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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IGUAÇU

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

NATALI CAROLYNE SILVA DALEVES

CLÍNICA MÉDICA E CIRURGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

UNIÃO DA VITÓRIA
2020
NATALI CAROLYNE SILVA DALEVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III:


CLÍNICA MÉDICA E CIRURGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

Relatório de Estágio Supervisionado III, na área


de clínica médica e cirúrgica de pequenos
animais, apresentado ao Curso de Medicina
Veterinária do Centro Universitário Vale do
Iguaçu, como requisito para obtenção do título
de Médico Veterinário.

Professor Orientador: Me João Estevão Sebben

UNIÃO DA VITÓRIA
2020
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS pela minha vida e saúde, e por todas as


pessoas que ele sempre colocou em meu caminho para andar ao meu lado e me
ajudar.
Agradeço a toda minha família que sempre foram minha base, e é daí que vem
meus exemplos e força para batalhar, obrigado por tanto amor e carinho que sempre
me transmitiram.
Aos meus amigos pelo companheirismo e incentivo que sempre recebi de
vocês.
Agradeço também a todos os professores, que além de nos transmitir
conhecimento nos acolheram como família quando longe das nossas estivemos. Um
agradecimento especial ao meu orientador M. V. Mestre João Estevão Sebben que foi
excelente, e sanou todas as minhas dúvidas e incertezas.
Agradeço a todos os profissionais da área, empresas e equipes que convivi e
realizei estágios, seus ensinamentos com certeza foram de grande importância para
minha formação.
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho e toda a minha trajetória acadêmica a minha família que
sempre estiveram ao meu lado com muito amor e paciência. Especialmente a minha
mãe Elizandra Aparecida Silva que como sempre não mediu esforços pra tudo que foi
necessário para realizar o meu sonho de ser Médica Veterinária, sempre esteve ao
meu lado, me apoiou e me amparou em todos os sentidos por todo esse caminho.
Essa conquista é nossa.
Dedico também a bebê da nossa família Rafaela Aparecida Rother, estar longe
de você fisicamente com certeza foi a parte que mais doeu em meu coração quando
tive que mudar de cidade para realizar esse sonho.
EPÍGRAFE

“A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento


pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento.”
Frederick Herzberg
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8

CAPÍTULO I - LOCAL E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O PERÍODO


DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III .................................................... 9
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO .............................................................. 10
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................... 16
4. CASO CLÍNICO 1 – Piometra em cadelas .......................................................... 19
4.1. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................19
4.2. RELATO DO CASO-CLÍNICO .....................................................................................................19
4.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................................................21
5. CASO CLÍNICO 2 – DOECÇA PERIODONTAL EM CÃES/ LIMPEZA DE
TARTARO ................................................................................................................. 21
5.1. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................21
5.2. RELATO DE CASO ....................................................................................................................22
5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................................................23
6. CASO CLINICO 3 – Gastroenterite em filhotes caninos .................................. 24
6.1. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................24
6.2. RELATO DE CASO ....................................................................................................................24
6.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................................................26
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 26

CAPÍTULO II ASPECTOS PREVENTIVOS E CONTROLE DA DOENÇA


PERIODONTAL EM CÃES/ LIMPEZA DE TARTARO ........................................... 29
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 30
2. MATERIAL E METODOS ..................................................................................... 31
3. RELATO DE CASO .............................................................................................. 32
3.1 DOENÇA PERIODONTAL EM CÃES................................................................. 33
3.2 COMPLICAÇÕES ............................................................................................... 34
4. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 35
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 35
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 35
7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Fachada da Clínica Animalle


FIGURA 2 - Recepção da clínica
FIGURA 3 - Consultórios
FIGURA 4 - Sala de Ultrassonografia
FIGURA 5 - Gatil
FIGURA 6 - Canil
FIGURA 7 - Área de isolamento
FIGURA 8 - Sala de esterilização
FIGURA 9 - Centro cirúrgico
FIGURA 10 - Lavanderia
FIGURA 11 - Útero congesto e com conteúdo sugestivo de piometra.
FIGURA 12 - Antes e depois da limpeza de tártaros do Fumo.
FIGURA 13 - Filhote boder collie acometido pela gastroenterite.
FIGURA 14 - Fezes do filhote com presença de larvas.
8

1. INTRODUÇÃO

O estágio final técnico-profissional tem uma grande importância na vida


acadêmica, pois é o momento em que podemos vivenciar a rotina de um veterinário
ou de uma clínica, conforme a escolha do acadêmico, o momento exige um grande
esforço e dedicação para pôr em prática tudo que foi aprendido ao longo da trajetória
acadêmica.
Nessa etapa avalia-se as habilidades e o conhecimento adquirido ao longo dos
anos, o estagiário deve estar preparado para ter um raciocínio rápido e assertivo para
ajudar na decisão de um tratamento ou encaminhamento do paciente, e nessa fase é
de grande importância que seja vivenciado a realidade do cotidiano, de forma a se
adequar a rotina e saber lidar futuramente com os seus pacientes, tutores e demais
adversidades que a profissão oferecer.
A área escolhida foi de acordo com a realidade da cidade em que foi realizado
o estágio, devido ao número de animais de companhia nas famílias ser cada vez
maior e também tem sido diariamente buscado cada vez mais recursos e tratamentos
para o bem estar dos mesmos, acreditasse que é uma área promissora e de grandes
lucros futuramente.
9

