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Curso de Engenharia Agronômica

Sorghum bicolor
Acadêmicos
Camilla Correia
Felipe Gomes
Gabriel Antônio
Gabriel Kramer

Goiânia, 12 de maio, 2023


Introdução
Tipos de sorgo:
• Granífero: 1,0 a 1,5 m → 160 a 220 mil plantas/ha

• Silageiro: 2,20 a 3,50 m 120 → 150 mil plantas/ha

• Forrageiro: 1,5 m → 15 a 25 t/ha corte/pastejo (3 - 5 cortes)

Fonte: kws
Introdução
• Sacarino: Colmo → Usinas e à reforma de canaviais

• Biomassa: 5,0 a 6,0 m → Híbridos / variedades volumosos %MS

• Vassoura: Porte alto → FB → Produção de vassouras

Fonte: kws
Introdução
Fases do ciclo em que ocorrem ataques por
pragas
V0 - Emergência das plântulas

V1/V3 - Vegetativo

R1 - Emborrachamento

R2 - Florescimento

R3 - Enchimento de grãos

R4 - Maturação fisiológica Fonte: embrapa


Percevejo Castanho

• O percevejo castanho (Dichelops melacanthus) é uma praga


comum que afeta diversas culturas, incluindo o sorgo.
Percevejo

Características do percevejo castanho


Ciclo de vida: O percevejo
castanho passa por uma
Aparência: Os percevejos
metamorfose incompleta, ou
castanhos adultos têm cerca de 1
seja, tem três estágios de
centímetro de comprimento e
desenvolvimento: ovo, ninfa e
possuem coloração marrom-
adulto. As ninfas são menores
escura. Suas antenas são longas e
que os adultos e têm coloração
finas.
mais clara, geralmente verde-
amarelada.

• Hábitos alimentares: Os percevejos castanhos se alimentam sugando a seiva


das plantas. Eles atacam principalmente os grãos de sorgo em
desenvolvimento, causando danos às espigas e reduzindo a produtividade
Percevejo
Monitoramento

• É importante realizar
monitoramentos regulares das
lavouras de sorgo para detectar a
presença de percevejos castanhos.

• Isso pode ser feito por meio de


amostragens visuais ou uso de
armadilhas específicas.
Percevejo
Controle cultural:

• Práticas culturais adequadas


podem ajudar a reduzir a
população de percevejos
castanhos.

• Isso inclui rotação de culturas,


destruição de restos de cultura,
manejo de plantas daninhas e
adubação equilibrada.
Percevejo
Controle biológico:

• Alguns agentes de controle


biológico, como parasitoides e
predadores naturais, podem
ajudar a reduzir a população
de percevejos castanhos.
• A preservação e promoção da
biodiversidade na área
cultivada pode auxiliar nesse
aspecto
Percevejo
Controle químico:

• Em casos de infestações
significativas, pode ser
necessário o uso de inseticidas
específicos para o controle do
percevejo castanho.
• É importante seguir as
recomendações de aplicação e
dosagem indicadas pelo
fabricante e pelas autoridades
regulatórias.
Mosca-minadora

Mosca-minadora

• A mosca-minadora(Liriomyza huidobrensis)
• Pertence à ordem Diptera, família Agromyzidae
Mosca-minadora

Características da mosca-minadora

O inseto tem metamorfose completa


com as fases de ovo, larva (três ínstares),
Os adultos medem cerca de 1 a 3 mm de pupa e adulto, e o período ovo-adulto
comprimento e apresentam coloração preta, com pode variar, dependendo das condições
manchas amarelas no escutelo ambientais

