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1. Introdução
2. Castas
3. Produção de mel
4. A apicultura
5. Equipamentos e instalações
6. Manejo de colmeias
7. Colheita e processamento
INTRODUÇÃO;
- Brasil: possui regiões distintas caracterizando vários tipos de florada e consequentemente
vários tipos de mel. As características organolépticas muda de acordo com a florada.
- A atividade necessita de maior organização por parte dos apicultores para poder desenvolver
o mercado.
- Abelhas e produtos apícolas conhecidos desde a antiguidade.
- Maior consumo no Brasil devido às propriedades medicinais.
- Mel medicamento entre os egípcios (2.400 a.c.)
ABELHAS
- Classificadas de acordo com seus hábitos:
Abelhas solitárias: não associada a produção de mel, mas importantes para
polinização. Ex: polinização do maracujá. Podem picar mais de uma vez, não morrem com a
perda do ferrão.
Abelhas parasitas: uma abelha parasita somente outra abelha
Abelhas sociais: abelhas estocam mel, vivem em colônia, representa 2%. Possuem
castas. tem organização definida na colmeia.
ABELHAS MELÍFERAS
Abelhas meliponíferas: Não possuem ferrão, baixa produção de mel com composição
físico-química distinta. Associada a produção de mel mais fluídos e em pequena quantidade.
- Produção comercial: iguaria.
- Cultura de criação diferente - é chamado de meliponicultura.
Apis mais utilizadas comercialmente - 7 espécies. Apicultura = criação de abelhas do gênero Apis
(não são nativas das Américas) para produção de mel e derivados.
● Cruzamento entre européias e africanas = Apis mellifera africanizada- agressivas,
enxameadoras, campeiras, trabalham mais horas por dia, rainha de boa postura (mesmo no
inverno), cruzam com as demais raças - de forma natural.
APIS MELLIFERA
- vivem em colmeias com colônias organizada por castas (hierarquia de função).
- Tamanho da rainha é maior em relação aos demais. Normalmente tem-se uma rainha.
- Existe nestes sistemas a marcação de rainhas, para monitoramento.
- Cerca de 60.000 operárias e até 400 zangões.
- As abelhas possuem diversas glândulas, glândulas produtoras de mel, glândulas produtoras
de própolis, de apitoxinas etc.
CASTAS
Operárias - executa todas as atividades únicas responsáveis pelo bem-estar da colônia
- nascem de ovos fecundados
- Vivem 42 a 60 dias, em média
- A função varia sucessivamente com a idade e necessidade da colônia.
- As atividades realizadas são determinadas pelo desenvolvimento das glândulas das operárias.
1° ao 3° dias - FAXINEIRAS
● alimentam-se do mel, néctar e pólen das células (favos), limpando-as para o deposição de
novos ovos
● aquecimento dos ovos e larvas – 33-35°C com vibração (através de movimento das asas)
FERRÃO
órgão de defesa de abelhas: rainha e operárias. É constituído por um estilete usado na perfuração e
duas lancetas que possuem farpas que o prende à superfície ferroada, dificultando sua remoção.
- após a introdução do ferrão a abelha injeta a apitoxina e morre perdendo parte de sua
estrutura anatômica.
- Pessoas alérgicas a Apitoxina não podem trabalhar com abelhas - em pessoas alérgicas o
efeito da apitoxina é potencializado no organismo do indivíduo (choque hipovolêmico).
ZANGÃO
● Não possui ferrão, principal função é a reprodução
● São indivíduos machos
● São maiores que as operárias (alvéolos maiores)
● Macho, produzido por partenogênese (haplóide -n) - ovo que a abelha coloca sem a
fecundação de um zangão.
● Não vive mais de 2 horas sem comer
● Não apresenta apêndices para trabalho (a espera do vôo nupcial) - não executam atividade
relacionada a produção de alimentos, sendo alimentados pelas operárias.
● Voos diários de higiene e exercício
● Morre após a cópula (maturidade sexual 12 dias)
● Órgãos sensoriais mais desenvolvidos (detecta rainha virgem até 16 km)
● Variam de 0 a 400 por colmeia: são expulsos em época de escassez de alimentos. Podem ir
para outra colmeia. Podem esperar para o voo nupcial até 80 dias.
RAINHA
● Abdômen mais claro e desenvolvido
● Localização: cercada por operárias
● Vivem até 6 anos: vida útil menor. Postura interessante por 2 anos
● Larva 2n alimentada somente com geléia real em célula especial (realeira). Nascem de ovo
fecundado posto nas realeiras: diferem das células hexagonais - o local é maior e a
alimentação é diferenciada (com geleia real - permite maior desenvolvimento.
● Põe ovos fecundados (operárias ou rainhas) ou não (zangões)
● Mantém a colméia unida (ferormônios - glândula de Thanassof)
- postura de ovos, liberação de feromônios para manter abelhas unidas, tem relação com
produtividade.
- favos abertos - rainha pouco produtiva.
- Quando a rainha está ficando velha é identificado pela colmeia e a rainha coloca ovos em
estruturas chamada de realeiras, no qual a larva será alimentada por geleia real, dando
origem a uma nova rainha.
