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CÂMPUS DE JABOTICABAL
Médica Veterinária
2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP
CÂMPUS DE JABOTICABAL
2018
Nogueira, Carolina Silveira Lustosa
N778i A importância da inclusão do médico veterinário no Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (NASF) / Carolina Silveira Lustosa
Nogueira. – – Jaboticabal, 2018
xvii, 58 p. : il. ; 29 cm
CDU 619:614:636.09-051
Aldous Huxley
DEDICO
Aos meus amados pais, Fátima e Delson, por me darem a vida e por todas
oportunidades oferecidas.
Ao meu namorado, Júlio, por todo amor e companheirismo.
Ao meu irmão, Francisco, por todo apoio e carinho.
À minha avó, Vanir, por todo incentivo.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Delson e Fátima, por toda dedicação, amor e carinho. Vocês são
admiráveis. Obrigada pela vida, pela formação que eu tive e tenho. Amo muito
vocês.
Ao meu irmão, Francisco, pelo companheirismo e apoio. Você é meu orgulho. Amo
você.
Ao meu namorado, Júlio, por todos os momentos felizes e por tudo que vivemos e
superamos. Amor da minha vida! Obrigada por eu estar viva.
À minha avó, Vanir, por ser essa fortaleza de pessoa. Espero ainda viver muito
tempo junto de você.
Aos meus avós, Nineto, Quinca e Ivone por todos ensinamentos e momentos
memoráveis.
Aos meus tios, David e Claudia, que sempre me apoiaram. Entre suturas e
restaurações sempre “reparam” a criança terrível que fui.
Aos meus tios, Belo, Coco, Sílvia, Dalmo, Desirre, pela infância incrível que tive.
Aos meus primos, Edem, Maria Fernanda e João Paulo e Pedrinho, por todos
momentos de “primaiada” reunida. Sou muito feliz por vocês fazerem parte da minha
vida.
À minha amiga Vanessa, pelo amor e carinho de irmã, por nunca desistir da minha
amizade e lutar sempre junto comigo.
À minha orientadora, Adolorata, por acreditar e confiar em mim mesmo com todas as
turbulências da vida durante o período do mestrado. Te admiro muito.
Aos amigos de pós graduação, Ana, Valen, Andres e Coti por tornarem os dias de
mestrado muito mais alegres, com muita batchata e salsa.
Aos amigos Eric e Carol, por nossos momentos de produzir ciência e também os de
diversão juntos.
À todos os seres vivos que de alguma maneira, direta ou indireta, me deram forças
para sobreviver. A luta muito grande e toda a positividade emanada foi fundamental
para que eu pudesse permanecer aqui, para que eu me recuperasse rapidamente
não só para concluir esta pesquisa, mas principalmente por voltar a viver. Serei
eternamente grata a todos. Muitíssimo obrigada!
ix
SUMÁRIO
Assunto Página
RESUMO................................................................................................... x
ABSTRACT............................................................................................... xi
LISTA DE QUADROS............................................................................... Xv
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................. 2
3 OBJETIVOS........................................................................................... 13
4 METODOLOGIA..................................................................................... 14
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 18
5.1.3 Leptospirose.................................................................... 26
5.1.4 Dengue............................................................................ 28
6 CONCLUSÃO......................................................................................... 40
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................... 41
8 REFERÊNCIAS...................................................................................... 43
ANEXO 1................................................................................................... 51
ANEXO 2................................................................................................... 57
xi
LISTA DE ABREVIATURAS
AB Atenção Básica
MS Ministério da Saúde
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
A Atenção Primária em Saúde (APS), por ser a principal porta de entrada da
população brasileira no Sistema Único de Saúde (SUS), deve estar em constante
reestruturação. Dessa maneira, deve visar o aumento da cobertura populacional
assim como garantir qualidade no atendimento e realizar ações com resultados
positivos junto à população no sentido de diminuir riscos e danos causados, por
exemplo, por doenças e agravos de notificação compulsória.
Doenças de caráter zoonótico e/ou envolvendo vetores podem ser
endêmicas, estar emergindo ou reemergindo em todo o Brasil. Por se tratar de
doenças e agravos envolvendo animais e vetores, o médico veterinário que atua na
área de Saúde Pública pode e deve planejar ações de prevenção de enfermidades e
proteção à saúde entre suas atividades, para garantir segurança à saúde da
população.
