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Apicultura, continuação

Aula 3
Prof. Me. Giovanna Gavazzoni
Prof Me. João Estevão Sebben

15 de março de 2023
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Equipamentos de Proteção Individual

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PRODUÇÃO DE
ABELHAS
Antes de chegar ao apiário, deve estar vestido com roupa de proteção completa (macacão apícola, máscara, botas
e luvas).

Não esquecer o fumigador e o formão.

É necessário roupa limpa, sem contaminações, e que não tenha tido contato com inseticidas e agrotóxicos.

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PRODUÇÃO DE ABELHAS
Fumigador

• Deve ser usado com moderação.


• Combustível de origem vegetal (cepilho
demadeira, sabugo de milho triturado, folhas secas, etc.)
• Não usar material com tratamento químico
(matam as abelhas e prejudicam o mel)
• Sempre acender o fumigador antes de
começar a aproximação.

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• Formão de Apicultor

• Auxiliá-lo na abertura da
caixa (desgrudando a
tampa), remoção dos
quadros, limpeza da
colmeia, raspagem da
própolis de peças da
colmeia (tampa, fundo,
etc.), remoção de traças,
etc.

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Vassoura ou espanador
apícola
• É utilizada para remover as abelhas dos favos ou de outros locais, sem
machucá-las

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Localização do apiário
• 3 quilômetros de depósitos de lixo, aterros
sanitários, esterqueiras, curtumes e outros ;
• Estar longe de casas, concentrações de animais e
lavouras.
• Evitar locais muito úmidos e próximos a águas
paradas.
• Dar preferência para locais onde há barreira
natural contra ventos (árvores); 8
Flora e água
• Flora apícola
O mais próximo possível das floradas .
Sem alimento, as abelhas vão embora ou ficam
fracas e doentes.
• Disponibilidade de água:
O mais próximo possível de água limpa. A água é
importante refrigerar as colmeias, mantendo a
temperatura interna destas em torno de 36°C. 9
Distância entre apiários

• Recomenda-se cerca de 300 metros. A mesma


distância para habitações, criações, lavouras e
estradas.

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Aproximação do apiário

• Sempre em dupla
• De forma silenciosa e organizada.
• Operador do fumigador deve ir à frente, preparando as colmeias para os
manejos.
• Chegar perto da colmeia pelo lado, evitando ficar na linha de voo (alvado)

“Abelhas só ficam agitadas e agressivas quando sentem alguma ameaça


ou quando ocorrem agitação e barulhos desnecessários” 11
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Colmei
a
• vários modelos de colmeias - apicultor deve padronizar seu apiário

• colmeia racional é subdividida em: tampa, sobrecaixa (melgueira ou


sobreninho), ninho e fundo e os quadros (caixilhos)

• recomenda-se uso de madeiras de boa qualidade (evite usar madeiras


não liberadas pelo IBAMA)

• O modelo indicado pela Confederação Brasileira de Apicultura como


padrão de colmeia é o modelo Langstroth (1852);
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Médico Veterinário na Apicultura

•A qualidade dos produtos = Mel brasileiro no olho dos


compradores internacionais

• A preocupação sanitária = essencial a presença do


médico veterinário no acompanhamento da
produção e inspeção apícola.
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• Estabelecimentos que processam mel precisam de um
responsável técnico, pois, para comercialização, é
preciso ser registrado no Serviço de Inspeção Federal
ou correspondente Estadual e Municipal.

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Doenças
das
abelhas
Prejuízos diretos pela diminuição da
produtividade;

Aumento da mortalidade = redução da população da


colmeia com consequente redução da produção;

Perda de enxames;

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Doenças de crias

• Maiores prejuízos;

• Verificação de como as crias estão distribuídas nos


favos – poucas falhas/falhados;

• Qual problema pode indicar?


- Rainha pode estar velha;
- Ocorrência de doenças.
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Identificando Cria Pútrida Européia


doenças em
crias Cria Pútrida Americana

Cria Ensacada

Cria Giz
Cria Pútrida Européia (CPE)

• Melissococus pluton - bactéria


• Ocorrência e danos: pode ocorrer em todo o território
nacional, mas geralmente não causa sérios prejuízos.