- Existe produção induzida de rainha - isso é feito para proporcionar melhorias para os sistemas
de criação. Produtores constroem realeiras e introduzem nas colmeias para que as abelhas
limpem. Após isso é retirado larvas que dariam origem às operárias e introdução nas realeiras
feitas. As realeiras são novamente colocadas nas colmeias, com larvas aderidas nas cúpulas
(realeiras). Momentos antes a rainha deve ser retirada para que as abelhas operárias iniciam
os processos para formação de uma nova rainha.
- As cúpulas de cera serão super tratadas com geleia real. Depois as cúpulas são fechadas
pelas abelhas, formando um casulo. Após 8 dias as realeiras são retiradas das colmeias. O
produtor destaca as realeiras do painel.
- As futuras rainhas são colocadas presas em pequenas caixinhas de madeira, com alimento.
Por processo natural a primeira rainha que nasce destrói todas as outras. E com essas
gaiolinhas elas ficam uma do lado da outra em segurança. As gaiolinhas são levadas ao
apiário para completarem o ciclo de maturação das larvas. Quando eclodem vão novamente
ao laboratório para serem marcadas. São entregue aos produtores nas caixinhas para
melhorar a produtividade da apicultura.
- Para introdução da nova rainha deve ser retirada a rainha antiga e o enxame pode não aceitar
a rainha nova, por isso a caixinha é colocada fechada nas colmeias até o enxame se adaptar.
- É possível com isso multiplicar o enxame com essas novas rainhas.
- A enxameação está relacionada com o período das floradas
FASES DO DESENVOLVIMENTO
1) INTRODUÇÃO
2) CASTAS
3) PRODUÇÃO DE MEL
4) A APICULTURA
5) EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
6) MANEJO DE COLMEIAS
7) COLHEITA E PROCESSAMENTO
INTRODUÇÃO:
Beneficiamento - qualquer atributo que seja aplicado a matéria prima para que garanta o aumento da
vida útil de um produto, mas do mel não diz respeito a sua vida útil. Medidas tomadas para garantir
uma melhor qualidade do mel. Não precisa sofrer nenhum processo de aquecimento ou
congelamento.
- o que o torna segura para o consumo é devido ao alto teor de açúcar (frutose, glicose e
sacarose). A frutose e a glicose separadas são oriundas da sacarose quebrada pela enzima
INVERTASE/ DIASTASE - aumentando a concentração de açúcar.
- O mel é considerado um produto estéril - livre de crescimento microbiano. É seguro consumir
o mel in natura, processamentos podem atrapalhar a composição e o armazenamento.
3) PRODUÇÃO DE MEL
- Alimento elaborado pelas abelhas, a partir do néctar coletado das flores.
- Grande variedade de cor, aroma, sabor e densidade (néctar é diferente em cada uma das
flores)
- Mel é silvestre → multifloral (suas características mudam de acordo com a vegetação da
região e a época do ano). O pasto apícola que vai determinar o tipo de mel e tem diferenças
significativas: mel de laranjeira, mel de assa-peixe, mel de eucalipto etc.
- Devemos tomar cuidado com a retirada do mel das colmeias, são fonte de alimento para as
abelhas. Se é retirado por completo as abelhas morrem de fome. Estabelecer um critério para
essa retirada.
- O mel deve passar por processo de inspeção garantindo a qualidade do produto.
O que indica que o meu pode ser colhido é de flavos operculados. Com isso, as abelhas nos dizem
que o mel pode ser consumido no ponto de vista físico-químico, pois é preciso passar por um
processo de maturação (como perda de umidade).
- Umidade ideal e preconizado pela legislação: 20% - garante esterilidade do mel. Bactérias não
consegue sobreviver a meios com pouca atividade de água. Acima de 20% o mel é passível
de contaminação.
ATIVIDADE DE ÁGUA: qualquer matéria-prima tem várias atividades de água: água firmemente
ligada às proteínas, água parcialmente ligada às proteínas ou qualquer outro componente e a água
livre. A atividade de água é medida pelo teor de água livre contido em um produto. É medido de 0 a 1,
quanto mais próximo de 1 - mais líquido e melhor para o crescimento microbiano.
- O leite tem uma alta atividade de água
- Carne de sol tem uma baixa atividade de água
- Uma das formas de conservar alimentos é reduzindo a quantidade de água dos alimentos,
seja por aquecimento ou adição de sal (ocupa a água livre, indisponibilizando a água).
- O Mel nesse processo de maturação (redução da umidade) há uma queda drástica na
atividade de água. O que resta de água no mel não é suficiente para o crescimento
microbiano. O açúcar também contribui para redução da atividade de água.
COLHEITA DO NÉCTAR
- é coletado pelas operárias campeiras.
- Bolsa de néctar: onde é armazenado e onde ocorre algumas transformações do néctar nas
abelhas.
- O néctar é rico em sacarose e no aparelho digestivo das abelhas já sofrem o processo de
transformação. O processo de maturação termina nos flavos.
- Visita várias flores até preencher a vesícula melífera com néctar.
- Raio de coleta: média de 1.500m.
- Campeira pesa 85 mg e transporta até 70 mg: seleção do néctar
- Menor colheita nas horas mais quentes do dia - para evitar o cansaço. Calor dificulta seu voo.
