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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FAAZ - AGRONOMIA

PROVA DE ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA

Prova apresentada à Universidade Federal

de Mato Grosso para a matéria de

entomologia agrícola, sob orientação do

Prof. Orlando Salles. Aluno: Gabriel

Rocha França

CUIABÁ – MT
DEZEMBRO / 2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FAAZ - AGRONOMIA

Sumário
Sumário .............................................................................................................. 2
Questão 01. Fale sobre o manejo de cinco pragas do algodão: pulgão,
curuquerê, lagartas-de-maçã, lagarta rosada e ácaro-rajado (nome científico
descrição e biologia, danos, amostragem, época de ocorrência, nível de
controle e controle químico). .............................................................................. 3
Pulgões ...................................................................................................................................... 3
Curuquerê ................................................................................................................................. 4
Lagartas-de-maça ...................................................................................................................... 4
Lagarta-rosada........................................................................................................................... 5
Ácaro-rajado .............................................................................................................................. 5
Questão 02. Comente as estratégias que podem ser usadas para o manejo do
bicudo-do-algodoeiro.......................................................................................... 6
Questão 03. Fale sobre o manejo das principais pragas da soja: lagarta-da-
soja, falsa-medideira, lagartas-das-vagens, percevejo-marrom (nome científico,
descrição e biologia, danos, amostragem, nível de controle, inimigos naturais,
controle biológico e controle químico). ............................................................... 7
Lagarta-da-soja .......................................................................................................................... 7
Falsa-medideira ......................................................................................................................... 7
Lagartas-das-vagens .................................................................................................................. 8
Percevejo-verde-grande ............................................................................................................ 8
Percevejo-verde-pequeno......................................................................................................... 8
Percevejo-marrom .................................................................................................................... 9
Questão 04. Comente as estratégias de manejo da mosca branca na cultura da
soja..................................................................................................................... 9
Questão 05. Cite o nome científico da lagarta-do-cartucho e as três principais
características para sua identificação............................................................... 10

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Questão 01. Fale sobre o manejo de cinco pragas do algodão:


pulgão, curuquerê, lagartas-de-maçã, lagarta rosada e ácaro-rajado
(nome científico descrição e biologia, danos, amostragem, época de
ocorrência, nível de controle e controle químico).

Pulgões

Nome científico: Aphis gossypii


Descrição e biologia:São seres de pequeno porte, com uma variação
de cores que vai desde o amarelo claro até o verde escuro. Apresentam
uma capacidade reprodutiva elevada e, em regiões tropicais, a reprodução
ocorre exclusivamente por partenogênese telítoca, o que significa que não
há presença de machos. Tanto as formas aladas quanto as sem asas
existem, sendo as fêmeas responsáveis pela geração das ninfas. Habitam
principalmente sob folhas e brotos recém-desenvolvidos, onde se
alimentam das seivas das plantas. Originalmente, não possuem asas, mas
à medida que a população aumenta e a escassez de alimentos se torna
um problema, surgem formas aladas para colonizar outras plantas. As
chuvas desempenham um papel crucial na redução da população.
Danos: Quando os pulgões adentram a planta com sua extremidade
afiada, provocam a enrugamento das folhas e distorção dos brotos,
causando um impacto negativo no crescimento saudável da planta. Além
disso, essa ação resulta na liberação de substâncias açucaradas que
atraem formigas para a área afetada. Além disso, quando essas
substâncias caem nas folhas, favorecem o aparecimento do fungo
chamado "fumagina" (Capnodium spp.), prejudicando diretamente a
respiração e a fotossíntese das plantas.
Amostragem: é observado a presença do inseto ou o fungo “fumagina”
nas folhas para então verificar a quantidade de indivíduos nas folhas, a
partir de 12 indivíduos já se caracteriza como uma colônia, quando
encontrados com formas alados é uma sinalização de migração ou
colonização.
Época de ocorrência: A partir da brotação da cultura, até 60 dias.
Nível de controle: Em cultivar resistente 70% atacadas, já em cultivar
suscetível de 1 a 5%.
Controle químico: Existem diversos produtos disponíveis para o
tratamento de sementes, tais como o carbofuran, comercialmente conhecido
como Furadan 350 SC, que deve ser utilizado na dosagem de 2,0 litros para cada
100 kg de sementes. Outra opção é o carbosulfan, vendido sob o nome comercial
Marshal TS 350, que requer uma dosagem de 2,0 kg para cada 100 kg de
sementes.
Para aplicação no sulco de plantio, temos o aldicarb, conhecido como Temik 150
GR, que deve ser utilizado na dosagem de 5 a 7,5 kg por hectare, e o terbufós,
comercializado como Counter 50 G, na dosagem de 40 kg por hectare.
No caso da pulverização, pode-se utilizar o monocrotofós, cujo nome comercial é
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Azodrin 400 S, na dosagem de 0,5 litros por hectare, e o benfuracarb, conhecido
como Alitrix 400, na dosagem de 0,4 litros por hectare.

