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Prejuízos diretos pela diminuição da

Doenças das produtividade;

abelhas
Aumento da mortalidade = redução da
população da colmeia com consequente
Importância redução da produção;

Perda de enxames;

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Doenças de crias
• Maiores prejuízos;

• Verificação de como as crias estão distribuídas nos favos –


poucas falhas/falhados;

• Qual problema pode indicar?


- rainha pode estar velha;
- Ocorrência de doenças.

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Cor Posição

Forma

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Identificando doenças em crias
• As principais doenças que afetam crias de
abelhas são:
• Cria Pútrida Européia
• Cria Pútrida Americana
• Cria Ensacada
• Cria Giz

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Cria Pútrida Européia (CPE)
• Melissococus pluton - bactéria
• Ocorrência e danos: pode ocorrer em todo o
território nacional, mas geralmente não causa
sérios prejuízos.

• Ingestão de alimento contaminado;

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• Sinais:

• Favos com muitas falhas, opérculos perfurados;


• A morte ocorre geralmente na fase de larva, antes que os alvéolos
sejam operculados.
• As larvas doentes encontram-se em posições anormais, podendo
ficar contorcidas, nas paredes dos alvéolos;
• Mudança de cor das larvas que passam de branco-pérola para
amarelo até marrom;
• Pode apresentar cheiro pútrido (de material em decomposição) ou
não.
• Quando as larvas morrem depois da operculação, aparecem
opérculos escurecidos, afundados e perfurados

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Controle:

• Remoção dos quadros com cria doente.


• Trocar rainha suscetível por outra mais tolerante.
• Evitar uso de equipamentos contaminados quando
manejar colmeias sadias.

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Cria Pútrida Americana (CPA)
• Paenibacillus larvae – bactéria
• infectadas quando comem alimento contaminado.

• Ocorrência e danos: detectada em colmeias no Rio Grande do


Sul.
• A contaminação ocorreu porque os apicultores alimentaram as
abelhas com mel e pólen importados, contaminados com a
bactéria.
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• Sintomas:
• Favos falhados com opérculos perfurados, escurecidos e
afundados.
• Morte na fase de pré-pupa ou pupa.
• Larvas com mudança de cor, passando do branco para
amarelo até marrom-escuro;
• Cheiro pútrido.
• As larvas mortas apresentam consistência viscosa,
principalmente quando apresentam coloração marrom-escura.
Para verificar isso, deve-se fazer o teste do palito que consiste
em inserir um palito rugoso no alvéolo, esmagar a cria e puxar
devagar, observando-se, então, a formação de um filamento
viscoso.
• Presença de escamas (restos da cria já seca e muito escura)
coladas nas paredes do alvéolo e de difícil remoção. 23
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Controle:
• Nunca utilizar mel ou pólen importados para alimentação de
suas abelhas no período de entressafra, pois esses produtos
podem estar contaminados e, consequentemente,
contaminarão as colmeias.

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Quando o apicultor suspeitar da ocorrência da CPA em seu
apiário, deve tomar as seguintes medidas:
• Marcar as colônias com sintomas de CPA.
• Realizar anotações sobre as colônias afetadas e relatar a
ocorrência para sua associação e autoridades competentes,
tais como: instituições de ensino e pesquisa que trabalhem com
Apicultura, Confederação Brasileira de Apicultura (CBA),
Delegacia Federal de Agricultura, Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA).
• Enviar amostras dos favos com sintomas para análise em
laboratórios especializados no diagnóstico de doenças de
abelhas.
• Limpar equipamentos de manejo (luvas, formão, fumigador,
etc.) e não utilizá-los nas colônias sadias;
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• Após comprovação - destruir as colônias afetadas; queima da
colmeia completa ou, se o apicultor quiser preservar as caixas,
deve matar as abelhas adultas e depois queimá-las juntamente
com os favos.

• A esterilização: mergulhar as peças em parafina a 160ºC


durante 10 minutos ou em solução de hipoclorito de Sódio a
0,5% durante 20 minutos.

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Cria Ensacada
• Vírus "Sac Brood Virus" (SBV)
• No Brasil, entretanto, a doença tem como agente causador o
pólen da planta barbatimão (Stryphnodendron sp.) e não o
vírus -> Cria Ensacada Brasileira;

• Ocorrência e danos: em áreas onde ocorre a planta


barbatimão. A doença tem ocasionado prejuízos em várias
regiões. Em alguns casos, pode provocar 100% de mortalidade
de crias;

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Sintomas:

• Favos com falhas e opérculos geralmente perfurados.