- Coleta pólen, néctar ou outros componentes que possam ficar aderidos ao seu corpo.
MATURAÇÃO do mel: a evaporação de água continua após a deposição da mistura nos alvéolos, até
que se obtenha aproximadamente 80% de concentração de açúcar (20% de água residual). Além
disso, ocorrem reações químicas determinadas pelas enzimas (invertase - inverte a sacarose em
frutose e glicose. A sacarose que sobra é residual.
OPERCULAÇÃO: Após processo de maturação concluído há o fechamento das células com cera,
para prevenir absorção de água e consequentemente a fermentação do mel.
- Originalmente esse mel é destinado ao consumo interno das abelhas.
FERMENTAÇÃO: diminui o ph do mel e propicia a ação de ácidos orgânicos que contribuiu para as
características sensoriais do produto e também para inibir o crescimento bacteriano (pH ácido
contribui para que não haja crescimento bacteriano - bact. patogênicas ou deteriorantes.
COLETA DE PÓLEN
- Corbícula: próximo as patas. As abelhas são responsável por polinizações de frutas, plantas,
legumes etc. Certas plantas dependem significativamente das abelhas (importante
sobrevivência das abelhas).
- O uso indiscriminado de agrotóxicos podem causar morte das abelhas.
- Aderência de pólen ao corpo
- O apiário é conjunto de colmeias!
4) O QUE É APICULTURA?
- Exploração não predatória das abelhas: técnicas de criação das abelhas, extração,
processamento e comercialização dos produtos de abelhas.
● Apenas monitoramos a criação das abelhas e são elas mesmos que determinam a produção
do mel. A partir disso, determinamos o destino final desse mel. Não há como intensificar a
produção de abelhas apenas melhoramento genético, melhoramento dos pastos apícolas,
redução de defensivos agrícolas.
Apicultura migratória:
● Produção condicionada a escolha da área. Objetiva a polinização para aumento da
produtividade agrícola.
● É muito comum quando queremos reflorestar uma área - restabelecer pastos apícolas para as
abelhas. Elas vão contribuir para polinização e sucessão ambiental natural de reflorestamento.
Apicultura fixa:
● Restrita à florada de uma única região. A produção depende das estações climáticas e
sazonais.
● A produção de mel tende a cair no outono e no inverno - não há chuva e nem pasto apícola.
Se a coleta for feita no inverno pode acontecer de estarmos tirando o alimento delas.
● É recomendado que em épocas de redução de pasto apícola, redução de néctar para essa
abelhas e no inverno seja reduzido a extração de mel para essas abelhas.
Polinização: as abelhas são muito eficientes. Algumas culturas necessitam da polinização dos insetos
e as colméia são alugadas. E outras são estritamente dependentes deste processo.
- transportam também o néctar, mas são armazenado no aparelho bucal das abelhas. O pólen é
aderido ao corpo - produto derivado do mel, mas não tem dependência direta do mel
diferentemente do néctar.
5) EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
LOCALIZAÇÃO DO APIÁRIO
- De extrema importância
- Distante de criatórios de animais, moradias (mín. 300m - ferrões), fábricas (poluentes interfere
na sanidade das abelhas) e plantações (agrotóxicos) - mín 3 km.
- Disponibilidade de água limpa:
As abelhas não são seletivas em relação à água
Distância de, no mínimo, 100 m e no máximo de 500 m - reservatório de água.
Se não houver fonte natural (rios, nascentes), instalar um bebedouro artificial.
- Disponibilidade de alimento: pasto apícola.
- Manter o local das colmeias limpo.
- Evitar umidade (fungos) e calor excessivo (dificulta produção do mel)
- Fácil acesso e escoamento.
- Protegido de ventos: dificultam o voo, promovendo desgaste energético.
- Orientação do alvado (parte aberta embaixo da colmeia-onde entram e saem): voltado para o
nascente, para não sofrer com o sol quente.
- Sombreamento: evita altas temperaturas no interior da colmeia.
COLMEIA
● Moradia das abelhas (ocos de árvores, fendas de rochas, telhados)
● Padrão de construção:
Posição dos favor
Espaço abelhas (6 a 9 mm - tráfego e trabalho das abelhas)
● Colméias racionais: colmeia pries, paulistinha, curtinaz, schirmer, schenck, Langstroth
-
MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO DA COLMÉIA
PINTURA:
- Objetivo: impermeabilizar, durabilidade, identificação, aspecto visual.
- Qualquer tinta sem cheiro
- Cores: azul claro, amarela, esverdeada, branco
- 3,6 L (1 galão) = 18 colmeias
- Pintar somente externamente
Alvado - protegido pelas operárias da guarda reais. Servem para ferroar e para avisar a colmeia de
algum perigo.
Roupa do Apicultor - Os EPI (equipamentos de proteção individual) - são essenciais para o sistema
de criação, porque as abelhas vão estar tentando ferroar os manipuladores o tempo todo.
- Máscara, Luvas, Botas brancas e macacão.
- Máscara de cor preta sustentada por chapéu.
- Luvas: proteção e sensibilidade. Deve ser de cor clara e não deve ser grossa demais
impedindo que o manipulador tenha sensibilidade.
- Macacão: elástico nas extremidades, largo, cor clara em tecido grosso (para ver a quantidade
de abelha que está pousando).
