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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL


CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

TRADUÇÃO DO CatFACS- MANUAL DO SISTEMA DE


CODIFICAÇÃO DE AÇÃO FACIAL EM GATOS

KELLY SANTOS FREIRE

BELÉM- PA
2021

KELLY SANTOS FREIRE


TRADUÇÃO DO CatFACS- MANUAL DO SISTEMA DE
CODIFICAÇÃO DE AÇÃO FACIAL EM GATOS

Monografia apresentada ao Curso de Medicina


Veterinária da Universidade Federal Rural da Amazônia
como requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Medicina Veterinária.

Área de concentração: Anatomia Veterinária

Orientadora: Profª Dra Érika Renata Branco

BELÉM
2021
KELLY SANTOS FREIRE

TRADUÇÃO DO CatFACS- MANUAL DO SISTEMA DE CODIFICAÇÃO


DE AÇÃO FACIAL EM GATOS

Monografia apresentada ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural da


Amazônia como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Medicina Veterinária.

Aprovado em 11 de agosto de 2021

Banca Examinadora:

______________________________________

Prof. Dra Érika Renata Branco


Instituto de Saúde e Produção Animal
Universidade Federal Rural da Amazônia
Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

______________________________________

Prof. Dra Ana Rita de Lima


Membro Titular da Banca Examinadora
Instituto de Saúde e Produção Animal
Universidade Federal Rural da Amazônia

______________________________________

Prof. Dra Fernanda Peixoto Martins


Membro Titular da Banca Examinadora
Instituto de Saúde e Produção Animal
Universidade Federal Rural da Amazônia
AGRADECIMENTOS

Ao universo, por sua energia que rege o mundo e todas as coisas, por me guiar e sempre
manter- me com passos firmes e na direção certa, por renovar as minhas forças, sonhos e
expectativas diárias, apesar das dificuldades.

Aos meus pais, Marilene Soares dos Santos e Carlos Alberto Rodrigues Freire, pilares de
tudo que me define. Por sempre me apoiarem e por sempre estarem presentes desde o início
da caminhada.

Aos meus filhos de 4 quatro patas, Maggie, Mia e Tóto, por sempre demonstrarem o amor
mais puro e verdadeiro, por sempre fazerem os dias mais leves e divertidos.

Ao meu eterno Palito, por me ensinar que o amor e o respeito pelos gatos sempre devem estar
em primeiro lugar.

Ás minhas companheiras de graduação, Brenda Acunã, Elisa Freire, Mayse Roane e Victória
Mafra, por fazerem do processo algo divertido e verdadeiro, pelos ensinamentos,
compartilhamentos e pela amizade que cultivamos.

Á Dra Márcia de Figueiredo, pelas oportunidades e ensinamentos sobre a medicina


veterinária.

Aos residentes do Hovet- Ufra que colaboraram para que eu pudesse aprender e praticar a
medicina veterinária.

Á minha amiga Luize Paula, por sua amizade, acolhimento, conselhos e por todos os
momentos de descontração.

Á todos os animais que habitam a terra e embelezam todos os cantos desse planeta com sua
magnitude e evolução.

Á todos os professores que sempre tiveram respeito e sempre se dispuseram a ajudar,


aconselhar, ensinar e serem empáticos.

Aos meus eternos monitores, Ranna Taynara, Thiago Habner e Gessiane da Silva, obrigada
por toda a paciência, dedicação e respeito.

Á minha avó Júlia, meu falecido avô Olímpio, meu falecido tio Luiz e a todos os tios, tias e
primos.

Á professora Érika Branco por estar disposta a me atender e me orientar, pelo carinho e pela
forma de sempre buscar fazer desse processo todo de graduação algo descontraído e divertido.
Grata por todo o conhecimento compartilhado, por todos os conselhos e por sempre nos
aconselhar sobre o certo.

RESUMO
O CatFACS (Sistema de Codificação de Ação Facial em Gatos) é uma ferramenta
científica que funciona como meio de observação de movimentos faciais dos gatos afim de
identifica-los e codifica-los. É um sistema baseado na anatomia facial de gatos e foi adaptado
do sistema FACS original usado para humanos. O manual CatFACS detalha como usar o
sistema e codificar os movimentos faciais dos gatos de forma objetiva. Pesquisadores da
Universidade de Montreal, por exemplo, categorizaram e testaram cinco Unidades de Ação
facial indicativas de dor em gato, dando origem a uma escala de dor denominada Feline
Grimace Scale. Por meio da identificação dessas unidades de ação descritas na escala, é
possível perceber se um gato apresenta uma intensidade dolorosa e se há necessidade de
realizar uma analgesia de resgate. O manual está disponível gratuitamente para a comunidade
científica e é uma ferramenta que pode servir como base para estudos futuros no que diz
respeito ao comportamento dos gatos domésticos. Objetivou- se neste trabalho realizar a
tradução literal do Manual CatFACS para a língua portuguesa brasileira.
Palavras- chave: Gatos, Anatomia facial, Morfologia facial.
ABSTRACT

The CatFACS (Facial Action Coding System) is a scientific tool that works as a means of
observing the facial movements of cats in order to identify and code them. It is a system based
on the facial anatomy of cats and was adapted from the original FACS system used for
humans. The CatFACS manual details how to use the system and code a cat's facial
movements objectively. Researchers from the University of Montreal, for example,
categorized and tested five Facial Action Units indicative of pain in cats, giving rise to a pain
scale called the Feline Grimace Scale. Through the identification of these action units
described in the scale, it is possible to perceive if a cat presents a painful intensity and if there
is a need for rescue analgesia. The manual is freely available to the scientific community and
is a tool that can serve as a basis for future studies regarding the behavior of domestic cats.
The objective of this work was to perform the literal translation of the CatFACS Manual into
Brazilian Portuguese.
Keywords: Cats, Facial anatomy, Facial morphology.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
OBJETIVOS ............................................................................................................................. 1
1 Geral .................................................................................................................................... 1
2.Específicos ........................................................................................................................... 1
1. O QUE É O SISTEMA DE CODIFICAÇÃO DE AÇÃO FACIAL? .............................. 2
1.1 Adaptando O Facs Para Gatos .......................................................................................... 3
1.2 Características Faciais e Variabilidade Individual em Gatos ........................................... 8
1.3 Como Usar O Manual Cat Facs ...................................................................................... 12
2. UNIDADES DE AÇÃO (AU) ............................................................................................ 13
2.1. Unidades De Ação Da Face Superior ............................................................................ 13
AU 143: FECHAR OS OLHOS e AU 145: PISCAR OS OLHOS .................................. 13
AU 47: MEIO PISCAR .................................................................................................... 16
AU 5: ELEVADOR DA PALPEBRA SUPERIOR ......................................................... 17
2.2. UNIDADES DE AÇÃO FACIAL INFERIOR ............................................................. 20
AU 109 + 110: ENRUGADOR DE NARIZ E ELEVADOR DE LÁBIO SUPERIOR .. 20
AU 12: PUXADOR DE CANTO DE LÁBIO ................................................................. 23
AU16: DEPRESSOR DE LÁBIO INFERIOR ................................................................. 25
AU 17: ELEVADOR DE LÁBIO INFERIOR ................................................................. 27
AU 118: FRANZIR OS LÁBIOS ..................................................................................... 29
AU 26: ABERTURA DE MANDÍBULA ........................................................................ 32
AU 27: ALONGAMENTO DA BOCA ........................................................................... 33
2.3. UNIDADES DE AÇÃO DE VIBRISSAS .................................................................... 35
AU 200: RETRATOR DE VIBRISSAS .......................................................................... 35
AU 202: ELEVADOR DE VIBRISSA ............................................................................ 38
3. DESCRITORES DE AÇÃO (AD) .................................................................................... 40
AD 48: APRESENTAÇÃO DE TERCEIRA PÁLPEBRA ................................................. 41
AD 68: DILADOR DE PUPILA e AD 69: CONSTRITOR DE PUPILA ........................... 42
AD 19: MOSTRAR A LÍNGUA .......................................................................................... 44
AD 190: LÍNGUA PARA BAIXO ....................................................................................... 45
AD 37: LIMPAR OS LÁBIOS ............................................................................................. 46
AD 137: LAMBER O NARIZ.............................................................................................. 47
4. DESCRITORES DE AÇÃO DAS ORELHAS (EAD) ................................................... 48
EAD 101: ORELHAS PARA FRENTE ............................................................................... 51
EAD 102: ADUTOR DE ORELHAS .................................................................................. 52
EAD 103: ACHATAOR DE ORELHAS ............................................................................. 54
EAD 104: ROTADOR DE ORELHAS ................................................................................ 56
EAD 105: ORELHAS PARA BAIXO ................................................................................ 58
EAD 106: ORELHAS PARA TRÁS .................................................................................. 60
EAD 107: CONSTRITOR DE ORELHAS ......................................................................... 61
4.1. COMBINAÇÕES DE DESCRITORES DE AÇÃO DAS ORELHAS ..................... 63
- EAD 101 ORELHAS PARA FRENTE + EAD102 ADDUTOR DE ORELHA. .............. 63
- EAD 101 ORELHAS PARA FRENTE + EAD105 ORELHAS PARA BAIXO .............. 63
- EAD 102 ADUTOR DE ORELHAS + ROTADOR DE ORELHAS EAD104................. 64
- EAD 102 ADUTOR DE ORELHAS + EAD106 ORELHAS PARA TRÁS .................... 65
- EAD 104 ROTADOR DE ORELHAS + EAD105 ORELHAS PARA BAIXO ............... 65
5. CÓDIGOS DE DIREÇÃO DA CABEÇA E DOS OLHOS ............................................ 67
AD 51: CABEÇA VIRADA PARA A ESQUERDA........................................................... 68
AD 52: CABEÇA VIRAR PARA A DIREITA ................................................................... 68
AD 53: LEVANTAR DA CABEÇA .................................................................................... 68
AD 54: CABEÇA BAIXA ................................................................................................... 69
AD 55: INCLINAÇÃO DA CABEÇA PARA A ESQUERDA........................................... 69
AD 56: INCLINAÇÃO DA CABEÇA PARA A DIREITA ................................................ 69
AD 57: CABEÇA PARA FRENTE ..................................................................................... 69
AD 58: CABEÇA PARA TRÁS .......................................................................................... 69
AD 61: OLHOS GIRAM PARA A ESQUERDA ................................................................ 70
AD 62: OLHOS VIRAM PARA A DIREITA ..................................................................... 70
AD 63: OLHOS PARA CIMA ............................................................................................. 70
AD 64: OLHOS PARA BAIXO ........................................................................................... 71
6. CÓDIGOS DE COMPORTAMENTO BRUTO.............................................................. 71
AD 40: FAREJAR ................................................................................................................ 71
AD 50: VOCALIZAÇÕES................................................................................................... 71
AD 81: MASTIGAÇÃO....................................................................................................... 72
AD 126: ARQUEJAR .......................................................................................................... 72
AD 119: LAMBER ............................................................................................................... 72
AD 160: AGITAÇÃO DO CORPO ..................................................................................... 73
7. OUTROS CÓDIGOS ÚTEIS ............................................................................................ 73
AD 70: REGIÃO FRONTAL NÃO VISÍVEL .................................................................... 73
AD 71: OLHOS NÃO VISÍVEIS ......................................................................................... 73
AD 72: FACE INFERIOR NÃO VISÍVEL ......................................................................... 73
AD 73: TODA A FACE NÃO VISÍVEL ............................................................................. 73
AD 74: NÃO PONTUÁVEL................................................................................................ 73
8. UNIDADES DE AÇÃO NÃO IDENTIFICADAS EM GATOS ..................................... 74
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 76
10. GLOSSÁRIO .................................................................................................................... 76

11. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 78


1

INTRODUÇÃO

O CatFACS (Sistema de Codificação de Ação Facial em Gatos) é uma ferramenta


científica que funciona como meio de observação de movimentos faciais dos gatos afim de
identifica-los e codifica-los. É um sistema baseado na anatomia facial dos gatos e foi adaptado
do sistema FACS humano, desenvolvido por Ekman e Friesen (1978) originalmente para o
estudo do comportamento facial humano.
É uma ferramenta que pode servir como base para estudos futuros no que diz respeito
ao comportamento dos gatos domésticos. Pesquisadores da Universidade de Montreal, por
exemplo, categorizaram e testaram cinco Unidades de Ação facial indicativas de dor em gato,
a Feline Grimace Scale. Por meio da identificação dessas unidades de ação descritas na
escala, é possível perceber se um gato apresenta uma intensidade dolorosa e se há necessidade
de realizar uma analgesia de resgate.
Caeiro e colaboradores (2017) desenvolveram e aplicaram o Manual CatFACS para
concluírem se os adotantes de gatos são influenciados por expressões faciais felinas no
momento da adoção.
Diante da importância do Manual CatFACS, prováveis estudos futuros e visto que o
CatFACS somente está disponível em língua inglesa, objetivou- se realizar a tradução literal
do Manual CatFACS para a língua portuguesa brasileira.

OBJETIVOS
1 Geral
 Realizar a tradução literal do Manual CatFACS para a língua portuguesa brasileira.
2.Específicos
 Tornar o Manual CatFACS acessível para a comunidade acadêmica, médicos
veterinários e outros profissionais que trabalham com felinos;
 Facilitar o treinamento das pessoas na codificação dos movimentos faciais individuais
na face do gato;
2

1. O QUE É O SISTEMA DE CODIFICAÇÃO DE AÇÃO FACIAL?

O conceito essencial do Sistema de Codificação de Ação Facial (FACS) foi descrito


pela primeira vez por (Hjortsjö, 1969) e posteriormente estendido por Ekman e colaboradores
(Ekman e Friesen, 1978; Ekman et al., 2002). Esses pesquisadores criaram um sistema de
codificação padronizado que identificou e descreveu em detalhes os movimentos faciais
humanos com base em sua musculatura subjacente. No manual FACS, cada movimento
muscular individual recebe um código numérico distinto e um nome descritivo, designado
pela Unidade de Ação (AU). Por exemplo, "AU1" corresponde a “Unidade de Ação 1 –
Levantador da sobrancelha interna” e é codificado quando a porção medial do músculo frontal
na testa humana levanta a porção interna das sobrancelhas. Esses movimentos musculares
individuais produzem um conjunto definido de mudanças de aparência no rosto que, por sua
vez, funcionam como pistas para codificar cada AU. Para codificar movimentos amplos ou
ações musculares não miméticas, o FACS usa descritores de ação (ADs), por exemplo,
movimentos da língua.
Com o FACS, é possível medir de forma sistemática e objetiva os movimentos faciais
com base exclusivamente nas mudanças de aparência causadas pela ação da musculatura
subjacente, em vez de classificar expressões faciais holísticas, que normalmente são
compostas por mais de uma AU (Calder et al., 2000). Este sistema também evita
interpretações do que os observadores percebem quando veem um rosto e, portanto, qualquer
viés de contexto emocional.
O FACS é um sistema robusto e considera as diferenças individuais na morfologia
facial (por exemplo, variação na estrutura óssea, depósitos de gordura ou rugas permanentes)
usando pontos de referência entre os indivíduos e estabelecendo os critérios mínimos
necessários para codificar uma AU. A presença de uma expressão neutra também é essencial
para análises de vídeo e imagem fixa, a fim de identificar as características que podem variar
entre os indivíduos (Waller et al., 2007).
Seguindo a mesma abordagem do sistema humano, o FACS foi modificado para ser
usado com várias outras espécies, nomeadamente chimpanzés (ChimpFACS: Vick et al.,
2007), macacos rhesus (MaqFACS: Parr et al., 2010), hilobatídeos (GibbonFACS: Waller et
al., 2012), orangotangos (OrangFACS: Caeiro et al., 2013) e também uma espécie doméstica,
o cão (DogFACS: Waller et al., 2013). A adaptação de FACS para outras espécies foi baseada
3

no exame de homologias anatômicas (Burrows et al., 2006, 2009, 2011) enquanto contabiliza
as diferenças de espécies na morfologia facial. Inter adaptações específicas do FACS não
permitem apenas uma nova visão do estudo objetivo e padronizado de comunicação animal,
mas também define o quadro para perspectivas comparativas e evolutivas sobre processos
cognitivos.

1.1 ADAPTANDO O FACS PARA GATOS

Apesar de sua domesticação relativamente recente (Serpell, 2000; Driscoll et al.,


2009), os gatos têm uma presença generalizada entre humanos e recentemente ultrapassou o
cão como animal preferido de companhia na maior parte da Europa e América do Norte
(Serpell, 2000). Descende do gato selvagem africano (Felis silvestris libyca), o gato
doméstico se adaptou surpreendentemente bem ao estilo de vida diurno do ser humano
(Fitzgerald e Turner, 2000). Tendo uma espécie noturna como ancestral direto, o esperado
seria que o gato fizesse um uso predominante de canais de comunicação além do visual, como
químico: Johnston 1983 e/ ou auditivo (Stein e Meredith, 1990). No entanto, expressões
faciais e outros sinais visuais são frequentemente descritos na literatura. Alguns exemplos:
(Darwin, 1872; Leyhausen, 1979; Dards, 1983; Gaynor e Muir, 2008) e geralmente estão
ligados a um contexto emocional. Mesmo que todos os relatórios anteriores de sinais visuais
de gatos sejam amplamente descritivos e livremente interpretativos, é possível que a espécie
tenha desenvolvido algumas modificações em sua sinalização visual e fez uso de uma
abordagem multimodal de comunicação para acomodar-se ao seu novo ambiente humano.
Assim, o manual CatFACS aqui apresentado é a primeira adaptação FACS para uma espécie
felina. O desenvolvimento do FACS para gatos visa permitir uma abordagem mais científica
para o estudo da comunicação felina e habilidades cognitivas.
Seguindo uma metodologia semelhante usada em adaptações FACS anteriores, a
primeira etapa na adaptação deste sistema para gatos foi uma revisão detalhada do plano
muscular facial (Mivart, 1881; Reighard e Jennings, 190; Davidson, 1923; Crouch, 1969;
Done et al., 1996 e Tomo et al., 2002) Fig. 1, e uma comparação subsequente com a
musculatura facial humana para identificar possíveis homologias (Diogo et al., 2009, 2012)
Anexo I . Quando as informações anatômicas estão amplamente disponíveis como estão para
o gato, os estímulos elétricos para avaliar a semelhança funcional da musculatura tornam-se
redundante e antiético e, portanto, não foram executados. A função de movimento muscular
4

proposta em gatos é ilustrado na Fig. 2, com base nos pontos de origem, inserção e direção da
fibra.