Hábitos alimentares: As fêmeas de muitos parasitoides de Liriomyza spp. se alimentam das larvas das
moscas. Em algumas espécies, o número total de larvas predadas pode superar às parasitadas.
Mosca-minadora
Monitoramento: Para o Controle biológico: Primeiro agente de
monitoramento, podem ser controle biológico da mosca-minadora
utilizadas bandejas de plástico do Brasil foi registrado, em julho de
com água e detergente sob a 2021, no Ministério da Agricultura,
folhagem das plantas no campo, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O
parasitoide Neochryoscharis formosa
de forma aleatória. Assim, as
para o controle desse inseto foi
pupas que caírem das folhas
desenvolvido pela Topbio Sistemas
podem ser coletadas, ou mesmo
Biológicos, com a cooperação técnica
observar se houve parasitismo das da Embrapa.
larvas na ausência de formação de
pupas. Controle comportamental: No
caso da mosca-minadora, as
armadilhas adesivas na cor
amarela são as que
proporcionam melhor
resultado. Além de auxiliar no
monitoramento da praga,
podem ser utilizadas como
método de controle, quando
há baixas populações.
Mosca do sorgo

Mosca do sorgo (Stenodiplosis sorghicola)

• Stenodiplosis sorghicola, o mosquito do sorgo, é uma espécie de


mosquito da família Cecidomyiidae. É uma praga de milhetos
Mosca do sorgo

Características da mosca do sorgo


São pequenas moscas, de A espécie é nativa da
coloração alaranjada e asas África e também é
transparente , medindo encontrada na Índia.
cerca de 2 mm

• Hábitos alimentares: Durante a estação chuvosa, alimenta-se dos grãos


em desenvolvimento das plantas de milheto.
Mosca do sorgo

Monitoramento

• Havendo moscas no campo, elas são facilmente observadas,


pela manhã, nas plantas de sorgo que estão em fase de
florescimento.

• O monitoramento é de extrema importância para aplicar o


método de controle mais eficaz no momento
Mosca do sorgo

Controle
• Realizar o plantio de modo que o florescimento não coincida com a época de

alta infestação da praga.

• Utilizar variedades cujo florescimento seja mais precoce.

• Uniformizar ao máximo a profundidade de plantio, adubação e

espaçamento.

• Realizar pulverizações com inseticidas específicos, registrados para a cultura.


Pulgão
Melanaphis sacchari

• Pulgão Melanaphis, ou pulgão da cana

• Amarelo, cinza e bronze

• características visuais

diferenciação

Fonte: embrapa
Fonte: Scott Amstrong, USDA
Pulgão-verde Schizaphis graminum
(Rondani)
• Infestação: Emergência das plântulas → maturação dos grãos

• Adultos + ninfas: Sugam seiva das folhas → introduzem toxinas →

bronzeamento → morte da área foliar afetada.

• Adultos: formas aladas, são também importantes vetores de vírus

como o do mosaico da cana-de-açúcar.


Pulgão
• Pulgão-verde: Partes mais maduras da planta
(bainha e folhas baixeiras)

• Pulgão-do-milho: Partes mais jovens da


planta (cartucho ou gemas florais)

• Infestação: face inferior das folhas


sintoma face superior

manchas bronzeadas Fonte: embrapa


Pulgão
• Pulgões se reproduzem por partenogênese
Fêmeas produzem apenas fêmeas
Grande potencial biótico = Grandes colônias

• Reprodução: 22,5ºC (10 - 33ºC)

• Gerações: 3 a 4 por mês

• Ínstares: 4

• Maturidade: 5 dias
Fonte: embrapa

• Descendente: 100 /25 dias de longevidade.


