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ENXAMEAÇÃO

Professora: Karine Oliveira


PORQUE E QUANDO ACONTECE?
• Enxameação é o nome que se da à formação e à saída
de um enxame do seu local de origem.

• Sabe-se que a tendência a enxameação natural ou


mudança de moradia está relacionada com a genética
e condições ambientais.

• Na natureza, observam-se dois tipos de enxameação. A


enxameação reprodutiva (divisão da colmeia) e a
enxameação por abandono da colmeia. Os dois tipos
ocorrem com maior frequência nas abelhas Apis
mellifera africanizadas.
Enxameação reprodutiva
Processo de reprodução natural das
colônias que ocorre, geralmente, no início
do período das floradas, o período das
chuvas na Região Nordeste.

É a saída de um grupo de operárias


acompanhando uma rainha e levando um
suprimento de mel para a construção dos
favos e para a sua alimentação.
• Primário →
apenas um exame
com a rainha

• Secundário →
mais de uma
rainha (virgens)
Enxame Reprodutivo
• A enxameação reprodutiva se caracteriza pela divisão
da colmeia. Geralmente ocorre quando o espaço
interno da colmeia é insuficiente para comportar o
crescimento da colônia.

• Como há muita abelha e pouco espaço, a colônia se


divide, produzindo enxames.

• As operárias constroem várias realeiras e, antes das


rainhas novas nascerem, a rainha mãe enxameia com
uma parte das operarias da colônia.
Sinais que antecedem a enxameação
na colmeia.

• Zumbido forte, febre enxameatória (caracterizada pelo


comportamento irrequieto das operárias);

• Realeiras operculadas;

• Cachos de abelhas no alvado;

• Falta de espaço para a postura e armazenagem de


alimentos;

• Grande número de zangões.


SINAIS PRECURSORES
• Formação de realeiras
• Agitação na colméia;
• Cachos de abelhas;
Ponto de vista biológico
• Necessidade
• Perpetuação da espécie
Ponto de vista técnico e produtivo

• Grandes inconvenientes quando não controlados


ou capturados.

• Dispersão de milhares de abelhas.

• Enfraquecimento da colmeia de origem.

• Aumentam o número de famílias, mas diminuem


o índice de produção.
Como Evitar a Enxameação Natural
• Substituir as rainhas velhas por novas;

• Abrir totalmente o alvado para permitir boa ventilação no


verão;

• Colocar lâminas inteiras de cera alveolada nos quadros para


evitar cria de zangões em demasia;

• Criar espaço para a livre postura da rainha, adicionando


sobre-caixas;

• Destruir as realeiras em formação caso a rainha mãe ainda


não tenha enxameado e trocar a colmeia de lugar por outra
que não esteja em estado enxameatório;
Caracteriza-se pela saída de
todos os indivíduos adultos
Exames do ninho;
fugitivos
ou de Na verdade estes não são
abandono enxames naturais, mas sim,
famílias de abelhas que,
por um ou outro motivo,
abandonaram o ninho.
Escassez de fontes de alimento no campo
(fome);
Falta de água;
Ocorrência de incêndios;
Motivos Falta de proteção contra vento;
pelos quais Excesso de chuvas;
as abelhas Aeração inadequada;
abandonam Inimigos naturais;

o ninho Enfermidades persistentes;


Devido à perturbação constante do apicultor
e uso excessivo de fumaça;
Presença de grande número de favos velhos
e outras situações que possam perturbar a
colmeia.
Como evitar o abandono

Trabalhar com
colmeias limpas, Instalar o apiário em Alimentar ou unir
sem cheiros e local adequado; colmeias fracas;
padronizadas;

Proteger as colmeias Evitar o manuseio


Substituir rainhas contra predadores, frequente e
pouco produtivas; doenças e entrada desnecessário das
de água; colmeias.
ENXAMEAÇÃO DAS ABELHAS NATIVAS
• É o processo pelo qual as colônias de
meliponíneos se reproduzem.

• Geralmente ocorre quando há superpopulação da


colônia e está associada à boa oferta de alimento
(néctar e pólen) no ambiente.

• Diferentemente da abelha melífera, em que o


enxame sai de uma vez e não retorna mais à
colônia-mãe, as operárias das abelhas sem
ferrão dividem a colônia progressivamente.
A escolha do local
• O local a ser escolhido não pode ser longe da colônia
mãe, o motivo são fáceis de entender, elas necessitam
manter contato constante com a colônia mãe para
obter provisões.

• As abelhas pequenas como a jataí procuram um local


para nidificação a poucos metros da mãe, as maiores
como a mandaçaia geralmente um pouco mais longe,
podem chegar às vezes até 300 metros.