• A morte ocorre na fase de pré-pupa.
• Não apresenta cheiro pútrido.
• Coloração da cria: cinza, marrom ou cinza-escuro.
• Ocorre a formação de líquido entre a epiderme da larva e da
pupa em formação. Quando a cria doente é retirada do alvéolo
com o auxílio de uma pinça, apresenta formato de saco,
ficando o líquido acumulado na parte inferior.

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Controle:

• Evitar a instalação de apiários em locais com incidência da


planta barbatimão.
• Utilizar alimentação artificial das colmeias na época de floração
do barbatimão.
• Alguns apicultores relatam que deixando de manejar a colmeia
afetada, evita-se a perda do enxame.

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Cria Giz
• Fungo- Ascosphaera apis.

• Ocorrência e danos: A incidência dessa doença no Brasil tem


sido baixa. Existe a possibilidade de ser introduzida por meio
da alimentação das colmeias com pólen importado
contaminado;

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Sintomas:

• Favos com falhas e opérculos geralmente perfurados.


• A morte ocorre na fase de pré-pupa ou pupa.
• Não apresenta cheiro pútrido.
• A cria morta apresenta coloração branca ou cinza-
escuro e aspecto mumificado (rígida e seca)

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Controle
• - Eliminação do material infectante;

• Evitar a difusão do material infectante, os


esporos;

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Doenças e parasitoses de abelhas
adultas
• Mais difíceis de ser diagnosticadas em campo porque muitas
vezes apresentam sintomas similares;

• Envio de amostras a laboratórios especializados;

• Morte; abelhas moribundas -> ocorre quando há intoxicação;

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Nosemose
• protozoário- Nosema apis.

• Ocorrência e danos: No Brasil, ocorreu com certa frequência


até a década de 80 e, nos últimos anos, não tem sido
detectada.
• O protozoário afeta principalmente o ventrículo (estômago da
abelha) causando problemas na digestão dos alimentos

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Sintomas:
• Abelhas com tremores e com dificuldade de locomoção.
O intestino apresenta-se branco-leitoso, rompendo-se
com facilidade.

• Operárias campeiras mortas na frente do alvado.

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Prevenção

• Evite o excesso de umidade dentro da colmeia, bem como


lugares úmidos para instalação do apiário.
• Invernar com boas reservas de mel e pólen.
• Tenha colmeias com população boas e uniforme ao longo do
ano.
• Realizar, pelo menos uma vez por ano (outono ou primavera)
uma amostragem de abelhas do apiário para análise
laboratorial.

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Tratamento
• aumento da ventilação através da colmeia.
• Antibiótico - Fumagilina.

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Vias de administração:
• Sólida (Torta doce)
• Misturar bem 25 g de Fumagilina com 2.400 g de açúcar em
pó.
• Incorporar mel para ligar o pó até adquirir uma consistência
semi-dura.
• Divida a massa total em 24 partes (120 g cada)
• Coloque cada parte sobre um papel, colocando dentro da
colmeia ao deslizar o através da entrada no alvado ou colocar
sobre os caixilhos do ninho.

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Acariose
• ácaro endoparasita - Acarapis woodi

• Ocorrência e danos: mais frequente até as décadas de 70-80,


não sendo mais considerada problema nos apiários brasileiros.
O ácaro se aloja nas traqueias torácicas, perfurando-as e
alimentando-se da hemolinfa (sangue das abelhas).

• Sintomas:
• Abelhas rastejando na frente da colmeia e no alvado, com as
asas separadas, impossibilitadas de voar.
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Formigas e cupins
• As formigas podem causar grandes prejuízos, principalmente
quando atacam colmeias fracas.

• Os cupins danificam a madeira das caixas e cavaletes

• Controle = medidas preventivas;

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• Não colocar as colmeias diretamente sobre o solo.
• Destruir os ninhos de formigas e cupins encontrados nas imediações
dos apiários.
• Realizar capinas freqüentes no apiário, uma vez que a existência de
plantas próximas às colmeias pode facilitar o acesso dos inimigos
naturais.
• Utilizar cavaletes com protetores contra formigas

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Como enviar amostras de abelhas com
sintomas de doença para análise em
laboratório
• Amostras de crias: coletar um pedaço de favo contendo crias que apresentem sintomas de
doença. O favo deve ser envolto em papel absorvente como jornal. Não utilizar plástico ou outro
material não-absorvente. Evitar o envio de favos com muito mel. Já a presença de pólen pode
auxiliar na identificação da cria ensacada brasileira.
• Amostras de abelhas adultas: coletar, no mínimo, 30 abelhas que se encontrem rastejando no
alvado ou na frente da colmeia. As abelhas devem ser colocadas em caixas de fósforo ou
qualquer outra caixa de madeira ou papelão.
• As amostras devem ser devidamente embaladas em caixas dos correios ou similares e enviadas,
preferencialmente, via sedex ou outra via rápida ao laboratório.
• Juntamente com as amostras, é importante enviar informações sobre a localização do apiário,
data de coleta, número de enxames afetados, características da região (clima, vegetação), uso de
inseticidas nas proximidades do apiário, observações sobre os sintomas e danos.