- Botas: cano longo, cor clara.
É importante não deixar frestas para que as abelhas entrem - se uma entrar e ferroar libera
feromônios chamando outras abelhas.
Quadro de ninhos - favos branquinhos são o que estão com larvas e as larvas estão sendo
alimentadas. As nutrizes são responsáveis por fornecer mel para as larvas e geleia real para as larvas
de até 3 dias.
Tela excluidora de rainha - é importante para que a rainha não invada a melgueira e assim evitando
enxameação. Mesmo assim a rainha ainda consegue ter contato com as outras abelhas quando saem
da colmeia. Ela pode passar, mas essa tela é colocada para que ela não passe a todo momento a
ponto de atrapalhar o serviço das operárias.
Formão - é utilizado para descolar os quadros. Podem estar aderidos com mel, cera ou própolis
Faca e garfo desoperculadores - retirar o opérculo para extração do mel e processamento dos
quadros.
Mesa Desoperculadora
Centrífuga elétrica radial (circular - raio) / Centrífuga facial (quadros de frente um ao outro) - os
quadros são disposto nas centrífugas. Existem vários tipos. Pela força centrífuga o mel é expulso dos
quadros, se choca na parede e cai no balde coletor. Facilita extração do mel.
Decantadores verticais - decantação das sujidades, pode ser pedaços de abelha, de cera, pólen etc.
Descristalizadores - são utilizados quando o mel está cristalizado em excesso. O mel é aquecido há
uma temperatura de até 40°C para derreter os cristais que foram formados. Em casa -não pode ferver
o mel. A cristalização em excesso pode dificultar o processamento.
6) MANEJO DE COLMEIAS
Fumigador: é uma alternativa - a fumaça diminuiu a agressividade das abelhas (simula incêndio e
cause aglomeração das abelhas): passam a armazenar mel e proteger as crias - desviam o foco do
indivíduo para a colmeia. Quanto mais próximo das africanas mais agressivas.
● Uso do fumigador: fumaça de boa qualidade: não sufocar a abelha, nem o apicultor
- Combustível: maravalha ou cepilho (madeira não tratada), gravetos de erva mate, acrescentar
cera/própolis, casca de eucalipto.
- Como acender o fumigador: O fumigador está pronto quando produzir fumaça branca e não
muito espessas. Fumaça preta intoxica as abelhas.
- Primeiro lugar onde deve ser usado o fumigador - alvado, após isso, o fumigador deve ser
usado dentro da colmeia.
● Cuidados:
- não sufocar as abelhas com excesso de fumaça.
- Excesso sobre mel (de fumaça)→ cheiro no produto final.
● Preparo do fumigador:
- Material em quantidade suficiente para não faltar durante o trabalho
- Acender com papel, folhas, gravetos ou brasa sobre a grelha.
- Acionar o fole lentamente até obter fumaça fria, sem faíscas e contínua.
INÍCIO DO MANEJO:
- Horário de 08:00 às 11:00 ou 15:00 às 16:00 - horários frescos. Não coletam néctar no calor.
- Tempo: céu aberto, sem vento e não manejar no frio → grande número de abelhas na
colmeias e maior ataque, além de prejudicar a crias devido ao resfriamento.
- Rapidamente: menos de 5 minutos, além de usar EPI’s
- Indumentárias e apetrechos (macacão, botas, chapéu ou boné, luvas, formão, fumigador
preparado).
- Estar sempre limpo e sem perfumes fortes: cheiro forte irrita as abelhas → cavidades olfativas.
- Ter segurança em si mesmo → saber o que irá fazer
- Aproximar-se em silêncio e por trás da colméia (fora da linha de voo) - por trás do alvado.
- Sem movimentos bruscos e sem barulho.
- Algumas baforadas no alvado e esperar alguns minutos
- Retirar o telhado e levantar a tampa.
- Colocar a tampa em pé ao lado da colméia.
- Usar a espátula para desgrudar tampa, caixilhos e melgueira.
- Algumas baforadas nos quadros (manter as abelhas no interior)
- Não perturbar as abelhas quando desnecessário (diminui a produção)
- Usar equipamento adequado (roupa, fumigador, formão, caderno, caneta)
- Fumigar algumas vezes no alvado e esperar alguns segundos.
● Examinar os quadros um a um
● Verificar conservação da colmeia e realizar substituição de quadros- quando necessário.
● É necessário substituir a lâmina quando estiver muito dura ou muito seca. Quando se tratar de
mel em favo será necessário laminar o quadro novamente.
● Observação das crias: presença de todas as fases, coloração, posição, uniformidade de
postura. Se as larvas estão se movimentando e se alimentando.
● Alimentos: mel e pólen (rico em proteína) - observar se há disponibilidade desses alimentos.
● Observação postura da rainha pela presença de todas as fases de desenvolvimento. A
verificação de muitas falhas nas áreas de cria pode ser indicativo de que a rainha está velha
(sua postura está irregular).
A larva é alimentada até se tornar pupa, em seguida o favo é operculado, quando estiver pronta sai
do opérculo e após 3 dias está apta para trabalhar.
A colmeia também é organizada - primeiro tem os alvéolos operculados, depois alvéolos com larvas
em diferentes estágios de desenvolvimento, alvéolos aguardando postura e em seguida alvéolos de
alimentação (pólen e mel).
