livre do FeLV encontrado no plasma sanguíneo ou

14
no soro (HARTMANN, 2015). Na infecção abortiva, os resultados do ELISA são negativos
pois não há antígeno circulante.

Através do resultado positivo no teste ELISA, é possível diferenciar as infecções


progressiva da regressiva por FeLV. Na infecção regressiva, ocorre o primeiro episódio de
viremia, e a proteína p27 do FeLV é detectada no plasma sanguíneo, porém quando a viremia
cessa não é mais possível detectar o antígeno no teste (HARTMANN, 2015). Quando o gato é
testado pela primeira vez e for positivo será́ necessário repetir o teste após 6 semanas, se for
novamente positivo, o gato passará novamente por outro teste após 10 semanas, se persistir em
positivo, isso indica que a infecção é progressiva (BOTELHO, 2014).

A Imunofluorescência indireta (IFA), feito por esfregaço sanguíneo ou de medula óssea,


é utilizado para detecção da FeLV sendo mais específico que o ELISA, nele será observado
neutrófilos e plaquetas que estão infectadas pelo antígeno p27 (SILVA, 2017). O teste de
Imunofluorescência indireta pode dar positivo após 3 semanas quando já́ ocorreu a replicação
do vírus na medula óssea e a viremia no gato. Mas pode ocorrer falso negativo quando o animal
está com a infecção regressiva, pois não há antígeno circulante (ALMEIDA, 2017).

A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) também pode ser utilizada para detecção da
atividade viral do FeLV, é a técnica mais sensível para a detecção do material genético do vírus,
após ocorrer a transcrição reversa (RT). O teste pode ser feito através de sangue, aspirado de
medula óssea e tecidos. A PCR pode ser utilizada quando o ELISA e o IFA não se coincidem
nos resultados, sendo a PCR o teste confirmatório nesses casos (CRAWFORD, 2011).

3.5. TRATAMENTO

Pela falta de tratamento específico para FeLV, é realizado o tratamento de suporte para
os animais infectados. Nesse tratamento é feito suporte nutricional para melhorar a qualidade
de vida desses animais e alguns medicamentos são utilizados para diminuição da dor e para
manter a imunidade adequada para que não ocorra infecções secundarias (ORNELAS, 2012).

3.6. PROFILAXIA

15
Dentre as medidas profiláticas, evita-se o contato do felino com o vírus por meio do não
compartilhamento dos comedouros e bebedouros entre os gatos infectados e não infectados,
mantê-los sem acesso à rua e realizar o isolamento dos animais soropositivos (ALVES et al.,
2015).

Parcerias entre médicos veterinários e tutores maximizam a prevenção da FeLV, através


do compartilhamento de informações sobre a doença e nas vacinações. A vacina ideal deve
induzir a produção de anticorpos contra a FeLV-A, porém as vacinas encontradas no mercado,
atualmente, não oferecem essa resposta (ALVES et al., 2015).

Embora a vacinação dos felinos domésticos ainda seja pouco comum aos tutores, esta é
uma medida importante para a saúde do felino. Recomenda-se a aplicação de duas doses: a
primeira aplicada com oito semanas de idades, e a segunda realizada 21 a 30 dias após. É
importante manter a regularidade realizando o reforço anual.

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4. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado a partir da coleta de dados de um animal com suspeita
de Leucemia Viral Felina (FeLV) atendido no Hospital Veterinário Saúde Animal localizado
em Belém/PA. Para a descrição do relato de caso, foi concedido acesso ao prontuário clínico,
laboratorial e aos exames complementares solicitados.