• Ingestão de alimento contaminado;

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Sinais:

Favos com muitas falhas, opérculos perfurados;

A morte ocorre geralmente na fase de larva, antes que os alvéolos sejam operculados.

As larvas doentes encontram-se em posiçõesanormais, podendo ficar contorcidas, nas


paredes dos alvéolos;

Mudança de cor das larvas que passam de branco-pérola para amarelo até marrom;

Pode apresentar cheiro pútrido (de material em decomposição) ou não.

Quando as larvas morrem depois da operculação, aparecem opérculos escurecidos, afundados


e perfurados 19
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Controle:

• Remoção dos quadros com cria doente.


• Trocar rainha suscetível por outra mais tolerante.
• Evitar uso de equipamentos quando
contaminados manejar colmeias sadias.

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Cria Pútrida Americana (CPA)

• Paenibacillus larvae – bactéria


• infectadas quando comem alimento contaminado.

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• Sintomas:
• Favos falhados com opérculos escurecidos e
perfurados, afundados.
• Morte na fase de pré-pupa ou pupa.
• Larvas com mudança de cor, passando do branco para
amarelo até marrom-escuro;
• Cheiro pútrido.
• As larvas mortas apresentam consistência viscosa,
principalmente quando apresentam coloração marrom-escura.
Para verificar isso, deve-se fazer o teste do palito que consiste
em inserir um palito rugoso no alvéolo, esmagar a cria e puxar
devagar, observando-se, então, a formação de um filamento
viscoso.
• Presença de escamas (restos da cria já seca e muito escura)
coladas nas paredes do alvéolo e de difícil remoção. 23
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Controle:
• Nunca utilizar mel ou pólen importados para
alimentação de suas abelhas no período de
entressafra, pois esses produtos podem estar
contaminados e, consequentemente,
contaminarão as colmeias.
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• Após comprovação - destruir as colônias
afetadas; queima da colmeia completa ou, se o
apicultor quiser preservar as caixas, deve matar
as abelhas adultas e depois queimá-las
juntamente com os favos.

• A esterilização: mergulhar as peças em parafina


a 160ºC durante 10 minutos ou em solução de
hipoclorito de Sódio a 0,5% durante 20 minutos.

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Cria Ensacada
• Vírus "Sac Brood Virus" (SBV)
• No Brasil, entretanto, a doença tem como agente causador
o pólen da planta barbatimão (Stryphnodendron sp.) e não o
vírus -> Cria Ensacada Brasileira;

• Ocorrência e danos: em áreas onde ocorre a planta


barbatimão. A doença tem ocasionado prejuízos em várias
regiões. Em alguns casos, pode provocar 100% de mortalidade
de crias;

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• Favos com falhas e opérculos
geralmente perfurados.
• A morte ocorre na fase de pré-pupa.
• Não apresenta cheiro pútrido.
• Coloração da cria: cinza, marrom ou
cinza-escuro.
Sintomas: • Ocorre a formação de líquido entre a
epiderme da larva e da pupa em
formação. Quando a cria doente é
retirada do alvéolo com o auxílio de
uma pinça, apresenta formato de saco,
ficando o líquido acumulado na parte
inferior.
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Controle:

• Evitar a instalação de apiários em locais com incidência


da planta barbatimão.

• Utilizar alimentação artificial das colmeias na época de floração


do barbatimão.

• Alguns apicultores relatam que deixando de manejar a colmeia


afetada, evita-se a perda do enxame.
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Cria Giz

• Fungo Ascosphaera apis.


• Ocorrência e danos: A incidência dessa doença
no Brasil tem sido baixa. Existe a possibilidade
de ser introduzida por meio da alimentação das
colmeias com pólen importado contaminado;
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Sintomas:

• Favos com falhas e opérculos geralmente perfurados.


• A morte ocorre na fase de pré-pupa ou pupa.
• Não apresenta cheiro pútrido.

•A cria morta apresenta coloração branca ou


cinza- escuro e aspecto mumificado (rígida e seca)

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Control
e
• Eliminação do material infectante;

• Evitar a difusão do material infectante, os esporos;

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Formigas e cupins

• As formigas podem causar grandes prejuízos,


principalmente quando atacam colmeias fracas.
• Os cupins danificam a madeira das caixas e cavaletes
• Controle = medidas preventivas;

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Bons
estudos
a
todos

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