CAPÍTULO I - LOCAL E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O


PERÍODO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III
10

2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

A clínica Animalle iniciou suas atividades em 14 de agosto de 2017. A


proprietária e técnica profissional responsável Med. Veterinária Claudia Derussi de
Souza - CRMV/PR 12798. Formada em novembro de 2014 na Universidade Federal
do Paraná de Palotina, e iniciou sua vida profissional com atendimentos a domicilio
em Palmas-PR em dezembro 2014.

FIGURA 1 – Fachada da Clínica Animalle

Fonte: o autor, (2020).

A clÍnica encontra-se localizada na Avenida Clevelândia, número 1226, no centro da


cidade de Palmas no estado do Paraná. O horário de atendimento é de segunda a
sexta-feira, das 8:30 h até 18:00 h e aos sábados das 8 h até as 12:00 h.
A equipe é composta por uma Veterinária e duas assistentes/secretarias.
Dispõe-se das atividades de clínica médica e cirúrgica de animais de
companhia e silvestres. Realiza procedimentos com agendamento e de emergência,
11

consultas, cirurgias, exames laboratoriais, vacinação , eletrocardiograma,


ultrassonografia, e internamento.

FIGURA 2 – Recepção da clínica

Fonte: o autor, (2010).

O atendimento é feito por ordem de chegada ou agendamento prévio.

FIGURA 3 – Consultórios
3A

Fonte: o autor, (2020).

O consultório possuiu uma mesa ambulatória, um armário que dispõe de


seringas, gases, agulhas, algodão, álcool, iodo, papel toalha, e medicamentos. Possui
também uma bancada com pia para higienização das mãos entre um atendimento e
outro; possui também uma geladeira pequena que armazena vacinas, diluentes e
12

medicamentos que necessitam de menor temperatura de armazenamento. Possui


também uma mesa com duas cadeiras.

3B

Fonte: o autor, (2020).

O consultório B dispõe de uma mesa ambulatória, um armário que contém


diversos medicamentos, seringas, agulhas , gases, álcool, iodo , papel toalha, também
dispõe de uma balança veterinária.

FIGURA 4 – Sala de Ultrassonografia

Fonte: o autor, (2020).


13

Contém na sala de ultrassonografia uma mesa ambulatória e um aparelho


ultrassonográfico.

FIGURA 5 – Gatil

Fonte: o autor, (2020).

Dispõe-se de gaiolas para os felinos, uma mesa ambulatória e um armário que


armazena medicamentos.

FIGURA 6– Canil

Fonte: o autor, (2020).

Dispõe-se de gaiolas para os caninos, uma mesa ambulatória e um armário que


armazena medicamentos.
14

FIGURA 7– Área de isolamento

Fonte: o autor, (2020).

Dispõe de gaiolas, e um armário que armazena medicamentos.

FIGURA 8– Sala de esterilização

Fonte: o autor, (2020).


Contém uma autoclave e pia para higienização dos matérias.
15

FIGURA 8– Sala de antissepsia

Fonte: o autor, (2020).

Está sala possui um armário com pia para realização de antissepsia.

FIGURA 9– Centro cirúrgico

Fonte: o autor, (2020).

O centro cirúrgico dispõe de um aparelho para limpeza de tártaro, cautério


eletrônico, aspirador cirúrgico, mesa ambulatória, foco clínico e foco cirúrgico,
aparelho de anestesia inalatória, monitor multiparamétrico, respirador automático,
armário com chave para medições controladas e materiais cirúrgicos, oxigênio.
16

FIGURA 10 – Lavanderia

Fonte: o autor, (2020).

Composta por máquina de lavar roupas e um armário para guardar cobertas.

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No setor de Clínica Médica e cirúrgica de Pequenos Animais foi acompanhada


a rotina da técnica responsável.
As atividades desenvolvidas foram desde atendimento inicial do paciente
(anamnese e exame físico básico), auxílio na coleta de exames, auxílio em
procedimentos (colocação do animal em fluidoterapia, tricotomia), monitoramento dos
pacientes em fluidoterapia e em terapia intensiva, acompanhamento na realização de
exames (ultrassonografia) até a discussão dos casos clínicos com a médica
veterinária, a fim de determinar um diagnóstico e estabelecer um protocolo de
tratamento.
17

Durante o período de estágio, que se deu do dia 20/07/2020 até dia 09/10/2020,
foram atendidos no setor de Clínica médica 250 cães e 170 gatos, e na clínica cirúrgica
foram 180 cães e 120 gatos atendidos. Totalizando 720 atendimentos.