17
5. RELATO DE CASO

No dia 17 de janeiro de 2022, o felino Victor deu entrada no hospital veterinário


apresentando anorexia, apatia, episódios de vômito, sendo alimentado com patê e água de
maneira forcada pelo tutor. No exame físico o animal apresentou mucosas hipocoradas,
temperatura retal 39,2 ºC (febril), apático, mas com resposta à manipulação, sem dor abdominal,
desidratação 5%, glicemia 144mg/dl, frequência respiratória 18 MPM e frequência cardíaca
120 BPM. Devido o quadro clínico, o paciente necessitava de cuidados intensivos para
realização de mais exames e monitoramento clínico, permanecendo na internação por 2 dias e
apresentando prognóstico reservado.

No primeiro hemograma realizado, observou-se alterações hemodinâmicas


significativas condizentes com o relato do tutor e com a anamnese primária (ANEXO 1).
Devido as alterações observadas foi solicitado o encaminhamento para o médico veterinário
hematologista. Após 10 dias de tratamento sintomático, realizou-se outro exame para verificar
os parâmetros sanguíneos onde notou-se uma discreta melhora nas alterações antes encontradas
(ANEXO 2).

Em 03 de março de 2022, o animal retornou à clínica apresentando diarreia e perda de


apetite, sendo realizado hemograma (ANEXO 3) e prescrição médica para tratamento das
disfunções apresentadas. Após 6 dias o paciente não apresentou melhora, necessitando exames
complementares para elucidação de seu caso clínico.

Durante a investigação clínica foram solicitados exames hematológicos, bioquímicos,


ultrassonografia abdominal, parasitológico de fezes e teste de PCR para FiV/FeLV. Desses
exames, os hemogramas (ANEXO 4) apresentaram alterações importantes, o resultado do PCR
foi negativo (ANEXO 5) e foi observado hepatopatia crônica no ultrassom (ANEXO 6).

O felino deu entrada na internação novamente no dia 10 de março de 2022, sob relato
de estar apático e prostado, sem comer há 2 dias e apresentando fezes pastosas com coloração
amarelada. No mesmo dia, o clínico de plantão realizou a sondagem nasogástrica para realizar
o suporte nutricional ao animal.

18
Durante o período de internação, foram realizados dois hemogramas (ANEXOS 7 E 8),
onde mostrou-se imprescindível a realização de transfusão sanguínea pois este apresentava
anemia grave. Na tarde do dia 16 de março de 2022 o paciente apresentou uma parada
cardiorrespiratória, vindo à óbito após tentativas de reanimação.

Nos gráficos apresentados a seguir, podemos observar as alterações observadas nos


hemogramas realizados durante todo o período que o felino recebeu atendimento no hospital
veterinário.

Gráfico 1 – Alterações nos valores de hemácias durante o período de atendimento.

Hemácias (milhões/mm3)
3.5

2.5

1.5

0.5

0
1/28/22

2/3/22
1/24/22
1/26/22

1/30/22
2/1/22

2/5/22
2/7/22
2/9/22
2/11/22
2/13/22
2/15/22
2/17/22
2/19/22
2/21/22
2/23/22
2/25/22
2/27/22
3/1/22
3/3/22
3/5/22
3/7/22
3/9/22
3/11/22
3/13/22

Hemácias (milhões/mm3)

Gráfico 2 – Alterações nos valores de hematócrito durante do período de atendimento.

19
0
5
10
20
25

15
1/24/22

50,000
100,000
150,000
200,000
300,000
350,000
400,000

250,000

0
1/26/22
1/24/22
1/28/22
1/26/22
1/30/22
1/28/22
1/30/22 2/1/22

2/1/22 2/3/22

2/3/22 2/5/22

2/5/22 2/7/22

2/7/22 2/9/22

2/9/22 2/11/22

2/11/22 2/13/22

2/13/22 2/15/22
2/15/22 2/17/22
2/17/22 2/19/22
2/19/22 2/21/22
Hematócrito (%)
Hematócrito (%)

2/21/22 2/23/22

Plaquetas (mil/mm3)
Plaquetas (mil/mm3)
2/23/22 2/25/22
2/25/22 2/27/22
2/27/22 3/1/22
3/1/22 3/3/22
Gráfico 3 – Alterações nos valores de plaquetas durante o período de atendimento.