A APS tem sido cada vez mais valorizada e apresentou crescente expansão
nos últimos anos, desde o seu surgimento, no que se refere ao número de equipes
de Saúde Família (eSF), o que, consequentemente tem gerado maiores demandas
ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), denominado Núcleo Ampliado de
Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB), a partir de 2017.
Em 2011, a Medicina Veterinária foi incluída no grupo de profissões que
podem compor o Nasf-AB. A interdisciplinaridade da equipe desse núcleo favorece a
atuação do médico veterinário como um profissional importante na promoção à
saúde, prevenção e controle de doenças/agravos, em particular as zoonoses,
representando relevante papel na construção da Atenção Básica (AB) no SUS.
Nesta perspectiva, surge a possibilidade de aproximação do profissional junto às
famílias para participar diretamente das ações sanitárias que são fundamentais para
efetivação da APS.
Este estudo foi idealizado com o intuito de demonstrar a importância da
inclusão do profissional médico veterinário no NASF, utilizando o Município de
Franco da Rocha/SP como modelo para outros municípios no Brasil. Para tanto,
foram avaliados dados epidemiológicos no período de 2008 e 2016, relativos aos
casos humanos de agravos de notificação compulsória relacionados à atuação
desse profissional, além da análise de situação das eSF do município.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
tendo como objetivo maior a extensão das ações de saúde a populações rurais, às
periferias urbanas, voltando-se, principalmente, para o grupo materno-infantil
(MORAIS et al., 2016). Este programa introduziu avanços no sistema de saúde, tais
como, uma mudança no modelo de atenção, na organização do sistema (VIANA e
DAL POZ, 1998), além do declínio do coeficiente de mortalidade infantil entre 1990 e
2006 (MACINKO et al.,2006).
No ano de 2006, no âmbito do Pacto pela Saúde, a Atenção Básica foi
organizada e teve suas diretrizes definidas, inicialmente, pela Portaria nº 648/GM,
por meio da Política Nacional de Atenção Básica, que foi então revisada pelas das
portarias nº 2.488/2011 e nº 2.436/2017 (BRASIL, 2011; BRASIL, 2017a)
A APS é a preferencial porta de entrada da população no Sistema Único de
Saúde (SUS), que por sua vez é um sistema regionalizado, hierarquizado (BRASIL,
2010), e tem como princípios e diretrizes a territorialização, a universalidade e a
acessibilidade vinculada aos serviços de saúde, a integralidade do ser humano, a
humanização, as relações entre as equipes e a participação popular com direito de
compor 50% do Conselho Municipal de Saúde (CMS) (BRASIL, 2011).
Os cuidados dispensados na Atenção Básica são desenvolvidos por meio de
práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho
em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a
responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em
que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas
que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior
frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco,
vulnerabilidade, resiliência e relevância, e o imperativo ético de que toda demanda,
necessidade de saúde ou sofrimento deve ser acolhido (BRASIL, 2012).
A APS pode intervir sobre os fatores de riscos, aos quais a população adstrita
está exposta, uma vez que as equipes de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da
Família (eSF) devem possuir conhecimento sobre a população e o território sob sua
responsabilidade, incluindo o perfil epidemiológico e demográfico da área de
atuação (BRASIL, 2010; BRASIL, 2017a).
Para a reorganização da Atenção Básica no Brasil, o PSF passou a ser
denominado Estratégia Saúde da Família (ESF) como forma de expansão,
4
com a saúde coletiva não está distante do exercício profissional, e que a divulgação
de informações sobre as zoonoses contribui para a conscientização dos
proprietários, assim como a valorização do profissional, e que esses profissionais
estão conscientes de sua importância para a saúde humana.
O profissional formado em medicina veterinária que possuir sólidos
fundamentos nos conteúdos pertinentes à medicina veterinária preventiva e saúde
pública, além da habilidade para trabalhar de forma interdisciplinar, estará preparado
para auxiliar as populações humanas a enfrentarem seus principais desafios
(PFUETZENREITER et al., 2004).
Barbosa (2014) elenca os diversos segmentos de atuação profissional do
médico veterinário na área de saúde pública: ensino/pesquisa/extensão em
universidades/institutos; vigilância em saúde (epidemiológica, ambiental, sanitária e
do trabalhador); controle de zoonoses; tecnologia e inspeção higiênico sanitária de
produtos de origem animal (competência exclusiva da profissão); planejamento e
gestão (administração de serviços de saúde, planejamento e elaboração de
programas e projetos em saúde animal e saúde pública, formulação de políticas
públicas de saúde); educação em saúde; defesa sanitária animal; segurança
alimentar, prevenção e promoção da saúde, entre outros.