Nem sempre que tem larva na realeira significa que terá uma nova rainha - funciona como um
mecanismo de defesa, de prevenção, mas caso não seja necessário essa nova rainha é morta pela
rainha atual.
SUBSTITUIÇÃO DE RAINHA: rainhas velhas apresentam baixa postura e devem ser substituídas
- Aquisição de rainhas: relacionado com melhoramento genético
- Realizada antes do início da florada
- Deixar a colmeia ´órfã: destruição da rainha.
- Colocar a rainha nova na gaiola de introdução
- Introduzir a gaiola no ninho
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL:
No final da florada deixar pelo menos uma melgueira cheia em cada colmeia para as abelhas se
alimentarem no período que não tenha flores. Não retirar em excesso.
Alimentação artificial: quando alimento estiver escasso (não retirar mel)
CONTROLE DE ENXAMEAÇÃO
- Enxameação = excesso de abelha. Uma alternativa para isso é adquirir uma rainha e dividir a
colmeia em duas. Duplicando a produção.
- Prevenir enxameação: verificação de espaço suficiente para as abelhas, formação de realeiras
e condições desfavoráveis.
7) COLHEITA E PROCESSAMENTO
Curiosidades e informações adicionais- para produzir 1 kg de mel → distância de voo (500m entre
apiário e florada) equivale a uma volta ao mundo (52.000 km)
Produção por colmeia (sul/sudeste): 15-45 kg (fixo), 90 - 100 kg (migratória- mudança de pasto
apícola)
COLHEITA DO MEL - representa o momento de maior risco para a qualidade do mel, pois pode
comprometer composição, sabor, aroma e segurança
- dias ensolarados (evitando exposição prolongada ao sol)
- Não colocar no chão - sujidades e microrganismos anaeróbios - toxina botulínica)
Transporte de melgueiras
- O veículo deve ser higienizado antes de ser utilizado
- Ideal que seja fechado (podendo-se utilizar lona limpas)
- Se ocorrerem paradas durante o transporte - locais sombreados e frescos, sem umidade.
Centrifugação:
centrífuga elétrica ou manual/ facial ou radial
equilibrar os pesos dos caixilhos
aumentar velocidade progressivamente - não muito rápido no início, o mel pode não sair.
BALDES COM MEL SEGUIRÃO PARA DESCRISTALIZAÇÃO E/ OU FILTRAGEM. Pode ser que a
produção do mel termine aqui, por exemplo, mel operculado e sem a umidade adequada - vão ser
armazenados e serão realizadas análises periódicas até que atinja umidade de 20%. Enquanto não
atingir a umidade adequada o mel não pode ser processado.
Homogenizador - nem sempre é necessário.
FILTRAÇÃO/ DECANTAÇÃO -
Pode ser realizado em peneira de malha 1 - 3 mm sobre o decantador (impurezas maiores: restos de
favo, abelhas)
24 - 48 h no decantador (impurezas que passaram na filtração)
FILTRAÇÃO
- Malha de aço inox ou nylon: de 40 a 80 mesh.
DECANTAÇÃO - permite retirar as impurezas que passaram pela filtração - sujidades e bolhas de ar
24 a 72 horas.
ENVASE/ ROTULAGEM
- Embalagem para consumidor final - varejo (150 - 300, 500 e 1000g: plástico, vidro - boca
larga)
- Embalagens para estocagem - atacado (tambores, baldes plásticos, latas metálicas revestidas
de verniz sanitário): 20-100 ml.
- Peso específico do mel 1,3 (1L = 1,3 kg)
- Evitar espaços vazios (15 mm abaixo da tampa) → umidade do ar / fermentação
- Rótulo: respeitar legislação, origem botânica (80% de florada predominante), datas envase e
validade - 2 a 3 anos, composição,...)
● Própolis - é o cimento natural das colmeias - utilizado para tampar frestas da colmeia pelas
abelhas, tem alto valor nutritivo e alto valor medicinal.
É o produto da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante o néctar
e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no ingresso da colmeia.
- passa por um processo mediante as glândulas salivares da abelha
As abelhas coletam cerca de 40 Kg de pólen/colmeia, sendo aproveitados 3 a 5 Kg. O transporte e a
conservação do pólen in natura deve ser sob refrigeração - porque pode sofrer processo de oxidação
e fermentação natural.
Processamento do pólen
Pré-Limpeza: remove-se os fragmentos de abelhas, própolis e outras sujidades.
Congelamento: O material é transferido para baldes mantidos em freezer por pelo menos 48 horas,
para destruição dos ovos e das larvas de traças da cera, além de impedir que fungos e bactérias
presentes se multipliquem. É um componente externo e pode vim contaminado com determinados
microrganismos e trazer prejuízos.
Limpeza final - Catação: Realizada com auxílio de pinça e sistemas de ventilação para a retirada de
impurezas.
Alto teor proteico (10% a 40%) - é considerado um dos alimentos mais nutritivos da natureza pois são
ricos em proteínas, aminoácidos, vitaminas do complexo B e enzimas. Cada colher de chá cheia
contém mais de 2,5 bilhões de grãos de pólen de flores.