TABELA 1 - Atendimentos acompanhados na clínica Veterinária Animalle, no período


de 20/07/2020 a 09/10/2020. Relação de casos atendidos na clínica médica e
cirúrgica.
ESPÉCIE CANINA

Atendimentos em clínica médica

Maior número (a) OSH 97


Outros (b) 83 180 (a+b)
Atendimentos em clínica cirúrgica
Maior número (a) Gastroenterites 97
Outros (b) 143 240 (a+b)

ESPÉCIE FELINA

Atendimentos em clínica médica


Maior número (a) Afecções renais 62
Outros (b) 108 170 (a+b)
Atendimentos em clínica cirúrgica
Maior número (a) Orquiectomia 62
Outros (b) 58 120 (a+b)

OUTRAS ESPÉCIES
Aves (a) Coccidiose 03
Coelhos (b) Sarnas otodéstica 01
Hamster (c) Intoxicações 01
05 (a+b_c)
Fonte: o autor, (2020).
18

GRÁFICO 01 – Demonstrativo dos percentuais da distribuição de atendimentos


realizados durante o período de estágio.

Fonte: o autor, (2020).

O gráfico mostra que em atendimentos da espécie canina houve um equilíbrio


de atendimentos com uma maioria para os atendimentos cirúrgicos e dentro deste
destaque as ovariosalpingohisterectomia (OSH).
Nos atendimentos a felinos a clínica médica se sobressai devido ao grande
número de gastroenterites (em geral).
Entre outras espécies poucos atendimentos foram realizados.
19

4. CASO CLÍNICO 1 – Piometra em cadelas

4.1. REVISÃO DE LITERATURA

A piometra, um processo inflamatório comum no trato genital das fêmeas


caninas, caracteriza-se pelo acúmulo de secreção purulenta no lúmen uterino que
provém de uma hiperplasia endometrial cística associada a uma infecção bacteriana.
O seu estabelecimento é resultado da influência hormonal à virulência das infecções
bacterianas e à capacidade individual de combater essas infecções (WEISS, 2004).

O aparecimento desta patologia está relacionada com a idade da paciente,


quantidade de ciclos estrais e alterações ovarianas presentes (OLIVEIRA, 2007).

Segundo Smith (2006), pág. 127, a piometra pode ser de cérvix aberta ou
fechada. Se a cérvix encontrar-se aberta, há corrimento vaginal e os cornos uterinos
não estarão muito dilatados. Nestes casos as paredes do útero encontram-se
espessadas, com hipertrofia e fibrose do miométrio. Por outro lado, se a cérvix estiver
fechada, o útero estará distendido e as paredes uterinas poderão estar delgadas. O
endométrio estará atrofiado e infiltrado com linfócitos e plasmócitos.

A ovariosalpingohisterectomia (OSH) é o tratamento de eleição para a doença,


geralmente resultando em rápida recuperação do animal (FRANSSON & RANGLE,
2003).

4.2. RELATO DO CASO-CLÍNICO

Durante o período de estágio acompanhou-se o caso de uma chow-chow de 8


anos. Com histórico de cio em aproximadamente há 30 dias, foi aplicado
medroxiprogesterona (anticio) 2 vezes durante sua vida, nunca cruzou, vacinações
em dia. Proprietário relatou que o animal estava há 7 dias sem comer, sendo que
havia sido feito um atendimento anterior com diagnostico de ascite, e tratou com
dipirona, furosemida e benazepril (doses não informadas) mais o animal não
apresentou melhora. Na chegada do animal à clínica foi realizado um exame físico e
verificado hipertermia (39,4°), apneia, apatia, anorexia, desidratação, mucosas
20

pálidas, admonem abaulado com suspeita de piometra (infecção uterina) , então o


animal foi submetido ao exame de ultrassonografia assim confirmando a suspeita com
o aumento bilateral dos cornos uterinos e presença de conteúdo.
Administrou-se dipirona 25mg/kg, dexametasona 0,25mg, ceftraxona 25mg/kg,
fluido de ringuer com lactato para preparo e estabilização do animal para a cirurgia.
Para indução foi utilizado acepran 0,1mg/kg, midazolam 0,3mg/kg, cetamina 10mg/kg
IV, como manutenção foi utilizado propofol em bolos. Em seguida foi realizado o
procedimento cirúrgico da retirada dos ovários e útero (OSH).
Após o procedimento o animal se manteve internado por 1 dia para recuperação ,
quando teve alta sob prescrição de: cefalexina 10mg/kg, meloxicam 0,2mg/kg e
prednisona 1mg/kg por 7 dias, recomendação de repouso total, roupa cirúrgica ou
colar elisabetano, manter o animal em local limpo e aquecido e retorno para retirada
de pontos em 10 dias.