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL
Demonstrar a importância da inclusão do médico veterinário no Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (NASF), utilizando como base de estudo o Município de
Franco da Rocha /São Paulo.
4. METODOLOGIA
Franco da Rocha/SP
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
2500,0
2000,0
1500,0
1000,0
500,0
0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Acidente por animais
37,1 33,3 11,4 16,0 21,7 34,0 50,1 62,6 74,1
peçonhentos
Acidente por animal
potencialmente transmissor 179,5 232,0 236,7 208,2 300,6 267,9 202,4 228,1 249,0
da raiva
Leptospirose 3,3 0,8 2,3 1,5 1,5 0,7 0,7 1,4 3,4
Dengue 0,0 0,8 61,7 25,1 66,7 159,8 2541,2 515,9 195,5
100
80
60
40
20
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
número de casos 45 43 15 21 29 46 71 90 108
incidência 37,1 33,3 11,4 16,0 21,7 34,0 50,1 62,6 74,1
entre as atividades desse profissional, estão incluídas ações de apoio às eSF, como
por exemplo, o matriciamento das equipes e ações conjuntas com o serviço de
controle de zoonoses, envolvendo os acidentes com animais peçonhentos, como
citado por Moutinho (2016), além de ações educativas na comunidade, como por
exemplo, nas salas de espera das UBS e no PSE, por tratar-se de um profissional
apto a atuar no manejo ambiental e sobre a circulação de agentes e patógenos no
território adstrito e, mais especificamente, no domicílio, visando à diminuição de
riscos sanitários (CFMV, 2009).
É importante que o médico veterinário que atua na área de saúde pública,
tanto na vigilância em saúde como no Nasf-AB tenha conhecimento dos dados
epidemiológicos do território, não só em relação a prevalência e incidência dos
casos notificados e/ou confirmados, como também sobre as principais espécies
agressoras envolvidas, para elaboração de propostas de ações educativas
destinadas à população susceptível, buscando-se reduzir a incidência dos casos; de
acordo com Pfuetzenreiter et al. (2004), a educação em saúde constitui-se em uma
importante atividade desenvolvida pelo médico veterinário, contribuindo para
difusão de informações e conscientização da população, por meio de programas que
envolvam a proteção e promoção da saúde humana em comunidades,
considerando-se os princípios da sustentabilidade.
50
número de casos confirmados
2008
40 2009
2010
30 2011
2012
2013
20
2014
2015
10 2016
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mês do ano
teve maior número de notificações, com 1.189.261 (40,2%), seguida pela região
Nordeste, com 807.503 (27,3%), estando São Paulo (585.735; 19,8%), Minas Gerais
(306.570; 10,3%), Rio de Janeiro (235.818; 8,0%), e Bahia (214.625; 7,2%), entre as
Unidades da Federação que mais notificaram casos em ordem decrescente,
respectivamente, no período de 2009 a 2013.
Isto preocupa, particularmente, o Ministério da Saúde, devido aos altos custos
que essa ação acarreta com as ações de vigilância epidemiológica e aquisição de
imunobiológicos para profilaxia pós-exposição em humanos (BRASIL, 2009)
Dentre as zoonoses transmitidas por cães e gatos, a raiva continua a ser a de
maior preocupação mundial. A raiva ocorre de maneira endêmica em todo o mundo,
estando presente em mais de 150 países e territórios (WHO, 2013b).
A possibilidade de transmissão da raiva é a primeira razão que move a
investigação de acidentes por animais potencialmente transmissores da raiva. Em
muitos países, o número de casos de acidentes em seres humanos causados
principalmente, por cães, é alto, no entanto, de acordo com a análise de diversas
pesquisas e serviços, os agravos são subnotificados, o que não permite estabelecer
a verdadeira dimensão do problema (DEL CIAMPO et al., 2000; AVMA, 2001,
OVERRALL & LOVE, 2001).
Os próprios profissionais de saúde reconhecem que os casos notificados de
agressão por cães representam uma pequena parcela do problema, pois geralmente
são notificados apenas os casos que resultam em uma lesão séria, de acordo com a
avaliação que a própria pessoa agredida faz; frequentemente, são tratadas pela
própria vítima e não são notificadas, permanecendo fora do sistema de informação
(ALAN & JONES, 1985; POERNER, 2007). Acredita-se que a subnotificação dos
acidentes está relacionada ao nível de educação da vítima, à gravidade da lesão, à
atitude de notificar, entre outras razões (MOORE et al,. 2000).