Gráfico 4 – Alterações nos valores de leucócitos durante o período de atendimento.


3/3/22 3/5/22
3/5/22 3/7/22
3/7/22 3/9/22
3/9/22 3/11/22
3/11/22 3/13/22
3/13/22

20
Leucócitos (mil/mm3)
25

20

15

10

0
2/9/22
2/11/22
2/13/22
2/15/22
2/3/22
2/5/22
2/7/22

2/17/22
2/19/22
2/21/22
2/23/22
2/25/22
2/27/22
3/1/22
3/3/22
3/5/22
3/7/22
3/9/22
3/11/22
3/13/22
3/15/22
3/17/22
3/19/22
3/21/22
3/23/22
Leucócitos (mil/mm3)

Devido às inconsistências no diagnóstico do felino, realizou-se uma necropsia para


investigação de seu caso clínico, sendo esta realizada no Laboratório de Patologia Animal da
Universidade Federal Rural da Amazônia. Das alterações encontradas, pode-se observar o
fígado em estado autolítico com presença de áreas múltiplas e coalescentes de proliferação
fibroblástica e reação de macrófagos.

Uma amostra hepática foi encaminhada ao Laboratório de Biologia Molecular da


Universidade Federal Rural da Amazônia para realização de testes sorológicos para diversos
agentes infecciosos, onde o teste de PCR para FeLV apresentou resultado positivo (ANEXO
9).

21
6. DISCUSSÃO

No presente trabalho, as alterações hematológicas observadas foram anemia e


trombocitopenia, corroborando com outros autores citados na literatura (HARTMANN, 2015;
ALMEIDA et al., 2016; COBUCCI et al., 2019). A anemia é mais comum em felinos do que
em outra espécie, devidos os seus eritrócitos possuírem uma vida de apenas 70 a 80 dias
(GONÇALVES, 2019).

Os gatos soropositivos para FeLV apresentam formas variadas de anemia, que são na
sua maioria anemias não regenerativas, causada por processos inflamatórios crônicos e, em
menor escala a anemia regenerativa que são causadas por doenças secundárias ao FeLV
(ORNELAS, 2012). No relato de caso descrito, o gato apresentava anemia regenerativa,
apresentando anisocitose, policromasia e metarrubrícitos, de acordo com Thrall, 2015.

As alterações plaquetárias também se mostraram presentes no felino. A trombocitopenia


pode ocorrer devido a alteração na produção de plaquetas pela supressão da medula óssea
causada pelo vírus (ALMEIDA, 2017). Lutz et al., (2009) relata que além das alterações na
quantidade de plaquetas, também se observa alterações no tamanho, formato e déficits na
função das plaquetas.

Em um estudo realizado no Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do


Rio Grande do Sul, de 32 felinos que vieram a óbito ou foram submetidos à eutanásia devido a
colângio-hepatite, 16 apresentaram imunomarcação intracitoplasmática nos linfócitos dos
órgãos linfoides (ARGENTA et al., 2018). Este trabalho corrobora com os achados de
necropsia, devido à incidência de 50% das colângio-hepatites deste estudo possuírem FeLV
como agente etiológico.

22
7. CONCLUSÕES

A Leucemia Viral Felina é uma doença comum entre os gatos domésticos, mas pouco
lembrada nas clínicas veterinárias ao considerar os diagnósticos diferenciais. Sua forma de
transmissão é pelo simples contado entre os gatos. A principal forma de prevenção dessa
doença é impedindo o contato entre gatos infectados e gatos não infectados, além de impedir
o acesso à rua.

A doença abordada no presente trabalho tem relevância clínica, bem como seu
diagnóstico. Dessa forma, maiores estudos sobre esta podem contribuir no diagnóstico
diferencial de outras doenças e auxiliar na decisão de tratamento do animal.

