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A Arte de Produzir
INTRODUÇÃO
A apicultura é uma atividade que conta sempre com novos adeptos, constituindo-
se em atividade atraente, lucrativa e envolvente. A procura de treinamentos por produtores
rurais interessados na criação de abelhas no Brasil é enorme, fazendo com que ela ocupe todos
os cantos do país.
O autor.
2023
ORGANIZAÇÃO SOCIAL DAS ABELHAS
A RAINHA
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ambos os casos, os opérculos possuem uma coloração bastante forte, o que os distingue
daqueles que fecham o mel maduro, uma vez que estes são constituídos por uma fina camada
de cera transparente ou ligeiramente amarelada.
A rainha é sempre maior que as operárias e zangões, muito embora seja menos
corpulenta que estes.
A rainha jovem sai da colmeia cinco dias após o seu nascimento, quando, então,
começa a ensaiar pequenos vôos, com o fim específico de exercitar as asas e aprender a
localização de sua habitação. Após esses vôos, estará apta a efetuar um ou mais vôos
nupciais. Consciente de que facilmente encontrará o caminho de volta, parte velozmente para
grandes alturas, liberando o feromônio que atrai os machos para a cópula. Nos locais onde
existem concentrações de abelhas em apiários, grandes grupos de zangões permanecem
reunidos em alturas superiores a onze metros, são os acasalatórios. Os machos concentram-se
aí, em horários entre nove e dezesseis horas, à espera de rainhas virgens para o
acasalamento. As rainhas virgens que passam pelos acasalatórios são perseguidas por grupos
de zangões. Devido ao seu maior vigor e à sua alimentação constituída somente de geleia real,
as rainhas selecionam os machos no vôo, deixando-se acasalar pelos mais resistentes e
sadios. O vôo nupcial ocorre nas horas mais quentes do dia, deixando de ser realizado em
período chuvoso. Caso a rainha fique retida na colmeia até os vinte e cinco dias de idade, o vôo
nupcial deixará de ser realizado, constituindo-se, então, em rainha com postura de zangões, por
falta de fecundação dos óvulos.
Durante o vôo nupcial, a rainha é copulada por nove a dez zangões, o que lhe
garante fertilidade para o resto da vida. Os espermatozóides são armazenados em um
compartimento especial localizado no abdome da rainha, chamado espermateca. A realização
de novo vôo nupcial poderá ocorrer, após alguns minutos de descanso, bastando para isso que
o número de espermatozóides na espermateca, proveniente do primeiro vôo nupcial, não seja
suficiente para garantir-lhe a fertilidade para o resto de sua vida. As pesquisas têm mostrado
que as rainhas realizam uma média de três a cinco vôos nupciais, em um mesmo dia ou em
dias subseqüentes.
As pesquisas têm mostrado que o encontro da rainha com o zangão sempre se
dá fora da colmeia, em pleno vôo. Os acasalamentos sempre têm início acima de onze metros,
mas podem ter continuidade no solo, razão porque muitas rainhas não retornam dos vôos
nupciais, sendo vítimas de pássaros ou outros animais. A rainha, depois de acasalada, nunca
mais sairá da colmeia, a não ser para acompanhar um enxame que, porventura, abandone a
colméia, passando a ter um comportamento diferente do que possuía quando no estado de
virgindade, que era de excitabilidade. Após o acasalamento, ela se torna tímida e se movimenta
de forma bastante lenta. Passa a rainha a desempenhar as funções de fêmea e de macho, pois,
além de produzir óvulos, possui consigo, também, os espermatozóides.
A rainha começa a desovar, geralmente, cerca de três dias após ser acasalada.
Põe, normalmente, apenas um óvulo, que irá ser fecundado ou não, em cada alvéolo, partindo
do centro para a periferia dos favos. O óvulo é de coloração branco-leitosa, possuindo a forma
cilíndrica e uma extremidade mais volumosa que a outra. É colocado na posição vertical, após o
que começa a inclinar-se até ficar completamente estendido no fundo da célula. Os óvulos são
formados em dois ovários e, ao passarem pelos respectivos ovidutos, podem receber ou não os
espermatozóides armazenados na espermateca, dando, assim, nascimento a seres do sexo
feminino ou masculino; passam depois pela vagina e, finalmente, escorregam pelo aguilhão,
que faz o papel de ovipositor.
Caso a espermateca venha a se esgotar, o nascimento de zangões ocorrerá
involuntariamente; nesse caso todas as abelhas nascem machos.
A capacidade de postura da rainha varia com a sua constituição, idade,
disponibilidade de alimento para as crias e com as condições ambientais. Quanto mais jovem,
maior a sua postura. Daí, embora uma rainha chegue a atingir cinco anos de vida, aconselhar-
se a sua substituição a partir de dois anos de idade ou menos.
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OS ZANGÕES
AS OPERÁRIAS
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retardamento em suas atividades poderá ocorrer, bastando para isso que as necessidades da
colônia assim o exijam.
A vida das operárias compreende três diferentes períodos. O primeiro tem início
com a postura do óvulo que, depois de fecundado, permanece três dias em célula aberta. No
primeiro dia ele está em pé, começando a inclinar-se no segundo dia e repousando no fundo da
célula no terceiro dia, ocasião em que eclode, originando a larva. A fase de larva dura seis dias
em célula aberta. Nos três primeiros dias, a larva é alimentada somente com geleia real. Os
últimos três dias são de extrema importância, pois a larva sofre uma castração alimentar, sendo
a geleia real substituída por uma mistura de mel, pólen e água, chamada de quilo. Está definido:
a abelha será uma operária. Terá toda a sua estrutura desenvolvida para o trabalho. Durante
esta fase, a larva recebe aproximadamente dez mil visitas para simples inspeção ou
acompanhadas de algum alimento. No sexto dia a célula é operculada. Sucedem-se o
tecimento do casulo de seda e a metamorfose. Após doze dias em célula fechada, a abelha
rasga o opérculo e sai para a vida como inseto perfeito.
Ao nascerem, inexperientes e fracas, ficam momentaneamente inativas, após o
que iniciam suas atividades. Fazem a limpeza da colmeia, depósitos de mel e células para o
nascimento de novas operárias, rainhas ou zangões, numa fase que vai do primeiro ao terceiro
dia de vida. Nesta fase de suas vidas são conhecidas como faxineiras ou camareiras.
A partir do quarto dia de vida, passam a executar a sua mais importante tarefa no
interior da colmeia, qual seja a de preparar o alimento e cuidar da alimentação das larvas.
Inicialmente, alimentam as larvas mais velhas e, posteriormente, as mais novas. São
conhecidas como nutrizes. Nesta fase, elas ingerem mel, pólen e água que, após
transformações químicas naturais, efetuadas em glândulas específicas, conhecidas como
glândulas quilíferas, são regurgitadas para o fundo das células contendo as larvas a serem
alimentadas. Aos oito dias de idade, com o desenvolvimento das glândulas hipofaringeanas
(que produzem o componente claro, protéico) e das glândulas mandibulares (que produzem o
componente branco leitoso, rico em gorduras ou lipídeos), passam a secretar a geleia real, com
a qual alimentam as larvas de até três dias de idade e a rainha. Esta fase encerra-se no décimo
segundo dia de vida, devido à atrofia das glândulas hipofaringeanas. As abelhas encarregadas
da alimentação da rainha são também conhecidas como abelhas da corte real ou damas de
honra e são responsáveis pela toalete dela, recolhendo-lhes as fezes e descartando-as fora da
colmeia. A rainha é a única que consegue eliminar as fezes no interior da colmeia, as demais
fêmeas e os zangões necessitam estar em pleno vôo, com a traqueia cheia de ar, para que isso
ocorra.