Fig. 1a Representação dos músculos faciais e da orelha do gato em vista de perfil (Fonte: Inês Martins, Crouch
1969). Em negrito: músculos faciais, destacados: músculos mastigatórios; em itálico: estruturas não musculares.

Fig. 1b Representação dos músculos faciais e da orelha do gato em vista superior (Fonte: Inês Martins, Crouch
1969). Em negrito: músculos faciais; destacados: músculos mastigatórios; em itálico: estruturas não musculares.
5

Fig. 2 Sentido da contração muscular com as legendas como pontos aproximados de origem (exceto para o
músculo orbital (Oc), que tem um ponto de inserção no canto medial do olho, e o músculo orbiculat da boca
(Or), que não tem uma inserção clara). bucinador (B); canino (Ca); corrugador medial do supercílio (CS);
depressor do lábio inferior (D); frontal (F); lateral do nariz (La); elevador nasolabial (Le); elevador do lábio
inferior (LL), orbicular do olho (Oc); orbicular da boca (Or); platisma (P); afastador do ângulo lateral do olho
(R); zigomático (Z).

A segunda etapa deste processo consistiu em análises do comportamento facial


espontâneo gravado em vídeo e imagens estáticas em comparação com a face neutra de cada
indivíduo. A análise por quadro foi empregada em 213 clipes curtos (total de 7 horas) que
visavam a cabeça e mais especificamente o pescoço, rosto e orelhas. Nossa amostra foi
coletada em 13 países e incluída 126 indivíduos de raças variadas, com idades entre 2 meses e
19 anos. Os vídeos foram coletados em uma ampla gama de contextos, incluindo descanso,
alimentação, brincadeira, limpeza, interações co-específicas (agonísticas e afiliativas) e
interações interespecíficas (insetos, pássaros, humanos).
Por fim, foram descritos os movimentos faciais observados nos vídeos, utilizando
direcionais específicos e termos anatômicos (figura 3 e figura 4, consulte também a seção
1.3) e classificados de acordo com os códigos ilustrados em FACS anterior (incluindo AUs-
Unidades de Ação, ADs- Ações Descritivas e EADs- Descritores de ação auditiva)
6

Homologias musculares funcionais foram seguidas sempre que possível ou novos códigos
foram criados quando as homologias não foram identificadas (por exemplo, adicionar "1"
antes do código usado para o FACS original). Todos os movimentos faciais independentes
encontrados em gatos estão resumidos na Tabela 1, com o músculo/ músculos propostos
correspondentes.

Fig. 3 Representação espacial da terminologia direcional para um animal quadrúpede. Cranial: em direção ao
crânio, ao longo do eixo do tronco (eixo craniocaudal). Rostral: em direção ao ápice do nariz, ao longo do eixo
da cabeça (eixo rostrocaudal). Caudal: em direção à cauda ou atrás da cabeça, ao longo do eixo do tronco ou
cabeça, respectivamente. Dorsal: em direção à coluna vertebral ou topo da cabeça, ao longo do eixo do tronco ou
do eixo da cabeça, respectivamente (eixo dorsoventral). Ventral: em direção ao abdômen ou parte inferior da
cabeça, ao longo do eixo do tronco ou eixo da cabeça, respectivamente. Distal: em direção à extremidade livre
de uma estrutura de projeção (por exemplo: orelhas, vibrissas, cauda). Proximal: em direção ao ponto de fixação
de uma estrutura de projeção. Medial: em direção ao plano medial (representado pela linha média) do corpo.
Lateral: do plano medial, em direção ao lado esquerdo ou direito do corpo. Esses termos podem ser combinados
para descrever um movimento de um membro ou parte do corpo em outras direções, como por exemplo:
dorsocaudal, ventrocaudal, dorsocranial, ventrocranial.
7

Osso frontal Osso parietal

Órbita
Osso nasal Processo frontal do
osso zigomático
Osso interparietal
Processo frontal do
osso zigomático Crista nucal

Maxilar Occipital

Mandíbula
Condilo occipital
Proc. Coronoide da mandíbula
Osso temporal
Processo angular
Arco zigomático
Processo condiloide

Fig. 4 Vista lateral de um crânio de gato com termos anatômicos relevantes para as descrições dos movimentos
faciais.

TABELA 1A RESUMO DAS AÇÕES FACIAIS OBSERVADAS E SEUS MÚSCULOS


SUBJACENTES EM GATOS (CATFACS), COM COMENTÁRIOS SOBRE A
ADAPTAÇÃO DO FACS HUMANO.

Face Superior
Unidade de Ação (AU) Músculo FACS Humano

143 Fechamento do olho Codificado como 43 e 45, pois


apenas o levantador da pálpebra
Orbicular do olho, afastador do
superior atua para mover a
ângulo lateral do olho, elevador
145 Piscar pálpebra superior, produzindo
de pálpebra superior
diferentes dicas visuais

47 meio- piscar Não Descrito


O mesmo músculo (elevador da
Elevador de pálpebra superior,
5 levantador de pálpebra pálpebra) produz pistas visuais
corrugador do supercilio
superior semelhantes
8

Face Inferior
Unidade de Ação (AU) Músculo FACS Humano

Codificado como 9 e 10.


Distinto bem definido ações
Levantador nasolabial, elevador
143 + 110 Enrugador de nariz e produzidas pelo elevador do
do lábio superior, canino, lateral
levantador de lábio superior lábio superior e da asa do nariz e
do nariz
levantador do lábio superior
respectivamente
12 Puxador de canto de lábio Zigomático maior Mesmo código e músculo
16 Depressor lábio inferior Depressor do lábio inferior Mesmo código e músculo
Designado como levantador de
queixo, mas o código é o mesmo
17 Elevador de lábio inferior Mentual
devido à mesma atuação
muscular

TABELA 1B RESUMO DAS AÇÕES FACIAIS OBSERVADAS E SEUS MÚSCULOS


SUBJACENTES EM GATOS, COM COMENTÁRIOS EM RELAÇÃO À ADAPTAÇÃO
DO FACS HUMANO.

Ação Descrita FACS Humano


19 Mostrar a língua Mesmo código
190 Língua para baixo Não Descrito
119 Lamber Não descrito
37 Limpeza labial Mesmo Código
137 Lamber o nariz Não Descrito
40 Farejar Mesmo Código
48 Mostrar a 3ª pálpebra Não Descrito
50 Vocalizações Mesmo Código
68 Dilatador de pupila e 69 Constritor de pupila Não Descrito
126 Ofegante Não Descrito
160 Corpo tremido Não Descrito
161 Balanço de cabeça Não Descrito

1.2 Características Faciais e Variabilidade Individual em Gatos

A fim de descrever os movimentos faciais, várias mudanças de aparência são listadas


para cada AU, responsável pela anatomia e morfologia facial específicas do gato. Marcos
faciais, que são áreas e características específicas do rosto, são usados como referências para
9

explicar os movimentos. Devido as diferenças nos pontos de referência faciais entre humanos
e gatos, estes foram considerados e comparados durante a modificação FACS (Fig. 5).

Vibrissas superciliares
Região frontal

Orelha
Glabela com vibrissas
Terceira pálpebra
Ala nasal

Região infraorbital
Vibrissa genal
Sulco nasal
Canto da boca
Vibrissas místicas
Filtro nasal
Região mental

Glabela
Raiz do nariz
Pálpebra
Sulco da pálpebra inferior
Sulco infraorbital
Asa da narina

Triângulo infraorbital
Sulco nasolabial

Filtro

Queixo

Fig. 5 Marcos faciais em gatos e humanos.

Dependendo da raça (TICA, 2013), o crânio do gato pode variar em termos de relação
cefálica, sendo classificado como braquicefálico (por exemplo: pelo curto exótico),
mesaticefálico (por exemplo: Europeu shorthair) ou dolicocefálico (por exemplo: Siames)
(Osborne 1902, Künzel et al., 2003) Fig. 6 . Estas diferentes formas de crânio modificam a
aparência da cabeça e do rosto, embora os gatos tenham faces encurtadas quando comparadas
com outros carnívoros.
10

Fig. 6 Variação na forma do crânio. Imagens da esquerda para a direita: vista braquicefálica, frontal e lateral
(persa), mesaticefálico (mestiço) e dolicocefálico (Sphynx).

A área medial da mandíbula carece de uma saliência óssea (exclusivo para humanos),
mas para facilidade de comparação, esta região é chamada de região mental. A boca é capaz
de abrir em uma grande boca devido à situação caudal dos cantos da boca e bochechas curtas
(Dyce et al,. 2010), expondo os dentes, incluindo caninos longos (Done et al., 1996). A parte
externa do nariz apresenta uma pele úmida e nua ao redor das narinas e a placa nasal é
dividida por um filtro mediano que continua ventralmente até o sulco do lábio superior (Dyce
et al., 2010). O órgão vomeronasal encontrado na cavidade nasal está relacionado com olfato,
principalmente quanto à percepção dos odores de outros gatos. Este órgão é responsável pela
reação de flehmen (Hart e Leedy, 1987; Dyce et al., 2010; Caso, 2012), onde o maxilar é
abaixado, a cabeça é mantida em uma posição neutra (ou movida dorsalmente) e o lábio
superior pode ser levantado, segurando esta postura por alguns segundos. Este
comportamento também foi descrito como incluindo uma curvatura do lábio superior (Dyce et
al., 2010), mas a partir das observações feitas durante o desenvolvimento do CatFACS (ver
também a Fig. 48 na seção 2.2. ), apenas a queda da mandíbula estava claramente presente em
gatos durante o flehmen (Hart e Leedy, 1987). Ambas as pálpebras não têm cílios e as órbitas
salientes são relativamente grandes e voltadas para frente, proporcionando um amplo campo
de visão binocular.
Ao contrário de alguns felinos selvagens, as pupilas em gatos domésticos variam de fendas
redondas a verticais quando contraídas (Dyce et al., 2010). As pálpebras varrem o olho
frequentemente em um movimento de piscar ou fechar variando entre uma posição aberta ou
fechada, para assegurar funções diversas: umedecimento da córnea, higiene e proteção;
suporte de processamento de informação visual e expressão de estados comportamentais
(Darwin, 1872; Gruart et al., 1995). No entanto, ao contrário dos humanos, os gatos parecem
apresentar uma variedade de posições das pálpebras, expondo diferentes graus do globo
11

ocular em movimentos não transitórios, ou seja, os gatos têm um controle motor graduado
preciso de respostas das pálpebras (Gruart et al., 1995). Uma vez que os olhos são uma
característica tão notável e central no rosto do gato, qualquer mudança de aparência nesta área
deve ser examinada cuidadosamente. Na área acima dos olhos e cranial às orelhas está à
região frontal, que nos humanos corresponde à testa (limitada inferiormente pela crista
supraorbital e superiormente pela linha do cabelo). Em gatos, pode variar sua forma em certa
medida, mas parece sempre apresentar rugas verticais permanentes (às vezes acentuado pelo
padrão do pelo listrado) na glabela, dando a falsa impressão de um permanente movimento de
ondulação. Essas rugas são suavizadas quando os gatos baixam as pálpebras. O ouvido
externo consiste no canal auditivo externo e suas extensões cartilaginosas, o pavilhão
auricular (cartilagem auricular) e a cartilagem escutiforme. A cartilagem escutiforme situa-se
craniomedialmente ao pavilhão auricular e serve como ponto de origem / inserção para
músculos faciais e da orelha (Reighard e Jennings, 1901; Paterson e Tobias, 2013). A maioria
dos gatos tem orelhas triangulares retas com uma base larga e um ápice apontando para cima.
Variações nesse formato de orelha são raras, como nas dobras escocesas (Scottish Fold), onde
a ponta da orelha se curva ventrocranialmente. Os gatos podem mover cada orelha
independentemente uma da outra e independentemente da posição da cabeça, permitindo uma
audição direcional. As orelhas do gato são altamente móveis, criando movimentos conspícuos
e modificando a aparência global do rosto. Outra característica proeminente no rosto dos
gatos são os pelos táteis ou vibrissas, que são continuações pilosas da pele, distintas dos pelos
da pelagem porque são mais longos, principalmente localizados na face, com folículos
grandes, altamente inervados e cheios de sangue e são representado no córtex sensorial de
uma forma específica. Ao contrário dos pelos da pelagem, as vibrissas estão presas a
músculos estriados sob controle voluntário. Diferentes funções foram sugeridas variando de
ajuda na alimentação, agressão, comunicação ou monitoramento ambiental. Eles podem ser
classificados de acordo com sua localização em mística (lábio superior), superciliar (acima
dos olhos em uma pequena protuberância), genal (nas bochechas e de presença variável) e
submentoniana (no lábio inferior e queixo). As vibrissas místicas (bigodes) apresentam uma
importância especial, pois são os únicos pelos táteis apresentando movimento independente
(Sherrington, 1917; Ahl, 1986). As vibrissas são presas a uma almofada fibrosa onde alguns
músculos faciais se originam ou se inserem (Reighard e Jennings, 1901). No entanto, alguns
indivíduos não têm alguns ou todos esses pelos táteis (por exemplo: a raça Sphynx não tem
qualquer tipo de pelo).
12

1.3 COMO USAR O MANUAL CAT FACS

As AUs, DAs e EADs têm uma lista de mudanças de aparência descrevendo em


detalhes os resultados visuais de cada movimento muscular no rosto do gato. Cada
movimento é ilustrado por várias imagens estáticas, imagens e pequenos videoclipes
embutidos (alguns acompanhados de uma versão em câmera lenta), que podem ser assistidos
repetidamente. Para assistir os clipes em um formato maior, amplie o arquivo PDF1 ou clique
com o botão direito no clipe e visualize-o em tela inteira. Para uma visualização correta do
clipe, a última versão do software Adobe Reader ou Adobe Acrobat deve estar instalado no
computador. Adobe Reader pode ser baixado gratuitamente em Adobe.com.
Tal como acontece com todos os sistemas FACS, para se tornar um codificador
CatFACS, é necessário treinamento e certificação por meio de um teste para garantir a
confiabilidade do sistema. O Manual CatFACS e o teste de certificação são gratuitos
disponível no site www.CatFACS.com.

1
Desde janeiro de 2021, o Adobe Flash Player encerrou as atividades. Com isso, atualmente todos os vídeos do
Manual CatFACS são disponibilizados via drive para acesso e download dos arquivos.
13

2. UNIDADES DE AÇÃO

Nesta seção, cada Unidade de Ação (AU) é apresentada fornecendo as seguintes


informações:

A. Base muscular proposta: Músculo (s) subjacente (s) à AU;

B. Mudanças na aparência: várias pistas que ajudam a identificar quando ocorre uma AU.
Vídeo e foto exemplos são apresentados, bem como combinações comuns de AUs;

C. Critérios mínimos para codificar uma UA;

D. Diferenças sutis entre AUs: Sempre que necessário, AUs semelhantes que podem ser
confundidas ou que compartilham algumas das mudanças de aparência serão comparadas.

2.1. UNIDADES DE AÇÃO DA FACE SUPERIOR

UNIDADE DE AÇÃO 143: FECHAR OS OLHOS e UNIDADE DE AÇÃO 145:


PISCAR OS OLHOS

Em humanos, a Unidade de Ação (AU) 43 e AU 45 (fechamento dos olhos e piscar


dos olhos, respectivamente: Tabela 1) descrevem o fechamento do olho, causado pelo
relaxamento do músculo elevador da pálpebra superior, que abaixa a pálpebra superior. Isso
significa que os olhos são mantidos abertos pela contração permanente desse músculo. As
pálpebras dos gatos diferem em aparência das pálpebras dos humanos, pois não há arco
superciliar proeminente e, consequentemente, não há dobra epicântica (Fig. 5). Uma vez que a
área dos olhos é anatomicamente e morfologicamente diferente nos gatos e humanos, os
movimentos de fechar os olhos e piscar têm mudanças de aparência muito diferentes nestas
espécies. Em gatos, o fechamento completo dos olhos e piscada não parece ser devido ao
relaxamento do músculo elevador da palpebra superior exclusivamente, pois as mudanças de
aparência indicam contração ao redor do olho e o recrutamento da pálpebra inferior. A
pálpebra inferior é levantada pela contração do músculo orbicular do olho e frequentemente
14

comprimido contra a pálpebra superior para fechar completamente o olho, que produz pistas
visuais semelhantes a AU 6 - Levantador de bochechas (que puxa a pele em direção ao olho)
em humanos. A ação do músculo levantador da pálpebra superior é provavelmente mais
importante em outros movimentos da pálpebra superior, como a meia-piscada e a elevação da
pálpebra superior, que são classificados como unidades de ação separadas. Portanto,
propomos aqui que a contração do músculo orbicular do olho é principalmente responsável
pelo fechamento dos olhos e piscada em gatos, e que ambas as pálpebras (superior e inferior)
estão envolvidas no fechamento completo do olho. Para explicar todas essas diferenças na
base muscular dos gatos, o fechamento dos olhos é codificado como AU 143 e piscar é
codificado como AU 145.