FIGURA 11: Útero congesto e com conteúdo sugestivo de piometra.

Fonte: o autor, (2020).


21

4.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

De acordo com as orientações citadas o procedimento foi realizado corretamente,


consequentemente teve sucesso no tratamento e melhora do animal.

5. CASO CLÍNICO 2 – DOECÇA PERIODONTAL EM CÃES/


LIMPEZA DE TARTARO

5.1. REVISÃO DE LITERATURA

Segundo Kowalesky 2005, o cão inicia a troca da dentição decídua pelos


dentes permanente com aproximadamente quatro meses. E a escovação deve ser
iniciada ainda na dentição de leite, para que o animal tenha mais aceitabilidade da
rotina no decorrer de seu crescimento, e esse procedimento rotineiro irá atuar como
prevenção das periodontopatias. As periodontopatias (periodontites, placas, cálculos
e perda óssea) são enfermidades de acometem estruturas do suporte dentário, ou
seja, do periodonto (ASCASO et al., 1999).

A maior incidência de tártaro/cálculo acontece em cães de raças menores ou


mais velhos, entre 4 a 5 anos. Enquanto animais de grande porte e jovens, de
aproximadamente um ano de idade, possuem menores índices de placas bacterianas
(REZENDE et al., 2004).
Em animais que dependem de seus tutores para a higienização bucal, o
desenvolvimento microbiano ocorre de forma mais acentuada. Aliado a isso, a falta
de informação contribui para o aparecimento de odontopatias (SOUZA et al., 2010).

A crescente preocupação com a saúde oral é influenciada pelo aumento de


expectativa de vida dos animais (SANTOS, 2007).

O efeito sistêmico decorrente da doença periodontal promove o agravamento


do estado geral de saúde do paciente, uma vez que outros órgãos e tecidos podem
ser afetados pela bacteremia (Duboc, 2009), e entre os órgãos que são mais afetados
estão rins, coração, fígado. KOWALESKY, (2005).
22

Admite-se que 100% dos animais adultos apresentam graus variáveis de


doença periodontal, com implicações relacionadas a presença de cálculo dentário.
DUBOC, (2009).

5.2. RELATO DE CASO

Na rotina da clínica, os atendimentos aconteciam com uma periodicidade


semanal para limpeza de tártaro, visto que os tutores estão cada vez mais
preocupados com a saúde dos seus animais.
Descreve-se um canino, macho, poodle, 12 anos chamado de Fumo,
proprietário relatava dificuldade para se alimentar e halitose. Paciente fazia o uso de
medicação continua para doença cardíaca com Fortekor DUO®, Benazepril 5mg+
Pimobendam® 1,5mg, intercalados com Furosemida 2x na semana.
Após estabilização do paciente e acompanhamento rotineiro de sua saúde foi
realizado o procedimento de limpeza dos tártaros e profilaxia. Por conseguinte, inicia-
se a remoção do cálculo dentário, utilizando-se o aparelho de ultrassom dentário, que
é o método mais moderno para se remover tártaro. Após o uso do ultrassom, o dente
é polido.
Sedação feita com Xilazina 4mg/kg + cetamina 3mg/kg
Após procedimento foi feito sulfadiazina+Trimetropim na dose 15mg/kg,
meloxicam 0,2mg/kg, dexametasona 0,25mg/kg dose imediata. Para casa a
prescrição foi meloxican + dexametasona + sulfadiazina devido a possível
contaminação decorrente do deslocamento de tártaro. Não foi preciso realizar nem
uma extração.
23

FIGURA 12: Antes e depois da limpeza de tártaros do Fumo.

Fonte: o autor, (2020).

5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Considerando a patologia cardíaca que o animal já apresentava a limpeza foi


o melhor tratamento tendo em vista que as doenças periodontais aparecem de forma
silenciosas mais são de grande importância e risco para a saúde dos animais.
Com o passar do tempo os danos podem ser irreparáveis por isso deve ser
tratado precocemente juntamente com a higienização bocal desde filhote.
24

6. CASO CLINICO 3 – Gastroenterite em filhotes caninos

6.1. REVISÃO DE LITERATURA

A gastroenterite Canina é um quadro clínico caracterizado por vômito e diarreia,


sendo está na sua maioria sanguinolenta, correspondendo a uma ocorrência rotineira
na clínica médica de pequenos animais (CORRÊA; CORRÊA, 1992; BELONI, 1993),
devido à inflamação de mais de uma parte do trato gastrintestinal ou de todo o trato
(JONES, 2000).

Os sinais clínicos são: febre, vômitos, diarreia, rápida desidratação e alta mortalidade
(STROTTMANN, 2008).

6.2. RELATO DE CASO

FIGURA 13 – Filhote boder collie acometido pela gastroenterite.

Fonte: o autor, (2020).


