Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TOXOPLASMOSE FELINA
SÃO PAULO
2022
ÍSIS DÍ PAULA DOS SANTOS FREIRE
TOXOPLASMOSE FELINA
São Paulo
2022
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA
FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Orientador: AtílioSersunCalefi
Trabalho de conclusão de curso(Graduação) – Curso
de MedicinaVeterinária, Universidade Cruzeiro do Sul.
CDU:619:636.7/.8
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
TOXOPLASMOSE FELINA
Aprovado em: / /
Banca Examinadora
____________________
Prof. Dr. Atílio Sersun Calef
____________________
Comissão de Estágio
Supervisionado/TC
AGRADECIMENTOS
RESUMO
A toxoplasmose Felina é uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma gondii, de
grande importância a saúde pública, por se tratar de uma zoonose. O seu ciclo de vida envolve
dois hospedeiros: Definitivos e intermediário. Os gatos são os únicos hospedeiro definitivos e
sua contaminação ocorre através da ingestão de aves ou roedores que estejam contaminados
com o agente. Os felinos por sua vez tem a sua doença clínica rara e de difícil detecção,
quando se manifesta a enfermidade, é possível observar febre, diarréia, anorexia, sintomas
neurológicos e também uma manifestação clinica comum como a uveíte. O homem por sua
vez atuando como hospedeiro intermediário, pode adquirir a doença ingerindo alimentos que
tenham sido contaminados, como por exemplo: carne crua ou mal cozida, hortaliças e leite,
além de se contaminar também pela transfusão sanguínea e transplante de órgãos. Este
trabalho tem como objetivo apresentar por meio de uma revisão de literatura sobre a
Toxoplasma felina, bem como seus mecanismos de transmissão, sinais clínicos e a sua
importância epidemiológica.
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO................................................................................................4
2. OBJETIVO.......................................................................................................5
OBJETIVO GERAL...................................................................................................................................................... 5
OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................................................................ 5
3. HISTÓRICO....................................................................................................6
4. AGENTE ETIOLOGICO...............................................................................6
5. CICLO BIOLÓGICO.....................................................................................7
6. VIAS DE TRANSMISSÃO..........................................................................9
7. PATOGENIA.................................................................................................10
8. SINAIS CLINICOS.......................................................................................11
9. DIAGNÓSTICO............................................................................................12
SOROLOGIA 12
PARASITOLÓGICO.................................................................................................................................................. 13
PERFIL HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO SÉRICO....................................................................13
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM............................................................................................................................... 13
10. TRATAMENTO..........................................................................................14
REFERÊNCIAS................................................................................................18
4
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 HISTÓRICO
4 EPIDEMIOLOGIA E SOROPREVALÊNCIA
5 AGENTE ETIOLÓGICO
6 CICLO BIOLÓGICO
O ciclo desse parasita é complexo. De modo simplificado, pode-se dizer que necessita
de dois tipos de hospedeiros: definitivo e intermediário (FILHA E OLIVEIRA, 2009). O ciclo
inicia-se quando um felídeo que é um hospedeiro definitivo , ingere oocistos esporulados de
ambientes infectados ou cistos teciduais contendo trofozoítos, que se desenvolverão no
epitélio intestinal do mesmo (CAMPBELL et al., 2017).
22
7 VIAS DE TRANSMISSÃO
2009).
O homem pode adquirir a infecção, por via oral, ingerindo oocistos presentes em água,
vegetais, frutas mal lavadas, solo, ou disseminados mecanicamente por baratas, moscas
(NEVES, 2012). Os subprodutos de carne, como os embutidos frescais, também são
importantes na transmissão do parasita ao homem (FREYRE, 1993).
Existe também a infecção do tipo congênita, pois mães grávidas que adquiram o
parasito durante a gestação correm grande risco de transmitir o parasita ao feto (MONTEIRO,
2014). O parasita atinge o concepto causando danos de diferentes graus de gravidade,
dependendo da cepa do parasita, da capacidade da resposta imune da mãe e do período
gestacional em que a mulher se encontra, podendo resultar, inclusive, em morte fetal ou
graves manifestações clinica (Spalding et al. 2003).
A infecção por T. gondii durante o primeiro trimestre da gestação, pode levar a morte
fetal e aborto. No segundo trimestre, pode ocorrer aborto ou nascimento prematuro, podendo
também apresentar hidrocefalia e sérias alterações oculares e no terceiro trimestre a criança
pode nascer sem nenhum problema e vir a apresentar evidências da doença após o parto
(NEVES, 2012).
Os taquizoítas podem ser transmitidos, também, pelo leite cru de cabra e da mulher
(BONAMETTI et al., 1997), pelo sangue em transfusões, em acidentes de laboratório e em
transplantes de órgãos (MITSUKA et al., 2010).
8 PATOGENIA
9 SINAIS CLINICOS
10 DIAGNÓSTICO
um desafio, os exames laboratoriais parasitológicos são de difícil detecção, para isto, acredita-
se que exames imunológicos com testes na imunofluorescência IgG e IgM.
O mais indicado para este tipo de patologia, constatando que tais exames sejam
cruciais e de extrema importância para comprovação do resultado, além disso, é o mais
utilizado e indicado nos laboratórios de análises clínicas (MARCIANO, 2018; SOUZA et al.,
2015).