A. Base muscular proposta: A contração do músculo orbicular do olho age para mover a
pálpebra superior e inferior, fechando o olho. O músculo retrator do ângulo lateral do olho
puxa o canto exterior do olho caudalmente, ajudando a fechar o olho. Além disso, o músculo
levantador da pálpebra superior e os músculos corrugadores do supercilio devem estar
relaxados para que o olho se feche.

B. Mudanças de aparência:
1. As pálpebras superior e inferior se movem uma em direção à outra, eventualmente
fechando o olho.
2. Quando o olho se fecha completamente e as pálpebras superior e inferior se tocam,
alguma tensão pode ser observada globalmente na pele que cobre o olho, conforme as
pálpebras são pressionadas uma contra a outra.
3. A pele localizada acima e abaixo do olho é puxada para dentro. A região infraorbital
é elevada e ligeiramente saliente.
4. A região frontal é alongada e as rugas presentes quando os olhos são abertos,
parecem menos marcadas.
5. O movimento da região frontal é visto até a parte cranial das orelhas e até a borda
inferior da região infraorbital.
6. As vibrissas superciliares acompanham o movimento da pálpebra superior.
7. Na AU 143, o olho permanece fechado por meio segundo ou mais. Na AU 145, o
olho se abre em meio segundo. Essas AUs só podem ser diferenciadas em imagens de vídeo e
não em imagens estáticas, pois se diferenciam pela duração.
15

8. Ambos os movimentos podem ocorrer em apenas um olho (codificação R143/ R145


ou L143/ L145).

Exemplos

Fig. 7 Unidade de ação 143 - Fechamento de olho. Outros UAs presentes.


https://drive.google.com/file/d/1NTM6R4zalhkLqjwhnTcmsW2-JEREKf0-/view?usp=sharing

Fig. 8 Unidade de Ação 145 – Piscar


https://drive.google.com/file/d/1HRUMllB9CdGv9BSE4wMGV7MFZRyJxDWS/view?usp=sharing

Fig. 9 Unidade de ação 145 - Pisca. Outros UAs presentes.


https://drive.google.com/file/d/1wKj2jawiAoE9H4669UtiQRTXnQ-O6nVm/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para os códigos AU 143 e AU 145: As pálpebras superior e inferior se


movem uma em direção à outra e cobrem o olho completamente. Para codificar a AU 143, o
olho deve permanecer fechado por mais de meio segundo e para codificar AU 145 o olho
deve abrir novamente dentro de meio segundo.

D. Diferenças sutis entre as AUs: As alterações de aparência 2 e 3 aqui descritas para gatos
indicam uma AU 6 em humanos. Porém, em gatos, essas alterações de aparência descrevem
AU 143 e AU 145 em vez de AU 6, uma vez que o fechamento do olho e o piscar ocorrem
simultaneamente com a elevação da região infraorbital. AU 6 não foi observada isolada no
fechamento de olho ou de piscar de olhos em gatos, por isso este código não é descrito como
uma unidade separada no manual CatFACS. Alguns indivíduos apresentam uma linha preta
na borda das pálpebras, o que pode dar a impressão de que o olho não está totalmente
fechado. Se o indivíduo tem essa característica particular, deve haver uma linha preta
uniforme quando o olho está totalmente fechado ou a linha pode desaparecer de vista em um
movimento forte.
16

UNIDADE DE AÇÃO 47: MEIO PISCAR

Os gatos apresentam um padrão de movimento das pálpebras em que elas se movem


lentamente uma em direção à outra sobre o globo ocular, sem nunca fechar o olho, de maneira
sequencial. Embora não tenham sido testados contextualmente, esses movimentos foram
descritos antes com nomes diferentes "piscar lento" (Tabor, 1997); "piscar pequeno" (Gruart
et al., 2005). Este padrão de movimentos não foi observado em humanos, então não existe um
código de AU correspondente. Para descrever esta sequência de movimento em gatos, o
código 47 é usado porque este código não foi usado antes para codificar qualquer outro
movimento FACS.

A. Base muscular proposta: A contração e relaxamento alternados dos músculos orbicular


do olho, músculo retrator do ângulo lateral do olho, músculo levantador da palpebra superior
e músculo corrugador do supercilio, movem as pálpebras superior e inferior uma em direção à
outra, sem nunca fechar o olho, geralmente em uma sucessão de movimentos lentos.

B. Mudanças de aparência:
1. As pálpebras superiores e inferiores movem-se uma em direção à outra, sem nunca
fechar os olhos. Em movimentos fracos, apenas a pálpebra superior se move ventralmente.
2. A pele localizada acima e abaixo do olho é puxada em direção ao olho.
3. Pequenas porções da esclera podem se tornar visíveis em ambos os cantos dos olhos
(se os olhos e a cabeça tiverem a mesma orientação).
4. O movimento da região frontal é visto até a parte cranial das orelhas e até a borda
inferior da região infraorbital (Fig. 11).
5. Pode ocorrer em apenas um olho (codificação R47 / L47).
6. Pode ocorrer em uma sucessão de movimentos (geralmente lento) ou apenas um
movimento (lento ou rápido).

Exemplos

Fig. 10 Unidade de ação 47 – Meia piscada.


https://drive.google.com/file/d/1Twr0QmoBHytk3SchL17hkDZxzV0qe9-x/view?usp=sharing

Fig. 11 Unidade de ação 47 Meia piscada.


17

https://drive.google.com/file/d/1Twr0QmoBHytk3SchL17hkDZxzV0qe9-x/view?usp=sharing

Fig. 12 Unidade de ação 47 - Meia piscada, movimento fraco. AU 47 (vídeo em tempo real).
https://drive.google.com/file/d/18V-t-gH6UPU65_zDsRpYh6J1XgMqmso5/view?usp=sharing

Fig. 12 Unidade de ação 47 - Meia piscada, movimento fraco. AU 47 (vídeo em câmera lenta).
https://drive.google.com/file/d/11_980MKvRCR5ehjF0QZp1ExCW7krBc6s/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para o código AU 147: Uma das pálpebras (superior ou inferior)
move-se em direção à outra, sem nunca fechar o olho.

D. Diferenças sutis entre as AUs: Essa AU difere da AU 143 e AU 145 porque as pálpebras
nunca fecham o olho completamente.

UNIDADE DE AÇÃO 5: ELEVADOR DA PALPEBRA SUPERIOR

A. Base muscular proposta: A contração dos músculos levantador da pálpebra superior e


corrugador do supercílio, puxa a pálpebra superior dorsalmente, alargando a abertura do olho.

B. Mudanças de aparência:
1. A pálpebra superior é puxada dorsalmente, expondo uma parte maior do globo
ocular.
2. A pupila torna-se completamente visível e o espaço entre a parte superior da pupila
e a pálpebra aumenta, expondo mais a íris.
3. A pálpebra superior muda de forma e, consequentemente, o olho parece mais
redondo devido à maior exposição da íris dorsalmente e em ambos os lados da pupila.
4. A tensão é observada ao redor do olho, especialmente na pálpebra superior.
5. A pele, as vibrissas e os pelos dos olhos acompanham o movimento dorsal da
pálpebra superior.
6. As rugas da glabela são aprofundadas.
7. O movimento dorsal da região frontal é visto até a parte cranial das orelhas.
8. Quando a abertura é máxima, nenhuma parte da esclera pode ser vista (se os olhos e
a cabeça tiverem a mesma orientação).
18

Fig. 13 Esquerda: meia-piscada. Médio: abertura neutra do olho. À direita: Unidade de ação 5 - Levantador de
tampa superior. O grau de abertura dos olhos em gatos pode variar consideravelmente e essas diferentes posições
da pálpebra superior podem ser mantidas por um longo período de tempo, tornando difícil localizar um olho
neutro e relaxado aberto para a espécie. Devem ser feitas comparações individuais.

Exemplos:

Fig. 14. Unidade de Ação 5- Elevador da pálpebra superior. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/16APMvyVTbYhZGTECX7GkRs6ya-9baV0S/view?usp=sharing

Fig. 14. Unidade de Ação 5- Elevador da pálpebra superior. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/12N7XXJHv8NHDNwfJYb4NRJIWywuBWZUO/view?usp=sharing

Fig. 15. Unidade de ação 5- Elevador da pálpebra superior. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/125-jmBjIK7vHM9NTbWvYzYcm0RIMWaoW/view?usp=sharing

Fig. 15. Unidade de ação 5- Elevador da pálpebra superior. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1I-dmCExjqRyjee1K4nm-JR9EiUgw1MHh/view?usp=sharing
19

Fig. 16 Unidade de ação 5 - Levantador de pálpebra superior. Na imagem do meio e da direita, o gato está
olhando para cima, o que desloca a pupila dorsalmente e cria uma aparência mais angular na pálpebra superior
(ver setas).

C. Critérios mínimos para codificar AU5: Geralmente é um movimento rápido e repentino


que pode ser difícil de detectar se não for por um vídeo em câmera lenta. No entanto, as
alterações de aparência 2 e 3 juntas resultam em uma aparência característica que pode ser
detectada mesmo sem ver o movimento em si. Uma boa dica para detectar essa AU é procurar
o aprofundamento das rugas na área da glabela. Quando a pálpebra superior está voltando à
neutra, geralmente o movimento é lento e mais perceptível (Fig. 15), portanto, se isso for
observado após as mudanças de aparência 2 e 3, então a AU5 deve ser codificada.

D. Diferenças sutis entre AUs: Este movimento pode ser codificado incorretamente se
houver dilatação da pupila ou movimento dos olhos simultaneamente. A comparação
cuidadosa do olho em um estado neutro deve ser feita, observando o espaço entre a parte
superior da pupila e a pálpebra superior, responsável pelo estado de dilatação. Também pode
ser confundido com o retorno do olho ao neutro após AU 143 ou AU 145. No entanto, quando
o olho está aberto em um estado neutro, apenas uma parte fina da íris pode ser visível
(compare as imagens do meio e da direita da Fig. 13).
20

2.2. UNIDADES DE AÇÃO FACIAL INFERIOR

UNIDADE DE AÇÃO 109 + 110: ENRUGADOR DE NARIZ E ELEVADOR DE


LÁBIO SUPERIOR

Em humanos, a AU9 e AU10 são observadas e codificadas independentemente com


base em suas mudanças de aparência distintas. Na AU9, o músculo levantador do lábio
superior da asa do nariz enruga o nariz e na AU10, o músculo levantador do lábio superior
eleva o lábio superior. Em gatos, devido o prognatismo craniano e à posição relativa dos
músculos ligeiramente diferente, há uma sobreposição das alterações de aparência
correspondentes a cada AU, sendo difícil distingui-las. Além disso, os gatos possuem quatro
músculos capazes de enrugar o nariz e / ou levantar o lábio superior: Musculo levantador
nasolabial, elevador do lábio superior, músculo canino e musculo lateral do nariz. Assim, em
gatos a AU109 + UA110 são codificadas juntas.

A. Base muscular proposta: A contração combinada dos músculos levantador nasolabial,


elevador do lábio superior, canino e lateral do nariz eleva o lábio superior em direção ao canto
medial do olho, dilata a asa nasal e enruga o nariz. Os músculos levantador nasolabial e lateral
do nariz parecem ter uma ação mais craniana, puxando a pele do lábio superior ao redor do
nariz dorsocaudalmente e enrugando o nariz. O músculo levantador do lábio superior e o
músculo canino têm maior probabilidade de ação lateral, elevando o lábio superior em direção
à região infraorbital.

B. Mudanças de aparência:
1. As porções cranial e / ou lateral do lábio superior são puxadas dorsalmente.
2. A pele fica saliente abaixo do canto medial do olho.
3. A região infraorbital é puxada dorsalmente, em direção ao canto medial do olho.
4. Em movimentos fortes, a elevação do lábio e a região infraorbital combinadas criam uma
ruga profunda ao longo do nariz e abaixo do olho (Fig. 17).
5. Em movimentos fortes, o lábio superior pode ser puxado em um movimento oblíquo em
direção ao canto medial do olho.
6. Em movimentos muito fortes, a abertura do olho é estreita, a glabela é puxada
ventralmente, o nariz é enrugado (Fig. 18) e a asa da narina é elevada e alargada.
21

7. Pode expor os dentes superiores e gengivas.


8. Pode ser observado com UA25 + UA26 ou AU25 + UA27.

Exemplos

Fig. 17 Esquerda: Neutro. À direita: Unidade de ação 109 + 110 - enrugador de nariz e levantador de lábio
superior. As setas indicam rugas profundas ao longo do nariz e abaixo do olho formadas devido à protuberância
do lábio superior e região infraorbital. Outras UAs presentes em ambas as imagens: AU25 + AU26.

Fig. 18 Esquerda: Neutro. À direita: Unidade de ação 109 + 110 - enrugador de nariz e levantador de lábio
superior. A seta indica rugas ao longo da parte dorsal do nariz durante uma forte AU109 + 110.

Fig. 19 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador de nariz e levantador de lábio superior, vista de cima.
https://drive.google.com/file/d/1eH27APf3y_IwGE-J8uo2BAXvSJqEX2_x/view?usp=sharing

Fig. 20 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador de nariz e levantador de lábio superior, vista de cima. (Vídeo em
tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1MG387MAXM8z29cP7210NH7BecCRkB2LN/view?usp=sharing

Fig. 20 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador de nariz e levantador de lábio superior, vista de cima. (Vídeo em
câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1WIFXqWBzhfiQNNow8gPTqt0YsN6ZBwBC/view?usp=sharing
22

Fig. 21 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador de nariz e levantador de lábio superior.

Fig. 22 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1_veS97af5qj0DEdkTB72SDOUuDsbWWqi/view?usp=sharing

Fig. 22 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1GH8g6YGrk80q5z7umDND14hN6R2Dt9xs/view?usp=sharing

Fig. 23 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugamento do nariz e aumento do lábio superior. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1CfVWCcTi8mAx3ni7z3a3vMKFFRs8BZLp/view?usp=sharing

Fig. 23 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugamento do nariz e aumento do lábio superior. (Vídeo em câmera
lenta)
https://drive.google.com/file/d/11Od23_kFJbrib8ajX4oPysfPrkCFOGZc/view?usp=sharing

Fig. 24 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1H19iW3aw65JJIBYoki5zjunQI4X_59yM/view?usp=sharing

Fig. 24 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/12s4wHmRYN6ms2qbjd4Az5MiWxYkZpN_F/view?usp=sharing

Fig. 25 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/10fg0IFCbTur2lRzFrtsZpXHKVklDgIPo/view?usp=sharing

Fig. 25 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1J8QG5K44nk1toFj97s_0Y_6xyai2BZJ0/view?usp=sharing

Fig. 26 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1a0lLYr_UeWuLeRRNNoqVCS56t5CPaDxA/view?usp=sharing

Fig. 26 Unidade de ação 109 + 110 - Enrugador do nariz e levantador do lábio superior. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1wci5jgGOdpOhhKHHJXLs23c5qdKbLfFS/view?usp=sharing
23

C. Critérios mínimos para o código AU109 + 110: A pele do lábio superior e parte da
região infraorbital é tracionada dorsalmente. Não é necessário que os lábios estejam separados
para que esse movimento seja codificado.

D. Diferenças sutis entre AUs: Na AU143 e UA145 também há elevação da região


infraorbital, mas não é observado movimento labial ou nasal. Embora na AU109 + 110 a
glabela possa ser tracionada ventralmente e a abertura do olho estreitada, não há movimento
da região frontal ou da pálpebra superior. Se algum desses movimentos for observado, AUs
adicionais devem ser codificadas. Em gatos braquicefálicos, o lábio superior é comprimido
quando a boca está fechada, ligeiramente saliente para fora e lateralmente ao nariz. Isso é
visível com uma AU25 / AU26 / AU27 (ver Fig. 46 abaixo), onde a mandíbula é abaixada e o
lábio superior se descomprime e se move ventralmente. No entanto, não parece que o músculo
orbicular da boca seja ativado neste movimento; parece um relaxamento apenas do lábio
superior. Assim, quando a boca fecha, o lábio superior pode parecer mover-se cranialmente,
como em uma AU109 + 110, agindo como um falso indicador.

UNIDADE DE AÇÃO 12: PUXADOR DE CANTO DE LÁBIO

Em gatos, o canto da boca não é visível na vista frontal e nem sempre é fácil de
detectar na vista de perfil e, portanto, os movimentos do canto dos lábios podem ser difíceis
de detectar. Como um guia aproximado, e levando em consideração a perspectiva angular, o
canto da boca fica aproximadamente abaixo do canto lateral do olho (Fig. 27), quando não há
contração muscular ao redor da área da boca. A comparação cuidadosa com uma área neutra
da boca deve ser feita antes de codificar esta AU.

Fig. 27 Posição neutra do canto da boca em diferentes indivíduos. As setas indicam o canto da boca .
24

A. Base muscular proposta: o músculo zigomático puxa os cantos dos lábios em direção às
orelhas.

B. Mudanças de aparência:
1. Puxa os cantos dos lábios dorsocaudalmente em direção às orelhas.
2. A pele próxima aos cantos dos lábios se enrola, forma-se uma dobra cutânea e / ou podem
aparecer algumas rugas.
3. A região infraorbital é ligeiramente elevada.
4. Um pouco acima dos cantos dos lábios, na borda inferior da região infraorbital, a pele pode
se projetar.
5. O pelo nesta área acompanha o movimento dos cantos dos lábios.
6. Os lábios superior e inferior ficam alongados e podem ser ligeiramente voltados para fora,
tornando-se mais visíveis.
7. Em alguns movimentos, um movimento dorsal dos cantos dos lábios pode ser visto e estes
formam uma pequena curva para cima.
8. Se a boca estiver aberta com uma AU26 / AU27:
- A porção interna do lábio inferior pode ficar exposto;
- Mais dentes ficam visíveis.