GELEIA REAL - é o produto da secreção do sistema glandular cefálico formado pelas glândulas
hipofaringeanas e mandibulares das abelhas operárias colhidas em até 72. É uma substância muito
viscosa, de cor branco-leitosa e sabor ácido forte.
- deve ser mantida refrigerada.
- Deve ser mantido ao abrigo da luz e refrigerado entre 5° e 16° C - tem componentes que
podem sofrer fermentação fazendo com que perca seu valor nutritivo e medicinal quando
submetido a temperaturas muito altas.
- comporta: água, proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais, vitaminas.
APITOXINA
Produto da secreção das glândulas abdominais ou glândulas do veneno de abelhas operárias,
armazenado no interior da bolsa de veneno.
- Coletor de Veneno de Abelha (CVA): há uma placa de ferro impregnada com feromônios que
atraem as abelhas e dão microchoques. Assim elas tentam ferroar e a canaleta existente
recolhe a apitoxina.
- Substância de origem glandular;
- Apenas as fêmeas produzem.
- Produção até os 18 dias de vida
- Transparente e solúvel em água
- Saco de veneno (base do ferrão) = armazena a apitoxina
- Usada para fins opoterápicos: alergia, febre reumatóide, acupuntura, artrites reumáticas,
dessensibilização, transtornos circulatórios e bactericida.
Extração comercial: as abelhas recebem um choque elétrico suficiente para irritá-las e eliminarem
uma carga de veneno sobre a placa de vidro. Liberam também feromônios que atraem mais abelhas.
O veneno perde seus óleos voláteis e adere a placa na forma de pó marfim. Elas não morrem.
- produto não comestível - rótulo (matéria-prima).
PRÓPOLIS
Produto oriundo de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas, de brotos,
de flores e de exsudatos de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e
pólen para elaboração do produto.
Utilização pelas abelhas: vedar as frestas, embalsamar invasores mortos e grandes (desinfetante
para a colmeia) - proteção da colméia. Tem ação antimicrobiana na colmeia.
FORMAS DE PRODUÇÃO:
- Produção anual por colmeia: 50 - 400 g
- Técnicas para produção de própolis → criar fresta na colmeia (tela, calços, quadros de
madeira, furos, colméias especiais- elas procuram fechar essas fresta com o própolis)
Obs: todas as técnicas prejudicam a produção de mel
Valor de mercado da própolis: 10 a 30 vezes o Kg do mel - avaliar custo benefício, qual compensa
mais.
A origem botânica da própolis é o fator determinante de suas características: composição, coloração
e propriedades terapêuticas. Depende também da região: própolis tradicional, vermelha (nordeste) e
verde. Tipo de florada, tipo de árvores. Tem propriedades terapêuticas diferentes.
Colheita e processamento: aberturas nas colmeias de forma proposital. Fazer raspagem. Se o foco
não for a produção de própolis a colmeia ainda produz, mas em pequenas quantidades.
Limpeza e Classificação: A classificação e aceitação comercial são influenciadas pela presença de
impurezas. Quanto mais pura e mais limpa, mais valiosa é (fragmentos de insetos aderidos,
invasores, sujidades etc).
As abelhas nativas também produzem todos esses produtos, porém em quantidades menores.
Uso de agrotóxicos - leva a mortalidade das abelhas, avaliar e acompanhar para não matar e não
contaminar os produtos.
Situação atual: A produção de mel oriundo de floradas silvestres está se tornando cada vez mais
escassa no Brasil e no mundo. Por esse motivo, o desenvolvimento da apicultura está cada vez mais
dependente das culturas agrícolas e/ou florestais nas quais, em alguns casos, são utilizados produtos
agroquímicos de maneira inadequada.
Essa condição pode prejudicar a qualidade de todos os produtos apícolas devido a possível
contaminação dos mesmos com resíduos que podem ou não ser tóxicos para as pessoas.
ENTREPOSTO DE MEL:
● Estrutura adequada para industrialização/beneficiamento de produtos apícolas - exigência não
só para a produção de mel, mas também para todas indústrias de alimento.
- Mel que já foi desoperculado em outro local e encaminhou para o entreposto para que possa
ser feito as outras etapas, inclusive o envase.
PASSAR NA BARREIRA SANITÁRIA: Antes de adentrar na indústria todo colaborador deverá passar
pela barreira sanitária. Limpeza das botas, lavar e higienizar as mão evitando levar sujidades para a
unidade de produção.
ÁREA LIMPA DA INDÚSTRIA - recebe o produto, inicia a desoperculação. Os favos segue para a
centrífuga (movimentos de rotação - eliminação do mel), o mel segue para a filtração (retenção de
sujidades, contaminantes físicos). Se for um local que recebe mel de várias unidades produtoras é
necessário homogeneização para manter um padrão de mel. Decantação e envase.
- Podemos encaminhar amostras para análises laboratoriais.
- Se o mel não passar pelo processo de decantação segue o fluxo em azul: veio de
estabelecimentos que já realizaram essa etapa, apenas centrífuga e embala.