23
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, N. R.; DANELLI, M. G. M.; SILVA; L.H. P.; HAGIWARA, M. K.; MAZUR, C.
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24
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rus%20
da%20leucemia%20felina%20em%20gatos%20errantes%20e%20assilvestrados%20da%20il
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nce=1. Acesso em: 12 de nov. 2022.

28
ANEXOS

29
ANEXO 1
Hospital Veterinário Saúde Animal
Avenida Gentil Bittencourt 2484
São Brás , Belém/PA - CEP: 66063-022
(91) 3249-8893 - (91) 3259-3547 - (91) 99166-3066

Hemograma

Animal: 80175 - VICTOR Peso: 4,800 kg em 06/01/2022


Espécie: Felino Sexo: Macho
Raça: S.R.D. Idade: 2 anos, 23 dias
Pelagem: PRETO Chip: -
Responsável: 42456 - FULVIO DANIEL DA SILVA BATISTA CPF: 637.323.942-04
Endereço: PRAÇA FLORIANO PEIXOTO 35 - SÃO BRÁS - BELEM/PA

Tabela de referência: Adulto

Resultado Referência
Data 24/01/2022
Laboratório Saúde Animal
Solicitante Diego de Sousa
Eritrograma
Hemácias 1,72 (milhões/mm3) 5,0 - 10,0 (milhões/mm3)
Hemoglobina 4,0 g/dL 8,0 - 15,0 g/dL
Hematócrito 12 % 24 - 45 %
VGM 70,3 fL 39,0 - 55,0 fL
HGM 23,4 pg 12,5 - 17,5 pg
CHGM 33,1 % 30,0 - 36,0 %
Plaquetas 370.000 (mil/mm3) 300.000 - 800.000 (mil/mm3)
Leucograma
Leucócitos 6,6 (mil/mm3) 5,5 - 19,5 (mil/mm3)
Segmentados 73% / 4.818 5 - 75% / 2.500 - 12.500 mil/mm3
Linfócitos 17% / 1.122 20 - 55% / 1.500 - 7.000 mil/mm3
Monócitos 09% / 594 1 - 4% / 0 - 800 mil/mm3
Eosinófilos 01% / 66 2 - 12% / 0 - 1.500 mil/mm3

Anisocitose ++, Hipocromia +, 02% de


Observações
Metarrubrícitos.

Arline Lima da Silva


Médica Veterinária Laboratorista, 2711
ANEXO 2
Hospital Veterinário Saúde Animal
Avenida Gentil Bittencourt 2484
São Brás , Belém/PA - CEP: 66063-022
(91) 3249-8893 - (91) 3259-3547 - (91) 99166-3066

Hemograma

Animal: 80175 - VICTOR Peso: 4,800 kg em 06/01/2022


Espécie: Felino Sexo: Macho
Raça: S.R.D. Idade: 2 anos, 1 mês, 2 dias
Pelagem: PRETO Chip: -
Responsável: 42456 - FULVIO DANIEL DA SILVA BATISTA CPF: 637.323.942-04
Endereço: PRAÇA FLORIANO PEIXOTO 35 - SÃO BRÁS - BELEM/PA

Tabela de referência: Adulto

Resultado Referência
Data 03/02/2022
Laboratório Saúde Animal
Solicitante Diego de Sousa
Eritrograma
Hemácias 1,88 (milhões/mm3) 5,0 - 10,0 (milhões/mm3)
Hemoglobina 5,0 g/dL 8,0 - 15,0 g/dL
Hematócrito 15 % 24 - 45 %
VGM 78,2 fL 39,0 - 55,0 fL
HGM 26,6 pg 12,5 - 17,5 pg
CHGM 34,0 % 30,0 - 36,0 %
Plaquetas 255.000 (mil/mm3) 300.000 - 800.000 (mil/mm3)
Leucograma
Leucócitos 6,7 (mil/mm3) 5,5 - 19,5 (mil/mm3)
Bastões 05% / 335 0 - 3% / 0 - 300 mil/mm3
Segmentados 57% / 3.819 5 - 75% / 2.500 - 12.500 mil/mm3
Linfócitos 21% / 1.407 20 - 55% / 1.500 - 7.000 mil/mm3
Monócitos 17% / 1.139 1 - 4% / 0 - 800 mil/mm3
Anisocitose ++, Policromasia + +, 135% de
Observações
Metarrubrícitos( Leucócitos já corrigidos).