Pulgão

• Folhas abaixo das infestadas + solo:

Fungo escuro - fumagina

Excrementos dos pulgões

• Estresse, alimentar ou ambiental:

Surgem adultos alados

Migração para outras áreas

Foante: sementesbiomatrix
• O pulgão-verde causa dois tipos de danos:

• Vetor de vírus e injetando toxina na planta

• Vetor: Forma alada é considerada a mais


eficiente na transmissão do vírus do mosaico
comum.
Fonte: embrapa

• Plantas suscetíveis: quando infectadas com esse


patógeno, apresentam um mosqueado com dois
padrões de verde:

um mais claro x outro mais escuro


Pulgão

• Emergência → baixas populações → morte das plântulas



Reduzindo estande da cultura

• Controle: Infestação pode ser retardada


Tratamento de sementes ou do solo
inseticidas sistêmicos
Gramíneas → hospedeiro intermediário (vírus) → plantas daninhas

Disseminação dessa doença na lavoura
Pulgão-do-milho
Rhopalosiphum maidis
• Partes mais novas das gramíneas:
Cartucho
Panículas
Gemas florais → Exúvias brancas →

• Face superior da folha

• Não introduzir toxina

• Sucção de seiva
Fonte: embrapa
Pulgão
• Transmissão: fitopatógenos entre as plantas

• Alados: Vetores do vírus do mosaico da cana-


de-açúcar

• Patógeno: sintoma necrótico → morte das


plantas

• Estresse hídrico

• Fonte de inóculo de viroses próximo à área de Fonte: embrapa


plantio
Pulgão

Controle biológico
• Normalmente, essa espécie não requer controle

• Leve infestação pode ser benéfica para atrair e manter inimigos naturais

Parasitóides
Predadores
Pulgão-verde.
Pulgão
Controle Químico
• Agrofit: 1 Produto

Acetamiprido (37,5% m/v)


Bifentrina (16,5% m/v)
Outros ingredientes (62,39% m/v)

Classe: Inseticida sistêmico com modos ação de contato e ingestão pertencente aos
grupos químicos Neonicotinóide e Piretróide.
Grupo químico: neonicotinoide e piretroide.
Tipo de formulação: Suspensão concentrada (SC)
Pulgão

SQUAD
Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797)

Fonte: Epagri
S. frugiperda
Descrição e bioecologia:
• Oviposição: Verde-clara 12-15 h alaranjada eclosão cabeça negra

Fonte: Paulo Lanzetta


• Ovos: Massa → Camadas → Escamas (abdômen ♀)

• N° ovos: ± 1.000 por fêmea ↔ 150-200/postura


(ÁVILA et al., 1997)
• Incubação: ± 2 a 4 dias T
1° ínstar:

• Lagartas: Córion

• Raspam: Limbo foliar lesões simétricas

• Migram: Cartucho + Plantas adjacentes

↓ Área foliar Fonte: EMBRAPA Milho e Sorgo


2° ínstar:

• Canibalismo Fonte: sementesbiomatrix

• Uma lagarta desenvolvida por cartucho


(ÁVILA et al., 1997; GRÜTZMACHER et al., 2000)

• Coloração: esbranquiçada com sombreamento marrom no dorso

• Comprimento:

Corpo 3,5 a 4,0 mm

Cápsula cefálica ± 0,40 mm


S. frugiperda

Fonte: Embrapa
Fase larval de Spodoptera frugiperda 3 pares de pernas torácicas
5 pares de falsas pernas abdominais
S. frugiperda
Últimos ínstares

• Sorgo (↓ porte): Folha bandeira + Partes abaixo dela

• Folhas superiores = Enchimento dos grãos

• Maiores danos: 27% da produção de grãos

• Cartucho destruído + Excrementos topo da planta


 Larva já completou o seu ciclo
 Solo para passar à fase de pupa
Fonte: maissoja
S. frugiperda
Alimentação dos insetos nos grãos leitosos:

Grãos danificados

Fonte: Infraero
Perdas diretas e indiretas → contaminação Fungos

 Os danos são semelhantes aos causados por pássaros

Fonte:mfrsementes
Completamente desenvolvida:

• Lagarta

• Solo
Fonte: Paulo Lanzetta
• Pré-pupa 1 - 5 dias (Temperatura ↑/ UR ↓)

• Pupa: Solo x Planta 6 a 55 dias


(CRUZ, 1995)

• Período frios: hiberna em casulos ou células no solo


(NG et al., 1987)
S. frugiperda
• Mariposas: Alta mobilidade
4 cm de envergadura
Asas: Cinza escuro x Branco acinzentadas
(OMOTO et al, 2013)

Fonte: maissoja Fonte: embrapa


S. frugiperda
Dimorfismo sexual


Fonte: sementesbiomatrix
Sintoma

• Larvas → cartucho → solo: Região do coleto

• Cavam uma galeria ascendente

Tecidos novos→ ponto de crescimento.