Fig. 28 Unidade de ação 12 - Puxador de canto de lábio. Outras UAs presentes.


https://drive.google.com/file/d/1dHeZUu5EI1QXjD9MIfoPBr_jBPfielNV/view?usp=sharing

Fig. 29 Unidade de ação 12 - Puxador de canto de lábio. Outras UAs presentes.


https://drive.google.com/file/d/1DyaRUt-6paycKhUtQJ79pFhyx6NnCqIY/view?usp=sharing

Fig. 30 Unidade de ação 12 - Puxador de canto de lábio. Outras UAs presentes. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1oIHlHWmoRLSDHzDtfvSEoJzaSmeXnFUj/view?usp=sharing

Fig. 30 Unidade de ação 12 - Puxador de canto de lábio. Outras UAs presentes. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1s21WdSCpdDyAQIJ6i1qcjheNNxhjSW4H/view?usp=sharing

Fig. 31 Unidade de ação 12 - Puxador de canto de lábio. Outras UAs presentes. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1uDovZGxY-4vWNPWsZLCotRFPTEQjWcTm/view?usp=sharing

Fig. 31 Unidade de ação 12 - Puxador de canto de lábio. Outras UAs presentes. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1eO2ObAsdZjBYC5ucyupZtpsV4cAB4sCh/view?usp=sharing
25

C. Critérios mínimos para o código AU12: O canto dos lábios deve ser puxado dorso-
caudalmente.

D. Diferenças sutis entre AUs: Quando a boca é aberta (AU26 / AU27) pode dar a impressão
de uma AU12 agindo também. Entretanto, o ângulo interno do canto da boca deve ser menor
e tracionado caudalmente se houver uma AU12 atuando junto com uma AU26 / AU27 (Fig.
30).

UNIDADE DE AÇÃO 16: DEPRESSOR DE LÁBIO INFERIOR

A. Base muscular proposta: O músculo depressor do lábio inferior puxa o lábio inferior
ventralmente. Em alguns movimentos mais horizontais, é possível que o músculo platisma
atue também nesta AU.

B. Mudanças de aparência:
1. O lábio inferior é puxado ventralmente. A pele desliza na direção geral do pescoço,
expondo os dentes inferiores (exceto a ponta dos caninos inferiores que estão sempre expostos
quando a boca é aberta).
2. Em movimentos mais fortes, as gengivas inferiores ficam expostas também.
3. O movimento pode ser mais perceptível na porção cranial (Fig. 35) ou na porção lateral
(Fig. 34) do lábio inferior ou pode ser um movimento mais global, onde o lábio é abaixado ao
longo de toda a mandíbula.

Exemplos
26

Fig. 32 Esquerda: Unidade de ação 0 - face neutra. À direita: Unidade de ação 116 - depressor do lábio inferior,
outras unidades de ação presentes: 145 + 109 + 110 + 12 + 25 + 27 + 19.

Fig. 33 Esquerda: Unidade de ação 0 - face neutra. Meio: unidades de ação 25 + 26. À direita: Unidade de ação
116 - depressor do lábio inferior (25 + 26 também presente).

Fig. 34 Unidade de ação 116 - depressor do lábio inferior. Outras AUs presentes (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1a35QMhgBJbdfPNoQqC_urbv092usNwPk/view?usp=sharing

Fig. 34 Unidade de ação 116 - depressor do lábio inferior. Outras AUs presentes (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1h6QKexDwOk4VviNb853mNIyMFtfyaMB4/view?usp=sharing

Fig. 35 Unidade de ação 116 - depressor do lábio inferior. Outras AUs presentes (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1LwisfpNsJk3bnYC1_JZMhCKo0aGm5bua/view?usp=sharing
27

Fig. 35 Unidade de ação 116 - depressor do lábio inferior. Outras AUs presentes (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1ybIvDK2E7lO6YaQxdN8UCmHbONP-Cau2/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para o código AU16: Ou o lábio inferior está claramente tracionado
ventralmente em qualquer parte de sua extensão ou os dentes inferiores (exceto a ponta do
canino) tornam-se visíveis.

D. Diferenças sutis entre AUs: Quando a AU12 também está atuando (Fig. 32) o lábio
inferior torna-se alongado. Quando a boca é aberta (AU26 / AU27) a ponta dos caninos deve
ser visível e isso pode dar a impressão de que o lábio está abaixado. No entanto, AU116 só
deve ser codificado se algum dos critérios mínimos acima for atendido. Mudanças de
aparência semelhantes são observadas quando o lábio inferior está relaxado (Fig. 33), embora
o depressor do lábio inferior não esteja se contraindo. No entanto, as diferenças entre puxar
ativamente o lábio inferior ventralmente e relaxá-lo são muito pequenas e difíceis de detectar,
já que a AU116 também é codificada para o relaxamento do lábio inferior.

UNIDADE DE AÇÃO 17: ELEVADOR DE LÁBIO INFERIOR

Em humanos, o músculo mentual localizado no queixo empurra o queixo e o lábio


inferior para cima e a AU17 - Elevação do queixo é codificada. Crouch (1969) menciona um
músculo transverso mentual que "enrijece o lábio inferior" em gatos. Esse músculo é
representado originando-se do lábio inferior, abaixo do canino e se inserindo na borda da
região mentual, anatomicamente semelhante ao músculo mentual humano, pelo qual foi
mantido o código AU17 para gatos. No entanto, os gatos não possuem um queixo, que é uma
característica exclusiva do rosto humano. Assim, esta designação de AU foi modificada para
elevador de lábio inferior, a fim de descrever o movimento com mais precisão.

A. Base muscular proposta: O músculo mentual levanta e enrijece o lábio inferior e a região
mental.

B. Mudanças de aparência:
1. A região mental é empurrada dorsalmente.
28

2. O lábio inferior também é empurrado dorsalmente, pressionando o lábio superior ou


levantando-o ligeiramente (se a boca estiver fechada).
3. Há tensão visível na região mental e no lábio inferior.
4. A pele abaixo da região mental desliza cranialmente, acompanhando o movimento da
região mental.
5. Quando visíveis, os lábios podem desaparecer de vista devido à pressão do lábio inferior
sobre o lábio superior (Fig. 37).
6. Uma ligeira protuberância craniana pode ser vista na região mental.

Exemplos:

Fig. 36 Unidade de ação 17 - Elevador do lábio inferior (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/13glHLPbiOTgu8LUKqHGnIU8-l2_oBrpx/view?usp=sharing

Fig. 36 Unidade de ação 17 - Elevador do lábio inferior (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/12qiCZqjCI3abAZwhpUUojOaJDJXd6JVF/view?usp=sharing

Fig. 37 Unidade de ação 17 - Elevador do lábio inferior (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/1ere6gdKQv8XOVEvqquQPlnaFkV8PPbHC/view?usp=sharing

Fig. 37 Unidade de ação 17 - Elevador do lábio inferior (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/1rtDJ8iI_uAXGYQ4t2u3_UWlrXA5UrrM-/view?usp=sharing

Fig. 38 Unidade de ação 17 - Elevador do lábio inferior.


https://drive.google.com/file/d/1Wwr8vA14Rzmwgv24NY2R2f9N2eVtBH2H/view?usp=sharing

Fig. 39 Unidade de ação 17 - Elevador do lábio inferior. Outras AUs presentes. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1Z3Z5uD4Tj-WwfWnKhNVxdEy_4nXJ5yxB/view?usp=sharing

Fig. 39 Unidade de ação 17 - Elevador do lábio inferior. Outras AUs presentes. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1aJiRHYB81vLYXDql5waBqm_bcrje-sf1/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar AU17: Um movimento dorsal da região mental ou


lábio inferior deve ser visto.

D. Diferenças sutis entre AUs: Pode ser confundido com o movimento da mandíbula inferior
ao fechar a boca (de AU25 / AU26 / AU27 para neutro). Porém, nesses movimentos da
29

mandíbula, quando a boca está fechada, não há pressão no lábio superior nem tensão na região
mental.

UNIDADE DE AÇÃO 118: FRANZIR OS LÁBIOS

Em humanos, esse movimento é causado pela ação dos músculos incisivos dos lábios.
É descrito pelo enrugamento dos lábios medialmente, de alongamento da boca e contração
dos lábios, criando rugas características (AU18 - Franzir de lábios). Em gatos, os músculos
estão ausentes e o movimento consequente de empurrar os lábios em direção à linha média
tem mudanças de aparência muito diferentes. O músculo bucinador tem sido descrito como
responsável por empurrar os lábios medialmente e manter o alimento dentro da boca, durante
a mastigação (Tomo et al,. 2002). Alguns dos exemplos coletados para ilustrar esse
movimento foram acompanhados por vocalizações. Uma vez que não é visto nenhum
enrugamento dos lábios em gatos e há diferentes músculos agindo, esse movimento é
codificado em gatos como AU118 e a mesma designação foi usada apenas para fins de
codificação.

A. Base muscular proposta: os músculos orbicular da boca e bucinador empurram os cantos


dos lábios cranialmente em direção à linha média da boca.

B. Mudanças de aparência:
1. Os cantos dos lábios são empurrados em direção à linha média da boca.
2. A pele ao redor da área caudal dos cantos da boca é esticada e alguma tensão é visível.
3. Os cantos da boca podem formar uma extremidade arredondada, pois há alguma exposição
da porção interna do lábio apenas cranialmente aos cantos da boca (Fig. 40).
4. Se a boca for aberta, menos dentes se tornarão visíveis (vista lateral) conforme a abertura
da boca diminui.
5. O movimento da pele e do pelo é visto caudalmente aos cantos da boca até a parte de trás
da cabeça nas regiões temporais.

Exemplos:

Fig. 40: Unidade de ação 118 - Franzir os lábios. (Vídeo em tempo real)
30

https://drive.google.com/file/d/1Rp9Gn08ATECm86l2JCpMn0T6uXXYYmjP/view?usp=sharing

Fig. 40: Unidade de ação 118 - Franzir os lábios. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1lPPXm2I4nYO2h-Y-qL_ztVN4IYVi_OWF/view?usp=sharing

Fig. 41 Esquerda: Unidade de ação 0 - face neutra. À direita: Unidade de ação 118 - Franzir os lábios. Ainda da
Fig. 40.

Fig. 42: Unidade de ação 118 - Franzir os lábios. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1JOfGUmS0KVSy4POoO2Z_crFtxjFydoLL/view?usp=sharing

Fig. 42: Unidade de ação 118 - Franzir os lábios. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1LYTHMKnE_KJLVqFQFJl-AboX0PPRpg-Y/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar AU118: Os cantos dos lábios devem ser vistos
movendo-se cranialmente em direção à linha média da boca.

D. Diferenças sutis entre AUs: Pode ser confundido com uma AU12 retornando ao neutro e
por isso é importante comparar cada AU118 com uma posição neutra dos cantos dos lábios
em cada indivíduo. Se ambos os movimentos ocorrerem sequencialmente, pode não ser
possível dizer onde uma AU12 começa e uma AU118 para (ou vice-versa), uma vez que a
posição neutra dos cantos dos lábios varia entre os indivíduos (Fig. 27). Encontrar o
deslocamento / início dos movimentos é útil para distinguir AU12 e a AU118.

UNIDADE DE AÇÃO 25: SEPARAR OS LÁBIOS


31

A. Base muscular proposta: os músculos orbicular da boca, canino, elevador do lábio


superior, levantador nasolabial e platisma podem causar a separação dos lábios. Abaixar a
mandíbula também pode separar os lábios, embora outras AUs devam ser codificadas
adicionalmente.

B. Mudanças de aparência:
1. Os lábios se separam em qualquer ponto ao longo de sua extensão e um espaço pode ser
visto entre o lábio inferior e superior.
2. Mais da porção interna dos lábios (especialmente o inferior) ou dentes podem se tornar
visíveis.

Exemplos:

Fig. 43 Esquerda: Unidade de ação 0 - Face neutra- observe o pequeno espaço entre os lábios na linha média da
boca (indicador falso). À direita: Unidade de ação 25 - Separar dos lábios. Outras AUs presentes.

Fig. 44 Unidade de ação 25 – Separar dos lábios. Outras AUs presentes.


https://drive.google.com/file/d/1gf3X6Tm8oBVW9IBPUQ_99sl1KO92JPF-/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para o código AU25: Os lábios devem ser vistos separando-se em
qualquer ponto ao longo de sua extensão.

D. Diferenças sutis entre AUs: Em gatos de face plana, na face neutra, um espaço muito
pequeno entre o lábio superior e inferior pode ser visto em alguns indivíduos, o que pode
dificultar a codificação de uma AU25 (Figs. 29 e 30).
32

Fig. 45 Região neutra da boca mostrando um pequeno espaço na linha média da boca entre o lábio superior e
inferior, que é um falso indicador para a codificação AU25 neste indivíduo.

UNIDADE DE AÇÃO 26: ABERTURA DE MANDÍBULA

A. Base muscular proposta: Os músculos que provocam a abertura da mandíbula não são
músculos miméticos. Os músculos envolvidos neste movimento incluem o masseter,
temporal, pterigoideo e digástrico.

B. Mudanças de aparência:
1. O maxilar é abaixado e a separação dos dentes pode ser vista claramente ou pelo menos
inferida.
2. O maxilar cai em um movimento relaxado e de pequena amplitude. Nenhum sinal de tensão
está presente.
3. Se os lábios se separarem, a ponta dos caninos inferiores pode ficar visível.
4. Este movimento é codificado com AU25 se houver qualquer sinal de separação clara dos
lábios. Se não houver nenhum sinal claro de separação dos lábios, mas forem vistos alguns
sinais de abaixamento da mandíbula, codifique apenas AU26.
33

Exemplos:

Fig. 46 Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula. Outras AUs presentes.


https://drive.google.com/file/d/1HSsxmY4LypzEvxZtDuFgH6poouxdCuJb/view?usp=sharing

Fig. 47 Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula. Outras AUs presentes.


https://drive.google.com/file/d/1hBZe4I4cQeuBQlHQqo2-RY81PQ9Ia4tI/view?usp=sharing

Fig. 48 Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula durante resposta de Flehmen. Outras AUs presentes.
https://drive.google.com/file/d/1qiCW3XxhbBNskdf19CdSbbtGem_4R1dr/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para o código AU26: A mandíbula deve ser abaixada em um


movimento relaxado e de pequena amplitude.

D. Diferenças sutis entre AUs: AU25 e AU26 são ambos movimentos dorsoventrais da
boca, mas AU25 refere-se apenas à separação dos lábios, enquanto AU26 se refere à “queda”
da mandíbula. Eles podem ser codificados de forma independente, pois é possível que os
lábios estejam separados sem abaixar a mandíbula e, inversamente, a mandíbula pode estar
ligeiramente abaixada sem separar os lábios. No caso de lábios e mandíbula separados, AU25
+ AU26 deve ser codificado. Em imagens estáticas, uma AU26 fraca pode ser difícil de
codificar, se não houver uma separação clara dos dentes.

UNIDADE DE AÇÃO 27: ALONGAMENTO DA BOCA

A. Base muscular proposta: Os músculos que provocam a “queda” da mandíbula não são
músculos miméticos. Os músculos envolvidos neste movimento incluem o masseter,
temporal, pterigoideo e digástrico.

B. Mudanças de aparência:
1. A boca é aberta baixando a mandíbula e esticando-a ativamente.
34

2. Ele expõe os dentes inferiores, a língua e a cavidade oral. Os dentes superiores também
podem ficar expostos.
3. Os lábios ficam esticados.
4. Devido ao alongamento dos lábios, pode-se observar uma depressão caudal aos cantos dos
lábios e abaixo da região infraorbital.
5. A forma global do rosto torna-se estendida dorsoventralmente.
6. Em movimentos fortes, os lábios podem retrair conforme a abertura da boca força os lábios
a deslizarem caudalmente.
7. Deve ser codificado junto com AU25, pois sempre há separação labial devido ao grau de
abertura da boca.
8. Frequentemente combinados ou imediatamente seguidos por outras UAs.

Exemplos:

Fig. 49 Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/16NEy0FsuiqFvZNJkHJZ1nfbFgJgf1Nc3/view?usp=sharing

Fig. 49 Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula. (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/1eE7jkqukOQQMPfCtb_exPvts2_yIUkq4/view?usp=sharing

Fig. 50 Esquerda: Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula. Meio: Unidade de ação 27- Alongamento da boca.
À direita: Unidade de ação 27 combinada com 10, 12 e 16. Outras AUs presentes. Ainda da Fig. 49.

Fig. 51 Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/1-bBJznO2_7jDLrRvJlnCWXnIUNsbANN-/view?usp=sharing

Fig. 51 Unidade de ação 26 - Queda de mandíbula. (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/1X3RYF0q4uVkjai8NiV5RwJsqG4x751g3/view?usp=sharing
35

C. Critérios mínimos para o código AU27: Qualquer sinal de alongamento da boca deve
estar presente, ao contrário de apenas abaixamento da mandíbula.

D. Diferenças sutis entre AUs: Como a AU26 e AU27 descrevem diferentes graus de
abertura da boca, essas AUs são mutuamente exclusivas. Uma AU26 larga e uma AU27 fraca
podem ser confundidas, especialmente em fotos. Um exame cuidadoso do movimento em si,
observando o alongamento e a tensão ao redor da boca, ajuda a decidir se a mandíbula está
sendo relaxada ou ativamente puxada para baixo. Em uma AU27 forte, a AA12 também é
frequentemente vista, o que estica a boca lateralmente-caudalmente, aumentando ainda mais a
tensão e esticando ao redor da boca, nariz e região infraorbital. AUs 10 e 16 podem ser vistas
junto com AU27, mas para codificá-los adicionalmente, diferentes onsets / offsets devem ser
vistos.