• Nas primeiras etapas algumas campeiras saem a


campo na busca de um local.
Uma vez encontrado o local, iniciam a vedação das
frestas e a construção da entrada do ninho
característica da espécie.

Depois disso, as operárias transportam cerume,


alimento e própolis da colônia-mãe para a colônia-
filha.
Como a matéria-prima para construção do novo ninho
é proveniente da colônia original, colônia–mãe e
colônia-filha permanecem vinculadas por um período
de tempo variável conforme as espécies e as
condições ambientais (15 dias a alguns meses).
Preparação do local
• O primeiro passo é a limpeza, os fragmentos de
madeira são jogados para o meio exterior, As frestas
são lacradas e a construção da entrada é iniciada.

• Segue a construção dos potes de mel, tudo isso a


custo do material transportado da colmeia mãe, é a
primeira parte do enxoval.
Construção do ninho

Segue a construção dos


invólucros do ninho e no Agora “ o novo lar” esta
seu interior as células de apto a receber a
cria que é o inicio da princesa.
formação do disco.
Partida da princesa

• É o momento em que podemos observar uma maior agitação na


família mãe, é a partida da princesa com muitas operárias e zangões.

• Esses últimos são os convidados que percorrem grandes distâncias


atraídas pelo aroma irresistível da jovem princesa (o zangão pode
percorrer uma distância até oito vezes o que operária campeira
percorre no seu pasto floral).

• É o grande momento em que podemos apreciar uma agitação, a


partida para o novo lar. A princesa pode o não ser fecundada nesta
fase.
- Mesmo com início da postura da nova
rainha, “o vai e vem” entre as colmeias
pelas operárias continua muitas vezes
por semanas.
- O transporte do suprimento para a
colônia filha principalmente do
material mais “caro” para as abelhas, a
cera.
Fase final
As operárias novas são as que
secretam cera, como elas não voam,
portanto não participam da
enxameação, o suprimento inicial
desse valioso material deve vir da
colônia mãe.
2) Colmeias Rústicas

• São caixotes sem dimensões padronizadas utilizados para criar as


abelhas.

• As caixas rústicas por serem construídas de forma artesanal, são de


baixo custo e por este motivo, ainda hoje são utilizadas em algumas
regiões no mundo.

• No entanto, economicamente não compensam porque além de


resultar em baixa produtividade, o produto obtido é de qualidade
inferior, uma vez que seus favos são espremidos junto com o pólen,
restos de abelhas e outras impurezas, afetando assim a qualidade do
mel.
3) Colmeias Racionais ou Mobilístas
• Com a evolução tecnológica, novos modelos de
caixas foram desenvolvidos. As que mais se
destacam e, que ainda são usadas é as seguintes:

1. Colméia Langstroth, Americana, Standard,


Padrão ou Universal;
2. Colméia Dadant;
3. Colméia Jumbo;

A colméia Langstroth é a mais utilizada.


• O apicultor e estudioso norte-americano Lorenzo
Langstroth estudou a fundo a arquitetura apícola e
planejou, então, uma colmeia racional, tendo como base o
espaço abelha. A colmeia Langstroth é de expansão
vertical, dividida em módulos.

• É composta da seguinte forma:


✓ Fundo ou assoalho: serve de apoio para toda a
estrutura;
✓ Caixa ninho: onde as abelhas se instalam e a rainha faz
postura;
✓ Uma ou mais melgueiras: onde o mel será
armazenado;
✓ Tampa: recobre toda a estrutura.

Na parte frontal está o alvado, que é a entrada da colmeia.


Os quadros são utilizados tanto no ninho quanto na
melgueira, sendo utilizados para moldura dos favos.
Facilita o manejo;

Vantagens Favorece a alta produção de


mel;
da colmeia
Langstroth: Possibilita a centrifugação dos
favos e seu reaproveitamento;

Possibilita a produção de mel


de boa qualidade.
Caixas INPA

• Caixas INPA foram idealizadas pelo pesquisador Fernando Oliveira


quando trabalhou no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA). O modelo de caixa foi batizado com seu próprio nome,
Fernando Oliveira, porém se popularizou com o nome do instituto.

• O modelo foi desenvolvido com o objetivo de facilitar o trabalho


dos meliponicultores. Assim, otimizando a divisão de enxames e
facilitando a coleta de mel.

• As caixas INPA são formadas por três módulos básicos: Ninho,


Sobre ninho e melgueira.

• O tamanho dos módulos e a quantidade de melgueira vão


depender de cada espécie de ASF que serão criadas nestas caixas
INPA.

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