25

Recebido na clínica filhote Boder Collie, 70 dias de vida. Histórico de 1° dose


de vacina nacional e uma vermifugação com 30 dias de vida realizados pelo próprio
proprietário. Conforme relato feito pelo tutor o animal apresentava vomito e diarreia
há 3 dias, animais contactantes adultos estavam normais.
No exame físico observou-se desidratação grau 3, apatia, animal inapetente,
mucosas pálidas, salivação aumentada, hipotermia. O animal foi submetido a
internação devido ao seu estado grave, e suspeita de gastroenterite por parasitose.
Consequentemente foi administrado ao animal Cerenia® 5mg/kg, Ondasetrona®
1mg/kg, Sulfadiazina+Trimetoprim 15mg/kg, Complexo B, fluido terapia de ringer com
lactato continuamente e também foi realizado bolos de glicose 50% de 3 a 4x ao dia,
após 4 horas do início da medicação foi administrado vermífugo a base de Pirantel;
Praziquantel; Febantel.
Animal permaneceu internado e sob medicação durante 3 dias, apresentando
melhora dos sintomas e consequentemente alta.
As recomendações ao proprietário foram de uma nova vermifugação em 7 e 15
dias, e assim que recuperação por completa do animal seja iniciado um novo protocolo
de vacinação, realizado e acompanhado por um Médico Veterinário, para que seja
evitado essa e outras doenças que o animal possa a desenvolver. Também que até
que se encerre o protocolo o filhote não tenha contato com demais animais, não
realize passeios ao ar livre e nem banhos em pet shop.

FIGURA 14: Fezes do filhote com presença de larvas.

Fonte: o autor, (2020).


26

6.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Levando em consideração os possíveis riscos que os animais não vacinados


são submetidos diariamente, relatamos mais uma vez a importância de que seja
realizado um protocolo adequado e de forma correta para que seja realizado a
imunização dos filhotes. Sabemos também que em muitos casos não é possível a
reversão do quadro, e o animal vai a óbito em apenas alguns dias. Assim como a
vacinação o protocolo de vermifugação dos filhotes também tem um papel muito
importante no desenvolvimento de sua imunidade, visto que o animal não vermifugado
estará predisposto a contaminação e doenças.

7. REFERÊNCIAS

CORRÊA, W. M; CORRÊA, C. N. M. Enfermidades infecciosas dos mamíferos


domésticos. 2. ed. Rio de Janeiro: Médica e Científica, 1992. p. 525-560.

BELONI, S.N.E. Uso do Flotril 2,5% injetável (enrofloxacina) nas gastroenterites de


cães jovens. A Hora Vet. v.13, n.76, p. 11-13, 1993. CARLTON, W. W. et al. Patologia
veterinária especial de Thomson. 2.ed. São Paulo: Artmed, 1993.

JONES, T. C. et al. Patologia veterinária. 6.ed. São Paulo: Manole, 2000.

SWAGO, L. J.; BANKEMPER, K. W.; KONG, L. I. Infecções bacterianas, riquetsias,


protozoários e outras. In: ETTINGER, S.J. Tratado de medicina interna veterinária
(Moléstias do cão e do gato). 3.ed. São Paulo: Manole, 1997. p.277-311.

STROTTMANN, D.M. et al. Diagnóstico e estudo sorológico da infecção pelo


parvovírus canino em cães de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência Rural,
v.38, n.2, Mar/Abr 2008, p.400-405.

ASCASO, F. S. R.; OROZCO, A. W.; MUNIZ, I. T. Atlas de odontologia de pequenos


animais. 1º edição. São Paulo:Manole, 1999.
27

DUBOC, M. V. Percepção de proprietários de cães e gatos sobre a higiene oral


de seu animal. 61 p. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária, Ciências
Clínicas). Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Seropédica, Rio de Janeiro, 2008.

KOWALESKY, J. Anatomia dental de cães (Canis Familiaris) e gatos (Felis


Catus). Considerações cirúrgicas 2005. 183f. Dissertação (Mestre em Ciências )
- Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo
(FMVZ/USP), São Paulo, 2005.

REZENDE, R.J. ; SILVA, F. O. C e; MILKEN, V. M. F.; LIMA, C. A. de P; LIMA, T. B.


F.; Frequência de placa bacteriana dental em cães. Bioscience Journal, Uberlândia,
v.20, n.2, p. 113- 118, May/Aug. 2004.

SANTOS, I. C.; Doença Periodontal em cães. 2007. 50f. Monografia (Pós –


Graduação em Clínica Médica de Pequenos Animais) - Universidade Castelo Branco,
“Lato Sensu”, São Paulo, Dezembro 2007.

SOUZA, A. M de ; SANTOS T. A. B dos; FREITAS, Í. B de; LUCK, M. L; TAVARES, L.


F; COELHO, M. C de O.C; SILVA, P.M.S da; OLIVEIRA, L. C. de; ANDRADE, L. S. S.
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Universidade Federal Rural de Pernambuco. A expressão in: JORNADA DE
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 10, 2010, Recife.