O desenvolvimento das glândulas ceríferas marca o início da fase em que as
abelhas são conhecidas como engenheiras. Nesta fase, elas produzem a cera, com a qual
edificam os favos e operculam as células contendo mel maduro ou larvas com nove dias de
idade. Esta fase vai até o décimo oitavo dia de vida. É importante ressaltar que as abelhas
necessitam de 10 a 12 quilos de mel, dependendo da época do ano, para produzir 1 quilo de
cera.
A entrada da colmeia (alvado) é sempre protegida pelas abelhas, com o fim de
evitar o acesso de inimigos ou, mesmo, abelhas de outras colmeias ao seu interior. São as
guardas da colméia.
Como guardas da colmeia, as operárias ensaiam os seus primeiros voos, a fim
de exercitar as asas e de memorizar geograficamente a sua colmeia. O primeiro voo das
abelhas é um voo estacionário, conhecido como Sol Artificial. Feito isto, partem para o campo,
em busca do néctar, pólen, própolis e água. São as abelhas campeiras.
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elas comunicam a direção da fonte de alimento através de danças associadas aos odores das
flores e que utilizam o sol como bússola, para se orientarem em suas idas e vindas ao campo.
As abelhas campeiras utilizam-se de danças, associadas ao odor das flores, como
meio de comunicação, para indicar às companheiras as fontes de alimento. Quando a fonte de
alimento está situada a menos de 100 metros da colmeia, as abelhas, ao regressarem a ela,
executam danças em círculos. Quando a fonte está localizada a uma distância superior a 100
metros, as abelhas executam a dança corporal, do requebrado ou em oito. Esta dança permite
uma informação mais precisa, com maiores detalhes sobre a localização da fonte de alimento.
A direção da fonte de alimento é indicada pelo ângulo formado entre a colmeia, a fonte de
alimento e o sol, encontrado entre duas linhas imaginárias, partindo da entrada da colméia.
Uma corresponde à direção do sol e a outra à fonte de alimento. A distância da colmeia à fonte
de alimento corresponde ao comprimento da linha reta traçada durante a dança de
requebrados. As abelhas enxergam a radiação ultravioleta, o que lhes permite ver o sol, mesmo
em dias nublados. Elas se orientam à noite, porque enxergam a luz polarizada do céu, vendo-o
dividido em campos claros e escuros, devido aos raios solares.
DANÇA CORPORAL
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As operárias alimentam-se do mel que produzem e são também, responsáveis
pela manutenção da temperatura interna da colmeia, que varia de 33º C a 36º C. Em dias frios,
muitas abelhas são obrigadas a permanecer na colmeia, onde formam aglomerações, a fim de
proteger as crias. Com isso, o consumo de mel atinge altas proporções, além de haver queda
na sua produção, devido à diminuição da frente de trabalho no campo, uma vez que muitas das
campeiras são obrigadas a permanecer na colmeia. Por outro lado, no período de calor, grande
parte das campeiras, principalmente aquelas das colmeias expostas à radiação solar direta, são
obrigadas a permanecer em seu interior, a fim de promover a sua ventilação. O agitar constante
de suas asas impede que a temperatura ideal para o perfeito desenvolvimento das crias e para
a secreção de cera, que varia entre 33º C e 36º C, saia desta faixa. O consumo de mel, no
período de calor, é também aumentado. As campeiras deixam de coletar néctar, passando à
coleta de água para a refrigeração das colméias, e, com isso, ocorre queda sensível na
produção de mel.
Um enxame sem rainha ou com rainha incapacitada para a postura e que não
disponha de favos com larvas de operárias de até três dias de idade, fatalmente irá se acabar,
caso não venha a ser socorrido pelo homem, com o fornecimento de nova rainha ou favo com
larvas de operárias daquela idade. A ausência prolongada de rainha conduz ao aparecimento
de operárias poedeiras. Estas operárias fazem as suas posturas de forma irregular, em alvéolos
ou células salteadas. As suas posturas resultam no nascimento apenas de zangões, por
incapacidade, uma vez que não se acasalaram, sendo as suas colmeias conhecidas como
zanganeiras.
2.1. A COLMÉIA
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f) Os quadros são fortes e possuem espaçadores anatômicos tipo Hoffmann, que
permite ao apicultor tirar de uma só vez dois ou mais quadros;
g) É fácil de transportar, prestando-se muito bem para a prática da apicultura
migratória.
2.3. MÁSCARA
2.4. BOTAS
As botas são indispensáveis nas lides apícolas e devem ser de borracha de cor
branca e de cano longo ou meio cano, a fim de proporcionar conforto, segurança e tranquilidade
no trabalho.
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3. LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DO APIÁRIO
3.1. LOCALIZAÇÃO
3.1.3. Água
Deve-se evitar que as abelhas tenham que voar longas distâncias para coletarem
água. Esta, de preferência corrente, deve estar a uma distância máxima de 500 metros. Caso
não haja água corrente, devem-se construir bebedouros, onde a água deverá ser mantida
sempre fresca. A ingestão de água estagnada ou com qualquer tipo de contaminação provocará
a morte das abelhas, resultando em prejuízo para a colônia e para o apicultor.
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3.1.8. Direção dos Alvados ou Entradas das Colmeias
Sentido Norte-Sul.
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outras, predispondo as primeiras à enxameação natural e as segundas, às doenças e aos
inimigos.
Utilize a energia magnética (Radiestesia) para posicionar as colmeias, sempre
com as suas entradas no sentido Norte-Sul.
3.2.7. Cercas
Caso haja necessidade, o apiário poderá contar com uma cerca de 3 ou 4 fios de
arame, distante, no mínimo, 5 metros das colmeias. A cerca tem a finalidade de proteger as
colmeias, evitando que o gado venha a pastejar entre elas, derrubando-as.
4. POVOAMENTO DO APIÁRIO
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fumaça que queimam e irritam as abelhas. O carvão e o sabugo de milho em grandes pedaços
produzem fumaça quente irritando as abelhas. O sabugo deve ser amassado. Os panos
produzem fumaça que, além do odor desagradável, provocam o enegrecimento e o
ressecamento dos favos que, nestas condições, deixam de ser utilizados pelas abelhas.
Fazer a limpeza do local, antes de iniciar seu trabalho de captura. Com isso,
evitam-se surpresas desagradáveis como picadas de cobra, escorpião, aranhas etc.
Insuflar a fumaça no interior do cortiço, aguardar alguns instantes e iniciar o
trabalho de captura. A fumaça faz com que as abelhas, tendo a intuição do fogo, corram para os
favos de mel, enchendo-se com esse alimento para protegerem-se dos azares de uma provável
viagem, à procura de nova residência. Nutrida de mel, a abelha custa a agredir, esquivando-se
da morte, que acarretaria a perda de sua preciosa carga.