Curuquer
Nome científico: Alabama argilácea
Descrição e biologia: É uma mariposa de coloração marrom-
avermelhada, possuindo duas manchas circulares escuras na parte central
das asas anteriores de aproximadamente 30 mm de envergadura. São de
reprodução numerosas com mais de 500 ovos, muito pequenos e coloração
esverdeada, postulados pela fêmea, e de rápida eclosão em 3 a 5 dias. Ao
nascerem, as lagartas alimentam-se do parênquima das folhas até a
primeira ecdise, depois passam a se alimentar da face dorsal das folhas,
deixando faixas irregulares pelas nervuras principais. Seu desenvolvimento
é em torno de 14 a 21 dias, onde passam a ter coloração verde-escura e
cerca de 40 mm de comprimento.
Danos: Se alimentam das folhas em uma larga escala, destruindo
praticamente toda a folha, e ainda podem consumir das nervuras maiores e
pecíolos, afetando diretamente na produção.
Amostragem: Observação de ovos e lavas do inseto na parte superior
da planta, onde a preferência é maior. Época de ocorrência: 90 a 140 dias.
De janeiro a abril, podendo aparecer antes nos Estados de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiânia.
Nível de controle: Desfolhamento de 25% da planta, ou ocorrência de 2
lagartas por planta.
Controle químico: Triflumuron de nome comercial alsystin 250 PM na
dosagem de 0,15 L/ha. O Clorfuazuron de nome comercial atabron 50 CE
na dosagem de 0,75 L/ha.

Lagartas-de-maça
Nome científico: Heliothis virescens
Descrição e biologia: Durante a fase adulta, a mariposa possui asas
anteriores verdes com três linhas vermelhas. Ela deposita cerca de 600
ovos nas pontas das plantas ou em folhas laterais. As larvas recém-
nascidas se alimentam de tecidos novos, folhas ou botões florais. No auge
de seu desenvolvimento, a mariposa adulta pode medir de 20 a 25 mm de
comprimento e apresenta uma coloração verde que varia até tonalidades
mais escuras. Após a fase larval, as larvas se transformam em pupas no
solo, dando origem aos adultos.
Danos: destroem os botões e as maças, consequentemente, afeta
negativamente a produtividade. E ainda, facilitam a penetração de outros
microrganismos.
Amostragem: É observado nas plantas onde há a presença de ovos
nas folhas do ponteiro e se há a presença de lagartas nos botões ou maças.
Época de ocorrência: De 70 a 120 dias.
Nível de controle: 20% de ponteiros infestados de ovos ou 15% de
ponteiros atacados por lagartas.
Controle químico: Cipermetrina de nome comercial arrivo 200 CE na
dosagem de 0,25 L/ha. Betaciflutrina de nome comercial turbo 50 CE na
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dosagem de 0,20 L/ha
Lagarta-rosada
Nome científico: Pectinophora gossypiella
Descrição e biologia: Trata-se de uma praga de microlepidóptero. A
fêmea, que tem atividade noturna, coloca seus ovos de cor branca-
esverdeada, preferencialmente em maçãs jovens, seja individualmente ou
em grupos de 5 a 100 ovos. A eclosão ocorre entre 3 e 12 dias,
dependendo das condições ambientais. As larvas nascem com coloração
branca e têm uma cabeça escura. Elas penetram nas maçãs e alcançam as
sementes, podendo chegar a 12 mm de comprimento. O ciclo larval dura
cerca de 20 dias, com a possibilidade de as lagartas entrarem em
diapausa, prolongando esse período por meses. Ao final da fase larval, as
lagartas se transformam em pupas. Quando adultas, as mariposas podem
medir entre 15 e 19 mm e têm asas posteriores com tonalidade bronzeada.
Danos: Essa praga causa danos significativos às plantas. Quando
presente nos botões florais, impede a abertura das pétalas, resultando na
ausência de formação das maçãs. Ao atacar as maçãs, são capazes de
destruir parcial ou completamente as fibras e sementes, reduzindo a
qualidade e quantidade das fibras. Além disso, afetam a quantidade de
óleo nas sementes..
Amostragem: São observadas as maças da região inferior do dossel
das plantas.
Época de ocorrência: De 80 a 120 dias.
Nível de controle: 5% das maças atacadas por área.
Controle químico: betaciflutrina de nome comercial bulldock 125 SC na
dosagem de 0,08 L/ha. Esfenvalerato de nome comercial sumidan 150 SC
na dosagem de 0,20 L/ha.