FRIAS et al. (2011) recomendam a conscientização e capacitação
permanentes das equipes de saúde pública quanto à epidemiologia da doença e à
necessidade de observação adequada do animal agressor e afirmam que a
integração dos serviços médicos e veterinários é essencial, no atendimento às
vitimas, visando uma melhor avaliação do caso para que a decisão de se instituir ou
não a profilaxia pós-exposição seja feita com critério e segurança.
26
5.1.3 Leptospirose
leptospirose/ano
6
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
número de casos 4 1 3 2 2 1 1 2 5
incidência 3,3 0,8 2,3 1,5 1,5 0,7 0,7 1,4 3,4
devido ao contato das pessoas com a urina de roedores urbanos, determinando que
sua prevenção, no que compete à área da saúde, deve ser baseada em ações de
educação em saúde para a população e em ações de controle de roedores por
medidas de antirratização e desratização (BUZZAR, 2012).
O aumento da incidência das doenças infecciosas e parasitárias favoreceu a
atuação do médico veterinário como um profissional fundamental no controle e
avaliação de fatores ambientais que interagem com a vida das pessoas e resultam
na ocorrência das doenças, uma vez que este profissional possui um conhecimento
interdisciplinar e é importante no contexto da saúde pública por atuar na prevenção
e promoção da saúde humana, incluindo o controle das zoonoses, como por
exemplo, a leptospirose (ARMELIN & CUNHA, 2016).
Entre as atividades recomendadas pelo Ministério da Saúde aos profissionais
de saúde que atuam no NASF, entre eles o médico veterinário inserido a partir do
ano de 2011 (BRASIL, 2011), para a prevenção e controle da leptospirose, estão a
identificação, em conjunto com as eSF e a comunidade, de atividades, ações e
práticas para prevenção e manejo de casos de leptospirose a serem adotadas em
cada uma das áreas cobertas. Como exemplo,destaca-se, a capacitação, a
orientação e o suporte às ações dos Agentes Comunitários de Saúde(ACS) e dos
Agentes de Controle de Endemias(ACE) para o desenvolvimento de estratégias e
técnicas de educação e mobilização em saúde e, a identificação dos valores e
normas culturais das famílias e da comunidade no território, que possam contribuir
para a presença e/ou exposição ao risco de ocorrência da doença (BRASIL, 2009).
5.1.4 Dengue
dengue/ano
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
número de casos 0 1 81 33 89 216 3604 742 285
incidência 0,0 0,8 61,7 25,1 66,7 159,8 2541,2 515,9 195,5
2000
1500
1000
500
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Nov Dez Total
total 28 79 584 1486 2382 413 45 5 4 4 5051
atuação direta no campo prático das ações de controle dos agravos ou por meio da
promoção de educação em saúde ou educação permanente em saúde.
O médico veterinário age como um dos principais atores no controle do vetor
da dengue devido à sua atuação nos programas de controle do A. aegypti, nas
esferas Federal, Estadual e Municipal do setor saúde. Entre suas funções, está a
identificação do A. aegypti, na forma alada ou imatura, a pesquisa e o
monitoramento do mosquito, bem como o planejamento, orientações e estratégias
de controle que dificultem o contato entre hospedeiro e vetor (AMORA et al., 2017).
No Município de Garanhuns/Pernambuco, os acadêmicos de Medicina
Veterinária participantes da estratégia de formação para o SUS, o Programa Pet-
Saúde, vivenciaram a rotina de ações de prevenção e controle da dengue:
acompanharam as atividades diárias dos ACEs; realizaram atividades de educação
permanente em saúde com os ACSs; detectaram fatores de risco ambiental para
dengue no território da APS; promoveram atividades de educação em saúde no PSE
e rodas de conversa na sala de espera da UBS, contribuindo para a formação
adequada ao exercício de funções no controle da dengue, por meio de ações
integradas entre a vigilância em saúde e APS (SANTOS et al., 2016).
Este cenário, constituído pela análise dos dados epidemiológicos e ações
decorrentes da atuação do médico veterinário na APS, pode ser utilizado como
modelo por qualquer outro município, direcionado a qualquer um dos agravos, como
os descritos neste estudo, permitindo a elaboração de estratégias e implantação de
ações pelas equipes multiprofissionais que atuam no Nasf-AB, com consequente
redução da morbi-mortalidade dos agravos que ocorrem na população.