Iniciar a retirada dos favos com crias. Colocar os favos em caixilhos aramados.
Fazer, com o auxílio de uma faca ou canivete algumas ranhuras na altura dos arames, a fim de
que estes possam ser deslocados para o centro do favo, ficando perfeitamente incrustados
nele. Amarrar os favos verticalmente nos quadros, utilizando-se de barbante fino de algodão.
Os favos deverão ser dispostos nos quadros, obedecendo as mesmas posições e ordem em
que se encontravam anteriormente. Da mesma forma, deverão ser os quadros dispostos na
colméia. A inobservância destes cuidados poderá fazer com que as abelhas abandonem a
colméia, migrando para lugares, às vezes, de difícil acesso, o que resultará na morte das crias,
perda de tempo e conseqüente prejuízo para o apicultor.
Durante a execução da captura, o apicultor deve posicionar-se de modo a não
obstruir a linha de voo das abelhas campeiras. Com isso, evitará que elas se irritem e se tornem
agressivas.
Transferidos os favos, transferir também o máximo de abelhas possível para o
interior da colmeia.
O uso de toques contínuos e ritmados, numa das laterais da colmeia, quebrará a
vibração produzida pelas abelhas, fazendo com que elas se encaminhem para o interior dela,
atraídas pela maior vibração dos toques.
Caso haja mel, não se deve retirá-lo todo. As abelhas levarão alguns dias para
fixar os favos nos quadros, necessitando contar neste período, com uma reserva de mel para
sua alimentação e para a produção da cera necessária à fixação dos favos nos quadros.
A rainha, quando encontrada, deverá ser introduzida na colmeia, já tampada,
pelo alvado, a fim de que não voe, atraindo o enxame para árvores próximas. A rainha reverá
ser introduzida sempre pelo alvado. Caso ela insista em sair da colmeia, isso não deve
constituir-se em motivo de preocupação. A rainha somente permanecerá no interior da colmeia
após localizar os favos com as crias. Então, quando se coloca uma rainha numa colmeia e ela
insiste em sair, basta insuflar um pouco de fumaça pelo alvado, após a sua entrada na colmeia.
As abelhas, quando submetidas à fumaça, tendem a subir; com isso, a rainha encontrará as
crias, e tão logo isto aconteça, iniciará a liberação do feromônio, atraindo as operárias para
junto de si.
Ao perceberem o feromônio, as operárias, levantando o abdome, vergam o seu
último segmento e expõem a glândula de Nasanov, iniciando a liberação do feromônio
secretado por esta, que atua sobre as demais. A partir daí, todas as operárias caminham, em
direção à colmeia, para junto da rainha. Nesta ocasião, deve-se parar ou, então, reduzir ao
mínimo o uso da fumaça e continuar o batuque na lateral da colmeia.
É absolutamente normal, o fato de não se localizar a rainha, quando da captura
de um enxame. Entretanto, é muito fácil saber se ela já se encontra no interior da colméia, pois
as operárias somente ficarão no interior desta em presença da rainha.
A rainha pode vir a morrer, acidentalmente, durante o processo de captura do
enxame. Caso isto aconteça, ela deverá ser colocada no interior da colmeia, pois, mesmo
morta, ela continuará liberando o feromônio e atraindo as operárias para junto de si, pelo prazo
de algumas horas. Como o enxame possui larvas novas e ovos, as operárias produzirão nova
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rainha, tão logo percebam que a sua antiga mestra está morta, voltando o enxame à
normalidade.
A colmeia deverá permanecer no lugar do antigo cortiço durante alguns dias,
caso isso seja possível, após o que, deverá ser transportada para o apiário.
A captura deve ser feita nas horas mais quentes dos dias claros e ensolarados,
quando as abelhas campeiras se encontrem em plena atividade no campo.
Para o transporte, deve-se vedar o alvado da colmeia (entrada) e substituir a
tampa tradicional por outra, feita com tela e moldura de madeira, a fim de facilitar a ventilação e
evitar a mortalidade tanto das crias como das abelhas adultas. O transporte deve ser feito à
noite ou pela manhã, bem cedo.
As abelhas somente deverão ser libertadas pela manhã. Este procedimento
levará as abelhas a fazerem voos de reconhecimento do local antes de partirem para o campo
e, com isso, evitar-se-ão perdas desnecessárias das abelhas campeiras que, fatalmente,
ocorreriam, caso fossem libertadas à noite.
A captura de enxames, embora seja a forma mais trabalhosa de se povoar um
apiário, permite que o apicultor se afeiçoe às abelhas, protege-as de enfermidades e parasitos,
elimina a concorrência com as abelhas do apiário e proporciona aumento de renda.
As rainhas jamais deverão ser aprisionadas em caixas de fósforo ou terem as
suas asas cortadas durante a captura do enxame. Aquelas aprisionadas em caixas de fósforo
estarão condenadas à morte, dadas as dificuldades das operárias, que na maioria das vezes
não conseguem libertá-las e as de asas cortadas deixam de ser úteis aos enxames, pela
dificuldade em fazer a postura dos ovos, uma vez que, sem as asas, perdem o equilíbrio e têm
a sua movimentação limitada. Além disso, um enxame com rainha de asas cortadas estará
fadado à morte, caso precise abandonar urgente a colmeia, uma vez que a sua líder se
encontra incapacitada para o voo.
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caixilhos em tamanho padrão, aramados e com uma tira de cera lisa ou alveolada de
aproximadamente três centímetros de largura fixadas em cada um. Uma solução feita com cem
a duzentos gramas de própolis, diluídas em álcool comum, pode ser pulverizada no interior da
caixa-isca, para atrair o enxame. A caixa-isca pode ser pintada de branco, amarela ou azul,
cores preferidas pelas abelhas, e devem ser instaladas em árvores de espinho, cupinzeiros,
próximo a formigueiros ou em árvores ocas.
Após cinco a seis dias de sua instalação na caixa-isca, o enxame poderá ser
transferido para a colmeia definitiva, reforçado com favos de crias de outros enxames ou
quadros com cera laminada e transferida para o apiário.
O uso da caixa-isca em telhados ou sobre lajes de indústrias, escolas, hospitais
etc., sempre nos pontos onde já se instalaram enxames, pode evitar a instalação de enxames
em locais de difícil acesso como tubulações ociosas, evitando-se e prevenindo-se acidentes.
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Quarto passo - Colocar a segunda colmeia tampada e sem fundo sobre a folha
de jornal, aplicando a seguir, algumas baforadas de fumaça no alvado e em torno da colmeia.
Durante algumas horas, as abelhas permanecerão comendo o mel, acabando por
furar a folha de jornal. Este tempo é suficiente para que a raiva se acabe e, ao romper o jornal,
os enxames estarão unidos, reorganizando-se para o trabalho.
Caso tenha realizado a operação pela manhã, à tarde o apicultor poderá
completá-la, reunindo as abelhas em um só ninho provido dos melhores favos.