Arline Lima da Silva


Médica Veterinária Laboratorista, 2711
ANEXO 3
Hospital Veterinário Saúde Animal
Avenida Gentil Bittencourt 2484
São Brás , Belém/PA - CEP: 66063-022
(91) 3249-8893 - (91) 3259-3547 - (91) 99166-3066

Hemograma

Animal: 80175 - VICTOR Peso: 4,800 kg em 06/01/2022


Espécie: Felino Sexo: Macho
Raça: S.R.D. Idade: 2 anos, 2 meses, 2 dias
Pelagem: PRETO Chip: -
Responsável: 42456 - FULVIO DANIEL DA SILVA BATISTA CPF: 637.323.942-04
Endereço: PRAÇA FLORIANO PEIXOTO 35 - SÃO BRÁS - BELEM/PA

Tabela de referência: Adulto

Resultado Referência
Data 03/03/2022
Laboratório Saúde Animal
Solicitante Diego de Sousa
Eritrograma
Hemácias 3,32 (milhões/mm3) 5,0 - 10,0 (milhões/mm3)
Hemoglobina 7,0 g/dL 8,0 - 15,0 g/dL
Hematócrito 21 % 24 - 45 %
VGM 63,0 fL 39,0 - 55,0 fL
HGM 21,0 pg 12,5 - 17,5 pg
CHGM 33,5 % 30,0 - 36,0 %
Plaquetas 182.000 (mil/mm3) 300.000 - 800.000 (mil/mm3)
Leucograma
Leucócitos 4,2 (mil/mm3) 5,5 - 19,5 (mil/mm3)
Segmentados 67% / 2.814 5 - 75% / 2.500 - 12.500 mil/mm3
Linfócitos 09% / 378 20 - 55% / 1.500 - 7.000 mil/mm3
Monócitos 18% / 756 1 - 4% / 0 - 800 mil/mm3
Eosinófilos 06% / 252 2 - 12% / 0 - 1.500 mil/mm3
Observações Anisocitose +, Hipocromia +.

Arline Lima da Silva


Médica Veterinária Laboratorista, 2711
ANEXO 4
Hospital Veterinário Saúde Animal
Avenida Gentil Bittencourt 2484
São Brás , Belém/PA - CEP: 66063-022
(91) 3249-8893 - (91) 3259-3547 - (91) 99166-3066

Hemograma

Animal: 80175 - VICTOR Peso: 4,800 kg em 06/01/2022


Espécie: Felino Sexo: Macho
Raça: S.R.D. Idade: 2 anos, 2 meses, 8 dias
Pelagem: PRETO Chip: -
Responsável: 42456 - FULVIO DANIEL DA SILVA BATISTA CPF: 637.323.942-04
Endereço: PRAÇA FLORIANO PEIXOTO 35 - SÃO BRÁS - BELEM/PA