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Alternativas
de
Alimentação
para Abelhas
Alternativas de Alimentação para Abelhas
• O estado nutricional influencia a capacidade produtiva e
reprodutiva das colônias.

• O fornecimento de alimento energético estimula a produção


de cria e o valor nutritivo do pólen limita o crescimento e
afeta a capacidade da colônia em cuidar das crias mais novas

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QUANDO ALIMENTAR?
• as colônias devem ser alimentadas tão logo seja identificado o
enfraquecimento;

• não existindo uma época certa para a alimentação;

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Alternativas de Alimentação para Abelhas
• Sazonalidade da disponibilidade dos recursos naturais;

• fração energética; fração proteica ou os dois -> dependendo


da disponibilidade de recursos naturais na região;

• Atenção ao fluxo de alimento nas suas colônias -> suspender


o tão logo identifique o início das floradas na região.

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•Alimento - valor
nutritivo, não
tóxico e
devidamente
processado para
poder ser
fornecido às
abelhas.
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Alimento Energético
• Desenvolvimento de abelhas novas - proteínas, lipídeos,
vitaminas e minerais;

• Abelhas mais velhas - carboidratos e água

• Carboidratos - fornecimento de energia, síntese de matéria


orgânica, contração muscular, condução de impulsos nervosos,
produção de aminoácidos, produção de cera
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Alimento Energético
• xarope de água e açúcar:

• misturar água e açúcar na mesma quantidade, colocar a mistura no


fogo e mexer até o açúcar se dissolver por completo.

• fornecimento deve ser feito no mesmo dia que for produzido, tendo-se
o cuidado de retirar das colônias o alimento que não for consumido
pelas abelhas em 24 horas.

• 0,5 litro/semana/colônia;

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• xarope invertido:

• 5 kg de açúcar, 1,7 L de água e 5 g de ácido tartárico ou ácido


cítrico, 40 a 50 minutos de fogo;

• O ácido inverte a sacarose em glicose e frutose, pré-digerindo o


xarope e facilitando a absorção do alimento pelas abelhas, mas
também aumenta o teor de hidroximetilfurfural (HMF),
podendo tornar o xarope tóxico

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• Ácidos podem ser substituídos pelo suco de limão

• após o início da fervura de 5 kg de açúcar diluído em 5 L


de água , deve-se adicionar o suco de 4 limões e deixar
a mistura permanecer no fogo por 30 minutos.

• utilização de suco de limão é vantajosa porque ocorre


menor formação do HMF;

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Alimentos Proteicos
• fundamentais nas fases de crescimento e reprodução das abelhas

• Sua falta prejudica a produção de óvulos e enzimas, o


desenvolvimento da cria, das glândulas e dos músculos, síntese de
proteínas imunológicas e longevidade das abelhas adultas;

• nível ótimo de desenvolvimento das colônias - 20% a 23% PB;

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• proteínas com a composição de aminoácidos correta:

• 3% arginina, 2,5% fenilalanina, 1,5% histidina, 4%


isoleucina, 4,5% leucina, 3% lisina, 1,5% metionina, 3%
treonina, 1% triptofano e 4% valina

• consumir quantidade satisfatória de alimentos protéicos eficientes


que contenham, além da proteína, teores de lipídeos, vitaminas e
minerais requeridos para o crescimento, desenvolvimento e
reprodução

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• Adição de pólen – mais palatável

• o armazenamento do pólen reduz suas propriedades


nutritivas, havendo redução das vitaminas ou aminoácidos
em decorrência do processo de secagem e estocagem.

• Pólen alimento mais eficiente mas o fornecimento para


suprir as necessidades nutricionais das abelhas é inviável ->
$$$$$

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• Os alimentos substitutos mais usados para as abelhas
são misturas contendo farinha de soja, leite em pó e
levedura de cerveja.

• algumas rações comercias já foram desenvolvidas;

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Formas de alimentar
• Criar nas abelhas um falso fluxo de néctar com o fornecimento continuo
de alimentação.

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