EMBALAGEM DE PRODUTOS: deve ter uma entrada à parte, exemplo estamos no escritório e
compramos as embalagens. Com essa entrada a parte não é necessário passar pela barreira
sanitária, apenas para armazenar as embalagens → lavagem e esterilização das embalagens. Será
necessário um colaborador para passar as embalagens pelo óculo para a área de produção. Não faz
parte da área de produção propriamente dita, sim uma área em anexo. Sempre a última etapa.
- Existe procedimentos para limpeza das embalagens pois podem carrear microrganismos.
Vidro - aquecimento, plástica - esterilização ultravioleta etc.
SAÍDAS DOS COLABORADORES/ BARREIRA SANITÁRIA - deve ser também pela barreira
sanitária. Pia, papel toalha para as mão (exigência de papel de celulose - que não foi processado,
papel reciclado pode levar à contaminação devido ao processamento) ou ar quente para secagem
das mãos. Limpeza de botas. Cortina de plástico para evitar entrada de moscas.
Exigências:
● Fluxo contínuo
● Área limpa separada da área suja - antes de entrar na indústria.
● Barreira sanitária
● Local para fiscalização (SIF, SIE ou SIM) - sala com arquivos para conferir documentação.
● Piso e parede com azulejos
● Parede com azulejos até 2m - pode ser utilizado painel isotérmico (parede com isopor de fácil
lavagem), isolante em relação a temperatura. A utilização dos azulejos e lavagens constantes
pode fazer com que estes solte da parede.
● Tela anti-insetos nas janelas
● Cantos arredondados para evitar acúmulo de sujidades
● Depósito de embalagens isolado
Partes vivas significa: por exemplo o mel de melato é produzido quando a diminuição da florada.
Ocorre uma relação de simbiose, árvores secretam substâncias que atraem insetos que se alimentam
dela e esses insetos eliminam uma secreção adocicada para alimentação da produção de mel. Elas
combinam com suas secreções, formam o mel nos favos, operculam e deixam madurar. Árvores -
bracatinga.
CLASSIFICAÇÕES:
● Mel recém - produzido: Mel verde (umidade entre 25 e 30%), maiores chances de
fermentação.
● Mel maduro - umidade entre 18 e 25%.
- Nessa fase as abelhas promovem evaporação.
- Desdobramento de sacarose
O tempo de coleta do mel: depende do estado de maturação do mel no favo! As abelhas ficam
batendo as asas próximo aos alvéolos fazendo com que a umidade do mel seja evaporada.
Mel de melato - melato - obtido principalmente a partir de secreções das partes vivas das plantas.
- não confundir com melaço.
- Maior parte exportado para Alemanha.
● Não poderá ser adicionado açúcares e/ou outras substâncias que alterem a sua composição
original - segundo legislação.
● É expressamente proibida a utilização de qualquer tipo de aditivos - segundo legislação. Até
mesmo aromatizantes, exemplo aromatizante cítrico para simular mel de laranjeira é proibido.
COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
- Requisitos:
características sensoriais
cor quase incolor a pardo-escura
Sabor e aroma característicos, de acordo com a origem - varia em função da florada.
Consiste dependendo do estado físico em que se encontra.
Geralmente o mel mais escuro tem mais minerais e menos açúcares. Dificilmente cristaliza.
● Características físico-químicas:
- parâmetros estabelecidos por lei
1) Reação de Fiehe:
• para avaliar presença de açúcar comercial ou o aquecimento acima de 40% do produto, o que pode
eliminar algumas de suas propriedades (presença de HMF).
2) Reação de Lund:
• determinação de substâncias albuminóides precipitáveis como o ácido tânico
• Determina também se houve adição de água ou outro diluidor no mel.
O mel industrial pode ser utilizado para produção de balas de mel, adição em iogurtes.
Sacarose - ação de Invertase = frutose e glicose. Alto teor de sacarose - falha em algum processo,
mel verde.
Sacarose aparente
Mel de flores: máximo 6%
Mel de melato e suas misturas: máximo de 15%
O teor elevado desse açúcar significa, na maioria das vezes, uma colheita prematura do mel, isto é,
um produto em que a sacarose ainda não foi totalmente transformada em glicose e frutose pela ação
da invertase.
PUREZA
● Sólidos insolúveis em água - máximo 0,1%
mel prensado max. 0,5%
● Minerais (cinzas): máximo 0,6% (melato < 1,2%)
● O mel pode apresentar grãos de pólen.
DETERIORAÇÃO
● fermentação - não deve apresentar. A umidade favorece a fermentação do mel, proliferação
de microrganismo e fungos → deterioração do mel .
● Acidez: máx. 50 mEq/ kg
● Mel de mesa: Hidroximetilfurfural (HMF): máx. 40 mg/kg
● Mel Industrial: Hidroximetilfurfural (HMF): máx. 60 mg/kg
Mel acima de 40 mg/kg não deve servir para mel de mesa, mas se atinge até 60 mg/kg pode ser
utilizado como mel industrial.
HIDROXIMETILFURFURAL - HMF:
- HMF é resultante da quebra da frutose e glicose em presença de ácido.
- Aumentado quando:
superaquecimento do mel
estocagem prolongada → mel industrial
Fraude por adição de açúcar comercial
máx 60 mg/kg
- REAÇÃO DE FIEHE: Qualitativa (sim ou não) - aparecerá coloração avermelhada quando
houver fraudes.