Tabela de referência: Adulto

Resultado Referência
Data 09/03/2022
Laboratório Saúde Animal
Solicitante Rafaela Vasconcelos
Eritrograma
Hemácias 2,56 (milhões/mm3) 5,0 - 10,0 (milhões/mm3)
Hemoglobina 5,4 g/dL 8,0 - 15,0 g/dL
Hematócrito 16 % 24 - 45 %
VGM 63,7 fL 39,0 - 55,0 fL
HGM 21,2 pg 12,5 - 17,5 pg
CHGM 33,1 % 30,0 - 36,0 %
Plaquetas 72.000 (mil/mm3) 300.000 - 800.000 (mil/mm3)
Leucograma
Leucócitos 22,4 (mil/mm3) 5,5 - 19,5 (mil/mm3)
Bastões 02% / 448 0 - 3% / 0 - 300 mil/mm3
Segmentados 81% / 18.144 5 - 75% / 2.500 - 12.500 mil/mm3
Linfócitos 08% / 1.792 20 - 55% / 1.500 - 7.000 mil/mm3
Monócitos 06% / 1.344 1 - 4% / 0 - 800 mil/mm3
Eosinófilos 03% / 672 2 - 12% / 0 - 1.500 mil/mm3
Observações Anisocitose +.

Arline Lima da Silva


Médica Veterinária Laboratorista, 2711
ANEXO 5

Universidade Federal do Pará


Instituto de Ciências Biológicas
Laboratório de Tecnologia Biomolecular

Nome: Victor (Felino)


Idade: 2 ano(s) Peso: 5,040Kg Raça: SRD
Proprietário: Fulvio Daniel da Silva Batista
Solicitante: Andréia Autran (CRMV-PA 3757)

Resultado de exame (06/01/2022)

Amostra biológica: Sangue Total


Método: Reação em Cadeia da Polimerase (PCR Qualitativa)

Anaplasma platys NEGATIVO


Babesia vogeli NEGATIVO
Cytauxzoon felis NEGATIVO
Ehrlichia canis NEGATIVO
Mycoplasma sp. NEGATIVO
Vírus da Imunodeficiência Felina NEGATIVO
Vírus da Leucemia Felina NEGATIVO

- A reação em cadeia de polimerase - PCR se baseia na amplificação do número de cópias de fragmento(s)


do Ácido Desoxirribonucléico - DNA e/ou do Ácido Ribonucléico do microorganismo pesquisado. O resultado
POSITIVO indica a presença do microorganismo no material biológico analizado, enquanto o NEGATIVO
indica a sua ausência.
- Este exame pode apresentar, embora raramente, resultados falso-negativo e falso-positivo, que é uma
característica do método. Animais com baixa bacteremia e/ou parasitemia estão mais sujeitos a resultados
falso-negativos. Resultados do teste de PCR que estejam em desacordo com o estado clínico do animal
devem ser repetidos com nova amostra biológica.
Página 1/1
ANEXO 6

HOSPITAL VETERINÁRIO SAÚDE ANIMAL


Av. Gentil Bittencourt, 2484, Belém, PA
Fone: (91) 3249-8893/3259-3547

PACIENTE: Victor Nº FICHA: 80175


ESPÉCIE: Felina SEXO: Macho
RAÇA: SRD IDADE: 02 anos
TUTOR: Fulvio Batista DATA: 18/01/2022
SOLICITANTE: Dra Andréia Autran

Relatório Ultrassonográfico

FÍGADO com volume preservado, contornos regulares, bordos finos, parênquima homogêneo e hiperecóico.
Arquitetura vascular com calibre e trajeto preservados (Alteração hepática indica infiltração gordurosa com
diagnóstico diferencial para hepatopatia crônica e hepatite esteróide).

VESÍCULA BILIAR apresenta moderada repleção por conteúdo luminal anecóico, parede lisa e discretamente
espessa (0,21cm) (Alteração pode cursar com colecistite com diagnóstico diferencial para colangiohepatite).

ESTÔMAGO ausência de conteúdo luminal, parede normoespessa, estratificação parietal preservada,


peristaltismo preservado.