A época própria para a realização desta prática é quando os enxames estão com
muita cria e populosos, o que acontece nos períodos de boa florada e condições climáticas
apropriadas.
Primeiro passo - transferir a colmeia populosa de local, colocando em seu lugar
uma colmeia vazia. As campeiras, ao voltarem do campo, entrarão na nova colmeia.
Segundo passo - transferir para a colmeia nova todos os quadros de cria nova e
ovos, um ou dois favos com cria madura, metade dos favos com mel e completá-la com
quadros, contendo cera alveolada.
As abelhas campeiras e nutrizes, aproveitando a existência das larvas e ovos,
irão criar uma rainha, caso não se disponha de uma rainha fecundada ou de uma realeira
madura para ser introduzida na ocasião da multiplicação.
A colmeia que deu origem à multiplicação passará a contar com todas as abelhas
novas, quadros com crias maduras, metade dos favos com mel, a rainha e quadros com cera
alveolada, colocados pelo apicultor até completá-la.
Com isso, ganha o apicultor mais uma colmeia para o seu apiário e previne a
enxameação natural, tão comum nas colmeias populosas.
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3º) Evitar permanecer na linha de voo das campeiras posicionando-se ao lado ou
atrás da colméia;
4º) Retirar, sem barulho, o telhado ou cobertura da colméia e, com o auxílio do
formão, levantar a tampa. Aplicar algumas baforadas de fumaça sobre os quadros;
5º) Iniciar a retirada dos quadros sempre por uma das extremidades, evitando
roçá-los entre si, o que poderia resultar na morte da rainha;
6º) Fazer a inspeção de cada quadro, evitando incliná-los, o que resultaria no
derramamento desnecessário de néctar ou mel verde e, conseqüentemente, no início de uma
pilhagem;
7º) Retirar da colmeia os favos vazios, pretos ou irregulares, substituindo-os por
quadros com lâminas de cera. Estes quadros deverão ser colocados no centro do ninho e
intercalados entre favos;
8º) Verificar se a rainha está em atividade, se há boa postura, se tem bastante
alimento e se o enxame precisa ou não receber melgueira;
9º) Anotar as observações e recolocar a tampa, fazendo-a deslizar pelo trilho em
sentido horizontal, evitando o esmagamento das abelhas;
l0º) A revisão deverá ser feita em dias ensolarados, evitando-se os dias frios,
chuvosos, com ventos, serração ou ameaça de trovoadas;
llº) Os favos com crias novas não deverão ficar expostos por tempo prolongado,
ao sol ou ao frio, a fim de que estas não morram e para não adulterar a geleia real, em contato
direto com a luz solar; e,
l2º) Observar o intervalo de pelo menos l5 dias entre uma revisão e outra,
lembrando-se sempre que uma colmeia de manejo intenso é uma colmeia de abelhas
doentes e improdutivas.
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5.5. USO DA TELA EXCLUIDORA DE RAINHAS (OPCIONAL)
No manejo para produção de mel, a tela excluidora poderá ser usada durante
todo o ano e deverá ser posicionada sobre a primeira melgueira, que deverá ter os dez quadros,
para manter o espaço-abelha.
Com isso, a rainha ganha espaço para completar o ciclo de postura, que ocupa a parte central,
formando uma esfera, e os enxames permanecem fortes, evitando-se o ataque de parasitos e a
mortalidade por doenças.
Sobre a tela excluidora, o apicultor deve colocar duas melgueiras, contendo nove ou oito
quadros cada uma, para a produção intensiva de mel ou, se preferir, colocar um sobreninho
com oito quadros ou caixilhos.
Nessa condição, cada colmeia dará em torno de 30 kg de mel a cada semana, com boa florada.
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Este tipo de alimentação visa à substituição do pólen, contribuindo para que a
rainha ative a sua postura e, conseqüentemente, para que a colméia tenha uma maior frente de
trabalho, no início do período floral. Esta alimentação, que poderá ser fornecida coletivamente,
compõe-se de duas partes de milho e uma parte de soja finamente moídos. Deixa-se um pouco
do alimento próximo do apiário e inicia-se o fornecimento quando as abelhas começarem a
coletá-lo. Quando elas perderem o interesse pelo alimento, suspende-se o fornecimento.
Tendo uma colmeia perdido a sua rainha e não possuindo ovos ou larvas novas
para que as abelhas possam criar uma substituta, estas iniciam a atividade de postura. Estas
abelhas poedeiras são conhecidas como zanganeiras, uma vez que seus óvulos dão origem a
zangões, pela falta de fecundação.
Uma família com abelhas zanganeiras caracteriza-se pela existência de maior
número de óvulos, distribuídos sem uniformidade pelo fundo e lados das células. A cria madura
apresenta opérculos salientes, devido ao nascimento de machos dentro das células menores,
destinadas a fêmeas. Observa-se, então, o nascimento ou presença de grande número de
zangões atrofiados e pequenos.
Para socorrer uma família com abelhas zanganeiras, pode-se proceder à união
desta com outra família normal ou, então, proceder da seguinte forma:
lº) Retirar os quadros com crias de zanganeiras da colmeia e eliminá-las.
2º) Introduzir quadros com crias maduras de operárias, oriundas de outra família,
a fim de fornecer nutrizes para a rainha a ser produzida ou introduzida.
3º) Introduzir uma rainha ou uma realeira madura. Caso isto não seja possível,
introduzir um favo de centro de ninho de outra colônia, contendo ovos e larvas novas, para que
as abelhas possam produzir nova rainha.
O apicultor deve estar sempre atento e socorrer as famílias órfãs antes de l5
dias, a fim de evitar que se tornem zanganeiras.
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As enxameações são mais freqüentes nos períodos de grandes floradas. Nestes
períodos, que variam de acordo com a região, o apicultor deve proceder a revisões de suas
colmeias a cada quinze dias, eliminando as realeiras encontradas e substituindo os favos
velhos por quadros com cera alveolada, que serão introduzidos no centro do ninho. Pode-se,
também, colocar nova melgueira para o enxame, dando-lhe mais espaço para trabalhar.
Outra forma de se conter um enxameação é fazer a divisão da família, conforme
visto anteriormente.
No processo enxameatório, várias rainhas são produzidas e, à medida que
nascem, são protegidas por diferentes grupos de operárias. Antes do nascimento da primeira
rainha, a rainha-mãe sai com a metade da família e vai procurar novo local para estabelecer-se.
Este novo enxame é chamado de enxame primário. A seguir, saem enxames secundário,
terciário, etc.
Os enxames provenientes de enxameações são chamados enxames voadores.
Normalmente, o enxame voador pousa próximo ao seu local de origem, evitando o gasto de
energia e do mel que suas abelhas levam nas vesículas melíferas, com o qual irão construir
favos em sua nova morada. Algumas abelhas destacam-se deste enxame e saem à procura de
novo local para a família estabelecer-se, são as batedoras ou rastreadoras. Os locais
encontrados são comunicados à família através de danças. O enxame, então, escolhe o melhor
deles e voa em sua direção para aí estabelecer-se.