SMITH, F. O. Canine pyometra. Theriogenology,v.66(2006), Issue 3, p.610-612

WEISS, R.R.; CALOMENO, M.A.; SOUSA,R.S.; BRIERSDORF,S.M; CALOMENO,


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FRANSSON B.A. & RAGLE C.A. .Canine Pyometra: an update on pathogenesis and
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OLIVEIRA, N.G.; KOSHIYAMA, M. H.; SCANDURA, S.C.; BARROS,


M.A.;LEME,F.F.;TORRES, M.L.M.; LOURENÇO,M.L.G.; OLIVERIA,P.C. Uso de
Aglepristone e cloprostenol no tratamento de piometra em cadela- Relato de
Caso. São João da Boa Vista- SP. Unifeob, 2007
29

CAPÍTULO II
ASPECTOS PREVENTIVOS E CONTROLE DA DOENÇA
PERIODONTAL EM CÃES/ LIMPEZA DE TÁRTARO
30

ASPECTOS PREVENTIVOS E CONTROLE DA DOENÇA


PERIODONTAL EM CÃES/ LIMPEZA DE TARTARO

Preventive aspects and control of periodontal diseasein dogs/ tartar cleaning

¹Natali Carolyne Silva Daleves; ²João Estevão Sebben


1Acadêmica de Medicina Veterinária da UNIGUAÇU.
rother_natali@hotmail.com
2Médico Veterinário, Orientador, Professor Me. Desenvolvimento Regional, da UNIGUAÇU.
prof_estevao@uniguacu.edu.br

RESUMO: As doenças periodontais são as moléstias mais corriqueiras da cavidade oral


de cães e gatos. Inicia-se por acumulação de bactérias na superfície dos dentes e progride
até os tecidos de sustentação que formam o periodonto, que são gengiva, osso alveolar,
cemento e ligamento periodontal. Uma das doenças mais comuns entre os cães a partir de 2
anos de idade é a afecção periodontal. É uma doença que pode causar serias complicações
e até por em risco a vida do animal, quando não diagnosticada e tratada de forma precoce. É
de extrema importância que seja passado os tutores as formas de prevenções, diagnóstico e
tratamento corretamente. O objetivo desse trabalho é evidenciar as formas de prevenção e
controle da doença periodontal nos cães.

Palavras-chave: Doença periodontal, cães, tratamento, prevenção, controle

ABSTRACT: Periodontal diseases are the most common diseases in the oral cavity of dogs
and cats. It begins with the accumulation of bacteria on the surface of the teeth and
progresses to the supporting tissues that form the periodontium, which are gums, alveolar
bone, cementum and periodontal ligament. One of the most common diseases among dogs
from 2 years of age is periodontal disease. It is a disease that can cause serious complications
and even endanger the life of the animal, when not diagnosed and treated early. It is of utmost
importance that tutors are given the forms of prevention, diagnosis and treatment correctly.
The objective of this work is to highlight the ways of preventing and controlling periodontal
disease in dogs.

Keywords: Periodontal disease, dogs, treatment, prevention, control

1. INTRODUÇÃO
A limpeza de tártaro em cães possui como finalidade principal evitar a halitose
comum pelo acúmulo de bactérias em cálculos dentários. Além disso existe a
possibilidade de estar associada a doenças, como as cardiopatias.
31

A doença periodontal é a enfermidade de ocorrência mais comum em cães


domésticos (HARVEY, 2005). De acordo com NIEMIC (2008a), aproximadamente
80% dos cães com idade superior a 2 anos apresentam doença periodontal.
A doença é caracterizada por uma inflamação na gengiva, e pela destruição
dos tecidos que sustentam o dente, consequentemente a placa bacteriana, decorrente
de uma má higienização da cavidade oral.
A doença periodontal pode acontecer em diversos graus de inflamação e
infecções, causando grande dor, e possível perda de dentes. Também pode acarretar
distúrbios e comprometimento sistêmico, de órgãos vitais como fígado, rins e coração.
Na maioria dos casos há pouco ou nenhum sinal clínico da doença e, portanto,
o tratamento é tardio. Por isso, a doença periodontal também é o problema de saúde
mais subestimado na clínica (NIEMIC, 2008a).
Há diversas complicações locais e sistêmicas relacionadas com a doença
periodontal. Fístulas oronasais, fraturas patológicas, osteomielite, cegueira, diabetes
mellitus, doenças renais e cardíacas são algumas delas (NIEMIC, 2008a; WHYTE,
2014).
A doença periodontal em estágio inicial é frequentemente considerada de
menor importância por médicos veterinários e tutores. Porém, vários estudos indicam
que a doença periodontal está relacionada a complicações sistêmicas mesmo em
estágio inicial (WHYTE, 2014).
O objetivo desse artigo é contribuir para que os tutores de cães entendam a
necessidade de assepsia bucal e controle dessa patologia.
Justifica-se a escolha do tema devido a sua relevância para prevenção destas
patologias.