ALÇAS INTESTINAIS apresentam discreta repleção por conteúdo luminal heterogêneo, de aspecto alimentar,
estratificação parietal preservada, parede em porções de segmentos jejunais com discreto espessamento
(0,25cm/0,27cm), peristaltismo progressivo (Alterações indicam doença inflamatória intestinal com
diagnóstico diferencial para enterite e enteropatia, não sendo descartado infiltrado neoplásico -
principalmente linfoma).

BAÇO com volume preservado, parênquima homogêneo e normoecóico, bordas afiladas e bem delimitadas,
hilo esplênico sem alterações.

PÂNCREAS com formato anatômico e volume preservados, parênquima homogêneo e normoecóico.

ADRENAIS apresentam volume preservado, parênquima normoecóico e homogêneo.

RINS simétricos, cortical hiperecóica e homogênea, limite corticomedular bem definido, relação corticomedular
mantida, pelve sem alterações (Alteração de ecogenicidade pode ser considerada normal em animais obesos,
idosos e castrados, porém possui diagnóstico diferencial para nefropatia).

BEXIGA apresenta moderada repleção por conteúdo luminal anecóico, parede lisa e normoespessa.

Próstata não caracterizada.

*Medidas biométricas anatômicas junto às imagens.


** Animal orquiectomizado.
O ultrassom é um exame em tempo real e interpretativo; por se tratar de exame complementar, deve ser avaliado pelo médico veterinário
responsável pelo caso juntamente com outros exames que auxiliam no diagnóstico clínico.

M.V. Uiara Hanna Araújo Barreto


Especializada em Diagnóstico por Imagem
Mestre em Patologia e Ciências Clínicas
CRMV- PA 2545
ANEXO 6

HOSPITAL VETERINÁRIO SAÚDE ANIMAL


Av. Gentil Bittencourt, 2484, Belém, PA
Fone: (91) 3249-8893/3259-3547

Imagens Ultrassonográficas

M.V. Uiara Hanna Araújo Barreto


Especializada em Diagnóstico por Imagem
Mestre em Patologia e Ciências Clínicas
CRMV- PA 2545
ANEXO 6

HOSPITAL VETERINÁRIO SAÚDE ANIMAL


Av. Gentil Bittencourt, 2484, Belém, PA
Fone: (91) 3249-8893/3259-3547

M.V. Uiara Hanna Araújo Barreto


Especializada em Diagnóstico por Imagem
Mestre em Patologia e Ciências Clínicas
CRMV- PA 2545
ANEXO 6

HOSPITAL VETERINÁRIO SAÚDE ANIMAL


Av. Gentil Bittencourt, 2484, Belém, PA
Fone: (91) 3249-8893/3259-3547

M.V. Uiara Hanna Araújo Barreto


Especializada em Diagnóstico por Imagem
Mestre em Patologia e Ciências Clínicas
CRMV- PA 2545
ANEXO 7
Hospital Veterinário Saúde Animal
Avenida Gentil Bittencourt 2484
São Brás , Belém/PA - CEP: 66063-022
(91) 3249-8893 - (91) 3259-3547 - (91) 99166-3066

Hemograma

Animal: 80175 - VICTOR Peso: 4,800 kg em 06/01/2022


Espécie: Felino Sexo: Macho
Raça: S.R.D. Idade: 2 anos, 2 meses, 12 dias
Pelagem: PRETO Chip: -
Responsável: 42456 - FULVIO DANIEL DA SILVA BATISTA CPF: 637.323.942-04
Endereço: PRAÇA FLORIANO PEIXOTO 35 - SÃO BRÁS - BELEM/PA