6. CRIAÇÃO DE RAINHAS
A criação de rainhas é uma tarefa simples e fácil, mas que requer atenção do
apicultor. Deve-se fazê-la em época de florada abundante, em colmeias populosas e bem
alimentadas, observando a existência de zangões nas colmeias do apiário. É importante,
também, observar-se a existência de abelhas nutrizes nas colmeias recrias, a fim de que as
rainhas não venham a morrer de fome.
Calendário de Trabalho para a Criação de Rainhas por Puxada Natural e Produção de Enxames
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Dia D + 20 ou 30 Verificar a postura das novas rainhas e marcá-las.
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relativa é conseguida, colocando-se no interior da estufa uma placa de Petri ou uma pequena
vasilha, contendo água.
Para a obtenção de rainhas maiores, com peso superior a 200 mg, usa-se o
processo de dupla transferência de larvas. A segunda transferência é feita 24 horas após a
primeira, quando a primeira larva introduzida na cúpula é eliminada e nova larva é introduzida,
aproveitando-se toda a geleia real.
A finalidade da dupla transferência é fornecer à segunda larva introduzida uma
quantidade abundante de geleia real, a fim de que tenha o seu corpo mais desenvolvido. As
rainhas maiores têm maior capacidade de armazenar espermatozóides (espermateca maior) e,
conseqüentemente, terão maior capacidade de postura, sendo útil por mais tempo como mãe.
Dia D - Pela manhã: Preparar e povoar um núcleo órfão, com cinco favos de crias;
- À tarde: Enxertar as larvas e colocar no núcleo órfão;
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Dia D + 20 ou 30 Verificar a postura das novas rainhas e marcá-las.
7. O MEL
O mel deve ser colhido quando, no mínimo, 75% do favo encontra-se operculado,
mel maduro, a fim de que ele não venha a fermentar, após a extração, devido ao excesso de
umidade, separando-se em camadas.
Deve-se utilizar fumaça de qualidade, ou seja, sem fagulhas e de odor agradável.
As fagulhas que atingem os alvéolos desoperculados, permanecerão no mel mesmo após a
decantação, afetando a sua aparência e a sua qualidade. O mel deve ser colhido e transportado
em melgueiras, com fundo e bem tampadas, para preservar a sua qualidade. Os favos não
devem ter contato com o chão, para evitar a contaminação com coliformes fecais, Salmonelas,
Clostridium botulinum, etc. É importante lembrar que a fumaça deve ser usada com cuidado,
evitando-se aspirá-la, pois nela estão presentes produtos químicos potencialmente
carcinogênicos como o alcatrão e o benzopireno.
7.5. DESOPERCULAÇÃO
22
A desoperculação consiste na retirada dos opérculos, a fim de que o mel possa
ser extraído dos favos. Para esta operação devem ser utilizados garfos ou facas
desoperculadoras inoxidáveis. Deve-se evitar a utilização de facas desoperculadoras elétricas,
a fim de se preservar a qualidade do mel.
Quando se fornece calor ao mel, há a degradação dos açúcares e a formação de
um composto químico denominado Hidroximetil Furfural (HMF), que é prejudicial à saúde, além
de se alterar os seus princípios vitais (vitaminas, enzimas, hormônios etc.). O HMF forma-se no
mel com o tempo, razão pela qual se deve colhê-lo tão logo os favos estejam operculados.
Todo material utilizado no processamento do mel deve ser lavado com
detergente neutro, a fim de não se adulterar a sua composição e qualidade.
7.6. CENTRIFUGAÇÃO
7.7. DECANTAÇÃO
Após sair da centrífuga e ser filtrado, o mel deve ser colocado em decantadores
apropriados, de aço inoxidável AISI 304, para decantação. O período de decantação deve ser
mínimo de 48 horas e máximo de 72 horas, a fim de que todas as impurezas sejam separadas
do mel. Após esse tempo, as bolhas de ar e as impurezas irão ter à superfície do mel, quando
deverão ser retiradas, com o auxílio de uma escumadeira ou colher inoxidável livre de umidade,
e descartadas.
7.8. ARMAZENAMENTO
Para o armazenamento por tempo prolongado, o mel deve ser colocado nos
recipientes de forma a enchê-los até estar em contato com as tampas, permanecendo em
ambiente com temperatura de 14º C.
O mel deve ser envasilhado em potes de vidro, de boca larga e cor escura. Os
potes de plástico devem ser evitados, pois por serem porosos, facilitam a adição de umidade ao
mel, que é altamente higroscópico.
O uso de potes menores, 280, 500g ou 1000g facilita a comercialização do mel.
Estes potes deverão receber um rótulo, no qual deve constar o nome do apiário, nome e
endereço do apicultor, a origem floral (Mel de flor de...), informação nutricional e data de
envasilhamento e validade. São usados sachês e bisnagas de plástico de diferentes tamanhos,
para atender ao consumidor, que é quem vai escolher.
23
8. ORIGEM
O mel é um líquido viscoso e doce, elaborado pelas abelhas a partir do néctar
procedente fundamentalmente das flores, que as abelhas coletoras transportam para a colmeia
em suas vesículas melíferas e armazenam nos favos, onde amadurece, constituindo uma
reserva de alimento.
9. COR
A cor do mel é muito variável, dependendo fundamentalmente da espécie vegetal
que o origina. O néctar das plantas rasteiras e arbustivas geralmente resulta em mel de cor
clara e muito saboroso. O néctar das plantas arbóreas, como o eucalipto e outras, resulta em
mel mais escuro e de sabor forte. Os méis de cor escura são mais completos como alimentos,
sendo mais ricos em minerais.
É importante salientar que um mel de cor clara pode tornar-se escuro se
submetido ao calor ou à luminosidade por tempo prolongado. Um mel exposto à luz visível
perde, aceleradamente, as suas qualidades, a partir de seis meses. O mel produzido em favos
onde já se tenham desenvolvido larvas é geralmente mais escuro.
24
11. CUIDADOS COM O MEL
c) não deve ser guardado em geladeira, pois além de cristalizar, perde o aroma e
o sabor característico.
d) a cristalização é normal no mel, ocorrendo a baixas temperaturas ou
dependendo da relação glicose / água no mel. O mel cristalizado mantém as suas qualidades
inalteradas. A cristalização é uma característica do mel puro.
e) o mel cristalizado deve ser consumido como tal. Não se deve fornecer calor ao
mel cristalizado (banho-maria ou sol) para torná-lo líquido. O calor destrói as enzimas do mel e
ele apodrece (azeda).
f) exposto à luminosidade, o mel deve ser consumido em, no máximo, seis
meses. Resguardado da luz, tem vida longa.
g) o mel possui em sua composição, um produto conhecido como
Hidroximetilfurfural (HMF), cuja quantidade cresce com o tempo e com a temperatura. Por essa
razão, não se recomenda o consumo de méis velhos ou que foram aquecidos, a fim de se evitar
transtornos intestinais, gastrites e úlceras do estômago.
h) o mel que se separa em camadas de cores diferentes não deve ser
consumido. Esta separação é característica de méis que foram colhidos com excesso de
umidade (méis verdes).
i) as melhores embalagens para o mel são o favo e o vidro.
j) evite adicionar o mel à água ou ao leite fervendo.