2.3. UNIDADES DE AÇÃO DE VIBRISSAS

As vibrissas em gatos mostram movimento independente do lábio superior. Esses


movimentos podem ser observados no plano dorsal, retraindo-se caudalmente contra a face –
Retrator de vibrissas (AU200) ou sendo projetados cranial e distalmente –Transferidor de
vibrissas (AU201) (Bradshaw et al 2012). Um terceiro movimento das vibrissas consiste em
elevá-las em um plano transversal– Levantador de vibrissas (AU202). Vários músculos
extrínsecos são descritos como envolvidos no movimento da almofada das vibrissas,
deslocando- as: músculo lateral do nariz, músculo canino e músculo elevador do lábio
superior. O músculo orbicular da boca também pode desempenhar um papel no movimento da
almofada das vibrissas (Ahl 1986). Além disso, cada vibrissa individual possui uma banda
muscular intrínseca ligada ao seu folículo, embora os gatos não apresentem movimentos
independentes de cada vibrissa nem movimentos de batida (Mitchinson et al 2011,
Muchlinski et al 2013). O conjunto de vibrissas esquerdo e direito também pode se mover
independentemente um do outro, assim os códigos L (esquerda) ou R (direita) podem ser
aplicados.

UNIDADE DE AÇÃO 200: RETRATOR DE VIBRISSAS


36

A. Base muscular proposta: O músculo proposto principalmente responsável pela retração


das vibrissas caudalmente é o canino. Outros músculos também podem estar envolvidos nesse
movimento, como o orbicular da boca ou os músculos intrínsecos.

B. Mudanças de aparência:
1. As vibrissas giram caudalmente.
2. Em um movimento forte:
2.1. As vibrissas ficam encostadas na lateral do rosto.
2.2. As vibrissas também são aglomeradas.
2.3. A parte medial do lábio superior é alongada lateralmente.

Exemplos:

Fig. 52 Esquerda: Unidade de ação 0. Direita: Unidade de ação 200 - Retrator de vibrissas.

Fig. 53 Unidade de ação 200 - Retrator de vibrissas. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/1c0PNZu_cGyetadFLMNE-It8bqBDhbjLY/view?usp=sharing

Fig. 53 Unidade de ação 200 - Retrator de vibrissas. (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/1hY0OxO0jP7izuoidnRVQoO0u7-UBzj-f/view?usp=sharing

Fig. 54 Unidade de ação 200 - Retrator de vibrissas. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/15D_4Ch6DTZaWfMj5K74OzgDX3gkS1TYT/view?usp=sharing

Fig. 54 Unidade de ação 200 - Retrator de vibrissas. (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/1Y2oWSbndDfM_81lLGwjAw3s_R6uXwo5D/view?usp=sharing
37

C. Critérios mínimos para o código AU200 - Retrator de vibrissas: Deve haver um


movimento caudal das vibrissas.

UNIDADES DE AÇÃO 201: PROJETOR DE VIBRISSAS

A. Base muscular proposta: O músculo proposto principalmente responsável por projetar as


vibrissas cranialmente é o lateral do nariz. Outros músculos também podem estar envolvidos
nesse movimento, como o orbicular da boca ou os músculos intrínsecos.

B. Mudanças de aparência:
1. Os bigodes giram cranialmente.
2. Em um movimento forte:
2.1. Os bigodes giram e enrolam ligeiramente em direção um ao outro, alcançando
uma região medial cranialmente ao rosto.
2.2. A parte medial do lábio superior se contrai em direção à linha média, abaulando e
fazendo o filtro nasal parecer mais profundo.
3. A AU200 - retrator de vibrissas e o AU201 - projetor de vibrissas são mutuamente
exclusivos.

Fig. 55 Esquerda: Unidade de ação 0. Direita: Unidade de ação 201 - Projetor de vibrissas. Outras AUs
presentes.

Fig. 56 Unidade de ação 201 - Projetor de vibrissas. Outras AUs presentes. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1EfqW9fXbT4tWcd1moLARpQ6xSKCD4IPd/view?usp=sharing
38

Fig. 56 Unidade de ação 201 - Projetor de vibrissas. Outras AUs presentes. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1e69iMoiprnByI15ePVkshrBxj3ojEXfJ/view?usp=sharing

Fig. 57 Unidade de ação 201 - Projetor de vibrissas. Outras AUs presentes. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1UfVjs6RSA6zdpz9IFMr3UX4yohVIm8Zx/view?usp=sharing

Fig. 57 Unidade de ação 201 - Projetor de vibrissas. Outras AUs presentes. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1hKQDKKkNYmdEpNDeA1fufAeYZ4MzYC7p/view?usp=sharing

Fig. 58 Unidade de ação 201 - Projetor de vibrissas. Outras AUs presentes. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/11qajRvXGChoDv64q0UNOSMiFsciAuogv/view?usp=sharing

Fig. 58 Unidade de ação 201 - Projetor de vibrissas. Outras AUs presentes. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1sk8XOq8GaH_XZ1oi4RUxrDeYffLlvrXC/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para o código AU201: Deve haver um movimento cranial das
vibrissas.

UNIDADES DE AÇÃO 202: ELEVADOR DE VIBRISSA

A. Base muscular proposta: O músculo proposto principalmente responsável por elevar as


vibrissas dorsalmente é o elevador do lábio superior. Outros músculos também podem estar
envolvidos nesse movimento, como o orbicular da boca ou os músculos intrínsecos.

B. Mudanças de aparência:
1. As vibrissas giram dorsalmente.
2. Dá a impressão de que as vibrissas estão espalhadas em um plano transversal, pois as
fileiras superiores podem estar mais elevadas do que as fileiras inferiores de vibrissas.
3. Este movimento pode ser combinado com AU200 ou AU201.

Exemplos:

Fig. 59 Unidade de ação 202 – Elevador de vibrissas. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/12fFrdQochrd1mSzswX3FzIpnFSYp7aNd/view?usp=sharing
39

Fig. 59 Unidade de ação 202 – Elevador de vibrissas. (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/12tz9RIchQfaydrIJWMy72mxjguBu1S3X/view?usp=sharing

No clipe em tempo real, AU202 parece ser devido ao mostrar a língua, mas quando assistido
em câmera lenta, pode-se observar uma separação temporal entre os dois movimentos.

C. Critérios mínimos para o código AU202: Deve haver um movimento dorsal claro das
vibrissas, que pode ser mais perceptível nas filas superiores das vibrissas.

D. Diferenças sutis entre AUs para AUs 200, 201 e 202: Em gatos, a cor, comprimento,
forma e direção das vibrissas em uma face neutra mostra alguma variação entre os indivíduos
(Fig. 60). Além disso, alguns indivíduos têm vibrissas que se curvam ligeiramente cranial ou
ventralmente no estado neutro. A perspectiva de onde a imagem é tirada influencia também a
maneira como vemos os movimentos. E assim, pode ser um desafio determinar a posição
neutra das vibrissas e codificar seus movimentos. A comparação cuidadosa com uma imagem
neutra e análises em câmera lenta do movimento podem ajudar a determinar como o
movimento deve ser codificado. Outra questão que pode surgir é entender quando as vibrissas
estão se movendo exclusivamente devido a movimentos do lábio superior ou dos cantos da
boca. Quando o lábio superior é levantado ou os cantos da boca puxados / empurrados, as
vibrissas podem acompanhar este movimento, mas nenhum movimento independente das
vibrissas deve ser visto. Um início / deslocamento diferente pode ser uma pista adicional para
codificar os movimentos das vibrissas. Embora AU200 e AU201 sejam mutuamente
exclusivos, AU202 pode ser visto simultaneamente com AU200 ou AU201, dessa forma a
codificação combinada correspondente deve ser usada.
40

Fig. 60 Variabilidade nas vibrissas entre diferentes indivíduos.

3. DESCRITORES DE AÇÃO

Nesta seção, os Descritores de Ação (ADs) observados em gatos são descritos em


detalhes. Os ADs estão relacionados a movimentos musculares mais amplos ou músculos não
miméticos. Os músculos responsáveis pelos ADs não são inervados pelo nervo facial- VII par
de nervo craniano (Reighard e Jennings, 1901)). Esses movimentos são frequentemente
observados em combinação com AUs, alterando seu resultado visual. Parte A.
Base muscular proposta foi omitida para todos os ADs, pois nenhum movimento está
relacionado à musculatura facial ou a musculatura não foi claramente identificada. Parte D é
abordada quando necessário, para ajudar a distinguir entre ADs ou AUs semelhantes.
Outros movimentos diversos em gatos, como posições da cabeça e dos olhos e status
de visibilidade, podem ser codificados e são aqui brevemente descritos. Para obter
informações adicionais, consulte o manual FACS humano (Ekman et al 2002a).
41

DESCRITOR DE AÇÃO 48: APRESENTAÇÃO DE TERCEIRA PÁLPEBRA

Os gatos têm três pálpebras: superior, inferior e terceira pálpebra (membrana


nictitante). A terceira pálpebra está localizada entre o globo ocular e as pálpebras superior e
inferior. Geralmente fica estática e escondida no canto medial do olho. Sua retração se deve a
um músculo liso que, ao contrário dos músculos faciais, produz movimento involuntário. No
entanto, a protrusão dessa membrana é produzida por fibras de músculo estriado derivadas da
pálpebra superior (Acheson 1938, Gruart et al 1995). A terceira pálpebra pode ser mais ou
menos visível dependendo do indivíduo, mas pode ser vista cobrindo todo o olho. É melhor
vista quando o gato está muito relaxado (por exemplo, dormindo com os olhos ligeiramente
abertos).

B. Mudanças de aparência:
1. A terceira pálpebra desliza sobre o globo ocular a partir do canto medial do olho em
direção ao canto lateral do olho.
2. Torna-se visível ou, em alguns indivíduos onde já é visível, fica ainda mais exposto.
3. Pode deslizar com intensidade diferente sobre cada olho, embora movimentos unilaterais
não tenham sido observados.

Exemplos:

Fig. 61 Descritor de Ação 48 - Exibição da terceira pálpebra.


42

Fig. 62 Descritor de Ação 48 - Exibição da terceira pálpebra. Outras AUs presentes


https://drive.google.com/file/d/1-jY9E92DfKdBtuNT8icR-AshF0U_2nHk/view?usp=sharing

Fig. 63 Descritor de Ação 48 - Exibição da terceira pálpebra. Outras AUs presentes . (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1BdDKzaRWS8A6RfJNe6oybLoD0ztoXlwJ/view?usp=sharing

Fig. 63 Descritor de Ação 48 - Exibição da terceira pálpebra. Outras AUs presentes . (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1_vbfxBFIMoHdoUsPC0Ne7XUMrZzmDzxc/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para o código AD48: A terceira pálpebra torna-se visível ou, nos
indivíduos que já a possuem, torna-se mais visível. Se nenhum movimento for visto, ele deve
ser comparado com uma posição neutra do olho.

D. Diferenças sutis entre AUs / ADs: É frequentemente observado com UA143 e AU145,
mas é distinto destes devido à direção diferente do movimento da pálpebra. Pode passar
despercebido em movimentos muito rápidos ou devido à sua cor ser semelhante à dos olhos
ou a pele ao redor dos olhos.

DESCRITOR DE AÇÃO 68: DILADOR DE PUPILA e DESCRITOR DE AÇÃO 69:


CONSTRITOR DE PUPILA

Em gatos, o tamanho da pupila e, portanto, a quantidade de luz que chega à retina, é


regulada pelo esfíncter liso e pelos músculos dilatadores da íris do olho. O músculo esfíncter
encontra-se próximo à margem pupilar, que ao contrair diminui o tamanho da pupila. As
fibras radiais do músculo dilatador, na contração, aumentam a pupila. A forma de fenda
vertical da pupila se deve à orientação dorso-ventral das fibras musculares que se estendem
até a íris. (Dyce et al., 2010). Esses movimentos involuntários da íris resultam em tamanhos e
formatos diferentes da pupila, o que pode afetar a aparência global do olho e do rosto. Assim,
esses movimentos são descritos como Descritor de Ação 68 e Descritor de Ação 69. Ao
contrário das ações anteriores, este AD não tem um estado neutro por si, mas em vez disso,
deve ser visto como um gradiente de posições dos músculos da íris sobre o olho, mudando o
tamanho e forma da pupila. Esses códigos devem ser aplicados sempre que houver
movimento, visto que não são movimentos muito frequentes.

B. Mudanças de aparência:
43

1. A íris colorida contrai ou dilata a pupila preta, mudando seu tamanho e forma. Quando a
pupila aumenta de tamanho, codifique AU68. Quando a pupila diminuir de tamanho,
codifique AU69.
2. A pupila pode variar entre uma fenda fina circundada pela íris ou pode ocupar todo o olho,
sem deixar a íris visível (Fig. 66).
3. Pode ser um movimento repentino ou gradual.

Exemplos:

Fig. 64 Descritor de ação 68 - Dilatador de pupila.


https://drive.google.com/file/d/1TOrnXyLOYNED2KR6JHsl652nSYyqqUlT/view?usp=sharing

Fig. 65 Descritor de ação 68 - Dilatador de pupila e Descritor de ação 69- Constritor de


pupila. Outras AUs presentes. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1pQx_KgDX21pz8iez5lAeLxKTlmcWG3vK/view?usp=sharing

Fig. 65 Descritor de ação 68 - Dilatador de pupila e Descritor de ação 69- Constritor de


pupila. Outras AUs presentes. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1ywKd92doj6U2GSW8Uv2-eKdNAQfAvG2w/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar AD68 e AD69: Quaisquer alterações no tamanho ou


forma da íris ao redor da pupila.

D. Diferenças sutis entre AUs / ADs: Mudanças no tamanho e forma da pupila são
geralmente muito evidentes, pois há grande contraste entre a pupila preta e a íris clara/
levemente colorida do olho. No entanto, podem ser confundidas com mudanças na direção do
olho ou fechamento/ piscar dos olhos (AU143/ AU145), dessa forma a comparação cuidadosa
com a posição/ forma/ tamanho da pupila antes do movimento é essencial. Procure diferenças
na quantidade de íris visível, controlando a posição das pálpebras em relação à pupila.
44

Fig. 66 Grau de contração dos músculos da íris no olho do gato. No indivíduo superior esquerdo, a íris está
totalmente aberta e a pupila preta preenche todo o olho de forma arredondada. No indivíduo inferior direito, a
íris é fechada sobre o olho, deixando apenas uma pupila em fenda visível.

DESCRITOR DE AÇÃO 19: MOSTRAR A LÍNGUA

B. Mudanças de aparência:
1. A língua é mostrada e atinge pelo menos a porção interna do lábio inferior.
2. A mandíbula deve ser abaixada e os lábios separados. Assim, este AD é codificado
juntamente com AU25 + AU26 ou AU25 + AU27.

Exemplos:
Fig. 67 Descritor de ação 19 - Mostrar língua.
https://drive.google.com/file/d/1363GQKB3RYuKtivj7--VmOxMP4DO73L1/view?usp=sharing

Fig. 68 Descritor de ação 19 - Mostrar língua.


https://drive.google.com/file/d/1yPFsxiWJhCQE-oy-ORUtyVBTLlDGJRtE/view?usp=sharing

Fig. 69 Descritor de ação 19 - Mostrar língua.


https://drive.google.com/file/d/1BncT46AKccDx-TPzaiXHP93MVtGoanU5/view?usp=sharing
45

C. Critérios mínimos para codificar AD19: A ponta da língua atinge o lábio inferior
interno.

D. Diferenças sutis entre AUs / ADs: Ocasionalmente, os gatos relaxam toda a área da boca
incluindo os músculos da língua, pelo que a mandíbula fica ligeiramente para baixo (AU25 +
AU26), há um pequeno espaço entre os lábios e a ponta da língua encontra-se no lábio inferior
e às vezes na região mental (Fig. 66). Também é codificado como AD19.

DESCRITOR DE AÇÃO 190: LÍNGUA PARA BAIXO

Este AD é uma variação de AD19 - Mostrar a língua, que é muito frequentemente


visto em gatos durante o grooming (limpeza/ higienização) ou durante a alimentação.

B. Mudanças de aparência:
1. A língua é projetada além dos lábios e ventralmente.
2. Pode ser visto tocando e lambendo a região mental com a parte ventral da língua (Fig. 70)
ou pode se curvar ventrocaudalmente, criando uma forma convexa com a língua (Fig. 71 e
72).
3. É, geralmente, um movimento muito rápido e repentino.
4. A mandíbula deve ser abaixada e os lábios separados. Assim, este AD é codificado
juntamente com AU25 + AU26 ou AU25 + AU27.

Exemplos:

Fig. 70 Descritor de ações 190 - Língua para baixo. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/19MXGWQ8K228UHNVoSiJAXlV4MkK7OCqL/view?usp=sharing

Fig. 70 Descritor de ações 190 - Língua para baixo. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1wgzYzGN_hivowHAZSL6I1WKw_Nub0drO/view?usp=sharing

Fig. 71 Descritor de ações 190 - Língua para baixo. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1xBY5_TawpVaa2wAYJLceinz3qTDVdQvt/view?usp=sharing
46

Fig. 71 Descritor de ações 190 - Língua para baixo. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1ZwmtbxF9u_y2Xn8ufjFh0KYCpTccKHb-/view?usp=sharing

Fig. 71 Descritor de ações 190 - Língua para baixo. Ainda da fig 72.

C. Critérios mínimos para codificar AD190: A língua é projetada além dos lábios e
ventralmente.

D. Diferenças sutis entre AUs / ADs: Esta AD se distingue de AD19 porque inclui um
movimento ventral claro da língua, enquanto que em AD19 a língua é vista apenas em um
movimento do eixo craniocaudal. Pode ser seguido por outros movimentos da língua,
nomeadamente AD37 ou AD137.