Tabela de referência: Adulto

Resultado Referência
Data 13/03/2022
Laboratório Saúde Animal
Solicitante Nathalya Oliveira
Eritrograma
Hemácias 1,20 (milhões/mm3) 5,0 - 10,0 (milhões/mm3)
Hemoglobina 4,2 g/dL 8,0 - 15,0 g/dL
Hematócrito 13 % 24 - 45 %
VGM 64,2 fL 39,0 - 55,0 fL
HGM 35,0 pg 12,5 - 17,5 pg
CHGM 33,3 % 30,0 - 36,0 %
Plaquetas 80.000 (mil/mm3) 300.000 - 800.000 (mil/mm3)
Leucograma
Leucócitos 12,6 (mil/mm3) 5,5 - 19,5 (mil/mm3)
Segmentados 64% / 8.064 5 - 75% / 2.500 - 12.500 mil/mm3
Linfócitos 16% / 2.016 20 - 55% / 1.500 - 7.000 mil/mm3
Monócitos 10% / 1.260 1 - 4% / 0 - 800 mil/mm3
Eosinófilos 10% / 1.260 2 - 12% / 0 - 1.500 mil/mm3

Arline Lima da Silva


Médica Veterinária Laboratorista, 2711
ANEXO 8
Hospital Veterinário Saúde Animal
Avenida Gentil Bittencourt 2484
São Brás , Belém/PA - CEP: 66063-022
(91) 3249-8893 - (91) 3259-3547 - (91) 99166-3066

Hemograma

Animal: 80175 - VICTOR Peso: 3,400 kg em 14/03/2022


Espécie: Felino Sexo: Macho
Raça: S.R.D. Idade: 2 anos, 2 meses, 13 dias
Pelagem: PRETO Chip: -
Responsável: 42456 - FULVIO DANIEL DA SILVA BATISTA CPF: 637.323.942-04
Endereço: PRAÇA FLORIANO PEIXOTO 35 - SÃO BRÁS - BELEM/PA

Tabela de referência: Adulto

Resultado Referência
Data 14/03/2022
Laboratório Saúde Animal
Solicitante Diego de Sousa
Eritrograma
Hemácias 1,09 (milhões/mm3) 5,0 - 10,0 (milhões/mm3)
Hemoglobina 2,3 g/dL 8,0 - 15,0 g/dL
Hematócrito 7% 24 - 45 %
VGM 63,3 fL 39,0 - 55,0 fL
HGM 21,1 pg 12,5 - 17,5 pg
CHGM 32,8 % 30,0 - 36,0 %
Plaquetas 148.000 (mil/mm3) 300.000 - 800.000 (mil/mm3)
Leucograma
Leucócitos 4,00 (mil/mm3) 5,5 - 19,5 (mil/mm3)
Bastões 07% / 280 0 - 3% / 0 - 300 mil/mm3
Segmentados 43% / 1720 5 - 75% / 2.500 - 12.500 mil/mm3
Linfócitos 34% / 1360 20 - 55% / 1.500 - 7.000 mil/mm3
Monócitos 02% / 80 1 - 4% / 0 - 800 mil/mm3
Eosinófilos 14% / 560 2 - 12% / 0 - 1.500 mil/mm3
Observações Anisocitose ++

Camila Pastana Nascimento Caldas


MÉDICA VETERINÁRIA LABORATORIAL, 1847
ANEXO 9

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA
SETOR DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA
LABORATÓRIO DE BIOLOGIA MOLECULAR

Reação em cadeia da polimerase - PCR

Identificação: Victor
Espécie: Felina
Proprietário: LABOPAT
Requisitante: M.V Brenner P. Oliveira CRMV/PA 3944
Data de entrada: 23/08/2022
Material coletado: Nódulo Hepático
Pesquisa: FIV/FELV

Resultado de Exame:

Vírus da Leucemia Felina (FELV).................................... Positivo


Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV)............................ Negativo

Belém, 15 de setembro de 2022

OBSERVAÇÃO: A reação em cadeia da polimerase - PCR se baseia na amplificação do


número de cópias de fragmento(s) do Ácido Desoxirribonucléico
- DNA e/ou do Ácido Ribonucléico do microrganismo pesquisado. O resultado
POSITIVO indica a presença do microrganismo no material biológico analisado,
enquanto o NEGATIVO indica sua ausência.

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