Ácaro-rajado
Nome científico: Tetranychus urticae
Descrição e biologia: Apresenta ovos esféricos e amareladas, sendo
postulado pelas fêmeas na parte inferior das folhas entre os fios de teia
produzida nas nervuras das folhas. Há dimorfismo sexual na espécie,
onde as fêmeas são ovaladas e os machos com o abdome mais estreita
na região superior. As fêmeas possuem duas manchas verde-escuras
no dorso.
Danos: O ataque pode ocorrer logo após a germinação, onde a lavoura
poderá ser prejudicada, ou na fase de espessamento das paredes da
fibra, onde acarretará prejuízos quantitativos e qualitativos na produção.
Amostragem: A observação da parte inferior das folhas centrais
(medianas) da planta em relação a presença de teias e de ácaros.
Época de ocorrência: De 80 a 110 dias.
Nível de controle: 10% das plantas infestadas.
Controle químico: Dicofol de nome comercial dicofol 185 CE na
dosagem de 4 L/ha. Clorfenapir de nome comercial pirate na dosagem
de 1,25 L/ha.

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Questão 02. Comente as estratégias que podem ser usadas para o


manejo do bicudo-do-algodoeiro.

O principal problema enfrentado pelo algodão é a presença do


bicudo-do-algodoeiro, uma praga cientificamente conhecida como
Anthonomus grandis. Por isso, é necessário ter um controle mais
cuidadoso e atento. Recomenda-se utilizar um método de controle
chamado plantio de iscas, onde os tubos mata-bicudo (TMB) são
distribuídos pelo campo, colocando um TMB a cada 45 metros, 10 dias
antes do plantio, e reaplicando-os 35 dias depois. Durante períodos
críticos de ataque, sugere-se realizar três séries de aplicações espaçadas
ao longo do ciclo da cultura. Em áreas com alta infestação, é importante
fazer uma terceira aplicação após a colheita, que ocorre em torno de 170
dias.
Para manejar o bicudo-do-algodoeiro com controle cultural, é
importante seguir algumas práticas. Primeiramente, o plantio deve ser
realizado na época recomendada, utilizando cultivares indicados e
respeitando o espaçamento e densidade ideais. Além disso, é crucial
utilizar sementes qualificadas e expurgadas, livres de doenças e pragas.
No caso das plantas-iscas, que têm o objetivo de atrair e eliminar
adultos da broca-da-raiz e do bicudo, é necessário fazer o plantio do
algodão um mês antes da época normal de plantio. Para o controle
específico do bicudo, é recomendado plantar o algodão em linhas de 10
metros nas bordaduras do local de plantio e disponibilizar a cultura-isca
nas áreas mais baixas ou próximas às matas. Após essa etapa, é
importante aplicar inseticidas nessa região.
Após o período de colheita, é fundamental remover e queimar todo
o resíduo da cultura, pois isso ajuda a reduzir a população de pragas,
como a broca-da-raiz, a lagarta-rosada e o bicudo. Essas medidas visam
minimizar a incidência dessas pragas e contribuir para um manejo mais
eficiente no cultivo do algodão.
No caso do uso de feromônios sexuais para o manejo do bicudo,
pode-se utilizar o feromônio grandlure, que tem como objetivo causar um
certo tipo de confusão dos machos, evitando o acasalamento. Esse
produto é produzido em tubos capilares de 20cm de comprimento e
disponibilizado no campo na base de 250 g/há, e tem ação de 120 dias.
Para o controle químico há vários inseticidas recomendados para
o controle do bicudo, entre eles o ciflutrina (nome técnico), baytroid 50
CE (nome comercial) na dosagem 0,80 L/há; a betaciflutrina (nome
técnico), buldock 125 SC (nome comercial) na dosagem 0,09 L/há, entre
outros.