DESCRITOR DE AÇÃO 37: LIMPAR OS LÁBIOS

B. Mudanças de aparência:
1. A língua limpa os lábios desde a linha média da boca até o canto da boca. Em gatos
braquicefálicos, esse movimento lateral é menos aparente.
2. A mandíbula deve ser abaixada e os lábios separados. Assim, este AD é codificado
juntamente com AU25 + AU26 ou AU25 + AU27.
3. Geralmente é um movimento unilateral, assim deve ser codificado como R37 ou L37. Se a
língua estiver lambendo os lábios apenas na linha média, codifique como AD19 - Mostrar
língua.
47

Exemplos:

Fig. 73 Descritor de ação 37 - Limpeza dos lábios. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/1mc6CYSRAZnvg9oEzvVubyYy-bw1qOT38/view?usp=sharing

Fig. 73 Descritor de ação 37 - Limpeza dos lábios. (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/1FAS3_DsLQbuiAL4mPu8cxSFPfr2WmCCR/view?usp=sharing

Fig. 74 Descritor de ação 37 - Limpeza dos lábios. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/1hMsjclYIH7lRvdeaH4xgPW4F3EDXNKs9/view?usp=sharing

Fig. 74 Descritor de ação 37 - Limpeza dos lábios. (Vídeo em câmera lenta)


https://drive.google.com/file/d/1LG3GhoKWw2yy4p5_SyJEHW_puSDJ9o6d/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar AD37: A língua se move da linha média da boca em
direção a um dos cantos da boca. Pode não atingir necessariamente o canto da boca, mas um
movimento caudal ao longo de um dos lábios deve ser visto.

D. Diferenças sutis entre AUs / ADs: Pode ser confundido com AD19 - Mostrar a língua,
mas a principal diferença é que em AD37 a língua desliza para um lado do lábio superior,
passando-o em direção ao canto da boca. Quando comparado com AD190, é facilmente
distinguido, pois em AD37 há um movimento lateral e dorsal da língua e em AD190 a língua
é projetada cranialmente e depois ventralmente.

DESCRITOR DE AÇÃO 137: LAMBER O NARIZ

Este movimento não é descrito no FACS humano, mas em gatos parece ser um
movimento comum, independente do AD37 e, portanto, é descrito aqui como uma ação
separada.

B. Mudanças de aparência:
1. A língua é movida além dos lábios e em um movimento dorsal, esfregando o nariz.
2. A mandíbula deve ser abaixada e os lábios separados. Assim, este AD é codificado
juntamente com AU25 + AU26 ou AU25 + AU27.
48

Exemplos:

Fig. 75 Descritor de ação 137 - Lambida de nariz. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/19A4V04wV1Z8CSyIJBvpTHQvS-oNtT7Y6/view?usp=sharing

Fig. 75 Descritor de ação 137 - Lambida de nariz. (Vídeo em tempo real)


https://drive.google.com/file/d/1CLL3M7WkHwqOUjgz0XZ6Is_tL-Jgheof/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para o código AD137: A ponta da língua atinge o nariz.

D. Diferenças sutis entre AUs / ADs: É um movimento semelhante ao AD19 - Mostrar a


língua, mas aqui a língua chega mais longe e limpa o nariz. Ele pode ser seguido por AD37,
mas deve ser codificado separadamente.

4. DESCRITORES DE AÇÃO DAS ORELHAS

Os Descritores de Ação das orelhas (EADs) são variações da posição neutra devido à
ação da musculatura da orelha. Esses movimentos não são descritos para nenhum primata
(exceto os macacos rhesus), uma vez que sua musculatura auricular não é bem desenvolvida.
Nos gatos, os músculos da orelha são muito bem desenvolvidos e apresentam elevado grau de
complexidade anatômica. Há também um número muito grande de músculos concentrados em
uma pequena área, produzindo movimentos que parecem muito bem controlados e precisos.
Assim, os movimentos da orelha observados em gatos são muito diversos, frequentemente
combinados e parecem ter uma ampla faixa de intensidade.
Os Descritores de Ação foram escolhidos como códigos para os movimentos das
orelhas pelos seguintes motivos: 1) é muito difícil apontar o músculo exato para cada
movimento, devido à alta densidade de músculos ao redor das orelhas; 2) há vários músculos
atuando para produzir o mesmo movimento básico; 3) os pelos longos e densos em algumas
raças de gatos podem dificultar a identificação de alguns movimentos. No entanto, os sinais
auditivos desempenham um papel importante na comunicação dos gatos, dessa forma esta
informação deve ser registrada junto com as expressões faciais.
Os códigos usados nos EADs seguem as mesmas regras usadas para as UAs e seguem
os mesmos números usados para cães no manual DogFACS (Waller et al 2013), devido às
49

suas alterações de aparência idênticas. Como na descrição das AUs, a parte A. A base
muscular proposta é apresentada, mas, adicionalmente, é necessário cuidado, pois a etapa de
estimulação elétrica da metodologia FACS é necessária para identificar com certeza qual
músculo corresponde a cada movimento da orelha. Parte D. Diferenças sutis entre EADs
serão incluídas sempre que necessário.
As duas orelhas possuem movimentos independentes em todos os EADs descritos
neste manual, pelo que os EADs unilaterais devem ser codificados quando observados,
utilizando Esquerda (L) e Direita (R), respectivamente para cada orelha.

Ápice
Borda medial ou cranial
Borda lateral ou caudal

Bolsa Marginal Cutânea

Fig. 75 Anatomia geral do pavilhão auricular.

As orelhas dos gatos conservaram muito bem a forma das orelhas entre as raças (Fig.
76). Como seus ancestrais selvagens, os gatos têm orelhas triangulares em ponta, com a
abertura para a orelha interna voltada cranial e ligeiramente lateralmente. A borda lateral do
pavilhão auricular forma um ângulo suave com a cabeça, que pode variar em gatos
braquicefálicos, onde o espaço entre as orelhas é maior em um estado neutro (Fig. 77). Em
raças de pelo longo, onde o pelo ao redor das orelhas é abundante (ex.: persas), apenas a ponta
das orelhas pode ficar visível quando o gato está voltado para a frente, tornando mais difícil
detectar os movimentos. Existem algumas exceções para este formato de orelha em algumas
raças, como na dobra escocesa, cujas orelhas são dobradas cranialmente. Essas raças não
50

foram incluídas no CatFACS devido à sua raridade. Porém, para a maioria das raças, a
variação observada nas orelhas é principalmente em relação ao tamanho, proporções, espaço
entre as orelhas e quantidade de pelos ao seu redor. As orelhas em pé dos gatos são uma
característica notável, com alta mobilidade e capaz de transmitir mensagens comunicativas
variáveis.

Fig. 77 Variação da posição neutra das orelhas em diferentes indivíduos.

Mesmo que não haja muita variação entre raças e indivíduos, a posição neutra das
orelhas deve ser determinada para cada indivíduo antes de codificar os movimentos das
orelhas. Esta tarefa pode revelar-se difícil devido à mobilidade extremamente frequente das
orelhas desta espécie. Sem a posição neutra das orelhas, é impossível codificar de forma
confiável qualquer movimento e os EADs podem ser confundidos uns com os outros ou com
um movimento em seu ápice retornando ao neutro. Por exemplo, EAD101 – Orelhas para
frente, pode ser codificado por engano quando EAD103 – Achatador de orelhas, está voltando
para o neutro. Uma quantidade mínima de filmagem para um determinado indivíduo pode ser
necessária para se ter uma boa imagem neutra. Um momento ideal para obter uma imagem
neutra adequada das orelhas pode ser quando o gato está relaxado (por exemplo, durante o
sono).
Os gatos também têm movimentos de ouvido reflexivos, que são muito repentinos e
rápidos (menos de 5 qps (quadros por segundo) em um vídeo de 29 qps). No entanto, esses
movimentos não são classificados como EADs, uma vez que são principalmente observados
em resposta a um estímulo tátil (por exemplo, tocar certas partes da orelha que desencadeia
nervos aferentes) (Sherrington 1917) e parecem ser protetores em vez de transportar um sinal.
Embora os movimentos auditivos reflexivos sejam produzidos pelos mesmos músculos
auditivos dos EADs e tenham algumas alterações de aparência em comum, eles não devem ser
codificados como EADs (o que seria muito difícil de qualquer maneira, devido à sua curta
51

duração). Para obter mais informações e uma descrição detalhada dos movimentos reflexivos,
consulte Sherrington (1917).

DESCRITOR DE AÇÃO DA ORELHA 101: ORELHAS PARA FRENTE

A. Base muscular proposta2: Adductor auris inferior, frontoscutilaris, adductor auris


superior, adductor aurius medius, helicis e músculo afastador do ângulo lateral do olho.

B. Mudanças de aparência:
1. As orelhas se movem cranialmente em um movimento de pequena amplitude.
2. Uma pequena diminuição no espaço entre as orelhas e os olhos pode ser perceptível.
3. Pode ser visível alguma tensão nas orelhas, pois parecem mais rígidas e aumentam ainda
mais.
4. A pele e o pelo dentro e caudalmente às orelhas acompanham o movimento em direção ao
crânio.

Exemplos:

Fig. 78 Descritor de ação da orelha 101 – Orelha para frente. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1w-HW3_33RXG_6fhGoWlVaiuAeNs81rNH/view?usp=sharing

Fig. 78 Descritor de ação da orelha 101 – Orelha para frente. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1NW6G8WQujYZ0e_ZEJte2UchdotKYtovu/view?usp=sharing

Fig. 79 Descritor de ação da orelha 101 – Orelha para frente. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1K8oThaGvJ7JnUu16UFUlMOXep_1wkQZi/view?usp=sharing

Fig. 79 Descritor de ação da orelha 101 – Orelha para frente. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1L4o8TXh3NqdBvwOoaVQlZXi0NhZMokSl/view?usp=sharing

2
Para a base muscular proposta para os descritores de ação das orelhas, optou-se pela não tradução, mantendo a base
muscular proposta em latim.

Fig. 80 Descritor de ação da orelha 101 – Orelha para frente. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1OnNWJlco0O_KKeTwqv59xTKNVUOyw8NI/view?usp=sharing
52

Fig. 80 Descritor de ação da orelha 101 – Orelha para frente. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1J-YwOWkdINOrLnSNy9-_-VQRIobaIHqi/view?usp=sharing

Fig. 81 Descritor de ação da orelha 101 – Orelha para frente.


https://drive.google.com/file/d/1CxhG09_DTLGEiLZILaiZb1cHD6Tc2aEL/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar EAD101: As orelhas se movem cranialmente.

D. Diferenças sutis entre EADs: EAD101 é um movimento de pequena amplitude, que pode
ser combinado com outros movimentos de ouvido. Pode ser mais difícil de detectar de uma
vista frontal, mas em uma vista de perfil o movimento deve ser óbvio. Observe o movimento
craniano em si ou a diminuição entre orelhas e olhos na região frontal.

DESCRITOR DE AÇÃO DE EAR 102: ADUTOR DE ORELHAS

A. Base muscular proposta: o intermedius scutulorum musclese contrai para trazer a parte
caudal das orelhas em direção à linha média. Os músculos auricularis superior, abductor
auris longus e abductor auris brevis contraem para trazer a parte cranial das orelhas em
direção à linha média.

B. Mudanças de aparência:
1. As orelhas são puxadas em direção à linha média, diminuindo o espaço entre elas e
assumindo uma posição mais vertical sobre a cabeça com a borda lateral de cada orelha
alinhada com a face (em vista frontal) (Fig. 83).
2. As rugas são formadas na linha média da região frontal ou as rugas existentes são
aprofundadas.
3. O pelo acompanha esses movimentos.
4. A adução das orelhas pode ser dividida nos seguintes submovimentos:
4.1. Adução da parte cranial das orelhas, onde os lados mediais de cada orelha se
movem em direção à linha média. Este movimento está localizado na região frontal. (Figs. 83,
84 e 86);
4.2. Adução da parte caudal das orelhas, onde os lados convexos de cada orelha se
movem em direção à linha média. Esse movimento está localizado na região parietal. (Fig.
87)
53

4.3. Ambos os submovimentos são combinados e a adução das orelhas é observada na


região frontal e parietal. (Fig. 85 e 87)

Exemplos:

Fig. 82 Esquerda: Acionamento auditivo 0. Direita: Acionamento auditivo 102 - Adutor de orelhas.

Fig. 83 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1vmyI2BX4BkKwO-hqQrPYYP9R0pQUHSKc/view?usp=sharing

Fig. 83 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1uxoEvGnJcOLRdAoXa6nZKGeFqP-Yx8Fw/view?usp=sharing

Fig. 84 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas no gato de trás. (Vídeo em tempo
real)
https://drive.google.com/file/d/1FkMTcbqY6nRZEZJjcQaEPOWHNDyvS8Fg/view?usp=sharing

Fig. 84 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas no gato de trás. (Vídeo em câmera
lenta)
https://drive.google.com/file/d/1Uy5CTirAPspc566cXwkUetZQvzqpY2W8/view?usp=sharing

Fig. 85 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1soZYMAOjPug4GE22ur6KtEjRdlOMR41F/view?usp=sharing
54

Fig. 85 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1vpmzInLE-hQyLyrqF-1kxzPaTiiAci92/view?usp=sharing

Fig. 86 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1IAqmDyrEGO-jLIvLtSUmjyyzK866pcck/view?usp=sharing

Fig. 86 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1IAqmDyrEGO-jLIvLtSUmjyyzK866pcck/view?usp=sharing

Fig. 87 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/18wJuDpFGatiCzIFfrVkTv9eVlkzsFbj2/view?usp=sharing

Fig. 87 Descritor de ação de orelha 102- Adutor de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/11KaKMPqJFeBbeeEohb55iEcU-JRlXfmW/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar EAD102: As orelhas se movem em direção à linha


média.

DESCRITOR DE AÇÃO DE ORELHAS 103: ACHATAOR DE ORELHAS

A. Base muscular proposta: O auricularis, abductor auris longus, abductor auris brevis e
levator auris longus muscles estão envolvidos no achatamento das orelhas contra a cabeça.

B. Mudanças de aparência:
1. As orelhas são meio giradas e puxadas caudalmente em direção à região occipital,
diminuindo a abertura da orelha.
2. O pavilhão auricular colapsa em uma forma achatada contra a região parietal,
dobrando a cartilagem da orelha pela bolsa marginal cutânea e cobrindo a abertura da orelha.
Em um perfil frontal, as orelhas podem desaparecer de vista atrás da cabeça.
3. A pele na região frontal e entre as orelhas torna-se esticada e alisada.
4. O pelo abaixo e na orelha segue este movimento.
5. O movimento pode apresentar diferentes graus de intensidade, onde o colapso da
orelha não é tão perceptível.
55

5.1. Em um movimento fraco, as orelhas podem estar apenas dobradas e não


tocar a cabeça.
5.2 Em um movimento forte, as orelhas ficam achatadas contra a região
parietal da cabeça, com o ápice da orelha tocando a cabeça. Quando ambas as orelhas estão
fortemente achatadas contra a cabeça, elas desaparecem de vista (vista frontal) e dão uma
aparência mais arredondada à face, esticando a pele na região frontal e entre as orelhas.

Exemplos:

Fig. 88 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas no gato da direita. (Vídeo em
tempo real)
https://drive.google.com/file/d/17JPTa7N_1z8toLNTbF1QALgsyUgVBvS2/view?usp=sharing

Fig. 88 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas no gato da direita. (Vídeo em
câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1z6xpjN5OQiiBbM_8PuGdiL6pA_ClYcR3/view?usp=sharing

Fig. 89 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1jnBOfnLbxQr4bvEfRzj5pANI_yf2J5n1/view?usp=sharing

Fig. 89 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/19xFWQntP2rG42Bvz5wrPQ8KbpG9pDY2a/view?usp=sharing

Fig. 90 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1cjbqBDKC9jPeUsrotZ3hIN-bZCB_5tBN/view?usp=sharing

Fig. 90 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1gWbE0p4gGfCMtEA4lLpRTfrqweth_d4V/view?usp=sharing

Fig. 91 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/19tBY7_fi1HnI0glVwK1Jk48uB8FPe7mc/view?usp=sharing

Fig. 91 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1gCXgci5_KDbEjvOUG_qThuoE5CGfrYE-/view?usp=sharing

Fig. 92 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas no gato da frente. (Vídeo em
tempo real)
56

https://drive.google.com/file/d/1bW3G6KMch7sRXtbgsan7t52UFhtyqkug/view?usp=sharing

Fig. 92 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas no gato da frente. (Vídeo em
câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1UrfI_UekGoJpn9vHj-8wH5gD9as7iNj2/view?usp=sharing

Fig. 93 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1rh2p0uxn-Nt9dWSv7cSBkB_pKkyHeXUO/view?usp=sharing

Fig. 93 Descritor de ação de orelha 103- Achatador de orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1qcVG7Hw6jA3jy0rQLbFUO4lI9sYINn1z/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar EAD103: As orelhas colapsam em direção à região


occipital.

D. Diferenças sutis entre EADs: Para codificar EAD103, deve haver algum dobramento das
orelhas em direção à região occipital. Um movimento para trás ou de rotação não é suficiente
para codificar EAD103.

DESCRITOR DE AÇÃO DE ORELHAS 104: ROTADOR DE ORELHAS

A. Base muscular proposta: O rotator auris muscle gira a abertura da orelha caudalmente.
Os mesmos músculos do EAD 103 - Achatador de orelhas, também podem estar envolvidos
neste movimento.

B. Mudanças de aparência:
1. As orelhas são giradas com a abertura da orelha virada lateralmente (e depois caudalmente,
embora nem sempre) e a superfície caudal virada medialmente.
2. A forma da abertura da orelha acompanha esse movimento e pode mudar de forma
fechando ou abrindo ligeiramente.
3. A pele na região frontal e entre as orelhas fica esticada. Em uma vista lateral, a pele abaixo
da orelha e caudalmente aos olhos também pode ficar esticada (Fig. 100).
4. O pavilhão auricular pode mudar de forma e tornar-se mais tenso, dando-lhe uma forma
mais ou menos convexa perceptível na superfície externa.
57

5. O pelo abaixo e na orelha segue este movimento.


Exemplos:

Fig. 94 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas, vista traseira.