12. ACIDEZ
O mel é ácido, estando o seu pH compreendido entre 3,2 e 5,5. Por esta razão é
que se recomenda o seu uso associado à água ou ao leite, a fim de se evitar que ele venha a
contribuir para agravar as gastrites ou úlceras, por acaso existentes.
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O mel de couve é semelhante ao de cenoura, sendo mais rico em vitamina K. As
folhas de beterraba são muitíssimo ricas em pró-vitamina A, contendo 17 vezes mais do que o
leite integral de vaca.
1. ALCANCE
Este Regulamento Técnico estabelece os requisitos que deve atender o mel para
consumo humano, destinado comércio nacional e internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição: Entende-se por mel o produto alimentício produzido pelas abelhas
melíferas a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das
plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas, que ficam sobre partes vivas de
plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas
próprias, armazenam e deixam maturar nos favos da colmeia.
2.2. CLASSIFICAÇÃO:
2.2.1.1. Mel de Flores: é o mel obtido principalmente dos néctares das flores.
Distinguem-se:
a) Méis uniflorais ou monoflorais: quando o produto proceda primordialmente da
origem de flores de uma mesma família, gênero ou espécie e possua características sensoriais,
físico-químicas e microscópicas próprias.
b) Méis multiflorais, poliflorais ou mil florais
26
2.2.3.5. Mel cremoso: é o mel que tem uma estrutura cristalina fina e que pode ter
sido submetido a um processo físico que lhe confira essa estrutura e que o torne fácil de untar.
3. REFERÊNCIAS:
4 - COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.2. Requisitos:
4.2.2.1. Maturidade
a) Açúcares redutores (calculados como açúcar invertido):
Mel de flores: mínimo de 65%
Mel de melado e sua mistura com mel de flores: mínimo de 60%
b) Umidade: máximo de 20%
c) Sacarose aparente:
Mel de flores: máximo de 5%
Mel de melado e suas misturas: máximo de 10%
4.2.2.2. Pureza
27
a) Sólidos insolúveis em água: máximo 0,1%, exceto no mel prensado, que se tolera
em até 0,5%.
b) Minerais (cinzas): máximo 0,6%. No mel de melado e suas misturas com méis de
flores tolera-se até 1%.
4.2..2.3. Deterioração
a) Fermentação: o mel não deverá ter indícios de fermentação nem será
efervescente.
b) Acidez livre: máxima de 40 milequivalentes por quilograma.
c) Grau de frescura: determinado depois do tratamento.
d) Atividade diastásica: como mínimo o 8 da escala de Goethe. Os méis com baixo
conteúdo enzimático deverão ter como mínimo uma atividade diastásica correspondente ao 3
da escala de Goethe, sempre que o conteúdo de hidroximetilfurfural não exceda a 15mg/Kg.
e) Hidroximetilfurfural: máximo de 40 mg/Kg.
f) Conteúdo de pólen: o mel deverá ter seu conteúdo normal de pólen, o qual não
deve ser eliminado no processo de filtração.
5. ADITIVOS
6.HIGIENE
7. ROTULAGEM
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É importante colocar no rótulo, sempre que possível, a origem floral do mel e a data de
sua colheita. A sua validade também deve constar do rótulo, expressa da seguinte forma:
VALIDADE:
Exposto à luz: 6 meses.
Resguardado da luz: 2 anos.
8. MÉTODOS DE ANÁLISES
Determinação/Referência
9. AMOSTRAGEM
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O rótulo do mel deve conter as informações nutricionais pertinentes, da seguinte forma:
* Valores Diários de Referência, com base em uma dieta de 2.500 calorias, para adultos.
30
Produzir mais mel por colmeia significa aumentar a produção total de cada colônia de
abelhas, sem se preocupar em saber se esta produção é destinada ao apicultor (mel
excedente) ou às abelhas (mel de manutenção). O balanço anual da vida de uma colônia de
abelhas (fig. 1) mostra que, enquanto ela produz 20 kg de mel para o apicultor, ela utiliza 40 kg
para abastecer as suas necessidades internas.
Produzir mais mel por colmeia significa, também, a redução do seu consumo por larvas
e adultos, com a finalidade de diminuir a parte de mel destinada à manutenção da colônia, para
aumentar a parte denominada de excedente. Caso o mel de manutenção fosse reduzido a zero
e toda a produção fosse coletada pelo apicultor, uma colônia de porte médio produziria 60 kg de
mel por ano.
Vários pesquisadores têm mostrado que existe uma relação direta entre a
quantidade de postura de uma colméia e a quantidade de mel colhida nesta colméia.
Esta constatação, extremamente importante, constitui a lei do rendimento em
mel, que pode ser, assim, enunciada:
Em igualdade de condições, a quantidade de mel produzida pelas colônias
de abelhas é proporcional à superfície de postura medida um mês antes.
1. Evitar a deriva
A perda de abelhas de uma colmeia para outra, a deriva, pode ser evitada com a
utilização de um espaçamento de 5 a 6 metros entre colmeias e a distribuição correta destas,
que deve ser feita em zigue zague, linhas onduladas, em U, ou formando diferentes formas
geométricas, evitando-se a distribuição em linha reta ou em fila.
3. Alimentação estimulante
Esta alimentação visa estimular a postura da rainha e pode ser feita com a
utilização de um xarope de açúcar e água, na proporção de duas partes e meia de açúcar para
1 parte de água ou com a utilização de rapadura, melado, garapa etc.
A quantidade de xarope é de meio litro por colmeia, a cada semana, fornecido
em alimentador individual ou coletivo.
Deve-se evitar o fornecimento de mel às abelhas, o que, além de encarecer a
alimentação, incita a pilhagem entre as colônias.
6. Rainhas novas
A utilização de rainhas novas e selecionadas garante uma boa quantidade de
postura e, consequentemente, um grande contingente de abelhas trabalhando no campo.
As rainhas devem ser substituídas a cada ano, exceto aquelas que mantiverem
excelente postura após esse período.
7. União de enxames
A união dos enxames pequenos estimula o crescimento da postura, contribuindo
para uma maior coleta de alimentos no campo, além de prevenir o aparecimento de doenças
nos apiários.
8. Favos novos
A vida útil dos favos é de três anos, sendo recomendado que eles sejam
substituídos a cada ano. Os favos novos estimulam a postura das rainhas e permitem o
nascimento de abelhas maiores, com maior capacidade de coleta de alimentos. Além disso,
quando as abelhas são maiores, elas são necessárias em menor número no interior das
colméias para o aquecimento das crias e, com isso, ocorre maior coleta de alimentos no campo
e a agressividade é reduzida.
9. Perigos da alimentação
A alimentação através do xarope de açúcar e água estimula a postura. As
numerosas larvas produzidas correm o risco de acabar com as reservas de pólen. Caso as
plantas poliníferas não estejam em floração ou as campeiras não possam sair, as provisões de
33
pólen se esgotam, podendo aparecer doença de cria, como a cria pútrida européia ou loque
européia.
A falta de pólen, caso ocorra, poderá ser compensada com o fornecimento de
farelo de soja, polvilho de mandioca, fubá de milho, leite em pó ou gema de ovo às colônias.