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Questão 03. Fale sobre o manejo das principais pragas da soja:


lagarta-da-soja, falsa-medideira, lagartas-das-vagens, percevejo-
marrom (nome científico, descrição e biologia, danos, amostragem,
nível de controle, inimigos naturais, controle biológico e controle
químico).

Lagarta-da-soja
Nome científico: Anticarsia gemmatalis
Descrição e biologia: Na fase adulta é uma mariposa de coloração
pardo-acinzentada. Seu crescimento é rápido e podem chegar até 30 mm de
comprimento. Quando paradas, suas asas anteriores cobrem seu corpo,
podendo ser observado uma linha que divide ao meio e percorre pela asa
posterior. Seus ovos possuem coloração verde e são depositados separadas
na base inferior das folhas. Possuem quatro pares de falsas pernas.
Comportam-se como mede-palmo. A transição para pupa ocorre no solo com
pouca profundidade.
Danos: Atacam com voracidade as folhas e destroem completamente as
folhas, quando adultos, danificar até as hastes.
Amostragem: As plantas são agitadas vigorosamente sobre o pano de
amostragem de 1 metro, colocadas entre as fileiras de soja, e então, são
contadas e separadas as lagartas que caírem no pano de amostragem.
Nível de controle: Antes da floração, é de 30% de desfolha com 40
lagartas grande por amostragem. Depois da floração, é de 15% desfolha com
40 lagartas grande por amostragem.
Inimigos naturais: Calosoma granulatum; Callida scutelaris; Lebia
concina.
Controle biológico: Nomuraea rileyi; Bacillus thuringiensis.
Controle químico: Carbaril; Etofenprox; Tiodicarb.

Falsa-medideira
Nome científico: Pseudoplusia includens
Descrição e biologia: Na fase adulta possuem 35 mm de envergadura,
providas de asas anteriores de coloração marrom com brilho cúpreo, e asa
posterior marrom. Apresentam 3 pares de pernas abdominais, distinguindo da
lagarta-da-soja, e com deslocamento semelhante a “mede-palmo”.
Danos: As lagartas dessa espécie atacam as folhas, raspando-as
quando pequenas, e aumentando a agressividade ataque ao crescer,
destruindo completamente as folhas, afetando diretamente a produtividade.
Amostragem: São realizadas com o auxílio do pano de amostragem,
onde são colocados entre as fileiras da soja e agitado as plantas com o objetivo
de desprender os indivíduos que se encontram na planta.
Nível de controle: Na fase vegetativa é de 30% de desfolha. Já na fase
reprodutiva é de 15% de desfolha.
Inimigos naturais: Trissolcus basalis; Telenomus mormidae;
Trichopoda nitens.

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Controle biológico: Trissolcus basalis.


Controle químico: Ciflutrina; Carbaril.

Lagartas-das-vagens
Nome científico: Etiella zinchenella.
Descrição e biologia: Na fase adulta é uma mariposa com cerca de 20
mm de envergadura providas de asas anteriores de coloração cinza e o bordo
costal com uma faixa mais clara. Na fase larval possui o corpo com coloração
verdeclaro e a cabeça escura quando nova, e coloração rosada quando bem
desenvolvida, com cerca de 20 mm de comprimento.
Danos: atacam as vagens da soja, com isso prejudicam diretamente na
produção, pois afetam os grãos em desenvolvimento.
Amostragem: As plantas são agitadas vigorosamente sobre o pano de
amostragem de 1 metro, colocadas entre as fileiras de soja, e então, são
contadas e separadas as lagartas que caírem no pano de amostragem.
Nível de controle: Antes da floração, é de 30% de desfolha com 40
lagartas grande por amostragem. Depois da floração, é de 15% desfolha com
40 lagartas grande por amostragem.
Inimigos naturais: Litomastix truncatellus.
Controle químico: Tiodicarb.