Fig. 95 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas na orelha direita.
https://drive.google.com/file/d/1BC2_gUo36PHuuPSBAi6BvXfHj5_ZdG7j/view?usp=sharing

Fig. 96 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/13QgiyrTcdZYyVLvrpLO8SAQ3tWbEaYOO/view?usp=sharing

Fig. 96 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1HjOvdOf8FbKxS_06BzmruF0aQSQ_yu2h/view?usp=sharing

Fig. 97 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas na orelha direita.
https://drive.google.com/file/d/1nzszOW-kiQ6KCz2HEuycu7oPsPV3wWTD/view?usp=sharing

Fig. 98 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas.


https://drive.google.com/file/d/1S6FokB80mR71opXy7vIg5duqQUSzpy9U/view?usp=sharing

Fig. 99 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1_Tf6HKuq36d34dzVFTTq1DNuDp0yf04T/view?usp=sharing
58

Fig. 99 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas. (Vídeo em câmara lenta)
https://drive.google.com/file/d/17ZS-9p4dJJ3wOpbLpqcAYOm5mENVd4aH/view?usp=sharing

Fig. 100 Descritor de ação da orelha 104 - Rotador das orelhas.


https://drive.google.com/file/d/1uoGh4ZeOfFN4ACH8AWgaw_qG60jslVhs/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar EAD104: A abertura das orelhas gira lateralmente
enquanto a superfície caudal das orelhas gira medialmente.

D. Diferenças sutis entre EADs: Este movimento parece semelhante à primeira parte do
Achatador de orelhas (EAD103), mas no EAD103 o movimento de rotação é simultâneo ou
imediatamente seguido pelo colapso da orelha contra a cabeça ou dobra da bolsa cutânea. No
EAD104, não há dobramento ou colapso da orelha e esse movimento refere-se apenas à
rotação da abertura da orelha. Também pode ser confundido com Adutor de Orelhas
(EAD102), quando as orelhas estão retornando à posição neutra. A distância entre as orelhas
deve ser comparada com uma posição neutra e observar o grau de enrugamento na região
frontal. Outra situação em que o adutor de orelhas e o rotador de orelhas podem ser
confundidos é quando o movimento de rotação encurta a distância entre as orelhas na região
parietal porque quando a orelha gira, a borda externa das orelhas fica posicionada mais
próxima da linha média parietal. No entanto, o movimento de adução visto na região parietal
não está presente e não há formação de rugas na pele. Quando um adutor de orelha é
observado, se qualquer rotação de orelha for observada simultaneamente, um rotador de
orelha também deve ser codificado.

DESCRITOR DE AÇÃO DE ORELHA 105: ORELHAS PARA BAIXO

A. Base muscular proposta: o submentalis, depressor conchae e tragicus lateralis se


contraem para puxar as orelhas ventralmente.

B. Mudanças de aparência:
1. As orelhas são puxadas ventralmente, deslizando lateralmente na cabeça.
2. A base do pavilhão auricular em cada orelha se afasta uma da outra. A distância entre as
orelhas aumenta.
3. A pele entre as orelhas e na região frontal é esticada e a cabeça fica mais arredondada.
59

4. O pavilhão auricular pode mudar de forma conforme a abertura da orelha fecha ou abre
ligeiramente com o movimento.
5. O pelo próximo às orelhas acompanha o movimento.

Exemplos:

Fig. 101 Descritor de ação da orelha 105 -Orelhas para baixo no gato de trás.
https://drive.google.com/file/d/1e9f0P0XKK2hUdsNBDZWGBqKzpE0s3tJz/view?usp=sharing

Fig. 102 Descritor de ação da orelha 105 - Orelhas para baixo. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1wWcQM000Jq6I4PcxolssJBsOlkKtwTxr/view?usp=sharing

Fig. 102 Descritor de ação da orelha 105 - Orelhas para baixo. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1NIgFfLtglJEDBG5MIuNlp8LMh4a-qhhr/view?usp=sharing

Fig. 103 Descritor de ação da orelha 105 - Orelhas para baixo. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1bHtO98wbxExVBakZnSkboFvkNBcxZ-mx/view?usp=sharing

Fig. 103 Descritor de ação da orelha 105 - Orelhas para baixo. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1N1rgYFLBlXnk23PaT6Mpqbmuc6BuvTCl/view?usp=sharing

Fig. 104 Descritor de ação da orelha 105 - Orelhas para baixo.


https://drive.google.com/file/d/1GCvHJQda-6f4hXVOULMij8EnNdYzexyC/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar EAD105: As orelhas são puxadas ventralmente.

D. Diferenças sutis entre EADs: Este movimento raramente é visto por si mesmo e
frequentemente é combinado com outros movimentos, especialmente o rotador de orelhas
(EAD104). Também faz parte do achatador de orelhas (EAD103), e os mesmos músculos
podem estar envolvidos no movimento. Porém, foi observado de forma independente, onde a
abertura da orelha mantém a mesma direção, mas desliza lateralmente e ventralmente em um
movimento de pequena amplitude. Se as orelhas caírem e ficarem achatadas imediatamente
após um EAD105 codifique apenas EAD103, a menos que haja um aumento na distância
entre as margens mediais das orelhas.
60

DESCRITOR DE AÇÃO DE ORELHA 106: ORELHAS PARA TRÁS

A. Base muscular proposta: Na literatura não há menção clara de um músculo responsável


pelo movimento para trás das orelhas. Este movimento pode ser causado pela contração de um
músculo (ou vários combinados) se inserindo na superfície caudal do pavilhão auricular e
tensionando a cartilagem da orelha, fazendo o movimento caudalmente ou pode ser causado
pela ação dos mesmos músculos atuando no achatamento das orelhas (EAD103) combinado
com o conjunto de músculos das orelhas para frente (EAD101), que evitam que as orelhas
fiquem dobradas. Independentemente de sua ação muscular pouco clara, esse movimento é
descrito aqui como um EAD separado, visto que foi observado independentemente de outros
EADs.

B. Mudanças de aparência:
1. As orelhas giram caudalmente em um movimento de pequena amplitude, parecendo mais
altas e aumentando a abertura da orelha.
2. O ângulo entre as margens da orelha e a região frontal aumenta.
3. A pele na região frontal e ventralmente às orelhas se estende.
4. O pelo acompanha esse movimento.

Exemplo:

Fig. 105 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás.


https://drive.google.com/file/d/1xI1N8sPUc4tHsrQArVw8s5gEbjoMw7db/view?usp=sharing

Fig. 106 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1dRuwGdDHswdiBkiOLc2uVxJRQg3aEldE/view?usp=sharing

Fig. 106 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1AmqeyuoqgJ-OizLepfdPVxfJRtnzoqIv/view?usp=sharing

Fig. 107 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1Gm6WJE1iLQPsgnIJCVcpEHsydszdM3a2/view?usp=sharing

Fig. 107 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/15d33Zg9yIeJ-h6z-xC4gLqBESj1SCdsQ/view?usp=sharing
61

Fig. 108 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/16YA_ojLLrm5TNaPu0u_-kJ7SKmy_MWlN/view?usp=sharing

Fig. 108 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1XhBGk9XhV3RA2E01qKyAxfJqtqqHi8ca/view?usp=sharing

Fig. 109 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás.


https://drive.google.com/file/d/1g504La8w2oMA1wKnjw3YHzmqUfOWrmWh/view?usp=sharing

Fig. 110 Descritor de ação da orelha 106 – Orelhas para trás.


https://drive.google.com/file/d/1wWm46uDmsaAtQI0JznZmxWyqjssw3TuW/view?usp=sharing

C. Critérios mínimos para codificar EAD106: As orelhas giram caudalmente.

D. Diferenças sutis entre EADs: Este movimento pode ser confundido com um EAD101-
Orelhas para frente, quando o ouvido está voltando para uma posição neutra. O exame
cuidadoso da posição neutra e dos movimentos anteriores e subsequentes ajuda a decidir se
um EAD105 deve ser codificado. Também pode se assemelhar ao movimento do adutor das
orelhas (região parietal), mas o espaço entre as orelhas não diminui e não há formação de
rugas.

DESCRITOR DE AÇÃO DE EAR 107: CONSTRITOR DE ORELHAS

A. Base muscular proposta: os músculos antitragus e conchaeus externos atuam para


contrair o pavilhão auricular e diminuir o espaço entre as duas margens da orelha.

B. Mudanças de aparência:
1. As margens lateral e medial da orelha se movem uma em direção à outra, diminuindo a
abertura da orelha.
2. As orelhas parecem mais delgadas, mais altas e pontudas.
3. A distância entre as orelhas pode aumentar ou diminuir à medida que o pavilhão auricular
se contrai.

Exemplos:
62

Fig. 111 À esquerda: Descritor da ação da orelha 0. À direita: Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das
orelhas.

Fig. 112 Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das orelhas. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1gyppD5ukOqJu-AsiMk3xHQOJg_TYdZ1E/view?usp=sharing

Fig. 112 Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das orelhas. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1L27VCa844g0GAaWQ0J54knJT_1fDre7P/view?usp=sharing

Fig. 113 Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das orelhas.


https://drive.google.com/file/d/1_CTihWHWaCcotFdjJnU1SmxiPMGMaDTy/view?usp=sharing

Fig. 114 Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das orelhas no gato da esquerda.
https://drive.google.com/file/d/1VRzeeudVys2lPoZWtVh_9uApPkP2ZloA/view?usp=sharing

Fig. 115 Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das orelhas no gato de trás. (Vídeo em
tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1dunNaI0rCGT1ezJiI13FtIUPyBlWpeTd/view?usp=sharing

Fig. 115 Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das orelhas no gato de trás. (Vídeo em
câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/18uAJBeZXYRAqXPXvjkAD4kV92cJzwkUz/view?usp=sharing

Fig. 116 Descritor da ação da orelha 107 - Constritor das orelhas no gato da esquerda.
https://drive.google.com/file/d/1EfB9e3MfDP8f8tPfAJrzJkMJzVLkqwh9/view?usp=sharing
63

C. Critérios mínimos para codificar EAD107: As margens da orelha se movem uma em


direção à outra e a abertura da orelha diminui.

D. Diferenças sutis entre EADs: Este movimento pode aumentar ligeiramente ou diminuir o
espaço entre as orelhas devido ao movimento das margens mediais, o que pode levar a
codificar incorretamente um adutor de orelha (EAD102), rotador de orelha (EAD104) ou
orelha para baixo (EAD105), uma vez que todos envolvem movimentos laterais das orelhas.
Porém, nesses três movimentos, o tamanho da abertura da orelha não deve mudar
significativamente e, portanto, ambas as margens da orelha acompanham o movimento. A
melhor forma de identificar esse movimento é verificando o tamanho da base da orelha.

4.1. COMBINAÇÕES DE DESCRITORES DE AÇÃO DAS ORELHAS

Todos os movimentos anteriores da orelha foram observados independentemente no


gato. No entanto, esses movimentos são frequentemente combinados entre eles, então
exemplos de combinações frequentes são mostrados a seguir.

- EAD 101 ORELHAS PARA FRENTE + EAD102 ADDUTOR DE ORELHA.

Fig. 117 EAD 101 - Orelhas para frente combinadas com EAD102 - Adutor de orelhas.
(Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1VNtbOFESiV9viNAUfmitEgusinwCSkd4/view?usp=sharing

Fig. 117 EAD 101 - Orelhas para frente combinadas com EAD102 - Adutor de orelhas.
(Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1_wQFe2Pjc4Rfh947Po_te5nrTatAsplB/view?usp=sharing

Fig. 118 EAD101 - Orelhas para frente combinadas com EAD102 - Adutor das orelhas.
https://drive.google.com/file/d/1xBjgMEFAlo7Ramrc8zr5TwMljpKl4VB4/view?usp=sharing

- EAD101 ORELHAS PARA FRENTE + EAD105 ORELHAS PARA BAIXO

Fig. 119 EAD101 - Orelhas para frente combinadas com EAD105 - Orelhas para baixo.
Esquerda: EAD101 + 105 (Vídeo em tempo real)
64

https://drive.google.com/file/d/1f0ygANmo7EHQXU3mLzBCtkKCRc9aiIs9/view?usp=sharing

Fig. 119 EAD101 - Orelhas para frente combinadas com EAD105 - Orelhas para baixo.
(Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1rJdZu0oMclzZRD0RcWz1oYxO1nxSzaiK/view?usp=sharing

Fig. 120 EAD101 - Orelhas para frente combinadas com EAD105 - Orelhas para baixo.
(Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/15n_gsqCBooFQSfDPsBC-ypGPKRKvKY9W/view?usp=sharing

Fig. 120 EAD101 - Orelhas para frente combinadas com EAD105 - Orelhas para baixo
(Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1fCPxAUPoB4znlpsHdnEs2J28hLfaafnI/view?usp=sharing

- EAD102 ADUTOR DE ORELHAS + ROTADOR DE ORELHAS EAD104

Fig. 121 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD104 - Rotador de orelhas.

Fig. 122 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD104 - Rotador de orelhas.
https://drive.google.com/file/d/1tetu96efSF8N9-MqLzMbAnYiYBCaXUAv/view?usp=sharing

Fig. 123 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD104 - Rotador de orelhas.
https://drive.google.com/file/d/1r2wa8tvxlqOXWcnkCJydqXPxzJp2J5EK/view?usp=sharing
65

Fig. 124 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD104 - Rotador de orelhas.
https://drive.google.com/file/d/1KrFucVtv2Z4VEUdwxVx5OCgJPCHKW074/view?usp=sharing

Fig. 125 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD104 - Rotador de orelhas.
https://drive.google.com/file/d/1oVcxq8BoHbDrsPpPBipKZWysnHJtTSZk/view?usp=sharing

- EAD102 ADUTOR DE ORELHAS + EAD106 ORELHAS PARA TRÁS

Fig. 126 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD106 - orelhas para trás. (Vídeo em
tempo real).
https://drive.google.com/file/d/1pwgJ2hbkXjUpqToosYX9_K283SZLaIvi/view?usp=sharing

Fig. 126 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD106 - orelhas para trás. (Vídeo em
câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1waq1xVKB0lkkr0Dk6Nzv2N-hV2VChTtK/view?usp=sharing

Fig. 127 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD106 - Orelhas para trás. (Vídeo
em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1PPshbmOG0tLyUByrfmmA53us_2T2JUf7/view?usp=sharing

Fig. 127 EAD102 - Adutor de orelhas combinado com EAD106 - Orelhas para trás. (Vídeo
em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1-QFNzy6kAma0kX8OK6WCxxz1vOQ536PR/view?usp=sharing
66

- EAD104 ROTADOR DE ORELHAS + EAD105 ORELHAS PARA BAIXO

Fig. 128 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo. Orelhas neutras na
imagem superior esquerda. EAD104 + 105 nas imagens superior, direita e inferior.

Fig. 129 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo. (Vídeo
em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1Q_OsRNyrbHVICRjOrcHzCdaodxtFD19U/view?usp=sharing

Fig. 129 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo. (Vídeo
em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1mS6Hph9icZ8XLkiLvq6U4RATbWct_o-M/view?usp=sharing

Fig. 130 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo. (Vídeo
em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1Rwmy3R_s9G0AuI7Ft-_bbiomxQ0fxu9I/view?usp=sharing

Fig. 130 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo. (Vídeo
em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1xbRNDQlm_yZZlWloXZf-ssZj44Wfe1R8/view?usp=sharing
67

Fig. 131 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo no gato
da direita. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1AJJgeMXwDMM8rUepnIqlCWByNVenYBAY/view?usp=sharing

Fig. 131 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo no gato
da direita. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1JhgKcKyddlKOFLSRShOG_GOVQvcdJk5H/view?usp=sharing

Fig. 132 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo. (Vídeo
em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/1f1i0lP0Dep8gpuftf9AFFJhOxFkx7yPZ/view?usp=sharing

Fig. 132 EAD104 - Rotador de orelhas combinado com EAD105 - Orelhas para baixo. (Vídeo
em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1JwJVyQ3pkbYEULulQv6fLgOdGE0BjnVE/view?usp=sharing

5. CÓDIGOS DE DIREÇÃO DA CABEÇA E DOS OLHOS

A perspectiva de visualização ideal para codificar as mudanças de direção da cabeça e


dos olhos é no perfil frontal no nível do rosto. Porém, esta situação ideal raramente é possível,
assim, o ângulo da câmera deve ser sempre levado em consideração. Movimentos sutis da
cabeça e dos olhos não devem ser codificados; esses códigos devem ser aplicados apenas a
exemplos de mudanças distintas na orientação da posição inicial central.
Em humanos, o contraste entre a esclera (parte branca do olho) e a íris (parte colorida)
torna os movimentos dos olhos muito óbvios e fáceis de codificar. Em gatos, a esclera
raramente é vista, pois a íris cobre a maior parte do olho. Quando a pupila está dilatada e
cobre todo o olho, as mudanças de direção do olho são mais difíceis de codificar, uma vez que
não há uma pista óbvia desse movimento. Quando a pupila está contraída (em fenda),
geralmente é mais fácil codificar os deslocamentos do olhar, uma vez que o contraste entre a
íris colorida e o movimento da pupila preta fornece uma pista óbvia para codificar a direção
do olho. Quando os olhos estão semicerrados, pedaços da esclera são visíveis em ambos os
cantos do olho (se os olhos e a cabeça tiverem a mesma orientação). Quando a abertura é
máxima, nenhuma esclera pode ser vista (se os olhos e a cabeça tiverem a mesma orientação).
68

A direção do olhar pode ser percebida pelo movimento da pupila e por pequenas porções da
esclera nos cantos dos olhos.
Se os olhos acompanharem o mesmo movimento da cabeça em uma posição central,
não codifique nenhum movimento dos olhos. Por exemplo, se você vir a cabeça virando para
a esquerda simultaneamente com os olhos virando para a esquerda codifique apenas 51-
Cabeça vire à esquerda; e não codifique 61 - Os olhos viram à esquerda.
Outra situação que pode causar confusão é quando os olhos se movem e a cabeça fica
em uma posição central, mas parece que a cabeça também se moveu devido ao movimento
dos olhos. Ou na situação oposta, a cabeça se moveu, mas os olhos estão voltados para a
câmera em uma posição central e dá a impressão de que a cabeça não se moveu. Nessas
situações, os olhos devem ser cobertos e a imagem reanalisada e a atenção especial deve ser
dada à quantidade de íris visível entre a pupila e as pálpebras.
Alguns exemplos são fornecidos abaixo para o gato, mas para informações mais
detalhadas, consulte FACS humano (Ekman et al., 2002).