2. MATERIAL E METODOS

A metodologia utilizada para a realização e pesquisa deste trabalho é


classificada como uma pesquisa bibliográfica onde se utilizou materiais já existentes
e publicados. Os dados foram coletados com base em uma pesquisa de campo,
(observacional) onde foi acompanhado os animais na determinada propriedade.
32

A pesquisa foi realizada de maneira qualitativa e quantitativa, onde houve a


coleta de dados na propriedade, e posteriormente a tabulação dos mesmos em
planilhas eletrônicas de “excel 2010” para comparações dos resultados obtidos.

Os dados informados foram autorizados pela empresa onde o estágio/estudo


foram desenvolvidos.

Para realização do procedimento foi utilizado o Ultrassom Dentário DL 300.

O método acontece através da retirada da placa bacteriana e cálculo dentário, após


realizado a remoção é feito um polimento e escovação dos dentes para finalizar o
procedimento.

3. RELATO DE CASO

Atendido na clínica, macho poodle 12 anos com nome de Fumo. Relato do


proprietário que o animal apresentava dificuldade em se alimentar e halitose. Paciente
fazia o uso de medicação continua para doença cardíaca com Fortekor DUO®,
Benazepril 5mg+ Pimobendam® 1,5mg, intercalados com Furosemida 2x na semana.
Após avaliação física da cavidade oral do animal, foi detectado que havia
necessidade de realizar a limpeza de tártaro.
Devido a patologia cardíaca presente realizou-se um acompanhamento
rotineiro com estabilização do quadro cardíaco.
. Por conseguinte, inicia-se a remoção do cálculo dentário, utilizando-se o
aparelho de ultrassom dentário, que é o método mais moderno para se
remover tártaro. Após o uso do ultrassom, é realizado a escovação e o dente é polido.
Sedação feita com Xilazina 4mg/kg + cetamina 3mg/kg
Após procedimento foi feito sulfadiazina+Trimetropim na dose 15mg/kg,
meloxicam 0,2mg/kg, dexametasona 0,25mg/kg dose imediata. Para casa a
prescrição foi meloxican + dexametasona + sulfadiazina devido a possível
contaminação decorrente do deslocamento de tártaro.
Não foi preciso realizar nem uma extração.
33

3.1 DOENÇA PERIODONTAL EM CÃES

Para entendermos mais sobre essa doença precisamos compreender como os


dentes e os tecidos funcionam e se relacionam entre si. Também devemos ter
conhecimento sobre as possíveis complicações e de que forma podem afetar a vida
do animal. As meididas de prevenção, controle e tratamento, além disso as
orientações que devem ser repassadas aos tutores.

DENTIÇÃO: Os dentes dos cães variam em tamanho, forma e função, porém os


componentes e a estrutura de todos são similares. Um dente maduro normal possui
uma coroa e de uma a três raízes, e a porção que delimita a coroa e a raiz é chamada
de junção amelocementária. A raiz se situa abaixo desta junção e serve para ancorar
o dente ao osso alveolar, assim como fazer o seu aporte de vasos e nervos. Ainda há
uma fina camada calcificada de cemento que cobre a raiz (LOGAN, 2006).
Periodonto é formado pela gengiva (periodonto de proteção) e cemento, ligamento
periodontal e osso alveolar (periodonto de sustentação). Estas estruturas, em
conjunto, envolvem e fazem o suporte dos dentes (ROZA, 2004).
A placa bacteriana é o componente mais importante no desenvolvimento da doença
periodontal. A placa supragengival que se forma acima e ao longo da margem gengival
é composta primariamente de microrganismos aeróbicos gram-positivos.

Apesar de que as bactérias que estão na placa bacteriana sejam a causa real
de gengivite e periodontite, existem dois aspectos a respeito do cálculo dentário que
devemos considerar: ele provém uma proteção física para o crescimento de bactérias
anaeróbicas e, uma vez formado, só pode ser removido por ação mecânica. O cálculo
se forma quando sais de carbonato de cálcio e fosfato de cálcio no fluido salivar
cristalizam na superfície do dente, mineralizando a placa macia. Leva de 2 a 3 dias
para a placa se tornar suficientemente mineralizada para formar cálculos que são
resistentes à uma limpeza rápida (HARVEY, 2005).

Em resumo, primeiramente ocorre a inflamação da gengiva, causando


gengivite, que, em alguns casos, pode posteriormente evoluir para periodontite
através da destruição dos tecidos periodontais levando à perda de fixação dentária
(NIEMIC, 2008a).
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3.2 COMPLICAÇÕES

- Complicações Locais: Além da perda dentária, há outras complicações locais que


podem ser descritas como sequelas de doença periodontal severa em cães. A
complicação mais comum é a fístula oronasal, 9 que é vista tipicamente em cães
idosos e especialmente de raças condrodistróficas, porém, pode ocorrer em qualquer
raça (NIEMIC, 2008a). Fístulas oronasais ocorrem através da progressão da doença
periodontal pela superfície palatal dos caninos ou outros dentes maxilares. Isto resulta
em uma comunicação entre as cavidades oral e nasal, provocando sinusite (NIEMIC,
2008a).