Fonte: agropos

• Inicialmente: Murcha e morte das folhas centrais mais novas

“coração-morto” (WAQUIL et al, 2003)


S. frugiperda
Sinal
Inicial:

Observadas folhas raspadas

Lagartas ↑: “Palmito” antes das folhas se abrirem causando lesões que se


apresentam simétricas após a abertura das folhas.

Tardias:

 Limbo foliar das últimas folhas pode ser totalmente consumido

 Nervura principal
S. frugiperda
Avaliação de injúrias: Escala de notas desenvolvida para o milho

• 0 a 5, sendo 0 ausência de injúrias

• 1 Folhas raspadas

• 2 Folhas furadas

• 3 Lesões na folha e no cartucho (até 1,3 cm)

• 4 Cartucho destruído

• 5 Muitas folhas e o cartucho totalmente destruídos


Fonte: embrapa
(Carvalho, 1970)
S. frugiperda

MIP

• Armadilha delta: Cola e feromônio

• Instalar antes do plantio: Estratégia

• Recomendação: 1 armadilha /5 ha

• Coleta: ± 3 mariposas/armadilha

(Cruz; Turpin, 1983; Cruz, 2007)


Fonte: embrapa
• Gabarito: 1m2

• Coleta: Zigue-zague, 10 pontos (área 30 a 99 ha)

• Estratégia: ≥ 4 /m2 (no sorgo)

• Total do n° plantas com lagartas (NL)

n° amostra

Média N° de plantas com lagartas (MNL)


S. frugiperda

• MIP: população de insetos presentes naquele momento da lavoura

• TS: Proteção ao cultivo até, aproximadamente, 15 dias após o plantio


(BRASIL, 2013)
• Pulverizações: 20% de plantas com injúrias.

 Profundidade e em alto volume de calda

Produtos seletivos → equilíbrio biológico

Pulgão-verde Percevejos
Fonte: parkmaquinas
S. frugiperda

Percevejo predador Podisius sp. alimentando-se da lagarta-do-cartucho

Fonte: embrapa
S. frugiperda
Controle Biológico
Bioinseticida:

Base de Bt ou Baculovírus:

 Aplicação a partir de quatro dias após a captura das três mariposas

Tempo necessário: Eclosão das lagartas ↔ contato com o produto.

Trichogramma:

 Liberação das vespinhas

Detecção da média de três mariposas adultas por armadilha

Ação ocorrerá sobre os ovos da praga Fonte: gebio


S. frugiperda
Controle químico
Inseticida: 20% das plantas raspadas (níveis 3 a 4 da escala Davis)
(Davis; Williams, 1989)

Controle efetivo

↑ Produtividade

10% das plantas com nota 3

Fonte: embrapa
S. frugiperda
• Agrofit: 50 produtos

Tiametoxam (14,1% m/v)


Lambda-cialotrina (10,6% m/v)
Nafta de petróleo (7,27% m/v)
Outros ingredientes (87,2 m/v)

Classe: inseticida sistêmico de contato e ingestão

Grupo químico: neonicotinoide e piretroide.


S. frugiperda
Conclusão
Os níveis aceitáveis para infestação de insetos-praga nas
lavouras de sorgo são diretamente ligados:

Custo de produção
Tipo de cultivo
Porte da lavoura
Produtividade esperada.

Assim, a prática de monitoramento de insetos-praga deve ser


preconizada e implementada em lavouras de sorgo.
Obrigado!

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