DESCRITOR DE AÇÃO 51: CABEÇA VIRADA PARA A ESQUERDA

A cabeça se move para a esquerda ao longo de um eixo vertical.


Exemplos:

Fig. 133 Descritor de ação 51 – Virar a cabeça à esquerda.


https://drive.google.com/file/d/1JtWbTmHwKGRpZlaZEKwapzYo9hqYVSyQ/view?usp=sharing

DESCRITOR DE AÇÃO 52: CABEÇA VIRAR PARA A DIREITA

A cabeça se move para a direita ao longo de um eixo vertical.


Exemplos:

Fig. 134 Descritor de ação 52 - Virar a cabeça para a direita sobre o gato à esquerda.
https://drive.google.com/file/d/17hKEuNHgTDlmPeo9774bHNsPWQZO8Bui/view?usp=sharing

DESCRITOR DE AÇÃO 53: LEVANTAR DA CABEÇA


69

A cabeça se move para cima.

DESCRITOR DE AÇÃO 54: CABEÇA BAIXA

A cabeça se move para baixo.

DESCRITOR DE AÇÃO 55: INCLINAÇÃO DA CABEÇA PARA A ESQUERDA

A cabeça se inclina para o lado esquerdo.


Exemplo:

Fig. 135 Descritor de ação 55 - Inclinação da cabeça para a esquerda.


https://drive.google.com/file/d/1FB5HH-9DO42LQTMTTwXczY00K0WgCbi2/view?usp=sharing

DESCRITOR DE AÇÃO 56: INCLINAÇÃO DA CABEÇA PARA A DIREITA

A cabeça se inclina para o lado direito.

DESCRITOR DE AÇÃO 57: CABEÇA PARA FRENTE

A cabeça se move para frente, para longe do corpo.


Exemplos:

Fig. 136 Descritor de ação 57 - Cabeça para frente.


https://drive.google.com/file/d/1brZUS18Mc5Q-u5Tmmpx95m7ksC2epdSI/view?usp=sharing

DESCRITOR DE AÇÃO 58: CABEÇA PARA TRÁS

A cabeça se move para trás, em direção ao corpo.


Exemplo:

Fig. 137 Descritor de ação 58 – Cabeça para trás


https://drive.google.com/file/d/1CcTQb8ly8VUzgaQSePjaHSfZx0QrsYoL/view?usp=sharing
70

DESCRITOR DE AÇÃO 61: OLHOS GIRAM PARA A ESQUERDA

Os olhos se movem para a esquerda. Em movimentos fortes, pode mostrar a esclera do


lado direito do olho.

DESCRITOR DE AÇÃO 62: OLHOS VIRAM PARA A DIREITA

Os olhos se movem para a direita. Em movimentos fortes, pode mostrar a esclera do


lado esquerdo do olho.

DESCRITOR DE AÇÃO 63: OLHOS PARA CIMA

Os olhos se movem para cima.


Exemplo:

Fig. 138 Descritor de ação 63 - Olhos para cima.

Fig. 139 Descritor de ação 63 - Olhos para cima. (Vídeo em tempo real)
https://drive.google.com/file/d/18_vlaZXBJxQWoBS-FmPaT6S82xfmk46W/view?usp=sharing

Fig. 139 Descritor de ação 63 - Olhos para cima. (Vídeo em câmera lenta)
https://drive.google.com/file/d/1hknedQ2zQdZDT3_bBaWaxaP53ck0Ut0U/view?usp=sharing
71

DESCRITOR DE AÇÃO 64: OLHOS PARA BAIXO

Os olhos se movem para baixo.

6. CÓDIGOS DE COMPORTAMENTO BRUTO

DESCRITOR DE AÇÃO 40: FAREJAR

Esta AD se refere ao ato de cheirar, onde se observa movimento global com


intensidade variada no lábio superior, nariz e narinas. Deve ser dada uma atenção especial
para este movimento para não codificar erroneamente outras AUs de boca e nariz.

Exemplos:

Fig. 140 Descritor de ação 40 – Farejar


https://drive.google.com/file/d/1tlAAYK3OVCXboxKiTRLR0UZCKvsJpbdL/view?usp=sharing

Fig. 141 Descritor de ação 40 – Farejar


https://drive.google.com/file/d/1CWpCXJbBo2Lt-hvhGB_2EAJqNmPSkvXN/view?usp=sharing

Fig. 142 Descritor de ação 40 – Farejar


https://drive.google.com/file/d/1V0xJagOHHdO_nGoW3d5wORjI2bEMJfyP/view?usp=sharing

Fig. 143 Descritor de ação 40 – Farejar


https://drive.google.com/file/d/1d8KzDVcfgSyBevq1T6JTHhs8Mi6nu-Ql/view?usp=sharing

DESCRITOR DE AÇÃO 50: VOCALIZAÇÕES

Os gatos exibem uma variedade de vocalizações e a maioria delas afeta o movimento


da boca e do nariz, o que deve ser levado em consideração ao codificar o comportamento
facial.
Exemplo:

Fig. 144 Descritor de ação 50 - Vocalizações.


72

https://drive.google.com/file/d/1dr6R9rbzTN2rmHSZkBvGMEeLoqQRNDXr/view?usp=sharing

Fig. 145 Descritor de ação 50 - Vocalizações.


https://drive.google.com/file/d/1Tj1DgqeyiFRsQdd-U7soS8j1ppZGrMpJ/view?usp=sharing

DESCRITOR DE AÇÃO 81: MASTIGAÇÃO

O comportamento da mastigação durante a alimentação envolve vários AUs e ADs


descritos anteriormente. No entanto, AD81 deve ser codificado junto com outras AUs e ADs
sempre que ocorrer.

Exemplos:

Fig. 146 Descritor de ação 81 - Mastigação.


https://drive.google.com/file/d/1k6RPnE84RPXgvwVuqoqmPzmwkaVC5naa/view?usp=sharing

DESCRITOR DE AÇÃO 126: ARQUEJAR

Esse comportamento não é visto com frequência em gatos e geralmente está associado
a uma resposta clínica ao estresse (Kahn e Line, 2007), embora também possa ser
simplesmente termorregulação (Anrep e Hammouda, 1932).

DESCRITOR DE AÇÃO 119: LAMBER

Este AD se refere ao ato de lamber algo (objeto, pessoa, lamber a si mesmo) e deve ser
codificado em vez de AD19 - Mostrar a língua ou outros ADs relacionados à língua.

Exemplo:

Fig. 147 Descritor de ação 119 - Lamber.


https://drive.google.com/file/d/1jpbZOPf6j7fjOmvu10xBse5pvt1m79DS/view?usp=sharing
73

DESCRITOR DE AÇÃO 160: AGITAÇÃO DO CORPO

Quando o corpo e / ou a cabeça são torcidos, sacudindo a cabeça e a pele do tronco,


meia-rotação da cabeça e / ou tronco repetidamente em um eixo craniocaudal (ex .: quando
molhado). Os movimentos da orelha durante ou imediatamente após o AD160 não devem ser
codificados, pois não são resultados da ação muscular.

Exemplo:

Fig. 148 Descritor de ação 160 – Agitação do corpo.


https://drive.google.com/file/d/16PSYPA3R7w_dzGt2z7ZdXCwGfs-II8xa/view?usp=sharing

7. OUTROS CÓDIGOS ÚTEIS

DESCRITOR DE AÇÃO 70: REGIÃO FRONTAL NÃO VISÍVEL

Quando a sobrancelha e a região frontal não podem ser claramente vistas e


codificadas.

DESCRITOR DE AÇÃO 71: OLHOS NÃO VISÍVEIS

Quando os olhos não podem ser claramente vistos e codificados.

DESCRITOR DE AÇÃO 72: FACE INFERIOR NÃO VISÍVEL

Quando a parte inferior da face não pode ser claramente vista e codificada.

DESCRITOR DE AÇÃO 73: TODA A FACE NÃO VISÍVEL

Quando todo o rosto está fora de vista e não pode ser claramente visto e codificado.

DESCRITOR DE AÇÃO 74: NÃO PONTUÁVEL


74

Quando parece que há algo para codificar, mas por qualquer motivo (por exemplo,
movimento e desfoque da filmagem), as AUs precisas não podem ser claramente observadas e
codificadas. Este código só deve ser usado para toda a área facial e não para problemas
unilaterais de visibilidade.

8. UNIDADES DE AÇÃO NÃO IDENTIFICADAS EM GATOS

UNIDADE DE AÇÃO 1 e 2: LEVANTADOR INTERNO DA TESTA E


LEVANTADOR EXTERNO DA TESTA

O músculo frontal, responsável por esse movimento em humanos, também está


presente em gatos, mas com uma posição anatômica diferente (fig. 1). Além disso, os gatos
não apresentam sobrancelhas, sobrancelhas protuberantes ou quaisquer protuberâncias
superciliares, características que em outras espécies são cruciais para identificar esses
movimentos. Os movimentos observados na região frontal da face do gato estão relacionados
aos movimentos das pálpebras superiores (músculo corrugador do supercílio) ou são devidos
aos movimentos da orelha que puxam a pele da região frontal dorsalmente (por exemplo,
músculo frontoscutilar).

UNIDADE DE AÇÃO 4: ABAIXAR A TESTA

Em humanos, esse movimento abaixa as sobrancelhas e enruga a glabela. Em gatos, as


áreas da glabela e superciliar podem ser abaixadas com um AU109 + 110 muito fortes pelo
músculo levantador nasolabial, mas nenhum movimento independente foi observado. Além da
ausência das características superciliares descritas acima, os gatos não têm nenhum músculo
que tracione especificamente a pele superciliar em direção à linha média ou que tracione a
glabela ventralmente. As rugas verticais observadas na glabela estão presentes sempre que os
olhos são abertos e são formadas pela contração do corrugador do supercílio (ver também 1.3.
Seção), agindo assim como um falso indicador. Esta ondulação é muito clara quando AU5
está atuando, mas não foi observada como um movimento independente.

UNIDADE DE AÇÃO 7: APERTADOR DE PALPEBRA


75

Conforme descrito na seção 1.3, a área dos olhos é anatomicamente e


morfologicamente muito diferente em humanos e gatos. O músculo orbicular do olho em
humanos possui duas bandas musculares, onde a banda interna cobre as pálpebras, produzindo
AU7 ao se contrair. Nos gatos, o músculo orbicular do olho não possui bandas musculares
internas e externas, assim, a abertura ocular é estreitada ao fechar os olhos (AU143 / AU145)
e não apertar as pálpebras.

UNIDADE DE AÇÃO 11 e 14 AUMENTO DE PROFUNDIDADE DA REGIÃO


NASOLABIAL e “COVINHAS”

Embora os músculos responsáveis por esses dois movimentos em humanos estejam


presentes em gatos (músculo zigomático e músculo bucinador, respectivamente), as
características morfológicas faciais do gato são significativamente diferentes e, portanto, essas
unidades de ação não puderam ser observadas.

UNIDADE DE AÇÃO 13: CANTOS DA BOCA LIGEIRAMENTE REPUXADOS


PARA CIMA

Embora o músculo responsável por esse movimento em humanos também esteja


presente em gatos (músculo canino), ele tem uma posição relativa anatômica diferente e,
portanto, uma função distinta. O músculo canino em gatos parece estar envolvido na elevação
do lábio superior e na retração dos bigodes. Dependendo da posição da mandíbula ou do
ângulo da câmera, pode parecer que o canto dos lábios está sendo puxado bruscamente
dorsalmente, mas este é um falso indicador, pois o movimento em si não foi observado em
gatos.

UNIDADE DE AÇÃO 15 e 20: DEPRESSOR DO CANTO DOS LÁBIOS e


ALONGAMENTO DE LÁBIOS

Essas duas AUs são observadas em humanos quando os músculos depressor do ângulo
da boca e risório, respectivamente, se contraem. Em gatos, esses músculos estão ausentes e
nenhum movimento correspondente foi observado.

UNIDADE DE AÇÃO 22, 23, 24 e 28: COMPRESSÃO DOS LÁBIOS MOSTRANDO


OS DENTES, COMPRESSÃO DA BOCA, PRESSÃO COMPRESSIVA DOS LÁBIOS e
LÁBIOS COMPRIMIDOS PARA O INTERIOR DA BOCA
76

Todas essas AUs são produzidas pelo músculo orbicular da boca em humanos. O
mesmo músculo está presente em gatos, mas nenhuma dessas unidades de ação foi observada.
Isso provavelmente se deve ao tamanho e morfologia diferentes dos lábios do gato, que são
finos e se exibem em eversão. A ondulação para fora ou a sucção dos lábios também não foi
observada, o que indica que os gatos possuem lábios com baixíssima mobilidade.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, conclui-se que o Manual CatFACS é uma ferramenta que poderá
servir como base para estudos futuros que considerem questões de comportamento e
expressão facial. O intuito do manual não foi associar os códigos com as emoções dos gatos,
mas poderá auxiliar outros estudos que visem essa proposta. Assim como a escala de dor em
gatos, outros estudos poderão trabalhar as unidades de ação, descritores de ação e descritores
de ação de orelhas do manual CatFACS.

10. GLOSSÁRIO

Abdução: o movimento de uma estrutura (parte do corpo ou músculo) para longe do plano
mediano do corpo.
Adução: o movimento de uma estrutura (parte do corpo ou músculo) em direção ao plano
mediano (em direção ao corpo).
Aponeurose: tendão em forma de folha plana, servindo principalmente para conectar os
músculos em sua origem ou inserção ou para unir os músculos.
Atlas: primeiras vértebras cervicais, C1.
Cartilagem: uma forma de tecido conjuntivo, firme e elástico.
Tegumento comum = Pele
Côndilo: um processo arredondado em um osso para articulação.
Plano dorsal: Plano referencial ao longo de todo o comprimento do tronco individual,
paralelo ao dorso e ao ventre, dividindo o corpo em segmentos dorsal (superior) e ventral
(inferior).
Eminentia conchae: proeminência na superfície craniana do pavilhão auricular.
Orelha externa = Aurícula = Pinna = Concha
77

Nervo Facial: (Nervo Facial) É o sétimo nervo craniano que supre a maior parte dos
músculos da cabeça exceto os da mastigação, e destes supre o digástrico. Ele deixa a borda
lateral do corpo trapézio no cérebro, perto de sua borda cranial, entre o quinto e o oitavo
nervos, irradiando para a face.
Indicador falso: quando uma dica usada para identificar uma UA já está presente na
aparência da face neutra de um determinado indivíduo.
Fáscia: Folhas de tecido conjuntivo, principalmente da variedade fibrosa branca, envolvendo
os músculos e se adaptando às mudanças de forma dos músculos. Ele permite que os órgãos
vizinhos mudem de forma e movam-se facilmente uns contra os outros, e fornece origem e
fixação para alguns músculos.
Forame: um orifício que permite a passagem de sangue ou vasos.
Glabela: espaço da região frontal entre as vibrissas superciliares.
Músculos miméticos: inervados pelo nervo facial (nervo craniano VII).
Pina: projeção da parte externa da orelha que é visível.
Rafe: uma crista ou estrutura semelhante a uma costura.
Rotação: O movimento de uma peça ao longo de sua eixo longo.
Tendão: cordão branco composto por feixes de colágeno de diferentes diâmetros e
comprimentos em arranjos paralelos. Esses feixes são as continuações diretas dos
componentes do tecido mole do músculo, com grande força de tração e aderem ao osso ou
cartilagem.
Plano transversal: Plano referencial perpendicular ao plano dorsal. Ele divide o corpo
individual em segmentos cranial (frontal) e caudal (posterior).
Transversal: igual à horizontal.
Almofadas dos bigodes = almofadas místicas: as porções mais salientes do lábio superior,
onde as vibrissas são fixadas. Eles servem como ponto de fixação para os músculos faciais e
estão envolvidos nos movimentos das vibrissas.
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11. BIBLIOGRAFIA

1. Burrows, A. M., Diogo, R., Waller, B. M., Bonar, C. J., & Liebal, K. (2011). Evolution of
the muscles of facial expression in a monogamous ape: Evaluating the relative influences of
ecological and phylogenetic factors in hylobatids. The Anatomical Record: Advances in
Integrative Anatomy and Evolutionary Biology, 294(4), 645–663.

2. Caeiro, C., Waller, B. M., Zimmermann, E., Burrows, A. M., & Davila-Ross, M. (2013).
OrangFACS: A muscle-based facial movement coding system for orangutans (Pongo
spp.). International Journal of Primatology, 34(1), 115-129.

3. Waller, B. M., Bard, K. A., Vick, S. J., & Smith Pasqualini, M. C. (2007). Perceived
differences between chimpanzee (Pan troglodytes) and human (Homo sapiens) facial
expressions are related to emotional interpretation. Journal of Comparative Psychology,
121(4), 398.

4. Waller, B. M., Caeiro, C. C., Peirce, K., Burrows, A. M., & Kaminski, J. (2013). The Dog
Facial Action Coding System Manual. http://www.DogFACS.com

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