- PROVA DE WINCKLER: quantificação de HMF (valores).
FRAUDES
● Mel normal - ausência:
- aditivos
- edulcorantes
- aromatizantes
- conservantes
- espessantes
- amido
- gelatina
CONTROLE MICROBIOLÓGICO:
O mel é higroscópico, o que significa que pode absorver a umidade do ambiente, e possui uma alta
pressão osmótica. As bactérias que entram em contato com o mel sofrem plasmólise. Elas perdem
sua umidade, que passa para o mel, e morrem.
- O mel é hipertônico - altamente concentrado e a água tende sempre a passar para esse meio
devido a pressão osmótica. A bactéria então perde toda sua água.
MICROBIOTA DO MEL
- Mel produzido é estéril?
- Microrganismos próprios do mel: Osmofílicos (Aa 0,6)
Bolores: Aspergillus (Toxigenicidade - pode produzir toxinas comforme o
desenvolvimento desse fungo. Micotoxinas.)
Penicillium
Mucor
Leveduras: Saccharomyces (fermentação) Candida humicol
- Micro-organismos acidentais ou secundários - As abelhas podem ter contato acidental com
Clostrídios do ambiente e contaminar o mel na forma de esporos que quando alcança o
organismos de indivíduos causa consequências. Adultos podem conseguir boa recuperação
ou serem assintomáticos, mas não é recomendado o fornecimento para crianças.
● Uma das enzimas adicionadas pelas abelhas ao mel durante o processamento do néctar é a
glucose oxidase; quando as abelhas diluem o mel para alimentar as mais jovens, a glucose
oxidase quebra a glicose em peróxido de hidrogênio, que ajuda a controlar os
micro-organismos.
● Os ácidos orgânicos do mel têm excelente estabilidade frente a microorganismos. o pH do mel
fica entre 3,9 e 4,5, o que desencoraja o desenvolvimento de bactérias.
● K e Mg: inibem o desenvolvimento microbiano.
- 17,1 - 18,0 %
sem fermentação se a contagem de leveduras for <1000 UFC/g
- 19,1 - 20,0%
sem fermentação se a contagem de leveduras for < 1 UFC/g.
- acima de 20%
sempre haverá perigo de ocorrer fermentação.
CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS
MICRORGANISMO PARÂMETRO
Mel
Art. 415 - Mel industrial
Mel para uso industrial é aquele que se apresenta fora das especificações para o índice de diastase,
de hidroximetilfurfural, de acidez ou em início de fermentação, que indiquem alteração em aspectos
sensoriais que não o desclassifique para o emprego em produtos alimentícios - PODE SER
EMPREGADO EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS.
Produtos Apícolas
Instrução Normativa Nº 3, de 19 de Janeiro de 2001
Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Apitoxina, Cera de Abelha, Geleia Real, Geleia
Real Liofilizada, Pólen Apícola, Própolis e Extrato de Própolis
APITOXINA
Produto de secreção das glândulas abdominais (glândulas do veneno) das abelhas operárias e
armazenado no interior da bolsa de veneno.
• Apresentação: pó amorfo ou cristalizado
• Composição: água e substâncias ativas como a apamina, melitina, fosfolipase, hialuronidase
e aminoácidos
• Umidade: máximo 3%
• Teor proteico: 50 a 85%
O comprador pode exigir essas análises e os produtores devem fornecer por isso é importante que os
valores estejam corretos garantindo o padrão de identidade e qualidade.
Uso humano:
• tratamento de reumatismos
• afecções cutâneas
• doenças oftálmicas
• redução de taxa de colesterol do sangue
• problemas circulatórios
GELEIA REAL
Produto da secreção do sistema glandular cefálico (glândulas hipofaringeanas e mandibulares) das
abelhas operárias, coletado até 72 horas. Caro devido a dificuldade de produzir.
Classificação:
• Fresca: produto coletado por processo mecânico a partir da célula real, retirada a larva e filtrada.
• In natura: produto mantido e comercializado diretamente na célula real após a remoção da larva.
• Liofilizada: desidratação pelo processo de liofilização, em pó.
POLÉN APÍCOLA - Aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante
néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no ingresso da colmeia. Apresentado em
forma original ou desidratado.
- Compõem-se basicamente de proteínas, lipídios, açúcares, fibras, sais minerais, aminoácidos
e vitaminas.
Características:
Aspecto: grãos heterogêneos, de forma e tamanhos variados, tendendo a esféricos (depende da
florada).
Umidade:
• Pólen Apícola: máximo 30%;
• Pólen Apícola Desidratado: máximo 4%
- Uso: Suplemento alimentar - equilíbrio funcional do organismo
- Quanto mais úmido menor é o prazo de validade e maior os cuidados com a conservação.
Requisitos:
• Extrato seco: Mínimo de 11%
• Cera: máximo 1% do extrato seco
• Compostos flavonóides: Mínimo 0,25%
• Teor alcoólico: Máximo de 70o GL
APITOXINA - é coletado das abelhas sem que elas morram e sem que percam suas estruturas
anatômicas. É utilizado para fins terapêuticos, nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos.
Geleia real - produzido pelas abelhas para alimentar as larvas que darão origem a rainhas.
- Produto também comercial com alto valor agregado - pouco quantidade de produção.