= Complicações Sistêmicas: Há vários estudos sobre as complicações sistêmicas


decorrentes da doença periodontal. A inflamação da gengiva e tecidos periodontais
que possibilita a ação das defesas do organismo contra as bactérias também é porta
de entrada para elas (NIEMIC, 2008a).

De acordo com SEMEDO-LEMSADDEK et al. (2016)há uma associação entre


a doença periodontal e endocardite bacteriana em cães. Em seu estudo, bactérias
enterocócicas com perfil de virulência e resistência idênticas foram encontradas na
cavidade oral e no coração de cães com endocardite. Além disso, bacteremias orais
foram associadas a infartos cerebrais e de miocárdio, entre outras alterações
histológicas DEBOWES et al. (1996)

Estudos em animais provaram que a doença periodontal pode desencadear


aumento de lipídeos inflamatórios, assim como estado lipidêmico, que é descrito como
uma inflamação geral no corpo que leva ao aparecimento de doenças crônicas e
resposta imune anormal (NIEMIC, 2008a).

Outra complicação é a doença renal crônica. De acordo com NABI et al. (2014)
há relação de causa entre infecção periodontal e doença renal crônica que garante a
periodontite severa como sendo um fator de risco para doença renal crônica e a
severidade da doença periodontal tem relação positiva com o diagnóstico clínico da
doença (GLICKMAN et al., 2011; NABI et al., 2014).
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4. DISCUSSÃO

Baseado em todos os relatos citados a cima pode dividir-se o controle da


doença em Controle Preventivo e Controle Curativo: Controle Preventivo pode ser
direcionado ao atos de prevenção do acumulo da placa bacteriana sobre os dentes
através da escovação dentaria que é a forma mais eficaz que deve ser orientada aos
tutores dos animais, também pode ser feito a prevenção através do fornecimento de
petiscos que possuem essa finalidade de auxiliar na limpeza e higienização bucal.
Controle Curativo consiste na limpeza de tártaro que irá prevenir o agravamento e
doenças secundarias.

5. CONCLUSÃO

Devido as suas possíveis complicações secundarias e grande relevância na saúde


dos animais, a doença periodontal tem grande importância na clínica médica de
pequenos animais. Ao suspeitar-se dessa patologia o papel do Médico Veterinário é
de examinar a cavidade oral de forma minuciosa, investigando os sinais e sintomas
clínicos referente a ela, realizar o tratamento ou prevenção conforme a necessidade.
Já as tutores deve sempre ser orientado que tomem as medidas de prevenção e
controle e fiquem sempre atentos a qualquer tipo de comportamento anormal
apresentado pelos seus animais, bem como qualquer sintoma suspeito.

6. REFERÊNCIAS

DEBOWES, L. J. et al. Association of periodontal disease and histologic lesions in


multiple organs from 45 dogs. Dent Vet J. Manhattan, v. 13, n. 2, p. 57-60, 1996.

GLICKMAN, L. T. et al. Association between chronic azotemic kidney disease and the
severity of periodontal disease in dogs. Preventive Veterinary Medicine. Chapel Hill,
v. 99, p. 193-200, 2011.

HARVEY, C. E. Management of Periodontal Disease: Understanding the Options.


Veterinary Clinics Small Animal Practice. Filadélfia, v. 31, p. 819-836, 2005.
36

LOGAN, E. I. Dietary Influences on Periodontal Health in Dogs and Cats. Veterinary


Clinics Small Animal Practice. Topeka, v. 36, p. 1385-1401, 2006.

NABI, S. U. et al. Association of periotontitis and chronic kidney disease in dogs.


Veterinary World. Izatnagar, v. 7, n. 6, p. 403-407, 2014.

NIEMIEC, B. A. Periodontal disease. Topics in Companion Animal Medicine. San


Diego, CA USA, v.23, n. 2, p. 72-80, 2008a.

NIEMIEC, B. A. Periodontal therapy. Topics in Companion Animal Medicine. San


Diego, CA USA, v.23, n. 2, p. 81-90, 2008b.

ROZA, M. R. da. Odontologia em pequenos animais. Rio de Janeiro: LF Livros de


Veterinária, 2004. 361 p.

SEMEDO-LEMSADDEK, T. et al. Enterococcal Infective Endocarditis following


Periodontal Disease in Dogs. Plos one. Iowa, v. 11, n. 1, 2016.

WHYTE, A. et al. Canine stage 1 periodontal disease: A latent pathology. The


Veterinary Journal. Zaragoza, v. 201, p. 118-120, 2014.

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