Percevejo-verde-grande
Nome científico: Nezara viridula
Descrição e biologia: São percevejos com comprimento de 13 a 17 mm
de coloração verde, as vezes escura, com a face ventral-clara e antenas
avermelhadas. As fêmeas postulam até 200 ovos na face inferior das folhas ou
partes mais confortáveis das plantas. Possuem longevidade, em média, de 60
dias.
Danos: Ao realizarem a sucção de seiva dos ramos ou hastes e de
vagens, limitam a produtividade da soja, e podem provocar algumas doenças
nas plantas como da soja louca.
Amostragem: São realizadas as coletas com o pano de amostragem
entre as fileiras da soja de 20 a 30 m da bordadura do campo, semanalmente.
Nível de controle: Para produção de grãos, 4 percevejos por
amostragem. E para a produção de sementes, 2 percevejos por amostragem.
Inimigos naturais: Trichopoda nitens.
Controle químico: Fenitrotion; Triclorfon.

Percevejo-verde-pequeno
Nome científico: Piezodorus guildinii
Descrição e biologia: São percevejos menores que que o N. viridula,
medem cerca de 10 mm de comprimento e de coloração verde-clara na fase
adulta. As posturas dessa espécie são especificas, sendo postulados os ovos

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de coloração preto em fileiras duplas em vagens. As ninfas têm o abdômen


volumoso de coloração amarelo-avermelhado.
Danos: Ao realizarem a sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens,
limitam a produtividade da soja, e podem provocar algumas doenças nas
plantas como da soja louca.
Amostragem: São realizadas as coletas com o pano de amostragem entre
as fileiras da soja de 20 a 30 m da bordadura do campo, semanalmente.
Nível de controle: Para produção de grãos, 4 percevejos por amostragem.
E para a produção de sementes, 2 percevejos por amostragem.
Controle químico: Carbaril; Metamidofós.

Percevejo-marrom
Nome científico: Euschistus heros
Descrição e biologia: Possui 11 mm de comprimento com coloração
marrom e uma meia-lua branca no final do escutelo e 2 espinhos laterais no
protórax. Depositam seus ovos amarelos em fileiras duplas. Já as ninfas,
possuem coloração marrons ou cinza com bordos serreados.
Danos: Ao penetrar ramos ou hastes para a sucção de seiva, essa ação
limita a produção de soja, pois, podem liberar toxinas que causam a retenção
foliar ou soja louca, e, consequentemente, dificultam a colheita mecânica. Já
nos ataques as vagens, os prejuízos podem chegar a 30%
Nível de controle: Em áreas para produção de grão é de 4 percevejos
coletados por amostragem. Já em áreas para produção de sementes é de 2
percevejos coletados por amostragem.
Inimigos naturais: Trissolcus basalis; Telenomus mormidae.
Controle biológico: Trissolcus basalis.
Controle químico: Endosulfan SC; Triclorfon.

Questão 04. Comente as estratégias de manejo da mosca branca na


cultura da soja.
A Bemisia tabaci, que é conhecida como mosca branca, é um inseto de
pequeno porte pertencente à subordem Sternorhyncha. As estratégias para
controlar a mosca branca incluem evitar o plantio em diferentes épocas, escolher
o momento adequado para o cultivo com chuvas regulares, selecionar plantas
hospedeiras livres de viroses, eliminar os restos de cultura, manter a área limpa e
bem cuidada, realizar tratamentos preventivos nas sementes, monitorar
frequentemente e intervir rapidamente. O uso de armadilhas adesivas de cor
amarela é uma opção para monitorar e reduzir a população adulta. A seleção de
variedades de plantas resistentes, como Iapar MD-806 e MD-808, é
recomendada. O controle biológico, com o fungo Beauveria bassiana e a
introdução de joaninhas como inimigos naturais da mosca branca, também é uma
excelente alternativa. Além disso, o controle químico pode ser utilizado, com a
recomendação de uso de diferentes produtos em escalas alternadas, como
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neonicotinóides, reguladores de crescimento, fosforados e outros disponíveis no
mercado.

Questão 05. Cite o nome científico da lagarta-do-cartucho e as três


principais características para sua identificação.

Nome científico: Spodoptera frugiperda.


As três principais características para sua identificação são: Possui
um padrão de 4 pontos em cada um dos seus segmentos ao ser observado por
cima; apresenta cabeça escura com uma marcação de Y invertido; e 3 listras
claras pelo seu corpo.

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