10.1 Sorologia
10.2 Parasitológico
O diagnóstico pode ser realizado pela presença de oocistos nas fezes do hospedeiro
definitivo, no exame parasitológico, sendo indicado o método de centrífugo-flutuação ou
método de Sheather ( GALVÃO et al., 2014). No exame parasitológico devido ao fato de que
os gatos eliminam oocistos por uma a duas semanas depois da primeira exposição, oocistos
são raramente encontrados na exame fecal, a detecção de oocistos nas fezes de gatos com
diarréia sugere toxoplasmose, mas não é um achado definitivo porque as infecções por
Bernositia darlingi e Hammondia hammondi produzem oocistos morfologicamente similares
ao do Toxoplasma gondii (DUBEY; LAPPIN, 1998; LAPPIN, 2004).
22
11 TRATAMENTO
12 PREVENÇÃO E CONTROLE
Carnes e outras partes comestíveis de animais não devem ser consumidos crus ou mal
cozidos. Devem ser cozidos a uma temperatura interna mínima de 67° C. O congelamento
prévio da carne a uma temperatura de - 12° C, ou menos, parece ser eficiente na inativação
dos cistos teciduais (DUBEY et al., 2008). Além disso, a carne em preparo não deve ser
degustada durante o tempero ou cozimento, o que é de particular importância para mulheres
grávidas (DUBEY et al., 2008). Frutas e vegetais devem ser cuidadosamente lavados antes do
consumo (DIXON, 1992).
Manter o animal de estimação saudável é também importante para ajudar a manter a
saúde do homem. Contudo, é importante que veterinários e médicos comuniquem-se uns com
os outros para compartilhar conhecimentos especializados sobre doenças zoonóticas e orientar
adequadamente a população (MANI et al., 2009).
22
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARBOSA, H.S., MUNO, R.M., and MOURA, M.A. O Ciclo Evolutivo. Rio de Janeiro: Editora
Fiocruz, 2014, p. 33.
DUBEY, J. P.; LAPPIN, M. R.; THULLIEZ, P. Long term antibody responses of cat fed
toxoplasma gondii tissue cysts. J Parasitology, v.8, n.6, p.887-893, 1995.
DUBEY, J.P et al. Prevalence of Toxoplasma gondii in cats from Colombia, South America and
genetic characterization of T. Gondii isolates Veterinary Parasitology, v. 141, n. 1-2, pág. 42-47,
2006.
DUBEY, J. P.; JONES, J. L.; Toxoplasma gondii infection in humans and animals in the United
States. International Journal for Parasitology, Oxford v. 38 , n. 11, p. 1257–1278, Sep. 2008
DUBEY, J. P.; YABSLEY, M. J. Besnoitia neotomofelis n. sp. (Protozoa: Apicomplexa) from the
southern plains woodrat (Neotoma micropus). Parasitology, v. 137, n. 12, p. 1731-1747, 2010.
DUBEY, J. P. Toxoplasmosis of Animals and Humans. 2.ed. New York: CRC Press Taylor &
Francis Group, 313p. 2010.
DUBEY, JP et al. Toxoplasmosis in humans and animals in Brazil: high disease burden and
epidemiology. Parasitology, v. 139, n. 11, pág. 1375-1424, 2012.
FRENKEL, J. K.; DUBEY, J. P.; MILLER, N. L. Toxoplasma gondii in cats: fecal stage
identified as coccidian oocists. Science, v. 167,p. 893-896, feb.1970.
GREENE, C. E. Infections diseases of the dog and the cat, 2 ed, São Paulo, Saunders Company,
p. 934, 1998.
22
KAWAZOE, U. Toxoplasma gondii. In: NEVES, D.P. Parasitologia Médica. 9. ed. São Paulo:
Atheneu,. p.174-187. 1995.
LANGONI, H. et al. Prevalência de toxoplasmose em gatos dos Estados de São Paulo e Paraná.
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 38, p. 243-244, 2001.
LAPPIN, M. R. Update on the diagnosis and management of Toxoplasma gondii infection in cats.
Topics in Companion Animal Medicine, New York, v. 25, n. 3, p. 136-141, Aug. 2010.
LEVINE, N. D. The Protozoan Phylum Apicomplexa. Boca Raton: CRC Press, 1988. 2v.
Neves D.P. Parasitologia dinâmica. São Paulo: Atheneu, 474p. 2003 NEVES, D. P.
Parasitologia Humana. 12. ed. São Paulo: Atheneu, 2012.
SILVA, F. W. S. et al. Toxoplasmose: uma revisão. Ciência Animal, v. 16, n. 2, p. 71- 77,
2006
SPALDING, S. M. et al. Estudo prospectivo de gestantes e seus bebês com risco de transmissão
de toxoplasmose congênita em município do Rio Grande do Sul. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical, Rio Grande do Sul. v. 36, p. 483-491, 2003.
TENTER, Astrid M.; HECKEROTH, Anja R.; WEISS, Louis M. Toxoplasma gondii: dos
animais aos humanos. Revista Internacional de Parasitologia , v. 30, n. 12-13, pág. 1217- 1258,
2000.