BLOQUEIO DA POSTURA
PRINCÍPIO
34
REALIZAÇÃO DO BLOQUEIO
Método Alin Caillas
a) Colocar uma colmeia vazia (B) ao lado da colmeia onde se vai fazer o bloqueio
(A);
b) Transferir oito quadros de cria para a colmeia vazia (B), livres de abelhas
adultas;
c) A colmeia A ficará com dois quadros de cria, todas as abelhas adultas e a
rainha;
d) Colocar, na colmeia A, oito quadros vazios ou com cera alveolada, para
completá-la;
e) Sobre a colmeia A, colocar uma tela excluidora de rainhas e, sobre esta,
colocar a colmeia B;
f) Completar a colmeia B com dois quadros contendo favos ou apenas com cera,
que pode ser alveolada ou laminada; e
g) Tampar a colmeia (fig. 4).
35
Fig. 4 – Método de Alin Caillas
Este método nos permite coletar 30 kg de mel por colônia, em uma semana de
florada, enquanto as demais colmeias dificilmente darão 7 ou 8 kg, no mesmo período.
A COR DO MEL
36
Os favos escurecidos pela criação de larvas provocam o escurecimento dos méis
neles armazenados, sendo este, talvez, o inconveniente do bloqueio da postura.
ENZIMAS NO MEL
37
. Escolher alguns enxames do apiário, que tenham apresentado maior aptidão
para a produção de cera;
. Retirar quatro quadros do ninho, dois de cada extremidade;
. Retirar as telas excluídoras, caso existam;
. Introduzir nas extremidades das melgueiras, quatro quadros, dois de cada lado,
contendo lâminas de cera, tendo o cuidado de retirar os sarrafos de madeira inferior dos
quadros.
Feito isto, é só aguardar alguns dias e revisar as colmeias, a fim de colher os
favos. As abelhas iniciarão a construção dos favos nas melgueiras. Como os quadros estão
sem os sarrafos inferiores, elas continuarão os favos até próximo ao assoalho das colmeias,
ocupando os espaços vazios deixados no ninho, com a retirada dos quadros.
Este processo fornece cera em quantidade ao apicultor, uma vez que, quando da
colheita destes favos para processamento, novas lâminas são colocadas nos quadros e o
processo se repete.
Para a purificação da cera, vários são os meios usados: derretedor solar,
derretedor a vapor, prensa extratora e derretedura em banho-maria.
A derretedura em banho-maria é o processo caseiro mais simples e mais comum.
Usa-se um tacho ou tambor, onde são colocadas a água e a cera, levando-se ao fogo. Após a
cera derreter-se, filtra-se através de tela de nylon ou pano para o interior de um balde ou lata.
Ao esfriar, a cera boiará, formando uma espessa camada à tona d’água. Ao retirar a camada de
cera, raspar, com o auxílio de uma faca, as impurezas que estiverem aderidas à sua superfície
inferior. Com isso, estará a cera pronta para ser laminada e utilizada pelas abelhas.
9. OS PESTICIDAS E AS ABELHAS
38
10. O V E N E N O D A S A B E L H A S
A operária possui um ferrão que usa para preservar a sua vida ou defender a sua
colmeia contra os inimigos.
O caráter defensivo das guardiãs varia de uma colônia para outra, de um dia para
outro, inclusive de um momento para outro.
As abelhas manifestam sua defensibilidade:
1. Em geral, até a uma dezena de metros de sua colméia;
2. Ao longo de seus caminhos de coleta;
3. Durante uma alimentação farta, muito próxima do apiário.
Pelo contrário, seu comportamento defensivo é nulo ou pouco marcante nos locais de
coleta de alimentos.
A tranqüilidade e a defensibilidade, ao menos em parte, está ligada:
1. À idade da operária; a defensibilidade aumenta com a idade;
2. À rainha; uma colônia é irritável ou tranqüila, tanto como o seja sua rainha;
3. À herança; entre a descendência de uma colônia defensiva encontram-se abelhas
defensivas.
4. À fase da lua: as abelhas são mais defensivas nas fases das luas escuras, ou seja,
minguante e nova, sendo mais tranquilas nas luas crescente e cheia.
Entretanto, as colônias mais defensivas são as mais produtivas.
As operárias percebem o medo, atacando quem as temem.
A ferroada se previne com uma proteção eficaz e com uma atitude tranquila,
unidas a um bom fumigador, de fumaça fria; a um trabalho rápido e sem atitudes bruscas, com
segurança.
O veneno é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina
existentes no interior do abdome das abelhas rainhas e operárias.
A operária utiliza o ferrão para injetar estas secreções nos inimigos. A rainha usa as
secreções de ambas as glândulas de veneno somente em luta com outra rainha. Ela usa o
ferrão como ovipositor e, por ocasião da postura, utiliza a secreção alcalina para proteger os
óvulos e ovos do ataque de fungos e bactérias.
39
11. O P Ó L E N
1. ORIGEM
Os grãos de pólen são produzidos pelas anteras da flor, cada uma delas situadas
no final externo de um estame, o órgão sexual masculino da flor. É o elemento da flor que,
transportado para o elemento feminino da mesma flor ou de outra, permite a fertilização,
produzindo o fruto e as sementes.
2. COMPOSIÇÃO
O pólen contém:
. água - 30% a 40%
. proteínas - 11% a 35% (protídeos)
. açúcares, amido - 20% a 40% (glicídeos)
. lipídeos (matérias graxas) - 1% a 20%
. minerais - 1% a 7%
. resinas
. matérias colorantes
. vitaminas B1 e B2
. hormônios e enzimas
O pólen fresco tem uma densidade 0,7 que, depois de desidratado, se aproxima
de 0,65.
3. VALOR TERAPÊUTICO:
4. PRODUÇÃO DE PÓLEN:
5. CONSERVAÇÃO DO PÓLEN:
É necessário preparar o pólen para uma boa conservação. Para isso, três
operações se sucedem: secagem, limpeza e armazenamento.
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5.1. Secagem
Para que o pólen não perca qualidade é imperativo que se faça uma rápida
secagem artificial. A secagem é feita em bandejas, em camadas de menos de 1 cm de
espessura, em estufas especiais, com ar quente circulante, até níveis de 5% de umidade, a
uma temperatura de 40ºC a 45ºC, por 3 a 5 horas, até as bolinhas ficarem soltas.
5.2. Limpeza:
A limpeza consiste na retirada das impurezas para preservar a qualidade do
pólen (patas e asas de abelhas etc.).
5.3. Armazenamento:
O pólen limpo e seco pode ser guardado em recipientes como sacos plásticos,
latas ou outros recipientes, hermeticamente fechados. Conservar em local seco.
6. EMPREGO DO PÓLEN
O pólen deve ser consumido em estado natural, junto com mel ou açúcar, na
proporção de 50% a 100% de seu peso.
A dose normal é de mais ou menos 20 g por dia, para adultos, e 7 g por dia, para
crianças.
Uma colher de café, bem cheia, contém 8 gramas, uma colher de sopa, 24
gramas. O momento mais favorável para o consumo do pólen é pela manhã, antes do desjejum.