150.000
100.000
50.000
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Média anual 121.451 129.304 131.366 131.604 133.406 135.150 141.824 143.817 145.755
20
15
10
5
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Média Anual 17.250 17.250 17.250 17.250 13.225 16.100 17.250 17.538 82.513
equipes de ESF, representando uma média de 3.438 pessoas por esF, respeitando-
se os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, na Política Nacional de
Atenção Básica (BRASIL,2017a), em que as eSF devem atender entre 3.000 e 4.000
pessoas, dados estes semelhantes em acordo com a PNAB, também para o Estado
de São Paulo e Brasil (BRASIL, 2017h; IBGE, 2017).
6 Conclusão
7 Considerações Finais
8. Referências
ALAN, M. B.; JONES, B. A. Unreported dog bites in children. Public Health Reports.
v. 100, n. 3, p. 315-320, 1985.
ALVES, M.G.M., Casotti, E., Oliveira, L.G.D., Machado, M.T.C., Almeida, P.F.,
Corvino, M.P.F., Marin, J., Flauzino, R.F., Montenegro, L.A.A. Fatores
condicionantes para o acesso às equipes da Estratégia Saúde da Família no
Brasil. Saúde Debate.; v.38, n. esp., p.34-51, 2014.
AMORA, S.S.A.; Vieira, A.M.L.; Rosa, G.E.; Monteiro, F.J.C.; Brasuna, J.C.M. O
Médico Veterinário no controle do Aedes aegypti. Revista CFMV. Brasília: DF,
Ano XXIII, n. 72, p. 8-10, 2017.
ANDRADE, L.M.B. et al. Análise da implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde
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3e6218fa1/Panorama-dos-acidentes-por-animais-peconhentos-no-Brasil.pdf. Acesso
em 12 dez. 2017.
MACINKO, J., GUANAIS, F.C., FÁTIMA, M., SOUZA, M.. Evaluation of the impact of
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Community Health. v.60, n.1, p.13-19, 2006.
OIE - World Organization for Animal Health. One World, one health. Bernanrd
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of a WHO Study Group. Geneva: WHO; 2002.
WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Rabies home – Animal rabies. 2013.
Disponível em: http://www.who.int/rabies/home_animal_rabies/en/index.html. Acesso
em: 19 nov. 2013.
51
ANEXO 1
Ministério da Saúde
Gabinete do Ministro
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, INTERINO, no uso das atribuições que lhe conferem
os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, que dispõe sobre a organização das
ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas
relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências;
Considerando o art. 10, incisos VI a IX, da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, que
configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras
providências; Considerando a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente;
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para
a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências;
Considerando a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso,
alterada pela Lei nº 12.461, de 26 de julho de 2011, que determina a notificação compulsória dos atos
de violência praticados contra o idoso atendido em estabelecimentos de saúde públicos ou privados;
CAPÍTULO I
Art. 1º Esta Portaria define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e
eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos
termos do anexo.
III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente
ou possa representar um dano significativo para os seres humanos;
IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos
à saúde pública;
V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde
pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida,
alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de
disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem
como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes;
VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte
e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde
pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível;
VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete)
dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
CAPÍTULO II
DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou
responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24
(vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá
informa-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS,
o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos constantes no anexo.
Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria de Saúde do Distrito
Federal.
CAPÍTULO III
Art. 9º A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
divulgarão, em endereço eletrônico oficial, o número de telefone, fax, endereço de e-mail institucional
ou formulário para notificação compulsória.
Art. 10. A SVS/MS publicará normas técnicas complementares relativas aos fluxos, prazos,
instrumentos, definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento dos sistemas de
informação em saúde e demais diretrizes técnicas para o cumprimento e operacionalização desta
Portaria, no prazo de até 90 (noventa) dias, contados a partir da sua publicação.
Art. 11. A relação das doenças e agravos monitorados por meio da estratégia de vigilância em
unidades sentinelas e suas diretrizes constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saú- de.
Art. 12. A relação das epizootias e suas diretrizes de notificação constarão em ato específico
do Ministro de Estado da Saúde.
Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu- blicação. Art. 14.
Art. 14. Fica revogada a Portaria nº 1.271/GM/MS, de 06 de junho de 2014, publicada no Diário
Oficial da União, nº 108, Seção 1, do dia 09 de junho de 2014, p. 37.
25 Hepatites virais X
26 HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da X
Imunodeficiência Humana ou Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida
27 Infecção pelo HIV em gestante, parturiente X
ou puérpera e Criança exposta ao risco de
transmissão vertical do HIV
Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência
28 Humana (HIV) X
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ANEXO 2
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