12. A CERA
1 - Origem
2 - Importância:
Nos tempos das colmeias fixas, a cera era um importante produto do apiário.
Posteriormente, com o uso de folhas inteiras de cera alveolada e o reemprego dos favos depois
da extração do mel, a produção de cera passou a equilibrar as necessidades do apiário ou a
superá-las ligeiramente.
Atualmente falta cera no mercado brasileiro e mundial. Como a demanda tem
crescido muito, a cera alcançou ótimo preço no mercado, estimulando a sua produção pelos
apicultores.
4 - Conseqüências:
6 - Composição:
7 – Empregos da Cera
PRÓPOLIS
06. Limpeza:
A limpeza consiste em separar todas as impurezas ou substâncias estranhas à própolis
como pedaços de madeira, tintas, folhas, pedaços de abelhas etc.
07. Seleção:
A seleção é feita pela cor: ultra verde, verde, Brown e blend. A mais valorizada
comercialmente é a próplis ultra verde.
43
08.Classificação:
A classificação é feita de acordo com o tamanho.
09. Acondicionamento:
O acondicionamento deve ser feito em caixas de papelão não reciclado com capacidade
para 5 kg e 10 kg.
10. Armazenamento:
O armazenamento deve ser feito em geladeira, temperatura de 6 º C a 8º C ou em freezer, à
temperatura de –5º C.
. Em alguns municípios do estado de Minas Gerais existem apicultores que estão efetuando
a poda do alecrim antes dele iniciar a florada, conseguindo produzir a própolis verde durante
todo o ano.
FLORA APÍCOLA
Introdução
A seguir, estão listadas algumas plantas de interesse apícola, que ocorrem em várias
regiões do Brasil, consideradas importantes como fontes de néctar, matéria-prima para a
produção do mel, e de pólen, matéria prima para a produção da geleia real e do quilo,
importantes e imprescindíveis alimentos da rainha e das larvas de abelhas. Muito embora os
apicultores tenham os seus olhos voltados, quase sempre, para plantas como o assa-peixe, a
laranjeira e os eucaliptos, que lhe proporcionam polpudos retornos financeiros da
comercialização do mel, plantas como o picão, o macaé, a serralha, a mostarda e tantas outras,
consideradas insignificantes por existirem em pequena quantidade, são as que sustentam a
indústria apícola. São elas que mantêm as colônias de abelhas ao longo do ano, nas fases mais
críticas, uma vez que o excedente de mel das grandes floradas é sempre colhido e
comercializado pelo apicultor.
É importante que o apicultor seja sempre um observador constante da natureza e
de suas colmeias, para evitar a perda de colônias por falta de alimento. A observação
constante, em revisões mensais, é que vai mostrar-lhe o momento certo de alimentar as
famílias de abelhas, orientando-o, também, sobre a composição ou a recomposição da flora
apícola. Os favos de crias devem conter mel e pão de abelha (pólen) para a alimentação das
larvas. Caso falte néctar ou pólen ou as suas fontes estejam muito distantes das colmeias (as
abelhas coletam a até 3 km), os enxames deslocam-se para locais onde exista abundância
destes alimentos. É comum verificar colmeias abandonadas, contendo grandes suprimentos de
mel e abundância de crias mortas, mas, sem nem um pouco de pão de abelha. Em casos
assim, o que faltou foi atenção do apicultor, a quem coube o prejuízo, uma vez que a falta de
pão de abelha, caso tivesse sido observada em uma rápida revisão, poderia ter sido suprida
44
com o fornecimento de um substituto do pólen como o polvilho de mandioca, ou o amido de
milho, fornecido através do fubá fino de milho, entre outros, evitando-se a migração dos
enxames e a conseqüente mortalidade das crias.
NÉCTAR PERÍODO
NOME COMUM
NOMECIENTÍFICO (% açúcar) PÓLEN FLORESCIM.
Abacateiro Persea gratíssima -
Gaertn 26 a 44% Ago-Set
Abóbora, Cucurbita maxima x x
moranga Duchesne
Alecrim Baccharis x x
dracunculifolia Set-Nov
Amor- Antigonon 28 a -
agarradinho leptopus Hook-Arn 40% Ano todo
Angico Piptademia rigida x x
Benth Março
Angico Pithecelobium x x
rajado incuriale Benth Set-Out
Aroeira Lithraea x x
branca molleoides Engl. Ago-Out
Aroeira Lithraea x x
brasiliensis Abr-Mai
Astrapeia Dombeya wallichii 8a x
Benth-Hook 28% Junho-Ago
Assa-peixe Vernonia 43 a -
polyantes, Less 56% Jun-Ago
Barbatimão Stryphno dendron x
spp Outubro
Bilosca, Shizolobium 29% x
Guapuruvu excelsum Set-Nov
Boldo do Peumus boldus x -
Chile
Braquiária Brachiaria x
decumbens Dez-Mar
Brócoli- Brassica 28 a -
couve oleraceae 30% Jun-Set
Cabeluda Myrciaria x x
ou Cabeludinha glomerata Berg Out-Nov
Café Coffea arabica 27 a x
Linn 35% Ago-Out
Cambuí Piptadenia - x
contorta Benth Set-Nov
Carambola Averrhoa 18 a -
carambola, Linn 25% Jan-Fev
Casuarina
Camboatá Cupania vernalis, 38% -
45
Cambess Jul-Ago
Cipó-uva ou Enterobium 28 a -
Timbó timbouva 33% Set-Out
Chuchu Sechium edule L. x x
Congonha Ilex theezans, 38 a x
mart. 40% Out-Nov
Cosmos Comos bipinnatus x x
Mar-Ago
Eucalipto Eucalyptus - -
torreliana Ano todo
Eucalipto Eucalyptus 38 a x
robusta robusta 45% Jan-Jun
Eucalipto Eucalyptus saligna 35 a x
saligna 40% Mar-Set
Eucalipto Eucalyptus alba 35 a x
alba 45% Fev-Abr
Eucalipto Eucalyptus 15 a x
citriodora 35% Outubro
- x Dez.
Grama de jardim a fevereiro
46
de macaé, amor Leonurus sibiricus
deixado, pasto de x - Ano todo
abelha, juliana,isopo
Magnolia x
grandiflora Lin. x
Magnólia Magnolia pumila x x
Andr.
-
Mamica de porca Zanthoxylum rhoifolium 31% Dez-Janeiro
Lan
47
d’água Jun
Sansão do x Jun-
campo Set
Serralha, Sonchus x x
serralhinha oleracens L.
Sibipiruna Caesalpinia pelto- 47 a - Set-
phoroides 50% Out
Soja Glycine hispida x - Out-
Max Dez
Sucupira, Ormosia coccinea x x
sicupira
Tangerina Citrus sinensis x x Ago-
Pers Set
Unha-de- Bauhinia forticata x - Jan-
vaca Fev
Vassoura Baccharis 25 a x Abr-
dracunculifolia 35% Jun
Vinhático Platymenia x -
reticulata
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
48
MAGNÍFICA ABELHA
Treinamentos e Serviços em Apicultura
Florestal – MG - Brasil
49
OFICINA
DAS ABELHAS
A ARTE DE PRODUZIR
Zootecnista
2020
50